Ecologia Vegetal A análise física da geografia paulista, pode explicar alguns dos fatores que propiciaram a expansão do homem sobre essa parcela pequena (3,4% das terras brasileiras) e tão importante do Planalto Brasileiro. Do litoral para os compartimentos interiores do planalto, segue-se uma série de faixas de relevo e zonas de uso da terra, onde a natureza parece predominar ou, pelo menos, onde a atividade humana não foi capaz de criar paisagens agrárias de grande destaque. De um lado está a Serra do Mar com suas incríveis escarpas e sua exuberante mata tropical; mais além, observam-se morros desnudos, recobertos de pastos pobres e, por quase toda a parte, há sinais de uma agricultura itinerante, rotineira e depredativa, diminuindo o grau de rendimento econômico deste território. O relevo de São Paulo, na sua porção central e ocidental, resume a morfologia do chamado Planalto Meridional do Brasil e, na sua porção oriental, apresenta os mais característicos e variados quadros morfológicos dos maciços cristalinos do Planalto Atlântico Brasileiro. O relevo paulista se diferencia do relevo dos outros Estados sulinos em muitos aspectos e, a maior parte destes está relacionada à distribuição geográfica das estruturas e à maior variedade das formas de relevo cristalino de sua área de maciços antigos. Portanto, de acordo com as características anteriores, pode-se dizer que o território paulista está situado numa área de transição entre o relevo das regiões cristalinas (acidentados e altos, da porção sul-oriental do Planalto Brasileiro) e, entre as zonas mais suaves e homogêneas de relevos e estruturas peculiares ao Brasil Meridional. Na composição do edifício geológico de São Paulo, encontram-se terras inerentes à borda suloriental do Escuto Brasileiro e terrenos sedimentares basálticos da porção norte-oriental da Bacia do Paraná. No Paraná, os sedimentos devonianos se interpõem entre o embasamento cristalino e as formações carboníferas, enquanto que em São Paulo, esses sedimentos encontram-se diretamente sobre as formações antigas. Em São Paulo como no Paraná, os rios provenientes das zonas cristalinas orientais seguem para a região Oeste, a partir do lado continental da Serra do Mar, cruzando epigênicamente as estruturas inclinadas desse quadranto da Bacia do Paraná. O litoral norte de São Paulo é dominado por costas altas e jovens, enquanto que no litoral sul as planícies litorâneas apresentam maior largura e maiores porções de terrenos firmes (discretamente ondulados). A partir da região de São Paulo, é possível observar dois domínios de paisagens morfológicas. Considerando a região oriental do Estado, a partir da bacia sedimentar do Alto Tietê, observa-se o domínio das regiões cristalinas e dos vales encaixados em morros. Na direção ocidental, além dos topos da Serra do Mar, os quadros de relevo e os domínios fisiográficos modificam-se totalmente. Para o interior, o relevo decai suavemente, enquanto a região costeira é marcada por paredões de perfís longitudinais. Excentuando-se os grandes desníveis das escarpas e os contrafortes da Serra do Mar e Mantiqueira, o relevo do interior do Estado de São Paulo é caracterizado por formas suaves. Os maciços antigos paulistas ocupam aproximadamente ¼ do território encontrando-se em pleno estágio de maturidade. Os ¾ restantes referem-se às colinas tobulares suavizadas e vastas extensões de baixos chapadões arenítico-basálticos. Com a aproximação do rio Paraná, os vastos chapadões areníticos do oeste paulista perdem gradualmente sua movimentação, transformando-se em colinas suaves e chapadões rasos. Um conjunto de irregularidades tectônicas, surgidas após a sedimentação da série Bauru, determinou o levantamento e fragmentação das antigas estruturas do sudeste do Planalto Atlântico