PERCEPÇÕES E PRÁTICAS DOS ESTUDANTES DO 7º

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VI Encontro Regional de Ensino de Biologia da Regional 2 RJ/ES
CEFET/RJ, 2012
PERCEPÇÕES E PRÁTICAS DOS ESTUDANTES DO 7º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL ACERCA DA TEMÁTICA DA DENGUE NO RIO DE JANEIRO
Natiele Carla da Silva Ferreira
([email protected])1
Saulo José de Araújo Barcellos
([email protected])1
Ana Cléa Moreira Ayres
([email protected])2
INTRODUÇÃO
A palavra dengue (do espanhol, “melindre” ou “manha”) se refere ao estado físico de
moleza ou prostração da pessoa acometida por essa enfermidade. É uma doença viral transmitida
por um arbovírus, isto é, um vírus oriundo de artrópodes, sendo considerada hoje a arbovirose
mais importante do mundo, uma vez que coloca a saúde de mais de 2 bilhões de pessoas em risco
em cerca de 100 países endêmicos. Anualmente ocorrem mais de 50 milhões de infecções, sendo
dessas 500.000 casos do tipo hemorrágico e 22.000 mortes, especialmente em crianças (Galli &
Chiaravalloti Neto, 2008).
O agente etiológico pertence ao gênero flavivírus e é subdividido em quatro tipos
diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Eles são transmitidos por mosquitos da
espécie Aedes aegypti, o qual possui hábitos domésticos, picando durante o dia e tendo
preferência pelo sangue humano para que ocorra a maturação dos ovos, os quais são
posteriormente liberados próximos a lâmina d’água, em depósitos como, por exemplo, vasos de
planta, pneus, caixas d’água, entre outros (Tauil, 2001; Barata et al., 2001; Einsfeld et al., 2009).
1
Discentes do Curso de Ciências Biológicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Faculdade de Formação de
Professores.
2
Docente do Departamento de Ciências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Faculdade de Formação de
Professores.
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Os principais sintomas da enfermidade são: febre, dores no corpo, na cabeça e no fundo dos olhos
e náuseas (Brasil, 2002). Recentemente foi descoberto na América, mais especificamente no
México, um novo transmissor da dengue, o qual é muito comum na Ásia, o mosquito Aedes
Albopictus, que difere do primeiro por não ter hábitos domésticos, sendo mais comumente
encontrado em áreas rurais e não apresentando preferência por sangue humano (Barata et al.,
2001).
A dengue é uma doença com característica sazonal, isto é, se concentra em determinado
período todos os anos, sendo que no Brasil este período é o verão, devido ao aumento de
temperatura e maior ocorrência de chuvas, reunindo assim, cerca de 70% dos casos nesse período
(Brasil, 2002). Em 2012, somente nas nove primeiras semanas, já foram notificados mais de 76
mil casos em todo o país, sendo desses 10.630 no Rio de Janeiro, uma situação que deve
despertar a atenção das autoridades competentes (Brasil, 2012).
Devido à situação alarmante dessa doença, a qual acaba produzindo um problema de saúde
pública e social, duas ferramentas epistemológicas são bastante exploradas em campanhas de
combate à mesma: a educação e a comunicação. Elas devem ter como objetivo primordial a
eliminação efetiva de criadouros dos mosquitos vetores no ambiente doméstico pelo cidadão, ao
invés de servirem como um simples acréscimo de conhecimento ao mesmo (Brassolatti &
Andrade, 2002). Entretanto, como esses saberes influenciam a vida das pessoas, os mesmos
precisam ser investigados, conforme EINSFELD et al. (2009):
“Partindo da premissa de que as informações recebidas fora do ensino
formal influenciam diretamente na compreensão daquilo que é transmitido
na prática educativa, investigar a interface entre estes saberes permite o
desenvolvimento de estratégias mais efetivas de ensino, no que tange
particularmente às campanhas de conscientização que fornecem suporte ao
controle das doenças”.
Por isso se esses saberes fossem bem aplicados, o país não enfrentaria tantos problemas em
relação a essa doença, como o faz anualmente. Portanto, a escola se faz um lugar privilegiado
para a conscientização do quão importante é para a população brasileira a erradicação dessa
enfermidade que vem há muito tempo acometendo a mesma. Nesse sentido, a escola também é
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importante para a introdução de novos conceitos na comunidade, já que os estudantes fazem parte
da mesma (Brassolatti & Andrade, 2002). E além do mais, segundo Santos-Gouw & Bizzo
(2009), “tornar a escola um centro de atividades voltadas à educação em saúde tem sido
apresentado atualmente por diversos autores como meio legitimo de proporcionar a uma parcela
significativa da população à tomada de decisões em prol da saúde pública”.
