REPORTAGEM A música na hora do intervalo e fora dele também Ouvidos por milhões, os jingles de propagandas e trilhas incidentais de programas de rádio, TV e outras mídias, como jogos de computador, tornam-se verdadeiros hits populares, embora seus autores permaneçam quase sempre mais desconhecidos do que aqueles que, volta e meia, cantarolam suas músicas que ficaram na cabeça de tanto serem ouvidas no comercial do supermercado, do curso de inglês ou no horário eleitoral. João Pequeno [email protected] S ão raras as exceções em que essas músicas são tocadas por bandas conhecidas, como os Mutantes, que, em 1969 fizeram Algo Mais para um comercial da Shell, e o The Who, que na Inglaterra gravou no seu estilo uma chamada da CocaCola. Outras bandas incluem jingles em seus repertórios, tamanha a popularidade deles, caso da performática banda carioca Brasov, que costumava tocar o tema das piscinas Tone em seus shows. Em todo canto, porém, há gente especializada em músicas comerciais e um nicho permanente para sua produção. Atualmente, esse nicho tem se concentrado no Brasil, não apenas músicos, como também produtores que fazem o ‘meio de campo’ entre eles e os clientes. A Internet aparece, cada vez mais, como meio de divulgação, contato e distribuição de gravações em uma considerável leva de profissionais na faixa dos 25 anos aos 30 anos de idade, que se juntam a veteranos como Sérgio Hinds, também guitarrista da banda O Terço. Há também diferentes segmentos, desde o dos que traba- 60 www.backstage.com.br lham pequenos clientes, como mercados e farmácias do interior, até aqueles que gravam inclusive para empresas internacionais, o que é o caso da Manga Jingle, produtora criada por amigos que se graduaram na PUC-RJ e somaram suas diferentes formações com a idéia, que vem dando certo, de produzir música comercial de alta qualidade. Aposta na qualidade rende frutos à Manga Quando fundaram a Manga Jingle, em 2003, Guilherme Flarys e Pedro Guedes tinham como idéia aliar a qualidade da música brasileira à da propaganda, duas áreas distintas em que o Brasil tem tradição, mas que, na opinião deles, não vinham se encaixando bem nos últimos tempos. Para eles, os jingles e trilhas estavam se concentrando demais em MIDIs ao invés de instrumentos e, com isso, perdendo a qualidade. “Sempre gostamos de músicas de comercial. Quando éramos adolescentes, costumávamos tocar alguma delas em rodas de violão, como a REPORTAGEM do Cremogema (“crê, cremogemô, cremogema / é a coisa mais gostosa desse mundo”) e dos Sucrilhos (“no time do Tony você entre pra vencer / a força de Sucrilhos Kellog’s desperta o tigre em você”)”, lembra Flarys, engenheiro de produção formado pela PUC-RJ, responsável pela área de negócios da Manga. “Mas com a predominância do MIDI no lugar de músicos, começamos a sentir que a produção musical não acompanhava a de vídeo, por exemplo, que era muito mais bem elaborada. Acho que isso influencia, inclusive, na eficiência da propaganda, porque uma trilha bem feita, com um arranjo próprio para ela, se fixa muito mais na cabeça de quem a o trabalho vem crescendo nesses anos”, conta o músico formado pela UNI-Rio e principal compositor e arranjador da empresa. Parecem recordações de um veterano, mas são de um músico e produtor na faixa dos 25 anos, assim como os outros sócios na empresa, cujo portfólio traz clientes como Eletrobrás, TIM Festival, Nissan e Shopping da Gávea. Como free lance, Pedro Guedes já fazia trabalhos para os canais por assinatura da Globo. É dele, por exemplo, o solo de guitarra da trilha da mesa redonda Arena Sportv, além de temas para programas como Agenda e Mundo S/A, do canal de notícias Globo News. A experiência de Guedes ajudou na criação da Manga e a “Com a predominância do MIDI no lugar de músicos, começamos