brasileiro, estas, responsáveis pela quebra das linhas de continuidade da superfície de erosão dos altos campos e das cristas médias, respondendo pela formação dos planaltos em bloco, fossas e escarpas de falhas que carcterizam o relevo do Brasil tropical atlântico. A vasta planície fluvio-lacustre foi soerguida, acompanhando o levantamento geral que afetou os maciços antigos do Brasil Sudeste. Ao se processar o levantamento do conjunto, uma hidrografia pós-cretácea superimposta e marcadamente centrípeta estabeleceu-se acima das formações areníticas mesozóicas. Rios consequentes extendidos se sobrepuseram ao dorso da bacia em sobreelevação, obedecendo à inclinação periclinal das estruturas regionais e ao comando de um curso consequente-mestre estabelecido no eixo principal da bacia (rio Paraná). O fato da maior parte da grande bacia sedimentar sulina possuir entremeamentos de lavas e lacolitos associados às formações sedimentares, facilitou extraordinariamente o processo de circundesnudação das áreas perif’éricas não possuidoras do arcabouço de rochas eruptivas básicas triássicas. Devido às singularidades do levantamento pós-cretáceo, grandes cursos consequentes paralelos entalharam epigênicamente o pacote sedimentário. Os afluentes subsequentes paralelos entalharam epigênicamente o pacote sedimentário. Os afluentes subsequentes desmudaram a periferia da bacia sedimentar, exatamente na zona de transição, onde as diversas formações do sistema Santa Catarina eram menos espessas e não protegidas pelo edifício basáltico. O clima regional, durante a fase de entalhamento cenozóico, deve ter sido muitas vezes mais úmido do que o imperante no cretáceo. As “cuestas” do interior paulista tomam muitas vezes o aspecto de vastas e maciças chapadas de flancos suavizados, possuindo o seu front itálico abrupto de 250-300 metros de desnível voltado para o Oriente, enquanto seu reverso itálico em patamares escalonados descaem para o Ocidente até alcançar o nível médio dos extensos chapadões areníticos do Oeste Paulista. A geologia da superfície e o quadro de solos no Estado de São Paulo O engenheiro calculou a área de exposição dos diversos terrenos geológicos expostos em São Paulo, atingindo um resultado de 61.480 km2 das terras paulistas são compostas de exposições de rochas cristalinas e cristalofilianas pré cambrianas ou, pelo menos, seguramente, pré-devonianas, enquanto 185.759 km2 correspondem a áreas de exposição de terrenos sedimentares e basálticos da Bacia do Paraná, acrescidos de pequenas bacias sedimentares pleocênicas e de depósitos holocênicos e planícies aluviais e baixada litorânea. Uma introdução ao estudo dos climas de São Paulo A fachada atlântica do território brasileiro possui seu vértice mais pronunciado voltado frontalmente para o oceano à altura das atitudes subequatoriais, cria condições “sui-generis” para captar a umidade geral varrida da superfície do Atlântico. Daí possuirmos duas gigantescas áreas de climas quentes e úmidos: a amazônica e a atlântica oriental – ambas dotadas de fortes precipitações médias e paisagens botânicas florestais extraordinariamente ricas. Apenas um trecho relativamente pequeno do país situado no Nordeste Oriental e no extremo norte do Brasil Leste, ficou mal servido pelas precipitações, irregularmente servido pelas chuvas subequatoriais. O Brasil se apresenta como um caso especial de área tropical e subtropical, extensivamente úmida, dotada de elevados índices médios de precipitações. Estas considerações têm importância para a compreensão das características climáticas do território paulista, já que não fosse a invejável quota de precipitações advindas dos avanços sucessivos das massas de ar, poderíamos ter, a latitude de São Paulo e Mato Grosso, uma espécie de Saara