EFICIÊNCIA FOTOSSINTÉTICA DE MISTURAS DE

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EFICIÊNCIA FOTOSSINTÉTICA DE MISTURAS DE
HERBICIDAS NO CONTROLE DE Ipomoea Grandifolia
Diego BELAPART1, Bruna Barboza MARCHESI1, Marcelo GIROTTO2, Leandro
TROPALDI2, Edicarlos Batista de CASTRO1.
RESUMO: O trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência fotossintética da misturas
de diferentes herbicidas em pós-emergência no controle de Ipomeira grandifolia. O
experimento foi conduzido em casa de vegetação pertencente ao Núcleo de Pesquisas
Avançadas em Matologia. As avaliação realizadas foram porcentagem de controle e
eficiência fotossintética registrada pela leitura da taxa de transporte de elétrons (ETR),
nos intervalos de: 0.5, 1, 3, 5, 24, 48 e 72 horas após a aplicação dos herbicidas. Pode-se
concluir que a mistura com herbicidas de outro mecanismo de ação não foi tão eficiente
para reduzir a taxa de transporte de elétrons do que os herbicidas inibidores do
fotossistema II.
PALAVRA-CHAVE: mistura, amizarbazone, transporte de elétrons.
ABSTRACT: The study aimed to assess the photosynthetic efficiency of mixtures of
different post-emergence herbicides to control grandifolia Ipomeira. The experiment
was conducted in a greenhouse belonging to the Center for Advanced Research in
Rheumatology. The review was conducted percentage of control and photosynthetic
efficiency recorded by reading the electron transport rate (ETR), in intervals of 0.5, 1, 3,
5, 24, 48 and 72 hours after herbicide application. It can be concluded that the mixture
with another herbicide mechanism of action was not as effective in reducing the rate of
electron transport than the photosystem II inhibiting herbicides.
KEYWORD: mix, amizarbazone, electron transport.
1
Mestrando pela Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, Rua Doutor José Barbosa de Barros,
1780 - Jardim Paraíso, Botucatu-SP, 18.610-307
2
Doutorando pela Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, Rua Doutor José Barbosa de Barros,
1780 - Jardim Paraíso, Botucatu-SP, 18.610-307.
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Revista Científica Eletrônica de Agronomia, Garça, v.24, n.2, p.102-109, dez., 2013.
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, as plantas daninhas
conhecidas
como
(Ipomoea
Grandifolia),
têm
causado
preocupações
às
culturas
grandes
cordas-de-viola
empregado para diminuição de custos de
produção e maior eficiência no contorle
de plantas daninhas.
Diversos
herbicidas
agrícolas, devido ao seu alto grau de
diferentes
interferência no desenvolvimento das
diferentes formulações têm seu registro
plantas cultivadas e a concorrência por
para uso no Brasil para o controle da
água, luz e nutrientes do solo ocasionam
planta daninha I. grandifolia. Dentre eles,
redução
destacam-se
na
produtividade
(PITELLI,
1985).
mecanismos
as
amicarbazone,
Tais
plantas
possuem
de
com
moléculas
diuron,
ação
e
herbicidas
hexazinone
e
como
tebuthiuron, que inibem a eficiência
principal característica caules e ramos
fotossintética das plantas. A inibição
volúveis, que conferem o hábito de
acontece pela ligação dos herbicidas ao
crescimento trepador. Assim, além de
sítio de ligação da QB, na proteína D1 do
competirem com a cultura por fatores
fotossistema II, o qual se localiza na
básicos essenciais à sobrevivência e à
membrana dos tilacóides dos cloroplastos
produtividade
da
causam
e causa o bloqueio do transporte de
dificuldades
quanto
colheita
elétrons da QA para QB. Isso interrompe a
mecanizada, cuja eficiência se torna
fixação de CO2 e a produção de ATP e
reduzida pelo fato de que os ramos das
NADPH2 (OLIVEIRA JR. et al., 2011).
plantas daninhas, enrolam-se nos colmos
Em relação a fase de transporte de
mesma,
a
da cultura (ELMORE et al., 1990).