a sentir que a produção musical não acompanhava a de vídeo, por exemplo, que era muito mais bem elaborada. Acho que isso influencia, inclusive, na eficiência da propaganda” Fotos: Divulgação ouve do que uma que é feita com um mecanismo que tem sempre o mesmo som”, acrescenta ele. Para Pedro Garcia, “era, inclusive, estranho notar que um país com tanta tradição musical quanto o Brasil, terra de Tom Jobim, de Egberto Gismonti, e também de uma publicidade muito forte, estivesse com uma música publicitária tão aquém das possibilidades. E sinto que estávamos certos na nossa proposta, porque Equipe Manga Jingle: Guilherme, Marino e Pedro 62 www.backstage.com.br formação profissional dos outros sócios também. “A engenharia de produção, na verdade, reúne muitas características de economia e administração”, diz Flarys. À dupla de fundadores se juntaram como sócios o também engenheiro de produção formado pela PUC-RJ Marino Lima, que responde pela área comercial, e o francês Aléxis Terrin, que ficou responsável pelos trabalhos internacionais. Os sócios trabalham com colaboradores fixos entre músicos, engenheiros e técnicos de som, entre eles Duda Mello, engenheiro responsável pelo som dos discos mais recentes de Ed Motta e Marcos Valle, o baixista Alberto Continentino e a pianista Bianca Gismonti, mas variam a ‘escalação’ a cada trabalho, conforme as peculiaridades que estes apresentam. Um dos últimos trabalhos que fizeram foi uma série de comerciais animados de uma barra de cereais nos Estados Unidos, com a própria barrinha de personagem, como se estivesse viva. “Fiz um tema, que dependendo do andamento de cada um dos comerciais da série, ia do funk a uma pegada mais rock’n’roll”, conta Pedro Guedes. Os três filmes podem ser vistos no site da empresa, www.mangajingle.com.br e os comerciais, feitos para a agência Tem United (EUA), em parceria com a produtora de vídeo Carnaval Pictures (EUA) e animação da Seagulls Fly (Brasil), foram veiculados no festival de Sundance, nos Estados Unidos. A Manga conta com um estúdio próprio construído ao lado da casa de Guilherme, na Gávea, zona sul do Rio, onde grava a maior parte de suas produções e até alguns trabalhos externos, como o próximo disco da pianista Delia Fischer. As gravações são feitas em um Pro Tools ligado à mesa Digi 001, mais prés e equalizadores como Avalon e microfones de ponta como AKG 414 e SM57. Ainda assim, há trabalhos que são levados para gravação em grandes estúdios como o AR e o Mega. “Nosso trabalho é, fundamentalmente, de criação. Por isso, temos o estúdio que nos facilita e onde fazemos a maior parte dos trabalhos, mas também faz parte da nossa filosofia de trabalho saber quando é preciso levar para um estúdio que tenha a infra-estrutura necessária para determinadas produções”, afirma Guilherme Flarys. Um desses trabalhos, também recente, foi a trilha do filme de apresentação da produtora cinematográfica UCI, gravado em sistema 5.1, que a Manga gravou no estúdio de cinema do Mega. “O áudio precisava ser produzido para sair da melhor maneira para quem fosse ouvi-lo no cinema. Por isso, levamos para essa sala do Mega, que é preparada exatamente com esse propósito”, ressalta Marino. “Algo de que a gente faz questão é tomar conta de toda a produção musical e de áudio, por- REPORTAGEM que só dessa forma temos certeza de que vai sair da maneira que nós propomos”, acrescenta o sócio, que calcula em cerca de 40 trabalhos feitos pela empresa por ano. “Ainda não dá para ter um padrão exato, porque esse número veio crescendo. Chegamos a esse patamar em 2006, mas ainda pode aumentar”, acrescenta. Já este ano, enquanto Piano na Manga Jingles davam entrevista para a Backstage no estúdio da Manga, em uma quinta-feira, Guilherme, Marino e Pedro trabalhavam na trilha