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ANAIS
ISBN: 978-85-83-89-035-5
Feira de Santana, Bahia
2014
DIRETORIA:
JODILTON OLIVEIRA SOUZA
Presidente
MARIANA SANTANA OLIVEIRA SOUZA
Vice Presidente
CÉLIA CHRISTINA SILVA CARVALHO
Diretora Acadêmica
MICHELLE TEIXEIRA OLIVEIRA
Coordenadora do Curso de Enfermagem da Faculdade Nobre
COMISSÃO ORGANIZADORA
COORDENAÇÃO GERAL
 Profª. Ms. Michelle Teixeira Oliveira
 Prof. Esp. Anderson Reis de Sousa
COORDENAÇÃO CIENTIFÍCA/ BANCA EXAMINADORA
 Prof. Ana Margarete da Silva
 Profª Gilmara Sampaio
 Profª Michelle Teixeira Oliveira
 Prof. Anderson Reis de Sousa
C327
II Seminário de Ensino Pesquisa e Extensão em Enfermagem da Faculdade Nobre
de Feira de Santana, Bahia, Brasil. / Anderson Reis Sousa; Michelle Teixeira Oliveira.
Organizadores. Feira de Santana: Curso de Graduação em Enfermagem da
Faculdade Nobre de Feira de Santana, 2014.
160f.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
1. Saúde Coletiva 2. Cuidados de Enfermagem. Formação em Enfermagem.
Educação em Saúde. I. Título: II Seminário de Ensino Pesquisa e Extensão
em Enfermagem da Faculdade Nobre de Feira de Santana, Bahia, Brasil.
CDU: 614-055.1
Convidadas (os) Especiais
Alcione Assunção Correira Lima
Pós-graduanda em Saúde Pública (2010), IBPEX, Graduação em Enfermagem pela
Faculdade de Tecnologia e Ciências de Feira de Santana (2008). Atuou como Secretária
Municipal de Saúde do Município de Santa Bárbara (BA), Referência Técnica na Saúde
do Idoso no município de Feira de Santana e Referência Técnica em Dengue no mesmo
município.Atualmente desenpenha suas atividades principais como policial militar no
Colégio da Polícia Militar Diva Portela e desenvolve a doscência na Faculdade Nobre na
disciplina Énfermagem na Saúde do Adulto e do Idoso. Tem experiência de 14 anos de
serviço público e atuação nos principais temas: Enfermagem, Saúde Pública e Saúde do
Idoso relacionandos a linha de pesquisa Políticas Públicas do Grupo de Estudo e
Pesquisas em Economia Popular e Solidária em Desenvolvimento Local (GEPOSDEL),
na UEFS.
Anderson Reis de Sousa
Enfermeiro pela Faculdade Nobre de Feira de Santana Bahia. Mestrando em Enfermagem
pela Universidade Federal da Bahia, Especialista em Enfermagem em Centro Cirúrgico e
Central de Material de Esterilização pela Faculdade Integrada; Atenção as Urgências e
Emergências pelo IBPEX; Especialista em Enfermagem do Trabalho pelo Instituto
Brasileiro; Pós-Graduando em Gestão Pública de Gênero e Raça pelo NEIM-UFBA;
Membro da Associação Brasileira de Enfermagem - Regional Feira de Santana ( Conselho
Fiscal); Membro do Núcleo Integrado de Saúde Coletiva -UEFS; Professor Colaborador
da Liga Acadêmica do Trauma e Emergência da Faculdade Nobre; Professor Colaborador
do Projeto de Extensão em Saúde do Homem da Faculdade Nobre. Membro do GECEN
BA - Grupo de Estudos Sobre o Cuidar em Enfermagem, atuando na Linha de Pesquisa
sobre Membro do Grupo de Pesquisa Violência, Saúde e Qualidade de Vida (VIDA) da
Escola de Enfermagem da UFBA. Atua na linha de pesquisa em Cuidar Cuidado de
Enfermagem no processo de desenvolvimento humano, Enfermagem em Saúde Coletiva,
com direcionamentos para Enfermagem na Atenção à Saúde do Adulto, Trabalhador e
Enfermagem do Trabalho; Urgências e Traumas; Enfermagem Médico-Cirúrgica;
Urologia, Nefrologia e Transplantes; Gênero e Saúde; Masculinidades; Saúde do
Homem; Violência e Saúde e Enfermagem Forense.
Cleuma Sueli Santos Suto
Bacharel em Enfermagem Obstética pela Universidade Estadual de Feira de Santana
(1991). Especialista em Saúde Pública (2001) e Enfermagem Obstétrica (2003) pela
Universidade Estadual de Feira de Santana. Atualmente é Professora Auxiliar da UNEB
na qual desenvolve atividades de Pesquisa, Ensino e Extensão e Tutoria Presencial da
Universidade Aberta do Brasil no Curso de Epecialização em Gestão em Saúde, e também
Enfermeira - Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, 16ª DIRES. Tem experiência na
área de Saúde Coletiva, com ênfase em Vigilância Epidemiológica, atuando
principalmente nos seguintes temas: gestão, enfermagem, imunização e educação sexual.
Daniela Medeiros Lopes
Enfermeira. Mestra em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia. Graduação em
Enfermagem pela Faculdade de Tecnologia e Ciências; Especialista em Saúde Coletiva;
Docente da Faculdade Pitágoras de Feira de Santana.
Juliana de Oliveira Freitas Miranda
Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual de Feira de Santana
(2000). Especialização em Enfermagem Neonatal pela Escola de Enfermagem da
Universidade Federal da Bahia (2002). Mestrado em Enfermagem pela Escola de
Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (2005). Doutoranda em Enfermagem pela
Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia. Professora Assistente da
Universidade Estadual de Feira de Santana. Tem experiência na área da Enfermagem
Neonatal e Pediátrica.
Maíza Sandra Ribeiro Macedo Silva
Enfermeira com graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual de
Feira de Santana (1991), Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Feira
de Santana (2009), Especialista em Programa de Saúde da Família, pela Universidade
Estadual de Feira de Santana, Especialista em Administração Hospitalar pela
Universidade de Ribeirão Preto. Atualmente é Coordenadora da Pós Graduação de
Urgência e Emergência e professora da Faculdade Anísio Teixeira, professora da
Faculdade de Tecnologia e Ciências, professora da Faculdade Nobre, Enfermeira
assistencial da Universidade Federal da Bahia/Centro Pediátrico Pof. Hosannah de
Oliveira e Coordenação Geral do Serviço Atendimento Móvel Urgência (SAMU 192) em
Feira de Santana - Bahia. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em
Emergência, Regulação Ambulatorial, Regulação de Urgência, Gestão em Saúde e
Avaliação dos Serviços de Saúde. Atua principalmente nos seguintes temas: regulação,
gestão de serviços públicos, Urgência e Emergência
Silvia da Silva Santos Passos
Graduada em Enfermagem pela Universidade Estadual de Feira de Santana (1984),
Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica pela Escola de enfermagem da
Universidade Federal da Bahia (EEUFBA - 1986); Mestre em Enfermagem pela
EEUFBA (2007). Doutoranda em Enfermagem pela EEUFBA (2012.1). Atualmente
Docente Assistente da Universidade Estadual de Feira de Santana - Ba do componente
curricular Enfermagem na Atenção à Saúde do Adulto e Idoso II. Pesquisadora do
GECEN (Grupo de Estudos sobre o Cuidar em Enfermagem) e do NUDES (Núcleo de
Estudos sobre Desigualdades em Saúde.
Silvone Santa Bárbara
Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual de Feira de Santana
(1984), mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia (2006), doutorado
em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia (2010) com estágio sanduich na
Université Laval Québec Canadá. Atualmente é professora da Universidade Estadual de
Feira de Santana. Coordenadora do PET redes da UEFS. Diretora do Departamento de
Saúde da Universidade Estadual de Feira de Santana -UEFS. Coordenadora da disciplina
Avaliação dos Serviços de Saúde do mestrado profissional em Enfermagem. Tem
experiência técnica nas áreas de gestão, avaliação e planejamento do SUS. É membro do
grupo de pesquisa NUDES/UEFS e do grupo de pesquisa GERIR/EEUFBA. Desenvolve
pesquisas nos seguintes temas: gestão em saúde, avaliação em saúde, políticas de saúde
e trabalho em saúde e em enfermagem.
Valdenice Queiróz Costa Rodrigues
Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual de Feira de
Santana (1983). Professora da Faculdade de Anísio Teixeira e Faculdade de Tecnologia
e Ciências e enfermeira da Prefeitura Municipal de Feira de Santana. Tem experiência na
área de Enfermagem, com ênfase em Saúde coletiva, atuando principalmente na
Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde, Saúde da Família e Docência, ministrando
as disciplinas Saúde Coletiva I, II e Estágio Supervisionado I. Foi preceptora do Programa
de Educação pelo Trabalho para a Saúde-PET-SAÚDE, no período de 2009 à 2011.
Michelle Teixeira Oliveira
Mestre em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas pela Universidade Federal da
Bahia - UFBA (2010). Pós-graduada em Saúde Pública pela Faculdade Nobre - FAN
(2010). Possui Graduação em Enfermagem pela Faculdade de Tecnologia e Ciências FTC (2008) e Licenciatura em Educação Física pela Universidade Estadual de Feira de
Santana - UEFS (2003). Atualmente faz parte do Núcleo de Pesquisa, Prática Integrada e
Investigação Multidisciplinar -NUPPIIM/UEFS. Funcionária da Secretaria Municipal de
Saúde de Feira de Santana, atuando como Supervisora das Policlínicas, CADH e UPA,
promovendo a mediação entre as práticas desenvolvidas nos serviços de saúde e os
conhecimentos construídos na área de Saúde Coletiva. Atuou com funcionária da
Secretaria Municipal de Santa Bárbara - Coordenadora da Vigilância Sanitária.
Professora do Curso de Enfermagem da Faculdade Nobre (FAN) de Feira de Santana Ba. Sócia da Sociedade Brasileira de Anatomia(SBA). Membro Efetivo da Associação
Brasileira de Enfermagem (ABEn - Regional Feira).
Produções Científicas
E- PÔSTER – Apresentações dia 01 de Outubro de 2014
ISBN: 978-85-83-89-035-5
REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO: IMPLICAÇÕES PARA O CUIDADO
DE ENFERMAGEM
Emanuela Brito Sousa, Fabiane Maria da Silva Queiroz, Laís Maria Carvalho Mota e
Deise Freitas Casaes.
INTRODUÇÃO: A revascularização do miocárdio (RM) tem como objetivo de reestabelecer
o suprimento sanguíneo adequado ao miocárdio por meio da abordagem das artérias
coronariana, permite que o sangue seja transportado para o território isquêmico através de
enxertos como artéria mamária, artéria gastroepiplóica, enxerto arterial e artéria radial, artéria
torácica interna. OBJETIVOS: Realizar levantamento da literatura que aborda sobre
Revascularização do miocárdio e as implicações para o cuidado de enfermagem.
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA: Foi realizado levantamento bibliográfico de artigos
cientifico na língua portuguesa e inglesa, com abordagem qualitativa sobre os cuidados de
enfermagem no paciente pós-RM, encontrados cinco artigos no período 2006 a 2014 que
contemplam as atribuições do objetivo proposto, publicações indexadas nas bases de dados
INDEX, UFG E SCIELO. RESULTADOS: Os cincos artigos científicos identificados
versam acerca da importância da assistência de enfermagem prestada na revascularização do
miocárdio no que concerne aos cuidados realizados no pós- operatório. CONCLUSÃO:
Observou- se que o enfermeiro tem papel fundamental no processo de pós-operatório, com
finalidade de proporcionar melhor qualidade de vida e minimizar as possíveis complicações
durante a reabilitação cardíaca no âmbito intra-hospitalar. CONTRIBUIÇÕES PARA
ENFERMAGEM: Proporcionar uma assistência segura e livre de danos ao paciente
submetido à cirurgia cardíaca.
DESCRITORES: Cuidados de enfermagem; Revascularização do miocárdio; Pósoperatório.
EIXO TEMATICO Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em
todas as fases da vida.
REFERÊNCIAS
1. CARVALHO, A.R.S; MATSUDA, L.M; CARVALHO, M.S.S. Complicações no pósoperatório de revascularização miocárdica. Ciência, Cuidado e Saúde Maringá, v. 5, n. 1,
p. 50-59, jan./abr. 2006 Disponível em: file:///C:/Users/laboratorio/Downloads/5111-152371-PB%20(1).pdf. Acessado em: 12/08/2014.
2. DANTAS, R.A.S; AGUILLAR, O. S. Problemas na recuperação de pacientes
submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio: o acompanhamento pelo
enfermeiro durante o primeiro mês após a alta hospitalar. Rev Latino-am Enfermagem
2001 novembro-dezembro; 9(6):31-6 Disponível em: www.eerp.usp.br/rlaen. Acesso em:
17/08/2014.
3. FERNANDES, Michelle Villas Boas; ALITI, Graziella; SOUZA, Emiliane N.. Perfil de
pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica: implicações para o
cuidado de enfermagem. Revista Eletrônica de enfermagem, vol. 11, nº. 4, pag. 993-999,
ano 2009. Disponível em:
http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n4/pdf/v11n4a25.pdf?origin=publication_detail. Acesso
em: 18/08/2014.
4. LANA LD; CAMPONOGARA Silviamar, BOTOLLI Claudiane, et al. Profile of
patients undergoing cardiac rehabilitation: implications for nursing. Journal of
Rescarch Fundamental Care Online, 6,(1): 344-356. Jan-Mar 2014. Disponível em:
http://www.index-f.com/pesquisa/2014pdf/e6-344.pdf. Acesso em: 18/08/2014.
5. MARTINS, Deise Simeão; MARQUES, Benedito Isaac Rosa. Revascularização
miocárdica e implicações para a assistência de enfermagem. Rev Enferm UNISA
2009;10(1):83-9.Disponível em:
http://www.unisa.br/graduacao/biologicas/enfer/revista/arquivos/2009-1-17.pdf Acesso em:
17/08/2014.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM NO CUIDADO AO PACIENTE DE PÓS
OPERATÓRIO DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO
Anna Kamilla Ramos de Oliveiro, Karla Nancy Oliveira Machado, Luana Barreto Leal
de Albuquerque e Deise Freitas Casaes.
INTRODUÇÃO: A revascularização do Miocárdio (RM) é um procedimento cirúrgico
de grande porte realizado no coração, mais especificamente nas artérias coronárias. Por
ser um procedimento complexo é de extrema importância a atuação da equipe de
enfermagem que deve estar atenta aos cuidados necessários durante o perioperatório para
obter um prognostico. OBJETIVO: descrever os cuidados de enfermagem no pós de
RM. MÉTODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa de revisão bibliográfica de
abordagem quantitativa e objetivo exploratório. RESULTADOS e DISCUSSÃO: É de
extrema importância a atuação qualificada da enfermagem, ao paciente em pós de RM,
no intuito de prevenir possíveis complicações. CONCLUSÃO: É fundamental a
assistência da enfermagem embasado em conhecimentos científicos, garantindo uma
assistência eficaz, prevenindo possíveis complicações. CONTRIBUIÇÕES PARA
ENFERMAGEM: Conhecer os cuidados necessários ao paciente em pós de RM garante
à equipe de enfermagem a prestação de uma assistência mais segura e qualificada.
Descritores: “Revascularização Miocárdica”, “Período Pós-Operatório”, “Cuidados de
Enfermagem”.
Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida.
REFERÊNCIAS:
1. Pêgo PM, Guimarães F, Gaiotto FA. Estado atual da cirurgia de revascularização do
miocárdio. Rev Med 2008; 87(2): 92-8.
2. Smeltzer SC, Bare BG. Brunner e Suddarth: Tratado de enfermagem medicocirurgica. 10.ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005.
3. Maia MA, Sade PMC. Cuidado de Enfermagem no Pós Operatório Imediato de
Revascularização do Miocárdio. TCC. Rev. Facul. Evang Paraná 2012; 3(2):18-31
4. Duarte SCM; Stipp MAC; Mesquita MGR; Silva MM .O cuidado de enfermagem
no pós-operatório de cirurgia cardíaca: um estudo de caso. Esc. Anna Nery.
vol.16. nª4 .Rio de Janeiro. Oct./Dec. 2012.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
ESTRESSE DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO DE
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Grazielle de Abreu Pereira Leite, Pablo Carneiro de Oliveira Costa, Sebastião Edimilson
INTRODUÇÃO: Enfermeiro emergencista é o profissional habilitado para atuar no
campo da urgência e emergência. Estes profissionais trabalham em regime de plantões
cansativos, geradores de estresse e em condições materiais distantes do desejável.
OBJETIVO: Conhecer os mecanismos estressores do enfermeiro que atende nos
serviços de urgência e emergência, bem como compreender a importância da diminuição
desses fatores para um maior impacto na qualidade de assistência prestada ao paciente e
qualidade de vida deste profissional. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa do
tipo bibliográfica, descritiva sistemática, de abordagem qualitativa, e aporte teórico em
livros e artigos científicos, disponiveis nas bases de dados Scielo, Medline e BVS.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O enfermeiro diante das suas atividades distintas
solicitadas por esse ambiente de trabalho, é o principal profissional acometido pelo
estresse. Frequentemente, depara-se com uma grande demanda, sendo obrigados muitas
vezes escolher sobre quem receberá os cuidados. O relacionamento interpessoal com a
população também é um potencial estressor, visto que envolve distintas variáveis de
indivíduo e grupo, resultando em um desgaste físico e emocional do enfermeiro.
CONCLUSÃO: O estresse tem presença marcante na atuação do enfermeiro. A
enfermagem é uma profissão que sofre grande impacto do stress, advindo do cuidado
constante com pessoas doentes e situações imprevisíveis, principalmente na unidade de
emergência, revelando-se assim a importância de mais estudos afim de sanar os
problemas de estresse que cercam os profissionais enfermeiros. envolve distintas
variáveis de indivíduo e grupo, resultando em um desgaste físico e emocional do
enfermeiro.
Palavras-Chave: Enfermagem. Enfermeiro. Estresse. Urgência e Emergência. Qualidade
da Assistência.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida.
REFERÊNCIAS
Batista KM. Stress do enfermeiro de unidade de emergência. [Dissertação]. São Paulo:
Escola de Enfermagem/USP; 2005.
Bianchi ERF. Stress entre enfermeiros hospitalares. [Livre docência]. São Paulo (SP):
Escola de Enfermagem/USP; 1999.
CALIL, AM. Qualidade em Serviços de Emergência. O Enfermeiro e Situações de
Emergência. São Paulo: Atheneu; 2007.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
HIV/AIDS EM IDOSOS: UM ALERTA À POPULAÇÃO
Camilla de Souza Lopes, Marina Rodrigues Dourado Bastos e Nívia Maria da Silva
Nunes e Alcione Assunção Correia Lima
INTRODUÇÃO: O envelhecimento da população brasileira tem sido uma realidade
desde os anos 60, quando ocorreram mudanças em indicadores de saúde como as taxas
de fecundidade que diminuíram significativamente, queda na mortalidade que resultou no
aumento da expectativa de vida modificando a estrutura da pirâmide populacional.¹ O
aumento populacional de idosos traz o desafio de olhar para a sociedade de outra maneira,
tendo em vista suas novas necessidades, como aumento da atividade sexual. Essa
mudança na expectativa de vida resultará na necessidade de criação de novas políticas de
saúde voltadas ao idoso, para que possa abranger a novas demandas desse público.
MATERIAL E MÉTODOS: Surgiu a necessidade de abordar o tema durante o estágio
de Enfermagem onde foi possível o contato com os idosos em um Centro de Convivência
para Pessoa Idosa, bem como numa Instituição de Longa Permanência para idosos (ILPI)
da cidade. Trata-se de um estudo descritivo, com análise qualitativa, do tipo Revisão de
Literatura. RESULTADO E DISCUSSÃO: O tema DST’s e HIV tem grande relevância
também para população idosa para que a mesma possa saber que esta suscetível ao
contagio e que deve prevenir-se contra as DST’s, especificamente ao HIV/AIDS. A
transmissão ocorre por contato sexual, contaminação mãe-filho ou seringas contaminadas
de usuários de drogas. A AIDS destaca-se entre as doenças infecciosas que mais crescem
pela magnitude e extensão dos danos causados as populações.² CONCLUSÃO: Esse
estudo é importante para a sociedade no geral justifica-se por informá-la e alertá-la de
que os idosos tem uma vida sexual ativa e as doenças que os acometem não são somente
aquelas relacionadas ao envelhecimento. Tendo em vista que o aumento da expectativa
de vida traz com ela especificidades como o contagio do HIV/AIDS, por isso a
necessidade de prevenção nessa faixa etária.
Descritores: Idoso. HIV. Envelhecimento.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida.
REFERÊNCIAS:
1- BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Brasília : Ministério da
Saúde, 2006.
2- Brito, M, A. CASTILHO, A, E. SZWARCWALD,L, C. AIDS e Infecção pelo HIV
no Brasil: uma epidemia multifacetada. Revista da Sociedade Brasileira de
Medicina Tropical 34(2): 207-217, mar-abr, 2000.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE À MORTE ENCEFÁLICA E A
MANUTENÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTE
Kamila da Silva Almeida, Taize Carneiro Matos, Leila Sueme de Brito Gonçalves,
Emanuelle Toledo Lopes Nogueira, José Wanderlito Braga Nascimento e Michelle
Teixeira Oliveira.
INTRODUÇÃO: Define-se que a morte encefálica (ME) é o estado de parada total e irreversível
do encéfalo, mas que mantém, temporária e artificialmente, a função cardiorrespiratória. A partir
do diagnóstico, então, deverá ser realizado a manutenção prolongada deste corpo, através de
medidas que possibilitam a preservação de órgãos e tecidos para doação. A atuação do enfermeiro
é determinante desde a manutenção do potencial doador, onde é imprescindível que este
profissional possua conhecimento e domínio de todas as situações que podem acontecer em
decorrência da ME, até os momentos após a manutenção destes órgãos e tecidos e enfim, captação
dos mesmos. OBJETIVO: Discutir sobre a importância da equipe de enfermagem diante o
processo de morte encefálica e doação de órgãos. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa
do tipo bibliográfica, descritiva, com uma abordagem qualitativa. Na abordagem bibliográfica a
pesquisa foi desenvolvida a partir de materiais como: artigos científicos e livros. Disponíveis nas
bases de dados Scielo, Medline, utilizando os descritores: doação de órgãos; morte encefálica;
atuação de enfermagem na morte encefálica. Foram encontrados 7 artigos e a amostra compõe-se
de 5 que atenderam aos critérios de inclusão: artigos dos últimos 10 anos e legislação vigente.
RESULTADOS E DISCUSSÕES: A pesquisa evidenciou a importância de estar atualizado e
conhecer bem o assunto. Saber identificar um paciente em morte encefálica, após identificação
os procedimentos adotados a fim da manutenção deste potencial doador de órgãos e por fim, o
destino destes órgãos. CONCLUSÃO: Percebemos a importância do enfermeiro nesse processo
de reconhecimento de ME e doação de órgãos. A assistência de qualidade a este paciente,
potencial doador, a fim de manter os órgãos e tecidos é fundamental. Prezando pela humanização
com o paciente e a família.
Descritores: Morte encefálica, Doação de órgãos, Enfermagem na doação de órgãos.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n°9.434, de 4 de fevereiro de 1997. Legislação brasileira sobre doação de órgãos
humanos, Poder Executivo, Brasília, DF.
BRÊTAS, José; OLIVEIRA, José; YAMAGUTI, Lie. Reflexões de estudantes de enfermagem
sobre morte e o morrer. s/1. P 477 – 483. 2006.
FERREIRA, Marilaine. et al. Conhecimentos dos acadêmicos de enfermagem acerca da morte
encefálica. 2013. 17f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Enfermagem) –
Faculdade de Enfermagem, Faculdade Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, BA. 2013.
FREIRE, Izaura. et al. Morte encefálica e cuidados na manutenção do potencial doador de órgãos
e tecidos para transplante. P 903 – 912. 2012.
GUETTI, Nancy; MARQUES, Rosa. Assistência de enfermagem ao potencial doador de
órgãos em morte encefálica. 2007. 7f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em
Enfermagem) – Faculdade de Enfermagem, Universidade de Santo Amaro, São Paulo, SP. 2007.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: REFLEXÕES
ACADÊMICAS SOBRE A PRÁTICA DA ENFERMEIRA
Sheila Passos Mota Coutinho, Rosa Maria Santos de Medeiros e Anderson Reis de Sousa.
INTRODUÇÃO: O Acolhimento com Classificação de Risco (ACR) proposta pela Política
Nacional de Humanização, visando ampliar o acesso, reduzir as filas, tempo de espera e
resolubilidade no atendimento. OBJETIVO: Relatar a vivência sobre o acolhimento com
classificação de risco em um serviço público de saúde e a prática da enfermeira (o) frente a esse
processo. MÉTODOS: Trata-se de um relato de vivenciada acadêmica, realizado através das
práticas desenvolvidas em um estágio da disciplina de urgência e emergência no Curso de
Enfermagem da Faculdade Nobre de Feira de Santana, no primeiro semestre de 2014.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ao vivenciar as aulas práticas num campo de emergência do
estágio da disciplina de Saúde do Adulto e do Idoso II, houve uma inquietação quanto ao
acolhimento prestado aos usuários e ao correlacionar com a PNH foi percebido a grande
dificuldade encontrada para execução da mesma. Daí o surgiu o questionamento de como a
enfermagem pode estar atuando para promover a melhoria da qualidade desse atendimento. Antes
de tudo é ideal que o enfermeiro tenha um bom conhecimento clinico para que saiba encaminhar
os usuários corretamente, seguindo os protocolos estabelecidos e priorizando o atendimento dos
casos graves, diminuindo o risco de morte e aumentando a expectativa de vida. Evidenciamos
também que apesar das propostas de mudanças do modelo de atenção da saúde, que pregam a
integralidade e a humanização da assistência, hoje se torna um grande desafio desenvolver uma
assistência de qualidade com a falta desses recursos, fragilizando o ACR. CONCLUSÃO: Este
relato possibilitou compreender que o acolhimento com classificação de risco é uma importante
ferramenta, porem que ainda existem muitas falhas a serem corrigidas.
Descritores: Enfermagem. Serviços de Saúde de Emergência. Atendimento de Emergência.
Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases
da vida
REFERÊNCIAS
GARLET ER, LIMA MADS, SANTOS JLG, MARQUES GQ. Organização do trabalho de
uma equipe de saúde no atendimento ao usuário em situações de urgência e emergência.
Texto Contexto Enferm]. 2009
MARQUES GQ, LIMA MADS. Organização tecnológica do trabalho em um pronto
atendimento e a autonomia do trabalhador de enfermagem. Rev Esc Enferm USP.
2008;42(1):41-7.
Ministério da Saúde. Humaniza SUS: acolhimento com avaliação e classificação de risco: um
paradigma ético-estético no fazer em saúde. Brasília (Brasil): Ministério da Saúde; 2004.
Ministério da Saúde. Portaria GM/MS n.º 2048, de 5 de novembro de 2002. Brasília (Brasil):
Ministério da Saúde; 2002.
SOUZA RB, SILVA MJP, NORI A. Pronto-Socorro: uma visão sobre a interação entre
profissionais de enfermagem e paciente. Rev Gaucha Enferm. 2007;28(2):242-9.
SOUZA RS, BASTOS MAR. Acolhimento com classificação de risco: o processo vivenciado
por profissional enfermeiro. Reme: Rev. Min. Enferm. 2008;12(4):581-6.
VALENTIM MRS, SANTOS MLSC. Políticas de saúde em emergência e a enfermagem. Rev.
enferm. 2009
ISBN: 978-85-83-89-035-5
O PERFIL DO ENFERMEIRO EM UNIDADES HEMODINÂMICAS
Marcela Silva dos Santos Guimarães, Marília de Cerqueira São Bernardo Resende,
Thaline Barreto Lôbo Ferreira e Deise Freitas Casaes.
INTRODUÇÃO: A Unidade de Hemodinâmica (UHD) é uma área de alta complexidade,
que realiza procedimentos invasivos. Assim, é necessário a atuação do enfermeiro
habilidoso, capacitado e capaz de tomar decisões. OBJETIVO: Abordar a importância
do enfermeiro na UHD. MÉTODOLOGIA: Realizada uma pesquisa de revisão
bibliográfica, de abordagem quantitativa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O
enfermeiro hemodinamicista além de gerenciar a unidade atua na realização de atividades
específicas em cardiologia, prezando a saúde do paciente. CONCLUSÃO: A UHD
possibilita o profissional desenvolver diversas funções, além da busca contínua de
conhecimento oferecendo assim uma assistência eficaz. CONTRIBUIÇÕES PARA
ENFERMAGEM: Compreender a importância da qualificação do profissional
enfermeiro para assumir uma UHD de forma eficaz e segura.
Descritores: Perfil do enfermeiro. Unidades Hemodinâmicas. Gerência. Assistência.
Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida.
REFERÊNCIAS
1. ALITI, G. SEHNEM, E.F. Perfil do enfermeiro da Unidade de
Hemodinâmica: Habilidades e Competências. Fundação Universitária de
Cardiologia. RS, 2009.
2. LINCHL, G.F.C., GUIDO, L.A., PITTHAN, L.O.; UMANN, J. Unidades de
Hemodinâmica: a produção do conhecimento. Revista Gaúcha de
Enfermagem. 30 (4). Porto Alegre, 2009.
3. VIEIRA, et al. Dificuldades e Necessidades da Equipe de Enfermagem em
Serviços de Hemodinâmica e Angiografia. Arq Ciênc Saúde. 16 (1): 21-25.
São Paulo, 2009.
4. LOPES, M.A.C.Q. Manual de Orientação para Serviços de Hemodinâmica e
Cardiologia Intervencionista. Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e
Cardiologia (SBHCI). São Paulo, 2012.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
A IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DA SAE NO CUIDADO DE
ENFERMAGEM
José Wanderlito Braga Nascimento, Taize Carneiro Matos, Leila Sueme de Brito
Gonçalves, Emanuelle Toledo Lopes Nogueira, Kamila da Silva Almeida e Michelle
Teixeira Oliveira.
INTRODUÇÃO: A aplicação de uma assistência de enfermagem sistematizada é a única
possibilidade de o enfermeiro atingir sua autonomia profissional e constitui a essência de sua
prática profissional. Desde 1986, o planejamento da assistência é uma imposição legal com a lei
do Exercício Profissional nº 7.498, art.11. O enfermeiro não deve ter uma característica submissa,
deixando o modelo biomédico de lado valorizando e colocando em pratica a sua autonomia, nos
cuidados prestados ao paciente. Reforçando a importância e necessidade de se planejar a
assistência de enfermagem, a Resolução COFEN nº 272/2002, art. 2º afirma que: "A
implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem SAE deve ocorrer em toda
instituição da saúde, pública e privada”². Tornando o cuidado de Enfermagem não somente
técnico, mas também cientifico. OBJETIVO: Realizar um levantamento da produção científica
sobre a utilização da Sistematização da Assistência de Enfermagem nos cuidados prestados ao
paciente e sua importância para o mesmo. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa do tipo
revisão de literatura, realizada nas bases de dados Revista Brasileira de Enfermagem, livro e
SCIELO, por meio de descritores relacionada ao tema, foram encontrados 5 artigos e a amostra
compõe-se de 3 que atenderam aos critérios de inclusão: artigos escritos nos últimos 5 anos.
RESULTADOS E DISCUSSÕES: Os artigos apontam que a SAE proporciona ao Enfermeiro
um melhor resultado nos cuidados prestado ao cliente sendo ele individualizado centrado para
cada necessidade humana. E que a assistência sistematizada e otimizada, proporciona visibilidade
e garantem a continuidade do cuidado de forma integrada e qualificada³. CONCLUSÃO: A
utilização do SAE o profissional de Enfermagem é capaz de realizar um cuidado humanizado. A
sistematização proporciona uma maior autonomia para o Enfermeiro, respaldo seguro através do
registro que garante a continuidade do cuidado prestado ao indivíduo.
Descritores: Sistematização da Assistência de Enfermagem. Cuidado individual ao paciente.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida.
REFERÊNCIAS
CONFE. Conselho Federal de Enfermagem (Brasil). Resolução n° 7.498. Artigo 11. 2010.
TANNURE, M. C., GONÇALVES, A. M. P. Sistematização da Assistência de Enfermagem.
Guia Prático. 2010.
WESTPHALEN, M. E., CARRARO, T. E. Metodologia para Assistência de Enfermagem,
Teriorização, Modelos e Subsídios para a prática. Goiânia. 2011.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
ONCOLOGIA PEDIÁTRICA: DESAFIOS DO ENFERMEIRO NO PROCESSO
DO CUIDAR
Bianca Pedreira Seabra e Priscilla Pedreira Vinhas.
INTRODUÇÃO: O processo do cuidar de uma criança oncológica pelo profissional de
enfermagem inicia-se desde o diagnóstico até o prognóstico, é nesse âmbito que deve-se
prestar uma assistência de qualidade, promovendo um cuidado centrado na criança em
situação de viver/morrer, uma comunicação favorável com a família, atendendo suas
necessidades emocionais e as do paciente, compreendendo o processo de crescimento e
desenvolvimento normal, para que seja competente na assistência à criança com câncer.²
OBJETIVO: Descrever os impactos físicos e sociais do câncer infantil, mostrando a
importância da assistência de enfermagem durante todo o processo do cuidar, do
diagnóstico ao prognóstico, analisando os desafios enfrentados pelo profissional diante
dessa patologia. METODOLOGIA: É um estudo descritivo explicativo, confeccionado
a partir de revisões bibliográficas em fonte como Scielo e PubMed,, foram realizadas
análises buscando esclarecer e analisar o câncer infantil e o papel do enfermeiro nesse
processo, obtendo uma fundamentação teórica que proporcionasse um maior
entendimento a respeito do assunto. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Assistir um
paciente oncológico infantil demanda muita responsabilidade, é necessária uma visão
holística que englobe aspectos sociais e psicológicos do processo da doença,
proporcionando conforto e qualidade de vida à criança e à família. CONCLUSÃO: O
profissional deve estar preparado psicologicamente e fisicamente para atuar nesse
processo, embasado teoricamente, bem orientado para tentar amenizar o sofrimento
preparando procedimentos e adotando medidas para alívio da dor e desconforto sempre
incluindo a família no processo do cuidar.¹
Descritores: Oncologia pediátrica. Enfermagem. Desafios.
Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida
REFERÊNCIA
AVANC, Barbara Soares; GÓES, Fernanda Garcia Bezerra. CUIDADOS
PALIATIVOS À CRIANÇA ONCOLÓGICA NA SITUAÇÃO DO
VIVER/MORRER:: A ÓTICA DO CUIDAR EM ENFERMAGEM. 2009. Disponível
em: <http://www.scielo.br/pdf/ean/v13n4/v13n4a04>. Acesso em: 22 set. 2014.
