GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Unidade III 5 TIPOLOGIA E APLICAÇÕES DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES Ce-Borg: Caro leitor, veremos aqui os diversos tipos de sistemas existentes, suas características e aplicações. Para aprimorar seu conhecimento, valeremo-nos da tipologia de sistemas na qual apresento o resultado de minha pesquisa sobre os sistemas existentes, bem como sua classificação: • SI: Sistema de Informação: produz um conjunto de relatórios de informações para apoio gerencial. São formados por: – SIG: Sistemas de Informação Gerencial: produz informações que apoiam muitas das necessidades rotineiras de decisão da organização; são os SI usados na tomada de decisão. – SAD ou SSD: Sistemas de Apoio/Suporte à Decisão: são os módulos que dão suporte e infraestrutura para análise e tomada de decisão da base de dados corporativa de uma organização. – EIS ou SIE: Sistemas de Informação para os Executivos: corresponde a um tipo especial de SSDs e, igual a eles, é projetado para dar suporte à tomada de decisão no mais alto escalão empresarial; visa dar suporte às ações dos membros da diretoria e presidência ou do conselho diretor. Consolidam informações de fontes internas e externas das empresas para a sua alta administração. Apresentação de resultados em formas gráficas e pouco ou mesmo não estruturados em interfaces amigáveis. É possível acrescentar às características anteriores à interface amigável; exploração de recursos gráficos (botões, imagens, ícones, som, símbolos etc.) e capacidade de multivisão. Esta, por sua vez, cria possibilidades de visualização ou extração de dados por meio de customização ou parametrização, navegação em telas do sistema, dados externos e informais e data mining. As organizações estão constantemente buscando vantagens competitivas em relação às concorrentes, e para obter essas vantagens, elas necessitam de informações, as quais são fornecidas pelos sistemas de informação. O objetivo é transmitir informações internas e externas sobre o mercado e os concorrentes, sobre a corporação e as novas direções que a empresa deve seguir em busca da vantagem empresarial para o seu progresso. Os EISs são compostos por vários componentes de software que permitem estudar muitas características específicas, tais como: – a capacidade de obter detalhes; – o acesso às informações completas e relacionadas; 105 Unidade III – o acesso aos dados históricos, dos concorrentes e parceiros; – obtenção e uso de dados externos; – geração de indicadores de problemas; – geração de indicadores de tendências, taxas e critérios; – possibilidade da análise para esse caso (ad hoc); – geração e apresentação em gráficos e textos na tela; – geração de relatórios de exceção; – simulações e projeções de cenários. • SE: Sistema Especialista: sistema de informação baseado no conhecimento que utiliza tal conhecimento sobre uma área de aplicação específica e complexa para atuar como um consultor especializado para usuários finais. Os componentes de um SE incluem: – Base de conhecimento: contém conhecimento necessário para implementar a tarefa. Há dois tipos básicos de conhecimento: – conhecimento factual: fatos ou informação descritiva sobre uma área de assunto específica. – heurística: um guia para a aplicação de fatos e/ou fazer inferências, geralmente expressas como regras. Utilitário de inferência fornece ao SE suas capacidades de raciocínio. O utilitário de inferência processa o conhecimento relacionado a um problema específico, em seguida, faz associações e inferências que resultam em cursos de ação recomendados. Lembrete Interface com o usuário é o meio de interação do sistema. Para criar um sistema especialista, um engenheiro do conhecimento adquire o conhecimento da tarefa de um especialista humano que utiliza ferramentas de aquisição de conhecimento. Utilizando uma shell de sistema especialista, contendo a interface com o usuário e os módulos do software utilitário de inferência, o engenheiro de conhecimento codifica o conhecimento na base de conhecimento. Uma abordagem repetitiva é utilizada para testar e refinar a base de conhecimento do sistema especialista até que seja julgado completo. 106 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Os sistemas especialistas podem ser utilizados para realizar muitas tarefas empresariais: Gerenciamento de decisões: sistemas que avaliam situações ou consideram alternativas e fazem recomendações baseadas em critérios fornecidos durante o processo de descoberta. Exemplos: análise de carteira de empréstimos, avaliação de funcionários, subscrição de seguros, previsões demográficas. Diagnóstico /Solução de problemas: é o uso de sistemas que inferem as causas subjacentes a sintomas e história relatados. Exemplos: a calibragem de equipamento, operações de balcão de ajuda, depuração de software, diagnóstico médico. Manutenção/Programação: inclui sistemas que dão prioridade e programam recursos limitados ou críticos quanto ao tempo. Os exemplos incluem a programação da manutenção, da produção e do treinamento, e o gerenciamento de projetos. Projeto/Configuração: é o uso de sistemas que ajudam a configurar componentes de equipamento, dada a existência de restrições que devam ser levadas em conta. Exemplos incluem a instalação de opções de computador, estudos de viabilidade de fabricação, redes de comunicações, plano de montagem ótima. Seleção/Classificação: são sistemas que ajudam os usuários a escolher produtos ou processos entre conjuntos grandes ou complexos de alternativas. Exemplos incluem: seleção de material, identificação de contas atrasadas, classificação de informações, identificação de suspeitos. Monitoração/Controle de Processos: inclui sistemas que monitoram e controlam procedimentos ou processos. Entre os exemplos, temos: controle de máquinas (inclusive robótica), controle de estoque, monitoração da produção, teste químico. A ciência da informação tem trazido valiosas contribuições, por exemplo, por meio da criação de agentes inteligentes ou programas que facilitam a busca de informações na internet. A tendência é fazer as pesquisas de todas as formas imagináveis na internet, e essa tecnologia tem sido trazida aos grandes bancos de dados, no qual a tecnologia auxilia na busca e mineração de informações específicas aplicadas em um banco de dados, ou em uma estrutura maior como na internet. O papel do agente inteligente é realizar buscas em um aglomerado de informações sobre determinado elemento procurado. 