sonora do desfile dos modelos da grife esportiva Olimpikus, que serão usados pelos atletas da delegação brasileira nos Jogos Pan-Americanos em julho. Na segunda-feira seguinte, em quatro dias, a trilha já estaria embalando o desfile – que teve os próprios atletas como modelos no salão do Copacabana Palace –, o que demonstra a urgência de alguns trabalhos encomendados. “Esta é para mostrar os modelos que serão usados na Vila do Pan, então, a agência (o Estúdio) nos pediu algo bem relaxado, na linha bossa nova. As outras devem ter levadas diferentes, de acordo com o momento de cada uma delas”, explica Pedro Guedes. ro do que com gravações de discos e shows. “Gravar peças publicitárias também sempre me deu uma satisfação mais imediata, enquanto que com trabalho de banda e músico acompanhante (ele já tocou, por exemplo, com Ivan Lins) a gente precisava gravar, esperava mixar, masterizar e, às vezes, demorava mais de um “Faz parte da nossa filosofia de trabalho saber quando é preciso levar para um estúdio que tenha a infraestrutura necessária para determinadas produções” Satisfação garantida A urgência na gravação das trilhas é uma das coisas que satisfazem Sérgio Hinds. Aos 58 anos, o músico, que quando começou a gravar jingles, em 1973, era um jovem guitarrista da banda progressiva O Terço, consolidou-se profissionalmente na música publicitária, com a qual, afirma, sempre ganhou mais dinhei- ano para as pessoas ouvirem a música que a gente fez”, conta, com a referência de um tempo em que ainda nem se imaginava existir Internet para disponibilizar gravações em tempo real. “Era comum pedirem uma música hoje pela manhã, a gente gravar, mostrar no dia seguinte, e já ouvi-la tocando no comercial em três, quatro dias”, ressalta. Quando começou, O Terço gravava jingles, os músicos todos juntos, a banda inteira, que na época era Hinds, mais Vinícius Cantuária na bateria e Jorge Amidem ou César de Mercês no baixo. As próprias agências que os contratavam também eram de músicos. “Aqui no Rio, trabalhávamos para a produtora Aquarius, de Nelson Motta, André Midani e dos irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle. Fomos para São Paulo nessa época e passamos a gravar no estúdio Pauta, de Rogério Duprat. Fizemos muitos comerciais, inclusive para as concorrentes Coca-Cola e Pepsi, mas não consigo mais me lembrar como eram as canções”, lamenta. Depois de trabalhar, na década de 80, para o colégio Objetivo e a produtora especializada em música para cinema Mikson, ele montou sua própria empresa, Hinds Music, pela qual presta serviço há catorze anos para a TV Gazeta, de São Paulo, em que é responsável por todas as vinhetas e trilhas incidentais. “Além dessa satisfação mais rápida, o mercado publicitário, desde novo, sempre foi onde eu ganhei mais dinheiro, por isso resolvi continuar investindo nele. Até porque, tem uma demanda muito mais constante, por isso sempre há um comercial, ou um programa novo sendo feito, que vai precisar de uma música e, portanto, tem trabalho. Tanto que a gente até estranha, porque, quando um cliente marca reunião, através da agência, todo mundo vai”, diverte-se. www.backstage.com.br 63 REPORTAGEM A difícil arte do equilíbrio Também guitarrista, tocando na banda de surf music Netunos há pouco mais de um ano, Dimitri Alencar, 31 anos, debutou no estilo bem antes de se juntar ao grupo. “Foi por volta de 2000”, conta sobre a trilha para a propaganda do Rio Water Planet (parque aquático na zona oeste do Rio). “Usei uma frase repetitiva de slide, com o tubo de metal deslizando sobre as cordas e produzindo um efeito “havaiano” que coincidia com as pessoas caindo uma após a outra num tobogã do parque”, lembra Dimitri. Usei uma frase repetitiva de slide, com o tubo de metal deslizando sobre as cordas e produzindo