FRANÇOSO, Luciana Pagano Castilho. REFLEXÕES SOBRE O PREPARO DO
ENFERMEIRO NA ÁREA DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA. 1996. Disponível
em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v4n3/v4n3a04.pdf>. Acesso em: 21 set. 2014.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
CARDIOONCOLOGIA- ÁREA EM ASCENSÃO NA SAÚDE
Bruna Gesteira Pimenta, Françoise Magalhães Campos e Tâmara Silva Melo.
As doenças cardiovasculares estão sendo substituídas gradativamente por doenças
neoplásicas, como as de maior prevalência em todo o cenário mundial. As taxas de câncer,
de acordo com os relatórios publicados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), irão
duplicar até o ano de 2020¹. Foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando a I Diretriz
Brasileira de Cardio-Oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia, com o objetivo
de realizar uma atualização sobre essa nova área médica que foi criada e vem sendo
aprimorada nos últimos anos justamente para atender essa crescente demanda. O paciente
que utiliza da quimioterapia como uma das formas de tratamento está exposto a adquirir
alguma cardiomorbidade devido à cardiotoxicidade causado pelo uso de
quimioterápicos². O principal objetivo da união entre a Cardiologia e Oncologia é de
detectar a patologia precocemente, aumentando assim a sobrevida do paciente além de
incentivar as pesquisar na área³. A enfermagem também deve acompanhar essa
atualização, sendo necessário o aprimoramento das técnicas dos cuidados de enfermagem,
traçando métodos de cuidados a esse grupo em especifico de pacientes; deve-se atentar
ao surgimento de sintomas como edema, dispnéia, dor torácica e palpitações ou a detecção
em exames diagnósticos de piora da função ventricular que devem sugerir a presença de
doença cardíaca nestes pacientes. Com base no exposto, foi possível concluir que é fato
que as doenças oncológicas estão em ascensão e as conseqüências do tratamento podem
causar em indivíduos cardiotoxicidade e para que os pacientes possam ser tratados antes
da cardiomorbidade instalada, os profissionais em saúde precisam estar
atualizados/preparados para prestar uma assistência não só humanizada, mas também de
qualidade, com embasamento cientifico necessário para atender o paciente como um todo.
Descritores: Enfermagem. Cardio-oncologia. Cardiotoxicidade.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em
todas as fases da vida.
REFERÊNCIAS
¹ROSA, Leonardo Vieira da et al. Epidemiologia das doenças cardiovasculares e
neoplasias: quando vai ocorrer o cruzamento das curvas? Revista da Sociedade de
Cardiologia do Estado de São Paulo. São Paulo, out.-dez. 2009, 19(4): 526-534.
²FILHO, Roberto Kalil et all. I Diretriz Brasileira de Cardio-Oncologia da Sociedade
Brasileira de Cardiologia. Disponível em: I Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiooncologia, da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Brasil, 2011. Acesso em 17 de
setembro de 2014.
³BRASIL. Ministério da Saúde. Tratar o câncer e preservar o coração. Disponível em:
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/c7e6c3004eb6931788799af11fae00ee/rc19_
integra.pdf?MOD=AJPERESS. Acesso em: 17 de setembro de 2014.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
ESTÁGIO EXTRACURRICULAR DE ENFERMAGEM: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Bruna Gesteira Pimenta, Françoise Magalhães Campos e Tâmara Silva Melo.
O estágio extracurricular é uma forma de intercâmbio entre a instituição de ensino e a
empresa, gerando oportunidades para aplicação dos conhecimentos acadêmicos,
aprimorando-os e qualificando-os para o exercício profissional. Nas unidades de pronto
atendimento pediátrico existem atividades inerentes aos enfermeiros que muitas vezes
não são prioridades na formação acadêmica do profissional, deixando-o despreparado
para assumir tal assistência que necessita de um complexo conjunto de ações simultâneas
e sincronizadas. Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência de bolsistas de
enfermagem na realização do estágio extracurricular durante a graduação. Trata-se de um
relato de experiência realizado com base nos registros diários das atividades exercidas
pelas bolsistas durante o período de maio a outubro de 2012, em uma unidade de prontoatendimento pediátrico do interior da Bahia. Sob supervisão dos enfermeiros da unidade,
observou-se desde o atendimento inicial com a realização do acolhimento com
classificação de risco, até as atividades gerenciais e administrativas exercidas pela
enfermeira da unidade. Foram elaborados Procedimentos Operacionais Padrão (POP),
estudos gráficos e epidemiológicos dos casos de notificação de doenças compulsórias,
participação das atividades da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH),
participações em palestras e treinamentos de equipe, realização de procedimentos
assistenciais diretos ao paciente como coleta de exames, venóclise, administração de
medicações, aspiração de vias aéreas, curativos, orientação e acompanhamento aos pais.
O estágio extracurricular proporciona uma vivência profissional diferenciada das
experiências da vida acadêmica. A partir da vivência no estágio extracurricular foi
possÍvel vivenciar práticas e rotinas inerentes a um enfermeiro de unidade de pronto
atendimento pediátrico as quais, muitas vezes são pouco aprofundadas nos estágios
curriculares acadêmicos. Assim foi possível perceber o papel fundamental da enfermeira
numa unidade de saúde, em suas atuações gerenciais, assistenciais e cientificas.
Descritores: Estágio. Estudantes de Enfermagem. Cuidados de Enfermagem.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no Ensino,
Pesquisa e Extensão.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
O ENFERMEIRO NO ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO:
RELATO DE ATUAÇÃO EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO
PEDIÁTRICO
Bruna Gesteira Pimenta, Françoise Magalhães Campos eTâmara Silva Melo.
A política de acolhimento com classificação de risco nos serviços de urgência e
emergência é uma ferramenta criada pelo Ministério da Saúde para organizar o fluxo de
usuários no serviço, garantindo o atendimento resolutivo com equidade, eficácia e
humanização aos clientes, reorganizando a porta de entrada dos serviços de urgência. O
estudo tem o objetivo de descrever as ações do enfermeiro na classificação de risco em
uma unidade de pronto atendimento pediátrico. Trata-se de um relato de experiência
obtido através de entrevista descritiva com a coordenadora e bolsistas de enfermagem que
atuam na implantação e implementação do acolhimento com classificação de risco em
uma unidade de pronto atendimento pediátrico privado do interior da Bahia. O enfermeiro
realiza a classificação, exame físico e anamnese dos pacientes por ordem de chegada e
direcionará, de acordo com a classificação de risco recebida, para sala de espera, onde
será reavaliado até obter atendimento médico; leito de observação onde poderá ser
monitorizado e ser avaliado constantemente pela equipe; sala de procedimentos, para ser
iniciada alguma intervenção emergencial; ou isolamento quando detectado risco potencial
para saúde daqueles que estão na unidade instruindo-os sobre a rotina da unidade. É
utilizado um Protocolo Operacional Padrão (POP) que norteia e organiza a forma de
avaliação, sendo de grande importância na garantia de uniformização da atuação dos
diversos profissionais que realizam a classificação. Na unidade de pronto atendimento
pediático a atuação do enfermeiro no acolhimento com classificação de risco mostra-se
de suma importância já que é responsável, não só pela organização do serviço, mas
também pela diminuição dos índices de mortalidade infantil por permitir adequada
conduta imediata, diminuindo o tempo de espera, complicações e agravos à saúde.
Descritores: Cuidados de Enfermagem.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em
todas as fases da vida
ISBN: 978-85-83-89-035-5
RELATO DE CASO: SEPSE EM PACIENTE ONCOLÓGICO SEM
POSSIBILIDADE TERAPÊUTICA DE CURA E OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM
Bruna Gesteira Pimenta, Françoise Magalhães Campos e Tâmara Silva Melo.
Sepse é considerada doença grave com alta mortalidade, principalmente em pacientes
idosos e oncológicos². Este relato de caso tem por principal objetivo acurar o
conhecimento científico e estender base para um cuidado humanizado em pacientes
oncológicos que apresentam sepse e evoluem para choque séptico numa Unidade de
Tratamento Intensivo (UTI). Este estudo utilizou dados de prontuário de uma paciente
idosa na UTI do Instituto Nobre de Cardiologia (INCARDIO) e confrontamos tais dados
com a bibliografia. Os resultados encontrados foram: o enfermeiro deve ter em mente que
o objetivo do seu trabalho é o cuidado humano, e não a cura; e deve enxergar a família
como parte do processo de assistência ao paciente1;3. É papel do enfermeiro frente ao
paciente e a família, ajudá-los a trabalhar assuntos inacabados, estimular a autonomia do
paciente nas suas decisões e tratamentos, trabalhar a aproximação dos familiares neste
momento, manterem a dignidade, e prepará-los para o luto4. Porém, todos esses objetivos
só serão alcançados se o enfermeiro explorar o autoconhecimento e trabalhar nele a
concepção do luto. Conclui-se que apesar de o conhecimento prévio sobre sepse e choque
séptico permitir intervenção precoce, em pacientes terminais fora de possibilidades
terapêuticas de cura o processo de cuidar é prioritário ao processo de tratar. Ensinar a
lidar com a morte é algo difícil, diferente do aprendizado de um procedimento técnico.
Este estudo aponta para a necessidade de uma reflexão ampla sobre a falta de preparação
e entendimento acerca da morte e morrer tão comum entre os profissionais de saúde.
Descritores: Sepse grave. Paciente oncológico. Cuidados de enfermagem.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em
todas as fases da vida.
REFERÊNCIAS
¹BRUNNER e SUDDARTH, Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgico. Vol. 1, 10ª Rio
de janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
² CARVALHO, R.H. et al. Sepse, sepse grave e choque séptico em pacientes críticos.
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical43(5):591-593, set-out, 2010.
³PIRES, Raul Carvalho Ribeiro. A importância vital da morte: Um estudo sobre o
processo de morte e morrer na visão dos enfermeiros que lidam com pacientes terminais.
Universidade Católica do Salvador, Salvador, 2007.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
RELATO DE EXPERIÊNCIA DA ATUAÇÃO EM UMA ESCOLA TÉCNICA
DE ENSINO EM SAÚDE
Bruna Gesteira Pimenta, Françoise Magalhães Campos e Tâmara Silva Melo.
Na atuação do profissional enfermeiro além do cuidar assistencial, formar recursos
humanos é uma atividade de grande responsabilidade pois, irá capacitar profissionais que
estão diretamente envolvidos no cuidado ao ser humano, proporcionando um ensino de
qualidade diminuindo os riscos da população atendida e melhorando a qualidade da
assistência¹. A pesquisa objetivou relatar a atuação na formação profissionalizante em
técnico de enfermagem trazendo os desafios encontradas. Trata-se de um relato de
experiência de uma enfermeira educadora em uma escola pública de ensino
profissionalizante das turmas de técnico de enfermagem na cidade de Feira de Santana –
Bahia durante no ano de 2014. A proposta curricular para os alunos em formação
profissionalizante é a incorporação do curso técnico a formação média regular, sendo que
essa é acrescida de um ano para conclusão. Os alunos disputam as atividades de prioridade
para formação técnica em enfermagem com o aprendizado básico de outras áreas do saber
como geografia, história e as outras disciplinas regulares, fazendo-os muitas vezes
negligenciarem as rotinas de estudo da enfermagem por necessitarem cumprir com as
obrigações da formação regular sem preparação para a “dupla formação”. Foram vários
desafios encontrados dentre eles: formação para docência em enfermagem insuficiente ou
inexistente para o processo de ensinar/formar; falta de material didático, audiovisual,
biblioteca, laboratório e campo de estágio adequado; carga horária de aulas e insuficiente
para abordar o conteúdo proposto; e acúmulo de atividade profissional e acadêmica. Foi
possível concluir que há necessidade de sensibilização da população acadêmica em
formação para o investimento na atuação dos futuros enfermeiros educadores; e repensar
a formação agregrada no nível médio dos cursos profissionalizantes que garanta melhor
aproveitamento sem prejudicar a formação regular, e vice versa.
Descritores: Educação Técnica em Enfermagem. Escolas para Profissionais de Saúde.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no Ensino,
Pesquisa e Extensão
REFERÊNCIAS
¹Lima EC, Appolinário RS. A educação profissionalizante em enfermagem no
Brasil: desafios e perspectivas. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2011 abr/jun;
19(2):311-6.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO NEONATO COM NECESSIDADE DE
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
Maiane Oliveira Miranda Pires, Luana Barreto Leal de Albuquerque e Anderson Reis de
Sousa.
INTRODUÇÃO: As maiorias das crianças nascem no Brasil com boa vitalidade,
entretanto manobras de reanimação pode ser necessária, sendo essencial o conhecimento
da habilidade.1 OBJETIVO: Descrever a atuação da enfermeira (o) frente à reanimação
cardiopulmonar em neonatos. METODOLÓGIA: Revisão sistemática, objetivado pela
questão qual a assistência de enfermagem ao neonato com necessidade de reanimação
cardiopulmonar? Utilizou-se como base de dados SCIELO, LILACS, incluindo artigos
originais, nacionais publicados nos últimos 10 anos. Foram identificados 17 artigos, sendo
selecionado apenas 2. RESULTADOS: Identificou-se que a enfermeira (o) deverá ter
competências específicas para atuar neste campo, prestando assistência rápida, segura e
eficaz. Deverá prezar pela qualidade e conforto, identificando sinais e sintomas que
antecedem a parada, reduzindo assim os prejuízos a este neonato. Atentará para os cuidados
respiratórios, oxigenoterapia e cuidados com a dor, utilizando-se de protocolos específicos
e normatizações institucionais para direcionar a assistência.2 CONCLUSÃO: A
enfermeira deverá buscar aperfeiçoamentos, atualizações para garantir um cuidar de
excelência. CONTRIBUIÇÃO PARA ENFERMAGEM: Incentivar a enfermeira (o)
neonatologista a desenvolver um cuidado científico que se diferencie dos já exercidos,
prestando uma assistência segura e de qualidade, a fim de garantir a sobrevida do RN.
Descritores: Cuidados de Enfermagem. Parada cardiorrespiratória. Neonatologia.
Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida.
REFERÊNCIAS
1. FERNANDES, Karina and KIMURA, Amélia Fumiko. Práticas assistenciais em
reanimação do recém-nascido no contexto de um centro de parto normal. Rev. esc.
enferm. USP [online]. 2005, vol.39, n.4, pp. 383-390.
2. GONÇALVES, GR; PERES, HHC; RODRIGUES, RC; TRONCHIN, DMR; PEREIRA,
IM. Proposta educacional virtual sobre o atendimento da ressuscitação cardiopulmonar no
recém-nascido. Rev Esc Enferm USP. 2010; 44(2): 413-20.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL
PÚBLICO NA BAHIA: O OLHAR DO GRADUANDO
Anderson Reis de Sousa, Karla Lucila Andrade Cintra, Michelle Teixeira Oliveira, Pablo
Carneiro de Oliveira Costa e Sebastião Edimilson Teixeira Oliveira.
Introdução: O Estágio Curricular Supervisionado é uma modalidade de ensino
obrigatória no Curso de Graduação em Enfermagem, e propicia ao acadêmico nos dois
últimos semestres do curso, uma visão da profissão de forma ampla e integral. Objetivo:
Descrever a percepção de um graduando em Enfermagem acerca do aprendizado
adquirido durante o Estágio Curricular Supervisionado II (ECS II) acerca da saúde
pública em um hospital público da Bahia. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo,
do tipo relato de experiência, acerca da vivência acadêmica durante o ECS II, iniciado em
agosto de 2014 no setor da Sala Vermelha do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA)
no município de Feira de Santana-Ba. Utilizou-se como aporte teórico artigos indexados
nas bases de dados Lilacs, Scielo e Medline. Resultados: Durante o ECS II, o graduando
reflete sobre a realidade, aplicando um conhecimento contextualizado e provocando
mudanças nas formas de pensar, sentir e agir, possibilitando a compreensão da dimensão
do cuidado e colocando-se como participante do processo do trabalho em saúde. A
autonomia e interação com diferentes atores sociais no processo saúde-doença fazem com
que o graduando sinta-se à vontade para tomar decisões e debater com a equipe, buscando
corroborar a um melhor cuidado ao paciente. O número de procedimentos e a demanda
de gerência ofertada ao graduando, lhe oportuniza aporte técnico e científico satisfatório
para a transição entre a graduação e o futuro profissional. Conclusão: A vivência
proporcionada no ECS II no HGCA formam estudantes críticos, reflexivos, com postura
política e questionadora diante de problemas da população. O estudante desenvolve e
aperfeiçoa habilidades de cuidado, educação, gerência e pesquisa através de práticas
assistenciais de enfermagem, vivenciando situações concretas do mundo do trabalho,
sendo apresentado aos desafios e possibilidades do SUS.
Eixo Temático: Novas Perspectivas para o Trabalho em Enfermagem no Ensino,
Pesquisa e Extensão.
Descritores: Enfermagem. Estágio Supervisionado. Hospitalar. Ensino.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução nº 3
de 7 de Novembro de 2001. Institui diretrizes curriculares Nacionais do Curso de
Graduação em Enfermagem.
CASATE, JC. CORREA, AK. Vivências de alunos de enfermagem em estágio hospitalar:
subsídios para refletir sobre a humanização em saúde. Rev. Esc.enferm. USP, Set 2006,
vol.40, no. 3, p. 321-328. ISSN 0080-6234
COSTA, LM. GERMANO, RM. Estágio curricular supervisionado na Graduação em
Enfermagem: revisitando a história. Rev. bras. enferm. Dez 2007, vol.60, no. 6, p. 706-710.
ISSN 0034-7167
ISBN: 978-85-83-89-035-5
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM TROMBOSE VENOSA
PROFUNDA
Adriana Ribeiro Cruz Falcão; Emanuela Márcia de Freitas Vieira; Janaína Peleteiro
Persivo de Paiva; Sebastião Teixeira Oliveira e Ana Luiza Andrada Melo.
INTRODUÇÃO: A trombose venosa profunda (TVP) consiste na oclusão de uma veia
por um trombo, seguida de reação inflamatória na parede do vaso, podendo ocorrer no
sistema venoso superficial e no profundo1. Apesar de atingir pessoas sadias, na maioria
dos casos está relacionada a outras doenças clínicas ou cirúrgicas2. OBJETIVO:
Identificar na literatura os cuidados de enfermagem com a TVP, abordar os principais
fatores de risco e profilaxia, além de demonstrar a importância da atenção e cuidado
integral ao paciente. DESCRIÇÃO METODOLÓGICA: Trata-se de uma revisão de
literatura, do tipo descritivo e bibliográfico, de abordagem qualitativa sobre a temática,
através da utilização dos descritores trombose venosa, profilaxia e cuidados de
enfermagem, com fundamentação e aporte teórico nas bases de dados, Lilacs, Scielo e
obras literárias. Foram encontrados 15 artigos e 05 literaturas, sendo selecionadas 10 que
atenderam ao objetivo do estudo. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A enfermagem
exerce um importante papel nas medidas profiláticas, na detecção de sinais e sintomas e
no tratamento da TVP. A avaliação de enfermagem é feita através da obtenção da história
dos fatores de risco. Dessa forma, no cuidado também se analisa evidências de distensão
venosa ou edema, pele distendida, empastamento ao toque e exame as variações de
temperatura com o dorso das mãos3. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com o presente
estudo, notou-se que o cuidado ao paciente com TVP é essencial dentro de um ambiente
hospitalar para criarmos intervenções satisfatórias aos problemas encontrados.
Descritores: Trombose Venosa, profilaxia, cuidados de enfermagem.
Área temática: Novas perspectivas do trabalho em Enfermagem no Ensino, Pesquisa e
Extensão.
REFERÊNCIAS
1. LEITE, J.L.; FIGUEREDO, N.M; ERDMANN, A. Guia prático em
Cardiopatias, 2009. Editora Yendis 1 edição; São Paulo.
2. KNOBEL, E. Condutas no paciente grave. – 3.ed. – São Paulo: Editora
Atheneu, 2006.
3. BRUNNER, Lilian Sholti; SUDDARTH, Doris Smith. Tratado de
Enfermagem Médico Cirúrgica, 10 ed., vol. 3. Rio de Janeiro. Editora
Guanabara Koogan, 2012.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
CONHECIMENTO MATERNO ACERCA DA TRIAGEM NEONATAL: PAPEL
DO ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
Carla Alencar Cruz, Ivan Barreto da Silva Sobrinho, Marina Caldas Silva, Taize Carneiro
Matos e Ana Margarete Cordeiro da Silva Maia.
INTRODUÇÃO: O Ministério da Saúde criou em 2001 no Brasil, o Programa Nacional
de Triagem Neonatal, garantindo a realização de todas as etapas desse exame, que vão
desde a coleta até o tratamento e acompanhamento dos casos detectados¹. A triagem
Neonatal é realizada entre o 3º e 7º dia de vida e tem como objetivo a detecção precoce
dos erros inatos do metabolismo no período neonatal como a Fenilcetonuria,
Hipotireoidismo Congênito, Fibrose Cística e Anemia Falciforme². É necessário que as
mães sejam orientadas sobre a importância dessa triagem, e o profissional de Enfermagem
como protagonista da arte do cuidar é a peça fundamental para fornecer essas orientações.
Um momento importante e crucial para o Enfermeiro é quando vai realizar as orientações
na consulta de pré-natal, por ter uma vivência maior com sua clientela³. OBJETIVO:
Analisar o conhecimento materno sobre a importância da triagem neonatal, enfocando
nas orientações fornecidas pelo Enfermeiro. METODOLOGIA: Trata-se de uma
pesquisa bibliográfica, do tipo descritivo com abordagem qualitativa, baseada em artigos
completos disponíveis na base de dados Scielo, por meio das Revistas Med, Revista
Eletrônica de Enfermagem, através das palavras-chave relacionadas ao tema, onde foram
encontrados 4 artigos e a amostra compõe-se de 3 que atenderam aos critérios de inclusão.
RESULTADOS: Os artigos apontam que muitas mães conhecem o teste do pezinho,
porém não sabem quais doenças são triadas e nem o tempo correto para a realização do
mesmo. Momento que se percebe algumas falhas nas orientações dadas pelos
profissionais de Enfermagem. CONCLUSÃO: Este estudo chama a atenção para a
atuação do Enfermeiro na educação continuada, sendo importante estabelecer uma
estratégia para mobilizar esses profissionais e capacitar sua equipe a realizar o teste
corretamente, evitando falhas.
Descritores: Triagem Neonatal. Educação Permanente. Atuação de Enfermagem.
REFERÊNCIAS
1. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO
ESPECIALIZADA. Manual de normas técnicas e rotinas operacionais do programa
nacional de triagem neonatal. 2005.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
CUIDADOS IMEDIATOS DE ENFERMAGEM PRESTADOS AO RECÉMNASCIDO
Leila Sueme de Brito Gonçalves, Taize Carneiro Matos e Ana Margarete Cordeiro da Silva
Maia.
INTRODUÇÃO: Logo após o parto o neonato precisa assumir funções vitais que na vida intrauterina eram desempenhadas pela placenta. A transição dessa fase da vida é considerada uma das
mais difíceis porque exigem adaptações fisiológicas repentinas e cruciais no sistema corporal. O
recém-nascido é um ser vulnerável a patologias e infecções, pois o seu sistema está se adaptando
ao novo meio e é nesta fase que ocorre o maior índice de morbimortalidade infantil. Os cuidados
imediatos prestados ainda na sala do parto mantem a vida dos recém-nascidos e evita futuras
sequelas. OBJETIVO: Descrever os cuidados imediatos prestados ao recém-nascido e a
necessidade de implantar a sistematização da assistência de enfermagem aos mesmos.
METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa do tipo revisão de literatura, realizada nas bases
de dados SCIELO, por meio de palavras-chaves relacionada ao tema, foram encontrados 8 artigos
e a amostra compõe-se de 4 que atenderam aos critérios de inclusão. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Os artigos apontam que os cuidados imediatos de enfermagem ao recém-nascido
necessitam de uma equipe qualificada, recursos materiais e físicos para que sejam desempenhados
de forma integral e humanizados. Descrevem que para existir a implementação da sistematização
de enfermagem, é importante que o enfermeiro tenha o interesse de conhecer o paciente como
indivíduo, utilizando para isto habilidades e conhecimentos técnico-cientifico, além da orientação
da equipe para que ocorram as ações sistematizadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante desse
estudo, conclui-se que os procedimentos imediatos realizados ao recém-nascido como: limpeza
da pele e vias respiratórias, ligadura e pinçamento do cordão umbilical, profilaxia da oftalmia
gonocócica, cuidados com a perda da temperatura corporal e a realização do Boletim Apgar, são
primordiais para o bom desenvolvimento e saúde do recém-nascido, além de detectar
precocemente anormalidades e doenças presentes.
Descritores: Cuidados Imediatos. Enfermagem. Recém-nascido.
Área temática: Novas perspectivas do trabalho em Enfermagem no Ensino, Pesquisa e
Extensão.
REFERÊNCIAS
1.
FERNANDES, K. KIMURA, A. F. Práticas assistenciais em reanimação do
recém-nascido no contexto de um centro de parto normal. Revista Escola de
Enfermagem. USP, São Paulo, v. 39, nº 4, p. 383-390, 2005.
2. KLIEGMAN, R. M. N. Princípios de Pediatria. 4ª ed. Rio de Janeiro, 2004.
3. ORLANDI, O. V. ; SABRÁ, A. O Recém-Nascido a Termo. In: FILHO, J. R.
Obstetrícia. 10º ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
CÂNCER GÁSTRICO: VIVÊNCIA DE UMA ESTUDANTE DE ENFERMGEM
Camilla de Souza Lopes.
INTRODUÇÃO: O estudo de caso visa conhecer o câncer gástrico. Ele é a quarta causa
de câncer mais frequente no mundo.¹ Trata-se de um crescimento desordenado de células
no sistema gástrico e pode ocorrer em qualquer local de sua extensão e pode afetar órgãos
próximos.² MATERIAL E MÉTODOS: O estudo foi realizado durante o estágio
ofertado por uma faculdade da cidade na Clínica Cirúrgica de um hospital público da
Bahia, através da análise do prontuário de uma paciente com a patologia e anamnese com
a mesma. Este trabalho é do tipo estudo de caso que utiliza de uma análise qualitativa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os sintomas mais comuns do tumor gástrico são fezes
escurecidas, dor na região epigástrica, náuseas, desconforto abdominal, perda de apetite,
entre outros.³ A paciente foi admitida no dia 24/02/2014, no HGCA no setor de
emergência, devido dor em região epigástrica. Foram solicitados exames laboratoriais,
USG pélvica, tomografia computadorizada, endoscopia e um eletrocardiograma. Foi
encaminhada para a clínica cirúrgica. A paciente relatou sua história pregressa e informou
que no dia 09/03/2014 apresentou episódios de vômitos, inapetência, desconforto
abdominal. Foi realizado na paciente anamnese e exame físico. Ao exame físico foi
detectada uma macicez nos quadrantes superior e inferior esquerdos, característicos da
patologia, a paciente continuou sob cuidados até a data da cirurgia, dia 11/03/2014.
Durante a cirurgia observou que o tumor era inoperável pela sua extensão. O cirurgião
optou por uma gastrostomia e a paciente foi encaminhada para o centro de referência para
tratamento de câncer. CONCLUSÃO: A partir deste caso clínico observou-se a
gravidade da patologia, a rapidez que a mesma se propaga e a necessidade de um
acompanhamento assíduo de casos com suspeita de tumor gástrico, a fim de diminuir os
agravos da doença e realizar tratamento efetivo para chegar-se a cura.
Descritores: Neoplasias Gástricas. Endoscopia. Gastrostomia.
Eixo Temático: Novas perspectivas do trabalho em Enfermagem no Ensino, Pesquisa e
Extensão.
REFERÊNCIAS:
1ZILBERSTEIN,B. MALHEIROS,C. et al. Consenso Brasileiro Sobre Câncer
Gástrico: diretrizes. ABCD Arq Bras Cir Dig. 2013;26(1):2-6.
2CARDOSO, G,A,P. Câncer Gástrico. Disponível em:
http://www.einstein.br/einstein-saude/doencas/Paginas/tudo-sobre-o-cancergastrico.aspx Acesso em: 24 de setembro de 2014.
3INCA.
Tipos
de
Câncer.
Disponível
em:
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/estomago/sintomas
Acesso em: 24 de setembro de 2014.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
GESTÃO DA ENFERMAGEM AUTÔNOMA: NOVAS ÁREAS DE ATUAÇÃO
DO ENFERMEIRO
Polliana Lopes Lima dos Anjos, Graciany Moreira Souza, Izadora Silva Dourado, Lazaro
Henrique Santana Vieira, Anderson Reis de Sousa e Minéia Bastos.
INTRODUÇÃO: Para um profissional de enfermagem exercer autônoma é necessário
ter atitude diferenciada, pautada no respeito, na ética e no compromisso social com o que
realmente conhece e domina1. OBJETIVO: Descrever novas áreas de atuação da
enfermagem de forma autônoma. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão
bibliográfica e foram selecionados artigos científicos brasileiros do ano de 1990 a 2014.
Os resultados serão descritos em quatro campos de diferentes atuação encontrados na
literatura. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi observado quatro campos de atuação da
enfermagem e que ainda são pouco explorados. Para atuar em qualquer uma das áreas é
necessário possuir curso específico na área em que deseja. São elas: Enfermagem
Aeroespacial, surgiu devido a necessidade emergencial, é exercido por uma equipe
multidisciplinar, que promove um rápido atendimento e transporta pacientes de locais
inacessíveis a um centro de atendimento de saúde. Enfermagem na Acupuntura, o
exercício da acupuntura é exclusivo de profissionais da saúde. Foi introduzida na tabela
do Sistema de Informação Ambulatorial (SAI/SUS) por meio da portaria de número
1230/GM 4. Enfermagem Forence, pode ser definida como a aplicação da ciência da
enfermagem ao público e à justiça; a aplicação relaciona-se aos aspectos forenses do
cuidado à saúde combinado com a formação biopsicossocial da enfermeira na
investigação científica da morte e/ou tratamento do trauma de vítimas e agressores5.
Enfermagem na Estética, a atuação do enfermeiro especialista em estética não se limita
ao tratamento estético do indivíduo saudável, livre de doenças e restrições, mas também
naquele indivíduo que apresenta patologias, restrições, necessidade de orientação e
cuidados6. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Quanto melhor implementada a autonomia
profissional e os processos de trabalho, mais oportunidades terá em atuar com base no
conhecimento técnico e científico e em seu julgamento e poder decisório, trazidos com
muita propriedade e como essenciais para a preservação da autonomia.
Descritores: Enfermagem. Gestão em saúde. Administração em saúde.
Eixo Temático: Novas perspectivas do trabalho em Enfermagem no Ensino, Pesquisa e
Extensão.
REFERÊNCIAS:
1 KRAEMER, Fernanda Zanoto. Autonomia e trabalho do enfermeiro. Ver Gaúcha
Enferm.
Porto
Alegre
(RS)
.seot
2011.
Disponível
em:<
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-14472011000300008&script=sci_arttext>
Acesso em: 29 ago 2014.
2 ROCHA, Patrícia Kuerten. Assistência de enfermagem em serviço pré-hospitalar e
remoção aeromédica. Rev. bras. enferm. vol.56 no.6 Brasília Nov./Dec. 2003. [Acesso
em 22 ago 2014] Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php
3 CINTRA, Maria Elisa Rizzi. FIGUEIREDO, Regina. Acupuntura e promoção de saúde:
possibilidade no serviço público de saúde.v.14, n.32, p.139-54, jan./mar. 2010.Disponível
em:< http://www.scielo.br/pdf/icse/v14n32/12.pdf > Acessado em: 20agosto2014.
4 SILVA, Karen Beatriz. SILVA, Rita de Cássia. Enfermagem forense: uma
especialidade
a
conhecer.
Cogitare
Enferm
2009
Jul/Set;Disponível
em:<http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/cogitare/article/viewFile/16191/10709> Acesso
em: 29 ago 2014.
5 KAHLOW, Andréa. A estética com instrumento do enfermeiro na promoção do
conforto
e
bemestar.
Jul
2011
Disponível
em:
<http://siaibib01.univali.br/pdf/Andrea%20Kahlow,%20Ligia%20Colombo%20de%20
Oliveira.pdfAcessado em 25 agosto 2014.
Produções científicas
Comunicações Coordenadas – Apresentação dia 01 de
outubro de 2014
Feira de Santana, Bahia
ISBN: 978-85-83-89-035-5
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AO PACIENTE COM ACIDENTE
VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO: REVISÃO DE LITERATURA
Elenildes Santos Carneiro Brito Juliana Magalhães dos Santos e Deise Freitas Casaes.
Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte
e incapacitação no mundo. Nos Estados Unidos 500 mil pessoas sofrem um AVC a
cada ano, dessas, 150 mil morrem anualmente, muitas dessas pessoas ficarão com
sequela neurológica por vezes irreversível, tornando-se um problema de saúde publica,
pois os custos e tratamentos para estes pacientes são elevados. 1 No Brasil, a saúde tem
um perfil epidemiológico que se destaca pelas doenças cerebrovasculares com
crescentes números de pessoas com deficiência gerando um impacto em todos os
aspectos da vida. Os fatores de risco para AVC incluem hipertensão arterial, fibrilação
atrial, hiperliperdemia, obesidade, tabagismo e diabetes. Assim, as pesquisas no
âmbito das doenças cérebro vasculares tornam-se fundamentais para alicerçar o
enfermeiro no cotidiano da sua prática, fornecendo subsídios para auxiliar no
entendimento das relações envolvidas no processo de adoecimento, inerente ao
paciente e à família. O AVC é uma doença silenciosa, pois ela aparece como a principal
causa invalidez e morte e tem como consequência importante a incapacidade motora.
