Estudo 11: AUTORIDADE E SUBMISSÃO EM AMOR NA VIDA

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Estudo 11: AUTORIDADE E SUBMISSÃO EM AMOR NA VIDA CONJUGAL - cap. 5. 22 –
33.
Neste texto encontramos
- As mulheres cristãs se colocam sob a autoridade do marido em amor. A submissão da
esposa cristã ao marido não é opção; é ordem
do Criador, fundamento para a estabilidade do
lar e honra ao Evangelho. A autoridade em
amor e a submissão em amor não estão vinculadas à superioridade ou inferioridade de
um em relação ao outro porque ambos foram
feitos à imagem e semelhança do Criador.
Ambos se interdependem e interagem em suas características peculiares à natureza masculina ou feminina. A ordem e a forma da criação contam nesse relacionamento. v. 22a;
Gênesis 1. 27; 2. 18, 21 – 25; 3. 16; 1 Coríntios 11. 9 - 12.
- A submissão da mulher cristã na vida conjugal tem como padrão sua submissão a Cristo
como Ele se submeteu ao Pai. v. 22b; João 3.
35; 5. 22; 10. 37; 12. 49.
- A liderança na família cristã é do marido cristão. Deus o responsabiliza no exercício dessa
função. v. 23a; Gênesis 3. 9 – 12; 1 Coríntios
11. 3.
- A liderança da igreja é de Jesus Cristo em
unidade com o Pai e o Espírito Santo. Ela é
Seu corpo. Ele é cabeça e Salvador do corpo.
v. 23b.
- A sujeição da esposa cristã ao marido e a
liderança deste, seguem o modelo de unidade
espiritual entre Jesus Cristo e Sua igreja. A
igreja é a esposa do Filho de Deus. Jesus
Cristo, na condição de Filho, não deixou de
ser Deus por se submeter ao Pai e a esposa
não deixará de ser pessoa ao se submeter ao
marido. v. 24; Mateus 9. 15; 1 Coríntios 6. 17;
11. 3; Gálatas 3. 26 – 29; Apocalipse 21. 9,
27.
- Amar a esposa não é opção do marido cristão. É responsabilidade dada por Deus. É atitude inteligente de quem ao amar se ama. v.
25a; Colossenses 3. 19; 1 Pedro 3. 7.
- O amor de Cristo à igreja é modelo do amor
que o marido cristão deve dedicar a sua esposa. v. 25b.
- Jesus Cristo deu Sua vida pela igreja, separou-a para Si e a purifica continuamente por
Sua Palavra. A vida da esposa está vinculada
à vida do marido e ele busca preservá-la e
torná-la sadia e bela para si por suas palavras
e atitudes. v. 26; João 15. 3.
- Jesus tudo fez para apresentar a igreja a Si
mesmo: gloriosa, imaculada (sem mancha),
ruga ou qualquer outro defeito, mas santa
e irrepreensível. O marido cristão toma para si
essa missão em relação a sua esposa. v. 27.
- Ao se unirem em amor e de acordo com o
preceito divino o homem e a mulher se tornam
uma só carne. O bem ou o mal de um para
com o outro atinge igualmente a ambos. Amar
a esposa ou o marido é amar a si mesmo. v.
28; Gênesis 2. 24; 1 Coríntios 6. 17.
- O melhor que você deseja e faz para si faça
para sua esposa. Essa mesma atitude tem
Jesus para com a Sua igreja. v. 29.
- O marido e a esposa cristã além de ser uma
só carne são membros do corpo de Cristo, a
igreja e um espírito com Ele. v. 30; 1 Coríntios
6. 15a, 17; Gálatas 3. 26 - 29.
- Ao deixar o seu lar de origem, marido e mulher formam um novo lar: a sede da unidade
familiar. O casal precisa determinar que as
qualidades de um, suprirão as carências do
outro. A paciência, a disciplina e o tempo darão sua contribuição. Nessa mutualidade voluntária e intencional, ambos se enriquecerão
como pessoas. Assim prepararão o ambiente
para os filhos viverem na atmosfera de amor
construída por eles. v. 31.
- Assim como o relacionamento de Cristo com
Sua igreja está além do entendimento comum, da mesma forma o relacionamento conjugal é insondável. O sucesso ou a crise conjugal é uma peça tecida conjuntamente a quatro mãos. v. 32.
- O amor conjugal tem como base o amor de
Deus. Ele nos capacita no exercício do amor
e do respeito mútuo. v. 33.
