36 Estudo 11: AUTORIDADE E SUBMISSÃO EM AMOR NA VIDA CONJUGAL - cap. 5. 22 – 33. Neste texto encontramos - As mulheres cristãs se colocam sob a autoridade do marido em amor. A submissão da esposa cristã ao marido não é opção; é ordem do Criador, fundamento para a estabilidade do lar e honra ao Evangelho. A autoridade em amor e a submissão em amor não estão vinculadas à superioridade ou inferioridade de um em relação ao outro porque ambos foram feitos à imagem e semelhança do Criador. Ambos se interdependem e interagem em suas características peculiares à natureza masculina ou feminina. A ordem e a forma da criação contam nesse relacionamento. v. 22a; Gênesis 1. 27; 2. 18, 21 – 25; 3. 16; 1 Coríntios 11. 9 - 12. - A submissão da mulher cristã na vida conjugal tem como padrão sua submissão a Cristo como Ele se submeteu ao Pai. v. 22b; João 3. 35; 5. 22; 10. 37; 12. 49. - A liderança na família cristã é do marido cristão. Deus o responsabiliza no exercício dessa função. v. 23a; Gênesis 3. 9 – 12; 1 Coríntios 11. 3. - A liderança da igreja é de Jesus Cristo em unidade com o Pai e o Espírito Santo. Ela é Seu corpo. Ele é cabeça e Salvador do corpo. v. 23b. - A sujeição da esposa cristã ao marido e a liderança deste, seguem o modelo de unidade espiritual entre Jesus Cristo e Sua igreja. A igreja é a esposa do Filho de Deus. Jesus Cristo, na condição de Filho, não deixou de ser Deus por se submeter ao Pai e a esposa não deixará de ser pessoa ao se submeter ao marido. v. 24; Mateus 9. 15; 1 Coríntios 6. 17; 11. 3; Gálatas 3. 26 – 29; Apocalipse 21. 9, 27. - Amar a esposa não é opção do marido cristão. É responsabilidade dada por Deus. É atitude inteligente de quem ao amar se ama. v. 25a; Colossenses 3. 19; 1 Pedro 3. 7. - O amor de Cristo à igreja é modelo do amor que o marido cristão deve dedicar a sua esposa. v. 25b. - Jesus Cristo deu Sua vida pela igreja, separou-a para Si e a purifica continuamente por Sua Palavra. A vida da esposa está vinculada à vida do marido e ele busca preservá-la e torná-la sadia e bela para si por suas palavras e atitudes. v. 26; João 15. 3. - Jesus tudo fez para apresentar a igreja a Si mesmo: gloriosa, imaculada (sem mancha), ruga ou qualquer outro defeito, mas santa e irrepreensível. O marido cristão toma para si essa missão em relação a sua esposa. v. 27. - Ao se unirem em amor e de acordo com o preceito divino o homem e a mulher se tornam uma só carne. O bem ou o mal de um para com o outro atinge igualmente a ambos. Amar a esposa ou o marido é amar a si mesmo. v. 28; Gênesis 2. 24; 1 Coríntios 6. 17. - O melhor que você deseja e faz para si faça para sua esposa. Essa mesma atitude tem Jesus para com a Sua igreja. v. 29. - O marido e a esposa cristã além de ser uma só carne são membros do corpo de Cristo, a igreja e um espírito com Ele. v. 30; 1 Coríntios 6. 15a, 17; Gálatas 3. 26 - 29. - Ao deixar o seu lar de origem, marido e mulher formam um novo lar: a sede da unidade familiar. O casal precisa determinar que as qualidades de um, suprirão as carências do outro. A paciência, a disciplina e o tempo darão sua contribuição. Nessa mutualidade voluntária e intencional, ambos se enriquecerão como pessoas. Assim prepararão o ambiente para os filhos viverem na atmosfera de amor construída por eles. v. 31. - Assim como o relacionamento de Cristo com Sua igreja está além do entendimento comum, da mesma forma o relacionamento conjugal é insondável. O sucesso ou a crise conjugal é uma peça tecida conjuntamente a quatro mãos. v. 32. - O amor conjugal tem como base o amor de Deus. Ele nos capacita no exercício do amor e do respeito mútuo. v. 33. VISÃO GERAL O apóstolo Paulo inclui em sua orientação pastoral à igreja em Éfeso uma palavra especial às famílias. Inicialmente fala aos casais e lhes apresenta as diretrizes para a vida conjugal bem sucedida. Em sua exposição apresenta como modelo de vida conjugal o relacionamento entre Cristo, o esposo, e a igreja, a esposa. Na argumentação relata os propósitos de Deus ao criar a família e dela, por meio de Jesus Cristo, a igreja que é por extensão Sua família e parte do Seu corpo. Mt. 12. 