OBJETIVO: identificar os fatores de risco do Acidente Vascular Cerebral isquêmico
bem como a assistência e conduta de enfermagem diante de um paciente com este tipo
de doença, enfatizando para a qualidade dessa assistência a identificação rápida dos
sinais e sintomas encaminhando a pessoa imediatamente para um hospital de
referencia especializado. Espera-se que este artigo possa contribuir para os
profissionais em enfermagem no âmbito da prevenção da patologia falada, dos
cuidados de enfermagem, bem como a educação dos familiares do paciente que sofreu
um AVC e em especial o papel fundamental do enfermeiro para efetuar as
intervenções. METODOLOGIA: Esse trabalho foi fundamental através das pesquisas
já existentes que tratam da temática em questão, baseado na pesquisa bibliográfica foi
realizado uma revisão de literatura, enfatizando assim, a concepção de diversos
autores, para tanto, foram utilizados livros e trabalhos científicos da área de saúde
como: artigos, teses, resenhas e ensaios. A coleta de dados foi feita através dos artigos
científicos sobre a temática, foram acessados nas bases de dados Scielo, Portal da
Capes, Google Acadêmico, publicados nos últimos anos (2008 a 2014). Utilizamos 21
artigos nacionais, disponíveis online em texto completo com os seguintes descritores:
Acidente Vascular Cerebral, assistência de enfermagem, consequências. Para a seleção
das fontes considerou-se como critério de inclusão as bibliografias que abordassem o
Acidente Vascular Cerebral e consequentemente a temática desenvolvida, foram
excluídas aquelas que não atenderam a temática para construção da pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Este estudo mostra a importância de um
diagnóstico preciso e de cuidados adequados para o paciente vítima do Acidente
Vascular Cerebral Isquêmico (AVCi). Ressalta-se que durante a permanência do
paciente no âmbito hospitalar, a equipe de profissionais, principalmente a enfermagem
devem manter contato com os familiares deste paciente, sinalizando os principais
cuidados que deverão ser prestados em domicílio, para que assim o mesmo venha a
obter melhoras no período de recuperação e mantendo uma qualidade de vida
satisfatória.2,3 Lembrando que a depender das sequelas o paciente necessitara de
cuidados mais precisos e de uma atenção mais redobrada, impedindo o aparecimento
de novas complicações a este paciente. CONCLUSÃO: Todo déficit neurológico
agudo deve ser visto como um AVC até prova em contrário. Da mesma maneira que
há urgência na abordagem de um infarto do miocárdio, é essencial todo sistema de
saúde tratar o AVC com a mesma urgência e prioridade. O suporte clínico é essencial
no manejo do AVC: priorizar vias aéreas e circulação. Se houver necessidade, não
hesitar em proceder à intubação orotraqueal. Da mesma forma evitar aspiração, tratar
hipoglicemia ou hiperglicemia, corrigir hipoxemia, evitar hipertermia, hiponatremia e
etc. Quanto mais precoce e eficazmente as medidas são tomadas, maiores as chances
de “salvar o cérebro”.4 A enfermagem tem um papel importante no que diz respeito à
assistência ao paciente neurológico, pois permanece atenta ao paciente durante todo o
processo de tratamento e reabilitação, prevenindo ou detectando precocemente as
complicações. A aplicação da escala de coma de Glasgow se torna um instrumento
importante, visto que alterações como aumento da pressão intracraniana ou aumento
de hemorragia podem se apresentar através das alterações do diâmetro das pupilas. A
resposta à estimulação dolorosa também se faz importante, visto que através dela
podemos avaliar o nível de coma ou sedação do paciente. O Acidente Vascular
Cerebral é uma emergência médica, é possível reduzir o déficit neurológico na fase
aguda e prevenir eficazmente a ocorrência de novos eventos vasculares. O papel do
enfermeiro nesse aspecto é crucial, pois a pronta estabilização do doente e o início
precoce da investigação etiológica são determinantes no prognóstico final.
Descritores:
Acidente
Vascular
Cerebral,
Assistência
de
enfermagem,
Consequências.
Eixos temáticos: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em
todas as fases da vida
REFERENCIAS
1. BRASIL. Linha de Cuidados em Acidente Vascular Cerebral na Rede de
Atenção à Urgências e Emergências. 2010. Disponível em:
<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/linha_cuidado_avc_rede_urg_e
mer.pdf>. Acesso em 12 Agostos 2013.
2. CABETTE, S.R. et al. Rotinas no AVC pré-hospitalar e hospitalar. Ministério
da
Saúde
2010.
Disponível
em:
<http://pwweb2.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/redebrasilavc/usu_doc/rotinas
_no_avc_rbavc_outubro_2010.pdf>. Acesso em 12 Agostos 2013.
3. CINTRA, E. A. et al.. Assistência de enfermagem ao paciente gravemente
enfermo. São Paulo: Editora Atheneu, 200r. Acesso em 12 Agostos 2013.
4. GUYTON, A.C.. Fisiologia Humana. . Rio de Janeiro - RJ: Guanabara Koogan,
2008. 6 ed. Acesso em 12 Agosto 2013.
MARTINS, H.S. et al.. Emergências Clínicas – Abordagem Prática. 6 ed.: Barueri –
SP. Manole, 2011. Acesso em 12 Agostos 201
ISBN: 978-85-83-89-035-5
A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA NO CUIDADO DE ENFERMAGEM:
UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Carolina Cerqueira Xavier Lima, Eliza Fernandes Oliveira de Almeida Dantas, Gilmara
de Souza Sampaio Almeida, Marilía Natielli Lima Almeida Souza, Tiago de Oliveira
Carneiro e Thiara de Oliveira Carneiro.
INTRODUÇÃO: A humanização do atendimento em saúde mostra-se relevante no
contexto atual, uma vez que a constituição de um atendimento calcado em princípios
como a integralidade da assistência, a equidade, a participação social do usuário, dentre
outros, demanda a revisão das práticas cotidianas, com ênfase na criação de espaços de
trabalho menos alienantes que valorizem a dignidade do trabalhador e do usuário. Na
possibilidade de resgate do humano, naquilo que lhe é próprio, é que pode residir a
intenção de humanizar o fazer em saúde. Buscar formas efetivas para humanizar a prática
em saúde implica em aproximação crítica que permita compreender a temática para além
de seus componentes técnicos, instrumentais, envolvendo, essencialmente, as suas
dimensões político-filosóficas que lhe imprimem um sentido. A temática abordada tem
como foco principal a preocupação com a valorização e humanização da saúde como
direito básico do cidadão, desde uma perspectiva primitiva até as análises atuais.
Entretanto, esta temática é pouca abordada durante a vida acadêmica, criando então
sujeitos que não compartilham o saber, poder e experiência vivida, resultando em meras
transformações políticas, administrativas e subjetivas. OBJETIVOS: Avaliar a
importância da assistência humanizada no cuidado prestado pelo enfermeiros.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo bibliográfico cuja trajetória metodológica a
ser percorrida apoia-se nas leituras exploratória e seletiva1 do material de pesquisa, bem
como em sua revisão integrativa2-3, contribuindo para o processo de síntese e análise dos
resultados de vários estudos, criando um corpo de literatura compreensível.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: São apontados, desde os tempos mais remotos, muitos
aspectos considerados “desumanizantes”, relacionados a falhas no atendimento e nas
condições de trabalho. Em relação a falhas na organização do atendimento são apontadas,
por exemplo, as longas esperas e adiamentos de consultas e exames, ausência de
regulamentos, normas e rotinas, deficiência de instalações e equipamentos, bem como
falhas na estrutura física, além de aspectos que estabelecem uma relação do doente com
o anonimato, a despersonalização, a falta de privacidade, a falta de preparo psicológico
e de informação, inclusive a falta de ética transmitida por alguns profissionais: “(...)espera
às consultas e à entrada, nas admissões em tempo dilatado, nos adiamentos impostos aos
exames e aos tratamentos, no amontoado humano dentro das salas (...)”1. “O doente é um
número, um caso, objeto de atividades, mas não um centro de interesse; permanece
geralmente sem esclarecimentos sobre a própria sorte e sem explicação sobre o que lhe é
imposto”1. “(...) Ao não se dar conta onde termina a máquina e começa o paciente, a
relação com a máquina pode tornar o cuidado de enfermagem um ato mecânico e o
paciente ser visto como uma extensão do aparato tecnológico” [refere-se ao atendimento
em CTI2.As situações “desumanizantes” presentes nas instituições de saúde fazem parte
do contexto mais amplo da civilização moderna, segundo alguns autores. Mas este quadro
pode ser revertido de uma forma mais crítica e contextualizada, possibilitando conciliar
a humanização na enfermagem, regendo que: “(...) Talvez devêssemos investir em
teorizações que, ao invés de representarem a Enfermagem como interface de
humanização, explorassem a potencialidade de pensar a Enfermagem com um (...)
saber/fazer híbrido onde as fronteiras entre natureza e cultura, entre ciência e vida
cotidiana (...) entre humano e máquina fossem deslocadas de tal forma que estas
oposições não pudessem ser mais acionadas para a hierarquização e a dominação (...)”3.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Face às situações “desumanizantes”, os textos mostram
possibilidades de modificá-las através do investimento na estrutura física e nos métodos
administrativos da instituição, bem como no trabalhador em relação às condições de
trabalho.
Descritores: Humanização; Assistência de enfermagem; Cuidado de enfermagem
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida.
REFERÊNCIAS
1. Leclainche X. É preciso humanizar o hospital. Rev Paul Hosp 1962 maio; 10(5):7-10.
2. Hayashi AAM, Gisi ML. O cuidado de enfermagem no CTI: da açãoreflexão à
conscientização. Texto & Contexto Enfermagem 2000 maio/agosto; 9(2):824-37.
3. Meyer DE. Como conciliar humanização e tecnologia na formação de enfermeira/os?
Rev Bras Enfermagem 2002 março/abril; 55(2):189-95.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
ABORDAGEM DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE
SUICIDA: EXPERIÊNCIAS DE UMA UNIDADE HOSPITALAR NA BAHIA
Luana dos Santos Braz Rocha, Luzia Fernanda Borges Miranda, Sandra Maria Lôbo
Macêdo Pereira e Anderson de Reis de Sousa.
INTRODUÇÃO: O suicídio é definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
como um ato intencional de um indivíduo para extinguir sua própria vida. Vários fatores
podem está associados como, por exemplo, tentativas anteriores de suicídio, doenças
mentais como a depressão, dependência de álcool e drogas, ausência de apoio social,
histórico de suicídio na família, forte intenção suicida, eventos estressantes e
características sociodemográficas, tais como pobreza desemprego e baixo nível
educacional (LOVISI et al., 2009)¹. Para Neves et al., (2014)² a cada ano, cerca de um
milhão de pessoas morrem por suicídio no mundo, o que constitui uma importante questão
de saúde pública e para além dos números, o impacto psicológico e social do suicídio em
uma família e na sociedade é intangível. Salienta ainda que, o principal fator de risco é a
presença de transtorno psiquiátrico, incluindo-se abuso de substâncias, estimando que,
90% dos suicídios estão associados a algum transtorno psiquiátrico. E cerca de 60% de
todos os suicídios associados com transtornos psiquiátricos ocorrem em doentes com
transtorno do humor. No Brasil dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM)
revelam um crescimento no número de mortes por suicídio. Entre os anos 2002 e 2012 o
total de suicídio no país passa de 7.726 para 10.321 o que representa um aumento de
33,6% superando largamente os homicídios e a mortalidade nos acidentes de transporte.
Dados gerais no Brasil, encontrados nos registros do DATASUS revela a predominância
para o sexo masculino com média de suicídio de 7,5 por 100mil/habitantes. e, para as
mulheres, de 2 suicídios por 100 mil/habitantes. Sendo que a menor ocorrência de suicídio
entre as mulheres tem sido atribuída à baixa prevalência de alcoolismo; à religiosidade;
às atitudes flexíveis em relação às aptidões sociais e ao desempenho de papéis durante a
vida. Além disso, as mulheres reconhecem precocemente sinais de riscos para depressão,
suicídio e doença mental, buscam ajuda em momentos de crise e participam nas redes de
apoio social. Já os homens desempenham comportamentos que predispõem ao suicídio
como a competitividade, impulsividade e maior acesso a tecnologias letais e armas de
fogo. Além de ser mais sensíveis a instabilidades econômicas como desemprego e
empobrecimento. (PARENTE et al., 2007)³. O comportamento suicida tem etiologia
multifatorial, com influência de fatores biológicos, socioambientais e psicológicos, cada
um com seu peso específico e, possivelmente, nenhum deles, em separado, possa ser
suficiente para explicar por si só tais comportamentos (NAVARRO et al., 2012). Assim,
o suicídio é um fenômeno complexo de causas diversas e que apresenta-se como uma das
muitas demandas complexas dos serviços de saúde tornando grande desafio para repensar
saberes e práticas das equipes de saúde durante o atendimento a essa vítima. Porém, ainda
é percebido nos Serviços de Saúde que há um despreparo dos profissionais, frente aos
cuidados com estes pacientes, seja por falta de qualificação profissional, ética e
principalmente humanização. Sendo necessário, portanto, que essa assistência, aconteça
de forma holística atendendo o paciente suicida sob a perspectiva da integralidade,
universalidade, equidade, promovendo acolhimento necessário, vínculo e
responsabilização e escuta qualificada, adotando como visão da enfermagem à assistência
humanizada, singular, livre de preconceitos, estigmas e julgamentos, garantindo
resolubilidade dos serviços, ações e proteção. Frente à temática levantada emergiu o
trabalho que tem como OBJETIVO:
Relatar as experiências vivenciadas
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, que foi
vivenciado a partir do estágio curricular da disciplina Enfermagem na Atenção à Saúde
do Adulto II que ocorreu no mês de maio de 2014. Para composição do relato, utilizamos
como aporte teórico artigos científicos atualizados encontrados na base de dados do
SCIELO, LILACS e Revistas de Enfermagem online. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
De acordo com o que foi vivenciado e pesquisado em literaturas, foi percebido que, o
profissional de enfermagem, principalmente da emergência costuma ser o primeiro
contato do paciente com o sistema se saúde, após uma tentativa de suicídio ou episódio
de autolesão. São notórias as fragilidades durante essa assistência, evidenciando o
despreparo destes profissionais em lidar com situações como estas. Sendo, necessário,
portanto, que estes profissionais se qualifiquem para que possam prestar uma melhor
assistência, fazendo com que esse atendimento seja ágil, dialógico e responsável para com
a pessoa que possui ideias suicidas, de modo a intervir e prestar os primeiros cuidados de
forma humana e empática (HECK et al.,2012). Posto isto, a enfermagem, juntamente
com a equipe, necessita estar atenta à complexidade nos modos de viver, pois o suicídio
é um tema desafiador que demanda a união de esforços, a fim de realizar um trabalho
compartilhado, com apoio matricial. Nessa perspectiva justifica-se a importância e
magnitude de sensibilizar e capacitar os profissionais de saúde para atuarem de forma
humanizada, acolhedora,livre de preconceitos,revendo condutas e qualificando a
assistência. Vale ressaltar também, que a família pode ser uma parceira importante para
auxiliar os profissionais de saúde a compreenderem os motivos que levaram o indivíduo
à tentativa de suicídio e à superação em momentos de crise. Pois, a aproximação familiar
do ser em sofrimento mental também contribui para a desmistificação de certos valores
criados pelo autoagressor, como a busca pela morte como forma de eliminação dos
problemas materiais e sentimentais, uma vez que, muitos encontram na família o suporte
necessário para a superação deste problema de saúde. Dessa forma, as práticas
profissionais devem ser norteadas por uma humanização-princípio (ética), e não por uma
humanização-maquiagem, tal como se dá no cotidiano de algumas unidades de saúde,
onde essa maquiagem nos remete à superficialidade na circulação dos afetos entre
profissionais e usuários, o que dificulta o estabelecimento de um espaço, de fato, de
cuidado e acolhimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do exposto torna-se
relevante, para tanto, compreender que a qualificação dos profissionais, que por meio do
acesso ao conhecimento e sensibilização, contribui para aperfeiçoar a detecção e as ações
acerca dos riscos de suicídio, necessitando que o atendimento realizado ocorra de forma
interdisciplinar, e que o acolhimento seja um dispositivo que valoriza o atendimento
humanizado e também a interdisciplinaridade como tecnologia de cuidado em rede.
Tornando-a uma ferramenta potencializadora de vida, capaz de ressignificar processos de
trabalho, serviços e pessoas. Contudo, se faz necessário, portanto, que a equipe esteja
engajada, capacitada e sensível para enfrentar essas situações, articulando-se com outras
áreas ampliando as ações do cuidar para além das técnicas e procedimentos.
Descritores: Enfermagem. Suicídio. Serviços de saúde;
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida.
REFERÊNCIAS
1.
LOVISI et. al, Análise epidemiológica do suicídio no Brasil entre 1980 e 2006.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbp/v31s2/v31s2a07.pdf. Acessado em:
03 de Setembro de 2014
2. NEVES et al.,2014.Suicídio: fatores de risco e avaliação. Disponível em:
http://www.ambr.org.br/wpcontent/uploads/2014/07/11_Suicidios_Fatores_Risc
o_WEB.pdf. Acessado em: 03 de Setembro de 2014.
3. PARENTE, et al.Caracterização dos casos de suicídio em uma capital do Nordeste
Brasileiro. Rev. bras. enferm. [online]. 2007, vol.60, n.4, pp. 377-381. ISSN 0034
Disponível
em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003471672007000400003 Acessado em: 06 de Setembro de 2014.
4. NAVARRO et al.,2014. Atitudes do profissional de enfermagem em relação
comportamento suicida: influência da inteligência emocional. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v20n6/pt_19.pdf. Acessado em: 04 de Setembro de 2014.
5.
HECK et al.,2012. Ação dos profissionais de um centro de atenção
psicossocial diante de usuários com tentativa e risco de suicídio. Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v21n1/a03v21n1.pdf Acessado em: 29 de
Agosto de 2014.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
CONTRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM FORENSE NO ATENDIMENTO
MÓVEL DE URGÊNCIA
Michelle Ramalho Macedo, Jadson Gonçalves de Souza, Jandson Silva de Araújo e
Anderson Reis de Sousa.
INTRODUÇÃO: A ciência forense é uma ciência multidisciplinar que tem por base áreas
cientificas como a medicina legal, a toxicologia e a radiologia. Esta nova especialidade tem
evoluído conforme o crescente aumento da criminalidade e violência. Atualmente, os serviços de
saúde, principalmente os de atendimento de urgência são locais aonde frequentemente são
relacionadas diversas situações de agressões, violência e ou incidentes fatais. A Enfermagem
Forense então se origina nos Estados Unidos, por volta da década de 90. Encontrando-se
organizada, em 1992 surge à criação da International Association of Forensic Nursing (IAFN),
fundada por 72 enfermeiras em New Jersey nos EUA, dedicadas ao estudo dos abusos sexuais e
estupro, que tivera a liderança da enfermeira Virginia Lynch, expandido mais adiante para outros
países como Inglaterra, Canadá, Japão, Coréia, Índia, Jamaica, Peru e alguns países da Europa.
Mais a diante Portugal passa a reconhecer essa prática como uma espacialidade, criando o curso
de Pós-Graduação em Enfermagem Forense. (SILVA, SILVA, 2009). Esta prática surgiu como
uma preparação direcionada ao profissional da área citada, na forma de promover um aguçamento
ao meio, tornando o profissional, capaz de observar o paciente e o meio danificado, ao mesmo
tempo, pelo fato ali ocorrido, preservando todos e quaisquer vestígios ao seu redor. A
apresentação do trabalho forense unido à equipe policial técnica, facilitaria a elucidação de casos
semelhantes a vários outros, dificultados pelo atendimento a vítima de forma não estratégica. Essa
nova vertente da profissão do enfermeiro emergencista, qualificará a resolubilidade dos casos.
Em pleno século XXI, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU-192), encabeça a
lista dos serviços de saúde mais requisitados no socorro á vítimas, em sua atuação, o enfermeiro
emergencista proporcionará uma assistência de qualidade aos casos onde há um cenário de
violência e criminalidade sendo que é este o profissional que chegará primeiro na cena do crime
em inúmeros casos. OBJETIVO: Descrever as contribuições da Enfermagem Forense no
Atendimento Móvel de Urgência. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo bibliográfico, com
análise qualitativa das leituras selecionadas, obtidas de artigos científicos, provenientes de
bibliotecas convencionais e virtuais. Foi realizada uma leitura exploratória das publicações
apresentadas nas bases de dados do LILACS, SCIELO E MEDLINE, no período de 2004 a 2014,
caracterizando assim um estudo retrospectivo, buscando fontes virtuais, os anos, os periódicos,
os métodos e os resultados em comum. Para um breve resgate histórico, utilizaram-se livros que
abordassem o tema e que possibilitasse um breve relato sobre a Enfermagem Forense. Foram
selecionados 10 artigos, a partir dos marcadores Ciência Forense, Enfermagem Forense,
assistência de Enfermagem, emergência, e como critérios de exclusão, além da questão temporal
foram excluídos os artigos que não abordavam os temas já citados. A categoria temática é a novas
perspectivas para o trabalho em enfermagem na gestão e políticas públicas de saúde.
RESULTADOS: Diante dos artigos selecionados, pode-se perceber que foram poucos artigos
que abordaram a atuação do enfermeiro forense no atendimento pré-hospitalar em situação de
crime e violência, mas sim discutia a importância do enfermeiro forense no exame da perícia de
vítimas, além de auxiliar a equipe, e em especial o médico legista, quanto o mecanismo da morte,
descoberta das causas e circunstancias, com isso sendo testemunha para resolução de crime no
tribunal (SILVA, 2009). De acordo com Gomes (2004) é de extrema importância para o
enfermeiro pré-hospitalar que em primeiro lugar determine a segurança do local, após esta
confirmação a equipe deve prestar atendimento as vítimas caso necessitem de cuidados e se for
preciso a alteração da cena para que os cuidados sejam efetuados elas devem ser feitas, como por
exemplo objetos que necessitem ser retirados de lugar para a realização de uma ressuscitação
cardiorrespiratória. A identificação das provas requer um aguçamento inerente ao enfermeiro
forense partindo da analise do cenário criminal, permeando pela verificação das vestes até a
anamnese do vitimado onde ele irá identificar sinais da violência cometido pelo agressor, neste
processo o profissional estará identificando as lesões, mecanismos das lesões, presença de feridas
de defesa, fotografar o local, fotografar as lesões, caso o vitimado esteja em óbito devesse proteger
as mão com saco de papel, verificar a posição do corpo, recolher a roupa também em sacos de
papel e recolher amostras de sangue. As áreas de atuação do enfermeiro forense são inúmeras, as
escolas, na comunidade, nos hospitais, especialmente no setor de emergência, nos centros de
saúde, em instituições médico-legais, enfim, em qualquer lugar onde existam pessoas em situação
de violência. O profissional forense deve ser capaz de identificar, recolher e preservar provas
corretamente. Os vestígios são imprescindíveis para o âmbito judicial, no que tange a investigação
criminal, através das provas e vestígios provar a culpa ou absolver um suspeito. Os enfermeiros
dos serviços de urgência como parte integrante da equipe multidisciplinar de saúde são, por muitas
vezes o primeiro profissional a estabelecer contato com a vítima/agressor. Estes tem o dever legal
e ético de assegurar os direitos das vítimas, e além da preservação da vida, e promoção da saúde,
devem estar habilitados em preservar evidencias físicas, registrá-las de forma que posteriormente
possam ser analisadas. As provas devem ser manuseadas de forma cautelosa, desde a coleta à sua
análise, para manter a idoneidade de forma a não comprometer as decisões judiciais, e prejudicar
a cadeia de custódia. Os esforços dos enfermeiros forenses tem se tornado recurso essencial para
os esforços de resolutividade no âmbito da medicina forense e o sistema judicial.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se, então, que existe uma necessidade imperiosa de
realizar formação aos profissionais de saúde sobre este assunto, pois compreender qual a atuação
do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar em situações de crime e as contribuições da
Enfermagem Forense objetivando analisar o conhecimento dos enfermeiros sobre a Enfermagem
Forense e as contribuições para o atendimento às vítimas em situação de crime e violência; e por
último descrever quais as facilidades e dificuldades existentes, e é necessário abordar, não só o
tema do enquadramento legal dos crimes sexuais, mas também os tipos de sinais, marcas e objetos
possíveis de serem utilizados como vestígios.
Descritores: Enfermagem Forense. Violência. Preparação para situações de emergência.
REFERÊNCIAS:
1.SILVA KB, SILVARC. Enfermagem Forense: uma especialidade a conhecer.
Cogitare Enferm 2009 Jul/Set; 14(3): 564-8. [citado 2014 set 16]. Disponível em:
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/cogitare/article/viewFile/16191/10709.
2.PEREIRA, L. I. G. MACHADO, L. Enfermagem Forense: preservação de provas.
Porto, fevereiro, 2012. [citado 2014 set 17]. Disponível em:
file:///C:/Users/user/Downloads/Abstract.5077.pdf
3.SILVA, C. J. D. C. Enfermagem e a preservação de vestígios perante vítimas de
agressão sexual no serviço de urgência. Dissertação de Mestrado em Medicina Legal,
2010. [citado 2014 set 16] . Disponível em: http://biblioteca.esenf.pt/plinkres.asp
4.ALVARENGA R, Gomes JB. Enfermagem forense: uma nova perspectiva de atuação
profissional. Trabalho pbulicado no 13 CBCENF, Fortaleza 2009.
5.FLORES G. S. Responsabilidade profissional em enfermagem. A perspectiva do uso de
registros de enfermagem a partir do ponto de vista forense, Med perna. Heredia Costa
Rica vol.20 no.1 março 2003.
6.FREEDBERG, P, Integrating Forensic Nursing into the Undergraduate Nursing
Curriculum: A Solution for a Disconnect, May 2008, Vol. 47, No. 5
7.BARRANTES, C. A. Medicatura Forense e OIJ no imaginário social, Med
perna. Heredia Costa Rica vol.21 no. 1 março 2004
8.GONÇALVES, SF. Vivências dos enfermeiros na manutenção de provas forenses no
serviço de emergência. Porto, setembro de 2011. [citado 2014 set 18] . Disponível em:
http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/57083/2/TeseSusanaGoncalves.pdf
9. GOMES, A. Título: Enfermagem Forense. Lisboa: Lidel, 2014. 330p.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
A PERCEPÇÃO DA FAMILIA E DO ENFERMEIRO NO CUIDADO DO IDOSO
COM DEMÊNCIA
Criscia Christynne Martins Nery, Natalie Oliveira Gonçalves Vilas Boas, Rita Jucielma
Almeida Carneiro e Thiago Lopes de Menezes.
INTRODUÇÃO: A demência é uma síndrome que está relacionada com perdas
neuronais e danos a estrutura cerebral formam um conjunto de sinais e sintomas causando
prejuízos a memória do idoso, em função disso os transtornos demenciais podem causar
sofrimento tanto ao paciente como para os cuidadores seja os familiares ou o enfermeiro,
devido ao elo que é formado entre paciente, família e profissional de saúde4. Por isso os
membros da família desempenham um papel crucial no bem – estar do paciente com
demência, sendo em sua maioria esposas, filhas e noras que assumem a função de
cuidadoras1. Independentemente desse paciente residir em uma unidade de cuidados, ou
em sua própria residência ou estar temporariamente no hospital, local este que, em alguns
casos, pode acentuar esses níveis de demência, se faz necessário o apoio familiar. Visto
que, os familiares são a principal fonte de informações a respeito do paciente, sendo
responsáveis pelo cuidado total e /ou complementar. É importante que os enfermeiros
compreendam o impacto profundo que a demência causa sobre os cuidadores e familiares
em geral. OBJETIVOS: Os objetivos dessa pesquisa foram a de analisar os aspectos dos
cuidados e comportamentos das famílias de idosos com demência e suas implicações no
convívio familiar, sua vivência, assim como suas dificuldades para o cuidado aos idosos,
com demência senil e patológica. Além disso, mostrar a atuação e o papel da enfermagem
no apoio a essas famílias. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura sobre
a temática, através da utilização dos descritores: Cuidador, Idoso, Demência, Família os
quais atenderam ao objetivo do estudo. Esse trabalho foi fundamentado através das
pesquisas já existentes que tratam da temática em questão, baseado na pesquisa
bibliográfica foi realizado uma revisão de literatura, enfatizando assim, a concepção de
diversos autores, para tanto, foram utilizados livros e trabalhos científicos da área de
saúde como: artigos, teses, resenhas e ensaios. RESULTADOS: A pessoa com demência
ela necessita de supervisão para tomar qualquer tipo de decisão e vai se tornando com o
passar do tempo cada vez mais vagarosa ao falar e compreender, pois sua capacidade de
compreensão, iniciativa e cálculo é perdida progressivamente e sua memória começa a
falhar, isso causa angustia e agitação ao idoso. Essa supervisão é realizada pelos os
familiares e a equipe de enfermagem, que tem a responsabilidade de passar segurança e
tranquilidade ao paciente4. A assistência de enfermagem serve como um suporte para os
familiares orientando o seu entendimento para o diagnóstico e prognóstico da patologia,
mudanças de comportamento e medidas de controle para esse comportamento4.
CONCLUSÃO: Os resultados apresentados mostraram que através desse estudo
podemos perceber que muitas vezes o diagnostico é demorado por não terem informação
de como pode ser feito o tratamento tornando-se mais árduo para o paciente e sua família,
para os familiares foi perceptivo uma dificuldade em diferenciar os vários tipos de
demências, assim como suas causas e comportamentos modificados devido a doença.
CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM: É imprescindível a procura de
estratégias e propostas que tenha como prioridade ensinar aos cuidadores de idosos em
relação as doenças demenciais e na resolução dos diversos problemas enfrentados no diadia, como tomar decisões mais adequadas e ensinamentos acerca do diagnóstico ou
reconhecimento da situação problemática.
Descritores: Cuidador, Idoso, Demência, Família.
Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida
REFERENCIAS:
1 STEELE,Cynthia D. Nurse to Nurse: Cuidados de enfermagem: em enfermagem.
Trad. Maiza Ritomy Ide. Porto Alegre: AMGH, 2011.
2 VONO, Zulmira Elisa. Enfermagem Gerontológica: atenção à pessoa idosa – São
Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007.
3INOUYE, Keika; PEDRAZZANI, Elisete Silva; PAVARINI, Sofia Cristina
Iost and TOYODA, Cristina Yoshie. Perceived quality of life of elderly patients
with dementia and family caregivers: evaluation and correlation. Rev. Latino-Am.
Enfermagem [online]. 2009, vol.17, n.2, pp. 187-193. ISSN 0104-1169. Disponivel em:
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692009000200008 Acessado em 15 de setembro de
2012.
4 SANTANA, Rosimere F. Grupo de orientação em cuidados na demência: relato de
experiência. Textos Envelhecimento vol.6 , n.1, Rio de Janeiro, 2003.
A PRÁTICA DOCENTE DO ENFERMEIRO NO ENSINO MÉDIO DE
ENFERMAGEM E SEUS DESAFIOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Milena Marques Cerqueira.
INTRODUÇÃO: O enfermeiro pode trabalhar em diversos campos, e o ensino surge
como uma área de interesse atuação de muitos. É importante salientar que a docência
caracteriza-se como o ato de ensinar, de mediar conhecimentos, sendo fonte de
conhecimento e de construção de saberes, podendo acontecer em diferentes espaços
educativos, e pode ser considerada como uma prática que está para além do ato de
ministrar aulas, pois se configura como uma tarefa que exige o desenvolvimento de uma
ação social e política. O enfermeiro tem respaldo legal para a prática de ensino, porém
poucos obtém preparação formal no que tange aos princípios de ensino e aprendizagem.1
O enfermeiro que ensina em cursos técnicos de enfermagem, deve considerar que as
atividades desenvolvidas para a formação técnica devem estar voltadas para a construção
de competências, possibilitando a articulação entre saberes e habilidades, para promover
uma aprendizagem eficiente e eficaz, contribuindo para o exercício profissional futuro
dos alunos, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como
promotor da saúde integral do ser humano, conforme preconiza as Diretrizes Curriculares
Nacionais do curso Técnico em Enfermagem2. DESCRIÇÃO METODOLÓGICA: A
pesquisa consistiu em um relato de experiência que descreve aspectos vivenciados pela
autora, enfermeira e pedagoga, que atua como docente em uma escola de curso técnico
de enfermagem. A problemática é abordada de forma qualitativa, evidenciando as
nuances da prática educativa a partir da descrição e observação das atividades realizadas
em sala de aula, apontando alguns elementos que surgem como desafios para o
desenvolvimento das atividades educativas. RESULTADOS: A realidade do contexto de
trabalho do professor relaciona-se a formação do mesmo para a prática e as estruturas
organizacionais e sociais para o desenvolvimento do trabalho. Durante o exercício
profissional surgem abundantes conflitos desde as questões profissionais as pessoais, que
interferem na prática.3 Os motivos que levam a escolha pela docência inferem na
condução da praxis, pois muitos enfermeiros destinam-se a esta prática por acharem mais
fácil e que possibilita uma maior qualidade de vida, acreditam, portanto que não irão
encontrar muitas dificuldades. A prática como docente em um curso de ensino médio de
enfermagem suscitou a percepção dos inúmeros desafios que surgem com o exercício
desta função, mesmo quando se têm um aporte teórico que dê sustentação para a escolha
de metodologias pedagógicas conscientes e baseadas nas teorias da educação. Encontrar
a metodologia ideal para tentar minimizar a dificuldade que muitos alunos têm para
assimilar os conteúdos, decorrente as lacunas provenientes da formação escolar, é algo
que causa um conflito muito grande para o professor, pois este deve pôr em prática não
apenas os conhecimentos específicos da disciplina ministrada, mas ter conhecimento
didático e pedagógico, para fazer do processo de aprendizagem algo que potencialize as
habilidades e capacidades do educando. Além disso, grande parte dos alunos
disponibilizam de tempo restrito para o estudo, muitas vezes trabalham durante o dia e
estudam a noite, sendo o cansaço um grande desafio para eles e para o professor, que tem
que dinamizar a prática, tornando a aula atrativa e significativa. Acontece também, que
muitos não compreendem a necessidade de aprimorar a percepção critica e reflexiva sobre
os conteúdos, pois acreditam que a formação técnica deve ser apenas a execução de
procedimentos. Por isso, faz-se necessário que o professor detenha de saberes que
possibilitem que a formação do profissional técnico de enfermagem, pautada em ações
acadêmicas multi e interdiscilinares, com base humanista e ética, fomentando, assim, a
criticidade para que se possa valorizar a articulação teórica e prática desses sujeitos,
abarcando o estimulo a um raciocínio de que os conhecimentos adquiridos durante a
formação educacional serão aplicadas na assistência ao paciente, e este deve ser visto em
sua integralidade.4 O conhecimento das áreas especificas da educação contribuíram para
conseguir lidar com as dificuldades postas durante o exercício docente, devido a formação
em pedagogia, porém não impediu que esses desafios acontecessem, pois lidar com o
processo educacional é algo peculiar, que sofre inferências de diversos contextos, tais
quais o perfil de cada turma e o conteúdo a ser trabalhado. Alguns elementos pedagógicos
como a prática do planejamento é algo que contribui para que os desafios sejam
minimizados, este, portanto, não deve ser engessado, devendo ser elaborado de acordo
com as características da turma, sendo necessário que o professor seja flexível e perceba
a necessidade de adaptação da metodologia, para o andamento do processo de ensino e
aprendizagem. Além disso, provocar o aluno a participar das aulas, para que as dúvidas
sejam expostas e assim haja a possibilidade de esgotá-las é extremamente importante,
visto que promove a interação professor-aluno, aluno-aluno, favorecendo a troca de
saberes. Porém, exercer a docência de forma integral é compreender a educação como
ciência que necessita de conhecimentos da própria educação. É importante que se tenha
conhecimentos teóricos para fundamentar a prática, mas o exercício da docência é
essencial para que se consiga balancear os saberes experienciais e teóricos. Lidar com
alunos do curso técnico compreende ensinar procedimentos, valorizar os conhecimentos
prévios de cada um, enxergar cada aluno em sua especificidade, mas principalmente fazêlos perceber que a execução de técnicas não pode acontecer sem que haja conhecimento
cientifico do que se irá executar, não é o cuidar pelo cuidar, o cuidar deve ser
sistematizado, além disso é necessário salientar a importância social que lhes cabe, e este
é um grande desafio. CONCLUSÃO: As investigações referentes à docência no campo
da saúde ainda são incipientes, porém é importante que se tenha um olhar atento para o
aprimoramento do ensino em enfermagem, tanto para o ensino superior quanto para o
ensino médio, considerando que a enfermagem é constituída por uma equipe, e esta deve
ter um processo formativo de qualidade. Posto tais aspectos, pode-se refletir sobre a
necessidade de saberes docentes concisos para o ensino em enfermagem, pois estes devem
ser integrados e afim de desenvolver um processo de ensino e aprendizagem que leve em
consideração os saberes amplos do docente e a capacidade de articulação do mesmo. O
docente precisa compreender o processo de ensino e aprendizagem como algo que exige
do professor profissionalização, que exige saberes pedagógicos, bem como o
conhecimento de si mesmo, o desenvolvimento cognitivo e teórico que deve ser
fomentado constantemente pela percepção de que o professor não nasce sabendo ser
professor, ele precisa profissionalizar-se enquanto tal, sendo necessário, portanto, que
desenvolva competências especificas da área da educação, para que associadas aos
saberes específicos possam resultar em uma prática de qualidade e conseguir minimizar
os desafios. Os conhecimentos teóricos não vão garantir a finitude dos desafios mas irão
dar o alicerce para o enfrentamento dos mesmos.