5.1 Automação Comercial – AC Ce-Borg: Segundo uma pesquisa em automação comercial, são todos os sistemas computadorizados que operam ou trabalham em redes internas (LANs) para executarem transações comuns destinadas aos vários níveis da hierarquia organizacional, fornecendo informações operacionais, táticas ou gerenciais, estratégicas ou executivas como: Sistemas de Automação de Escritórios – SAE: também conhecidos por softwares aplicativos ou utilitários, têm como objetivo a automatização das tarefas administrativas, melhorando a comunicação e a produtividade no escritório. Esses sistemas incluem as redes de computadores locais, os sistemas 107 Unidade III administrativos e o uso de aplicativos de automação, como é o caso do pacote Office da Microsoft ou do StarOffice da Sun MicroSystems. Os pacotes de aplicativos disponíveis no mercado são constituídos por processadores de texto e se destinam às elaborações de documentos por planilhas eletrônicas que servem para a elaboração de relatórios que envolvam cálculos por meio de fórmulas matemáticas e gráficos, por geradores de apresentação que se destinam à elaboração de documentos recheados de recursos visuais e, em versões mais completas, por gerenciadores de banco de dados que se destinam à elaboração de arquivos com estruturas que permitem armazenar, organizar, classificar e manipular dados cadastrais. Sistemas de Processamento Transacional – SPT: são todos os sistemas que visam automatizar as tarefas mais rotineiras das organizações. Sistematizam a entrada dos dados transacionais de compra, produção, venda, entrega, recebimento e pagamento, de acordo com as regras ou funções imprescindíveis ao funcionamento da organização. Nesse contexto, são ferramentas utilizadas pela equipe operacional e técnica em processos estruturados e nas tarefas repetitivas. Embora exista tecnologia para rodar aplicações SPT via processamento on-line, isso não é o ideal para todas as situações. Em muitos casos, o processamento em lote (batch) é mais apropriado e gera melhor custo-benefício. As metas específicas da organização, dentro do seu ramo de negócio, é que definem o método de processamento de transações mais adequado das várias aplicações. Devido à importância do processamento de transações operacionais, as organizações esperam que seus SPTs atinjam os objetivos, que são manter o alto grão de precisão e assegurar a integridade, a precisão dos dados e das informações. Sistemas de informação especialistas ou orientados aos negócios: esses sistemas de informação são utilizados em qualquer nível ou área da empresa. Eles podem ser classificados em sistemas de informação de inteligência artificial – IA, sistemas de trabalho em equipe (groupware). Sistemas de intercâmbio eletrônico de dados e informações – EDI (Eletronic Data Interchange) mais recentemente, em sistemas de apoio ao ensino (e-learning): significa troca estruturada de dados por meio de uma rede de dados qualquer. EDI pode ser definido como o movimento eletrônico de documentos-padrão de negócio entre, ou dentro, de empresas. Substituem os meios tradicionais de transmissão de dados por fax, disquetes e impressos. Um desses sistemas bastante popular é o disponibilizado pela Receita Federal brasileira para o envio de declaração de imposto de renda pela internet. Após o envio da declaração pela internet, o declarante recebe um comprovante de envio da declaração. Antigamente, as declarações de IR eram feitas em formulário e depois por disquete. Além disso, alguns consideram que o uso primário da EDI é efetuar transações repetidas de negócios, tais como encomendas, faturas, aprovações de crédito e notificações de envio. Sistemas de informação de inteligência artificial ou Artificial Intelligence – IA: também são classificados como sistemas especialistas e se caracterizam por possuírem uma base de conhecimentos em que, por meio de lógica semântica, serão armazenadas informações especialistas de alguma área do conhecimento humano. A inteligência artificial é uma área de pesquisa da ciência da computação dedicada a buscar métodos ou dispositivos computacionais que façam as máquinas “pensar” como humanos para agir ou resolver problemas ou, de forma ampla, agir inteligentemente diante de situações difíceis. Apenas recentemente, com o surgimento do computador moderno, é que a inteligência artificial conseguiu condições e massa crítica para se estabelecer como ciência integral, com problemáticas e 108 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO metodologias próprias. A evolução dessa disciplina passou dos programas de xadrez ou de conversão para áreas como visão computacional, análise e síntese da voz, lógica difusa, redes neurais artificiais e outras. Sistemas de trabalho em equipe – groupware: também são conhecidos como sistemas de computação colaborativa. Eles buscam melhorar a performance das equipes de trabalho por meio da integração de atividades de diversas pessoas diferentes que trabalham num mesmo processo. Software colaborativo (ou groupware) é um software que apoia o trabalho em grupo e fornece suporte computacional aos indivíduos que tentam resolver um problema