50. O conceito de Jesus Cristo como noivo da igreja remete a uma resposta de Jesus ao ser questionado sobre a ausência da prática do jejum por Seus discípulos. Assim respondeu o .EFÉSIOS – Unidade da Igreja em Cristo - PIB Bortolândia – SP – SP. 37 Mestre: “...Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão”. Mateus 9. 15. Nessa resposta Jesus se revela como noivo de Sua igreja. O Filho de Deus foi e será fiel ao que o Pai Lhe reservou como pessoa divina e homem na eternidade passada e futura. Paulo diz: “...Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”. Efésios 5. 25b. Se o noivo, Jesus Cristo, tem Sua noiva, a igreja, permanentemente em Seus pensamentos e ações, é justo que a noiva tenha o noivo em seus pensamentos e ações enquanto está na terra e futuramente no céu. Esse é o que se espera no relacionamento conjugal entre marido e esposa, entre o homem e a mulher aliançados no Senhor. FOCALIZANDO A VISÃO Após formar o homem e dele a mulher, Deus estabeleceu o casamento como instituição legal e moral para o relacionamento íntimo e responsável entre o homem e a mulher. Desse relacionamento surgiram os descendentes que unidos aos pais constituem a família. Da sucessão de famílias escolhidas por Deus veio Jesus Cristo que em Sua pessoa formou na terra a família de Deus. Na família humana constituída por Deus, a cada homem basta uma mulher e a cada mulher basta um homem. Em momento algum o Criador aprovou a poligamia ou a justificou. Ao formar a mulher de apenas uma costela do homem o Senhor estabeleceu o princípio da monogamia a existir entre os seres humanos no casamento. O que passar disso é de procedência maligna. Todas as vezes que o homem ou a mulher desobedecem ao princípio divino, se desestruturam como pessoas e família e atraem o caos para si e ao ambiente onde estão. Gênesis 2. 18, 21 - 25; Êxodo 20. 14, 17. O Criador concedeu, em particular, ao homem e à mulher características mentais, emocionais, volitivas e físicas, específicas e complementares e nelas definiu funções. O desrespeito a essas marcas, pela adoção de práticas antinaturais em seu relacionamento e que ferem a Lei Moral de Deus, atraem males à vida conjugal. Pelas leis do Criador o relacionamento íntimo entre pessoas do mesmo sexo é ilegal e ofensivo ao caráter de Deus. Não se pode falar em casamento neste caso. Levítico 18. 22; 20. 13; Deuteronômio 22. 5; Romanos 1. 26 – 28. O ponto de partida para a constituição da família é o casamento estabelecido de acordo com o padrão divino. Os membros dessa instituição têm responsabilidades com o Criador, entre si e no ambiente onde vivem. Somente o que Deus estabeleceu em Sua Palavra como certo na vida conjugal e em família é o que deve ser seguido. Questionar esse modelo é colocar em dúvida a competência do Criador em decidir sobre o que é melhor para Suas criaturas. Quem se julga idôneo para tomar decisões à parte do que Deus determinou revela insensatez e deve se preparar para colher os frutos da rebelião. Criaturas inteligentes obedecem ao Criador e assim alcançam entre si a excelência como pessoas. A história tem provado que os casais obedientes às leis conjugais postas em vigor por Deus são estáveis e formam famílias felizes. Deus aponta o caminho a seguir, mas não obriga ninguém a andar nele. A decisão de ser sábio ou tolo não é Dele, mas de cada um. Deuteronômio 30. 14 – 16; Josué 1. 7; Isaías 26. 7; 30. 21. Na orientação pastoral às famílias da igreja em Éfeso, o apóstolo Paulo se dirige inicialmente às mulheres. Ele sabe que a autoridade e a responsabilidade materna sobre os filhos e seu amor a eles são a expressão natural do caráter feminino e por isso dispensam outros comentários. O apóstolo percebeu, no entanto, que algumas das mulheres cristãs fortalecidas pelo amor dado e recebido dos filhos estavam se esquecendo da submissão ao marido. O relacionamento entre os cônjuges e destes com os filhos é distinto. Por outro lado, a fraqueza de caráter de alguns dos maridos ao fugirem das responsabilidades conjugais e paternas, o conforto