Descritores: ensino, enfermagem.
Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no Ensino, Pesquisa
e Extensão.
REFERÊNCIAS
BASTABLE, Susan B. O Enfermeiro como educador: princípios de ensino
aprendizagem para a prática de enfermagem. 3ªed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
BRASIL. Leis e Decretos. Lei nº 9394/96. Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Porto Alegre: CORAG. Assessoria de Publicações Técnicas. 6 ed. 2006.
LINHARES, C.F.S. Trabalhadores sem trabalho e seus professores: um desafio para a
formação docente. In: ALVES, N. (org.). Formação de professores: pensar e fazer. São
Paulo: Cortez, 1993. Cap. 1, p. 9-36.
PIMENTA, S. G. (Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortes,
1999.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
PAPEL DO ENFERMEIRO NA ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE DE AMINAS
VASOATIVAS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Kamila da Silva Almeida, Taize Carneiro Matos e Deise Freitas Casaes.
INTRODUÇÃO: A importância do profissional enfermeiro na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) é destacada desde o surgimento dessa unidade, com sua grande influência
e contribuição através da enfermeira Florence Nightingale, primeira Enfermeira
Intensivista, que preconizou a UTI.³ O papel assistencial do enfermeiro na UTI consiste
em obter a história do paciente, realizar exame físico, executar procedimentos e
intervenções relativas ao tratamento, avaliar as condições clínicas e orientar os pacientes
para a continuidade do tratamento. O enfermeiro precisa ter e demonstrar autoconfiança
na realização dos procedimentos a serem realizados e domínio no manejo das tecnologias
utilizadas na unidade. ¹-5 O conhecimento técnico científico é fundamental para
compreender os processos envolvidos no cuidar do paciente crítico, para assistência
qualificada, utilizando dos recursos tecnológicos disponíveis de forma humanizada. Pois,
a prestação do cuidado perpassa por uma diversidade de fatores e perspectivas individuais
de cada ser humano, que tem sua história, na qual os fatores pessoais, sociais e culturais
estão diretamente relacionados ao seu modo de ser. O enfermeiro, como parte integrante
da equipe multidisciplinar deve ter amparo científico dos parâmetros hemodinâmicos, dos
equipamentos, medicamentos utilizados e procedimentos de enfermagem ao paciente
crítico. Obtendo habilidades para tomada de decisões rápidas, precisas, de forma
humanizada, valorizando e apoiando os familiares. Desempenhando também a função
administrativa, que integra o planejamento, organização da unidade e realização de
atividades continuadas para a equipe.5 OBJETIVO: O presente artigo objetiva descrever
o papel do enfermeiro na UTI, caracterizando as atividades assistenciais e gerenciais,
correlacionando a humanização. METODOLOGIA: trata-se de uma pesquisa
bibliográfica, de uma abordagem qualitativa, modo descritivo. Os documentos usados
para esta pesquisa foram coletados em fontes online Scielo e o Google Acadêmico.
Considerando como critério de publicação a língua portuguesa e estar relacionado ao
tema. Na busca, utilizaram-se descritores como: Enfermagem e UTI; Assistência de
Enfermagem na UTI; Importância do Enfermeiro na UTI, sendo localizados 15 artigos
dos quais 8 foram excluídos por não corresponder à finalidade da abordagem. Foram
coletados no mês de agosto de 2014. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As UTIs foram
criadas a partir da necessidade de atendimento do cliente cujo estado crítico exigia
assistência e observação contínua de médicos e enfermeiros.5 Os enfermeiros são
responsáveis pela gerência de unidades, atividade esta que consiste na previsão, provisão,
manutenção, controle de recursos materiais e humanos para o funcionamento do serviço
e, pela gerência do cuidado que abrange o diagnóstico, que possibilita descrever os
problemas de enfermagem, o planejamento da assistência a execução e a avaliação das
medidas assistenciais adotadas, passando pela delegação das atividades, bem como a
supervisão e orientação da equipe de enfermagem. Pode-se dizer que esse profissional
ocupa papel importante na assistência ao paciente de alta complexidade, configura-se
como ponto de apoio para a equipe quer seja no que se refere à educação e preparo quer
seja na coordenação do serviço de enfermagem.¹ Devido o estado crítico que os pacientes
chegam a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no momento da admissão torna-se difícil
o contato dos profissionais com os familiares, pois, é um momento que requer intervenção
imediata, já que o paciente apresenta grande risco de instabilidade hemodinâmica. O que
acaba deixando os familiares com uma imagem tecnicista dos profissionais e distantes do
familiar. Sendo importante ressaltar que o paciente não se restringe aos processos
fisiopatológicos que determinam o diagnóstico, mas também a complexidade de sua
característica cultural e emocional.1-4 Quando o enfermeiro prioriza o cuidado no lugar da
cura, ele não se torna escravo das tecnologias, ele buscar usufruir da tecnologia para
aprimorar e fornecer um cuidado especializado que propicia maiores avanços para
melhoria do quadro clinico do paciente. O enfermeiro necessita estar capacitado
suficientemente, tanto para realizar a sistematização do processo de enfermagem, quanto
gerenciar e organizar a equipe de enfermagem. As Atividades desenvolvidas pelos
mesmos englobam um universo organizacional, que por sua vez não deve se tornar
tecnicista.¹ A enfermagem participa dos cuidados gerais e específicos na UTI, que se
relaciona o estado mental do paciente, oxigenação, sinais vitais, motilidade,
deambulação, alimentação, cuidado corporal, eliminação, cuidados com a terapêutica
medicamentosa, como uso continuo de drogas vasoativas, além de gerenciar a equipe e
os recursos materiais. O dimensionamento da equipe de enfermagem, que muitas vezes
não corresponde à demanda do trabalho, o que leva a possibilidade de erro nas atividades
assistenciais e contribui para diminuição dos relacionamentos interpessoais da equipe.² A
complexa assistência prestada pela equipe de enfermagem e a demanda de atividades
realizadas pelos mesmos juntamente com a quantidade insuficientes de profissionais para
prestação do cuidado, aumentam o risco de erros além de diminuir as relações
interpessoais tanto entre a equipe quanto equipe e paciente, pois a monitorização continua
da hemodinâmica do paciente, a quantidade de procedimentos a serem realizadas no
decorrer dos plantões com o acréscimo das atividades gerenciais, acabam não permitindo
a reflexão quanto à necessidade de afetividade no contato com o paciente, partindo desse
princípio torna-se necessário ampliar a discussão entre as equipes de saúde para assim
oportunizar estratégias que ampliem o cuidar.² CONSIDERAÇÕES FINAIS: Concluise, portanto que o enfermeiro desenvolve atividades tanto assistenciais quanto gerenciais
dentro de uma UTI, que por sua vez é uma unidade complexa por conter pacientes em
estado crítico, fazendo com que o profissional esteja sempre se atualizado principalmente
por exercer atividades especificas dentro desta unidade, que implicam em conhecimento
científico, agilidade, pensamento crítico e dedicação, para assim prestar atendimento
condizente com reais necessidades de cada paciente. A enfermagem tem papel essencial
na dinâmica do cuidado, pois assiste o paciente de forma contínua, ajudando na
estabilização do mesmo, como também providenciando recursos materiais e humanos.
Porém, com a evolução, e aperfeiçoamento tecnológico de equipamentos para
monetarização e procedimentos específicos, o profissional acaba se tornando tecnicista,
o que diminui sua relação com o paciente e distanciando um cuidado humanizado.
Portanto se torna notório que além de obter conhecimento científico, faz-se necessário
refletir quanto à importância do contato afetivo com os pacientes e familiares, refletindo
dessa forma a própria atuação quanto profissional, valorizando a qualidade do cuidado de
forma integral. Integrando competência clínica e recursos tecnológicos como ferramenta
importante para auxiliar na assistência e buscando estratégias que viabilizem a
humanização como parte indissociável do processo do cuidar. CONTRIBUIÇÃO PARA
ENFERMAGEM: Elucida os cuidados de Enfermagem, bem como denota a sua
importância para dinâmica no UTI, buscando demonstrar dessa maneira a necessidade do
conhecimento técnico científico para prestar uma assistência qualificada. Com intuito de
incentivar o profissional de Enfermagem buscar cada vez mais se qualificar não se
esquecendo da importância da humanização na assistência.
Descritores: Cuidados de Enfermagem; Unidade de Terapia Intensiva;
Humanização da Assistência.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado
em todas as fases da vida.
REFERÊNCIAS
1.
CHAVES, Lucieli Dias Pedreschi; LAUS, Ana Maria; CAMELO, Sílvia
Henriques; Ações gerenciais e assistenciais do enfermeiro em unidade de terapia
intensiva; Rev. Eletr. Enf. 2012 jul/set; 14(3); 671-8; 2012;
2.
INOUE, Kelly Cristina; MATSUDA, Laura Misue; Dimensionamento da
equipe de enfermagem da UTI-adulto de um hospital ensino. Rer. Eletr de Enf. Goiás,
2009.
3.
MENDES, Tarcísio Nélio Cunha; UTI – Passado, Presente e Futuro;
Centro de Estudos Superiores de Itapecuru-mirim CESIM; Universidade Estadual do
Maranhão; 2010.
4. SILVEIRA, R.S;LUNARDI, V. L; FILHO, W. D. L;OLIVEIRA, A. M. N; Uma
tentativa de humanizar a relação da equipe de Enfermagem com a família de pacientes
internados na uti; Florianópolis, 2005.
5. VARGAS, D; BRAGA, A. L; O Enfermeiro de Unidade de Tratamento
Intensivo: Refletindo sobre seu Papel; Artigo elaborado a partir da monografia intitulada
“O papel do enfermeiro em Unidade de Terapia Intensiva”, São Paulo, 2010.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
AÇÕES E PRÁTICAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AOS ACIDENTES
OFÍDICOS
Ana Gisely da Silva Carneiro e Anderson Reis de Sousa.
INTRODUÇÃO: Os acidentes ofídicos representam um sério problema de saúde pública nos
países tropicais pela frequência com que ocorrem e pela morbimortalidade que ocasionam.
Acidentes por animais peçonhentos, é ocasionado do envenenamento causado pela inoculação
de toxinas, através das presas de serpentes (aparelho inoculador), podendo determinar
alterações locais (na região da picada) e sistêmicas.1 No Brasil, quatro tipos de acidente são
considerados de interesse em saúde: botrópico, crotálico, laquético e elapídico. Acidentes por
serpentes não peçonhentas são relativamente frequentes, porém não determinam acidentes
graves, na maioria dos casos, e, por isso, são considerados de menor importância. É importante
relatar que representam um importante, embora negligenciado, problema de saúde pública no
Brasil. A maioria destes acidentes ocorre com trabalhadores rurais do sexo masculino com idade
entre 15 a 49 anos e os membros inferiores são os mais atingidos. As serpentes não apresentam
interesse em picar uma pessoa e, quando fazem isso, é para se defenderem. E no Brasil nenhuma
espécie peçonhenta vem intencionalmente até uma pessoa para picá-la, são as pessoas que não
percebem a presença da cobra e se aproximam dela. Por isso, toda atenção é recomendada
quando estamos nos habitats desses animais. Os acidentes ofídicos têm importância médica em
virtude de sua grande frequência e gravidade. A padronização atualizada de condutas de
diagnóstico e tratamento dos acidentados é imprescindível, pois as equipes de saúde, com
frequência considerável, não recebem informações desta natureza durante os cursos de
graduação ou no decorrer da atividade profissional.2 OBJETIVO: Refletir sobre as ações e
práticas da equipe de Enfermagem frente aos acidentes ofídicos. METODOLOGIA: Trata-se
de uma reflexão acerca da problemática em questão que emergiu das discussões realizadas em
sala de aula no Curso de graduação em Enfermagem da Faculdade Nobre de Feira de Santana,
Bahia, aonde foram abordados aspectos importantes de ofidismo tais como anatomia;
epidemiologia, prevenção ao acidente ofídico; características e importância dos acidentes
ofídicos; primeiros socorros; procedimentos diante de acidentes com serpentes e tratamento
com anti-venenos, e principalmente cuidados de enfermagem com pacientes vítimas de picada
de cobras. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após a apresentação, a maioria dos ouvintes
soube descreve corretamente os problemas ocasionados por esse tipo de procedimentos e os
resultados de seus agravantes, identificação do mecanismo de ação por tipo, e cuidados de
enfermagem específicos. Pode-se refletir que o objetivo foi atingido, em sensibilizar a plateia
quanto a importância dos acidentes ofídicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora o
ofidismo apresente índices elevados para as condições de promoção e prevenção da saúde
pública, o Brasil demonstra na área técnico funcional, que ações premeditadas e
desenvolvimento de substâncias de combate ao envenenamento uma grande ascensão nas
políticas públicas de saúde. As etapas caracterizadas do envenenamento, denominado como
manifestações clínicas são claras e bem definidas, no entanto manifestações sistêmicas como a
análise deste estudo mostra-se insuficientemente definido, acumulando hipóteses e
patogenicidade provável. O estudo epidemiológico expõe de forma concisa as ocorrências dos
acidentes específicos por animais desta e demais espécies, porém há uma grande lacuna entre
os sistemas de notificação da vigilância epidemiológica e fidelidade da coleta de dados
realizada pelo profissional da saúde. Em decorrência disto não somente o sistema de informação
seja prejudicado, mas a necessidade de tratamentos prolongados e afastamento da vítima de
suas atividades normais e possivelmente de subsistência. Entende-se portanto, que os
profissionais de saúde devem realizar cada vez mais ações que atraiam a população masculina
para os serviços de saúde, fazendo desta forma que estes se tornem parte integrante dos
programas de saúde, atendendo a suas singularidades e vulnerabilidades específicas.
CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM: O enfermeiro deve possuir preparo técnico
científico para proporcionar um atendimento imediato adequado, manter atenção quanto as
possíveis reações da ação do veneno e terapia antivenoso, proporcionar suporte emocional junto
às medidas terapêuticas necessárias, o que é relevante para obtenção de êxito no atendimento,
orientar a vítima sobre o acidente e tratamento oferecendo-lhe segurança e planejar assistência
de enfermagem individualizada de acordo com as necessidades humanas básicas afetadas.
Descritores: Assistência de enfermagem, ofidismo, prevenção.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem
o cuidado em todas as fases da vida.
REFERÊNCIAS:
1. FUNASA (Ministério da Saúde - Fundação Nacional d Saúde).
Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por
Animais Peçonhentos. 2 ed. Brasília.2001
2. BRASIL Ministério da Saúde. Ofidismo: Análise
Epidemiológica. Brasília,1991.
3. BRASIL, Ministério da Saúde. Guia de Vigilância
Epidemiológica. 7 ed. Brasília, 2010.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
MEDIDAS PREVENTIVAS PARA O TRAUMA CRÂNIO-ENCEFÁLICO:
ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM
Lídice Lílian Santos Miranda, Jobemara Silva Nunes, Natália PedreiraVinhas, Ana Luíza
Andrada Melo e Sebastião Edmilson Teixeira Oliveira.
INTRODUÇÃO: Traumatismo envolvendo o sistema nervoso central pode acarretar
risco de vida para o paciente. Ainda que não ocasionem esse risco de vida, as lesões do
cérebro e da medula espinhal podem acarretar graves disfunções físicas e psicológicas e
alterar completamente a vida do indivíduo. Os traumas neurológicos refletem no paciente,
na sua família, no sistema de cuidados de saúde e na sociedade como um todo graves
sequelas, além dos custos do cuidado agudo e crônico das vítimas¹. O trauma é
classificado como doença, atingindo várias faixas etárias, assim como classes econômicas
e raças. O indicador que representa as consequências do trauma é o “Anos Potenciais de
Vida Perdidos” (APVP), o qual relaciona-se com a perda de vidas produtivas, as quais
podem ocasionar redução de qualidade de vida, custos econômicos e sobrecarga da
previdência Social.² A questão econômica que envolve os problemas originados pelo
trauma é atualmente uma das mais dispendiosas para o sistema público de saúde no Brasil.
Tendo como origem multifatores dentre os quais, aspectos sazonais, epidemiológicos,
geográficos, econômicos e sociais. Para enfrentar esta problemática é imprescindível que
haja uma estruturação do Estado, dos profissionais inseridos nas ações preventivas,
promocionais e assistenciais, além da sociedade. Atualmente passou a ser tema de
debates, por ser um dos problemas de saúde pública, devido ao seu alto potencial de
morbidade e mortalidade, afetando diretamente a faixa etária ativa da população.³ O
principal trauma e o que causa mais vítimas é o trauma crânio-encefálico (TCE),
conceituado como qualquer agressão que ocasione lesão anatômica ou comprometimento
funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo e, estando classificado por
sua intensidade, em grave, moderado e leve. Sendo um processo dinâmico, já que as
consequências patológicas podem continuar e evoluir com o tempo. Após resolução das
urgências clínicas e neurológicas que ocorrem nas fases iniciais do atendimento a pessoas
que sofreram TCE, inicia-se um longo processo de recuperação que tem características
peculiares e que pode esbarrar com complicações muitas vezes inevitáveis relacionadas
ao traumatismo. 5 Com o passar dos tempos e as mudanças tecnológicas contribuindo com
a evolução da humanidade, o TCE, desde a década de 1682 é relacionado como fator de
óbito, tendo um aumento com o passar dos anos e ocasionando os elevados índices de
morbidade e mortalidade. Onde suas vítimas são em sua maioria acometidas através de
acidentes automobilísticos, motociclísticos, ciclísticos, atropelo, arma de fogo, além de
outros com menos frequência.¹ A realidade alarmante do incidência de trauma crânio
encefálico atrai muitos profissionais interessados em cuidar dos pacientes acometidos,
sempre buscando aprimorar conhecimentos para uma melhor abordagem e atendimento.
Porém, a prevenção é um dos fatores mais importantes nesse quadro e que não é
enfatizado pela maioria dos profissionais da equipe de enfermagem, contribuindo para o
aumento das estatísticas.
5
OBJETIVO: Refletir sobre a atuação da equipe de
Enfermagem frente à prevenção do TCE. DESCRIÇÃO METODOLÓGICA: Trata-se
de uma pesquisa pautada em revisão de literatura, realizada em livros e as bases de dados:
Scielo, Bireme e Lilacs, utilizando os descritores: Enfermagem, Trauma Crânioencefálico e Prevenção, publicados de 2004 à 2013. Foram encontrados onze artigos e
selecionados quatro. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O TCE e as diversas
consequências que ele desencadeia é um problema de saúde presente em todo o mundo,
enquadrando-se também os países desenvolvidos, possuindo apenas variabilidade de
causas, faixa etária e quantidade.
Os SME (Serviços Médicos de Emergência)
desenvolveu uma Agenda SEM for the future, onde a prevenção se enquadra nos 14
atributos que deverão ser realizados em prol da otimização da saúde pública, tanto para
comunidade quanto para os gastos econômicos oriundos do trauma e suas consequências.
A visão da prevenção na saúde trata-se de ações compiladas em prol de medidas
preventivas de doenças e agravos. Assim, entende-se que doença está inserida em
qualquer agravo à saúde, nesse contexto insere-se o trauma. A prevenção do trauma tem
como pioneiro o Dr. William J. Haddon Jr., o qual em 1960 conceituou através da criação
da Matriz de Haddon, a qual demonstra por gráficos as possibilidades de ocorrências do
trauma, além de contribuir com o planejamento de estratégias preventivas,
desmistificando a relação do trauma com má sorte ou destino. A assistência de
enfermagem possui através de muitas teorias e conceitos, seus princípios formalizados.
Onde o ser humano deve ser visto como integrante de uma família, de uma sociedade,
reconhecendo sua realidade, pois estas questões irão incidir sobre as condições biológicas
e psicológicas. O profissional deve inserir-se no contexto do indivíduo para elaborar uma
intervenção planejada e efetiva, onde haverá uma menor resistência. Buscando com isso,
ações preventivas, de restabelecimento e manutenção da própria saúde. A inserção da
equipe de enfermagem no contexto preventivo do trauma visa combater esse problema de
base comunitária na sua essência, que é a própria comunidade. A equipe de enfermagem
juntamente com uma equipe multidisciplinar deve adequar-se à realidade encontrada na
unidade, tanto na prevenção de novos casos quanto na repetição de trauma em vítimas
que já foram acometidas. Para isso, primeiro organiza-se uma observação de
levantamento de dados, identifica-se os grupos de maior risco, planeja-se as intervenções
e implementa-as. Mesmo que as ações sejam gradativas e sem grande expansibilidade, o
contexto gerado servirá tanto para contribuir com a comunidade participante quanto de
exemplo para realização em outras áreas. Promovendo a manutenção da saúde,
privilegiando uma ação interprofissional, para que os objetivos advindos do planejamento
sejam efetivados com eficácia. Assim a fundamentação do trabalho da equipe de
enfermagem frente ao processo de enfrentamento do TCE deve ser pautada em bases
científicas, epidemiológicas e sociais5. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A saúde pública
visualiza o TCE como uma epidemia negligenciada, porque apesar das ações de sucesso
em outras áreas de atuação o processo de prevenção não é visto como prioridade, levando
para uma contribuição no aumento da morbidade e mortalidade humana. A transformação
dos índices de acometimentos de pessoas pelo trauma só mudará quando houver uma
ativação profissional em busca da prevenção. Para que haja um adequado planejamento
para ações efetivas, devem-se estruturas e enriquecer as bases epidemiológicas, que
atualmente no Brasil encontram-se deficientes. A equipe de enfermagem, em seu espaço
de trabalho, deve buscar promover atividades preventivas, visando também ações de
proteção e reabilitação para às vítimas do TCE. Baseando-se em uma visão holística do
paciente, englobando-o no processo de promoção da saúde sob a percepção da realidade
encontrada na comunidade. Além de buscar a integração das esferas do sistema de saúde
pública, para uma melhor resolubilidade dos serviços prestados, em prol da prevenção e
diminuição dos índices dessa problemática5.
Descritores: Assistência de Enfermagem. Atendimento emergencial. Trauma.
Eixo Temático: Novas perspectivas do trabalho em Enfermagem no Ensino, Pesquisa e
Extensão.
REFERÊNCIAS
1. SMELTZER, S. C.et al. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem MédicoCirúrgica. 11 ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2009.
2. LEITÃO. Fernando Bueno Pereira et al. Prevenção e Atendimento Inicial do
Trauma e Doenças Cardiovasculares: um Programa de Ensino. Revista
Brasileira de Educação Médica. 419 32 (4) : 419–423; 2008.
3. GAUDÊNCIO, Talita Guerra & LEÃO, Gustavo de Moura. A Epidemiologia do
Traumatismo Crânio- Encefálico: Um Levantamento Bibliográfico no Brasil.
Revista Neurociência. 21(3):427-434, 2013.
4. CANOVA, J. C. M. et al. Traumatismo cranioencefálico de pacientes vítimas
de acidentes de motocicletas. Arq. Ciência Saúde. São Paulo, v. 17, n.1.p. 914, jan/mar. 2010.
5. NAEMT. Atendimento Pré-Hospitalar ao Politraumatizado. Brasil: Editora
Elsevier, v. 7, p. 11-29, 2012. GOMES, Romeu.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AO PACIENTE COM ACIDENTE
VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO: REVISÃO DE LITERATURA
Elenildes Santos Carneiro Brit0, Juliana Magalhães dos Santos e Deise Freitas Casaes.
INTRODUÇÃO: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de
morte e incapacitação no mundo. Nos Estados Unidos 500 mil pessoas sofrem um
AVC a cada ano, dessas, 150 mil morrem anualmente, muitas dessas pessoas ficarão
com sequela neurológica por vezes irreversível, tornando-se um problema de saúde
publica, pois os custos e tratamentos para estes pacientes são elevados. 1 No Brasil, a
saúde tem um perfil epidemiológico que se destaca pelas doenças cerebrovasculares
com crescentes números de pessoas com deficiência gerando um impacto em todos os
aspectos da vida. Os fatores de risco para AVC incluem hipertensão arterial, fibrilação
atrial, hiperliperdemia, obesidade, tabagismo e diabetes. Assim, as pesquisas no
âmbito das doenças cérebro vasculares tornam-se fundamentais para alicerçar o
enfermeiro no cotidiano da sua prática, fornecendo subsídios para auxiliar no
entendimento das relações envolvidas no processo de adoecimento, inerente ao
paciente e à família. O AVC é uma doença silenciosa, pois ela aparece como a principal
causa invalidez e morte e tem como consequência importante a incapacidade motora.
OBJETIVO: identificar os fatores de risco do Acidente Vascular Cerebral isquêmico
bem como a assistência e conduta de enfermagem diante de um paciente com este tipo
de doença, enfatizando para a qualidade dessa assistência a identificação rápida dos
sinais e sintomas encaminhando a pessoa imediatamente para um hospital de
referência especializado. Espera-se que este artigo possa contribuir para os
profissionais em enfermagem no âmbito da prevenção da patologia falada, dos
cuidados de enfermagem, bem como a educação dos familiares do paciente que sofreu
um AVC e em especial o papel fundamental do enfermeiro para efetuar as
intervenções. METODOLOGIA: Esse trabalho foi fundamental através das pesquisas
já existentes que tratam da temática em questão, baseado na pesquisa bibliográfica foi
realizado uma revisão de literatura, enfatizando assim, a concepção de diversos
autores, para tanto, foram utilizados livros e trabalhos científicos da área de saúde
como: artigos, teses, resenhas e ensaios. A coleta de dados foi feita através dos artigos
científicos sobre a temática, foram acessados nas bases de dados Scielo, Portal da
Capes, Google Acadêmico, publicados nos últimos anos (2008 a 2014). Utilizamos 21
artigos nacionais, disponíveis online em texto completo com os seguintes descritores:
Acidente Vascular Cerebral, assistência de enfermagem, consequências. Para a seleção
das fontes considerou-se como critério de inclusão as bibliografias que abordassem o
Acidente Vascular Cerebral e consequentemente a temática desenvolvida, foram
excluídas aquelas que não atenderam a temática para construção da pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Este estudo mostra a importância de um
diagnóstico preciso e de cuidados adequados para o paciente vítima do Acidente
Vascular Cerebral Isquêmico (AVCi). Ressalta-se que durante a permanência do
paciente no âmbito hospitalar, a equipe de profissionais, principalmente a enfermagem
devem manter contato com os familiares deste paciente, sinalizando os principais
cuidados que deverão ser prestados em domicílio, para que assim o mesmo venha a
obter melhoras no período de recuperação e mantendo uma qualidade de vida
satisfatória.2,3 Lembrando que a depender das sequelas o paciente necessitara de
cuidados mais precisos e de uma atenção mais redobrada, impedindo o aparecimento
de novas complicações a este paciente. CONCLUSÃO: Todo déficit neurológico
agudo deve ser visto como um AVC até prova em contrário. Da mesma maneira que
há urgência na abordagem de um infarto do miocárdio, é essencial todo sistema de
saúde tratar o AVC com a mesma urgência e prioridade. O suporte clínico é essencial
no manejo do AVC: priorizar vias aéreas e circulação. Se houver necessidade, não
hesitar em proceder à intubação orotraqueal. Da mesma forma evitar aspiração, tratar
hipoglicemia ou hiperglicemia, corrigir hipoxemia, evitar hipertermia, hiponatremia e
etc. Quanto mais precoce e eficazmente as medidas são tomadas, maiores as chances
de “salvar o cérebro”.4A enfermagem tem um papel importante no que diz respeito á
assistência ao paciente neurológico, pois permanece atenta ao paciente durante todo o
processo de tratamento e reabilitação, prevenindo ou detectando precocemente as
complicações. A aplicação da escala de coma de Glasgow se torna um instrumento
importante, visto que alterações como aumento da pressão intracraniana ou aumento
de hemorragia podem se apresentar através das alterações do diâmetro das pupilas. A
resposta à estimulação dolorosa também se faz importante, visto que através dela
podemos avaliar o nível de coma ou sedação do paciente. O Acidente Vascular
Cerebral é uma emergência médica, é possível reduzir o déficit neurológico na fase
aguda e prevenir eficazmente a ocorrência de novos eventos vasculares. O papel do
enfermeiro nesse aspecto é crucial, pois a pronta estabilização do doente e o início
precoce da investigação etiológica são determinantes no prognóstico final.
Descritores:
Acidente
Vascular
Cerebral,
Assistência
de
enfermagem,
Consequências.
Eixos temáticos: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em
todas as fases da vida
REFERÊNCIAS
5. BRASIL. Linha de Cuidados em Acidente Vascular Cerebral na Rede de
Atenção à Urgências e Emergências. 2010. Disponível em:
<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/linha_cuidado_avc_rede_urg_e
mer.pdf>. Acesso em 12 Agostos 2013.
6. CABETTE, S.R. et al. Rotinas no AVC pré-hospitalar e hospitalar. Ministério
da
Saúde
2010.
Disponível
em:
<http://pwweb2.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/redebrasilavc/usu_doc/rotinas
_no_avc_rbavc_outubro_2010.pdf>. Acesso em 12 Agostos 2013.
7. CINTRA, E. A. et al.. Assistência de enfermagem ao paciente gravemente
enfermo. São Paulo: Editora Atheneu, 200r. Acesso em 12 Agostos 2013.
8. GUYTON, A.C.. Fisiologia Humana. Rio de Janeiro - RJ: Guanabara Koogan,
2008. 6 ed. Acesso em 12 Agosto 2013.
9. MARTINS, H.S. et al. Emergências Clínicas – Abordagem Prática. 6 ed.:
Barueri – SP. Manole, 2011. Acesso em 12 Agostos 2013.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
OCORRÊNCIA DE ACIDENTES NA INFÂNCIA E A IDENTIFICAÇÃO DOS
PRINCIPAIS FATORES DE RISCO
Juliana Magalhães dos Santos, Elenildes Santos Carneiro Brito e Michelle Teixeira
Oliveira.
INTRODUÇÃO: Os acidentes na infância e adolescência constituem atualmente um dos
principais problemas de saúde pública no Brasil. Além disso, esses acidentes causam um
sofrimento muito grande às famílias e um custo econômico muito alto ao sistema de
saúde, principalmente nos casos em que deixam sequelas e invalidez na criança Os
acidentes estão entre as principais causas de morte durante o período da lactação,
especialmente nas crianças entre 06 e 12 meses de vida.1 OBJETIVO: A finalidade deste
trabalho foi identificar as principais causas e fatores de risco dos acidentes envolvendo
crianças no ambiente domiciliar, visto que existem medidas preventivas com intuito de
fornecer subsídios para uma abordagem educativa necessária à prevenção e promoção, de
acordo com o grau de desenvolvimento da criança. METODOLOGIA: Esse trabalho foi
fundamentado através das pesquisas já existentes que tratam da temática em questão,
baseado na pesquisa bibliográfica foi realizado uma revisão de literatura, enfatizando
assim, a concepção de diversos autores, para tanto, foram utilizados livros e trabalhos
científicos da área de saúde como: artigos, teses, resenhas e ensaios. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Os acidentes têm relação com uma rede ampla de fatores, tais como as
condições ambientais, físicas, culturais e sociais da família: o estilo de vida dos pais,
condições de vida e trabalho, urbanização, marginalidade, desemprego, desigualdade
social, superpopulação, miséria, educação, estresse, condições impróprias de moradia,
vigilância insuficiente, entre outros. Verifica-se que os acidentes têm contribuído
significativamente para elevar a taxa de morbi-mortalidade infantil, pois, além de estarem
intimamente relacionados com a própria fase da infância.2 No Brasil, cerca de 6 mil
crianças morrem vítimas de acidentes domésticos. Deste total, somente 140 mil são
hospitalizadas. Entre 01 e 14 anos, os acidentes representam a principal razão de morte
em nosso país, tendo como fonte os dados do IBGE e o Ministério da Saúde. 3,4
CONCLUSÃO: A prevenção de acidentes requer proteção e educação. Discutir com os
pais e fornecer orientações sobre os maiores riscos de acordo com a idade da criança são
o melhor caminho. Os acidentes não podem ser entendidos como obras do acaso e sim,
como eventos resultantes da soma de diferentes fatores previsíveis e passíveis de
prevenção. A prática de medidas de prevenção ensina segurança à criança, o que se aplica
aos pais e seus filhos, bem como às enfermeiras e seus clientes.
Descritores: Infância; Acidentes Domésticos, Prevenção.
Eixos temáticos: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em
todas as fases da vida.
REFERÊNCIAS
1. Varella. Dráuzio. Corpo humano Afogamento. http://drauziovarella.com.br/crianca2/afogamento.
Acessado
no
dia
13/03/2013http://www.perfil.com.pt/equal/cp/pro05/15pro05.htm.
2. SZPILMAN David Afogamento na infância: epidemiologia, tratamento e prevenção.
http://www.spsp.org.br/Revista_RPP/23-27.pdF. Acessado no dia 13/03/2013
3. UNICEF.
Instituto
nacional
de
saúde.
As
Crianças
e
as
quedas.
http://www.who.int/violence_injury_prevention/child/injury/world_report/Falls_portuguese.
pdf. Acessado no dia 13/03/2013.
4. Malu
Echeverria.
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI7509116889,00.htm. Prevenção de acidente. Pronto-socorro online. Acessado no dia 13/03/2013
5. MINISTÉRIO DA SAÚDE; Sociedade Brasileira de Pediatria; Criança Segura; Victor
Nudelman, pediatra do Hospital Israelita Albert Einsteinhttp://revistacrescer.
globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI75091-16889,00.htm. Acessado no dia 13/03/2013.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
FATORES QUE CARATERIZAM O MIELOMA MÚLTIPLO: UMA REVISÃO
DE LITERATURA
Elenildes Santos Carneiro Brito, Vanessa Gonçalves Figueiredo dos Santos e Ana
Margarete Cordeiro da Silva Maia.