em cooperação com outros, sem que todos estejam no mesmo local, ao mesmo tempo. Com base nas pesquisas realizadas na área denominada internacionalmente Computer Supported Cooperative Work – CSCW ou trabalho cooperativo suportado por computador foram desenvolvidos vários recursos para implantação de sistemas cooperativos. Essas ferramentas, denominadas groupware, utilizam conceitos de sistemas distribuídos, comunicação multimídia, ciência da informação e teorias sócio-organizacionais. Softwares como e-mail (assíncrono), agenda corporativa, bate-papo (chat) e wiki pertencem a essa categoria. Há um consenso de que software de socialização se aplica a sistemas fora do ambiente de trabalho como, por exemplo, serviços de namoro on-line e redes de relacionamento como o Orkut. O estudo da colaboração com auxílio de computador inclui o estudo deste software e dos fenômenos sociais associados a ele. Sistemas de apoio ao ensino pela web – e-learning: são recursos que têm como objetivo proporcionar o treinamento e a capacitação de pessoas e grupos de funcionários que precisam fazer a atualização ou aquisição de novos conhecimentos, mas que estão sem tempo ou recursos para aprender da forma convencional. Os sistemas de e-learning apresentam como vantagem o custo relativamente baixo para o aluno, além de disponibilizar o treinamento em qualquer lugar em que se possua conexão com a internet. O e-learning é resultado da combinação entre o ensino e a educação a distância com auxílio da tecnologia da informação e da telecomunicação. Trata-se de iniciativas empreendedoras das organizações de ensino, que viram nos recursos da internet uma forma de levar a educação on-line e o treinamento baseado em web para qualquer lugar do mundo, resultando, por final, naquilo que se denomina por e-learning ou ensino a distância. Foram projetados softwares para atuarem como salas de aula virtuais, gerando várias possibilidades de interações entre os seus participantes. Com as ferramentas da tecnologia na web, os processos de interação em tempo real passaram a ser uma realidade, permitindo que o aluno tenha contato com o conhecimento, com o professor e com outros alunos por meio de uma sala de aula virtual. De forma simples, e-learning é o processo pelo qual o aluno aprende por intermédio de conteúdos colocados no computador e disponibilizados pela internet e em que o professor, se existir, está a distância, utilizando a internet como meio de comunicação, podendo existir sessões presenciais intermediárias. As organizações que utilizam aplicações baseadas na estrutura de e-business estão integradas em conjuntos de aplicações interfuncionais, como: 1. Planejamento de recursos empresariais. 2. Gerenciamento do relacionamento com o cliente. 109 Unidade III 3. Apoio às decisões. 4. Gerenciamento da cadeia de suprimentos. 5. Administração da rede de vendas. Lembrete Sistemas de informação dentro de uma organização empresarial apoiam uma das funções tradicionais de empresas como marketing, finanças, RH ou produção. Sistemas funcionais podem ser sistemas de informação de administração ou de operações: • Marketing: – gerenciamento da relação com o cliente; – marketing interativo; – automação da força de vendas; – processamento de pedidos; – controle de estoques. • Administração de recursos humanos: – análise de remuneração; – inventário de qualificações de funcionários; – previsão de necessidades de pessoal; – folha de pagamento. • Produção/operação: – planejamento de recursos de fabricação; – sistemas de execução de fabricação; – controle de processos. 110 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO • Contabilidade: – contas a receber; – contas a pagar; – livro-razão; – escrituração fiscal em geral. • Finanças: – administração de caixa; – administração de crédito; – administração de investimentos; – orçamento de capital; – previsão financeira. Marketing, segundo o grande escritor Philip Kotler, deve-se considerar 4 Ps: promoção ou propaganda, venda de produtos, desenvolvimento de preços em praças ou novos mercados para melhor atender clientes atuais e potenciais. Sistemas de Informação de Marketing – SIM do tipo SPT devem ajudar os gerentes a satisfazer as necessidades mais amplas de informação nas seguintes áreas: • Administração de produto: o sistema de informação ajuda a planejar, monitorar e apoiar o desempenho de produtos, linhas de produtos e de marcas. • Propaganda e promoção: os sistemas de informação ajudam a selecionar mídias e métodos promocionais e a controlar e a avaliar os resultados de propagandas e promoções. • Previsão de vendas: um sistema de informação pode produzir rapidamente previsões de vendas de curto e de longo prazo. • Pesquisa de mercado: as ferramentas de um sistema de informação podem ajudar os pesquisadores na coleta e na análise de dados internos e externos sobre variáveis de mercado, evolução e tendências. Administração de vendas: o sistema de informação ajuda a planejar, monitorar e apoiar o desempenho de vendedores e as vendas de produtos e serviços. 