que lhes dava a liderança da mulher no lar ou a tentativa de instalar no relacionamento familiar o duelo e não o diálogo fez com que o apóstolo amorosamente lhes apresentasse a função de cada cônjuge no lar, como estabelecido pelo Criador. A presença da liderança inteligente na condução dos liderados é imprescindível ao bem estar de qualquer grupo social e principalmente na família cuja missão prioritária é a formação do caráter espiritual e moral dos seus membros a fim de que se relacionem .EFÉSIOS – Unidade da Igreja em Cristo - PIB Bortolândia – SP – SP. 38 corretamente com Deus, consigo e com seus semelhantes. Ao orientar as mulheres a se submeterem ao marido, o apóstolo toma como exemplo a submissão devida a Jesus Cristo. Este, por sua vez, colocou-se em permanente submissão ao Pai na realização do ministério que Lhe foi entregue e pelo qual se responsabilizou cumprindo-o plenamente. A submissão a Jesus Cristo é sinônimo da verdadeira declaração de amor a Deus. Quem ama respeita e obedece. Para que aprendêssemos a amar a Deus, Ele nos amou primeiro em Jesus Cristo. O que Deus em Sua Graça fez por nós, nos motiva a obedecê-lo. João 14. 15, 21, 23; Romanos 5. 8. A mulher cristã com o discernimento espiritual que possui considera sua submissão em amor ao marido uma atitude inteligente e benéfica ao bem estar dela e da família. Ela e seu marido fazem parte do mesmo projeto divino e nele trabalham conjuntamente. 1 Coríntios 11. 11. Ao obedecer a ordem do Criador, conforme Gênesis 3. 16b, a mulher responsabiliza seu marido diante de Deus pela liderança que ele desempenha no lar. Uma vez que Deus exerce sobre nós Sua autoridade em amor cabe ao homem imitar seu Criador na administração da autoridade em amor sobre sua esposa. A honra da liderança masculina caminha juntamente com a responsabilidade diante de Deus sobre os liderados. Deus não apóia o líder que se opõe ao Seu caráter. Deus estabeleceu e reconhece a liderança do homem em seu lar. Prova disso temos em Genesis 3 quando após a queda, o Criador se dirigiu primeiro ao líder da família, o homem, para que este lhe prestasse contas de sua liderança. Só depois confrontou a mulher e a serpente. Na vida material e espiritual há sempre alguém a quem devemos prestar contas. O princípio eterno de autoridade e ordem foi estabelecido por Deus. Até o Diabo sabe disso e não é sem razão que onde age leva o caos, a confusão e a destruição. Ele odeia a humanidade. Mateus 8. 29; João 10. 10a; 1 Coríntios 14. 33; Tiago Apocalipse 20. 10. Com reverência parafraseamos essa revelação das Escrituras à vida no lar: Feliz é a família cujo líder trabalha pelo bem estar daqueles que nele esperam. Isaias 64. 4. Paulo associa a submissão em amor que a mulher deve ao marido à autoridade em amor que Ele tem sobre ela. A obediência a esse princípio divino permite que o amor se manifeste no lar em alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e autodomínio. O caráter divino é expresso na personalidade dos membros da família. Gálatas 5. 22 – 23. O amor do marido à esposa tem como padrão o amor de Cristo à igreja. Assim como Jesus Cristo amou Sua igreja e se entregou por ela em sacrifício vivo diante do Pai para apresentá-la a Si como igreja santa, purificada por Sua Palavra, inculpável, gloriosa, sadia e bela, da mesma forma o marido que ama sua esposa coloca o que é e possui à disposição do bem estar dela diante dos seus semelhantes e de Deus. Quem ama sua esposa verdadeiramente se ama. O amor conjugal segue o amor divino expresso em graça e não pela lei. Na Graça divina quem menos merece ser amado é o que é mais amado. O amor de Deus imerecido por nós nos motiva a amá-Lo porque Deus se basta a Si mesmo e nós sem Ele vivemos em permanente carência. Lucas 7, 42 – 47; 15. 