INTRODUÇÃO: O Mieloma múltiplo (MM) é caracterizado por uma neoplasia
maligna progressiva e incurável de caráter hematológico da medula óssea, e sua
principal alteração surge nas células plasmáticas desencadeando uma proliferação
descontrolada. ¹O Mieloma Múltiplo corresponde 1% de todas as neoplasias maligna
sendo a segunda neoplasia sanguínea mais vista no mundo, acometendo
principalmente pessoas idosas, com idade média ao diagnóstico de 65 anos, com
prevalência em pessoas negras. Segundo Klaus, Carvalho e Baldessar (2009), a grande
incidência do MM nos últimos anos relaciona-se com uma série de fatores genéticos,
radiação, benzeno, exposição crônica á agentes poluentes, doenças inflamatórias
crônicas, terapia imunossupressora e doença autoimune parecem desencadear a
doença.² OBJETIVO: A finalidadedesse trabalho é mostrar a importância de
descobrir o câncer em seu estágio inicial, e mediante o diagnostico detectar os
diferentes tipos do MM para assim viabilizar o tratamento METODOLOGIA: Tratase de uma pesquisa qualitativa, do tipo revisão de literatura, de caráter exploratório.
Os descritores utilizados para compor a amostra foram: Mieloma Múltiplo, diagnóstico
e tratamento. Como critério de inclusão utilizou-se os artigos escritos em português e
publicações dos últimos dez anos nas bases de dados do PubMed, Med-line, Lilacs,e
Scielo. Para seleção das fontes considerou-se como critério de inclusão as bibliografias
que abordassem o MM, ser escrito em português, nos últimos 07 (sete) anos 2007 a
2013 e que atendam aos objetivos da pesquisa e foram excluídas aquelas que não
atenderam a temática para construção da pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO.
O Mieloma Múltiplo é uma doença que quando descoberta, o tratamento deve ser
iniciado imediatamente em pacientes que apresentem sintomas, dessa forma
diminuiria os efeitos da agressão da neoplasia no organismo, possibilitando assim uma
qualidade de vida a esses pacientes. Existem alguns tratamentos para o MM, mas
nenhum vai fazer a doença desaparecer para sempre, isto quer dizer que não existe
cura para esta doença. Mas existem algumas terapêuticas que através do diagnóstico e
orientações médicas permitem controlar o avanço da doença, fazendo regredir e ficar
estável.³ O tipo de tratamento depende de vários fatores como a idade do paciente, os
mais jovens e com estado de saúde poderão fazer terapêuticas mais agressivas,
enquanto doentes mais velhos e com outras patologias torna-se difícil, pois devido as
respostas imunológicas ser sensível a tratamentos mais fortes como, por exemplo, a
quimioterapia que consiste na administração de medicamentos que tem a capacidade
de destruir os plasmócitos melhorando os sintomas como a anemia e as dores ósseas.
O prognóstico da doença é determinado pela taxa de crescimento da proteína
monoclonal e da produção de citocinas que danificam as células do paciente, por isso
faz-se o acompanhamento através de exames laboratoriais, mesmo quando o paciente
está submetido ao tratamento, com a finalidade de observar o estadiamento do MM.
CONCLUSÃO. O Mieloma Múltiplo é um tipo de câncer raro, com distribuição
mundial e cada ano aparece novos casos de pessoas diagnosticadas em estágios
avançados da doença. Estudos revelam que um diagnóstico tardio é um risco para o
paciente, pois reduz as chances na qualidade e sobrevida desses pacientes. Mieloma
Múltiplo é uma doença silenciosa que muitas vezes surpreende a pessoa sem dar sinais
da doença, por ser um tipo de câncer agressivo, que compromete os órgãos vitais, o
tratamento deve ser o mais rapidamente possível, pois com isso o paciente poderá ter
alguns meses a vários anos dependendo da idade, imunidade e da terapêutica
escolhida.Por outro lado, quando diagnosticado no inicio o indivíduo poderá diminuir
as complicações da doença: como fraqueza, perda de peso e destruição óssea. Através
dos tratamentos disponíveis, os portadores dessa doença podem aumenta a chance de
ter uma qualidade de vida, mesmo sendo uma doença incurável. É importante atentar
para o reconhecimento das manifestações clinicas no atendimento ao paciente, pois
dessa forma o mesmo poderá fazer um tratamento adequado no estágio inicial onde as
chances de resposta ao tratamento são maiores devido à instabilidade emocional do
paciente, com isso diminui os números de internações e mortalidade.
Descritores: Mieloma Múltiplo; Diagnóstico; Tratamento.
Eixos temáticos: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em
todas as fases da vida
REFERÊNCIAS
1 SUCRO, Lívia Von; SILVA, Jeferson Cardoso de Moraes Luiz da; GEHLEN,
Guilherme Weschenfelder; ELDIN, Jean Fernando Sary; AMARAL, Gennaro
Antonucci; SANTANA, Marcio Antônio Portugal. Mieloma múltiplo: diagnóstico e
tratamento. Rev Med Minas Gerais. 2009; 19(1): 58-62.[Citado em 30 de setembro
de
2013].
Disponível
em<http://rmmg.medicina.ufmg.br/index.php/rmmg/article/viewFile/85/51>.
Acessado em 23 de setembro de 2011.
2 KLAUS,Daniele Gehlen;CARVALHO, Diélly, Cunha; BALDESSAR,Maria, Zélia.
Caso clássico de Mieloma múltiplo: uma revisão. Arquivos Catarinenses de
Medicina Vol. 38, no. 4, de 2009. [Citado em 30 de setembro de 2013]. Disponível
em <www.acm.org.br/revista/scripts/pdf.php>. Acessado em 22 de outubro de 2011.
3 SILVA, Roberta O. de Paula et al. Mieloma múltiplo: verificação do conhecimento
da
doença
em
médicos
que
atuam
na
atenção
primária
à
saúde.Rev. Bras. Hematol. Hemoter. [online]. 2008, vol.30, n.6, pp 437-444. ISSN
1516-8484. [Citado em 28 de setembro de 2013].
Disponível
em<ftp://ftp.medicina.ufmg.br/.../2007_mestrado_RobertaOliveiraPaulaSi>.
Acessado em: 24 de outubro de 2011.
4 PEREIRA, Ana Marques. Mieloma Múltiplo. Livro Informativo para Doentes 2ª
edição atualizada. 2009. [Citado em 28 de setembro de 2013]. Disponível em
<http://www.pop.eu.com/uploads/files/publico/ferramentas/mieloma_multiplo.pdf>
Acessado em: 15 de outubro de 2011.
5 HUNGRIA, Vania T. M.; MAIOLINO, Ângelo. Mieloma Múltiplo: progressos e
desafios. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. [online]. 2007, vol.29, n.1, pp. 1-2. ISSN
1516-8484.
[Citado
em
30
de
setembro
de
2013]Disponível
em<http://www.cibersaude.com.br/include/mieloma.pdf>. Acessado em: 14 de
outubro de 2012.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
MANEJO EM TERAPIA INTENSIVA DO DOENTE COM NET - NECRÓLISE
EPIDÉRMICA TÓXICA
Juliana Magalhães Dos Santos, Deise Freitas Casaes e Elenildes Santos Carneiro Brito.
INTRODUÇÃO:A paciente A.S.J. 64 anos, sexo feminino, HAS, DM II, IRC não
dialítica, Dislipidêmica, histórico de RM (3meses), apresentou internamento prolongado
após cirurgia, devido complicações clínicas e com ferida operatória. Retorna após alta
hospitalar em regular estado geral e péssimo estado nutricional. Readmitida na Unidade
de Terapia Intensiva com quadro de Descamação total tipo Eritema Multiforme, com
relato de uso de Quinolona (Ciprofloxacina) em internação anterior. A síndrome de
Stevens Johnson (SSJ) e a Necrólise Epidérmica Tóxica (NET) são reações cutâneas
graves, com potencial para morbidade e mortalidade elevadas acometendo a pele e a
membrana mucosa, caracterizada por exantema eritematoso disseminado, com
acometimento centrífugo, lesões em alvo, acometimento de mucosa oral, ocular e genital.
Lesões difusas de pele e mucosa, acompanhadas por distúrbios sistêmicos, são aspectos
clínicos comuns à síndrome de Stevens-Johnson (SSJ), à necrólise epidérmica tóxica
(TEN) e à síndrome do choque tóxico (SCT), sendo a Necrólise Epidérmica Tóxica menos
reconhecida¹. Apresenta aspecto bolhoso superficial, por vezes assemelhado ao obtido
por queimadura solar, enquanto as mucosas são pouco afetadas. As causas são as mesmas
da SSJ- Síndrome de Stevens Johnson: infecções e drogas. A sobreposição clínica com a
SSJ é reconhecida, o que oferece dificuldade diagnóstica². OBJETIVO: Descrever o caso
de uma paciente com Necrólise Epidérmica Tóxica internada na UTI de um Hospital
Cardiológico no interior da Bahia. METODOLOGIA: Esse trabalho foifundamentado
através das pesquisas já existentes que tratam da temática em questão, baseado na
pesquisa bibliográfica foi realizado uma revisão de literatura, enfatizando assim, a
concepção de diversos autores, para tanto, foram utilizados livros e trabalhos científicos
da área de saúde como: artigos, teses, sendo que o levantamento bibliográfico foi
realizado na base de dados dos Scielo e Lilacs. RESULTADOS: Por meio do estudo de
caso apresentado ficou comprovado a necessidade de uma equipe multiprofissional para
o paciente em questão, pois como foi mostrado anteriormente a complexidade do caso e
o difícil diagnostico exige uma equipe de profissionais qualificados e atentos.A paciente
foi acometida por uma descamação de pele, a qual os médicos suspeitaram da síndrome
de Stevens Johnson, mas depois foi diagnosticada com NET – Necrólise Epidérmica
Tóxica. Essa patologia surge geralmente como resposta à administração de determinados
fármacos,sendo responsável por cerca de 1% de todos os internamentos hospitalares por
reações medicamentosas³. O tratamento dos pacientes com SSJ e NET é similar ao
daqueles com queimaduras extensas, com raras exceções. Todos os pacientes devem ser
submetidos à biópsia cutânea para confirmação diagnóstica. O paciente deve ser
observado em UTI, isolamento e ambiente aquecido, evitando-se ao máximo o trauma
cutâneo. O tratamento deve ser realizado com a suspensão de qualquer droga não
essencial à vida e início de reposição de fluídos via endovenosa, principalmente se houver
lesão de mucosa oral que impeça a ingestão de líquidos. Isolamento e alimentação via
sonda nasogástrica devem ser instituídos, pois o paciente apresenta perda calórica e
protéica.4 CONCLUSÃO: Não há nenhum teste de laboratório que estabeleça qual
fármaco causou o eritema, sendo então o diagnóstico empírico. Os testes de provocação
não são indicados considerando que a exposição ao agente pode desencadear novo
episódio grave de SSJ/NET.No dia 14 de junho a paciente foi avaliada pelo infectologista,
o qual suspendeu o Tazocin 2,25 mg IV e solicitou avaliação com dermatologista. A
paciente veio a óbito poucos dias depois de receber alta da UTI.
Descritores: Unidade de Terapia Intensiva; Cuidados Paliativos; Cuidados de
Enfermagem.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida.
REFERÊNCIAS:
1. REZENDE, Lílian Rodrigues do Carmo, PENA, Felipe Montes, SUETH, Daniela
Mendonça, BERTO, Diogo Novas, GUSMÃO, Chayra Barbosa. Necrólise epidérmica
tóxica: relato de caso. Pediatria (São Paulo) 2006; 28(3): 199-203.
2. BULISANI, Ana Carolina Pedigoni; SANCHES, Giselle Domingues; GUIMARÃES,
Helio Penna GUIMARÃES; LOPES, Renato Delascio; VENDRAME, Letícia Sandre;
LOPES, Antônio Carlos. Síndrome de Stevens-Johnson e Necrólise Epidérmica Tóxica
em Medicina Intensiva. Revista Brasileira de Terapia Intensiva Vol. 18 Nº 3, Julho – Setembro, 2006.
3. CABRAL LUIS, DIOGO CARLA, RIOBOM FILIPE, TELES LUIS, CRUZEIRO
CELSO. NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA (SÍNDROME DE LYELL): Uma
Patologia para as Unidades de Queimados. ACTA MÉDICA PORTUGUESA 2004;
17; 129-140. Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e Unidade de Queimados.
Hospitais da Universidade de Coimbra. Coimbra.
4. CRIADO, Paulo Ricardo; CRIADO, Roberta Fachini Jardim; VASCONCELLOS,
Cidia; RAMOS, Rodrigo de Oliveira; GONÇALVES, Andréia Christina. Reações
cutâneas graves adversas a drogas – aspectos relevantes ao diagnóstico e ao tratamento Parte I - anafilaxia e reações anafilactóides, eritrodermias e o espectro clínico da
síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica (Doença de Lyell).
AnbrasDermatol, Rio de Janeiro, 79(4):471-488, jul./ago. 2004
5. ANTUNES, João; BRÁS, Susana; PRATES Sara; AMARO, Cristina; PINTO, Paula
Leiria. Alergia a fármacos com manifestações cutâneas–abordagem diagnóstica.
Revista SPDV 70(3) 2012;
ISBN: 978-85-83-89-035-5
SISTEMATIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA À ENFERMAGEM E A
IMPORTÂNCIA NO CENTRO CIRÚRGICO
Bárbara Carreiro Dourado Lopes, Iandra Suellen Macedo Cerqueira, Kelane Borges
Rocha de Souza, Marli Luz dos Santos, Rayanne Cristine da Paixão Santos e Gilmara de
Souza Sampaio Almeida.
INTRODUÇÃO: O presente trabalho foi desenvolvido para despertar a importância da
Sistematização na Assistência à Enfermagem que é um processo que tem como foco a
assistência individualizada, de acordo com as necessidades básicas do indivíduo, e
objetivando a recuperação à saúde e a segurança do paciente, tendo prioridade na
prestação de serviço com qualidade, melhorando as condições de vida do cliente.
METODOLOGIA: trata-se de uma revisão de literatura, no qual foram relacionadas às
Estratégias para abordagem à Sistematização na Assistência à Enfermagem e as novas
perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida,
ultimamente tem-se destacando como importante ferramenta de trabalho para equipe de
enfermagem, tornando-se pertinente à discussão. Para tanto, foram utilizados os seguintes
descritores: Sistematização na Assistência à Enfermagem, Assistência de enfermagem.
Na busca, foram selecionados artigos relacionados ao tema nesta base de dados. Após
esta etapa foi executada a leitura e, por conseguinte, foram analisadas e selecionadas as
pesquisa de interesse, para construção desse trabalho os dados recolhidos, desempenhado
como fonte de pesquisa pelo grupo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A SAE no centro
cirúrgico proporciona que toda história clínica do paciente esteja em seu prontuário, desde
patologias anteriores e medicações até o período pré, trans e pós-operatório. Detalhando
o estado físico e mental em que o paciente se encontra.a usamos uma revisão
bibliográfica. A enfermagem em si, tem papel fundamental na SAE, como implantar,
planejar, organizar, executar e avaliar o processo de enfermagem do paciente no centro
cirúrgico, proporcionando atendimento único. Será preparado no ambiente pré cirúrgico
com as devidas orientações da cirurgia, será avaliado constantemente pela equipe de
enfermagem sobre seu estado físico e mental antes, durante e após o ato cirúrgico e
receberá um atendimento humanizado. A Sistematização na Assistência à Enfermagem
proporciona uma rotina organizada e controlada no centro cirúrgico, bem como sua
evolução, planejamento, prescrição, implementação de cuidados, execução de
procedimentos e organização no atendimento. Com a ausência de prescrição e evolução
de enfermagem deixa-se de saber como o paciente está se recuperando, pois, não há
informação do seu estado de saúde físico e mental, passando como desapercebido na
unidade, entregue exclusivamente ao cuidado médico (CUNHA e BARROS, 2005,
p.571).Para Carvalho (2008, p.3), “a consulta de enfermagem tem como objetivo ter uma
visão holística, captando toda a informação levada pelo cliente, possibilitando diagnóstico
preciso e elaborar um plano de assistência de acordo com as necessidades”. O tempo
despendido pelo enfermeiro na realização do SAE após a implementação do sistema
padronizado de linguagem pode contribuir para que haja um maior tempo para o cuidado
direto do paciente e desta forma proporcionar uma assistência de enfermagem com maior
qualidade (REZENDE e GAIZINSKI, 2008). A facilidade e a organização do processo
de trabalho contribuem para uma boa qualidade no atendimento ao paciente. Brunner e
Suddarth (2002) consideraram que o centro cirúrgico é umas das unidades mais
complexas e estressante do ambiente hospitalar, por sua especificidade e também por ser
setor de alto risco para pacientes submetidos á intervenção cirúrgica. É considerada uma
unidade de alerta máximo, haja vista a necessidade contínua de prevenção e controle de
riscos associados, a condição que determinou a intervenção cirúrgica, do cliente na
internação, a própria tecnologia de intervenção e a capacidade instalada da unidade com
destaque especial para condições de trabalho e o preparo dos recursos humanos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante disto a sistematização da assistência e a ordenação
e direcionamento das atividades não beneficiará somente os enfermeiros, mas, também
as instituições que terão como avaliar melhor o trabalho desenvolvido; relata ainda, que
independente do referencial teórico, se essa sistematização for realizada de maneira
incorreta poderá resultar em planejamento e implementação equivocados no atendimento
ao paciente. Diante disto, consideramos ainda que a utilização desse processo trouxe mais
segurança para os pacientes e também para os funcionários, onde esse documento seria
uma forma de defesa de seus próprios atos, além da assistência integral e individualizada
ao paciente, com o objetivo de analisar a SAE.
Descritores: Sistematização de Assistência de Enfermagem, Centro Cirúrgico,
Enfermagem.
Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em
todas as fases da vida.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, J. S., VIEIRA, M. J. Prática assistencial de enfermagem: problemas,
perspectivas e necessidades de sistematização. Revista Brasileira de Enfermagem,
v.58, n.3, p.261-265, mai/jun/2005.
CASTELLANOS, B.E.P.; JOUCLAS, V.M.G. Assistência de enfermagem Peri
operatória: um modelo conceitual. Rev. Esc. Enfermagem USP, São Paulo, v.24, n.3,
p. 359-70, dez.1990.
CUNHA, S. M. B., BARROS, A. L. B. L. Análise da implementação da
sistematização na assistência à enfermagem, segundo o modelo conceitual de
Horta. Revista Brasileira de Enfermagem, p. 568-572, 2005.
OLIVEIRA, MAN. A humanização no gerenciamento de novas tecnologias por
enfermeiras de centro cirúrgico. Rev.SOBECC.2005 Out-Dez; 10 (4): 8-12.
BEDIN, Eliana; RIBEIRO, Luciana Barcelos Miranda; BARRETO, Regiane Ap. Santos
Soares – Humanização da assistência de enfermagem em centro cirúrgico. Revista
Eletrônica de Enfermagem, v. 07, n. 01, p. 118 – 127, 2005.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO DO ENFERMEIRO NO PRÉNATAL
Michelle Ramalho Macedo, Ananda Oliveira Silva, Daiane Nunes De Assis, Maiane Silva
dos Anjos, Tainã Moura Vilas Bôas e Gabriela Santana Bastos.
INTRODUÇAO: A consulta de Enfermagem como atividade privativa do enfermeiro,
legitimada na lei do exercício profissional é de grande significado para a orientação,
avaliação constante e periódica da saúde da mulher visando à promoção da saúde e a
prevenção da doença (BRASIL, 2006). Por esta razão, é indispensável a utilização de
ações educativas no decorrer de todas as etapas do ciclo grávido-puerperal na unidade
básica de saúde onde a gestante irá ser acompanhada. Neste cenário cabe a enfermeira
informar sobre as mudanças que ocorrerão no corpo, alimentação saudável, o sucesso da
amamentação, os cuidado com o recém-nascido (RN), riscos e complicações que podem
advir no puerpérieo. Segundo Costa (2010), é nesse período que o profissional terá maior
contanto e vínculo com a paciente criando uma relação de confiança que permite a
abertura de diálogo entre ambas. Entende-se que a gestação e o nascimento são momentos
únicos para cada mulher, e o profissional de saúde deve assumir uma postura educadora
buscando compartilhar saberes e desenvolver na mulher autoconfiança e empoderamento
para viver a gestação, parto e o puerpérieo de forma plena e livre de riscos à saúde. Rios
(2007) afirmam que o pré-natal é um espaço adequado no qual a mulher é preparada para
viver o parto de forma positiva, enriquecedora e feliz, e que o enfermeiro é um
profissional qualificado para atender esta gestante. O presente trabalho tem o objetivo de
abordar por meio de revisão da literatura nacional a importância da consulta de
enfermagem no pré-natal. A motivação para a realização desse estudo originou-se da
vivência como membros da Liga Acadêmica Integrada à Saúde da Mulher (LAISM), um
projeto que integra pesquisa e extensão e em que são realizadas sessões de estudo com
discussão de casos clínicos e artigos científicos sobre diversos temas relacionados à saúde
desse grupo específico e dentre esses temas, o pré-natal. Espera-se com este estudo
colabore para a compreensão da importância do acompanhamento do Pré-natal realizado
pelo enfermeiro na atenção básica na mudança dos perfis de morbi-mortalidade materna
e perinatal. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo bibliográfico, com análise
qualitativa das leituras selecionadas, obtidas de artigos científicos, provenientes de
bibliotecas convencionais e virtuais. Foi realizada uma leitura exploratória das
publicações apresentadas nas bases de dados do LILACS, SCIELO E MEDLINE, no
período de 2004 a 2014, caracterizando assim um estudo retrospectivo, buscando fontes
virtuais, os anos, os periódicos, os métodos e os resultados em comum. Para um breve
resgate histórico, utilizaram-se livros que abordassem o tema e que possibilitasse um
breve relato sobre a importância do pré-natal. Foram selecionados 10 artigos, a partir dos
marcadores saúde da mulher, pré-natal, assistência de enfermagem, e como critérios de
exclusão, além da questão temporal foram excluídos os artigos que não abordavam os
temas já citados. A categoria temática é as novas perspectiva para o trabalho em
enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. RESULTADOS: Diante dos artigos
selecionados, pode-se perceber através de três produções relevantes sobre a temática o
reforço a contribuição das ações educativas no decorrer de todas as etapas do ciclo
grávido-puerperal, destacando que na consulta de enfermagem no pré-natal r a primeira
consulta ocorrerá a partir do diagnóstico da gravidez por meio do exame beta HCG com
o resultado positivo e se fará o cadastramento no Sistema de Acompanhamento a Gestante
(SISPRENATAL), o preenchimento do cartão da gestante com as identificações
necessárias e avaliação do estado vacinal. É através desta primeira consulta que a gestante
deverá ser melhor orientada para que possa viver o parto de forma positiva, pois durante
a gravidez a mulher vivencia vários sentimentos, desde alegrias, se uma gravidez
planejada ou até surpresa, tristeza e mesmo negação, se não planejada. Ansiedade e
dúvidas com relação às modificações pelas quais irão passar, e sobre o desenvolvendo da
criança, medo do parto, de não poder amamentar, entre outros, são também sentimentos
comuns presentes na gestante. Rios (2007) aponta que o período pré-natal é uma época
de preparação física e psicológica para o parto e para a maternidade e, como tal, é um
momento de intenso aprendizado e uma oportunidade para os profissionais da equipe de
saúde desenvolverem a educação com dimensão do processo de cuidar, então faz-se
necessário que o enfermeiro esclareça às dúvidas geradas de forma que a gestante se sinta
segura. Entretanto, diante da extrema importância da consulta do pré-natal, Cotta Reis,
(2009) afirmam ainda que deste modo, a atenção à saúde da mulher na gestação e parto
permanece como um desafio tanto no que se refere à qualidade propriamente dita, quantos
nos aspectos relacionados ao debate filosófico em torno do cuidado. Diante disso,
podemos evidenciar que o acompanhamento ao pré-natal tem impacto na redução da
mortalidade materna e perinatal, desde que as mulheres tenham acesso aos serviços, com
resolubilidades de suas necessidades de saúde, por isso que o enfermeiro é um
profissional qualificado para o atendimento à mulher, que deve ter qualidade suficiente
para o controle dos riscos identificados, e nesse contexto, também fazem parte as ações
educativas de prevenção e promoção da saúde, sem deixar de valorizar as ações voltadas
para a humanização do cuidado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observa-se então a
importância do pré-natal, não só para a mãe, mas para o binômio; mulher e bebê. É
fundamental a capacitação do profissional de enfermagem para receber a gestante, além
disso, o acompanhamento pré-natal tem um grande impacto na redução da mortalidade
materna e perinatal. Vale ressaltar que a fase do pré-natal engloba uma série de fatores,
tendo como um do principal o aspecto bio-psicossocial, visando não só a gestante e o RN,
mas também a sua família. Sendo assim, percebe-se que o pré-natal é o melhor caminho
a ser percorrido pela gestante, pois o mesmo revela a atual saúde do bebê e da mãe,
visando ações preventivas e educativas que norteiam o desenvolvimento de uma gestação,
parto e puerpério assistidos e seguros.
Descritores: Enfermagem; Saúde da Mulher; Pré-Natal.
Eixo Temático: Novas perspectivas do trabalho em Enfermagem no Ensino, Pesquisa e
Extensão.
REFERENCIAS:
BARROS, S. M. B. Enfermagem no ciclo gravídico puerperal. Editora Manole,São
Paulo, 2006
COSTA G.A.,COTTA R.M.M., REIS J.R .Avaliação do cuidado à saúde da gestante no
contexto do Programa Saúde da Família. Rev. Ciência & Saúde Coletiva, 14(Supl. 1),
2009, p.1347-1357.
COSTA, A.M., GUILHEMB, D.,WALTERC M.I.M.T. ,Atendimento a gestantes no
Sistema Único de Saúde. Revista de Saúde Publica,201039(5), 2010, p.768-74.
GAMA, S.G.M.,SZWARCWALD C.L. Fatores associados à assistência pré-natal
precária em uma amostra de puérperas adolescentes em maternidades do Município do
Rio de Janeiro, Rev. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 20 Sup , 2010, p.101-S111.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual técnico de pré-natal e puerpério Normas e
Manuais Técnicos Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos – Caderno nº 5 Brasília
– DF, 2006.
MINISTÉRIO DA SAÚDE., Manual técnico Gestação de Alto Risco. Serie A. Normas e
Manuais Técnicos, 5° edição. Brasília- DF, 2012.
RIOS C.T.F. VIEIRA N.F.C. Ações educativas no pré-natal: reflexão sobre a consulta de
enfermagem como um espaço para educação em saúde, Rev. Ciência & Saúde Coletiva,
12(2), 2007, p.477-486
VETTORE, M.V., DIAS M., Cuidados pré-natais e avaliação do manejo da hipertensão
arterial em gestantes do SUS no Município do Rio de Janeiro, Brasil, Cad. Saúde Pública,
Rio de Janeiro, 27(5, 2011, p.1021-1034.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO INSTRUMENTO PARA PREVENÇÃO DAS
DST E HIV/AIDS NA POPULAÇÃO MASCULINA
Ananda Oliveira Silva, Ádila Maria Matos, Cristine Santos de Souza, Débora Souza
Ferreira, Juliana Ferreira Barros, Tábata Priscila Cerqueira e Anderson Reis de Sousa.
INTRODUÇÃO: A partir do modelo de gênero pactuado socialmente, adotou-se um
padrão de masculinidade hegemônico, com normas e padrões de comportamento a serem
seguidas pelos homens em suas interações sociais, como também na forma que percebem
e lidam com seus corpos. Nota-se nesse modelo a negação, omissão ou ocultação sobre
as necessidades de cuidados e consequentemente redução da busca por assistência à saúde
(COSTA JÚNIOR E MAIA, 2009). Um fator que se vincula a esta problemática é a
consideração de que há dificuldade, neste grupo, em reconhecer suas próprias
necessidades em saúde, cultivando o pensamento que rejeita a possibilidade de adoecer,
mantendo até hoje a questão cultural da invulnerabilidade masculina, de seu papel social
de provedor e de herói (BRASIL,2008). Esta situação dificulta o atendimento de pessoas
do sexo masculino, culturalmente os provedores da família e a referência como
trabalhadores. Assim sendo, a fragilidade, a passividade e a debilidade são qualidades
atribuídas às mulheres restando ao homem reprimir qualquer necessidade de atenção à
saúde. Ou seja, criou-se culturalmente um modelo masculino desfavorável a manutenção
à saúde dos homens. Por conta dessa concepção, a população masculina passou a adoecer
mais tornando-se mais vulnerável as doenças crônicas, as sexualmente transmissíveis
(DST) e as infectocontagiosas como a AIDS, levando a um considerável no índice de
morbidade e mortalidade. OBJETIVO: Descrever a experiência da atividade educação
para a prevenção das DST´S e HIV/AIDS na população masculina. METODOLOGIA:
Trata-se de um relato de experiência sobre a educação para a saúde como instrumento de
prevenção das DST´s e HIV/AIDS na população masculina. A atividade foi realizada
pelas graduandas do sétimo semestre do Curso de Enfermagem da Faculdade Nobre de
Feira de Santana, Bahia. O espaço de efetuação da mesma se deu no terminal rodoviário
municipal, local que cotidianamente recebe um grande fluxo de pessoas que transitam
pela cidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após ter sido realizado o planejamento
estratégico da ação, tendo desenvolvido todo o material a ser utilizado foi realizada ação
que teve como premissa a educação para a saúde, buscando trazer reflexões sobre a
prevenção de DST´s e HIV/AIDS entre os homens, abrangendo todas as faixas etárias
deste público. O local escolhido para a realização da atividade foi o terminal rodoviário
da cidade de Feira de Santana, que se constitui na segunda maior cidade da Bahia, que
recebe grande fluxo de pessoas por ser composta de grandes entroncamentos rodoviários.
A abordagem desenvolvida foi pautada na relação dialética, promovendo a distribuição
de folhetos informativos, preservativos masculinos e buscando desenvolver a escuta
qualificada destes homens, orientações sobre prevenção das Doenças Sexualmente
Transmissíveis, sensibilização quanto a importância da busca pelas unidades de saúde e
esclarecimento das dúvidas geradas no momento. Além deste momento de diálogo com
o público masculino realizou-se a fixação de cartazes com orientações específicas para os
homens nos espaços de grande circulação e nos banheiros públicos. Todo o material
disponibilizado na atividade foram produzido pelas graduandas, que anexaram nos
mesmo os contatos de unidades de saúde, centros de referências e espaços terapêuticos
disponíveis no município. As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) estão entre os
problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo. As DST, também conhecidas
como doenças venéreas, são transmitidas principalmente pelo contato direto, através de
relações sexuais onde o parceiro ou parceira porta a doença, e indireto por meio de
compartilhamento de materiais pessoais mal higienizados ou manipulação indevida de
objetos contaminados (lâminas e seringas). Os agentes causadores são os vírus, as
bactérias e os fungos. Essas doenças acometem principalmente o público masculino, pela
desvalorização do autocuidado associado à questão cultural de o homem não procuram
os serviços de saúde para prevenção e sim quando a patologia já está instalada. As
principais DST que acometem o homem estão concentradas na Sífilis que é transmitida
pela bactéria treponema pallidum, é uma doença com evolução crônica, com surgimento
de um cancro duro nos órgãos genitais e posterior aparecimento de lesões espalhadas pelo
corpo. Quando generalizada, causa complicações cardiovasculares e nervosas. A
Gonorréia onde o contágio se dá pela bactéria Neisseriagonorrheae, provoca a inflamação
da uretra, pode alastrar-se para outros órgãos causando complicações como: artrite,
meningite e problemas cardíacos. Clamídia o contágio é transmitido pela bactéria
Chlamydiatrachomatis provoca inflamação dos canais genitais e urinários. Nos homens
pode provocar esterilidade e a AIDS – Síndrome da imunodeficiência humana (HIV),
transmitida por um retrovírus que destrói as células de defesa, resultando na baixa
imunidade do organismo que fica suscetível a outras infecções. Dentre os sintomas
iniciais destaca-se: fadiga, febre, distúrbios do sistema nervosos central, inchaço crônico
dos gânglios linfáticos e o surgimento de vesículas avermelhadas na derme.
(BRASIL,2005) Durante a realização da ação foi possível verificar que a maioria dos
homens mostrou-se acessível, colaborativos e participativos, no entanto poucos ainda
apresentaram resistência, em sua maioria idosos, principalmente quanto ao recebimento
de preservativos. Após a realização da ação pôde-se observar que esta despertou interesse
do público masculino, evidenciando que a deficiência de ações voltadas exclusivamente
para os homens os afastam dos serviços de saúde. Apesar de inicialmente ser uma ação
voltada para a um grupo especifico ela acabou despertando o interesse de todos que
passavam pelo terminal rodoviário. Pode-se refletir que o objetivo foi atingido, pois os
homens abordados nesta atividade foram sensibilizados quanto a importância de utilizar
preservativos em todos os tipos de relação sexual, independente de idade ou opção sexual,
como forma de evitar as Doenças Sexualmente Transmissíveis. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Entende-se portanto, que os profissionais de saúde devem realizar cada vez mais
ações que atraiam a população masculina para os serviços de saúde, fazendo desta forma
que estes se tornem parte integrante dos programas de saúde, atendendo a suas
singularidades
e
ENFERMAGEM:
vulnerabilidades
específicas.
CONTRIBUIÇÕES
PARA
Aprimoramento técnico relativo a medidas preventivas, como
aperfeiçoamento dos estudos de educação em saúde; Estudo mais elaborado do ponto de
vista teórico, pondo ações significativas para amenizar a incidência de tais problemas
(Doenças Sexualmente Transmissíveis) na população masculina.
Descritores: Enfermagem. Doenças Sexualmente Transmissíveis. Saúde do Homem.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida.
REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de
DST e Aids. Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis.
Brasília: Ministério da Saúde. 2005.
Costa Júnior FM, Maia ACB. Concepções de Homens Hospitalizados sobre a
Relação entre Gênero e Saúde. Psicol Teoria Pesquisa. 2009; 25(1): 55-63.
FERREIRA, Maíra Costa.Desafios da política de atenção à saúde do homem: análise
das barreiras enfrentadas para sua consolidação. Revista Eletrônica Gestão & Saúde
Vol.04, Nº. 01, Ano 2013 p.1833 - 1847.
Ministério da Saúde (BR), Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política
Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem: princípios e diretrizes.
Brasília(DF); 2008.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
HOMENS E AS DIFICULDADES DO EXERCÍCIO DO AUTOCUIDADO E OS
REFLEXOS DO CÂNCER DE PRÓSTATA
Stephanie Cerqueira Maltez, Maria Carolina Oliveira Reis e Anderson Reis de Sousa.