sul-americano. No planalto Atlântico, as temperaturas médias do território paulista possuem uma diversificação bastante grande, baseada sobretudo em questões topográficas. Os índices pluviométricos exibidos pelo Estado de São Paulo variam, desde quotas excepcionalmente altas como aquelas apresentadas pelas encostas da Serra do Mar (2.000 a 4.500 mm anuais) até índices moderados como aqueles que são conhecidos em certos trechos da Depressão Periférica ( 1.000 1.100 mm anuais). No Litoral Sul do Estado, como em trechos limitados do Litoral Norte e do extremo noroeste do Estado as precipitações giram entre 1.500 e 1.900 mm anuais. Por sua vez a quase totalidade do Planalto Atlântico, assim como o noroeste do Estado e ilhotas do Centro-oeste e Oeste-noroeste, recebem quotas de precipitações compreendidas entre 1.500 e 1.900 mm. Os climas quentes de Inverno relativamente seco e temperaturas elevadas, até mesmo para os mêses menos quentes correspondentes ao tipo Cwa itálico de Köppen recobrem uma área superior a 100.000 km 2 do território paulista. Cwa itálico constitui o ambiente climático peculiar à porções centrais e setentrionais da Depressão Periférica paulista, assim como do Noroeste, Centro, Oeste e extremo Oeste do Estado. A modalidade Cwb de Köppen – espécie de clima temperado quente com Inverno relativamente seco e temperatura média dos meses mais quentes inferior a 22o - possui uma área de extensão bem mais restrita e descontínua no território paulista. O tipo climático Cfa, da classificação da Köppen, que é um clima temperado quente úmido, sem estiagem, com temperatura média do mês mais quente inferior a 22o , e Cfb, modalidade paulista de clima temperado sem estiagem, com temperatura de Verão inferior a 22 o . A distribuição dos tipos climáticos tropicais no Estado de São Paulo nos apresenta um quadro bastante sugestivo: enquanto os climas tropicais constantemente úmidos (Af), se restringem a uma faixa limitada do litoral paulista, os climas tropicais de Verão úmido e Inverno seco (Aw) têm sua área de domínio numa larga zona do extremo noroeste e norte do Estado. Sob o ponto de vista das associações de atividades econômicas, poderia ser lembrado que Af é o clima típico da banana no Estado de São Paulo, enquanto Aw é um tipo climático que favoreceu a criação de pastagens tropicais, muito embora tenha comportado algumas lavouras tropicais relacionadas com “ilhas” de solos excepcionalmente bons, como acontece com os canaviais de Igarapava e alguns cafezais e algodoais da Alta Araraquarense. Entretanto é Cwa que coincide com a área das grandes manchas de terras-roxas e com os arenitos mais férteis do Estado, onde se desenvolveram as principais lavouras sub-tropicais paulistas, em cuja história agrária o café teve importância ímpar. Nesse sentido, a modalidade Cwa do clima paulista poderia ser considerado como o clima do café no Estado de São Paulo. O domínio da Mata Atlântica O território paulista constitui a área por onde a cobertura vegetal da Mata Atlântica penetrou mais fundo ao longo de toda a fachada atlântica do Planalto Brasileiro. Em São Paulo, as condições climáticas tropicais úmidas extensivas e dado o mosaico dos solos, onde, à medida que se penetra para o interior, maiores e melhores são as manchas de solos bons, mais funda e homogênea foi a penetração da floresta atlântica. Assim, a onda florestal, após atenuar-se na Depressão Periférica centro-oriental do Estado, extravasou pelo Planalto Ociental até alcançar a área das matas marginais do rio Paraná, exceção feita das manchas de “cerrados” e de algumas “ilhotas” de “cerrados”. Os campos “cerrados” que aparecem em faixas maiores da Depressão Periférica paulista, como em “ilhotas” no Planalto Ocidental e nas colinas pliocênicas do médio vale superior do