um efeito “havaiano” Na época, ele trabalhava com o tio em um estúdio de gravação e restauração de áudio chamado Nirvana Multimídia, onde havia começado a compor e gravar trilhas aos 19 anos. “Também fazíamos edição de vídeo e CD-ROM, além de produção de eventos. Mas o carro forte era mesmo na parte de produção e restauração de áudio. Como ele estava à frente da administração, acabei na parte musical”, lembra. “Na produção, eu comecei a compor e a gravar jingles e trilhas, muitas musiquinhas para CD-ROM... E na restauração, fazíamos masterização, extração de áudio de vinil para colocar em CD, eliminação de ruídos em gravações, etc.”. A distância do tempo, em um primeiro momento, pode provocar certa amnésia nas referências tecnológicas de quem 64 www.backstage.com.br Sérgio Hinds, da HD Produções, ganhou mais dinheiro com jingles lê hoje sobre o equipamento utilizado para gravação em 1995, mas o guitarrista explica. Ele lembra que os registros já eram todos feitos diretamente no HD do computador. “Não me lembro de ter usado fita uma única vez. Gravávamos com programas que hoje estão mais populares, como o Sonar, da Cakewalk, e o Reason. Usávamos uma placa para captura de som estéreo e uma mesa Mackie de oito canais entre a placa e a mesa de som, embora nem fosse necessário. Poderia ser uma mesa menor ou mesmo direto na placa”, afirma. Além de trilhas instrumentais, compositores de jingles muitas vezes são obrigados a fazer também as letras, mesmo que não tenham este hábito. “Isso acontecia muito quando a gente fazia campanha de políticos, como o Lysâneas Maciel (vereador no Rio pelo PDT, já falecido)”, lembra Dimitri. “Normalmente, o cliente conversava comigo e explicava em linhas gerais o que queria. No caso de campanhas, o comum é inserir o slogan e fazer o resto da letra baseado nele”, conta o músico, que parou de trabalhar com jingles quando começou a ficar com a agenda muito apertada tocando na noite e dando aulas. “Não estava dando para me dedicar full time. É algo comum com músicos, que, muitas vezes, têm que se dividir em várias atividades”, conta, sem descartar uma possível volta a esta área. “É questão de fase mesmo. Meu tio também se aposentou, fechou a Nirvana... Mas pretendo voltar, agora que estou dando uma melhorada no meu home studio”, afirma. Terra da garoa e de oportunidades Há dois anos vivendo em São Paulo, em função do trabalho, Rosthand Mohamed nasceu em 1978 em Olinda e aprendeu piano e teoria musical com José Gomes, “um dos mais conceituados professores de Recife”. Ainda bem jovem, tocou com Alceu Valença, de 1995 a 1998, quando começou a trabalhar com jingles, compondo e gravando para a produtora Rivas Comunicação, de Petrolina, no interior de Pernambuco. “Já tinha um estúdio grande em Recife, onde gravava discos. Passei a usá-lo nos trabalhos para a firma, que tinha clientes diversos, mas o mercado de São Paulo é muito mais forte. Aqui se concentram empresas, produtoras e também muitos artistas. Fica mais fácil arrumar trabalho. Basicamente é isso, onde há mais empresas grandes, há mais trabalho”. Não que Rosthand tenha trocado os clientes antigos por novos. “Eu mantenho os serviços para Rivas e outras agências de Pernambuco, como a Oficina de Imagens, e de outras partes do Brasil, como a Jinga, do “Na produção, eu comecei a compor e a gravar jingles e trilhas, muitas musiquinhas para CD-ROM... E na restauração, fazíamos masterização, extração de áudio de vinil para colocar em CD, eliminação de ruídos em gravações, etc.” Foto - Luciana Sholl REPORTAGEM Rosthand Mohamed trocou Recife por São Paulo: mais trabalho Dimitri (à esquerda) já fazia jingles antes da banda Netunos Rio Grande do Sul, não só as de São Paulo. Ao todo, devo trabalhar atualmente para umas 40 empresas, cada qual com