Tendo isso em vista, o objetivo do presente trabalho foi investigar as percepções e práticas
dos estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental acerca da temática da dengue em vista da
situação epidemiológica no Rio de Janeiro.
METODOLOGIA
A definição do público-alvo foi estabelecida de acordo com os Parâmetros Curriculares
Nacionais, partindo da premissa que os alunos do 7º ano estudariam os Artrópodes e
consequentemente as espécies que funcionariam como vetores de doenças (Brasil, 1998). Dessa
forma, o estudo foi realizado em um colégio do município de São Gonçalo, onde os participantes
responderam ao questionário em anexo, após o preenchimento do Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido (TCLE).
Posteriormente iniciou-se a categorização das repostas em dois grupos, sendo o primeiro
reservado àquelas de caráter objetivo, as quais foram analisadas e quantificadas em tabelas,
enquanto o segundo grupo foi destinado àquelas de caráter subjetivo. Neste último grupo a
análise e quantificação basearam-se na técnica do Discurso do Sujeito Coletivo - DSC (Lefèvre e
Lefèvre, 2000), a qual é uma proposta de organização e tabulação de dados qualitativos obtidos
de depoimentos que tem como fundamento a teoria da Representação Social e seus pressupostos
sociológicos. Essa última proposta consistiu em analisar a escrita coletada, extraída de cada um
dos questionários na primeira pessoa do singular, visando expressar o pensamento de uma
coletividade, como se esta fosse o emissor de um discurso. Sendo assim, foram selecionadas de
cada questão as codificações e expressões significativas mais presentes nas respostas, as quais
corresponderiam as ideias centrais das representações sociais presentes nos indivíduos
participantes da pesquisa.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
1. Perfil dos participantes
Os participantes do estudo somaram um total de 81 alunos, dos quais 38 eram homens e
43 eram mulheres em média de idade de 12,09 anos.
2. Etiologia: “O que é a dengue?”
Observou-se que a maioria dos estudantes (46,9%) tem conhecimento de que a dengue é o
nome dado a uma doença (Tabela 1), mas houve uma outra parcela considerável (37,0%) que a
confundiu com seu agente causador: o vírus. Pode-se associar esta troca encontrada nas respostas
à falta de divulgação do nome científico do agente etiológico (Yellow fever virus). Além disso,
foram observados outros tipos de associações errôneas em menor freqüência, como a dengue
sendo o mosquito (9,9%) e a larva (1,2%).
3. Origem do conhecimento: “De onde vem seu conhecimento sobre a dengue?”
A respeito da origem do conhecimento dos estudantes sobre a temática da dengue,
constata-se que a televisão foi o meio de comunicação e aprendizagem mais utilizado pelos
alunos sobre o assunto (Tabela 1), visto que apresentou o maior índice de respostas (88,9%),
seguido de escola (67,9%), folhetos informativos (37,0%), Internet (34,6%) e família (34,6%),
livro didático (12,3%) e rádio (12,3%), além de outros meios (3,7%).
Deve salientar-se a importância da televisão assim como dos folhetos informativos, livros
didáticos e rádio quanto ao caráter informativo. Entretanto, em virtude da não existência de um
diálogo direto entre eles e o receptor, a mensagem transmitida precisa estar clara o suficiente para
evitar que inúmeras interpretações e consequentemente representações errôneas sejam
produzidas. Além disso, mesmo em situações onde exista um diálogo direto ainda pode-se
evidenciar um “ruído na comunicação”. Esses momentos de comunicação são considerados
cruciais, pois uma vez que o receptor tenha recebido informações distorcidas sobre o assunto,
isso pode prejudicá-lo no sentido de se prevenir, tratar e até mesmo identificar a doença através
de seus sintomas.
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Tabela 1 – Quantificação das respostas objetivas sobre percepções e práticas acerca da dengue.
Ntotal= 81.
PERGUNTAS OBJETIVAS
RESPOSTAS
Total
Uma doença
38
ETIOLOGIA
Um vírus
30
O que é a dengue?
Um mosquito
8
Não respondeu
4
Uma larva
1
Tv
72
Escola
55
Folhetos informativos
30
ORIGEM DO CONHECIMENTO
Internet
28
De onde vem seu conhecimento sobre a dengue?