111 Unidade III • Automação da força de vendas: o sistema de informação automatiza o registro e o relatório da atividade de vendas pelos vendedores e as comunicações e apoio às vendas pela administração. • Processamento de pedidos ou processamento de pedidos de vendas: é um importante sistema de processamento de transações que capta e processa pedidos dos clientes, produzindo faturas para eles e dados necessários à análise de vendas e o controle de estoque. Também há integração com o sistema de faturamento de finanças e contábil. • Controle de estoque: esses sistemas acompanham e monitoram os níveis de estoques e suas mudanças. Eles podem ser programados para notificar os gerentes se for atingido certo nível de estoque que necessite de uma decisão. Também podem ser equipados para lidar com informações sobre pedidos de rotina. Estudo de Caso Um sistema de informação de marketing pode ajudar os gerentes de marketing a desenvolver estratégias e planos com base em metas empresariais, pesquisa de mercado e dados da atividade de vendas, monitorar e apoiar atividades de marketing institucional: Numa indústria de manufatura, a área de vendas foi informatizada com o objetivo de realizar mais rapidamente e com menores possibilidades de erros as análises das vendas contendo as diversas estatísticas dessa área, cálculo de comissão de vendedores e elaboração de gráficos de desempenho. A empresa instalou uma rede de microcomputadores, e desenvolveu uma intranet dentro da organização com uma extranet envolvendo vendedores, funcionários e clientes. Os vendedores da empresa, tanto internos quanto externos, receberam palmtops, isto é, equipamentos do tipo Personal Digital Assistant – PDA com rede sem fio para adquirirem mobilidade. Esses equipamentos, com os sistemas desenvolvidos no Windows CE, permitiram vendas de modo mais rápido e eficiente. À medida que os vendedores realizavam as vendas dos produtos, digitalizavam os dados diretamente no visor do PDA – touch screen –, que os transmitia por meio das telecomunicações 3G. Os pedidos davam entrada no sistema – intranet – e as notas fiscais eram emitidas na área da empresa destinada à expedição, que realizava o despacho da mercadoria assim que houvesse a liberação da área financeira. A cada instante do dia, os gerentes e o pessoal da média e da alta administração das diversas áreas da organização podiam observar os dados de vendas acumuladas até o momento; SIGs com totais acumulados na semana ou no mês; os totais de cada mês anterior ou de cada semana anterior e os gráficos do que foi vendido, baseado em estatísticas anteriores. Podiam também passar instruções aos supervisores e aos vendedores sobre promoções e campanhas. Os dados da programação de produção e os diversos dados de planejamento estratégico da empresa eram fornecidos pelo sistema de ERP. 112 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO O pessoal da alta e da média administração da empresa podia adotar as decisões assertivas de modo mais rápido, seguro, lucrativo e com qualidade, pois as informações necessárias à tomada de decisões eram disponibilizadas pela organização em tempo real. O sistema de vendas fornecia informações valiosas de marketing ao gerente e aos supervisores de vendas durante o expediente que, com base nelas, tomavam as decisões necessárias para a correção ou alteração de rumo das tarefas da área, com o propósito de atingir melhor os objetivos da área. Conforme explica O´Brien, marketing direcionado se tornou uma importante ferramenta no desenvolvimento de estratégias de propaganda e promoção para os websites de comércio eletrônico de uma empresa. O marketing direcionado é um conceito de administração de propaganda e promoção que engloba cinco componentes-alvo: 1. Comunidade: as empresas podem personalizar suas mensagens de propaganda na rede e seus métodos de promoção para atrair pessoas de comunidades específicas. 2. Conteúdo: propaganda como cartazes eletrônicos ou banners podem ser veiculadas em várias páginas de sites da internet, além da home page da empresa. 3. Contexto: a propaganda figura apenas em páginas da internet que são relevantes ao conteúdo de um produto ou serviço. 4. Aspectos demográficos/psicográficos: esforços de marketing podem ser dirigidos apenas a tipos específicos ou classes da população. 5. Comportamento on-line: campanhas de propaganda e promoção podem ser adaptadas a cada visita individual a um site. Já com os Sistemas de RH a função de administração de recursos humanos envolve a avaliação, a seleção, o recrutamento, a remuneração e o desenvolvimento de funcionários. O objetivo da área de RH é o uso eficaz e eficiente dos recursos humanos de uma empresa. Os sistemas de informação de recursos humanos do tipo SPT são projetados para apoiar as rotinas do departamento de pessoal da empresa; o desenvolvimento de todo o potencial dos funcionários e controle de todas as políticas e programas de pessoal. Basicamente, as empresas utilizavam os sistemas de informação computadorizados para produzir a folha de pagamento (hollerith ou contracheque) e relatórios, manter cadastro de pessoal e analisar o uso de pessoal nas suas operações. O sistema de folha de pagamento recebe e mantém dados de cartões de ponto dos funcionários e outros registros de trabalho para produzir contracheques e outros documentos como declarações de rendimentos, relatórios de folha de pagamento e de análise de mão de obra. 113 Unidade III Outras atribuições da área de RH são: • Recrutamento, seleção e contratação. • Remanejamento de cargos. • Avaliações de desempenho. • Análise de benefício do funcionário. • Treinamento e desenvolvimento. • Saúde e segurança do trabalho. Sistemas de informação de contabilidade do tipo SPT são os mais tradicionais e os mais amplamente utilizados nos negócios. Registram e relatam transações comerciais e outros eventos econômicos. Os sistemas de contabilidade operacional recebem as transações ou movimentações comerciais e enfatizam a manutenção de registros históricos e legais, sendo responsáveis pela produção de demonstrativos financeiros, conhecidos também como Sistemas Transacionais – ST. Os objetivos principais dos sistemas contábeis são: • Contas a receber: sistemas de contas a receber mantêm registros dos débitos totais dos clientes a partir de dados gerados por suas compras e pagamentos. • Contas a pagar: sistemas de contas a pagar mantêm controle de dados relativo a compras de fornecedores e de pagamentos a eles. • Livros contábeis: sistemas de livros contábeis consolidam dados recebidos de contas a receber, contas a pagar, folha de pagamento e outros sistemas de informação de contabilidade. 