VISÃO GERAL
O apóstolo Paulo inclui em sua orientação
pastoral à igreja em Éfeso uma palavra especial às famílias. Inicialmente fala aos casais e
lhes apresenta as diretrizes para a vida conjugal bem sucedida. Em sua exposição apresenta como modelo de vida conjugal o relacionamento entre Cristo, o esposo, e a igreja,
a esposa. Na argumentação relata os propósitos de Deus ao criar a família e dela, por meio
de Jesus Cristo, a igreja que é por extensão
Sua família e parte do Seu corpo. Mt. 12. 50.
O conceito de Jesus Cristo como noivo da
igreja remete a uma resposta de Jesus ao ser
questionado sobre a ausência da prática do
jejum por Seus discípulos. Assim respondeu o
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Mestre: “...Como podem os convidados do
noivo ficar de luto enquanto o noivo está com
eles? Virão dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão”. Mateus 9. 15. Nessa
resposta Jesus se revela como noivo de Sua
igreja. O Filho de Deus foi e será fiel ao que o
Pai Lhe reservou como pessoa divina e homem na eternidade passada e futura. Paulo
diz: “...Cristo amou a igreja e a si mesmo se
entregou por ela”. Efésios 5. 25b. Se o noivo,
Jesus Cristo, tem Sua noiva, a igreja, permanentemente em Seus pensamentos e ações,
é justo que a noiva tenha o noivo em seus
pensamentos e ações enquanto está na terra
e futuramente no céu. Esse é o que se espera
no relacionamento conjugal entre marido e
esposa, entre o homem e a mulher aliançados
no Senhor.
FOCALIZANDO A VISÃO
Após formar o homem e dele a mulher,
Deus estabeleceu o casamento como instituição legal e moral para o relacionamento íntimo e responsável entre o homem e a mulher.
Desse relacionamento surgiram os descendentes que unidos aos pais constituem a família.
Da sucessão de famílias escolhidas por
Deus veio Jesus Cristo que em Sua pessoa
formou na terra a família de Deus.
Na família humana constituída por Deus, a
cada homem basta uma mulher e a cada mulher basta um homem. Em momento algum o
Criador aprovou a poligamia ou a justificou.
Ao formar a mulher de apenas uma costela do
homem o Senhor estabeleceu o princípio da
monogamia a existir entre os seres humanos
no casamento. O que passar disso é de procedência maligna.
Todas as vezes que o homem ou a mulher
desobedecem ao princípio divino, se desestruturam como pessoas e família e atraem o
caos para si e ao ambiente onde estão. Gênesis 2. 18, 21 - 25; Êxodo 20. 14, 17.
O Criador concedeu, em particular, ao homem e à mulher características mentais, emocionais, volitivas e físicas, específicas e
complementares e nelas definiu funções. O
desrespeito a essas marcas, pela adoção de
práticas antinaturais em seu relacionamento e
que ferem a Lei Moral de Deus, atraem males
à vida conjugal.
Pelas leis do Criador o relacionamento íntimo entre pessoas do mesmo sexo é ilegal e
ofensivo ao caráter de Deus. Não se pode
falar em casamento neste caso. Levítico 18.
22; 20. 13; Deuteronômio 22. 5; Romanos 1.
26 – 28.
O ponto de partida para a constituição da
família é o casamento estabelecido de acordo
com o padrão divino. Os membros dessa instituição têm responsabilidades com o Criador,
entre si e no ambiente onde vivem.
Somente o que Deus estabeleceu em Sua
Palavra como certo na vida conjugal e em família é o que deve ser seguido. Questionar
esse modelo é colocar em dúvida a competência do Criador em decidir sobre o que é
melhor para Suas criaturas. Quem se julga
idôneo para tomar decisões à parte do que
Deus determinou revela insensatez e deve se
preparar para colher os frutos da rebelião.
Criaturas inteligentes obedecem ao Criador
e assim alcançam entre si a excelência como
pessoas. A história tem provado que os casais obedientes às leis conjugais postas em
vigor por Deus são estáveis e formam famílias
felizes.
Deus aponta o caminho a seguir, mas não
obriga ninguém a andar nele. A decisão de
ser sábio ou tolo não é Dele, mas de cada
um. Deuteronômio 30. 14 – 16; Josué 1. 7;
Isaías 26. 7; 30. 21.
Na orientação pastoral às famílias da igreja
em Éfeso, o apóstolo Paulo se dirige inicialmente às mulheres. Ele sabe que a autoridade e a responsabilidade materna sobre os
filhos e seu amor a eles são a expressão natural do caráter feminino e por isso dispensam
outros comentários.