Família
28
Livro didático
10
Rádio
10
Outros
3
Medo
30
Nada
28
REAÇÃO FRENTE AO VETOR
Raiva
23
O que você sente quando vê o mosquito da dengue?
Nojo
17
Acha “bonitinho”
6
Não respondeu
1
Vão ao médico ou posto de saúde
70
REAÇÃO FRENTE A DOENÇA
Não responderam
8
Quando você ou algum da sua família esta com
Fazem tratamento com remédios antes
suspeita de dengue você e sua família costuma fazer?
de ir ao médico para ver se passa
2
Fazem tratamento com chás e/ou ervas
1
Não fazem nada
-
Sim
59
Raramente
27
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Às vezes
26
Você já viu ou vê o mosquito da dengue perto de sua casa?
Não nunca
22
Sempre
6
4.Reação frente ao vetor: “O que você sente quando vê o mosquito da dengue?”
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Constatou-se que a reação dos estudantes frente ao vetor teve relação direta com a
pergunta: “Você ou alguém da sua família já teve dengue?”, pois foi observado que 70% dos
participantes que já tiveram contato com a doença marcaram as opções “medo” (37,0%) e “raiva”
(28,4%) (Tabela 1). Percebe-se assim que as repostas negativas estão ligadas, em sua maioria, ao
contato negativo com o vetor, o qual transmitiu-lhes a doença, enquanto que respostas como:
“nada” (34,6,%), “nojo” (21,0%) e “acha bonitinho” (7,4%) foram típicas de pessoas que tiveram
pouco ou nenhum contato com doença, demonstrando menores reações negativas em relação à
ele.
5. Reação frente à doença: “Quando você ou algum da sua família está com suspeita de dengue,
o que vocês costumam fazer?”
Em relação a suspeita da doença, a maioria dos estudantes demonstrou ter consciência da
gravidade da mesma (Tabela 1), visto que quase todos procuram auxílio médico em hospitais ou
postos de saúde (86,4%). Enquanto isso, apenas 2,5% dos indivíduos fazem uso de medicamentos
previamente e 1,2%, fazem tratamento com chás e/ou ervas, somando assim 3,7%, os estudantes
que tomam medidas inadequadas, as quais podem trazer riscos à sua saúde.
6. Vigilância epidemiológica I: “Você já viu ou vê o mosquito da dengue perto de sua casa?”
Evidencia-se nessa questão mais um fato que corrobora para a situação epidemiológica da
dengue no estado do Rio de Janeiro, visto que mais da metade dos estudantes dizem ter visto
mosquitos da dengue nas redondezas de suas moradias (Tabela 1), sendo que 33,3% os veem
raramente, 32,1% os veem às vezes e 7,4% os veem sempre, ao contrário dos 27% que nunca
viram o mosquito. Além do mais, muitos estudantes podem tê-lo visto e não souberam identificálo, uma vez que muitos deles não conheciam as principais características do vetor. Esses dados
em conjunto ao número de alunos que tiveram contato com a doença (49,4%) podem apontar para
possíveis regiões com focos do mosquito, bem como da doença. Dessa forma, caberia aos órgãos
competentes um estudo mais profundo, assim como a tomada de providências cabíveis a fim de
combatê-los e eliminar a doença.
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Tabela 2 – Quantificação das respostas subjetivas sobre percepções e práticas acerca da dengue.
Ntotal= 81.
PERGUNTAS SUBJETIVAS
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Você ou alguém da sua família já teve dengue?Caso
sim, quem teve e quantas vezes teve?
MEDIDAS PREVENTIVAS
O que você faz para prevenir a dengue?
IDENTIFICAÇÃO DO VETOR DA DENGUE
Você sabe reconhecer o mosquito da dengue? Se sim,
quais suas característica?
RESPOSTAS
Total
Não
41
Sim
40
O próprio
13
Primo ou prima
7
Mãe
6
Tio ou tia
6
Avô ou avó
6
Outros
6
Irmão ou irmã
5
Pai
3
Amigos
1
Não deixar água parada
50
Evito água parada em garrafas
21
Tiro as águas dos vasos de plantas
17
Tampo caixa d’águas
16
Evito água parada em pneus
13
Outros
21
Sim
50
Preto com listras brancas
47
Gosta de ficar em água parada
3
Tem mais de 1cm de comprimento
2
Outros
13
Não
30
7. Vigilância epidemiológica II: “Você ou alguém da sua família já teve dengue? Caso sim, quem
teve e quantas vezes teve?”
