Universidade Federal de Itajubá Instituto de Física & Química Disciplina de Metodologia Científica Experiência de hoje Objetivos: - Efetuar medidas diretas de voltagem e corrente elétrica; - Efetuar medidas diretas e indiretas de resistência elétrica; - Aprender a utilizar corretamente um multímetro; - Aprender a construir gráficos de pontos experimentais; - Aprender a extrair informações e medidas de gráficos. Laboratório 6 Avaliando Resistência Elétrica através de Gráficos Um bipolo elétrico é um elemento passivo de circuito elétrico, com dois terminais acessíveis, submetido a uma diferença de potencial (tensão elétrica) e pelo qual passa uma corrente elétrica. São exemplos os resistores, lâmpadas, fios condutores, diodos, dedos tocando em tomadas, dentre outros. Materiais: - Fonte elétrica BK Precision 1550; - Multímetros digitais ICEL MD-6111 ou Minipa ET-2042D; - Resistência elétrica comercial; - Lâmpada de 40W com contatos; - Matriz de Circuito e fios; - Lápis, Calculadora Científica e Folha de dados; - Computador com programa para gráficos (SciDAVis). A resistência elétrica é a propriedade física que relaciona a tensão aplicada ao bipolo e a corrente que o atravessa; formalmente: R =V I A resistência está associada às propriedades microscópicas do material e à forma do bipolo. A expressão acima é sempre válida. Entretanto, quando R é constante para um determinado intervalo de variação de V e I, dizemos que o bipolo está em um regime de condução ôhmico. É importante salientar que nem todos os materiais apresentam um regime de condução ôhmica. Quando ocorre transformação de energia elétrica em luminosa ou calorífica, não existe proporcionalidade direta entre a voltagem e a corrente elétrica, pois parte da potência elétrica é dissipada em outras formas de energia. Se a temperatura do resistor variar, sua resistência também sofre variações. FAÇAM e/ou ANOTEM NA FOLHA DE DADOS: 1) 2) 3) 4) 5) Caracterizem os instrumentos utilizados (multímetro como ohmímetro, voltímetro e amperímetro, ver DICAS I), anotando na Folha de Dados: a) Marca e Modelo; b) Unidade e Faixa dinâmica de medida; c) Erro; Peguem um dos multímetros e coloque o seletor central em “20 kΩ Ω”. Coloquem os contatos do resistor comercial nas entradas “VΩHz” e “COM”. Meçam e anotem na Folha da Dados a resistência do resistor (RR), com o respectivo erro e unidade; Coloquem o seletor central em “200 Ω”. Coloquem os contatos da lâmpada nas entradas “VΩHz” e “COM”. Meçam e anotem na Folha da Dados a resistência da Lâmpada (RL), com o respectivo erro e unidade; Montem o circuito de tensão real (Figura 1) para o resistor. Liguem um fio do “+” da fonte ao ponto 1 do circuito. O resistor deve ser inserido nos pontos 2 e 3. Liguem um fio, do “mA” do multímetro-amperímetro no ponto 4. Utilizem outro fio para ligar o “COM” do multímetro-amperímetro no ponto 5. Coloquem o seletor central do multímetro-amperímetro em “20 mA” (branco). Construam na Folha de Dados a Tabela 2 com as seguintes colunas: Ensaio, Seletor Voltímetro, Voltagem (V), Erro Voltagem (V), Seletor Amperímetro, Corrente (mA), Erro Corrente (mA). Além do cabeçalho, a Tabela 2 terá 9 linhas de dados. 12) Repitam o passo 9 para a lâmpada. Notem que o filamento da lâmpada acende ao longo do processo. 13) Façam o Gráfico de pontos 1 no SicDAVis, referente aos dados medidos com o resistor comercial (Tabela 1), sendo a corrente elétrica a variável independente. Utilizem o tutorial do laboratório 5 como auxílio. 14) Façam o Gráfico de pontos 2 no SicDAVis, referente aos dados medidos com a lâmpada (Tabela 2), sendo a corrente elétrica a variável independente. 