5.2 Automação industrial e robótica Ce-Borg: Entenda que a automação industrial e a robótica dependem dos sistemas de informação de manufatura que apoiam a função de produção/operações, na qual inclui todas as atividades relacionadas com planejamento e controle dos processos que produzem bens e serviços. Estes sistemas operacionais podem ser divididos nas seguintes categorias: Manufatura auxiliada por computador ou Computer Aided Manufacturing –CAM, ou manufatura auxiliada por computador contrapondo-se ao CAD: o CAM está no processo de produção. Enfatiza que o uso do computador na automação da fábrica deve ser para: • Simplificar (reprojetar) processos de produção, projetos de produtos e organização fabril como um fundamento essencial para a automação e a integração. 114 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO • Automatizar os processos produtivos e as funções organizacionais que os apoiam com computadores e robôs. • Integrar todos os processos produtivos e apoio utilizando computadores e redes de telecomunicações. Controle de processo: é o uso de computadores para controlar um processo físico em andamento que faz parte de um determinado projeto. O software de controle de processo utiliza modelos matemáticos para analisar o processo em curso e compará-lo aos padrões ou às previsões de resultados esperados. Controle de máquina, também conhecido por controle numérico direto (Direct Numerical Control – DNC): utiliza programas de computador para máquinas-ferramenta (CNC) para converter dados geométricos de projetos de engenharia e instruções de usinagem do planejamento de processo em comandos que controlam as máquinas. Esse sistema é aplicado para fazer a comunicação (enviar instruções/dados) entre um computador e uma ou mais máquinas CNC, garantindo maior produtividade, menor perda de dados, evitando perda de tempo por parte do operador para a digitação do programa ou outros dados. 5.2.1 Robótica Robótica é a área da tecnologia que cria máquinas (robôs) com inteligência e faculdades físicas semelhantes às humanas (inteligência artificial). A mecatrônica engloba a mecânica, a eletrônica e a computação que trata de sistemas compostos por máquinas e partes mecânicas automáticas e controladas por circuitos integrados, tornando sistemas mecânicos motorizados, controlados manualmente ou automaticamente por circuitos elétricos. A robótica tem possibilitado às empresas redução de custos com mão de obra e um significativo aumento na produção. O país que mais tem investido na robotização das atividades industriais é o Japão. Um exemplo disso, observa-se na Toyota. Computer-Aided Design – CAD ou engenharia com auxílio de computador: é o nome genérico de sistemas computacionais (software) utilizados pela engenharia, pela geologia, pela arquitetura e pelo design para facilitar o projeto e o desenho técnicos. No caso do design, este pode se ligar especificamente a todas as suas vertentes (produtos como vestuário, eletroeletrônicos, automobilísticos etc.), de modo que os jargões de cada especialidade são incorporados na interface de cada programa. Os projetistas utilizam estações de trabalho com capacidades gráficas e computacionais ampliadas para simular, analisar e avaliar modelos de projeto de produto em menos tempo e por um custo inferior ao da construção de protótipos reais. Estudo de Caso Numa empresa industrial, a área de vendas representa a maior interface do negócio com o mundo exterior. Muitas vezes, a informação do mundo exterior demora a chegar às demais áreas internas da empresa, porém, quando chega, deve seguir o fluxo da de Programação e Controle da Produção – PCP. A programação da produção deve ser feita de acordo com as necessidades atuais ou passadas – demandas históricas – do mercado. Vendas é a área que está em contato direto 115 Unidade III com o mercado e, por isso, é necessário que o pessoal do PCP esteja ciente de todas as tendências do mercado e do que está ocorrendo em vendas, em particular com os produtos da empresa. Uma vez feita a programação da produção numa determinada mercadoria, esta é enviada à área de produção na forma de uma instrução de fabricação. A gestão dos materiais é de extrema importância. As bases para essa gestão eletrônica se iniciaram com os sistemas do tipo Materiais Requirement Planning – MRP. Esses sistemas primordiais realizavam a explosão de um produto em seus componentes e depois gerenciavam os estoques e a necessidade destes componentes. O gerenciamento desse tipo é bastante complexo e, além disso, há necessidade de todo um planejamento financeiro. Nesse ponto, a empresa partiu para a utilização bem-sucedida do sistema Enterprise Resource Planning – ERP com uso na extranet. Por outro lado, internamente, na área de produção, existem esquemas de trabalho: os operários são divididos em turmas, as quais trabalham em turnos (manhã, tarde, noite e fins de semana), e esses são alocados em máquinas. Todo trabalho deve ser contabilizado para efeitos de pagamento de salários, além da contagem da produção que, após aprovada, é informada como material produzido. Esse material produzido deve ser informado para a área de controle de produção do PCP, para que informe a área de vendas sobre a evolução da produção. O material acabado segue para a área de estoque, embalagem, armazenagem e, finalmente, expedição ou despacho. Na área de despachos será emitida a nota fiscal, que deverá seguir junto com a mercadoria ao cliente. Atualmente, algumas empresas informam ao cliente o status do andamento da produção e da entrega do produto adquirido. Assim, é possível acompanhar pela internet o estágio da produção e a localização geográfica da mercadoria. Quando uma mercadoria é despachada por uma empresa de logística, recebe-se um número que permite rastrear a sua localização: Correios Sedex, UPS, Fedex etc. Sistemas de controle de processos: visam à aquisição de dados tanto de processos industriais, processos de logística como de processos administrativos ou comerciais. Outro objetivo é fazer o log de dados (ou armazenamento dos dados) coletados de processo. Também é monitorar (ou acompanhar) a evolução do processo por meio dos dados coletados e realizar o controle mediante respostas do sistema para os processos. Engenharia de controle e automação é a área dentro da engenharia voltada ao controle de processos industriais, utilizando-se, para isso, elementos sensores, elementos atuadores, sistemas de controle, sistemas de supervisão e aquisição de dados e outros métodos que utilizem os recursos da eletrônica, da mecânica e da informática. 