elétrons durante a fotossíntese nas plantas,
Em relação ao controle químico, é
a luz é absorvida pela clorofila e, ao
importante destacar centenas de espécies
excitarem
de plantas daninhas, que apresentam
transferência da energia para os centros de
diferentes características morfológicas e
reação dos fotossistemas II e I (YOUNG
fisiológicas,
&
que
lhes
conferem
os elétrons,
FRANK,
aos herbicidas utilizados. Desta forma
dissipada na forma de fluorescência
misturas
(KRAUSE; WINTER, 1996). Portanto,
tem
sido
esta
ocorre
excesso
herbicidas
energia,
Quando
a
comportamento diferenciado em relação
de
de
1996).
promovem
pode
ser
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Revista Científica Eletrônica de Agronomia, Garça, v.24, n.2, p.102-109, dez., 2013.
uma das formas de monitoramento da
misturas de diferentes herbicidas em pós-
inibição ou redução na transferência de
emergência no controle de Ipomeira
elétrons entre os fotossistemas das plantas
grandifolia.
submetidas à aplicação de herbicidas, que
pode ser observada ainda em folhas
2. MATERIAL E MÉTODOS
intactas, é a fluorescência da clorofila
(MAXWELL;
JOHNSON,
2000);
a
O experimento foi conduzido em
redução na dissipação da energia pelo
casa de vegetação pertencente ao Núcleo
processo fotoquímico é refletida por
de Pesquisas Avançadas em Matologia
incremento
(NUPAM), localizado nas coordenadas
correspondente
na
fluorescência.
geográficas:
latitude
de
22°07’56”S,
A análise da fluorescência da
longitude de 74°66’84” W e altitude de
clorofila vem sendo largamente utilizada
762 m., pertencente ao Departamento de
no entendimento dos mecanismos da
Produção e Melhoramento Vegetal da
fotossíntese propriamente dita, bem como
Faculdade de Ciências Agronômicas da
na avaliação da capacidade fotossintética
UNESP, campus de Botucatu – SP.
alterada com a aplicação de herbicidas
Como unidade experimental foram
(IRELAND et al., 1986). Para esse tipo de
utilizados vasos plásticos com capacidade
avaliação são utilizados fluorômetros, em
de 4 dm3. O solo utilizado foi submetido
aplicações que variam desde a rápida
às analises químicas e granulométricas
identificação de injúrias causadas ao
(Tabela 1). Com base nesses resultados, o
aparelho fotossintético, mesmo quando os
solo foi corrigido quimicamente de
sintomas não sejam considerados visíveis,
acordo com as necessidades, afim de
até a análise detalhada da alteração da
propiciar
capacidade fotossintética da planta.
desenvolvimento das plantas daninhas, e,
A associação de herbicidas com
diferentes mecanismos de ação pode
melhor
crescimento
e
em seguida, procedeu-se a semeadura das
sementes de Ipomoea grandifolia.
permitir um controle mais eficiente das
plantas daninhas, otimizando assim o
manejo das mesmas.
O trabalho teve como objetivo
avaliar a eficiência fotossintética da
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Tabela 1 - Análise química e granulométrica do solo utilizado no experimento com a
planta daninha Ipomoea grandifolia (corda-de-viola) submetida a aplicação herbicidas
em pós-emergência. Botucatu, SP, 2010.
LVD
Al+3
pH
M.O
P res.
(CaCl2)
(g dm-3)
(mg dm-3)
3,8
32
3
Granulometria
(%)
H++Al+3
Ca+2
Mg+2
SB
T
V(%)
72
5
--------------------- (mmolc dm-3) ---------------------
94
1,4
2
1
5
Classe de solo
Argila
Limo
Fina
LVD
20
4
22,9
Departamento de Solos – FCA/UNESP – Botucatu
Média
35,7
No momento em que as plantas
apresentaram
K+
duas
folhas
totalmente
Areia
Grossa
17,4
Total
7,6
Classel
Média
expandidas, as mesmas receberam os
seguintes tratamentos herbicidas:
Tabela 2. Tratamentos utilizados no experimento da I. grandifolia. Botucatu/SP, 2014
Tratamentos
Dose de i. a. (kg ha-1)
T1
------------------------T2
1400 g i.a. ha-1
T3
35 g i.a. ha-1
T4
1400 + 35 g i.a. ha-1
T5
750 g i.a. ha-1
T6
750 + 35 g i.a. ha-1
T7
750 g i.a. ha-1
T8
750+35 g i.a. ha-1
T9
T10
20 g i.a. ha-1
20+1400 g i.a.ha-1
Tratamentos: Testemunha, T2- Amicarbazone; T3- Saflufenacil; T4- Amicarbazone + saflufenacil;
T5- Amicarbazone + tebuthiuron + diuron; T6- Amicarbazone + tebuthiuron + diuron + saflufenacil;
T7- Amicarbazone + hexazinone; T8- Amicarbazone + hexazinone + saflufenacil; T9- Clorimurometílico; T10- Clorimurom-etílico + amicarbazone
O experimento foi instalado em
delineamento
espaçadas de 0,5 m e posicionadas a 0,5
inteiramente casualizado
m de altura em relação às plantas. A
com quatro repetições. A aplicação dos
pulverização foi realizada sob pressão
herbicidas foi realizada com auxílio de
constante de 1,5 bar, pressurizado por ar
um pulverizador estacionário, instalado
comprimido, com consumo de calda
em laboratório do constituído de duas
equivalente a 200 L ha-1. A temperatura
barras de pulverização munidas de pontas
no momento da aplicação foi de 28,5°C,
de pulverização modelo XR 110.02 VK, com umidade relativa de 56%.
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Após a aplicação dos tratamentos,
(medidas da radiação fotossinteticamente
as plantas foram transportadas para a casa
ativa medida em μMols elétrons m-2 s-1 ) x
de vegetação, onde ficaram até o término
(coeficiente de absorção da folha) x
do estudo.
(fração de luz absorvida pelo complexo
Foi
realizado
de
antena do PSII). O ETR é uma medida da
intoxicação com base em notas visuais de
separação de cargas do centro de reação
0 a 100 onde 0 determina plantas sadias e
do PSII. Na equação são usados valores-
100 determina 100% das plantas mortas
padrão, porém ambos os coeficien-tes de
(SBCPD,
eficiência
absorçãoo e fração da luz absorvida pelo
fotossintética das plantas foi mensurada
PSII podem ser trocados (LAISK &
por meio da fluorescência, registrada pela
LORETO, 1996).
1995).
avaliação
A
leitura da taxa de transporte de elétrons
Os dados da taxa de transporte de
(ETR), os intervalos utilizados para
elétrons (ETR) foram expressos em
avaliação foram de 0.5, 1, 3, 5, 24, 48 e
porcentagem em relação à testemunha.
72 horas após a aplicação dos herbicidas.
Foram
A taxa de transporte de elétrons
-2
dada em μMols elétrons m
-1
s
=
(Y).(PAR).(0,84).(0,5) é equivalente a:
calculados
a
media
dos
tratamentos e estabelecido intervalo de
confiança
pelo
teste
t
a
10% de
probabilidade, conforme equação abaixo.
(produção de quantum do PSII) x
, Onde:
“nr” = raiz quadrada do número de
“IC” = intervalo de confiança;
repetições.
“t” = valor de t tabelado, ao nível de 10%
Os dados de fitointoxicação foram
de probabilidade;
submetidos à análise de variância, e as
“desvpad” = desvio padrão;
medias submetidas ao teste Tukey 5% de
probabilidade.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Na
Figura
o
Quanto
comportamento da taxa de transporte de
(Amicarbazone
eletrons (ETR), em relação ao intervalo
importante ressaltar que não houve uma
de tempo em horas, para os três herbicidas
grande diferença em relação á aplicação
utilizados
somente do amicarbazone,resultou apenas
na
1,
observa-se
Ipomoea
grandifolia
+
Mistura
de
Saflufenacil),
é
submetidos à aplicação do herbicida
em
(Amicarbazone,
fotossintese mais nada significativo ao
Saflufenacil
e
Amicarbazone + Saflufenacil).
uma
a
pequena
diminuição
da
que apresentou o herbicida sem a mistura
Para o herbicida Amicarbazone
figura 1.
observa-se que com 30 minutos após a
Podendo comparar que a presença
aplicação, ouve uma redução do ETR em
do
26,14 em porcentagem da testemunha;
comportamento do transporte de elétrons
após 1 e 5 horas ele apresentou 8,91 e
(ETR), na planta daninha. Percebendo que
2,02
o efeito maior foi na mistura com o
da redução em porcentagem, do
Saflufenacil
desse
amicarbazone. Assim não apresentando
planta
daninha
herbicida
apresentou uma constante redução ate
mudanças
chegar a morte da planta após de 72
Amicarbazone
horas.
fotossistema II e interfere no processo
Após 30 minutos da aplicação do
fotossintético
na
o
no
amicarbazone
a
ter
altera
ETR em relação a testeminha. A partir
período,
por
não
é
das
fotossintese.
O
um
do
inibidor
plantas;
assim,
é
herbicida Saflufebacil, ouve uma queda
comum observar amarelecimento das
de 68,98% em relação a testemunha; 3
folhas, sobre tudo nos primeiros dias após
após avaliação a I. grandifolia, apresentou
aplicação dos herbicidas (Rodrigues &
63,34%
No
Almeida, 2005) e o Saflufenacil inibe a
entanto,partir das avaliações seguintes foi
síntese da enzima protoporifinogênio-IX-
constatada a morte da planta.
oxidase (PPO).
de
redução
do
ETR.
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Figura 1- Efeito da aplicação do Amicarbazone, Suflufenacil, Amicarbazone + Saflufenacil, em
pós-emergência por meio da avaliação da taxa de transporte de elétrons (ETR) ao longo do
tempo para as cultivares da Ipomeia Grandifolia. Botucatu-SP, 2014.
Pela análise da figura 2 verifica-se
que
as
misturas
do
à
testemunha
na
primeira
6,
avaliação, duas horas após a aplicação; na
comportamentos
segunda avaliação, realizada após 24
semelhantes em relação a inibição do
horas, a redução chegou a 100% segundo
transporte de elétrons do tratamento 5, o
(Girotto et al .,2012).
apresentaram
que
mostra pequena
tratamento
relação
diferenças
nas
Comparando os dados coletados
avaliações descritas no intervalo de 30
nas
minutos ate 3 horas após aplicação do
podemos visualizar que a mistura no
herbicida.
tratamento
Aplicação do herbicida diuron, na
horas
seguintes
6,
não
da
teve
aplicação,
importância
alguma em cima do transporte de elétrons
planta daninha Brachiaria decumbens,
em
relação
apresentou redução do ETR em 30% em
I.grandifolia.
o
tratamento
5
na
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Figura 2 - Efeito da aplicação do Amicarbazone + Tebuthiuron + Diuron, Amicarbazone +
Tebuthiuron + Diuron + Saflufenacil, em pós-emergência por meio da avaliação da taxa de
transporte de elétrons (ETR) ao longo do tempo para as cultivares da Ipomeia Grandifolia.
Botucatu-SP, 2014.
A aplicação dos tratamentos 7 e 8
(2007) constataram elevada eficácia do
respectivamente não apresentou diferença
amicarbazone para o controle de I.
signiticativa entre si figura 3. Porém a
grandifolia, com alta sensibilidade aos
eficiência no controle da I.grandifolia é
tratamentos com o herbicida.
obervada na 4 avaliação, principalmente
No trabalho de Girotto et al
para o T8 que reduziu a ETR a 0%
(2012),
enquanto o T7 se manteve relativamente
comportamentos diferentes de intoxicação
constante ate a morte da planta.
da planta daninha: os tratamentos de
De acordo com Perim et al.
verificaram-se
dois
tebuthiuron + hexazinone, diuron +
(2009), o herbicida amicarbazone é uma
hexazinone
excelente ferramenta para controle em
apresentaram entre 20 e 25% de controle
pós-emergência
visual,
Merremia
de
I.
cissoides,
grandifolia
e
e
e
metribuzin,
metribuzin
+
que
hexazinone,
sobretudo como
tebuthiuron e diuron, que mostraram
alternativa ao 2,4-D, em áreas próximas a
menor porcentagem de intoxicação, com
culturas
valores próximos a 5% de controle
sensíveis
à
deriva
e
por
apresentar residual superior no controle
apenas.
dessas plantas daninhas. Negrisoli et al.
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Figura 3 - Efeito da aplicação do Amicarbazone + Hexazinone, Amicarbazone + Hexazinone +
Saflufenacil, em pós-emergência por meio da avaliação da taxa de transporte de elétrons (ETR) ao
longo do tempo para as cultivares da Ipomeia Grandifolia. Botucatu-SP, 2014.
Em relação ao herbicida clorimurom-
a surgir no 5 dias avaliado após a
etilico inibidor da ALS em mistura com o
aplicação, podemos obervar uma queda
amicarbazone na Figura 4, observa-se que
no seu efeito de controle na planta
não ouve diferença ao trnsporte de
daninha. Observando
eletrons nas avaliação ocorridas.
difença na sua mistura com o herbcida do
Na primaria avaliação 0.5 horas do
tratamento T9.
ETR realizada, a mistura clorimurom-
Conforme
etilico
+
transporte
amicarbazone,
de
reduziu
eletrons
o
em
realizado,obervou-se
o
que não ouve
experimento
diferença
nos
tratamentos,enfatizando que a aplicação
aproximadamente 48,64% e comparando
do
ao amicarbazone sozinho teve uma queda
sinergico
de 26,14%. Podendo observar que a
saflufenacil. Com o uso do flurômetro, é
mistura não afeto a fotossintese da planta,
possivel verificar a intoxicação antecipada
mais afetando a intoxicação da planta
em plantas de I. grandifolia apos a
daninha ao usar a mistura do herbicida.
aplicação de herbicidas inibidores do
Podemos visualizar na tabela 3, que o
efeito de intoxicação da planta só comesa
amicarbazone
quando
apresentou
mistura
efeito
com
o
fotossistema II de forma isolada e em
mistura.
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Figura 4 - Efeito da aplicação do Clorimurom-etilico, Clorimurom-etilico + Amicarbazone, em
pós-emergência por meio da avaliação da taxa de transporte de elétrons (ETR) ao longo do
tempo para as cultivares da Ipomeia Grandifolia. Botucatu-SP, 2014.
Na tabela 3, que mostra o efeito da
intoxicação
da
planta
daninha
Os sintomas de danos caracterizados
nos
pelo controle foram observados a partir
diferentes tratamentos. Vimos que o
dos 7 DAA em todos os tratamentos
amicarbazone demora mais tempo para
avaliados,
surgi o efeito de controle em relação as
amicarbazone, de 1400 g i.a. ha-1
misturas acontecidas. Após o 5 dias
proporcionou excelente controle para I.
apresenta efeito maior de intoxicação na
grandifolia aos 14 DAA (Perim et
planta daninha.
al,2009).
e
com
a
dosagem
do
A mistura com saflufenacil foi mais
Girotto et al (2012), Observaram que
eficiente no controle da planta daninha
na aplicação do herbicida diuron teve um
provocou maior intoxicação nas plantas
controle
de I. grandifolia Tabela 3. Verifica-se que
Digitaria. Horizontalis foi de 73% em
a molécula saflufenacil do tratamento 6
relação a testemunha, seguido de B.
foi mais
rápida no controle da planta
decumbens (32% de controle), Panicum
daninha, causando e causou a dessecação
maximum e I. grandifolia, que não
total aos 4 DAA.
diferiram estatisticamente, e I. hederifolia
visual
da
planta
daninha
e Merremia cissoides, com os menores
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níveis de sintomas visuais e também sem
das plantas; assim, é comum observar
diferenciarem-se
amarelecimentos
estatisticamente.O
das
folhas
após
a
herbicida diuron inibidor do fotossistema
aplicação nos primeiros dias (Rodrigues
II, interfere-se no processo fotossintético
& Almeida, 2005).
Tabela 3 - Porcentagem de controle das espécies de plantas daninhas em Horas
diferentes, após a aplicação dos herbicidas .Botucatu-SP, 2014
Herbicidas
T2
T3
T4
T5
T6
T7
T8
T9
T10
DMS
FCAL
C.V.(%)
1DAA
0,00e
71,25ª
61,25b
52,50c
60,99b
0,00e
72,50ª
5,00d
0,00e
4,28
1374,58**
5,02
2DAA
0,00e
85,00a
73,75b
56,25c
81,25a
0,00e
72,50b
10,00d
6,50d
5,42
1091,29**
5,32
NOTA
3DAA
6,00e
95,00a
90,00b
10,00d
95,00a
5,00e
85,00c
10,00d
9,00d
1,29
26142,75**
1,21
4DAA
9,00d
97,50a
92,50b
12,50d
100,00a
9,00d
100,00a
21,25c
11,00d
4,7
8088,73**
3,93
5DAA
16,50d
100ª
100ª
22,50b
100ª
16,50dc
100ª
23,75b
21,00cb
4,14
2340,49**
3,12
Tratamentos = ; T2- Amicarbazone; T3- Saflufenacil; T4- Amicarbazone + saflufenacil; T5Amicarbazone + tebuthiuron + diuron; T6- Amicarbazone + tebuthiuron + diuron + saflufenacil; T7Amicarbazone + hexazinone; T8- Amicarbazone + hexazinone + saflufenacil; T9- Clorimurometílico; T10- Clorimurom-etílico + amicarbazone
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