COLÉGIO AFI 2º ANO DO ENSINO MÉDIO DATA:_____;_____/2009 ALUNO(A):________________________________________________________________________________ PROFESSOR: MARCOS EMÍLIO DISCIPLINA: FÍSICA ESTUDO DOS GASES GÁS: Transformação Isobárica – Gay-Lussac Possui grande compressibilidade e expansibilidade; "Transformação a pressão constante." Permanece no estado gasoso a qualquer temperatura e pressão. Porém, na prática o gás se liquefaz quando submetido a altas pressões e baixas temperaturas; Suas moléculas não possuem volume próprio, ocupando todo o espaço que lhe é fornecido; O gás ideal serve para prever o comportamento do gás ideal. O gás ideal tem seu comportamento próximo ao do gás ideal quando submetido a baixas pressões e altas temperaturas. Para uma mesma massa de um mesmo gás numa transformação isobárica, o V1 ; T1 quociente entre o volume e a V2 ; T2 temperatura é uma constante. O volume de um gás é diretamente proporcional à temperatura absoluta do gás. V1 V T onde: T = tc + 273 K F F T1 V2 TRANSFORMAÇÕES GASOSAS T2 Certa massa de gás tem seu estado definido pelas grandezas pressão, volume e temperatura. As grandezas Básicas para o estudo dos Gases são: Pressão ( P ), Volume ( V ) e Temperatura ( T ). Essas Grandezas são chamadas de VARIÁVEIS DE ESTADO de um gás. Quando uma dessas grandezas varia, ao menos umas das outras também deve variar. Dizemos que o gás sofreu uma TRANSFORMAÇÃO. É impossível apenas uma só variável ser alterada. O estado de um gás é determinado pelas variáveis: P = pressão [N/m2 (Pa)] V = volume (m3) T = temperatura absoluta (K) Transformações: Pressão: 1 atm = 1,0 . 105 Pa = 760 mmHg Volume: 1litro = 10-3 m3 Temperatura: TK = tC + 273 K V1 T1 T = temperatura do gás em graus Kelvin tc = temperatura em graus Celsius Transformação Isométrica(isocórica ou isovolumétrica)– GayLussac "Transformação a volume constante." Para uma mesma massa de um mesmo gás numa transformação isocórica, o quociente entre a pressão e a temperatura é uma constante. A pressão que o gás exerce nas paredes do recipiente é diretamente proporcional à temperatura absoluta do gás. P2 ; T2 P1 ; T1 P1 P T T1 P2 K P1 T1 K TRANSFORMAÇÕES PARTICULARES T2 Transformação Isotérmica – lei de Boyle EQUAÇÃO DE CLAYPERON "Transformação de um gás sob temperatura constante." F Para uma mesma massa de um mesmo gás, numa transformação isotérmica, o produto da pressão pelo volume é uma constante. F F P1 ; V1 P2 ; V2 A pressão e o volume são inversamente proporcionais. P 1 V P1 V1 k P2 V 2 P = pressão do gás P1 V1 k ; V = volume do gás P2 V2 V2 T2 n = Número de mols. M = massa molecular do gás. m = massa do gás. R = constante universa R = 0,082 litros . atm / mol . kelvin R = 8,31 joules / mol . kelvin ( S.I ) Obs: 1 mol de qualquer substância é representa uma quantidade fixa de 6,02 . 1023 átomos ou moléculas da mesma. NA = 6,02 . 1023 – número de Avogadro. P2 T2 Lei geral dos gases perfeitos Na expansão, Vfinal > Vinicial (o gás realiza trabalho) Considere uma quantidade de gás confinada num recipiente. Mesmo alterando suas variáveis de estado, n e R permanecem constantes. P1 V1 T1 P2 V2 T2 Na compressão, Vfinal < Vinicial <0 (o gás recebe trabalho do meio exterior) n R 1 atm . litro = 100 J n R Trabalho pela área Análise gráfica das transformações gasosas Propriedade: Transformação isotérmica: isoterma P T2 T1 T1 "O trabalho é numericamente igual a área, num gráfico da pressão em função da variação do volume." T2 V Obs: Quanto mais afastada dos eixos estiver a isoterma, maior a temperatura absoluta do gás. Transformação isovolumétrica (isocórica ou isométrica) Transformações cíclicas SENTIDO HORÁRIO O trabalho realizado do A A estado A até o área1 área 2 estado B é V V 0 0 numericamente igual a área 1 e o trabalho realizado de B até A é numericamente igual a área 2. observe que o trajeto seguido na ida não é o mesmo da volta, isto significa que os módulos dos trabalhos são diferente. Como a área 1 é maior que a área 2, o módulo do trabalho AB é maior que o P >0 