EUA ajudarão Sudeste Asiático a patrulhar oceano

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EUA ajudarão Sudeste Asiático
a patrulhar oceano
Os Estados Unidos ofereceram nesta segunda-feira 32,5 milhões
de dólares em assistência a países do Sudeste Asiático,
especialmente o Vietnã, para reforçar a segurança marítima,
num momento de crescentes disputas territoriais dessas nações
com a China.
Em sua primeira visita ao Vietnã como secretário de Estado,
John Kerry negou que a ajuda tenha a ver com Pequim, mas
defendeu
“negociações
e
iniciativas
diplomáticas
intensificadas” entre a China e o Japão por causa de disputas
no mar do Leste da China.
Kerry disse que até 18 milhões de dólares serão destinados ao
fortalecimento das patrulhas costeiras vietnamitas, o que
inclui a compra de pelo menos cinco lanchas velozes. O
objetivo, segundo Kerry, é dar mais agilidade a missões de
busca e resgate.
“Este anúncio não tem nada a ver com um recente anúncio de
qualquer outro país”, disse Kerry em entrevista coletiva ao
lado do chanceler vietnamita, Pham Binh Minh. “Isto é parte de
uma expansão gradual e deliberada planejada há algum tempo…,
não algum tipo de reação concebida às pressas”.
Mas, num claro recado a Pequim, Kerry disse que os EUA se
opõem a “táticas coercitivas e agressivas” para a imposição de
reivindicações territoriais.
A China reivindica o controle de grande parte do mar do Sul da
China, inclusive em áreas reivindicadas por Taiwan, Malásia,
Brunei, Filipinas e Vietnã. Além disso, o país mantém disputas
com Japão e Coreia do Sul por ilhas desabitadas no mar do
Leste da China.
Durante a visita de Kerry ao Vietnã –país que foi inimigo dos
EUA na segunda metade do século 20– foram anunciados vários
programas bilaterais de cooperação, em assuntos como educação,
mudança climática e comércio. Mas o secretário também disse
ter abordado preocupações relativas aos direitos humanos.
“Isso é algo a respeito do que falamos aberta e francamente… O
Vietnã precisa mostrar progresso nos direitos humanos e
liberdades, inclusive a liberdade de religião, liberdade de
expressão e liberdade de associação”, afirmou.
Fonte: Reuters
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