40 RESUMOS E ABSTRACTS PREVENÇÃO E CONTROLE DAS DOENÇAS EPIDEMIOLÓGICAS CAUSADAS PELO MOSQUITO Aedes aegypti NO BAIRRO BANDEIRINHAS, BETIM - MG. 1 1 1 CARMO, Rafael Thiago ; JÚNIOR, Fábio Antonacci ; NOGUEIRA, Vinícius Guimarães ; SANTOS, 1 2 Gabriel Reis dos ; GOMES, Alessandra Pereira Simonini . 1 Acadêmicos do curso de Ciências Biológicas Ênfase em Ciências Ambientais, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Betim. 2 Professora de Parasitologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Betim. ([email protected] ) A falta de saneamento básico, de serviços de coleta e destino do lixo em áreas urbanas, além de fatores ecológicos, exercem ampla contribuição para a ocorrência de importantes viroses que afetam o homem, como a Dengue e Febre Amarela. Os aglomerados urbanos, a pobreza e a migração populacional são aspectos importantes na disseminação e gravidade das epidemias. Este projeto tem por finalidade a educação, sensibilização e mobilização ambiental da comunidade do bairro em relação a dengue, febre amarela e conservação do meio ambiente. O projeto, inicialmente, teve como atividades a aplicação de questionários - elaborados para obter dados sobre a percepção ambiental da área e posterior análise dos dados -, verificação da ocorrência de ovoposição do Aedes aegypti e atividades de educação ambiental com a comunidade. A análise dos dados dos questionários de percepção ambiental revelaram que 44% da população possuem deficiência informativa sobre a epidemiologia da doença. Outro aspecto relevante detectado foi a falta de saneamento básico na região, que representa 83% das residências com instalação de fossa séptica como destino dos dejetos. Com relação a febre amarela, a situação apresenta um quadro epidemiológico estável, visto que não ocorreram casos da doença durante os últimos anos e 95% da população da região foi vacinada contra esta virose. Os problemas ambientais também foram abordados neste trabalho revelando uma situação crítica de degradação ambiental, sendo os mais freqüentes: queimadas com 7%, desmatamento com 8%, poluição fluvial com 38% e acúmulo de lixo com 29%, caracterizando, assim, um potencial foco de doenças. Conclui-se com este projeto a caracterização sócio-econômico-ambiental da área de estudo, servindo como base de dados para o Centro de Controle de Zoonoses do município de Betim e, futuramente, para outros trabalhos de caráter científico e/ou acadêmico a serem desenvolvidos na região do bairro Bandeirinhas, assim como um meio informativo sobre estas doenças epidemiológicas para a comunidade local. (Apoio: Centro de Controle de Zoonoses – CCZ, Betim MG ) SINAPSE AMBIENTAL, Betim, V.1, N.1, p. 40-42, maio.2004 41 RESUMOS E ABSTRACTS EDUCAÇÃO AMBIENTAL REALIZADA NA COMUNIDADE DO BAIRRO BANDEIRINHAS, SITUADA EM BETIM- MG, COMO MEDIDA DE CONTROLE DA ESQUITOSSOMOSE. 1 1 MASSARA, Rodrigo Lima ; PASCHOAL, Ana Maria de Oliveira ; BERGAMASCHI, Victor 1 1 1 Augusto Duarte ; JÚNIOR, George Campos Oliveira ; ESTEVES, Said Cristina de Oliveira ; 2 GOMES, Alessandra Pereira Simonini . 1 Acadêmico do curso de Ciências Biológicas (ênfase em Ciências Ambientais); 2 Professora da PUC-Minas Betim. Pontifícia Universidade católica de Minas Gerais. [email protected]) O crescimento populacional desordenado, a má distribuição de renda, a falta de saneamento básico e principalmente a falta de coordenação nas ações executadas pelo poder público diante da saúde humana, os casos de doenças vem aumentando, no município de Betim. O presente estudo, foi realizado no Bairro Bandeirinhas em Betim-MG, o qual apresenta um alto índice de pobreza