Matheus Silva Sanches Neyla Ferreira Kempes Caroline Faresin Weslley de Oliveira Alves Profª. Edelma Alencar Lima Jacob - Profª. Daniele de Oliveira Moura Silva Introdução : O uso de plantas medicinais para a realização de chá é muito conhecido e propagado através da cultura e da tradição popular; foi talvez uma das primeiras manifestações da humanidade na busca de aliviar suas dores e enfermidades. O capim limão (Cymbopogon citratus) é uma planta do tipo herbácea que quando utilizado como chá, na medicina fitoterápica popular, pode trazer múltiplos benefícios, como : Antibacteriano , diurético , expectorante , anti-depressivo , calmante e efeito analgésico. É importante destacar que os efeitos benéficos dos chás dependem da adequada indicação, modo de preparo, dose, uso da planta correta (é muito comum o uso de plantas que não foram corretamente identificadas) e até mesmo da forma como a planta foi cultivada e colhida Quanto ao preparo, é importante esclarecer que há dois modos básicos: a infusão e a decocção. Na infusão, a água é aquecida até ponto de fervura (quando começam a se formar bolhas no fundo da chaleira), então a água quente é vertida sobre a planta e a mistura fica em repouso por alguns minutos, de preferência tampada. Já na decocção, as partes da planta são fervidas junto com a água por alguns minutos. Esta técnica é aplicada geralmente para o preparo de chás das cascas, raízes ou pedaços de caule, que por serem mais duros precisam de um método mais rigoroso para a extração para a água dos compostos benéficos presentes na planta Objetivos : O presente trabalho tem como objetivo abordar as duas técnicas de extração mais utilizadas na medicina popular: a infusão e a decocção, podendo proporcionar aos alunos uma reflexão sobre qual modo de preparo é mais prático e benéfico na utilização do preparo de chá . Materiais e métodos foi escolhido o capim limão, Cymbopogon citratus, por se tratar de uma erva comum e muito utilizada na nossa região . foram utilizadas as folhas capim limão, Cymbopogon citratus, trazidas pelos próprios alunos, 2 litros de água potável para cada caneco (foram utilizados dois canecos), açúcar, fogão e utensílios de cozinha da Unidade de Ensino. ► O início do processo se deu pela organização e higienização do capim limão até estar em devidas condições para ser introduzido á água . ► Em seguida, os canecos contendo dois litros de água foram levados ao fogo . Resultados e discussão Durante a realização do processo , os bolsistas foram comentando sobre ambos os métodos de realização e questionando os alunos sobre qual método seria melhor para obtenção do chá . A maioria dos alunos acharam que o método de decocção seria melhor pelo fato do capim estar introduzido diretamente na água enquanto a mesma entrava em ebulição . ► Depois de 15 minutos do capim limão em contato com a água em ebulição e quente , foi feita a retirada do produto e acrescentou-se 2 colheres de chá de açúcar conforme indicava a receita. ► Assim que o chá estava pronto , os alunos já podem notar uma diferença muito grande em seus aspectos de cor e aroma . ► O que foi realizado pelo método de decocção se encontrava com uma cor mais forte e um aroma suave . ► O que foi realizado pelo método de infusão se encontrava com uma cor mais clara e um aroma mais concentrado do capim limão . Conclusão : O chá obtido através dos dois processos foi degustado pelos alunos, que puderam dessa forma, analisar as diferenças sensoriais entre os dois processos. A atividade permitiu aos alunos entenderem as diferenças entre os dois processos de extração: a decocção e a infusão, muitas vezes realizadas nas suas próprias casas, no entanto sem o conhecimento dos devidos termos técnicos e procedimentos Percebeu-se durante a atividade e as explicações dos bolsistas sobre a importância do uso de plantas medicinais uma conscientização e muito interesse sobre o assunto , que consequentemente será passado para a frente garantindo que essa cultura nunca deixe de se propagar . Referências : CARVALHO, Luciana Marques de; Qualidade em plantas medicinais; disponível em <http://www.cpatc.embrapa.br/publicacoes_2010/doc_162.pd>f acesso em 10/07/2010 FILHO, Valdir Cechinel; Rosendo A. Yunes; Estratégias para a obtenção de compostos farmacologicamente ativos a partir de plantas medicinais. Conceitos sobre modificação estrutural para otimização da atividade; disponível em< <http://www.scielo.br/pdf/qn/v21n1/3475.pdf> acesso em 07/07/2014. 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