INTRODUÇÃO: A masculinidade como conceito que em várias culturas vem sendo
impregnado de padrões de exigências sociais, que uma vez internalizados funcionam
como registros, impelindo, por assim dizer, o homem a exercer e assumir papéis culturais
de poderoso, salvador, protetor e provedor, caracterizando assim a preocupação com a
saúde como função feminina ³. A construção da identidade masculina segundo pode estar
embutido, de forma contraditória, justamente o não cuidar de si, porque ser homem para
alguns é ser alguém que é poderoso e imbatível. Durante muito tempo, os homens foram
estudados com base numa perspectiva essencialista, como se a biologia predeterminasse
seu comportamento, como se fossem todos iguais. Tal perspectiva é paulatinamente
superada à medida que os estudiosos consideram importante distinguir e inter-relaciona
constantemente a masculinidade como um princípio simbólico e as várias masculinidades
(no sentido das várias identidades dos homens). OBJETIVO: Descrever por meio das
publicações as dificuldades do autocuidado masculino e os reflexos do câncer de próstata.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura. Foram realizadas buscas nas
bases científicas, tais como Scielo e Lilacs, Medline. Para tanto, foram utilizados os
seguintes descritores: Enfermagem, saúde do homem câncer de próstata. Na busca, foram
selecionados 18 artigos, nacionais, publicados entre os anos de 2002 ao ano de 2014
relacionados ao tema nestas base de dados. Após esta etapa foi executada a leitura e, por
conseguinte, foram analisadas e selecionadas as produções mediante aos critérios de
inclusão e exclusão da amostra, que geram a reflexão e análise dos dados para construção
desse trabalho. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A última estimativa mundial apontou
o câncer de próstata como sendo o segundo tipo mais frequente em homens, cerca de 1,1
milhão de casos novos no ano de 2012. Aproximadamente 70% dos casos diagnosticados
no mundo ocorrem em países desenvolvidos. As mais altas taxas de incidência foram
observadas na Austrália/ Nova Zelândia, Europa Ocidental e América do Norte. Esse
aumento pode ser reflexo, em grande parte, das práticas de rastreamento pelo teste do
Antígeno Prostático Específico (PSA). Em países com grande volume de recursos
financeiros, predominam os cânceres de pulmão, mama, próstata e cólon. Em países de
baixo e médio recursos, os cânceres predominantes são os de estômago, fígado, cavidade
oral e colo de útero. Mesmo na tentativa de se criar padrões mais característicos de países
ricos em relação aos de baixa e média rendas, e este padrão está mudando rapidamente.
A incidência do câncer de próstata em homens com idade superior a 50 anos é maior que
30%, aumentando progressivamente até aproximadamente 80% aos 80 anos 4. A despeito
das notadas dinâmicas de invisibilização dos homens nos serviços, a presença e a inserção
desses usuários têm sido vistas (ainda que pouco reconhecidas) como elemento
importante para a construção de uma assistência que, na direção das premissas do SUS,
atenda homens e mulheres como sujeitos de direito à saúde ². É esperado que o número
de casos novos de câncer de próstata aumente cerca de 60% até o ano de 2015, sendo
considerado o mais incidente entre os homens em todas as regiões do país.
Aproximadamente 62% dos casos diagnosticados no mundo ocorrem em homens com 65
anos ou mais. Além disso, a etnia e a história familiar da doença também são consideradas
fatores de risco 4. Os exames de rastreamento para o câncer de próstata, são as etapas mais
importante do tratamento do mesmo, principalmente em países em desenvolvimento, pois
é nessa fase inicial da doença que se tem a oportunidade de oferecer aos homens um
método de tratamento eficaz e mais barato, contribuindo para a manutenção da qualidade
de vida5. O diagnóstico precoce é realizado com o objetivo de descobrir o mais cedo
possível uma doença por meio dos sintomas e/ou sinais clínicos que o paciente apresenta.
A exposição a fatores de risco é umas das condições a que se deve estar atento na suspeita
de um câncer, principalmente quando o paciente convive com tais fatores4. A criação da
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem tem como objetivos promover
ações de saúde que contribuam significativamente para a compreensão da realidade
singular masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos e
que, respeitando os diferentes níveis de desenvolvimento e organização dos sistemas
locais de saúde e tipos de gestão, possibilitem o aumento da expectativa de vida e a
redução dos índice de morbimortalidade por causas preveníeis e evitáveis nessa
população¹. Há, portanto, nessa dimensão, uma deficiência no acolhimento ao público
masculino e a suas demandas. Alguns usuários não encontram nos serviços a escuta de
suas demandas, especialmente se essas forem expressas de formas diferentes daquelas já
consagradas no contexto da assistência, tradicionalmente femininas. É comum os
profissionais defenderem que os homens, além de menos presentes e assíduos, oferecem
mais resistência aos convites para irem ao serviço, faltam mais às consultas marcadas e
não seguem o tratamento como esperado ². A associação do câncer a morte corrobora
com o receio do homem em buscar um diagnóstico precoce “os fatores que dificultam a
realização do toque retal, está presente o medo dos homens em buscar um diagnóstico
precoce para o câncer prostático, gerado pela associação de câncer à morte” ³. Além dos
aspectos simbólicos que podem estar relacionados com a resistência ao toque retal, como
detecção precoce do câncer de próstata, não podemos desconsiderar outros aspectos de
ordem estrutural que, direta ou indiretamente, também comprometem a realização de tal
detecção. Outra dificuldade para o acesso dos homens a esses serviços é a vergonha da
exposição do seu corpo perante o profissional de saúde, particularmente a região anal. O
sofrimento emocional dos homens se deve, às limitações físicas, à diminuição da
capacidade de ereção, ao cansaço, à fadiga e à retirada dos testículos, responsável pela
produção do hormônio masculino (testosterona), que inibe o crescimento do tumor, mas
que também interfere na ejaculação. Com isto, as consequências acarretariam os riscos
da incontinência e da impotência que atingem a essência da masculinidade. Uma questão
bastante apontada pelos homens para a não procura pelos serviços de atenção primária
está ligada a sua posição de provedor. Alega-se que o horário do funcionamento dos
serviços de saúde coincide com a carga horária do trabalho. Não se pode negar que na
preocupação masculina a atividade laboral tem um lugar destacado, sobretudo em pessoas
de baixa condição social o que reforça o papel historicamente atribuído ao homem de ser
responsável pelo sustento da família ¹. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As contribuições
deste estudo buscou entender os obstáculos dos homens para a adesão aos serviços de
saúde, o preconceito contra o câncer e aos exames de rastreamento, sendo estes são
imprescindíveis para a suspeita diagnóstica do câncer de próstata e se for detectado
precocemente, existe uma alta probabilidade de cura. CONTRIBUIÇÕES PARA
ENFERMAGEM: Buscar refletir acerca das questões que envolvem a saúde do homem,
poderá ser um caminho encontrado para a redução dos índices de morbimortalidade
masculina no Brasil. Esta estudo torna-se relevante por se tratar de uma temática
inovadora e que deve ser inserida na pauta do trabalho da enfermeira e da saúde coletiva.
Descritores: Enfermagem. Câncer. Saúde do Homem.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida
REFERÊNCIAS
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Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (Princípios e
Diretrizes). Brasília; 2008.
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Vigilância. Rio de Janeiro: INCA; 2014.
5. PAIVA EP, MOTTA, GRIEP MCS, Rosane H. Conhecimentos, atitudes e práticas
acerca da detecção do câncer de próstata. Acta Paul Enferm. 2010; 23: 88-93.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
HOMENS COM INSIFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA E AS AÇÕES DE
ENFERMAGEM FRENTE A DISFUNÇÃO ERÉTIL
Renata Oliveira da Silva; Maiane O. Miranda Pires, e Anderson Reis de Sousa.
INTRODUÇÃO: A Insuficiência renal crônica (IRC) é um grande problema de saúde
pública, sendo caracterizada como a perda progressiva e irreversível da função renal,
levando ao paciente a realizar terapias substitutivas da função renal, as quais podem ser
realizadas através da diálise peritoneal, hemodiálise e transplante.1A IRC tem como
principal complicação a elevação da ureia (azotemia), que por sua vez desencadeia vários
processos fisiopatológicos no organismo. Uma importante complicação que o paciente
com IRC desenvolve é a disfunção erétil (DE), que é um fator que interfere diretamente
na qualidade de vida do mesmo.¹A DE é quando o indivíduo não consegue manter uma
ereção para uma atividade sexual completa e satisfatória. É um estado predominante em
pacientes portadores de IRC, onde sua etiologia implica fatores orgânicos e psicológicos
eu corroboram para a piora dos casos, onde irá interferir na qualidade de vida, que é um
fator primordial em pacientes renais crônicos que precisam de tratamento
dialítico.²Fatores sociais e psíquicos estão diretamente relacionados ao processo de saúde
e doença, os quais se estabelecem não somente pela IRC, mais também pelas suas
consequências fisiopatológicas, a disfunção sexual torna-se cada vez mais preocupante,
pois leva a baixa da autoestima, sendo que a mesma vem aparecendo em idades cada vez
mais jovens.³A IRC desencadeia processos conflituosos que impõe mudanças constantes
na vida do paciente, que por sua vez necessitam de apoio familiar e dos profissionais de
saúde, o enfermeiro por prestar cuidados contínuos, necessita estar capacitado,
compreender os processos fisiopatológicos da doença e suas implicações para a vida
cotidiana, para assim buscar juntamente com as pacientes estratégias educacionais que
melhorem a qualidade de vida.¹O enfermeiro precisa trabalhar com as possibilidades e
limitações que a doença em si propicia para o paciente.4OBJETIVO: Descrever as ações
de Enfermagem frente a disfunção erétil em homens com insuficiência renal crônica.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica de abordagem qualitativa,
modo descritivo. Utilizando a base de dados SCIELO e Google Acadêmico, incluindo
artigos originais, nacionais, excluindo resumos em anais. Foram identificados 10 artigos,
sendo excluídos5 não estarem relacionados ao tema, foram coletados no mês de setembro
de 2014.Considerando como critério de publicação a língua portuguesa e estar
relacionado ao tema. Na busca, utilizaram-se descritores como: Insuficiência Renal
Crônica; Disfunção Erétil; Ações de Enfermagem; Cuidado de Enfermagem.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A DE nos doentes com IRC, é geralmente o resultado
de patologia multisistêmica, envolvendo vários fatores etiopatogénicos: endócrinos por
alterações do eixo hipotálamo-hipófise-gónada, pois quando o paciente se encontra em
estágios terminais da Doença Renal Crônica, ocorre um desequilíbrio na libertação
pulsátil das gonadotropinas, que são indispensáveis para a função sexual e para a
capacidade reprodutora; outro fator está relacionado diretamente relacionado é as
complicações vasculares por alterações do lúmen e fluxo arterial, neurogénicos devido a
neuropatias periféricas autonómicas e do tecido cavernoso por degenerescência
colagénica do endotélio e tecido muscular liso dos corpos cavernosos. Para tal contribuem
não só a IRC como a patologia associada nomeadamente a hipertensão, a
hipercolesterolémia, e a diabetes.³ Nota-se, que alterações no fluxo sanguíneo, tanto
arterial quanto venoso, podem estar na origem da DE, alterações estas causadas por
doenças precursora da IRC como: hipertensão e diabetes, juntamente com tratamento
farmacológico para estas patologias são capazes de aumentar o risco de DE.5Portanto, a
DE em pacientes com IRC ocorre independente dos níveis séricos de testosterona livre,
pois depende dos distúrbios orgânicos e psicológicos, da condição em que cada paciente
é submetido e da sua capacidade de aceitar as limitações que a IRC acarreta.² Diante da
realidade que o paciente se encontra, torna-se notório a real necessidade de aprimoração
do auto cuidado, de valorização, de autoestima, de trabalhar suas limitações, buscando
tratamentos que viabilizem a melhoria da qualidade de vida. O enfermeiro como parte
integrante da equipe de saúde deve buscar atividades educacionais que busquem a
valorização do ser humano, bem como incentive o mesmo a continuidade do tratamento.
Porém para trabalhar continuadamente com esses pacientes e promover ações que
contribuam para melhoria das expectativas de vida dos mesmos, faz-se necessário
conhecer as expectativas, a visão do paciente referente ao processo saúde-doença bem
como as experiências preexistentes, buscando trazer novas ações que discuta diversas
estratégias e temáticas que ainda são conflituosas para determinados pacientes que não
tem um conhecimento amplo de sua patologia. Visando encorajar o mesmo a participar
da elaboração de práticas propicias e torná-lo participativo do processo do cuidar,
interagindo no processo ensino-aprendizagem.4Outros fatores importantes a ser
trabalhado é o psicológico, pois torna-se notório que a intensa ansiedade, queda da
autoestima e depressão que ocorre em aproximadamente em grande parte dos pacientes
em diálise. Decorrente das limitações impostas pelo tratamento dialítico, além da redução
das atividades econômicas e profissionais individuais, sendo que acontecem mudanças
inesperadas, que influencia no relacionamento interpessoal. Ocorre, portanto, quebra na
harmonia na interação do fator emocional com o orgânico, essenciais para a função
sexual.² CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se portanto, que diante das mudanças e
conflitos enfrentados pelo paciente com IRC, torna-se necessário que o profissional de
enfermagem busque estratégias educacionais que integre o paciente no processo do
cuidar, que propicie conhecimento diversificados referente ao processo de saúde e doença
que o mesmo vem enfrentando. Para tanto, faz-se necessário que o profissional de saúde
esteja capacidade, que tenha conhecimento científico, que dinamize o processo de ensinoaprendizagem para que assim o paciente se sinta envolvido no planejamento do cuidado.
Para realização de ações educativas inovadoras, é imprescindível que o enfermeiro
conheça as diversas possibilidades de terapêuticas atuais, que viabilizem a melhoria da
qualidade de vida, contribuindo para melhoria da expectativa de vida dos pacientes,
buscando sempre trabalhar conforme a necessidade individualizada de cada ser humano,
valorizando seus conhecimentos, suas emoções e realidade de vida. É importante
esclarecer as consequências que a IRC pode trazer a sua vida, bem como prestar
orientação sexual, propiciando um ambiente tranquilo e calmo para o paciente se sentir à
vontade para expressar suas dúvidas e expor sua realidade, para assim realizar uma
assistência que não se restringe a incentivo e orientações referente as condutas
terapêuticas, mais que também busquem ajudar psicologicamente o paciente, buscando
sempre a contribuição dos familiares e evidenciando a necessidade de responsabilização
por ambas as partes.4 CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM: O presente tema
abordado, contribui de forma direta para equipe de enfermagem, pois propicia maior
quantidade de conteúdos relacionados a temática que muitas vezes acaba passando por
despercebido por muitos profissionais. Sendo que elucida as ações que são importantes
para serem realizadas com pacientes com Disfunção Erétil devido a Insuficiência Renal
Crônica.
Descritores: Enfermagem. Insuficiência Renal. Disfunção Erétil.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida.
REFERÊNCIAS
1.QUEIROZ, MVO, et.al.Tecnologia do Cuidado ao Paciente Renal Crônico:Enfoque
Educativo-terapêutico a partir das Necessidadesdos Sujeitos; Florianópolis, 2008.
2.NORA RT, ZAMBONE GS, JÚNIOR FNF. Avaliação da qualidade de vida e
disfunções sexuais em paciente com insuficiência renal crônica em tratamento dialítico
em hospital. ArqCiênc Saúde 2009; 16(2): 72-75.
3.MORALES J, ROLO F, SÁ H. Disfunção Eréctil e Insuficiência Renal Crónic; Acta
Urológica Portuguesa 2001, 18; 3: 35-38.
4. CesarinoCB, CASAGRANDE, LDR. Paciente com Insuficiência Renal Crônica em
Tratamento Hemodialítico: Atividade Educativa do Enfermeiro; Rev.latinoam.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 6, n. 4, p. 31-40, outubro 1998.
5.RODRIGUES, DF, et al. Vivências dos Homens Submetidos a Hemodiálise acerca de
sua Sexualidade. 2011.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
CONHECENDO NOVAS PERSPECTIVAS PARA O PROFISSIONAL
ENFERMEIRO DO TRABALHO: PROMOÇÃO, CUIDADO E QUALIDADE
DE VIDA AOS TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL CONTRA O
CÂNCER DE PELE
Sara Lima da Costa e Anna Paula Matos de Jesus.
INTRODUÇÃO: Em qualquer setor, não apenas no da construção civil, é preciso tornar
claras as medidas de prevenção e promoção da saúde, sendo necessário um maior
conhecimento sobre quais os riscos a atividade laboral coloca o indivíduo. Na construção
civil pode se perceber diversos riscos aos quais os trabalhadores estão expostos, sendo
um dos principais a grande exposição aos raios solares. A saúde do trabalhador na
construção civil merece total atenção por ser este um problema de responsabilidade
pública, onde se mantém um elevado índice de doenças ocupacionais. Merece destaque
questões como: Qual o nível de conhecimento dos trabalhadores da construção civil em
relação à sua saúde ocupacional?9 Os trabalhadores podem produzir conhecimento com a
sua experiência estando esses atentos às relações estabelecidas nos meios de trabalho –
queixas, acidentes, doenças, ações que passam a ser um exercício cotidiano para que se
possa organizar um processo de produção de conhecimento contribuindo para a
transformação da sua realidade. Faz-se necessário cada vez mais conseguir identificar o
que está indo bem e o que está indo mal no espaço de trabalho, não apenas para si, como
também para os colegas, para a comunidade, tornando dessa forma, um exercício
fundamental e permanente para melhor compreender e transformar a relação saúdetrabalho.1 Para o desenvolvimento do tema é necessário dar importância a um melhor
conhecimento quanto aos fatores sociais, físicos e geográficos sobre a incidência do
câncer de pele nos trabalhadores da construção civil, bem como, conhecer melhor sobre
o câncer de pele nessa população e ainda, qual a contribuição que o profissional
enfermeiro do trabalho exerce na prevenção contra o câncer de pele nessa classe
trabalhadora, promovendo mais qualidade de vida no ambiente de trabalho.
METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa do tipo bibliográfica, de natureza
qualitativa e caráter exploratório, com bases eletrônicas de dados do Scielo e Lilacs, assim
também como manuais do Ministério da saúde e em livros de referência sobre a temática.
Esse tipo de estudo é vantajoso por ser de fácil execução, baixo custo, e com elevado
potencial descritivo. Pode ser realizado em curto espaço de tempo, possui facilidade nas
análises e permite descrever os eventos na população, fatores e grupos de risco.
OBJETIVO: Mostrar que o profissional de saúde Enfermeiro do Trabalho vem exercer
valiosa importância na promoção da saúde e melhor qualidade de vida a essa classe de
trabalhadores. Fazendo-se necessário por parte deste profissional sugerir métodos que
contribuem para com a redução da ocorrência dessa doença, através da proteção
específica e adoção de modelo de comportamento e hábitos compatíveis e saudáveis de
vida. Sendo ainda indispensáveis fornecer medidas de bem-estar a todos os trabalhadores,
por meio de palestras e campanhas educacionais, com abordagem em riscos ocupacionais
inerentes à tarefa laboral e ao uso correto do equipamento de proteção individual (EPI).
RESULTADOS: O câncer de pele nos trabalhadores da construção civil vem cada vez
mais deixar claro o quanto é importante o papel do profissional enfermeiro do trabalho
como provedor e disseminador de conhecimento para uma melhor promoção em saúde.
Devendo esse obter medidas para promover a capacitação dos trabalhadores da
construção civil para o combate ao câncer de pele, desenvolvendo, através de atividades
educativas uma melhor prevenção, diagnóstico precoce, assistência e controle. A classe
de trabalhadores da construção civil vem a comprovar, através de pesquisas, que é um
grupo de risco para o câncer de pele, logo, é indispensável à identificação do
conhecimento desses, por meio de investigação sobre quais são as medidas de
proteção/prevenção adotadas por eles, sendo isso uma grande contribuição para melhor
elaboração de métodos e estratégias, para que dessa forma possa se alcançar melhores
resultados na promoção à saúde. O agir em conjunto com a classe de trabalhadores
manterá não apenas o trabalho produtivo, como também, mais dinâmico, envolvente e
facilitador no que se refere a uma melhor propagação de conhecimentos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Acreditar que quanto maior o nível de conhecimento
sobre promoção em saúde é a primeira medida para se viver bem, mais e melhor,
alcançando dessa forma um patamar tão sonhado por todos, que é uma saúde de
qualidade. A enfermagem do trabalho tem como dentre tantas outras funções o dever de
promover saúde! Quanto maiores forem as indagações sobre as questões, não apenas
soluções serão encontradas, como também haverá uma maior evolução na busca da
perfeição ou minimização dos riscos existentes que podem comprometer o viver, sendo
isso um dever e compromisso de todos. O que mantém a humanidade viva, e cada vez
mais dominante da natureza e tudo a sua volta são os questionamentos existentes, para se
encontrar respostas para esses questionamentos é necessário conhecimento, sendo
possível adquiri-los através de estudos e pesquisas, para só assim elaborar planos e se
colocar tudo em prática a serviço de uma melhor qualidade de vida. CONTRIBUIÇÕES
A ENFERMAGEM: O enfermeiro do trabalho assiste aos trabalhadores promovendo e
zelando pela sua saúde, fazendo prevenção das doenças ocupacionais e dos acidentes de
trabalho ou ainda, prestando cuidado aos doentes e acidentados. A enfermagem do
trabalho é um ramo da Saúde Pública e, como tal, utiliza os mesmos métodos e técnicas
empregadas, visando à promoção da saúde do trabalhador, proteção contra os riscos
decorrentes das suas atividades laborais, proteção contra os agentes físicos, biológicos e
psicossociais e recuperação das lesões, doenças ocupacionais e não ocupacionais e sua
reabilitação para o trabalho.10 Neste âmbito, a atuação do enfermeiro na prevenção
primária estará voltada para a redução da exposição da população a fatores de risco de
câncer, tendo como objetivo a minimização da ocorrência dessa patologia, através da
promoção da saúde, proteção específica e adoção de modelo de comportamento e hábitos
saudáveis compatíveis. Esse profissional deve também atuar na prevenção secundária, a
qual abrange o conjunto de ações que permitem o diagnóstico precoce da doença e seu
tratamento imediato, melhorando a qualidade de vida e diminuindo a mortalidade de
câncer.11 Por ações de capacitação e empoderamento da população, muitos são os
trabalhos que trazem a promoção da saúde onde o indivíduo torna-se capaz de exercer um
maior controle da sua saúde, assim também como das outras pessoas e do meio ambiente
em que vive, tomando decisões que possam conduzi-lo a uma saúde melhor.8 Para que se
possa obter saúde no trabalho é necessário um conjunto de atividades que reúne ações de
vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, visando sempre a recuperação e
reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos a riscos e agravos advindos das
condições de trabalho.10 Como em muitas de suas atribuições, o enfermeiro do trabalho
tem também a função de promover saúde através de ações de orientações quanto a uma
maior prevenção ao câncer de pele aos profissionais da construção civil. Entre muitas
delas podemos aqui citar: evitar exposição prolongada ao sol entre 10 e 16 h, usar sempre
proteção adequada, como bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros, barraca e filtro
solar com fator mínimo de proteção 15. O uso do filtro solar apenas uma vez durante todo
o dia não protege por longos períodos, sendo necessário reaplica-lo a cada duas horas,
durante a exposição solar. Mesmo filtros solares “a prova d'água” devem ser reaplicados.6
As precauções no trabalho ao ar livre pode se incluir: não deixe de usar chapéus de abas
largas, camisas de manga longa e calça comprida, se puder sempre usar óculos escuro e
protetor solar, procurar lugares com sombra e sempre que possível evitar trabalhar nas
horas mais quentes do dia. O enfermeiro do trabalho e sua equipe, dentro de uma empresa,
devem atuar na promoção da saúde e na melhoria da qualidade de vida dos empregados.
Para que isso ocorra é importante conhecer a cultura desses trabalhadores, seus conceitos,
a organização e as condições de trabalho em que estão inseridos.6
Descritores: Enfermagem; Saúde do Trabalhador; Câncer; Pele.
Eixo Temático: Novas perspectivas do trabalho em Enfermagem no Ensino, Pesquisa e
Extensão.
REFERÊNCIAS:
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para o controle do câncer: uma proposta de integração ensino-serviço. 3ª ed.; Rio de
Janeiro-RJ; 2008.
2. ______, Ministério da Saúde; Neoplasias (tumores) relacionadas com o trabalho;
Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de
saúde. Brasília-DF; 2001.
3. ______, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Câncer relacionado ao trabalho; Brasília-DF; Editora do
Ministério da Saúde, 2006.
4. BRUNER & SUDDARTH; Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica; Rio de
Janeiro-RJ; Ed. Guanabara; 10º ed.; 2005.
5. LUONGO, Jussara; FREITAS, Genival Fernandes de (org.). Enfermagem do
Trabalho. São Paulo-SP; Ed: Rideel; 2012.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
ESTRATÉGIAS DE INCENTIVO À EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE DOS
HOMENS NA ATENÇÃO BÁSICA
Kelane Borges Rocha de Souza, Marli Luz dos Santos, Rayanne Cristine da Paixão Santos
e Anderson Reis de Sousa
INTRODUÇÃO: O presente trabalho foi desenvolvido para despertar a importância da
política voltada ao gênero masculino, buscando promover reflexões sobre a necessidade
de pensar em atividades coletivas e individuais a partir de estratégias de acolhimento, e
das intervenções que o enfermeiro poderá investigar, para garantir o acesso e identificar
os motivos pela não adesão aos serviços e a importância do autocuidado. A Atenção
Básica envolve ações que se relacionam com aspectos coletivos e individuais e visa
resolver os problemas de saúde mais frequentes e de maior relevância para a população.
Ela deve ser a porta preferencial de entrada do cidadão no Sistema Único de Saúde- SUS,
garantindo assim o seu acesso e os princípios de universalidade, integralidade e equidade
da atenção (BRASIL, 2010). A falta de atenção ao público masculino reflete uma
desqualificação dos homens para esta perspectiva assistencial. Nesse sentido, não se
valoriza e nem se vê como adequado ou pertinente que os homens sejam alvo de
intervenções na lógica organizacional dos serviços, quando se trata da APS, o que remete
para sua desqualificação no campo das políticas públicas de saúde, aspecto que
consideramos como uma forma de invisibilidade dessa população (COUTO, 2010).
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, no qual foram relacionadas às
estratégias para abordagem à saúde do homem. Foram realizadas buscas nas bases
científicas, tais como Scielo e Lilacs. Para tanto, foram utilizados os seguintes descritores:
Enfermagem, saúde do homem e educação em saúde. Na busca, foram selecionados 23
artigos relacionados ao tema nesta base de dados. Após esta etapa foi executada a leitura
e, por conseguinte, foram analisadas e selecionadas as pesquisa de interesse, para
construção desse trabalho. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com a
publicação Saúde Brasil 2007, do Ministério da Saúde, a cada 5 pessoas que morrem com
idade de 20 a 30 anos, 4 são homens. Os homens correspondem por quase 60% das mortes
no país. Das 1.003.350 mortes ocorridas em 2005, 582.311 foram de pessoas do sexo
masculino – 57,8% do total. Assim, a cada três pessoas que morrem, duas são homens,
aproximadamente. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm mais
doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevadas. A nova
política coloca o Brasil na vanguarda das ações voltadas para a saúde do homem. De
acordo com os artigos, os desafios são muitos, mas se faz necessário à capacitação dos
profissionais quanto aos aspectos inerentes à condição do gênero masculino, para
identificar e reconhecer as necessidades dos homens sinalizando que é possível mudar o
cenário da saúde do homem. Na construção do Sistema Único de Saúde observa-se que,
em relação à saúde do homem, há um processo de construção a respeito das políticas e
ações aos problemas específicos do gênero masculino. A Política Nacional de Atenção
integral à Saúde do Homem (PNAISH) vem com o propósito de minimizar as causas de
morbimortalidade, representando um grande avanço, até o presente momento, as ações
são poucas, porém com estratégias pertinentes a resolutividade dos problemas
relacionados a esse gênero. (PNHAISH, 2008). Como estratégias temos ações de
vigilância e planejamento, promoção de hábitos de vida saudáveis, prevenção de
violência e acidentes, estimular a implantação e implementação de assistência em saúde
sexual e reprodutiva, no âmbito da atenção integral à saúde, ampliar por meio de educação
o acesso dos homens as informações. Diante de todas as questões que envolvem a saúde
do homem-contexto social; gênero; política; quadro de morbimortalidade-, pensar em
estratégias para abordar a saúde da população masculina é algo ainda complexo. As
experiências são escassas na literatura, e os profissionais ainda não o adotam estratégias
que contemplem as necessidades de saúde dessa população (FIGUEIREDO, 2005).
Diante desse desafio, são proposta algumas estratégias de abordagem à saúde do homem,
com possibilidade de atuação de âmbito coletivo e individual, almejando uma assistência
integral a essa parcela da população. Inicialmente, propõe-se um fluxo de captação do
homem, considerando que sua entrada no serviço de saúde pode ocorrer por demanda
espontânea, por busca ativa ou por acompanhamento da equipe devido a algum agravo
estabelecido (HEMMI, ALMEIDA, 2012). Tem-se visto que as ações voltadas a este
público são discretos os investimentos, e insuficientes para trazê-los aos serviços básicos
de saúde, sendo necessário superar ainda as barreiras sociais, culturais, de gênero e
institucionais, como salienta Moura (2014). Assim de acordo com Neto (2013) há que se
relatar que há uma extrema lentidão na produção dos manuais de apoio aos profissionais
da atenção básica a fim de conduzir melhor as práticas voltadas ao homem, o que tem
dificultado o despertar e o preparo destes profissionais em acolher e prestar assistência
adequada a esta população. No entanto ver-se que é imprescindível reorientar as práticas,
recriar, inovar e (re) significar as ações neste âmbito de atenção a fim de atrair estes
sujeitos, buscando estratégias exitosas e reconhecer quais são os fatores que dificultam a
presença do mesmo nos serviços. A articulação ensino e serviço podem contribuir para a
implementação de ações que busquem promover a educação para a saúde, ampliar as
informações e melhorar o nível de conhecimento das pessoas, tornando-os mais
emponderados de seu direito social e garantia da cidadania, para Santana (2011).
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante disto, é preciso promover ações de saúde que
contribuam para a compreensão da realidade atual masculina nos seus diversos contextos:
biológico, socioculturais, político-econômicos e que possibilitem o aumento da
expectativa de vida e a redução dos índices de morbimortalidade por causas preveníeis e
evitáveis nessa população. As Equipes de Saúde da Família tem como meta desenvolver
uma abordagem diferenciada das demais Unidades Básicas de Saúde, estão localizadas
próximo às moradias dos usuários e trabalham a partir das necessidades da população de
sua área de abrangência, visando à satisfação dos usuários. Portanto é de fundamental
importância que essas equipes de saúde, em especial o profissional enfermeiro, tenham
um olhar ampliado sobre as condições da população, em especial do homem, para o
planejamento de ações de saúde.
Descritores: Enfermagem. Educação em Saúde. Saúde do Homem.
Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem na Gestão e Políticas
Públicas de Saúde.
REFERÊNCIAS
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SCHWARZ, Eduardo. Reflexões sobre gênero e a Política Nacional de Atenção
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e prática.- Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2012.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
EDUCAÇÃO PARA SAÚDE DE HOMENS MOTOTAXISTAS: AÇÕES DE
ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO AOS FATORES DE RISCO
Arielly Andrade Moura, Gecianne Souza de Lima, Hilla Souza dos Santos, Itala Anne
Silva Santos, Juliana Figueiredo Santana, Laura Carvalho Souza, Livia Oliveira Rangel e
Anderson Reis de Sousa.
INTRODUÇÃO: Motocicletas são consideradas mais práticas por circularem com mais
facilidade no tráfego cada dia mais lento das grandes cidades além de darem uma maior
sensação de liberdade. Em contra partida, as motocicletas trazem a desvantagem de
aumentar a vulnerabilidade de seus condutores, expondo-os a riscos maiores em caso de
acidentes. Para poder desfrutar a liberdade e a praticidade das motocicletas é importante
obedecer à legislação e seguir algumas regras de segurança, como usar capacete, segurar
o guidão com as duas mãos e usar roupas de proteção com adesivos refletores, além de
que a exposição ao sol poderá provocar Câncer de Pele pela grande quantidade de tempo
desprotegido e questões relacionadas aos movimentos repetitivos, como: acelerar, frear,
passar a marcha e pilotar, também é necessário alongar-se, para evitar possíveis lesões
nas articulações. Outros fatores são determinantes para a causa de acidentes de
motocicletas, o número de infrações como o avanço do sinal, a ingestão de bebida
alcoólica a alta velocidade são os principais motivos, além de que o estresse tem um papel
fundamental no acometimento dessas infrações. Em relação ao uso dos equipamentos de
proteção individual, o único item usado é o capacete, mesmo assim, por ser obrigatório e
exigido por lei, muitos motociclistas não usam em áreas que sem fiscalização.
OBJETIVO: Relatar a experiência da atividade de educação em saúde para promoção e
prevenção de acidentes de trânsito, o uso dos equipamentos de proteção e cuidados com
a exposição ao sol. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência realizado
por graduandas do sétimo semestre do curso de Enfermagem da Faculdade Nobre de Feira
de Santana, Bahia. A ação foram levantadas a partir das discussões da disciplina de
Enfermagem na atenção à saúde do homem. O local onde foi executada a ação, foram nas
principais avenidas da cidade: Senhor do Passos, Getúlio Vargas e J.J. Seabra, onde estão
localizados vários pontos de mototaxistas e grande fluxo de pessoas. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Usado o método de promoção e prevenção de acidentes e cuidados com a
exposição ao sol, a ação em saúde trouxe pontos importantes a serem levados em
consideração, principalmente os fatores de estresse, uso de álcool e as infrações cometidas
durante a transição de um local ao outro, assim como a falta/mal uso dos equipamentos
de proteção. A partir de então, buscamos formas simples de abordar o tema e não ser tão
extenso, pois eles não ficariam muito tempo esperando, já que clientes aparecem a todo
momento. Distribuímos uma cartilha, onde contém os principais fatores de risco que a
classe de mototaxistas estão expostos e explicamos cada uma de forma sucinta, mas
trazendo um momento de reflexão para que os mesmos corrijam mal hábitos e busquem
mudá-los. Buscamos também uma linguagem simples e adaptável, para que o
entendimento fosse proveitoso, contamos com a participação efetiva e relatos contados
por eles próprios, além do reconhecimento de que muitos executam infrações, não se
preocupam tanto com a exposição ao sol, e consideram apenas o capacete como
equipamento de proteção, por ser obrigatório. Escolhemos as principais vias, pois se
concentram os maiores pontos de mototaxistas, podendo assim oferecer o conteúdo para
maior parte do grupo. Os acidentes de trânsito terrestres constituem um importante
problema de saúde pública, sendo uma das de trânsito, sem contar lesões que deixam um
número maior de pessoas com sequelas graves e incapacitadas, com relação aos
motociclistas, o maior risco de óbito foi verificado entre os jovens de 15 a 39 anos. Os
mototaxistas fazem parte do grupo de risco com mais chance de desenvolver uma doença
que ocorre por conta do desenvolvimento anormal das células da pele: o câncer de pele.