11) Figura 1 – Circuito de tensão real 6) 7) 8) 9) 10) Liguem um fio do “VΩ ΩHz” do multímetro-voltímetro no ponto 1 (atentem que os pinos encaixam um no outro). Liguem um fio do “COM” do multímetro-voltímetro no ponto 4. Coloquem o seletor central do multímetro-voltímetro em “20 V” (branco); Liguem a fonte “BK Precision” (botão na parte de trás). No visor aparecerá a voltagem ajustada e corrente 0.00. Apertem (na parte da frente) o “V” e em seguida “+” ou “-” para ajustar o valor da voltagem. Ajustem para o valor de voltagem mínimo possível (o mais próximo de 0). Liguem um fio do “− −” da fonte ao ponto 6 do circuito. Então aperte o botão central “Output On//Off” para acionar. Construam na Folha de Dados a Tabela 1 com as seguintes colunas: Ensaio, Seletor Voltímetro, Voltagem (V), Erro Voltagem (V), Seletor Amperímetro, Corrente (mA), Erro Corrente (mA). Além do cabeçalho, a Tabela 1 terá 9 linhas de dados. Variem a voltagem de saída da fonte de 5 em 5 V, indo do valor mínimo possível até o máximo possível no último ensaio. Para cada valor de voltagem, anotem na Tabela o ensaio (I, II, III, etc), o seletor de voltagem utilizado e a voltagem lida no multímetro-voltímetro; o seletor de corrente e a corrente lida no multímetro-amperímetro. As colunas de erro de voltagem e erro de corrente devem ser preenchidas após encerrar as medidas. Próximo ao valor 20 V será necessário mudar o seletor central do multímetro-voltímetro de “20 V” para “200 V”. Após concluir as medidas do resistor comercial, apertem o botão central “Output On//Off” para desligar a fonte. Voltem a voltagem de saída ao menor valor possível. Substituam o resistor comercial pela lâmpada. Coloquem o seletor central do multímetro-amperímetro em “200 mA” (branco). PENSEM E RESPONDAM (relatório): I) II) O Gráfico 1 tem que aspecto? Qual relação parece existir entre a voltagem V e a corrente I, para o resistor comercial? Ajustem uma função adequada ao pontos experimentais e interpretem o significado físico dos coeficientes desta função. O Gráfico 2 tem que aspecto? Qual relação parece existir entre a voltagem V e a corrente I, para a lâmpada? Para auxiliar na interpretação, lembrem-se que: V = R⋅ I III) IV) V) R = RTa ⋅ (1 + α ⋅ ∆T ) onde RTa é a resistência à temperatura ambiente, α é o coeficiente de temperatura da resistividade e ∆T é a diferença de temperatura entre o filamento da lâmpada e o ambiente. Assumindo que Ta = 20°C, α = 0,0045 Ω/K para o filamento de tungstênio, calculem para cada par de medidas (V e I), a resistência (em Ω) e a temperatura do filamento da lâmpada (em K). Criem a Tabela 3 com as seguintes colunas: Ensaio, Voltagem (V), Resistência (Ω), Temperatura (K). Não se esqueçam de propagar os erros! Façam o Gráfico 3, da variação da resistência do filamento da lâmpada com a voltagem aplicada. O que se pode concluir dele? Façam o Gráfico 4, da variação da temperatura do filamento da lâmpada com a voltagem aplicada. Façam um ajuste da função abaixo, aos pontos experimentais: T = a + b ⋅ V c , com a, b e c coeficientes. para tanto, utilizem a opção do menu superior “Analysis”, seguida de “Fit Wizard”. Em “Parameters” digitem “a,b,c”. No retângulo em branco, embaixo, digitem “a+b*x^c”. Depois cliquem em “Fit >>”. Na nova janela, digitem os seguintes “chutes” para os parâmetros: a) 200, b) 200, c) 0.5. PENSEM E RESPONDAM (relatório): VI) VII) De acordo com o ajuste feito ao gráfico da variação da temperatura do filamento da lâmpada com a voltagem aplicada, qual deveria ser a temperatura do filamento para a voltagem máxima na lâmpada (V = 110V)? Verifiquem se ela está de acordo com a temperatura de fusão do tungstênio (TF = 3422°C). Considerando as duas resistências que utilizamos (resistor e lâmpada) e o intervalo de voltagem aplicado, quais deles obedeceram a Lei de Ohm? Quais deles trabalharam em regime ôhmico? Justifiquem vossas respostas. A mais… http://efisica.if.usp.br/eletricidade/basico/corrente/lei_ohm_resist_eletrica/ (itens 9 a 24) http://www.feng.pucrs.br/~jorgef/instrumentacao/AULA6_INSTRUMENTACAO.pdf DICAS: I) Utilizaremos 2 tipos de multímetros: ICEL (MD-6111) ou Minipa (ET2042D). A tabela abaixo fornece os erros do fabricante para a atuação destes multímetros nos três modos que iremos utilizar. Eles são essencialmente iguais: Propriedade ICEL MD-6111 ou Minipa ET2042D Voltagem DC 2 ou 20V 0,5% + 3 Corrente DC 20 mA 0,8% + 4 Corrente DC 200 mA 1,2% + 4 Resistência 200 Ω 0,8% + 5 Resistência 20 kΩ 0,8% + 3