Paraíba parecem ser a mais velha relíquia de vegetação do Brasil Sudeste. As florestas orientais se expandiram para o ocidente, conquistando enormes áreas nos rebordos do Planalto Atlântico e penetrando fundo pelos compartimentos do interior do planalto, onde as condições de solos permitiram seu enraizamento. O predomínio das florestas no conjunto do território paulista criou contrastes grandes entre a terra paulista e os territórios interiores dos Estados vizinhos. Exceção feita no Norte do Paraná, que fisiograficamente é também mais paulista do que paranaense. São Paulo restou circundada, por províncias geobotânicas diferentes por quase todos os seus confins interiores: “cerrados” do Oeste de Minas, “cerradões e cerrados” do Sul de Mato Grosso, capões de araucária e hervais do Noroeste e Oeste do Paraná. Em São Paulo, o povoamento e a utilização da terra acompanharam onduladas e suaves plataformas interfluviais; no Triângulo Mineiro eles se limitaram às encostas dos vales que possuíam florestas galerias mais largas; em Mato Grosso, dada a exiguidade das matas ciliares e extensividade dos solos arenosos e porosos, enormes áreas ficaram a escapo da presença do homem. O grande dilema paulista foi sempre o de conquistar espaços às florestas e cerradões para encontrar campos de cultivo e áreas de pastagens. Entretanto, cumpre lembrar, que não se poderia construir tanto em tão pouco tempo, sem o sacrifício de enormes extensões das matas tropicais primárias da região. Bases físicas da riqueza paulista São Paulo é o ponto de encontro das mais variadas correntes humanas do país e do exterior. Há toda uma série de tipos humanos que procuram são Paulo numa aventura pessoal que pode ter os mais inesperados desfechos, indo da mendicância ou do trabalho braçal até as alturas de um exagerado capitalismo. Queremos nos referir apenas às riquezas estampadas nas paisagens e na produtividade da terra, ou seja, uma riqueza sobretudo baseada na prodigalidade de ambientes geográficos propícios. Desse tipo de riqueza é possível falar-se sem receios de ferir melindres ou estampar arrogâncias. Devido à predominância dos climas quentes e úmidos as rochas foram profunda e extensiva e profundamente decompostas, desde a fachada atlântica do território até os seus confins mais distantes. Quer nos parecer que a primeira riqueza paulista fundamentou-se na própria largura da faixa de matas atlânticas e consequentemente de solos florestais, à altura de nosso território. Tais matas criaram nos planaltos subtropicais do Estado as maiores e mais extensas manchas de solos florestais úteis do país. Entre os solos de mata do Estado de São Paulo figuravam alguns dos tipos genéricos mais ricos de solos conhecidos sob o ambiente dos trópicos. Outra das grandes riquezas paulistas, ainda fundamentalmente ligada à dominância dos climas quentes e úmidos de planaltos, foi a rede hidrográfica do Estado. Em quase todos os recantos do território paulista, devido a uma feliz combinação de fatos climáticos, morfológicos e estruturais, é possível construir barragens e captar energia hidráulica. Considerando-se o relevo paulista, em seus traços essenciais, forçoso se torna reconhecer mais uma vez, que, em face das ligações entre litoral e planalto, ele só ocasionou dificuldades ao homem, em todas as épocas. Entretanto, os suaves e ondulados terrenos dos patamares internos do planalto paulista, facilitaram sobremaneira a penetração do povoamento e a extensão das rotas terrestres. Por seu turno, as alongadas plataformas interfluviais “de clima são e solo fértil”, criaram um tipo “paulista” de sistema de penetração e ocupação de solos, ao qual muito deve a economia geral do Estado. Metodologia Microclima Testes de Transpiração A – Papel de cobalto Observou-se a transpiração