e baixa qualidade de vida que favorece o surgimento de casos de Esquistossomose. O projeto foi realizado pela PUC-MINAS, em parceria com a Prefeitura Municipal de Betim e o Centro de Controle de Zoonozes, e teve como o principal objetivo, conscientizar a população da região de Bandeirinhas, sobre as formas de aquisição da doença, incluindo fatores epidemiológicos e medidas profiláticas. Foram realizadas seis coletas de caramujos do gênero Biomphalaria sp. vetor do Shistosoma mansoni na lagoa da Várzea das Flores que resultaram na confirmação da presença de miracídios do parasito em questão. Para avaliar o conhecimento da população sobre a esquistossomose, foram realizados questionários, onde pode-se avaliar o nível sócio -econômico e cultural da comunidade. Dos entrevistados, 60% eram do sexo feminino; 22% acreditavam que a Esquistossomose é adquirida através da ingestão de verduras mal lavadas; 90% acreditam que a água pode ser um veículo da doença quando está presente o caramujo; 14% tem por hábito se banhar em rios; a presença de caramujos na região foi observado por 52% da comunidade. A poluição dos rios (38%) e respectivamente o acúmulo de lixo (29%) foram os problemas ambientais de maior relevância para a população. Este trabalho de ensino e pesquisa teve ainda a finalidade de atrair cada vez mais a participação ativa da comunidade gerando conscientização, sendo que 100% dos entrevistados acharam importante a participação dos acadêmicos nesse processo de ensino- aprendizagem. SINAPSE AMBIENTAL, Betim, V.1, N.1, p. 36, maio.2004 42 RESUMOS E ABSTRACTS IMPACTOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO 1 Avila, G. C.; Coelho, V. A.; 1Murta, D. R. C.; 1Pires, A. L. D. 1: Acadêmicos do curso de Ciências Biológicas com Ênfase em Meio Ambiente – PUC Betim/ MG A impermeabilização é o ato antrópico para isolar o solo com algum revestimento que não permite, ou dificulta passagem da água precipitada na forma de chuva para o solo. Geralmente, para a impermeabilização são retirados os vegetais macrioscópicos que estejam ali. Observase a impermeabilização, principalmente para edificações. O material utilizado geralmente é asfalto ou concreto. Solo, água e vegetais estão intimamente integrados, e são os primeiros afetados com a impermeabilização, mas não os únicos. Toda a integração “solo, água e vegetais” e então rompida, o solo torna-se estéril, pois todos os microorganismos que ali viviam estão condenados pela ausência de água e oxigênio. O solo permeável absorve raios solares mas não o refletem, e nos centros urbanos forma-se “bolsões ” de calor. A água que após a chuva seria parcialmente absorvida pelo solo e utilizada pelos vegetais, e parte ainda percolaria ate os lençóis freáticos alimentando nascentes, isolando o solo, ela percorre pelo asfalto, em maior volume e velocidade, os rios terão temporariamente maior volume de água, e ate inundações. Mas como a infiltração não estaria ocorrendo, as nascentes não são alimentadas, e a vazão e reduzida, ou seca, desta forma a vazão do rio em períodos não chuvosos também reduz. Os espécimes preservados tem seu desenvolvimento comprometido. Alem disso, como os espaços reservados para estes espécimes são diminutos, não chegam ao solo a matéria orgânica que seria decomposta por microorganismos, e a chegada da água e dificultada. O vegetal de grande porte, comumente projeta raízes ascendentes, chegando a danificar o concreto ou asfalto. O vegetal primeiramente preservado acabar sendo suprimido também. Palavra chave: Impermeabilização; solo; infiltração SINAPSE AMBIENTAL, Betim, V.1, N.1, p. 36, maio.2004 43