O apóstolo percebeu, no entanto, que algumas das mulheres cristãs fortalecidas pelo
amor dado e recebido dos filhos estavam se
esquecendo da submissão ao marido. O relacionamento entre os cônjuges e destes com
os filhos é distinto.
Por outro lado, a fraqueza de caráter de alguns dos maridos ao fugirem das responsabilidades conjugais e paternas, o conforto que
lhes dava a liderança da mulher no lar ou a
tentativa de instalar no relacionamento familiar o duelo e não o diálogo fez com que o apóstolo amorosamente lhes apresentasse a
função de cada cônjuge no lar, como estabelecido pelo Criador.
A presença da liderança inteligente na
condução dos liderados é imprescindível ao
bem estar de qualquer grupo social e principalmente na família cuja missão prioritária é a
formação do caráter espiritual e moral dos
seus membros a fim de que se relacionem
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corretamente com Deus, consigo e com seus
semelhantes.
Ao orientar as mulheres a se submeterem
ao marido, o apóstolo toma como exemplo a
submissão devida a Jesus Cristo. Este, por
sua vez, colocou-se em permanente submissão ao Pai na realização do ministério que
Lhe foi entregue e pelo qual se responsabilizou cumprindo-o plenamente.
A submissão a Jesus Cristo é sinônimo da
verdadeira declaração de amor a Deus. Quem
ama respeita e obedece. Para que aprendêssemos a amar a Deus, Ele nos amou primeiro
em Jesus Cristo. O que Deus em Sua Graça
fez por nós, nos motiva a obedecê-lo. João
14. 15, 21, 23; Romanos 5. 8.
A mulher cristã com o discernimento espiritual que possui considera sua submissão em
amor ao marido uma atitude inteligente e benéfica ao bem estar dela e da família. Ela e
seu marido fazem parte do mesmo projeto
divino e nele trabalham conjuntamente. 1 Coríntios 11. 11.
Ao obedecer a ordem do Criador, conforme
Gênesis 3. 16b, a mulher responsabiliza seu
marido diante de Deus pela liderança que ele
desempenha no lar. Uma vez que Deus exerce sobre nós Sua autoridade em amor cabe
ao homem imitar seu Criador na administração da autoridade em amor sobre sua esposa. A honra da liderança masculina caminha
juntamente com a responsabilidade diante de
Deus sobre os liderados. Deus não apóia o
líder que se opõe ao Seu caráter.
Deus estabeleceu e reconhece a liderança
do homem em seu lar. Prova disso temos em
Genesis 3 quando após a queda, o Criador se
dirigiu primeiro ao líder da família, o homem,
para que este lhe prestasse contas de sua
liderança. Só depois confrontou a mulher e a
serpente. Na vida material e espiritual há
sempre alguém a quem devemos prestar contas. O princípio eterno de autoridade e ordem
foi estabelecido por Deus. Até o Diabo sabe
disso e não é sem razão que onde age leva o
caos, a confusão e a destruição. Ele odeia a
humanidade. Mateus 8. 29; João 10. 10a; 1
Coríntios 14. 33; Tiago Apocalipse 20. 10.
Com reverência parafraseamos essa revelação das Escrituras à vida no lar: Feliz é a
família cujo líder trabalha pelo bem estar
daqueles que nele esperam. Isaias 64. 4.
Paulo associa a submissão em amor que a
mulher deve ao marido à autoridade em amor
que Ele tem sobre ela. A obediência a esse
princípio divino permite que o amor se manifeste no lar em alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e autodomínio. O caráter divino é expresso na personalidade dos
membros da família. Gálatas 5. 22 – 23.
O amor do marido à esposa tem como padrão o amor de Cristo à igreja. Assim como
Jesus Cristo amou Sua igreja e se entregou
por ela em sacrifício vivo diante do Pai para
apresentá-la a Si como igreja santa, purificada
por Sua Palavra, inculpável, gloriosa, sadia e
bela, da mesma forma o marido que ama sua
esposa coloca o que é e possui à disposição
do bem estar dela diante dos seus semelhantes e de Deus.
Quem ama sua esposa verdadeiramente se
ama. O amor conjugal segue o amor divino
expresso em graça e não pela lei. Na Graça
divina quem menos merece ser amado é o
que é mais amado. O amor de Deus imerecido por nós nos motiva a amá-Lo porque Deus
se basta a Si mesmo e nós sem Ele vivemos
em permanente carência. Lucas 7, 42 – 47;
15. 11 - 32.
Mais uma vez parafraseamos e transferimos o princípio de Jesus sobre relacionamento humano à vida conjugal: ‘cabe ao marido,
em tudo o que não ferir o caráter de Deus,
fazer a sua esposa o que deseja que ela lhe
faça’. Tenha a iniciativa de amar. A sensibilidade masculina não fere sua masculinidade.