pela folha, em suas duas superfícies, através da alteração da coloração do papel de cobalto. Para esse teste foram utilizados tiras pequenas de papel de cobalto, duas lâminas de vidro e dois pregadores de roupa. Foi escolhida, aleatoriamente, uma planta de folha pouco pilosa e colocada uma tira de papel de cobalto em cada uma das suas superfícies (inferior e superior), presa pelas lâminas de vidro, formando um tipo de “sanduiche” com a folha dentro e presas em cada uma de suas extremidades por um pregador. Os íons de cobalto tem a propriedade de alterar a cor quando recebem a umidade da folha. Quando desidratado, o Cocl2 é de coloração azul; quando hidratado, é de coloração rósea. Assim, foi anotado o tempo em que o papel alterou totalmente sua cor. B – Saco Plástico Foi utilizado um saco plástico transparente envolvendo um ramo da mesma espécie escolhida aleatoriamente, e esse saco foi fechado na base por um barbante. O experimento foi montado logo na chegada ao local e foi retirado na saída do local, recolhendo o saco com a água recolhida da transpiração da folha para ser medido por meio de uma seringa de injeção. Foi anotado o período em que o saco permaneceu na planta. C - Teste de Xilol O teste foi realizado com xilol por ser um líquido com característica mais fluída e por penetrar em estômatos mesmo com pequenas aberturas. Foram descartados outros líquidos como vaselina e álccol por serem muito viscosos e só penetrarem em estômatos muito abertos. Foi escolhida a mesma planta com folhas não muito pilosas e pingado algumas gotas de xilol de 30 em 30 minutos, em ambas as epidermes e observado a alteração na cor da folha e a quantidade de pontos escuros que surgiam nas diversas horas da manhã, se referindo ao grau de abertura dos estômatos conforme o dia ia esquentando. C – Teste do Quadrado Para o preparo deste teste, inicialmente demarcou-se, com o auxílio de estacas e barbantes, uma área de 50m x 50m. Em seguida esta área foi subdividida em 25 quadrados, com 10m x 10m cada um, também utilizando-se barbantes e estacas. Esses quadrados, chamados parcelas, foram numerados de 1 a 25. Após a demarcação o grupo realizou as seguintes análises dentro de cada quadrado: - O número de indivíduos foi contado e em seguida o perímetro de cada um deles foi medido com o auxílio de uma fita métrica, a altura de 1,50 m. Aqueles que possuíam perímetro inferior a 16 cm. foram desprezados. - Feito isso, foi medida com uma trena a distância de cada indivíduo em relação ao eixo X e Y do respectivo quadrado, como mostrado a seguir. GRÁFICO - Então mediram-se as copas das árvores da seguinte maneira: Observava-se do centro da árvores o raio maior e menor da copa. Então uma fita métrica era estendida do centro da árvore até os respectivos raios. O tamanho total da copa é a somação desses dois raios. - Mediu-se a altura de cada árvore da seguinte forma: Um integrante do grupo foi tomado como medida padrão. Esse integrante se encostava no tronco da árvore e os outros integrantes contavam quantas vezes aquele integrante cabia na altura da árvores. - Por último, com o auxílio do professor Eduardo, foram identificados os espécies em nível de gêneros ou espécies. Perfil Demarcou-se uma área 50m x 10m dentro da mata e desenhou-se o perfil florístico, com proporção dos dados obtidos no teste do quadrado. Fator d’agua Foram coletadas 3 folhas com os peciolos. Delas então desenhado e recortado o molde de cada uma. Tanto as folhas como os moldes foram pesados. Em seguida foi recortado um molde de papel de 10 cm x 10 cm, que também foi pesado. Com os dados obtidos, consegui-se através de uma regra de 3, obter-se o peso de cada folha. Então as folhas foram colocadas penduradas por um arame, com os peciolos voltados para baixo. As folhas foram