No que diz respeito ao contato com a doença, quase que a metade dos estudantes (49,4%)
teve contato direto (Tabela 2; Gráfico 1), isto é, eles já foram acometidos pela mesma (32,5%) ou
indireto com a dengue, principalmente por parte de seus familiares: primos (17,5%), mãe (15%),
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tios (15%), avôs/avós (15%), irmãos (12,5%), pai (7,5%) e amigos (2,5%). Dessa forma, esses
números se mostraram bastante altos, corroborando mais uma vez com o fato de uma situação
epidemiológica bastante avançada no estado do Rio de Janeiro. Além disso, como também foi
evidenciado casos de reincidência da doença (Gráfico 1), percebe-se que essa população
possivelmente está em contato com mais de um tipo de vírus da dengue, dado esse importante
para que tanto a população quanto os órgãos competentes se conscientizem e tomem as medidas
cabíveis.
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Não tiveram dengue
Uma vez
Mais de uma vez
Gráfico 1- Representação epidemiológica dos estudantes quanto a não infecção, infecção e
reincidência da doença. N=81. Os valores estão expressos em percentagem.
8. Medidas preventivas: “O que você faz para prevenir a dengue?”
No que diz respeito às ações de controle e combate ao vetor da dengue, muitos dos
participantes repetiram mensagens educativas emitidas pelas autoridades sanitárias (Tabela 2),
como: não deixar água parada (61,7%), evitar água parada em garrafas (25,9%) e tirar água dos
vasos de plantas (21,0%). Ao mesmo tempo, foram constatadas medidas inapropriadas para
prevenir a doença como: “tomo remédio”, “compro sabonete liquido”, “compro máquinas” ou
“não fico perto do mosquito da dengue”. Constatou-se desse modo que o número de citações de
medidas de prevenção foi alto, revelando certo grau de conhecimento por parte dos estudantes.
Entretanto, como o número de pessoas que já tiveram contato com a doença também se mostrou
alto, verifica-se que nem sempre esse conhecimento é aplicado por parte daquela comunidade.
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9. Identificação do vetor da dengue: “Você sabe reconhecer o mosquito da dengue? Se sim, quais
são as características dele?”
Identificou-se que a maioria dos estudantes possui conhecimentos acerca das
características do vetor da dengue, as quais permitem reconhecê-lo (61,7%) (Tabela 2).
Observaram-se ainda os códigos utilizados por eles para a identificação do mosquito, sendo que a
maioria o reconhece por preto com listras brancas (94,0%). Entretanto, foram encontradas
algumas formas peculiares de identificação, como por exemplo: “gosta de ficar em água
parada”, “voa baixo”, “dá fraqueza nos ossos”, “é borrachudo”, “me pica com raiva”, “mosquito
botafoguense” ou “é compridinho”, sendo que algumas dessas características podem levar uma
concepção errônea do vetor por divergirem da realidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se dizer que, de uma maneira geral para as questões analisadas, os estudantes
possuem um conhecimento bem amplo e positivo acerca da temática da dengue. Entretanto,
existe um discurso coletivo importante demonstrado quantitativamente que revela pontos críticos
que precisam ser levados em consideração, pois se as pessoas tem o conhecimento sobre
prevenção, elas não deveriam adquirir a doença. Constata-se com isso que existem três hipóteses:
as pessoas não colocam o conhecimento em prática, ou realizam as atividades preventivas, porém
residem em uma região com grande foco da doença, ou ainda realizam aquelas que são
inadequadas.
Ainda foi evidenciado que existem problemas na associação entre a ação dos mosquitos e
a transmissão do vírus, pois muitos alunos não conseguiram fazer a distinção entre o vírus
causador da dengue e a doença propriamente dita. Ou seja, há certa dificuldade em entender a
dengue como doença e não como vírus, especialmente pela falta de divulgação do nome
científico deste último. Também foram identificados problemas na identificação do mosquito
vetor e na execução de medidas que visem o seu combate.
Por fim, sugere-se a existência de mensagens claramente formuladas pelas autoridades
sanitárias vinculadas principalmente aos meios de comunicação mais utilizados pela população
em geral como: televisão, livros didáticos, internet, rádio, folhetos informativos, entre outros.
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Essa medida deve visar uma comunicação com poucos “ruídos”, o que aumenta a sua
probabilidade de ser adequadamente decodificada e conseqüentemente a chance de tornar-se um
comportamento preventivo.
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ANEXO
12
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