2 Serie-X.nb Problema 10.2 O funcionamento da campainha do uma porta requer 0.4 A com 6 V. A campainha está ligada a um transformador cujo circuito primário, com 2000 espiras, está ligado a uma linha de 120 V de corrente alterna. a) Quantas espiras serão necessárias no circuito secundário? b) Qual é a corrente no primário? Solução a) è O fluxo total F p através do primário é múltiplo do fluxo Φ através de uma só espira do primário. Se assumirmos que Φ é igual para as espiras no secundário (o que acontece quando se usa um núcleo de material com alta permeabilidade Μ à volta do qual o primário e secundário são enrolados) podemos escrever Fp Np Φ ; Fs Ns Φ è As respectivas forças electromotrizes no primário e secundário são â Fp âΦ ¶ p - -N p ât ât ; â Fs âΦ ¶s - -Ns ât ât è Obtém-se assim a relação entre f.e.m.s Np ¶p Ns ¶s è No presente caso ¶ p = 120 V, ¶s = 6 V, N p = 2000, pelo que ¶s 6 Ns == N p 2000 ´ 100 120 ¶p Solução b) è Desprezando perdas, num transformador ideal a potência fornecida no primário deve ser igual à potência distribuída pelo secundário, ou seja ¶ p I p ¶s Is © 11/29/07 \ ¶s 6 I p Is 0.4 0.02 A 120 ¶p - 2- © A. Rica da Silva, Prof. IST Serie-X.nb 3 Problema 10.3 Considere um condensador de armaduras paralelas circulares, de raio R = 3.0 cm. A carga flui da armadura positiva para a negativa correspondendo a uma corrente I = dQ dt = 2.5 A. a) Calcule a corrente de deslocamento entre as armaduras b) Determine o campo magnético num ponto entre as armaduras, à distância r = 2.0 cm do eixo que liga o centro das armaduras. Solução a) è Relembremos que a capacidade C dum condensador de placas paralelas é ΣA ΣA Q Εo A C = Σ Ez d V d J N d Εo ÖÓ Ó onde usamos o facto do campo E± = Ez± ez duma distribuição plana de carga de densidade superficial Σ± ter magnitude Σ ± E± = 2 . Ε o ÖÖÖÓ 1 Ö Ó ÖÖÓ ÖÓ è A lei de Ampère microscópica é expressa na equação de Maxwell (com H = B e D = ¶o E) Μ o ÖÖÓ ¶D ÖÖÖÓ ÖÓ Ñ ´ H J c + ¶t ÖÖÓ ÖÓ ÖÓ ¶D onde J c representa a densidade de corrente de condução e J d º designa a densidade de corrente de deslocamento. ¶t Temos assim que Q Dz @tD = Εo Ez @tD = A \ ¶ Dz I 2.5 A == 884.2 H* 2 *L 2 m -2 2 ¶t ΠR Π ´ I3 ´ 10 M ÖÖÓ ÖÓ ¶D è O fluxo de J d = através da secção S = Π R2 do condensador deve igualar a corrente I que atravessa o circuito. ¶t ÖÖÓ ¶ D ÖÓ â i ÖÖÓ ÖÓy â FD I = à à × â S = jjà à D × â Szz = { ât ât k S S ¶t ÖÖÓ ÖÓ ÖÖÓ ÖÓ (Note que FD = Ù ÙS D × â S é o fluxo de D = Εo E através de uma superfície aberta S) © A. Rica da Silva,Prof. IST - 3- 11/29/07 4 Serie-X.nb Solução b) ÖÖÖÓ 1 Ö Ó ÖÖÓ ÖÓ è De acordo com a Lei de Ampère (com H = B e D = ¶o E), a circulação do campo numa circunferência Γ de raio Μ o r = 2.0 cm em torno do eixo do condensador deve igualar a corrente que atravessa uma superfície SΓ com bordo na ÖÓ circunferência Γ, ou seja dentro do condensador onde não há corrente de condução, J c = 0, devemos obter ÖÖÓ 2 ij 2 ´ 10-2 yz I r 2 ¶ D ÖÓ ÖÖÖÓ ÖÓ ÖÖÖÓ Ó 2 j zzz 1.1 H* A *L ¨ H × â r à à Ñ ´ H × â S à à × â S 2 Π r I K O 2.5 ´ jj -2 R SΓ ¶t SΓ Γ ΠR k 3.0 ´ 10 { ÖÓ ÖÖÖÓ 1 Ö Ó è Pela simetria axial do condensador podemos considerar que o campo B (ou equivalentemente H = B) é tangente a Μ Ó circunferências centradas no eixo do condensador ez , e a sua magnitude não deve depender de j, ou seja em coordenadas o ÖÖÖÓ Ó cilíndricas H = Hj @rD ej @jD pelo que usando outra vez a lei de Ampère sobre a circunferência Γ obtemos para a ÖÖÖÓ circulação de H r 2 ÖÖÖÓ Ó ¨ H × â r 2 Π r Hj @rD I K O R Γ \ I r Ó 2.5 2 ´ 10-2 Ó ÖÖÖÓ Ó H@r, jD ej @jD ej @jD == 8.84 ej @jD 2 Π R2 2 Π I3.0 ´ 10-2 M2 H* *L A m Ó è O campo magnético à distância r = 2 cm do eixo ez é assim ÖÓ ÖÖÖÓ Ó Ó B@r, jD = Μo H@r, jD = 4 Π ´ 10-7 ´ 8.84 ej @jD = 0.11 ´ 10-4 ej @jD © 11/29/07 - 4- H* T *L © A. Rica da Silva, Prof. IST