Transformação isobárica P B módulo do trabalho BA- B WAB WBA . O trabalho resultante é a soma algébrica dos trabalhos parciais: WAB WBA . Do estado A ao estado B o trabalho é POSITIVO (aumento de volume) e do estado B ao estado A o trabalho é NEGATIVO (diminuição de Transformação adiabática T1 O SISTEMA VARIA A SUA TEMPERATURA SEM TROCAR CALOR O COM A VIZINHANÇA. T2 "A termodinâmica estuda as relações entre o calor trocado e o trabalho realizado numa transformação de um sistema." Trabalho realizado por um gás V volume). Como gás WAB WBA , então o trabalho resultante é POSITIVO. SENTIDO ANTI-HORÁRIO O trabalho realizado do estado A até o B B área1 área 2 estado B é numericamente V V 0 0 igual a área 1 e o trabalho realizado de B até A é numericamente igual a área 2. observe que o trajeto seguido na ida não é o mesmo da volta, isto significa que os módulos dos trabalhos são diferente. Como a área 1 é maior que a área 2, o módulo do trabalho AB é maior que o módulo do trabalho BAP TERMODINÂMICA = P. WR P A WAB WBA A . O trabalho resultante é a soma algébrica dos trabalhos parciais: WR WAB WBA . Do estado A ao estado B o trabalho é NEGATIVO (diminuição de volume) e do estado B ao estado A o trabalho é POSITIVO (aumento de volume). (tau)= trabalho realizado pelo gás (J) P = pressão exercida pelo gás [N/m2 (Pa)] V = variação do volume (m3), onde: Como V = V2 - V1 WAB NEGATIVO. WBA , então o trabalho resultante é Obs: Juntando as duas curvas (isotermas) de cada sentido fecha-se o ciclo e o trabalho resultante corresponde á área interna da figura. Q (absorvido) > 0 Q ( cedido) < 0 (expansão - realizado pelo gás) > 0 (compressão – realizado sobre o gás) < 0 A energia interna do gás é função exclusiva da temperatura absoluta do mesmo: U = Ufinal - Uinicial * A temperatura aumenta : U>0 * A temperatura diminui : U<0 Primeiro princípio da conservação da energia. termodinâmica: Princípio da Aplicação da primeira lei nas transformações gasosas particulares Energia interna A soma de todas as formas de energia das moléculas de um gás é chamada energia interna (U) do gás. De todas elas, a mais significativa é a energia cinética das moléculas. Portanto a energia interna de um gás corresponde praticamente á soma da energia cinética média das moléculas. 3 E CM 2 3 2 A temperatura é constante. Como a energia interna é função exclusiva da temperatura absoluta do gás, se TF = TI T = 0, então UF = UI U = 0. A energia cinética média, ECM, das moléculas de um gás é proporcional à sua temperatura absoluta. k T Se a amostra gasosa for constituída por N moléculas, a energia cinética média de agitação molecular, E, ou a energia térmica dessas N partículas é dada por E Transformação isotérmica K constante de Boltzmann e seu valor é 1,38 x 10 -23 J/k. N k T U U 3 2 N k T Quando um sistema recebe calor (Q) da vizinhança, parte dessa energia é usada para realizar trabalho ( ) e a outra parte é “armazenada” na forma de energia interna ( U ). Quando o sistema recebe trabalho ( 0 Q W W Transformação isovolumétrica, isocórica ou isométrica O volume é constante. Como o trabalho depende da variação do volume do gás, se V2 = V1 V 0 , então o trabalho também é nulo. U Q W U Q (P U Q (P 0 ) U Q V) Numa transformação isovolumétrica todo calor trocado é convertido em energia interna. Se o gás recebe calor, a sua temperatura aumenta junto com a energia interna. Se o gás perde calor, a sua temperatura diminui às custas da energia interna que também diminui. Transformação isobárica A pressão é constante. Nenhuma grandeza é nula. U Q W Transformação adiabática O sistema não troca calor com o meio externo ) da vizinhança, parte deste é convertida em energia interna ( outra parte em calor cedido (Q) para a vizinhança Observe que a energia total é conservada. Q = quantidade de calor; interna; = trabalho W Obs: A primeira lei da termodinâmica permite, ao menos na teoria, que todo calor trocado seja convertido em trabalho. A energia interna de um gás é função exclusiva da temperatura absoluta (kelvin). Isso significa que a energia interna varia se a temperatura também variar. Podemos dizer, então, que a variação da energia interna é função exclusiva da variação de temperatura. Q Q Para os gases ideais, em que o modelo cinético considera suas moléculas como esferas rígidas e pontuais, a energia interna, U, é a própria energia cinética média de translação, E, dessas partículas. Temos , então 3 N k T 2 U U) e a U = variação da energia U Q W U 0 W U (Q = 0). W Quando o gás realiza trabalho a sua energia interna diminui e quando recebe trabalho a sua energia interna aumenta. Segundo princípio da termodinâmica No universo há um sentido preferencial para as transformações de energia. Uma pedra, espontaneamente, sempre desce uma encosta e nunca sobe, por exemplo. As moléculas de uma gota de café espontaneamente se espalham quando mergulhadas num copo de leite. Essas mesmas moléculas não vão se juntar para formar a gota original. Essas são chamadas transformações irreversíveis. De acordo com a segunda lei da Termodinâmica, nas transformações naturais a energia se “degrada”de uma forma organizada para uma forma desordenada chamada energia térmica, como por exemplo, um pêndulo, oscilando, pára ao fim de algum tempo em virtude dos choques com as moléculas do ar e outros atritos. De acordo com essa lei, há um sentido preferencial, também, para a transferência de calor entre corpos. O calor sempre passa, espontaneamente, de regiões mais quentes para regiões mais frias. Esse fato levou Clausius a enunciar a segunda lei do seguinte modo: Rendimento da máquina térmica O rendimento dessa máquina térmica pode ser expresso pela razão entre a energia útil (trabalho) e a energia total representada pelo calor retirado da fonte quente (Q1). Q1 O calor não passa espontaneamente de um corpo para outro de temperatura mais alta. Sendo a calor uma forma de energia inferior (degradada), não é simples a sua conversão em outra forma de energia, embora a primeira lei estabeleça essa possibilidade. Sendo assim, Lord Kelvin e Max Planck (1848-1947) enunciaram a segunda lei da Termodinâmica da seguinte maneira: É impossível construir uma máquina, operando em ciclos, cujo único efeito seja retirar calor de uma fonte e convertê-lo integralmente em trabalho. Conversão de calor em trabalho: Máquina térmica Vimos que, quando um sistema, por exemplo, um gás, realiza um ciclo em sentido horário no diagrama de trabalho, há transformação de calor em trabalho. Todavia, e acordo com a segunda lei, essa ocorrência não é possível, com o sistema retirando calor de uma fonte e convertendo-o completamente em trabalho. As máquinas térmicas, como por exemplo, as máquinas a vapor, foram inventadas e funcionavam antes que seu princípio teórico fosse estabelecido. Estudando essas máquinas, Carnot evidenciou que uma diferença de temperatura era tão importante para uma máquina térmica quanto uma diferença de nível d’água para uma máquina hidráulica. Estabeleceu, então, que: Para que uma máquina térmica consiga converter calor em trabalho de modo contínuo, deve operar em ciclo entre duas fontes térmicas, uma quente e outra fria: retira calor da fonte quente (Q1), converte-o parcialmente em trabalho ( ) e o restante (Q2) rejeita para a fonte fria. Q1 = quantidade de calor fornecida para a máquina térmica pela fonte quente. = trabalho obtido, realizado pela máquina térmica. Q2 = quantidade de calor perdida para a fonte fria. (Primeira máquina a vapor) (Barco a vapor) Uma máquina térmica bem conhecida é a locomotiva a vapor ( “Maria Fumaça “). Nesta, a fonte quente é a caldeira ( fornalha ) e a fonte fria é o ar atmosférico. O calor retirado da caldeira é parcialmente transformado no trabalho motor que aciona a máquina e a diferença é a rejeitada para a atmosfera. Entropia - tendência natural da energia se dispersar e da ordem evoluir invariavelmente para a desordem. O conceito foi sistematizado pelo austríaco Ludwig Boltzmann ( 1844-1906) e explica o desequilíbrio natural entre trabalho e calor.