numeradas. Em seguida colocou-se água até que esta tocasse os peciolos, como mostra a figura. GRÁFICO Após uma semana as folhas foram retiradas e pesadas. Em seguida elas foram colocadas em estufa. Respiração do solo No início da expedição Parque Anhangüera, foram separados dois frascos contendo água de barita [Ba(OH)2]. A um destes frascos, foi colocada uma pequena amostra de solo envolta numa gase tomando o cuidado de este não entrar em contato com o líquido. O segundo frasco foi utilizado como controle. Ambos os frascos foram tampados e deixados à sombra, e analisados no final da manhã. Coleta do solo Após a escolha de uma região no Parque Anhangüera, foi coletada a camada de solo superficial que também continha matéria orgânica, e uma camada a 20 cm. de profundidade. As amostras tinham aproximadamente 250 gramas de solo. Na faculdade foi calculada a capacidade de campo através de uma precipitação ou irrigação e subsequente perido de drenagem. O volume do solo foi pesado ( P 1 ) e depois seco na estufa a 105o C, durante uma semana. Após a secagem o solo foi novamente pesado ( P 2 ). GRÁFICO Para medir a capacidade de campo, foi usado um copo plástico com orifício de drenagem, revestido com papel de filtro seco: com o auxílio de uma espátula a amostra de solo que possuia o volume conhecido de uma placa da Petri. O sistema supra citado foi coberto com 12 ml. de água; ficou em repouso, coberta por papel alumínio, por volta de 50 horas. Após esse tempo o volume de água drenado foi medido. Para obter o P 1 o solo drenado foi pesado com o copinho e, em seguida passado para uma placa de Petri, e seco em estufa a 105oC, durante uma semana. Obtivemos o P2 pesando este solo seco. Desta maneira obtivemos os dados para o cálculo da capacidade de campo. Para determinar a umidade do solo, foi colhida uma segunda amostra, usando uma “micro placa de Petri”. Determinou-se o peso P1 do conjunto que foi posto a secar em estufa a 105 o C. Após uma semana retirou-se da estufa, deixou-se esfriar no dissecador e este conjunto foi pesado novamente ( P 2 ). Determinouse também o peso da “micro” placa de Petri limpa ( P 3 ). A porcentagem de água do solo foi calculada em função do peso seco. GRAFICO GRAFICO O volume do solo é o esmo volume da placa de Petri. GRAFICO Para determinar a matéria orgânica do solo, foram pesadas 5 gramas de solo seco e colocadas em um cadinho de porcelana e submetidas à ignição numa mufla a 600 o C, durante 30 a 40 minutos ( a mufla demora aproximadamente 3 horas para atingir essa temperatura de 600 o C). Pesou-se esta amostra sendo que a diferença de peso multiplicada por 20 correspondeu à perda de peso seco – matéria orgânica por ignição. Os três experimentos foram realizados, tanto com a amostra de solo de superfície, quanto da amostra de solo colhida a 20 cm. de profundidade. Resultados 1. Descrição da mata A – Estrato Arlóreo / Extrato herbáceo. A estratificação da mata em estudo era composto pelo extrato herbáceo e o estrato arlóreo. No estrato arlóreo, foram observados as seguintes espécies: - açoita cavalo; Cordia; Tapeá; Esclerobium; Maytenus; Pau – Jacaré; Machaerium Piptadenia - Paineira. Além de outras espécies não identificadas. As árvores apresentavam copas formando um dossel aberto permitindo a passagem dos raios solares. Elas (as copas) eram densas e espaçadas, mas ocasionalmente algumas não sobrepunham a outras. As folhas não eram muito grandes, e, em algumas espécies podiam ser encontradas folhas compostas. As árvores possuiam alturas variadas, sendo a menor encontrada medindo 6m e a maior 20 m. aproximadamente. Os troncos apresentavam poucas ramificações sendo estas mais concentradas na parte superior das copas. Em relação ao estrato herbáreo, a espécie predominante encontrada é a Impatiens