Ao finalizar, percebemos que eles nunca tiveram a oportunidade de participar ou ser o
público alvo de ações de saúde, e também falaram do déficit de abordar a saúde do homem
no cotidiano, que é muito raro ver profissionais de saúde falando sobre.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir da experiência, certificou-se que as questões
relacionadas à promoção de saúde do homem ainda está frágil, por isso, deve-se continuar
com a execução de atividades voltadas para os homens, além de que as unidades de saúde,
devem começar a inserção maior dos homens em suas práticas de saúde, pois encontra-se
mais vulneráveis a algumas doenças, por raramente procurarem um serviço de saúde.
CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM: A enfermagem tem papel fundamental
no processo de cuidar, por isso, ações de promoção e prevenção de doenças são
diretamente planejadas e executadas pela Enfermagem, por isso, abordar temas gerais e
específicos, tem uma grande importância no âmbito, quer seja na unidade de saúde, rede
hospitalar ou domiciliar, é de extrema importância alerta-los e oferece-los atenção
integral.
Descritores: Fatores de risco, mototaxistas, acidentes de trânsito.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida
REFERÊNCIAS
1. Câncer de pele e os motoprofissionais. Disponível em:
<http://motoboymagazine.com.br/cancer-de-pele-e-os-motoprofissionais/>.
Acesso em: 13/09/2014.
2. Equipamentos e Vestimentos de Segurança. Disponível
em:<http://www.transitoideal.com/pt/artigo/1/condutor/50/motociclistas#sthash.
CQ3rePzI.dp.
3. Violência no trânsito. Disponivel
em:<http://acaosocial.no.comunidades.net/index.php?pagina=1081315435_03>.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
CONSULTA DE ENFERMAGEM A PESSOAS COM ÚLCERAS DE PERNA E
DOENÇA FALCIFORME: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Laureana Oliveira da Silva, Aline Silva Gomes Xavier, Evanilda Souza de Santana
Carvalho e Polliana Lopes Lima dos Anjos.
INTRODUÇÃO: Pessoas com doença falciforme (DF) com úlceras de perna, convivem
com dor intensa, mobilidade diminuída, longo período de tratamento, além de perda da
autonomia para realização de atividades diárias2. Essas pessoas encontram limitações no
atendimento de suas demandas de cuidado devido ao pouco conhecimento que os
profissionais acerca desse tipo de complicação. Assim, muitas são atendidas apenas
focalizando a úlcera o que não contempla suas necessidades. Sabe-se que a ulcera crônica
depende do bem estar geral da pessoa para alcançar sua cicatrização, exigindo um olhar
integral. OBJETIVO: Descrever a consulta de enfermagem às pessoas com ulceras de
perna e DF. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, o qual é composto
descrição da experiência e contexto, e lições aprendidas. Resultados: Foram identificadas
20 pessoas com ulceras e DF, motivando a criação de uma agenda específica para cuidálas. Assim os adoecidos foram acolhidos pelo Centro de Referência Municipal à Pessoas
com Doença Falciforme de Feira de Santana, os quais são atendidos semanalmente por
equipe multiprofissional composta de enfermeiros, médicos, nutricionista, assistente
social e psicólogo. Durante o atendimento as discentes de Enfermagem realizam consultas
que envolve anamnese, exame físico e exame da ferida. Nessas consultas são levantados
dados a respeito do auto cuidado quando se investiga passado de internamentos,
transfusões sanguíneas, infecções e, quais tratamentos as pessoas já foram submetidos, o
uso de hidroxiureia, terapias coadjuvantes e que soluções ou curativos já foram
experimentados. Também são levantadas informações acerca da forma como se iniciou a
ferida, quanto tempo existe e em que idade ela surgiu. Na avaliação física são mensurados
circunferência da panturrilha, tornozelo e dorso do pé. No que se refere a avaliação da
úlcera observa-se as características do leito da mesma, da pele periferida, a presença de
pelos na pele adjacente, características do exsudatos e sintomas relacionados tais como
dor local, odor, ardor e ou câimbras. Em seguida são mensuradas a extensão da úlcera;
Foram identificados diagnósticos de enfermagem mais freqüentes: a integridade tissular
prejudicada, dor crônica, perfusão tissular periférica ineficaz, risco para infecção e
excesso do volume de líquidos, alteração da auto imagem e baixa auto estima. Em seguida
elaborado plano de cuidados que inclui medidas de auto cuidado tais como: proteção da
pele para evitar trauma local, hidratação oral adequada, manter a pele lubrificada com
emolientes, elevação de membros inferiores e estimulação de exercícios. E por fim são
aplicados cuidados tópicos à úlcera e terapia compressiva com bota de Unna, realizados
encaminhamentos à terapia hiperbárica. Observou-se redução do tamanho da ulcera,
disposição para o auto cuidado melhorada, adesão a medidas terapêuticas, redução da dor
e melhora no padrão do sono. Considerações Finais: A experiência possibilitou às
discentes reconhecer a importância da utilização de analgésico 30 minutos antes do
curativo, anestésico tópico e malhas não aderentes a base de AGE para minimizar a dor
dessas pessoas. As medidas sistematizadas através da consulta de enfermagem qualificam
o cuidado às pessoas com ulcera de perna e DF resultando em conforto e melhoria na
qualidade de vida dessas pessoas.
Palavras Chave: Enfermagem; Anemia Falciforme; Úlcera de Perna.
REFERÊNCIAS:
1 THOMAS, M. L. Histórico e cuidados aos pacientes com distúrbios hematológicos.
In: SMELTZER, S. C. et al. Brunner & Suddarth, tratado de enfermagem medicocirúrgica.11. ed. v. 2 – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. p. 875-943.
2 GALIZA NETO, G. C, PITOMBEIRA, M. S. Aspectos moleculares da anemia
falciforme. J. Bras. Patol. Med. Lab., Rio de Janeiro, v. 39, n. 1, p.51-56, 2003.
3 BARREIRA, A. G. et al. Biofilme bacteriano: um desafio para os profissionais de
saúde. In: CARVALHO, E. S. S. Como cuidar de pessoas com feridas: desafios para a
prática multiprofissional. – Salvador: Atualiza, 2012. p. 67-81.
4 ABBADE, L. P. F. Diagnósticos diferenciais de úlceras crônicas dos membros
inferiores. In: MALAGUTTI, W. (org). Curativos, estomias e dermatologia: uma
abordagem multiprofissional. 2. ed. – São Paulo: Martinari, 2011. p. 73-88.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
DOENÇAS OCUPACIONAIS EM HOMENS QUE ATUAM NA REDE DE
SUPERMERCADOS: EXPERIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE
Amanda Cerqueira Ferreira, Ana Gisely da Silva Carneiro, Andrelina Gomes da Silva,
Itana Miranda, Marli Lopes Siqueira, Nathaly Rosário de Almeida, Wiviana Keila
Santana Silva e Anderson Reis de Sousa.
INTRODUÇÃO: Nos dias contemporâneos tanto as doenças ocupacionais como os
acidentes de trabalho, são assuntos na pauta do mundo corporativo, já que afeta a
produtividade do trabalhador, bem como é um dos motivos de afastamento do trabalho.
A diversidade de situações de trabalho, padrões de vida e de adoecimento tem se
acentuado em consequência das circunstâncias política e econômica (DIAS, ALMEIDA,
2001 apud LUERSEN, 2009). Trabalhadores de diversas áreas estão expostos a fatores
organizacionais e psicossociais que podem provocar ou agravar as Lesões por Esforços
Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT),
como por exemplo, o desempenho de movimentos repetitivos, o uso de postura
inadequada, a exposição a ruídos ou a baixa ou alta temperaturas, as longas jornadas de
trabalho, a grande pressão para o cumprimento de metas e de padrões de qualidade etc.
Estudos apontam que o trabalho desenvolvido em um ambiente adequado permite uma
maior atuação do trabalhador, fazendo com que haja mais criatividade, prazer de trabalhar
em tal companhia, além de menores riscos de acidentes e doenças ocupacionais.
OBJETIVO: Descrever a experiência da educação para a saúde de homens que atuam na
rede de supermercados sobre as doenças ocupacionais. METODOLOGIA: Trata-se
relato de experiência sobre a educação para a saúde de homens que atuam na rede de
supermercados acerca das doenças ocupacionais. A atividade foi realizada em 19 de
setembro de 2014, com 20 funcionários do sexo masculino na rede Mercantil Rodrigues
de supermercado, localizado na cidade de Feira de Santana, Bahia. A mesma foi
desenvolvimento pelas graduandas do sétimo semestre do Curso de Graduação em
Enfermagem da Faculdade Nobre de Feira de Santana, Bahia. A estratégia se deu durante
o expediente dos trabalhadores, nesta ocasião promoveu-se um diálogo sobre as doenças
ocupacionais, juntamente com escuta e sensibilização acerca do cuidado à saúde, além
disso fora aplicado uma enquete que teve a duração de cinco minutos. Apoiado a atividade
de campo foi feita uma pesquisa bibliográfica, a fim de confrontar os dados encontrados
com a literatura especializada. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No que tange ao perfil
dos entrevistados, à média de idade foi a seguinte, a maioria 57% está na faixa dos 26 a
36 anos, enquanto que a minoria possui mais do que 55 anos e, sua maioria trabalha em
funções que exigiam certo esforço físico, tais como repositores e ajudante de depósito,
com jornada de trabalho de 8 a 12 horas. (SPANHOL e SCHAPPO, 2009) explica que
funcionários que trabalham por mais de 8 horas diárias provavelmente terão mais dores
do que aqueles colaboradores que possuem uma carga horária de 6 horas diárias. Ressalta
ainda que longas jornadas de trabalho geralmente são improdutivas, porque os
funcionários diminuem o ritmo para suportar as horas extras, alem do mais há uma
associação direta entre horas extras de trabalho e o aparecimento dos distúrbios
ocupacionais. No que se refere ao descanso, a maioria 65% respondeu que possui uma
hora, 35%, respondeu que possui meia hora de descanso e não houve resposta para a outra
variável, menos de 15 minutos. Ressalta-se que o descanso intercalado na jornada laboral
é essencial para a saúde do trabalhador e, no que tange aos movimentos repetitivos,
perpassa
pela
sensibilização
e
práticas
sócio-educativas
dos
trabalhadores
(DELIBERATO, 2002). No tópico o conhecimento dos funcionários sobre as doenças
ocupacionais, 60% responderam conhecer algo sobre e 40%, responderam que
desconheciam o assunto. Quando questionados se já haviam sido acometidos por alguma
doença proveniente do trabalho, a maioria respondeu que não 63% e 37% sim. Dos que
responderam sim, a maioria citou a dor na coluna, dor nos braços e o estresse,
respectivamente. As profissões que exercem suas funções diárias por um longo período
em pé e com posturas inadequadas sem que haja um período de descanso adequado pode
provocar lesões nos membros inferiores e na coluna vertebral, conforme foi comprovado
pela pesquisa (SPANHOL e SCHAPPO, 2009). No tópico sobre o oferecimento de algum
treinamento sobre como evitar doenças ocupacionais, a maioria 70%, afirmou que não e
30%, que sim. De igual modo, foi questionado aos funcionários se a empresa possuía
algum programa para estimular a prática diária de exercícios e a resposta foi unânime,
100% responderam que sim. Mendes e Leite (2004) enfatizam que o exercício físico
possui uma série de benefícios, tais como a diminuição da ocorrência das doenças
cardiovasculares, a melhoria da qualidade de vida dentro e fora do ambiente laboral, bem
como a questão da rotatividade de funcionários. Em contrapartida, ressalta-se que quando
uma empresa não incentiva seus funcionários a praticarem alguma atividade física
regularmente, pode originar um impacto negativo no trabalho, tal como a diminuição da
produtividade, bem como a consequências pessoais. De igual modo, perguntou-se aos
funcionários se eles já haviam buscado algum serviço de saúde de saúde decorrentes do
trabalho e 36% respondeu que não, que nunca buscaram auxílio médico, mas dos que
responderam sim, 36% respondeu que foi por causa de cansaço muscular (braços ou
pernas); 14%, por dormências, 11%, devido a inchaços, estresse e outras alterações. A
não procura masculina por serviços de saúde se dá porque os horários de funcionamento
destes não atendem às demandas dos homens, pelo fato de coincidir com a carga horária
de trabalho. Somado a isso se tem o fato de o trabalho encabeçar a lista de preocupações
masculinas, tornando a procura masculina rara (GOMES, NASCIMENTO E ARAÚJO,
2007). CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa demonstrou que os trabalhadores não
têm conhecimentos mais profundos sobre as doenças ocupacionais, por isso, a empresa
precisa proporcionar ao colaborador uma capacitação a respeito do tema. De igual, modo,
os resultados revelaram que a empresa não possui uma CIPA – Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes, fato que contribui para a desinformação dos funcionários sobre
as doenças ocupacionais e sua prevenção.
Por fim, conclui-se o conhecimento
demonstrado pelos funcionários ainda é insipiente, requerendo, assim a existência de um
serviço de saúde ocupacional na instituição voltado para a saúde, bem-estar, qualidade de
vida e educação preventiva dos seus colaboradores. CONTRIBUIÇÕES PARA
ENFERMAGEM: Estudos como este mostram que a enfermagem pode desenvolver
conhecimentos e ampliar seu papel junto à saúde do trabalhador, uma vez que pode
elaborar projetos de melhoria da qualidade de vida e saúde do trabalhador, bem como
auxiliar na reabilitação laboral. Além de dá atenção a problemas prevalentes que podem
comprometer o trabalhador tanto na sua vida pessoal quanto laboral, tais como: Diabetes
Mellitus, obesidade, tabagismo, hipertensão arterial, abuso de drogas, doenças mentais e
cardiovasculares.
Descritores: Doenças Ocupacionais – LER/DORT - Prevenção
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da
vida
REFERÊNCIAS:
COUTO, H.A. et.al. Como gerenciar a questão das LER/DORT: lesões por esforços
repetitivos, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Belo Horizonte. Ergo,
2009.
GOMES, Romeu; NASCIMENTO, Elaine Ferreira do; ARAUJO, Fábio Carvalho de.
Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? As
explicações de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior. Cad.
Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 3, Mar. 2007.
LUZ, Adjane. A influência da ergonomia para o desempenho no trabalho: um
estudo em uma agência bancária na cidade de Picos – PI (Monografia) Curso de
Administração da Universidade Federal do Piauí , UFPI PICOS, 2013.
MENDES, R. A.; LEITE, N. Ginástica Laboral no Escritório. Jundiaí: Fontoura,
2004.
SPANHOL, Jeveli. SCHAPPO, Michelli. Análise da incidência dos distúrbios
osteomusculares relacionados ao esforço repetitivo das profissionais cabeleireiras
em Blumenau – SC. (Monografia) Curso de Fisioterapia da Universidade Regional de
Blumenau – FURB, BLUMENAU, 2009.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
LITERATURA DE CORDEL NA EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE DE HOMENS:
EXPERIÊNCIAS
Agiliane Santos, Gabriela Nunes, Katharine Marques, Maiane Santos, Maiara Teixeira,
Nildelane Ferreira e Anderson Reis de Sousa.
INTRODUÇÃO: O objetivo da implantação de uma Política Estadual de Saúde do
Homem é facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde. A
iniciativa é uma resposta à observação de que os agravos do sexo masculino são um
problema de saúde pública. A cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens.
Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm mais doenças do
coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevadas, tendência à
obesidade e não praticam atividade física com regularidade, entre outros problemas de
saúde.1 Diante da magnitude destes indicadores é necessário que haja uma atenção e
incentivo ao cuidado masculino, buscando inserir novos elementos na busca por
sensibilizá-los quanto ao reconhecimento das necessidades de saúde e autocuidado. A
literatura de cordel constitui-se num veículo importante de interlocução e comunicação,
que maneira expressiva, utiliza de seus versos e prosas, a cultura e o cotidiano brasileiro.
Tem origens no continente europeu, herdado do trovadorismo medieval na Península
Ibérica e região provençal do sul da França, ingressou no Brasil com a colonização
portuguesa, apresentada na época na forma oral.2 Os cordéis tiveram grande destaque e
maior concentração na região Nordeste, sobressaindo em estados como Bahia,
Pernambuco, Ceará e em estado do Norte como o Pará, influenciados pelo o regionalismo
expressivo da época. Em suas ilustrações e mensagens referiam-se na sua maioria ao
cotidiano dos cangaceiros, sertanejos e aos problemas sociais e econômico que os
assolavam.
3
A denominação utilizada de cordel tem seus significados na forma como
eram expostos e comercializados em Portugal, onde folhetos com versos eram pendurados
em cordões, denominados cordéis, e expostos nas ruas, feiras, mercados populares e
praças públicas. Esta produção é confeccionada pelo povo e direcionada também para o
povo, tendo características próprias imprimidas através das mensagens e das xilogravuras
produzidas em sua grande maioria por analfabetos ou semianalfabetos e também por
estudiosos. Ao fazer uso de uma linguagem própria e acessível a toda a população é
possível transmitir conhecimento, utilizando elementos facilitadores da compreensão
como a ludicidade representada pelas imagens e o humor direcionado na escrita, sendo
ainda de baixo custo.
4
Esta modalidade de comunicação tem sido utilizada na educação
de crianças, jovens e adultos, transpondo-se para o campo da saúde, e tem se mostrado
como um dispositivo eficaz para o trabalho de educação para a saúde na busca pela
promoção da saúde e prevenção das doenças, permitindo a integração dos saberes
populares e científicos. OBJETIVO: Descrever a experiência da atividade de educação
em saúde de homens e os cuidados com a prevenção das doenças que acometem esta
população. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência sobre a criação de
um cordel com indicações de incentivo ao cuidado à saúde de homens. Esta atividade em
dos trabalhos desenvolvidos pela disciplina de Atenção à saúde do homem, do Curso de
Graduação em Enfermagem da Faculdade Nobre de Feira de Santana, Bahia. A
formulação do mesmo se baseia na literatura de cordel, sendo construído pelas graduandas
do sétimo semestre de Enfermagem. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O cordel possui
a característica de folhetos contendo poemas populares, no campo da saúde poderá ser
utilizado para abordar as temáticas de forma clara, acessível e de fácil entendimento para
a população, relatando a importância do cuidado com a saúde nas várias áreas de
abrangência, tem como objetivo sensibilizar e despertar o interesse do público masculino
na procura aos serviços de saúde. Após ter sido realizado o planejamento estratégico da
ação, tendo desenvolvido todo o material a ser utilizado foi realizada ação que teve como
premissa a educação para a saúde, buscando trazer reflexões sobre a saúde do homem. O
local escolhido para a realização da atividade foi a Feira do Livro da cidade de Feira de
Santana, como forma de buscar conhecer o trabalho dos cordelistas, afim de coletar
informações para a criação do material a ser produzido. A abordagem está em processo
de construção e tem sido desenvolvida pautada na relação dialética, pretendendo
desenvolver a distribuição de cordéis como mensagens informativas direcionadas a saúde
do homem, buscando desenvolver a através da educação popular em saúde a mudança da
consciência sanitária do público masculino e o incentivo a procura pelas unidades de
saúde e a adoção de comportamentos que prezem pelo cuidado à saúde. O profissional
de Enfermagem tem papel de destaque na promoção da educação em saúde, por ser
elemento atuante no processo de cuidar. A educação em saúde está inserida no contexto
da atuação da Enfermagem como estratégia de estabelecimento das relações dialéticas e
reflexivas entre profissional e cliente, conseguindo perceber as fragilidades existentes na
sua situação de saúde-doença, visando a transformação da sua qualidade de vida. Como
forma de fortalecer esta interação já se tem disponíveis na literatura de cordel, folhetos
que abordam em seus conteúdos temas direcionados para as questões de saúde e a
prevenção das doenças, abordando temas como diabetes, álcool e outras drogas,
HIV/AIDS, uso do cigarro, saúde do idoso, dengue, raiva e outras temáticas que podem
está nas mãos dos leitores por preços bem acessíveis. A Enfermagem então, pode se valer
de recursos como este para desenvolver ações voltadas para os grupos populacionais
específicos, contribuindo com a comunicação em saúde e ampliação dos conceitos e
práticas de saúde que devem chegar até os usuários do Sistema Único de Saúde brasileiro,
para que se fortaleça a garantia da universalidade, equidade e integralidade da atenção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Entende-se, portanto, que os profissionais de saúde
devem realizar cada vez mais ações que atraiam a população masculina para os serviços
de saúde, fazendo desta forma que estes se tornem parte integrante dos programas de
saúde
,
atendendo
a
suas
singularidades
e
vulnerabilidades
específicas.
CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM: Trazer a atual situação de saúde do
homem, para a assistência e consolidação dos cuidados de enfermagem. Envolver os
homens na prática diária do autocuidado. Compreender o problema no contexto de uma
complexa teia de relações, envolvendo o homem, a Unidade Básica de Saúde (UBS) e o
estabelecimento do vínculo entre eles.
Descritores: Enfermagem. Educação em saúde. Saúde do Homem.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida
REFERÊNCIAS
1. Alvarenga WA et al. Política de saúde do homem: perspectivas de enfermeiras
para sua implementação. Rev. bras. enferm. [online]. 2012, vol.65, n.6, pp. 929935.
2. FERREIRA, Ana Paula O. Literatura de cordel: um método de incentivo à
leitura e escrita. [s.l.], 2010. Disponível em:
<http://www.webartigos.com/artigos/ literatura-de-cordel-um-metodo-deincentivo-a-leitura -e-escrita/36181/>. Acesso em: 18 abr. 2012.
3. Sousa LB, Torres CA, Pinheiro PNC, Pinheiro AKB. Práticas de educação em
saúde do Brasil: a atuação da Enfermagem. [online].Rev. enferm. UERJ, Rio de
Janeiro, 2010 jan/mar; 18(1)55-60.
4. Silva EA, Ramos DO, Carvalho ESS, Santos SVA, Santos LM, Araújo EM.
Literatura de cordel na educação em saúde de famílias para prevenção de úlceras
por pressão. Revista Baiana de Enfermagem, Salvador, v. 27, n. 3, p. 203-211,
maio/ago. 2013
5. Trezza MCSF, Santos RM, Santos JM. Trabalhando educação popular em saúde
com a arte construída no cotidiano da Enfermagem: um relato de experiência.
Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2007 Abr-Jun; 16(2): 326-34.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE DO HOMEM: EXPERIÊNCIAS EM UMA
FEIRA LIVRE NA BAHIA
Alan Jeimison Oliveira Chagas, Cintia Adriane Reis, Geisa da Silva Machado, Jacilene
Vieira, Juliane de Lima Candido, Thayna Aloma de Almeida Souza Cerqueira, Welton
Dourado Lima e Anderson Reis de Sousa.
INTRUDUÇÃO: As feiras são caracterizadas por possuírem relações econômicas,
sociais e culturais, na qual possuem uma grande diversidade de comércios informais e
terciários, técnicas de exposição e vendas, segundo Morais e Araújo (2006). Essa dinâmica
instituída pela atuação na feira como local de trabalho evidencia a necessidade do feirante
cuidar da sua saúde e em especial, o feirante do sexo masculino. O cuidar é essencial à
vida, nenhum ser é capaz de sobreviver sem cuidado e tão pouco de cuidar daquilo que
mantêm sua sobrevivência, seja entre os humanos ou de fontes materiais. Os homens não
se comportam como as mulheres, que vão aos ginecologistas, anualmente, e realizam
exames preventivos. O hábito de se realizar “check-up” preventivos não é uma atitude
comum dos homens, o que facilita a evolução de doenças que poderiam ser evitadas, tais
como hipertensão, diabetes, câncer de próstata entre outras. OBJETIVO: Descrever a
experiência da educação para a saúde do homem em uma feira livre na Bahia.
METODOLOGIA: Trata-se relato de experiência sobre a educação para a saúde de
homens em uma feira livre na Bahia. A mesma foi desenvolvida pelas graduandos do
sétimo semestre do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Nobre de Feira
de Santana, Bahia. A estratégia se deu organizada através de diálogos, sensibilizações,
com homens feirantes, buscando identificar os problemas que mais acometem esta
população e o que levam a resistirem à busca pelos serviços de saúde. Nesta ocasião
promoveu-se um diálogo sobre as doenças ocupacionais, juntamente com escuta e
sensibilização acerca do cuidado à saúde, além disso fora aplicado uma enquete que teve
a duração de cinco minutos. Apoiado a atividade de campo foi feita uma pesquisa
bibliográfica, a fim de confrontar os dados encontrados com a literatura especializada.
Com intuito de refletir sobre questões relacionadas ao acesso as informações de
determinadas doenças e incentivá-los a procurar os serviços, buscou-se desenvolver uma
atividade lúdica como forma de chamar a atenção do público, e nesta oportunidade foram
distribuídos folders explicativos de algumas doenças que mais acometem a população
masculina, tais como, hipertensão arterial, diabetes e câncer de próstata. Estes materiais
entregues possuíam linguagem clara, acessível. Juntamente com este processo de
incentivo à comunicação em saúde, foram promovidas algumas ações como aferição de
pressão arterial. RESULTADOS E DISCURSÃO: No que se refere às ações de atenção
à saúde do homem, podemos constatar que os homens ainda tem um certo receio em ir ao
médico, de realizar os exames, e em grande escala só procuram a assistência médica
quando estão sentindo alguma dor, e os sinais e sintomas já estão instalados (WEIGELT
et al., 2012).A maioria destes homens não vão as unidades de saúde à busca por medidas
de prevenção, evidenciando a presença do preconceito em relação ao exame câncer de
próstata. Muitos destes homens não sabem informar se tem diabetes ou hipertensão
arterial, não fazendo acompanhamento. A cultura é um fator determinante para a
educação em saúde, crenças e valores interferem na significação do que é ser masculino,
uma vez que os homens foram educados para não chorar e manterem a postura de
“machos”, portanto o adoecimento demonstraria sua fragilidade (WEIGELT et al., 2012).
A população masculina constrói sua masculinidade, embasados em paradigmas, tendo de
apresentar-se com uma imagem de autossuficiência em que não percebem sua
vulnerabilidade. Isso os leva a não dar a atenção necessária à saúde, e tornam-se
empecilhos no acesso aos serviços médicos, uma vez que o cuidado é responsabilidade
da mulher (WEIGELT et al., 2012). Para melhorar este impasse é necessário compreender
a masculinidade como produto dos determinantes sociais e considerar a saúde do homem
como um bem público para então, poder promover a igualdade de gênero como direito
humano. Para além do olhar biológico as questões de gênero podem ser vistas como
fatores de grande importância no padrão dos riscos de saúde nos homens e na forma como
estes percebem e usam seus corpos. Na perspectiva de gênero a maioria das doenças passa
a ser considerada como respondendo a uma combinação de causas biológicas e
socioculturais. Por meio dessa ação, será observada a real importância de abordar temas
como o Câncer de próstata, Diabetes e Hipertensão, afecções que tem atingido o público
masculino, contribuindo demasiadamente para o aumento gradativo do índice de
mortalidade que tem chamado a atenção das autoridades em saúde pública. É importante
que o homem do sexo masculino, enquanto ser cultural, com uma postura social que o
coloca a as margens do próprio cuido. Mostramos os pontos fortes da educação em saúde
relacionada a saúde do homem, e uma visão crítica para uma melhor humanização em sua
prática, para mudar o conceito que homem não se cuida e promover atividades educativas
em beneficio dessa classe machista mostrando que é simples buscar o serviço de saúde,
procurando facilitar esse atendimento para evitar barreiras dos mesmos com o serviço.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Essa ação serviu para ampliar a compreensão dos homens
sobre a importância em procurar a assistência médica para o acompanhamento da saúde
e descobertas precoces de respectivas doenças como: Diabetes, Hipertensão, câncer de
pênis, câncer de próstata etc. Onde a equipe notou que eles foram bastante receptivos e
que iriam buscar esse acompanhamento, para buscar melhora na saúde. As hipóteses
sobre esse receio de procurar um médico, realizar exames foram confirmadas, confirmada
também o preconceito estabelecido em relação ao câncer de próstata e o modo de como
ele é feito. Para a equipe a metodologia utilizada foi bastante satisfatória, por causa do
dinamismo criado em torno dos assuntos abordados e pela recepção dos entrevistados.
Notamos que a saúde do homem é bastante fragilizada por causa desse preconceito social,
criado pela sociedade machista e que ela precisa ser trabalhada, melhorada e incentivada
buscando a melhora dessa fragilização e quebra desse preconceito. CONTRIBUIÇÕES
PARA A ENFERMAGEM: O presente trabalho contribuiu para ampliação dos
conhecimentos da equipe de estudantes de enfermagem no campo da saúde pública
ligadas ao homem. Embora não busque os serviços de saúde para prevenir doenças,
quando sensibilizados a procurar ou quando o serviço de saúde vai até eles, no seu
trabalho, no seu cotidiano os resultados são bastante significativos. Eles foram receptivos
e mostram interesse em conhecer melhor as enfermidades apresentadas. Contribuindo
para entrevistas, fazendo perguntas e interagindo com o grupo. Percebemos que podemos
mudar, através de pequenas ações, a diferença do índice de mortalidade dos homens em
relação o das mulheres. Contribuindo para que a educação em saúde seja parte do
cotidiano de homens que morrem simplesmente porque não sabem se cuidar.
Descritores: Enfermagem. Doenças Crônicas. Saúde do Homem.
Eixo Temático: novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida.
REFERÊNCIAS
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância à Saúde. Planos de Ações
e Estratégias para o Enfrentamento das Doenças Crônicas. Brasília:
Ministério da Saúde, 2011. p. 13 – 64.
2. WEIGELT, JULIÃO. Atenção à Saúde do Homem em Unidade de Estratégia
da Família. Disponível em < http://cascavel.cpd.ufsm.br/revistas/ojs2.2.2/index.php/reufsm/article/viewFile/2400/1743> acesso 11/09/14
3. MARTINS, E. S. R. et al. Viver Saudável: Significado para os moradores de
rua o município de Santa Maria. Rio Grande do Sul: REUFSM, 2012.
4. NARVAI, P.C. et al. Práticas de saúde pública. In: Saúde pública: bases
conceituais. São Paulo: Atheneu, 2008, p.269-297.
5. VIANNA, L. A. C. Processo Saúde Doença. São Paulo: Ministério da Saúde,
2011.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
ANÁLISE DA POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
DO HOMEM: PERSCPETIVAS PARA A ENFERMAGEM
Salma Cerqueira Ferreira, Anderson Reis de Sousa, Criscia Christynne Martins Nery, Rita
Jucielma Almeida Carneiro, Thiago Lopes de Menezes e Natalie Oliveira Gonçalves Vilas
Boas.
INTRODUÇÃO: A aplicação básica da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde
do Homem está voltada a ações de serviço de saúde a população masculina de 20 a 59
anos nos seus diversos contextos, visando a implementação dos princípios e diretrizes do
Sistema Único de Saúde5. A população masculina atualmente tem se mostrado mais
vulnerável às doenças, principalmente as patologias crônicas degenerativas como as
doenças cardiovasculares e as neoplasias. As taxas de óbito mais elevadas na população
masculina podem estar relacionadas à grande resistência que os homens possuem em
promoverem o auto-cuidado, associado à negligência diante das ações preventivas,
principalmente as voltadas para as doenças de caráter crônico degenerativas2. E com isso
uma das preocupações centrais da política nacional a saúde do homem é a promoção do
acesso da população do gênero masculino aos serviços de atenção primária à saúde. Isto
justifica-se pelo fato de que a principal porta de entrada no sistema de saúde para a
população masculina são os serviços de atenção ambulatorial e hospitalar de média e alta
complexidade, em estágios já avançados do adoecimento1. Na tentativa de amenizar esse
problema é que se instituiu no âmbito do Sistema Único de Saúde a Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde do Homem, visando qualificar a atenção à saúde da população
masculina na perspectiva de linhas de cuidado que resguardassem a integralidade da
atenção2. Ainda é possível observar a existência de diversas barreiras, dentre elas, estão
fatores culturais e questões relacionadas com os serviços de saúde, dentre os fatores
culturais estão associados a uma maior resistência dos homens em buscar os serviços no
nível da atenção básica por associarem prevenção e autocuidado à fragilidade e
insegurança, gerando assim a exposição por situações de risco e invulnerabilidade, traços
culturais de uma visão hegemônica de masculinidade que acarretam, em comparação às
mulheres, agravos na saúde e morte precoce. Dentre os fatores relacionados ao serviço de
saúde estão os horários do serviço de saúde que coincidem com o trabalho dos homens1.
OBJETIVO: Fazer uma análise da Política Nacional de atenção à saúde do homem
incluindo sua importância, aplicabilidade nos serviços de saúde e dificuldades
encontradas no mesmo atualmente. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de
literatura sobre a temática. O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados:
Capes, Scielo, Lilacs, e Mediline e textos na área da política e saúde do homem. Como
critérios de inclusão foram utilizados referências relacionadas à temática abordada, não
havendo limite no período de tempo para o levantamento dos referenciais. Nas bases de
dados foram encontrados 20 artigos. Destes foram selecionados 05 que atenderam ao
objetivo do estudo. RESULTADOS E DISCUSÃO: Através da análise dos trabalhos
sobre a política que rege a saúde do homem entende-se que o Programa Saúde do Homem
visa atender as definições de respostas urgentes para a redução dos altos índices de
morbimortalidade associados, principalmente a: causas externas (homicídios, acidentes
de transito, agressões), consumo de álcool e outras drogas, tumores e doenças dos
aparelhos digestivo, circulatório e respiratório1. Os serviços devem atender o sujeito em
sua singularidade, em diversos contextos socioculturais, produzindo uma atenção integral
ao mesmo, baseando-se em equidade e universalidade reconhecendo as desigualdades
existentes no interior da sociedade e criando respostas para minimizá-las3. Encontram-se
os benefícios potenciais da entrada da temática da masculinidade no campo dos estudos
de gênero e saúde destaca-se: relações de gênero como determinantes do processo de
saúde-doença, por outro lado a Politica baseia-se nas evidências de barreiras sócioculturais e institucionais que determinam diferentes desfechos de saúde quando se
comparam as populações de homens e mulheres1. Se, de um lado, a resistência masculina
à procura por cuidados preventivos e primários decorre das variáveis culturais que
estabelecem uma dissociação entre os valores de masculinidade e a fragilidade
representada pela doença, por outro, é justificado pelo horário de funcionamento, que
coincide com a carga horária do trabalho da maior parte da população masculina que
acaba desestimulando e até impossibilitando o acesso dos homens a assistência de saúde,
pois dificilmente se encontra posto de saúde e ambulatório aberto após as 17 horas, então
a possibilidade que resta a eles são os serviços de urgência e emergência que possui
atendimento 24 horas, consequentemente acabam por não se beneficiarem dos serviços
de prevenção e proteção da saúde superlotando os pronto atendimentos com situações que
poderiam ser solucionados na atenção básica. A forma como está organizado a atenção
básica de saúde, no que diz respeito a funcionamento, tempo de atendimento, quantidade
e capacidade técnica dos profissionais de saúde, dentre outros aspectos, não tem
contribuído para a inserção e acolhimento dos homens no sistema de saúde2.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: É perceptível a necessidade de se aplicar novas
estratégias que visam aumentar a demanda do homem ao serviço de saúde eliminando
preocupações e procurando quebrar barreiras para o sucesso da atuação da Política do diadia, como a educação em saúde através de informações e comunicação acerca da
sensibilização dos homens e seus familiares, a procura da expansão do sistema ou atenção
á saúde com o objetivo de fortalecer os serviços de atenção básica, qualificar os
profissionais voltando-se para a saúde do homem através da realização de estudos e
pesquisas contribuindo para a melhora da Política. Procurou analisar na bibliografia as
produções sobre a saúde do homem e a política referente ao mesmo e para que ocorra
realmente a plena concretização da Política de Atenção a Saúde do Homem é
imprescindível
haver
além
das
mudanças
organizacionais
dos
serviços,
o
desenvolvimento de ações integradas entre o setor saúde e a educação, para que a
conscientização da importância de promoção da saúde e prevenção da doença seja algo
próprio do homem, assim como atualmente é de grande parte das mulheres.