O exercício do amor na vida conjugal coloca
em equilíbrio e interdependência a autoridade
e a submissão. É próprio da natureza feminina tornar inesquecível e se entregar sem reservas a quem verdadeiramente a ama. Infelizmente muitos homens vão compreender
tardiamente essa verdade quando não mais
tem a esposa ao seu lado. Antes da separação exerça a superação. Só o amor energiza
a unidade conjugal. Mateus 7. 12.
Paulo finaliza sua orientação pastoral citando o princípio da saída abençoada da família-base para a formação de uma nova família. O amor do marido à esposa e o respeito
que ela deve a ele são as duas faces da unidade familiar. Nada mais.
ENQUADRANDO-SE NA VISÃO
- Dar lugar ao amor e não ao ódio na vida
conjugal.
DETALHES
- O homem e a mulher cristã assumem na
vida conjugal suas competências conforme
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determinação divina. Levítico 18. 20, 22; 20.
13; Romanos 1. 25 – 32.
- monogamia: casamento com apenas um
cônjuge do sexo oposto.
- poligamia: união conjugal ilegal com vários
cônjuges.
APLICAÇÃO
- Amar segundo o padrão das Escrituras.
VERSÍCULO PARA DECORAR
“... ame a sua mulher como a si mesmo, e a
mulher trate o seu marido com todo o respeito”. Efésios 5. 33b. (NVI).
ORAÇÃO
Ajuda-me Senhor a ser um marido ou esposa
fiel aos ensinos de Tua Palavra.
PENSAMENTO
Busque em Deus e não em outro lugar ou
pessoa o suprimento ao amor a existir na vida
conjugal.
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Estudo 12: RELACIONAMENTO NO LAR E FORA DELE. - cap. 6. 1 – 9.
Neste texto encontramos
- A obediência dos filhos aos pais conforme
determinação divina é atitude justa e aprovada. v. 1.
- Honrar pai e mãe é o primeiro mandamento
com promessa. v. 2.
- Filhos que honram seus pais são bem sucedidos na vida e tem os seus dias prolongados
na terra. v. 3; Provérbios 10. 27.
- Pais que amam seus filhos:
a) exercem em amor sua autoridade sobre
eles;
b) não geram situações tolas que possam
deixar seus filhos irritados;
c) cria-os de acordo com o ensinamento das
Escrituras. v. 4.
- Conduta do cristão que exerce função remunerada ou não: v. 5 – 8.
a) respeita a autoridade a quem serve;
b) é sincero e honesto na execução do serviço que realiza;
c) realiza o seu trabalho como serviço a Cristo;
d) faz o melhor na presença ou ausência da
autoridade a quem serve;
e) busca a excelência no que faz como se
cumprisse a ordem de Deus na execução de
Sua vontade.
f) sua forma cristã de servir tem uma recompensa a ser dada pelo Senhor no presente e
no porvir.
- Conduta do cristão que tem pessoas a seu
serviço:
a) retorna em respeito o respeito que recebe
de quem lhe presta serviço;
b) não faz uso de ameaças no relacionamento
com os subordinados seja na distribuição ou
na prestação de contas das tarefas entregues.
c) mantém conduta justa entre aqueles que
estão sob o seu comando.
d) não age à parte da lei porque está submisso à Lei Moral de Deus de quem é servo.
e) realiza o seu trabalho como serviço a Cristo;
f) faz o melhor na presença ou ausência de
quem lhe presta serviço;
g) busca a excelência no que faz como se
cumprisse a ordem de Deus na execução de
Sua vontade.
h) sua forma cristã de administrar tem uma
recompensa a ser dada pelo Senhor no presente e no porvir.
i) ao exercer a autoridade reconhece que está
sob autoridade de Deus, o Soberano Senhor
que não faz acepção de pessoas nas recompensas e na aplicação do juízo.
VISÃO GERAL
O apóstolo Paulo prossegue seu ensino falando agora sobre o relacionamento no lar e
no ambiente de trabalho. Continua dentro do
tema: autoridade e submissão em amor.
Parte do princípio de que todo grupo social
exige uma liderança que responda pelo seu
bom funcionamento. A liderança eficaz exerce
suas funções visando ao bem estar de todos
e dentro das normas legais que fixam os deveres e os direitos dos envolvidos no processo. É impossível que haja harmonia sem lei e
lei sem a presença da autoridade.
Numa democracia se o líder ou o comandante agir fora do que prescreve a lei, seja em
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