balsaminc, embora houvesse outras espécies que não foram identificadas. Testes de transpiração A – Saco plástico O saco plástico ficou envolvido na planta durante um período de aproximadamente 3 horas. Após esse período o saco plástico foi retirado, e notou-se que havia no lado interno apenas duas gotas de água. Mostrando que o índice de transpiração da folha foi muito baixo. B – Papel de Cobalto Os dados obtidos durante o experimento do papel de cobalto estão relacionados na tabela abaixo: GRÁFICO C – Teste de Xilol Os resultados observados no teste de Xilol podem ser observados no gráfico abaixo: GRAFICO Dados do microclima GRAFICO Os dados obtidos durante a observação dos instrumentos do microclima estão descritos na tabela acima. Respiração do solo Foi observado que o frasco que continha água de barita e solo, ao final da manhã tornou-se turvo. Fator água – Resultados Superfície da folha Folha 1 0,7543 100 cm2 0,041 x cm2 x 5,4 cm2 Folha 2 0,7543 100 cm2 0,041 x cm2 x 5,4 cm2 Folha 3 0,7543 100 cm2 0,041 x cm2 x 5,4 cm2 Folha 1 2 3 Peso fresco Peso saturado (média) Peso seco (estufa) 0,04 g 0,085 g 0,03 g 0,08 g 0,115 g 0,04 g 0,10 g 0,115 g 0,03 g Cálculos a) Conteúdo atual de água na folha Folha 1 0,04 – 0,03 = 0,01 g Folha 2 0,08 – 0,04 = 0,04 g Folha 3 0,10 – 0,03 = 0,07 g b) Conteúdo máximo de água Folha 1 0,085 – 0,03 = 0,055 g Folha 2 0,115 – 0,04 = 0,075 g Folha 3 0,115 – 0,03 = 0,085 g c) Déficit de saturação Folha 1 100 x 0,055 – 0,04 = 27,27% 0,055 Folha 2 100 x 0,075 – 0,08 = 6,67% 0,075 Folha 3 100 x 0,085 – 0,10 = 17,65% 0,085 d) Grau de suculência Folha 1 0,055 / 5,4 = 0,010 g / cm2 Folha 2 0,075 / 5,4 = 0,014 g / cm2 Folha 3 0,085 / 5,4 = 0,016 g / cm2 e) Grau de desenvolvimento da superfície Folha 1 5,4 0,03 = 180 cm2 / g Folha 2 5,4 0,04 = 135 cm2 / g Folha 3 5,4 0,03 = 180 cm2 / g f) Caráter esclerófilo Folha 1 0,03 / 5,4 = 0,005 g / cm2 Folha 2 0,04 / 5,4 = 0,007 g / cm2 Folha 3 0,03 / 5,4 = 0,005 g / cm2 Coleta do solo Para calcular a capacidade de campo, se obteve o peso do solo (P 1) a 20 cm de profundidade e da superfície e depois se obteve o peso do solo seco (P 2) da superfície e a 20 cm de profundidade. Solo a 20 cm de profundidade: Capacidade de = P1 - P2 x 100 campo % vol.solo P1 = 29,63 g P2 = 17,30 g Vol. do solo= 25,5 cm3 Capacidade de = 29,3 – 17,30 x 100 = 48,35% campo % 25,5 Solo da superfície P1 = 26,50 g P2 = 9,04 g Vol. solo = 25,5 cm3 Capacidade de = 26,50 – 9,04 x 100 = 68,47% campo % 25,5 Para determinar a umidade do solo precisamos determinar o peso do solo (P 1) na superfície e a 20 cm de profundidade. Precisa-se também obter o peso seco (P2) na superfície e a 20 cm de profundidade. Solo da superfície P1 = 30,4 g P2 = 24,8 g Quantidade de = P1 e P2 água no solo Quantidade de = 30,4 – 24,8 = 5,6 g água no solo Solo a 20 cm de profundidade Quantidade de = P1 – P2 água no solo Quantidade de = 48,2 – 41,4 = 6,8 g água no solo A placa de Petri limpa (P3) pesa 23,7 g. Para determinar o peso seco do solo precisamos do peso seco (P 2) e o peso da placa de Petri (P3). Peso seco do solo = P2 – P3 Na superfície do solo A 20 cm profundidade P2 = 24,8 g P 2 = 41,4 g P3 = 23,7 g P3 = 23,7 g Peso seco do solo = P2 – P3 = 1,1 Peso seco do solo = 17,7 O volume do solo é o mesmo da placa de Petri: ( na superfície) U = P1 – P2 x 100 v P.S. = P 1 – P2 x 100 P2 - P3 U = 30,4 – 24,8 x 100 25,5 P.S. = 30,4 – 24,8 x 100 24,8 – 23,7 U = 21,96 P.S. = 509 (20 cm de profundidade) U = P1 – P2 x 100 V U = 30,4 – 41,4 x 100 25,5 P.S. = P1 – P2 x 100 P 2 – P3 P.S. = 30,4 – 41,4 x 100 41,4 – 23,7 U = 43,14 P.S. = - 62,15 Determinação da matéria orgânica do solo Cadinho da superfície = 3,84 g Cadinho da 20 cm = 4,02 g Superfície 1,16 x 20 = 23,20% matéria orgânica 20 cm 0,98 x 20 = 19,60% matéria orgânica.