116 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 5.3 Automação financeira e bancária Ce-Borg: É importante para entendermos os sistemas de informação financeira do tipo SPT que apoiam os gerentes financeiros em decisões relativas às operações financeiras de uma empresa e à alocação e controle desses recursos. As áreas-chave para os sistemas de informação financeira compreendem: Administração de títulos e valores: os sistemas de informação coletam e registram as informações sobre todos os recebimentos e desembolsos financeiros dentro de uma organização. Além disso, muitas empresas investem seu excedente de caixa no mercado de capitais no curto, médio e longo prazo, e estes portfólios podem ser controlados pelo software. Orçamento de capital: os sistemas de informação dão suporte ao processo de planejamento do orçamento de capital para ajudar a avaliar a rentabilidade e a influência financeira dos desembolsos de capital propostos. Previsão financeira: o sistema de informação financeira auxilia na previsão estatística, propiciando técnicas analíticas que resultem em previsões econômicas ou financeiras, levando em consideração o cenário das condições econômicas locais e nacionais, o comportamento do mercado consumidor, os níveis de preço e as taxas de juros. Planejamento financeiro: os sistemas de planejamento financeiro utilizam modelos de planejamento financeiro para avaliar o desempenho atual e projetado de uma empresa; permitem, inclusive, o desenvolvimento do fluxo de caixa projetado. Eles também ajudam a determinar as necessidades de capital de uma empresa e a analisar as opções de financiamento. 5.4 Automação – processo importação e exportação – Siscomex Ce-Borg: Siscomex – Sistema de Comercio Exterior: é um sistema responsável pela automação de todo o processo de exportação e importação. Um sistema que permitiu um enorme ganho em agilização, confiabilidade, rápido acesso a informações estatísticas e redução de custos, dentre outras vantagens, entre os participantes da atividade: • Importadores, exportadores, depositários e transportadores, por meio de seus empregados ou representantes legais. • O governo (a Receita Federal do Brasil – RFB, a Secretaria de Comércio Exterior – Secex, os órgãos anuentes e as Secretarias de Fazenda ou de Finanças dos Estados e do Distrito Federal, por meio de seus servidores). • As instituições financeiras autorizadas pela Secex a elaborar licença de importação por meio de seus empregados, e o Banco Central do Brasil e as instituições autorizadas a operar o cambio, mediante acesso aos dados transferidos para o Sistema de Informações do Banco Central – Sisbacen, por meio de seus servidores e empregados. 117 Unidade III Ce-Borg: Veja também que, por intermédio do Siscomex, o importador ou exportador pode fazer registro e acompanhamento das exportações, e receber mensagens e trocar informações com órgão responsáveis por autorizações e fiscalizações. Observação O Brasil é o único país do mundo a possuir um sistema de registro de importações e exportações totalmente informatizado. Para uma macrovisão do Siscomex, a figura a seguir demonstra as fases do ciclo operacional dos processos envolvidos na rotina de uma operação, desde o pedido à entrega no destino: Fases do ciclo operacional Pré embarque Nova proforma /pedido Em trânsito Data embarque Em desembaraço Data chegada Liberado Data nacionalização Processo líquidado Data no destino Figura 17 Devido à amplitude, à abrangência e à complexidade do processo de importação e exportação, a figura a seguir do fluxo processual demonstra cada evento do ciclo operacional e como é desdobrada por etapas, e o objetivo é visualizar cada etapa que é informatizada pelo Siscomex. Com a automação ocorre a maximização dos recursos e a diminuição dos erros decorrentes das diversas fases e documentos (como exemplo: guias de importação) que são automaticamente preenchidos e controlados, bem como a automação dos despachantes e a redução das falhas no processo. Ce-Borg: Para entender o sistema, apresentarei a seguir o fluxo do processo que é informatizado pelas etapas do mesmo. Fluxo processual – eventos por etapa: Etapa pré-embarque Instrução de embarque (3) Proforma (1) 118 Estudo logístico (2) Fechamento câmbio/carta de crédito (4) GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Etapa em trânsito Follow up de chegada (5) Recebimento de doctos/ fech. cambio (6) Revisão documental (7) Envio de documentos para despacho (8) Etapa em desembaraço Cálculo/ provisão de valores (9) Emissão nota fiscal (11) Registro de DI (10) Custo real/ notificação de liberação (12) Etapa liberado Chegada no destino (13) Recebimento dos documentos da lbiração(14) Fechamento do processo (15) Processo liquidado Figura 18 Ce-Borg: Com a automação do processo de importação e exportação, ocorre uma redução de tempo, redução dos custos e maior controle por parte dos envolvidos, diminuindo ou eliminando erros e pessoal envolvido no processo, e, para o governo, maior controle da balança comercial e consequentemente maior arrecadação de impostos. Saiba mais Para ampliar seus conhecimentos nas questões de sistemas aplicados a uma empresa e a automação em seus diversos níveis, assista ao filme Tempos Modernos: MODERN times. Dir. Charles Chaplin, 87 minutos, 1936. 