11 - 32. Mais uma vez parafraseamos e transferimos o princípio de Jesus sobre relacionamento humano à vida conjugal: ‘cabe ao marido, em tudo o que não ferir o caráter de Deus, fazer a sua esposa o que deseja que ela lhe faça’. Tenha a iniciativa de amar. A sensibilidade masculina não fere sua masculinidade. O exercício do amor na vida conjugal coloca em equilíbrio e interdependência a autoridade e a submissão. É próprio da natureza feminina tornar inesquecível e se entregar sem reservas a quem verdadeiramente a ama. Infelizmente muitos homens vão compreender tardiamente essa verdade quando não mais tem a esposa ao seu lado. Antes da separação exerça a superação. Só o amor energiza a unidade conjugal. Mateus 7. 12. Paulo finaliza sua orientação pastoral citando o princípio da saída abençoada da família-base para a formação de uma nova família. O amor do marido à esposa e o respeito que ela deve a ele são as duas faces da unidade familiar. Nada mais. ENQUADRANDO-SE NA VISÃO - Dar lugar ao amor e não ao ódio na vida conjugal. DETALHES - O homem e a mulher cristã assumem na vida conjugal suas competências conforme .EFÉSIOS – Unidade da Igreja em Cristo - PIB Bortolândia – SP – SP. 39 determinação divina. Levítico 18. 20, 22; 20. 13; Romanos 1. 25 – 32. - monogamia: casamento com apenas um cônjuge do sexo oposto. - poligamia: união conjugal ilegal com vários cônjuges. APLICAÇÃO - Amar segundo o padrão das Escrituras. VERSÍCULO PARA DECORAR “... ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher trate o seu marido com todo o respeito”. Efésios 5. 33b. (NVI). ORAÇÃO Ajuda-me Senhor a ser um marido ou esposa fiel aos ensinos de Tua Palavra. PENSAMENTO Busque em Deus e não em outro lugar ou pessoa o suprimento ao amor a existir na vida conjugal. +++++++++++++++ Estudo 12: RELACIONAMENTO NO LAR E FORA DELE. - cap. 6. 1 – 9. Neste texto encontramos - A obediência dos filhos aos pais conforme determinação divina é atitude justa e aprovada. v. 1. - Honrar pai e mãe é o primeiro mandamento com promessa. v. 2. - Filhos que honram seus pais são bem sucedidos na vida e tem os seus dias prolongados na terra. v. 3; Provérbios 10. 27. - Pais que amam seus filhos: a) exercem em amor sua autoridade sobre eles; b) não geram situações tolas que possam deixar seus filhos irritados; c) cria-os de acordo com o ensinamento das Escrituras. v. 4. - Conduta do cristão que exerce função remunerada ou não: v. 5 – 8. a) respeita a autoridade a quem serve; b) é sincero e honesto na execução do serviço que realiza; c) realiza o seu trabalho como serviço a Cristo; d) faz o melhor na presença ou ausência da autoridade a quem serve; e) busca a excelência no que faz como se cumprisse a ordem de Deus na execução de Sua vontade. f) sua forma cristã de servir tem uma recompensa a ser dada pelo Senhor no presente e no porvir. - Conduta do cristão que tem pessoas a seu serviço: a) retorna em respeito o respeito que recebe de quem lhe presta serviço; b) não faz uso de ameaças no relacionamento com os subordinados seja na distribuição ou na prestação de contas das tarefas entregues. c) mantém conduta justa entre aqueles que estão sob o seu comando. d) não age à parte da lei porque está submisso à Lei Moral de Deus de quem é servo. e) realiza o seu trabalho como serviço a Cristo; f) faz o melhor na presença ou ausência de quem lhe presta serviço; g) busca a excelência no que faz como se cumprisse a ordem de Deus na execução de Sua vontade. h) sua forma cristã de administrar tem uma recompensa a ser dada pelo Senhor no presente e no porvir. i) ao exercer a autoridade reconhece que está sob autoridade de Deus, o Soberano Senhor que não faz acepção de pessoas nas recompensas e na aplicação do juízo. VISÃO GERAL O apóstolo Paulo prossegue seu ensino falando agora sobre o relacionamento no lar e no ambiente de trabalho. Continua dentro do tema: autoridade e submissão em amor. Parte do princípio de que todo grupo social exige uma liderança que responda pelo seu bom funcionamento. A liderança eficaz exerce suas funções visando ao bem estar de todos e dentro das normas legais que fixam os deveres e os direitos dos envolvidos no processo. É impossível que haja harmonia sem lei e lei sem a presença da autoridade. Numa democracia se o líder ou o comandante agir fora do que prescreve a lei, seja em .EFÉSIOS – Unidade da Igreja em Cristo - PIB Bortolândia – SP – SP.