vários clientes”, afirma o músico, que usa bastante a rede e o site Trama Virtual para divulgar seu trabalho (http://tramavirtual.uol.com.br/ artista.jsp?id=50179). “A internet facilitou ampliar os contatos, o que, quando eu comecei, já acontecia na base do boca-a-boca, uma agência passando a outro cliente, e daí por diante, pedindo mais trabalhos, mas agora isso tece? Como há muitos instrumentais que se repetem e serviriam para diversas peças, junto às gravações pelo sampler. Funciona muito bem e é um trabalho de músico também. Tem que ser músico para saber como escolher cada parte e juntar”, afirma. “Tenho um banco de vozes que mostro para o cliente. Dependendo do que ele quer, pode ficar melhor, e aí eu fecho com quem fez a voz que ele gostou para fazer a locução” funciona quase em tempo real. Quando eu mesmo tenho tempo”, brinca. A própria entrega das músicas prontas é feita pela rede. “Mando os trabalhos em FTP para as agências para os clientes sentirem, verem o que acham. É uma forma bem prática”, garante Rosthand, que, além de instrumentos físicos, costuma utilizar samplers. “Faço através de um Virtual Sampler Instrumental ligado ao Pro Tools 7.2, via mesa Steinberg VSTI. O que acon- No meio de campo e das Gerais Se é preciso ser músico para compor ou mesmo samplear peças publicitárias, engana-se quem pensa que apenas os músicos participem da produção de jingles. A parte empresarial nem sempre tem a ver com aptidão musical. Com as facilidades de comunicação providas pela Internet e contatos comerciais estabelecidos através de trabalho em rádio comunitária, Hélio Fróes, 25 anos, gerencia produções de jingles em todos os cantos do Brasil. O trabalho de intermediário entre músicos e contratantes se baseia principalmente no mercado ‘miúdo’, comum à radiodifusão comunitária, de farmácias, mercados e comércio em geral. Mineiro de Conceição dos Ouros, Hélio começou a ser procurado por comerciantes atrás de jingles ao trabalhar em uma rádio comunitária em sua cidade, em 2003. “Eu não sou músico, mas, também pelo trabalho na rádio, já conhecia vários deles. Então, comecei a fazer essa ponte”, lembra o radialista e produtor, que trabalha em um estúdio próprio com placas de áudio Sound Blaster e Creative Live 7.1. Há um ano e meio, ele começou a fazer esse ‘meio de campo’ na produção de Com as facilidades de comunicação providas pela Internet e contatos comerciais, Hélio Fróes, gerencia produções de jingles em todos os cantos do Brasil jingles como principal atividade, montando seu site (http://www.hfproducoes.com) e, pelo site de relacionamentos Orkut, ampliando sua rede de contatos. Para se ter uma idéia, ele trabalha com quatro músicos que arregimentam outros músicos para cada trabalho encomendado. E nenhum deles é de sua cidade, apenas um também é do estado de Minas, de São Gonçalo do Sapucaí. Um outro é do estado de São Paulo e os outros dois são da região Norte. “Eu peço a música para cada um deles de acordo com a intenção de quem contrata. Se o cliente pede algo mais voltado para o forró, sei que é com um; se é pop, rock, é com outro, e por aí vai”, diz Fróes. O contato com clientes e músicos para quem terceiriza os pedidos é mantido constantemente via on-line. “São cerca de 350 contatos no messenger, o que facilita muito o meu trabalho. É bem mais fácil do que ficar telefonando. E muito mais barato”. Ele ainda faz alguns trabalhos de cepa própria, principalmente vinhetas, com efeitos, e locução. Mas, mesmo aí, oferece outras opções. “Tenho um banco de vozes que mostro para o cliente. Dependendo do que ele quer, pode ficar melhor, e aí eu fecho com quem fez a voz que ele gostou para fazer a locução”, explica, dando a entender que já aprendeu um bocado com os comerciantes para quem trabalhou. www.backstage.com.br 65