5.5 Supply Chain Management – SCM ou gerenciamento da cadeia de suprimentos Este conceito sobre a cadeia de suprimentos pode ser entendida como uma forma de colaboração entre fornecedores, varejistas e consumidores para a criação de valor. O grande objetivo da SCM é a redução de estoques com a garantia de que não faltará nenhum produto quando for solicitado. O 119 Unidade III desenvolvimento de técnicas e ferramentas serve para melhorar a gestão da cadeia de fornecimento e essas contribuem para uma melhor estratégia e prática. Devem-se integrar práticas de administração e tecnologia de informação para aperfeiçoar o produto e os fluxos de informação entre os processos e parceiros empresariais dentro de uma cadeia de suprimentos. A gestão da cadeia de suprimentos é estratégica para muitas empresas que têm unidades espalhadas por várias cidades, estados e países. É essencial para aquelas que quiserem atender às exigências de valor de seus clientes de compras convencionais ou pelo e-commerce: o que o cliente quer, quando e onde quer, pelo menor preço possível. As relações entre empresas, necessárias para a fabricação e venda de um produto, compõem uma rede de relações de uma empresa, chamada de cadeia de suprimentos. Semelhante ao CRM, o SCM também é um conjunto de módulos interligados para a gestão da cadeia de suprimentos, que reestruturam e agilizam os processos tradicionais da cadeia de suprimentos. As demandas de e-commerce estão forçando os fabricantes a utilizarem suas intranets e extranets para obter ajuda na reestruturação de suas relações com fornecedores, distribuidores e varejistas. O objetivo é reduzir custos de forma significativa, aumentando a eficiência e melhorando os prazos dentro do ciclo da cadeia de suprimentos. O sistema de SCM também pode ajudar a melhorar a coordenação entre os agentes do processo da cadeia de suprimentos, tanto interna quanto externamente. O resultado é uma distribuição muito mais eficaz entre as redes e os canais de distribuição. Lembrete O foco principal de gerenciamento da cadeia de suprimentos visa alcançar agilidade e pronta reação no atendimento das demandas dos clientes de uma empresa ou empresas e parceiros de negócios. Os componentes de SCM são: • Planejamento de demanda (previsão). • Colaboração de demanda (processo de resolução colaborativa para determinar consensos de previsão). • Promessa de pedidos (quando alguém promete um produto para um cliente, levando em conta tempo de duração e restrições). • Otimização de rede estratégica (quais produtos as plantas e centros de distribuição devem servir ao mercado) – mensal ou anual. • Produção e planejamento de distribuição (coordenar os planos reais de produção e distribuição para todo o empreendimento) – diário. 120 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO • Calendário de produção – para uma locação única, criar um calendário de produção viável – minuto a minuto. • Planejamento de redução de custos e gerência de desempenho – diagnóstico do potencial e de indicadores, estratégia e planificação da organização, resolução de problemas em real time, avaliação e relatórios contábeis, avaliação e relatórios de qualidade. 6 COMPUTAÇÃO PESSOAL Ce-Borg: A computação pessoal deriva do uso dos computadores e, antes de estudarmos, que tal uma aula de história sobre computadores? Saiba mais Para encontrar antepassados pré-históricos da eletrônica e da tecnologia, acesse: <http://www.museudocomputador.com.br>. Aecsso em: 01 ago. 2011. Depois do advento do PC – Personal Computer – computador pessoal, no final dos anos 70, a evolução da capacidade de processamento e do volume de processamento vem aumentando em escala geométrica e, junto a isso, a miniaturização acompanha este desenvolvimento. Aliado a este fato, com a popularização da internet, sobretudo dos dispositivos sem fio – wireless – e das redes móveis 3G e 4G (ainda em teste), a portabilidade se tornou de mero luxo à necessidade básica de conexão e de computação pessoal com o uso dessas tecnologias e conexões para o desempenho das atividades profissionais, comunicação e entretenimento com o uso de notebooks, netbooks e hand hells – smartfones. Essa realidade leva o uso indiscriminado e algumas vezes exagerado dos dispositivos computacionais móveis, conduzindo o acesso à informação a qualquer lugar e horário, fazendo o ser humano despender mais horas e realizar atividades on-line e real time, seja processando informações eletronicamente, utilizando cada vez mais redes sociais e jogos on-line, todos mediante a internet. Se antes a utilização de computador estava restrita ao escritório, em uso comercial, depois dos anos 90, migrou para as residências com o advento dos microcomputadores e, nos anos 2000, a internet e os dispositivos móveis conectados à internet se expandiram. Nessa primeira década do século XXI, com os computadores de mão; notebook, netbooks e principalmente celulares utilizando redes sem fio com sistemas desenvolvidos para a internet e aplicações dos mais diversos tipos e modalidades de negócio, vide B2B, B2C, B2G e etc., a computação invade a 121 Unidade III nossa vida profissional e comercial, abrindo um novo leque de oportunidades e diversão indo até a mudança na forma de relacionamentos pessoais. Essa mudança não se manifesta somente na computação pessoal mas também afeta as relações comerciais e profissionais na forma de se comprar, vender, realizar pequenos negócios, na divulgação de oportunidades de negócios e empregos, na maneira de tratar as relações de consumo, nas relações sociais e todas com a