O eletromagnetismo Clássico Esta aula é o fechamento do que hoje conhecemos como o eletromagnetismo clássico. Encerraremos esta disciplina apresentando um resumo do panorama da teoria eletromagnética do início do Século XX. Os temas discutidos serão As leis de Maxwell. ● O vetor de Poynting ● Com isso teremos tratados os 27 itens do programa e mais o tema sobre o transporte de energia eletromagnética a partir de ondas. As equações que “sabemos” Até o momento temos quatro equações que descrevem o campo elétrico e magnético e as mesmas podem ser descritas em duas representações, a integral e a diferencial. Forma integral Forma diferencial q ⃗ ∮S E⋅n^ d S= ϵ ρ ⃗ ⃗ ∇⋅E = ϵ Lei de Gauss (Equação de Poison) ∮S ⃗B⋅^n d S=0 ⃗ ⃗ ∇⋅ B=? Sem nome ou Gauss Magnetismo 0 ∮C B⃗⋅d ⃗l =μ 0 IC ∮C ⃗E⋅d ⃗l =−∫S ⃗ ∂B ⋅^n dS ∂t 0 ⃗ ⃗ ∇× B =? ⃗ E ⃗ =? ∇× Lei de Ampère Lei de Faraday Ainda sobre o que sabemos Devemos lembrar do equivalente da lei de Newton que é a equação de Lorentz ⃗ =q( ⃗ ⃗) F E + ⃗v × B Que possui também a forma para densidade de força ⃗f =ρ E ⃗ + ⃗J × ⃗ B Em um dielétrico não teremos densidade de cargas livres, mas teremos uma densidade de carga de polarização dada por: ⃗ ⃗ ρ p=− ∇⋅ P O deslocamento destas cargas representa uma corrente de polarização, de densidade dada por: −∂ P ⃗ J p= ∂t Que satisfaz a equação de continuidade −∂ρ P ⃗ ∇⋅J⃗p= ∂t Como a carga de polarização também produz um campo elétrico, a equação de Poisson, dentro de um dielétrico, fica ρ+ρ p ⃗ ⃗= ∇⋅E ϵ 0 Que equivale a definição do vetor deslocamento elétrico D, dado por ⃗ ⃗ ⃗ ⃗ ⃗ ∇⋅(ϵ 0 E + P )= ∇⋅D Você consegue perceber que está faltando algo nas equações? Temos uma corrente que surge, não sabemos pela atuação do campo de polarização que gera a corrente ou o contrário, mas surge um campo similar ao elétrico. Sendo assim. Deve existir um magnético associado. Então, Maxwell corrigiu a lei de Ampère num meio dielétrico. ⃗ ∂ P ⃗ ⃗ =μ0 ( ⃗J + J⃗p )=μ 0 ⃗J +μ 0 ∇× B ∂t No entanto, se você pensa de maneira mais geral ainda existe um problema se pensarmos em situação onde o campo é gerado por um capacitor. E finalmente teríamos a nova lei As equações ficaram com a seguinte forma. q ⃗ ∮S E⋅n^ d S= ϵ ρ ⃗ ⃗ ∇⋅E = ϵ ∮S ⃗B⋅^n d S=0 ⃗ ⃗ ∇⋅ B=0 0 ⃗ ∂ E ∮C B⃗⋅d ⃗l =μ 0 IC +μ 0 ϵ0 ∂t ∮C ⃗E⋅d ⃗l =−∫S ⃗ ∂B ⋅^n dS ∂t 0 ⃗ ∂ E ⃗ ∇× ⃗ B =μ 0 ⃗J +μ 0 ϵ 0 ∂t −∂B ⃗ ⃗ ∇× E = ∂t E as implicações? Com isso se comprovava que o campo magnético também causa uma variação em um campo elétrico. Posteriormente, em relatividade, veremos que esta “fenomenologia” leva a uma equação de ondas para o campo elétrico e magnético, mas basta você aceitar que isto é verdade por enquanto. Outra questão interessante é pensar na energia armazenada no campo. No livro de Moysés temos uma descrição da fala de Maxwell sobre isso, tente fazer a associação com o que você assistiu na série “O universo Mecânico”. Vamos lembrar desta energia como uma densidade no espaço. ϵ0 2 1 2 u=ue +um= E + B 2 2μ 0 O vetor de Poynting Vamos pegar a variação temporal desta densidade de energia ∂U =.. . ∂t Vamos escrever isto para chegar na famosa expressão. ∂U ⃗ ⃗ ⃗ ⃗ = J⋅E+ ∇⋅S ∂t Onde o vetor S é: ⃗S≡ μ1 ⃗ ⃗ E× B 0 Agora, eu estou a disposição para tirar as dúvidas da lista, caso contrário... Podemos falar: