Câncer de Estômago - Associação Vida Viva de Alfenas

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Número 2
Junho e Julho de 2005
Distribuição Gratuita
Boletim Informativo da
Associação de Voluntários
Vida Viva de Alfenas
Alfe
na
s - Minas Gera
is
Palavra de Colaborador - Pág. 2
Jaci Rafael, colaborador há 3 anos
A Associação Vida Viva de Alfenas depende das doações da
comunidade para conseguir realizar seu trabalho de assistência social e
humana em favor das pessoas portadoras de câncer e dos familiares dos
pacientes mais pobres, que, além da doença, enfrentam também muitas
outras dificuldades para se manterem com dignidade.
Atualmente, cerca de 280 pessoas são acolhidas e amparadas, das mais
.diversas formas, pela instituição e por seu dedicado grupo de voluntários.
Todo este trabalho só é possível graças à solidariedade de
contribuintes como o pequeno
comerciante Jaci Rafael (à esq.)
q u e , e s f o r ç a n d o - s e pa r a
contribuir, ajuda a tornar
menos difícil a batalha contra
o câncer que é enfrentada
pelos pacientes que
recebem o apoio da
Associação Vida Viva,
cujo presidente é o
voluntário Mério
Rodrigues Alves (à dir).
.
.
Prevenção - Página 3
Nossa Campanha - Página 4
Cuidados para evitar o câncer de Estômago
Alfenas se une para ajudar a Vida Viva
O câncer de estômago mata cerca de 12 mil
brasileiros por ano. Aprenda o que é e como surge
este tipo de câncer, contra o qual a alimentação
adequada é a melhor forma de prevenção.
Depois do sucesso da campanha pela
compra de camas hospitalares, cadeiras de
roda e de banho, a entidade inicia uma
campanha pela compra uma Kombi.
TeleVida: 3291-2412
Boletim Informativo da Associação Vida Viva de Alfenas - Nº 2 - Junho e Julho/2005
“Colaborar é
nosso dever
e nossa alegria”
“Minha mensagem para os pacientes é
que nunca se entreguem ao desespero
e nunca imaginem que foram abandonados por Deus, pois Ele não abandona
nenhum de Seus filhos. E, com toda
certeza, se o próprio enfermo fizer
a parte dele, Deus vai empenhar todo
o Seu poder para ajudar aquela pessoa
a superar a dor e reencontrar a paz.”
Embora tenha apenas 3 anos de existência, a
Associação Vida Viva de Alfenas já conquistou a
confiança e o carinho de milhares de pessoas que, às
vezes com muito esforço, colaboram para que a
entidade possa sustentar e expandir suas ações de
assistência social e humana às pessoas portadoras de
câncer e às famílias dos pacientes mais pobres.
Um bom exemplo desta dedicação solidária é o
pequeno comerciante Jaci Rafael, de 70 anos, que faz
questão de contribuir desde antes da fundação oficial
da instituição. “Eu fiquei sabendo que outras cidades
já mantinham entidades de apoio a doentes e, quando
soube que havia alguém querendo criar algo assim
aqui, em Alfenas, me empolguei com a idéia, pois eu já
visitava pacientes com câncer e sabia como seria
importante ter uma estrutura de ajuda permanente para
estas pessoas tão carentes, então, quando a Vida Viva
foi fundada, eu já era colaborador e voluntário
também”, afirma Jaci.
Hoje, observando que mais de 280 pessoas já
são beneficiadas pela associação, Jaci analisa com
satisfação o sucesso do trabalho: “Eu acho que a
criação da Vida Viva foi o primeiro passo para que
nossa cidade tomasse consciência da gravidade do
câncer e da necessidade de ajudarmos as pessoas que
“Para colaborar com a
Associação Vida Viva não é preciso ser rico
ou ter passado pelo drama de enfrentar
o câncer. Basta ter boa vontade e
perceber que hoje estamos dando, mas,
amanhã, podemos também precisar”
.
Jaci Rafael, colaborador
o estão enfrentando, por isso, uma pessoa vai falando
para a outra e todas vão vendo que este trabalho é
digno e merece ser expandido”.
Segundo o contribuinte, uma das principais
referências da associação é a honestidade. “A gente
conhece o Mério, que é presidente, e tantos outros
voluntários respeitáveis e, acima de tudo,
competentes para, com tão poucos recursos, fazer
tanto pelos doentes, então, não há qualquer dúvida na
hora de colaborar, pois nosso esforço é bem
empregado pela entidade”, acredita o doador.
Jaci também destaca a dedicação dos
volutários da Vida Viva: “A gente vê aquelas pessoas
trabalhando sempre com um sorriso no rosto; e elas,
muitas vezes, deixam de dedicar tempo para cuidar de
suas coisas pessoais e, com todo coração, se
entregam ao voluntariado sincero e desinteressado”.
Dono de um pequeno comércio no mercado
municipal, Jaci tem poucos recursos financeiros, mas
jamais cogita deixar de colaborar. “Minha contribuição
é pequena, mas a dou com todo prazer. Para colaborar
com a Associação Vida Viva não é preciso ser rico ou
ter passado pelo drama de enfrentar o câncer; basta ter
boa vontade e perceber que hoje estamos dando, mas,
amanhã, podemos também precisar”, ensina Jaci.
“Se não fossem vocês, o que seria de mim?”
O câncer sempre representa uma angústia e um
sofrimento para quem tem de enfrentá-lo, porém, em
Alfenas, centenas de pessoas têm seus dramas
amenizados pela presença da Associação Vida Viva.
A pensionista Benvinda Gomes Vicente, de 58
anos, foi a primeira paciente acolhida pela entidade, antes
mesmo da Vida Viva ser oficialmente fundada e, por isso,
mantinha um vínculo de carinho e respeito pelo pioneiro
da entidade, o aposentado Mério Rodrigues Alves. “Ele é
como um pai para todos nós, que estamos doentes! Esse
velhinho tem tanto cuidado comigo que, depois que meu
marido morreu e eu já estava doente, só não me entreguei
porque ele e os outros voluntários me deram a força
necessária para continuar lutando pela vida”, afirmou a
paciente.
A luta de Benvinda contra o câncer de mama
começou há 7 anos. “No começo, sentia dores no peito e
meu marido me mandava procurar um médico, mas eu me
negava, até que, depois de uma crise forte, com pontadas
e dores terríveis, resolvi ver o que eu tinha e, com muita
dificuldade para pagar os exames, descobri que tinha um
tumor já avançado”, lembrou Benvinda.
“O tratamento é muito difícil, pois tive de tirar a
mama inteira e começar a fazer quimioterapia, que é
terrível e me faz passar muito mal; foi uma benção o
pessoal da Vida Viva me conhecer e começar a me
ajudar”, contou a paciente.
Assim como dezenas de outros pacientes,
Benvinda recebeu diversos benefícios da associação.
“Eles me ajudam muito. Eu recebo remédios,
encaminhamentos para os exames mais caros e, além
disso, a psicóloga vem me visitar aqui em casa, com todo
carinho”, disse Benvinda.
Todo a gratidão que Benvinda dedicou à Vida Viva
foi compartilhada com os doadores da entidade, como ela
mesma fez questão de registrar: “Os colaboradores da
Vida Viva são os anjos da guarda que Deus mandou para
me ajudar, pois meu sofrimento seria muito maior se não
existisse essa bendita associação”.
Para quem colabora, Benvinda deixou um recado
importante e comovente: “Vocês podem confiar na
Associação Vida Viva de Alfenas, pois essa entidade é
muito séria e muito honesta. Eu mesma, se pudesse,
queria poder colaborar, nem que fosse para ir até lá e fazer
algum serviço, afinal, se não fossem vocês, os doadores,
o que seria de mim?”
Poucas semanas depois de conceder
esta entrevista, Benvinda não resistiu
à doença e faleceu serenamente.
Fica, porém, para todos nós, sua
mensagem de força, esperança e fé.
E - X- P - E - D - I - E - N - T - E
Diretoria Executiva da Ass. Vida Viva:
.
.
“Boletim Informativo Vida Viva” - Public. bim. - Dist. Gratuita - 5.000 exemp.
Jornalista Responsável e Diagramador: Alexandre Fagundes (MG 06.906 JP)
Associação de Voluntários Vida Viva de Alfenas:
Rua Coronel Pedro Corrêa, 867, Centro, Alfenas/MG - CEP: 37.130-000
CNPJ: 05.084.507/0001-94 - Insrição Estadual: Isenta
Entidade Reconhecida de Utilidade Pública Municipal (Lei 3473, de 12/02/2002)
.
- Presidente: Mério Rodrigues Alves
- Vice-Presid.: Crezo Pereira
- 1º Secretária: Delma Esteves Rocha
- 2ª Secretária: Maria Helena Braga
- 1º Tesoureiro: José Godói Filho
- 2º Tesoureiro: Juviano Cobra
Visite e
colabore!
3291-2412
Boletim Informativo da Associação Vida Viva de Alfenas - Nº 2 - Junho e Julho/2005
Câncer de Estômago: aprenda a prevenir
No Brasil, ele causa a morte de quase 12 mil pessoas por ano
O câncer de estômago disputa com
o de pulmão a condição de principal causador
de mortes, entre todos os tipos de câncer.
Segundo dados do INCA (Instituto
Nacional de Câncer), anualmente, esta
doença é responsável por quase 12 mil
mortes de brasileiros.
Os dados da pesquisa
também mostram que, somente em
2005, aproximadamente 23 mil
brasileiros (15 mil homens e 8 mil
mulheres) vão receber o
diagnóstico de câncer de
estômago.
O câncer gástrico, portanto,
é muito freqüente no país,
chegando a ser o tumor maligno
de maior incidência em algumas
grandes cidades. O seu principal
fator causador é a alimentação
desequilibrada.
O QUE É CÂNCER DE
ESTÔMAGO?
.
O estômago é uma parte do sistema
digestivo localizada no abdômen superior, na altura
das costelas, com um papel central no processo de
digestão dos alimentos.
Quando um alimento é deglutido (engolido),
ele passa pelo esôfago e cai no estômago. Os
músculos do estômago moem o alimento e liberam
sucos gástricos que digerem e fracionam os
nutrientes. Após 3 horas, o alimento se torna líquido e
se move para o intestino delgado, onde a digestão
continua.
O câncer de estômago, também chamado de
câncer gástrico, pode se iniciar em qualquer parte
deste órgão. Ele pode se espalhar pelos linfonodos
próximos e para outras áreas do corpo, como fígado,
pâncreas, intestino grosso (cólon), pulmões e
ovários, entre outros.
A maioria dos tumores que atingem o
estômago é do tipo adenocarcinoma, o que significa
que eles se desenvolveram da camada que reveste
internamente o estômago. Outros tipos de tumores
gástricos incluem linfomas, sarcomas gástricos e
tumores carcinóides, mas estes são raros.
.
risco de desenvolver a doença.
RAÇA: Na raça negra, este tipo de câncer tem uma
maior incidência, em comparação com a raça branca.
DIETA: O consumo de alimentos conservados por
desidratação, defumados, salmoura ou picles pode
aumentar o risco de aparecimento de câncer de
estômago. Alimentos frescos, como frutas e vegetais,
podem reduzir o risco.
BACTÉRIA: Um tipo de bactéria chamada
Helicobacter pylori, que causa gastrites e úlceras do
estômago, aumenta o risco de câncer, porém, a
maioria das pessoas que estão infectadas por esta
bactéria nunca chega a desenvolver tumores
gástricos.
TRABALHO: Exposição ocupacional a certos pós e
fumos, entre outras substâncias.
TABAGISMO E ALCOOLISMO: Uso de cigarro e
consumo excessivo de bebidas alcóolicas funcionam
como aceleradores do aparecimento do câncer.
MUTAÇÕES GENÉTICAS: Algumas doenças
genéticas hereditárias, como a Síndrome de Lynch e a
Polipose Adenomatosa Familiar , também aumentam
o risco de desenvolver câncer de estômago.
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QUAIS SÃO OS
PRINCIPAIS SINTOMAS?
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QUAIS SÃO OS FATORES
DE RISCO?
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As causas de câncer de estômago não são totalmente
conhecidas, porém alguns fatores têm sido
identificados no aumento do risco para o
aparecimento da doença:
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IDADE: A maioria dos casos ocorre em pessoas
acima de 55 anos.
SEXO: Homens têm o dobro do risco de desenvolver
câncer gástrico em relação às mulheres. Ter história
familiar de câncer no estômago também aumenta o
Não há sintomas específicos do câncer de
estômago. Porém, algumas características, como
perda de peso, anorexia, fadiga, sensação de
plenitude gástrica (estômago sempre cheio),
vômitos, náuseas e desconforto abdominal
persistentes podem indicar o câncer de estômago.
Outros sinais de alerta são indigestão ou
queimação, diarréia e inchaço na parte superior do
abdômen após as refeições.
Nos casos mais avançados de câncer de
estômago, também estão presentes os seguintes
sintomas: Fraqueza e fadiga; vômito com sangue ou
sangue nas fezes; severa perda de peso não
intencional, etc.
É importante lembrar que estes sintomas
podem ser causados por muitas outras doenças,
como viroses ou úlceras.
Pessoas com os sintomas listados acima
devem, portanto, procurar falar com um médico. Um
especilista na área é o gastroenterologista.
É importante lembrar que a automedicação
pode retardar o diagnóstico da doença, tornando seu
tratamento mais difícil e menos eficaz.
.
COMO É O DIAGNÓSTICO?
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Na suspeita de câncer de estômago, após a
avaliação do histórico do paciente e do exame físico,
o médico pode pedir alguns exames, incluindo:
SANGUE OCULTO NAS FEZES: Este exame detecta
sangue não visível nas fezes, que pode ter vindo de
uma lesão no estômago. Outras condições não
cancerosas podem também sangrar, assim, a
positividade deste teste não significa que o paciente
tenha câncer.
RADIOGRAFIA DO ESÔFAGO E DO ESTÔMAGO:
Após a ingestão de um “contraste”, chamado de
bário, são realizadas radiografias seqüenciais, que
delineiam o interior do esôfago e do estômago para
que o médico procure áreas anormais ou tumores.
ENDOSCOPIA: Este exame permite que o médico
visualize diretamente a cavidade do estômago. Após
o paciente ter sido sedado, o médico insere uma
cânula pela boca, que desce até o estômago. Ao se
deparar com áreas alteradas, o médico pode tirar
amostras (fazer biópsia) para exame, conseguindo,
com elas, o diagnóstico da causa da alteração.
Após a confirmação diagnóstica de que se
trata de um tumor gástrico, o próximo passo é
descobrir em que estágio está a doença.
Isto é feito através de exames como
tomografia de tórax e abdômen e ultrassom de
abdômen, para avaliar pulmões, fígado e pâncreas,
além de outros órgãos próximos ao estômago.
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Boletim Informativo da Associação Vida Viva de Alfenas - Nº 2 - Junho e Julho/2005
População se
mobiliza para
ajudar a
Associação
Vida Viva
Os alfenenses se uniram para ajudar
a manter e ampliar o trabalho realizado
pela Vida Viva, em prol dos pacientes
com câncer. Depois de comprar camas
hospitalares, cadeiras de roda e de banho,
a entidade dá início à campanha pela compra
de uma Kombi para o transporte de pacientes.
A Associação de Voluntários Vida Viva de
Alfenas está anunciando o sucesso do resultado
da primeira campanha de seu setor próprio de
telemarketing, o “TeleVida”, que foi criado em
março e já angariou doações para a compra de
equipamentos fundamentais para a assistência
aos alfenenses portadores de câncer.
Em três meses de campanha, através de
ligações telefônicas para residências e empresas,
a entidade conseguiu adquirir 5 camas
hospitalares, 10 cadeiras de banho e outras 10
cadeiras de roda, todas de primeira qualidade.
Segundo o presidente voluntário da
associação, Mério Rodrigues Alves, os
equipamentos comprados ajudam a tornar menor
o sofrimento de diversos doentes. “As cadeiras e
camas são emprestadas para pacientes que se
encontram em suas próprias casas e não possuem
condições adequadas, então, cedemos estes
equipamentos, gratuitamente, para que eles
possam enfrentar a doença e lutar pela cura com
mais dignidade, segurança e conforto”.
A partir de agora, a Vida Viva começa uma
nova campanha que, nos próximos meses, tem o
objetivo de adquirir um veículo Kombi para realizar
o transporte de pacientes que moram em Alfenas e
Comprando
a Kombi,
a Vida Viva
vai assumir e
humanizar o
transporte
de pacientes
para Varginha
fazem tratamento em Varginha. O carro fará duas
viagens diárias e contará com um auxiliar de
enfermagem e um motorista treinando para
conduzir o veículo com toda segurança e conforto.