mesma característica de velocidade e imediatismo. Observação O mundo real e o virtual estão cada vez mais interligados, até mesmo porque o virtual tenta expressar e mecanizar (informatizar) o mundo real mediante a revolução e a evolução da tecnologia da informação. Os dispositivos que propiciam essa nova maneira de se comunicar, trabalhar e divertir, acessar informações de maneira eletrônica, digital e rápida estão cada vez mais poderosos, com mais recursos e facilidades, com softwares mais inteligentes e fáceis de se utilizar e, principalmente, a preços mais acessíveis, como exemplo, os celulares com acesso a web e dos netbooks com acesso a redes sem fio e banda larga com tecnologia 3G e 4G. Essas novas tecnologias e usos desses dispositivos remetem a um novo paradigma em nossas vidas; com a informatização cada vez mais precoce de nossos filhos, os contatos cada vez mais rápidos e pela internet, as empresas mapeando o uso e o costume de seus clientes pela rede, e centralizando os seus serviços de maneira eletrônica, também contribuíram para o desenvolvimento da computação pessoal, pois garantir o acesso é a chave mestra para o sucesso dos negócios e concretização das ações no meio virtual, um exemplo disso é a altíssima taxa de automação dos bancos com serviços a clientes, e da automação dos serviços e informações dos governos federal, estadual e municipal. No âmbito educacional, essas mudanças também são expressivas e marcantes com o aumento da oferta de cursos a distância, cursos ministrados pela rede mundial (web) e o uso do computador auxiliando no aprendizado, levando a sala de aula a qualquer lugar e em qualquer horário, o que também contribui para o desenvolvimento das tecnologias, das pessoas e do aumento da qualidade de vida. Ce-Borg: Os dispositivos se tornaram familiares em relação ao uso cada vez mais intuitivos, facilitando as faixas etárias elevadas a serem consumidoras de tecnologia a menor custo. Identificamos também um círculo vicioso muito forte, pois de acordo com os fatores anteriormente comentados, principalmente o maior uso dessas tecnologias, tanto software como hardware, o incremento da necessidade e a criação por demanda antes não identificada e requerida, leva-nos a utilizar mais e mais equipamentos, maior tempo de conexão, uso de serviços on-line e a adquirir equipamentos cada vez mais portáteis (miniaturização), que devido a este aumento de demanda e produção (economia de escala) estão cada vez mais acessíveis, práticos e, sobretudo, mais baratos. 122 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Ce-Borg: Bem-vindos a essa nova realidade, tanto real como virtual. Espero que com esse passeio pela tipologia de sistemas e as áreas de aplicação, você entendeu que os mais diversos sistemas foram criados para ajudar o ser humano a administrar a empresa com eficiência e vantagem, buscando resultados e despendendo o menor custo para maximizar o investimento em TI. Saiba mais Para aprofundar os conceitos aqui trabalhados, temos os conceitos de sistemas: NANINI, U. J. V. O impacto dos sistemas de ERP na competitividade da empresa industrial de médio porte. Dissertação (Mestrado em Administração). Instituto de Ciências Sociais e Comunicação, Universidade Paulista, São Paulo, 2001. Resumo Nessa unidade, discorremos sobre a tipologia de sistemas, principalmente as aplicações de sistemas de informações nas organizações, e exemplificamos as áreas e processos automatizados pelo uso dos sistemas, demonstrando os mais diversos tipos existentes e as suas utilizações na informatização de rotina baseados nos processos inerentes a cada área de automação. Partimos da automação comercial, na qual a preocupação é a automação dos processos necessários à informatização de comércios como lojas, restaurantes, hotéis, enfim, estabelecimentos comerciais e as necessidades encontradas nas atividades do dia a dia de uma loja ou comércio, seja na compra e venda, bem como na prestação de serviços. Passamos à automação industrial e robótica que se preocupa com a informatização do chão de fábrica, com a implantação de equipamentos controlados eletronicamente como um torno CNC ou uma máquina automatizada por software e os robôs na linha de produção, e a integração destes por meio de redes e a comunicação com os sistemas integrados, que “conversam” com os robôs. Na automação financeira e bancária foi proposto o nível de automação encontrado no mercado financeiro como um todo, mais especificamente os bancos de varejo que são o exemplo maior. Com a automação dos processos de débito e crédito do dinheiro no mercado, as integrações com os softwares dos estabelecimentos comerciais, das operadoras de cartão 123 Unidade III de crédito e os sistemas do governo, tanto no controle dos bancos com o Sisbacen como o controle das operações no mercado em geral, com uma atenção breve às empresas do mercado financeiro. Já na automação do processo de importação e exportação comentamos o Siscomex, as etapas do processo que o sistema controla e informatiza, e as vantagens que esse sistema traz, sobretudo na agilização dos processos de mercado internacional, a automação da papelada exigida pela Receita Federal, os controles e exigências, bem como a integração das empresas e os agentes controladores, incluindo o governo. Por fim, a computação pessoal com os equipamentos (hardware, como smartphones, celulares, notebooks, netbooks, tablet, PCs etc.) e os programas (software) que nos proporcionam o aumento da produtividade no trabalho, o incremento da comunicação e o aumento vertiginoso da velocidade da informação na busca de atualização, bem como a utilização como entretenimento, a comunicação em grupos e o uso nas redes sociais, as oportunidades de comunicação gratuitas a preços muito baixos e a perseguição pela atualização constante da informação. 124