A intenção de assumir o transporte dos
portadores de câncer tem o objetivo de humanizar o
processo, conforme explica Mério: “Estamos
finalizando a negociação para firmar um convênio
com a Secretaria Municipal de Saúde de Alfenas e,
desse modo, a associação vai cuidar do transporte
e o poder público vai nos oferecer uma ajuda de
custo para contribuir com a manutenção do veículo
e pagar o salário do auxiliar de enfermagem que
acompanhará os doentes”, afirma o presidente.
Para a compra da Kombi, a Associação Vida
Viva precisará investir cerca de R$ 30 mil. Sem
contar com subsídios governamentais, os recursos
para mais este serviço virão da campanha realizada
pelo “TeleVida”. “Vamos continuar ligando para as
pessoas e para as empresas alfenenses e, assim
como todos nos ajudaram a comprar os
equipamentos, cremos que também receberemos a
colaboração da comunidade para que possamos
adquirir este carro e humanizar o transporte dos
pacientes”, explica Mério.
Nos últimos três meses, o número de
...pacientes que contam com a
ajuda da Vida Viva passou de
201 para 282, crescendo 40%.
Sobre a mobilização dos
alfenenses, Mério fala com
gratidão: “Não existem
palavras para definir com
exatidão a importância da
participação da comunidade,
através das doações. O povo já
percebeu que a Vida Viva é uma
entidade séria e importante e o
resultado desta confiança é que
as pessoas e empresas estão
abraçando carinhosamente a
associação, o que significa
que, na verdade, os pacientes é
que estão sendo acolhidos e
assistidos com a dignidade e o
carinho que eles merecem”,
finaliza o presidente.
Para ler com o coração
Pipoca ou piruá?
A transformação do milho duro em pipoca
macia é um símbolo da grande transformação pela
qual devem passar as pessoas, para que venham a
ser aquilo que devem ser.
O milho de pipoca não é o que deve ser. Ele
deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O
milho de pipoca somos nós: duros, “quebradentes”, sem sabor agradável, difíceis de conviver...
Mas a transformação só acontece pelo
poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo
fogo continua a ser milho de pipoca para sempre.
Assim acontece com a gente. As grandes
transformações acontecem quando passamos pelo
fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito
a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma
dureza assombrosas. Só elas não percebem. Acham
que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é
quando a vida nos lança numa situação que nunca
imaginamos. A dor.
Pode ser o fogo de fora: perder um amor,
perder um filho, ficar doente, perder o emprego,
ficar pobre. Pode ser o fogo de dentro: medo,
ansiedade, depressão, paixão não correspondida,
sofrimentos cujas causas ignoramos.
Há sempre um recurso, um remédio. Apagar
o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui e, com isso, a
possibilidade da grande transformação.
Imagino que o pobre grão de milho, fechado
dentro da panela, cada vez mais quente, pensa que
“sua hora chegou”: vai “morrer”. Dentro de sua
casca dura, fechado em si mesmo, ele não pode
imaginar um destino diferente. Não pode imaginar a
transformação que está sendo preparada.
A pipoca não imagina aquilo de que ela é
capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a
grande transformação acontece: BUM! E ela
aparece como uma outra coisa completamente
diferente, que ela mesma nunca havia sonhado.
Já o PIRUÁ é o milho de pipoca que se
recusa a estourar. São como aquelas pessoas que,
por mais que o fogo esquente, recusam-se a mudar.
Elas acham que não pode existir coisa mais
“maravilhosa” do que o jeito delas serem. A sua
presunção e o medo de mudar são a casca dura que
não estoura. O destino delas é triste. Ficarão duras a
vida inteira. Não vão se transformar na pipoca,
aquela flor branca e macia, que todos gostam.
Não vão dar alegria e felicidade para
ninguém... Nem para si próprios.
Terminado o estouro alegre da pipoca, no
fundo da panela ficam só os piruás, que não servem
para nada, que só atrapalham. Qual é o seu fim? O
lixo...
E você, já se decidiu? Vai ser uma pipoca ou
um piruá?
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