CONTRIBUIÇÕES PARA A ENFERMAGEM: Refletir sobre a atenção à saúde do
homem e a implementação de uma política específica para esta população traz grandes
direcionamentos para o campo da Enfermagem, sensibilizando os profissionais a
promoverem ações que estimulem o protagonismo masculino direcionado ao
autocuidado, e consequentemente a redução das elevadas taxas de morbimortalidade.
Descritores: Saúde do Homem, Masculinidade, Políticas de saúde.
Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem na Gestão e Políticas
Públicas de Saúde.
REFERENCIAS:
1 Ferraz D, Kraiczyk J. Gênero e Políticas Públicas de Saúde – construindo
respostas para o enfrentamento das desigualdades no âmbito do SUS. Revista de
Psicologia da UNESP v. 9, n.1, 2010.
2 Ferreira, M. Desafios da Política de Atenção à Saúde do Homem: Análise das
barreiras enfrentadas para sua consolidação. Gestão e Saúde, 4, jan. 2013.
3 Medrado B et al. Reflexões sobre gênero e a Política Nacional de Atenção Integral
à Saúde do Homem. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2012, v.17, n.10, p. 2581-2583.
ISSN 1413-8123. Disponível em:
4 SCHWARZ, Eduardo et al. Política de saúde do homem. Rev. Saúde
Pública [online]. 2012, vol.46, suppl.1, pp. 108-116. Epub Dec 11, 2012. ISSN 00348910.
5 MOURA, EC de; LIMA, AMP; URDANETA, M. Uso de indicadores para o
monitoramento das ações de promoção e atenção da Política Nacional de Atenção
Integral à Saúde do Homem (PNAISH). Ciênc. saúde coletiva [online]. 2012, vol.17,
n.10, pp. 2597-2606. ISSN 1413-8123.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
REABILITAÇÃO E SEXUALIDADE: DISCUTINDO O ENFRENTAMENTO
DE PACIENTES PROSTATECTOMIZADOS
Thiago Lopes de Menezes, Criscia Christynne Martins Nery, Natalie Oliveira Gonçalves
Vilas Boas, Rita Jucielma Almeida Carneiro e Anderson Reis de Sousa.
INTRODUÇÃO: Atualmente, pesquisas apontam para um alto índice de homens, principalmente
acima dos 60 anos, que apresentam patologias relacionadas à próstata, é considerado o segundo
tipo de câncer mais comum entre os homens, depois do câncer de pele1,2. O processo do paciente
que foi submetido a cirurgia, e logo após deixar o hospital para viver sua rotina, normalmente
acarreta uma série de dúvidas, medo e fragilidade e é necessárias orientações a respeito dos
problemas e das situações a que irão ser submetidos. Com os avanços da tecnologia é perceptível
uma menor incidência de problemas como incontinência urinária e a disfunção sexual no pósoperatório, que vai depender também do individualismo de cada paciente2. OBJETIVO:
Identificar na literatura o enfrentamento de homens prostatectomizados frente a reabilitação e
sexualidade. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura sobre a temática, através
da utilização dos descritores: Enfermagem, neoplasias da próstata e saúde do homem os quais
atenderam ao objetivo do estudo. RESULTADOS: Quando a cirurgia é o tratamento de escolha,
em geral os pacientes apresentam alterações emocionais, como estresse e medo, além de
preocupações relativas a problemas financeiros, responsabilidades familiares e com o trabalho.
Além destes detalhes nota-se que os homens por não freqüentarem com mais freqüência as
unidades de saúde do que as mulheres, e pelo modelo hegemônico de masculinidade que
representam, tornam-se mais resistentes e não verbalizando o que estão sentindo. O pós operatório
dos pacientes prostatectomizados requer uma série de cuidados, pois eles vão está submetidos a
alguns problemas como: conhecimento deficiente, dor aguda, disfunção sexual, risco de volume
de líquidos deficiente, risco de infecção, controle ineficaz do regime terapêutico e padrões de
sexualidade ineficazes, eliminação urinária prejudicada2. CONSIDERAÇÕES FIANAIS: Este
trabalho pretende estimular atenção voltada para os homens prostatectomizados na busca por
encontrar soluções que reduzam os impactos gerados no processo de reabilitação e
comprometimento da sua sexualidade, e desta forma sensibilizar profissionais de saúde à
intensificarem a atenção a este público, voltando a sua prática as questões de gênero. Ressalta-se
que é necessária uma maior assistência para ações de cuidado relativos a pacientes
prostatectomizados que favoreça a individualidade do cuidado e a consideração do ser humano
em sua totalidade. As pesquisas analisadas demonstram que a enfermagem tem um papel
importante na produção do cuidado, assistência e na orientação destes homens, a fim de reduzir a
ansiedade, minimizar dúvidas e os impactos físicos, sociais e psicológicos que possam surgir no
pós-operatório, além de estabelecer a confiança e comunicação desejada, bem como o
fortalecimento dos laços familiares.
Descritores: Enfermagem. Neoplasias da Próstata. Saúde do homem.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as
fases da vida.
1 MATA, Luciana R. F. et al. produção científica da enfermagem em relação ao câncer
de próstata: revisão integrativa. Rev enferm UFPE on line. Pag 3007-3016. 2012
2 VIANNA, Márcia Chaves; NAPOLEÃO, Anamaria Alves. Reflexões sobre cuidados
de enfermagem para a alta de pacientes prostatectomizados. Cienc Cuid Saude Abr/Jun.
pag :269-273. 2009.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
ESTRATÉGIAS DE SENSIBILIZAÇÃO DA PRESENÇA MASCULINA ÀS
AÇÕES DE SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA NA UNIDADE DE SAÚDE DA
FAMÍLIA
Rosa Maria Santos de Medeiros, Sheila Passos Mota Coutinho, Michelle Macedo
Ramalho, Gilmara Souza Sampaio Almeida e Anderson Reis de Sousa.
INTRODUÇÃO: O presente trabalho foi desenvolvido para despertar a importância da
política voltada ao gênero masculino, buscando promover reflexões sobre a necessidade
de pensar em atividades coletivas e individuais a partir de estratégias de acolhimento, e
das intervenções que o enfermeiro poderá investigar, para garantir o acesso e identificar
os motivos pela não adesão aos serviços e a importância do autocuidado. A Atenção
Básica envolve ações que se relacionam com aspectos coletivos e individuais e visa
resolver os problemas de saúde mais frequentes e de maior relevância para a população.
Ela deve ser a porta preferencial de entrada do cidadão no Sistema Único de Saúde- SUS,
garantindo assim o seu acesso e os princípios de universalidade, integralidade e equidade
da atenção (BRASIL, 2010). A falta de atenção ao público masculino reflete uma
desqualificação dos homens para esta perspectiva assistencial. Nesse sentido, não se
valoriza e nem se vê como adequado ou pertinente que os homens sejam alvo de
intervenções na lógica organizacional dos serviços, quando se trata da APS, o que remete
para sua desqualificação no campo das políticas públicas de saúde, aspecto que
consideramos como uma forma de invisibilidade dessa população (COUTO, 2010).
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, no qual foram relacionadas às
estratégias para abordagem à saúde do homem. Foram realizadas buscas nas bases
científicas, tais como Scielo e Lilacs. Para tanto, foram utilizados os seguintes descritores:
Enfermagem, saúde do homem e educação em saúde. Na busca, foram selecionados 23
artigos relacionados ao tema nesta base de dados. Após esta etapa foi executada a leitura
e, por conseguinte, foram analisadas e selecionadas as pesquisa de interesse, para
construção desse trabalho. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com a
publicação Saúde Brasil 2007, do Ministério da Saúde, a cada 5 pessoas que morrem com
idade de 20 a 30 anos, 4 são homens. Os homens correspondem por quase 60% das mortes
no país. Das 1.003.350 mortes ocorridas em 2005, 582.311 foram de pessoas do sexo
masculino – 57,8% do total. Assim, a cada três pessoas que morrem, duas são homens,
aproximadamente. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm mais
doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevadas. A nova
política coloca o Brasil na vanguarda das ações voltadas para a saúde do homem. De
acordo com os artigos, os desafios são muitos, mas se faz necessário à capacitação dos
profissionais quanto aos aspectos inerentes à condição do gênero masculino, para
identificar e reconhecer as necessidades dos homens sinalizando que é possível mudar o
cenário da saúde do homem. Na construção do Sistema Único de Saúde observa-se que,
em relação à saúde do homem, há um processo de construção a respeito das políticas e
ações aos problemas específicos do gênero masculino. A Política Nacional de Atenção
integral à Saúde do Homem (PNAISH) vem com o propósito de minimizar as causas de
morbimortalidade, representando um grande avanço, até o presente momento, as ações
são poucas, porém com estratégias pertinentes a resolutividade dos problemas
relacionados a esse gênero. (PNHAISH, 2008). Como estratégias temos ações de
vigilância e planejamento, promoção de hábitos de vida saudáveis, prevenção de
violência e acidentes, estimular a implantação e implementação de assistência em saúde
sexual e reprodutiva, no âmbito da atenção integral à saúde, ampliar por meio de educação
o acesso dos homens as informações. Diante de todas as questões que envolvem a saúde
do homem-contexto social; gênero; política; quadro de morbimortalidade-, pensar em
estratégias para abordar a saúde da população masculina é algo ainda complexo. As
experiências são escassas na literatura, e os profissionais ainda não o adotam estratégias
que contemplem as necessidades de saúde dessa população (FIGUEIREDO, 2005).
Diante desse desafio, são proposta algumas estratégias de abordagem à saúde do homem,
com possibilidade de atuação de âmbito coletivo e individual, almejando uma assistência
integral a essa parcela da população. Inicialmente, propõe-se um fluxo de captação do
homem, considerando que sua entrada no serviço de saúde pode ocorrer por demanda
espontânea, por busca ativa ou por acompanhamento da equipe devido a algum agravo
estabelecido (HEMMI, ALMEIDA, 2012). Tem-se visto que as ações voltadas a este
público são discretos os investimentos, e insuficientes para trazê-los aos serviços básicos
de saúde, sendo necessário superar ainda as barreiras sociais, culturais, de gênero e
institucionais, como salienta Moura (2014). Assim de acordo com Neto (2013) há que se
relatar que há uma extrema lentidão na produção dos manuais de apoio aos profissionais
da atenção básica a fim de conduzir melhor as práticas voltadas ao homem, o que tem
dificultado o despertar e o preparo destes profissionais em acolher e prestar assistência
adequada a esta população. No entanto ver-se que é imprescindível reorientar as práticas,
recriar, inovar e (re) significar as ações neste âmbito de atenção a fim de atrair estes
sujeitos, buscando estratégias exitosas e reconhecer quais são os fatores que dificultam a
presença do mesmo nos serviços. A articulação ensino e serviço podem contribuir para a
implementação de ações que busquem promover a educação para a saúde, ampliar as
informações e melhorar o nível de conhecimento das pessoas, tornando-os mais
emponderados de seu direito social e garantia da cidadania, para Santana (2011).
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante disto, é preciso promover ações de saúde que
contribuam para a compreensão da realidade atual masculina nos seus diversos contextos:
biológico, socioculturais, político-econômicos e que possibilitem o aumento da
expectativa de vida e a redução dos índices de morbimortalidade por causas preveníveis
e evitáveis nessa população. As Equipes de Saúde da Família tem como meta desenvolver
uma abordagem diferenciada das demais Unidades Básicas de Saúde, estão localizadas
próximo às moradias dos usuários e trabalham a partir das necessidades da população de
sua área de abrangência, visando à satisfação dos usuários. Portanto é de fundamental
importância que essas equipes de saúde, em especial o profissional enfermeiro, tenham
um olhar ampliado sobre as condições da população, em especial do homem, para o
planejamento de ações de saúde.
Descritores: Enfermagem. Educação em Saúde. Saúde do Homem.
Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem na Gestão e Políticas
Públicas de Saúde.
REFERÊNCIAS
AQUINO,E.M.L. Gênero e saúde: perfil e tendência da produção cientifica no Brasil.
Revista saúde pública. 2006;40(esp.)121-32.
COUTO, Marcia Thereza and GOMES, Romeu. Homens, saúde e políticas públicas:
a equidade de gênero em questão. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2012, vol.17, n.10,
pp.
2569-2578.
ISSN
81232012001000002.
1413-8123.
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-
FIGUEIREDO,W. Assistência à saúde dos homens: um desafio para os serviços de
atenção primária. Revista ciência & Saúde Coletiva. 2005; 10:105-9.
LEAL, Andréa Fachel; FIGUEIREDO, Wagner dos Santos and
NOGUEIRA-DA-SILVA, Geórgia Sibele. O percurso da Política Nacional de Atenção
Integral à Saúde dos Homens (PNAISH), desde a sua formulação até sua
implementação nos serviços públicos locais de atenção à saúde . Ciênc. saúde
coletiva [online]. 2012, vol.17, n.10, pp. 2607-2616. ISSN 1413-8123.
NETO, F.R.G.X, Rocha, A.E.F, Linhares, M.S.C, Oliveira. E.N. Trabalho do
enfermeiro na atenção à saúde do homem no território da Estratégia de Saúde da
Família. Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.04, Nº. 01, Ano 2013 p.1741-1756.
Disponível: http://gestaoesaude.unb.br/index.php/gestaoesaude/article/view/313.
SANTANA, E.N, LIMA, E.M.M, Bulhões JLF, Monteiro EMLM, Aquino JM.A
atenção à saúde do homem: ações e perspectivas dos enfermeiros. remE – Rev. Min.
Enferm.;15(3): 324-332, jul./set., 2011. Disponível em:
file:///C:/Users/user/Downloads/v15n3a03%20(1).pdf.
SCHWARZ, Eduardo. Reflexões sobre gênero e a Política Nacional de Atenção
Integral à Saúde do Homem . Ciênc. saúde coletiva [online]. 2012, vol.17, n.10, pp.
2581-2583. ISSN 1413-8123.
SOUZA M.C.M.R;HORTA, N.C. Enfermagem em saúde Coletiva: teoria e prática.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, [LIVRO]2012.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
AÇÕES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM À SAÚDE MASCULINA:
REFLEXÕES PARA A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Juliana dos Santos Figueiredo, Jéssica Ribeiro Torres, Camila Oliveira Bastos e Anderson
Reis de Sousa.
INTRODUÇÃO: Com o objetivo de reduzir os elevados índices de mortalidade o
ministério da saúde criou a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem
(PNAISH). Esta visa o desenvolvimento de ações de promoção e prevenção a saúde do
homem na porta de entrada do Sistema Único de Saúde. ¹ OBJETIVO: Analisar na
literatura as ações da equipe de Enfermagem frente à saúde masculina.
METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa realizada através de revisão literatura,
realizada nas bases de dados: Scielo, Bireme e Lilacs, utilizando os descritores:
Enfermagem, saúde do homem e ESF, publicados de 2010 à 2014. Foram encontrados
onze
artigos
e
selecionados
quatro.
RESULTADOS
E
DISCUSSÃO:
O
desenvolvimento de ações para o público masculino possui muitas dificuldades, tanto por
parte dos enfermeiros em sensibilizar essa população, como da procura dos mesmos pelo
serviço devido aos valores e crenças arraigados ou por acolhimento ineficiente.² Os
enfermeiros culpabilizam os gestores pela frágil qualificação profissional, a sobrecarga
de trabalho e a disponibilidade de tempo.³ Encontra-se em pesquisas a presença de uma
parcela relevante de enfermeiros que desconhecem a existência da PNAISH tornando
inviável o desenvolvimento de ações de promoção e prevenção dessa população. A
maioria das ações desenvolvidas são reducionistas, focando na neoplasia e nas doenças
crônicas.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por meio desse estudo percebe-se a escassez
de ações DA Enfermagem voltadas para saúde masculina mesmo após a implementação
da PNAISH. CONTRIBUIÇÃO PARA ENFERMAGEM: Discorrer sobre a PNAISH
é de extrema relevância, pois é uma tentativa de romper os obstáculos dos futuros
profissionais e os que já atuam impedindo que persista uma ineficiência da implantação
de ações e participação do público masculino na atenção básica. Contribui também para
uma maior autonomia e uma visão crítica sobre o assunto.
Descritores: Enfermagem. Saúde do Homem. Atenção Básica à Saúde.
Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem na
Gestão e Políticas Públicas de Saúde.
REFERÊNCIAS:
1. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do
Homem (Princípios e Diretrizes). Brasília, 2008.
2. ALVARENGA, W.A. Política de saúde do homem: perspectivas de enfermeiras
para sua implementação. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, 2012.
3. GOMES, Romeu. Os homens não vêm! Ausência e/ou invisibilidade masculina
na atenção primária. Ciência & Saúde Coletiva, 2011.
4. SILVA, P.A.S. et al. A saúde do homem na visão dos enfermeiros de uma
unidade básica de saúde. Esc. Anna Nery vol.16. Rio de Janeiro, 2012.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
CONTAMINAÇÕES CRUZADAS EM UTI: UM DESAFIO PARA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Ana Luiza Andrada Melo, Fabiana Lima do ouro, Karla Lucila Andrade Cintra,
Marianna dos Santos Oliveira Araújo Nogueira, Sebastião Edimilson Teixeira Oliveira.
INTRODUÇÃO: A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um setor de alta complexidade
que assisti pacientes graves, com ou sem doenças prévias, pós-operatórios e
politraumatizados, que necessitam de profissionais especializados, assistência continua e
tecnologias avançadas¹. Os pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
são os mais suscetíveis a adquirir infecções relacionadas à assistência em saúde, uma vez
que é neste ambiente, onde há um grande foco gerador e disseminador de cepas
bacterianas multirresistentes². A infecção seja ela endógena ou adquirida, figura como
uma das mais sérias ameaças ao doente, causando por isso, constante preocupação à
equipe que lhepresta assistência³. Segundo AMIB (Associação de Medicina Intensiva
Brasileira) (2009), a UTI deve cumprir as medidas de prevenção e controle das infecções
orientando também os familiares e demais visitantes dos pacientes sobre ações de
controle, disponibilizando assim os insumos, produtos, equipamentos e instalações,
necessários para práticas de higienização das mãos dos profissionais de saúde e
visitantes⁴. Além disso, diante da complexidade do controle de infecção hospitalar na
UTI, deve-se levar em conta a existência de diversos procedimentos que podem
minimizar este agravo, buscando a qualidade da assistência. OBJETIVO: Realizar uma
revisão bibliográfica sobre contaminação cruzada em UTI; buscar na literatura aspectos
relevantes na atuação do enfermeiro mediante a contaminação cruzada, bem como os
desafios e perspectivas encontrados. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa
bibliográfica, de abordagem qualitativa, esta se utiliza tanto de livros como artigos
científicos encontrados nas bases de dados online, Scielo e Lilacs, BVS- Biblioteca
Virtual de Saúde, Google acadêmico e em literaturas, utilizando os descritores: Cuidados
de Enfermagem, Contaminações Cruzadas, UTI, Desafios e Perspectivas. Foram
utilizados como critérios de inclusão artigos que abordassem a temática, publicados nos
últimos 10 anos. Nas bases de dados foram encontrados 25 artigos, sendo selecionados
17 que atenderam ao objetivo do estudo.
RESULTADOS E DISCUSSÕES: Nos últimos anos, tem-se observado o aumento da
frequência de infecções por microrganismos resistentes, que segundo a ANVISA (2010),
são diferentes classes de antimicrobianos testados em exames, gerando transtornos nas
instituições hospitalares em todo mundo⁵. Ocorrem infecções cruzadas pela transferência
de um microrganismo de um local para outro ou interpessoalmente. Sendo este, o termo
usado para designar as infecções adquiridas de outras pessoas, pacientes ou profissionais
de saúde, ou objetos6. Tendo em vista que as mãos são consideradas as principais
ferramentas dos profissionais que atuam nos serviços de saúde, sendo as executoras das
atividades e serviços prestados, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério
da Saúde (ANVISA/MS) implantou a resolução da diretoria colegiada RDC n 50 de 21
de fevereiro de 2002 que dispõe sobre normas e projetos físicos dos estabelecimentos
assistenciais de saúde definindo, dentre outras, a necessidade de lavatórios/pias para a
higienização das mãos 7. Essa iniciativa reforça a higienização das mãos como o
procedimento mais importante e menos dispendioso para evitar a transmissão de
infecções relacionadas à assistência à saúde8. A promoção e práticas de higienização das
mãos devem ser incentivadas nos serviços de saúde. Outros sim, um aspecto que interfere
diretamente na adesão a higienização das mãos é que os profissionais de saúde não
incorporam esse conhecimento às atividades diárias. Além disso, a falta de local
adequado, com pias em número suficiente e antissépticos, acabam por desmotivar os
profissionais a cerca dessa prática9. Desta forma, a qualidade dos cuidados prestados pela
equipe de saúde deve ser avaliada em consonância com os padrões de qualidade
estabelecidos para o serviço. A prevenção da infecção cruzada é de fundamental
importância dentro desse contexto de cuidado, pois, além da lavagem das mãos, o controle
da infecção cruzada ocorre também através do uso adequado de EPI's como luvas,
máscaras, gorro e avental, prevenindo a contaminação e disseminação de
microrganismos10. Considerações Finais: Este estudo possibilitou a compreensão do
desenvolvimento das infecções hospitalares em UTI, com ênfase na contaminação
cruzada, em que os próprios promovedores do cuidado podem ser os agentes de
disseminação. Nesse sentido, os enfermeiros na UTI são os principais agentes de
transformação, por estarem diretamente envolvidos na realização de práticas invasivas e
na administração da unidade. Desse modo, é imprescindível que os mesmos possuam
conhecimento acerca do mecanismo de infecção hospitalar em UTI, seus fatores de risco,
medidas de prevenção e controle. Portanto, o papel da equipe de enfermagem é de
extrema importância narealização de técnicas adequadas no controle de contaminação
cruzada, sendo que a chave para o controle das infecções é a educação continuada dos
profissionais de saúde, devendo rever frequentemente os protocolos de cuidados e
higienização das mãos, cuja
padronização deve ser clara e disponível a todos. CONCLUSÃO: Conclui-se portanto,
que o enfermeiro tem papel fundamental no desenvolvimento das iniciativas de prevenção
de agravos e promoção da saúde. E que é de suma importância por estes, a implantação
de medidas que visem informar e orientar a equipe multidisciplinar que compõe a UTI,
bem como pacientes, acompanhantes e visitantes durante o momento da internação sobre
.
Descritores: Cuidados de Enfermagem. Contaminações Cruzadas. UTI.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida.
REFERÊNCIAS
1. ALBUQUERQUE, A. M. et al. Infecção cruzada no centro de terapia intensiva à luz
da literatura. Rev. Ciênc. Saúde Nova Esperança. Campina Grande, 2013.
Disponível em:<https://www.bing.com/search?setmkt=ptBR&q=INFEC%C3%87%C3%83O+CRUZADA+NO+CENTRO+DE+TERAPIA+
INTEN
2. HINRICHSEN, S.L. Biossegurança e controle de Infecções, 2.ed. Rio de Janeiro:
bara Koogan, 2013.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
CORPO, MASCULINIDADE E CUIDADOS À SAÚDE: ATENÇÃO A HOMENS
QUE FAZEM USO DE ANABOLIZANTES
Adrielly Rocha Barbosa Gonçalves, Emanuela Márcia de Freitas Vieira e Anderson Reis
de Sousa.
INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, o corpo tornou-se alvo de uma atenção redobrada
com a manifestação de técnicas de cuidado, tais como dietas, musculação e cirurgias
estéticas1. Estudos indicaram que o corpo hipermusculoso figura como uma fonte de
valorização e poder nas interações sociais e afetivo-sexuais, sendo um sinal distintivo da
masculinidade na sociedade moderna.
1
Na busca pelo imediatismo na obtenção de
resultados, muitos jovens recorrem a anabolizantes.2 A perspectiva do cuidado masculino
pode gerar resultados positivos quando associado a ideia de que ao homem também é
concebido a atenção voltada a si próprio. Porém, esse cuidado pode afastá-lo da saúde em
geral quando atinge o limite do culto extremo ao corpo. De algum modo, os homens
quando promovem o cuidado ao corpo, cultivam um intenso fisiculturismo, diante desse
aspecto, o cuidado exacerbado com si pode transformar-se em rico a saúde. 3 A proposta
não é divergir a relação, privilegiando um gênero em detrimento do outro. Subentendo
que os posicionamentos os quais enfocam a saúde da mulher e a saúde do homem são
igualmente válidos, desde que tais posicionamentos não percam a perspectiva relacional
entre os gêneros e não se distanciando da promoção da saúde voltada para as necessidades
humanas em geral. Refletir sobre a relação não significa desatentar das demandas
específicas de cada gênero.4A sociedade contemporânea tem como marca o consumismo
e o individualismo, a busca pelo êxito e o acumulo de bens materiais. Atrelado a isso o
corpo se tornou um bem de consumo. Tal consumismo permite ao indivíduo se situar
socialmente mediante ao acumulo de capital. Produtos, marcas, materiais e o corpo
enquanto objeto de consumo passa a imprimir estereótipos sobre cada sujeito,
constituindo sua identidade e suas referências. A enorme valorização da aparência, é um
processo qual o corpo físico assume um papel fundamental na exteriorização da
subjetividade. A mídia está atrelada a esse processo, que adquiriu uma forte influência na
contemporaneidade disseminando valores e padrões estéticos, fazendo com que haja uma
necessidade de consumo, por sua vez, expandindo a industrialização de produtos
estéticos.5 OBJETIVO: Refletir sobre a atenção e cuidados à saúde de homens que fazem
uso de anabolizantes. METODOLOGIA: Trata-se de uma reflexão teórica sobre a
atenção e cuidados à saúde de homens que fazem uso de anabolizantes para fins estéticos,
como forma de estimular os leitores a repensar o papel do profissional de saúde frente as
demandas advindas da contemporaneidade. Como forma de dar sustentação a este estudo,
foi realizado pesquisa em artigos e livros sobre a temática. RESULTADOS E
DISCUSSÕES: O papel que a cultura e a história de masculinidade representam no
crescimento da vulnerabilidade dos homens é um aspecto cada vez mais importante no
entendimento do campo da saúde masculina. As atitudes arriscadas têm sido atributos
amplamente reconhecido e aceitos como símbolos de masculinidade, e muitos homens
vivenciam o risco como uma aventura. A existência do risco, nessa visão, configura uma
espécie de prestigio aquele que a experiência ultrapassa os limites de normalidade.
Entende-se, porém, que estes comportamentos de valorização do risco e de controle sobre
o perigo, em parte expressão da busca por um ideal inatingível de masculinidade, aumenta
os riscos de os homens, principalmente os jovens, de contraírem HIV/AIDS e outras
DST's e morrerem por acidentes ou homicídios.1 Os esteroides anabólicos androgênicos
no Brasil são classificados como medicamentos de uso controlado, conforme
regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). O uso
recomendado dos (EAA) é feito em anemias graves, diminui a necessidade de transfusões
sanguíneas, insuficiências pulmonares e cardíacas, no qual eles aliviam os sintomas de
cansaço desses pacientes. São indicados, ainda, em pacientes com AIDS ou insuficiência
renal crônica, para compensar a perda de massa muscular. Além disso, seu uso é
consagrado na reposição em casos de deficiência hormonal masculina.1 Propostas
baseadas na ideia de minimização de danos, sinalizando, contudo, que qualquer política
pública irá produzir tanto danos quanto benefícios para os indivíduos. Desta forma, não
se trata de apoiar o consumo e, tampouco, defender a legalização do uso não terapêutico
de anabolizantes, apenas sugerir que é possível pensar no uso supervisionado, com o
desenvolvimento de esquemas de doses adequados às pessoas, evitando o descompasso
entre o que é revelado e o que é, de fato, utilizado no cotidiano. A tarefa da saúde pública
seria a de apostar no realismo das propostas que reduzam os danos mais graves à
integridade dos cidadãos em conformidade às normas do estado de direito e à garantia
dos direitos individuais.1 Menos importante que a motivação estética, mas igualmente
presente em justificativas dos usuários de anabolizantes para a prática da musculação é o
"discurso da saúde" que enaltece as consequências positivas para a saúde advindas da
musculação. Eles abordam a preocupação com o envelhecimento e o desejo de manter-se
eternamente jovem, afirmando que se trata de um envelhecimento saudável. Afirmam
ainda, que a aparência corporal revela o estado de saúde do indivíduo e o corpo trabalhado
passa a ser indicador importante de boa saúde. Já para outros usuários, o discurso da saúde
engloba o fato de a prática da musculação e o cuidado com o corpo favorecerem o
afastamento de vícios como fumar e beber, tanto quanto o consumo de outras drogas
percebidas como mais nocivas à saúde que os anabolizantes.5 Inserir a participação dos
homens e principalmente os jovens nos programas de saúde tem se tornado um desafio
por vários fatores, pois o cuidado de si, com o corpo, e com os outros não são colocados
na formação e socialização do público masculino. Estes pontos assinalam as mais variadas
análises críticas fazendo elucidar a discussão sobre o exercício da masculinidade, a saúde
sexual, reprodutiva, paternidade, relações de gênero, comportamentos e atitudes
intempestivas como a violência, e uso abusivo de substâncias. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Como forma de buscar estratégias de enfrentamento desta problemática é
necessário refletir, e promover o desenvolvimento de ações de prevenção culturalmente
adequadas juntos aos jovens, que levem em conta a contextualização cultural, social em
que estes estão inseridos, onde ocorrem a utilização destas substâncias.
Descritores: Enfermagem. Educação em Saúde. Saúde do Homem.
Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida.
REFERÊNCIAS
1. CECCHETTO, F.; MORAES, D.R.; FARIAS P.S. Distintos enfoques sobre
esteróides anabolizantes: Riscos à saúde e hipermasculinidade. Interface Comunic., Saúde, Educ., v.16, n.41, p. 369-82, abr./jun. 2012.
2. IRIART JABI. Uso de anabolizantes e produtos veterinários para fins estéticos e
risco à saúde entre jovens praticantes de musculação. In: TAVARES LA,
MONTES JC. Adolescência e o consumo de drogas: uma rede informal de
saberes e práticas. Salvador: EDUFBA, 2014.
3. GOMES, R.; MOREIRA M.C.N.; NASCIMENTO, E.F.N.; REBELLO, L.
E.F.S.; COUTO, M.T.; SCHRAIBER, L.B. Os homens não vêm! Ausência e/ou
invisibilidade masculina na atenção primária. Ciência & Saúde Coletiva,
16(Supl. 1): 983-992 2011.
4. GOMES, R. Sexualidade masculina e saúde do homem: proposta para uma
discussão. Ciência & Saúde Coletiva, 8(3): 825-829 2003.
5. IRIART, J. A. B.; CHAVES, C.C.; ORLEANS R. G. Culto ao corpo e uso de
anabolizantes entre praticantes de musculação. Cad. Saúde Pública, Rio de
Janeiro, 25 (4):773-782, abr, 2009.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
CONDIÇÕES DE TRABALHO E RISCOS À SAÚDE DE HOMENS RODOVIÁRIOS:
EXPERIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE
Tainara Morais Cerqueira, Camilla Lisboa Neves Oliveira, Katherine Souza Vidal Lima, Maria
Clara Pinho Barreto Silva, Monalysa Miereles de Carvalho, Suele Oliveira Cunha Costa e
Anderson Reis de Sousa.
INTRODUÇÃO: Existe um estereótipo de que o homem devido as suas atribuições e
responsabilidades não necessita de dar a devida atenção a sua saúde. A não procura pelos serviços
desencadeia a não preservação de sua saúde, assim como deixa de utilizar os procedimentos
necessários; se os homens procurassem com regularidades a atenção primária, muitos agravos
seriam evitados. A proposição da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem visa
qualificar a atenção à saúde da população masculina na perspectiva de linhas de cuidado que
resguardem a integralidade da atenção, essa Política foi lançada em 2009, pelo Governo Federal,
com o objetivo de facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde.1
OBJETIVO: Descrever a experiência da atividade de educação para a saúde sobre as condições
de trabalho e riscos à saúde de homens rodoviários. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de
experiência que emergiu de uma atividade de educação para a saúde realizadas com homens:
motoristas e cobradores de ônibus coletivos na cidade de Feira de Santana, Bahia. A atividade é
fruto de uma proposta da disciplina de Atenção à Saúde do Homem e foi desenvolvida por
graduandas do sétimo semestre do curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Nobre de
Feira de Santana, Bahia. Esta atividade foi realizada Estação de Transbordo Central, em setembro
de 2014. Utilizou-se a metodologia participativa a qual propicia a articulação do
sujeito/acadêmico com a comunidade, com a finalidade de se responsabilizar, de resolver
possíveis problemas e transformar determinada situação permitindo aos estudantes uma interação
teórico-prático.2 RESULTADOS E DISCUSSÃO: A atividade desenvolvida teve a participação
de 35 homens, com faixa etária de 35 a 55 anos, aproximadamente, onde foram realizadas
atividades de sensibilização, escuta, conversa, mobilizando-os por meio de abordagem oralexplicativa com a distribuição de cartilhas informativas em que continha os riscos que este público
está exposta, cuidados essenciais do autocuidado e como buscarem os serviços de saúde para a
garantia de prevenção das doenças e o riscos ocupacionais. Juntamente com esta ação fora
realizado a fixação de cartazes informativos pelo local, medição de circunferência abdominal e
entrega de chaveiros simbólicos sobre o tema, como forma de incentiva-los à procura das unidades
de saúde. Nas cartilhas impressas foram também disponibilizados endereços de Unidades Básicas
de Saúde, Centro de Referência das DST`S e HIV, Centro de Apoio Psicossocial e outros
dispositivos de promoção da saúde. Diante desta ação, e corroborado com a literatura, nota-se que
algumas profissões exigem um cuidado mais específico com a saúde, mediante aos esforços que
os mesmo precisam desempenhar. Os motoristas e cobradores de ônibus urbanos permanecem
maior parte do tempo fora do padrão convencional de uma empresa. Os motoristas de ônibus
constituem uma classe profissional importante, principalmente nas sociedades mais urbanizadas,
não só pelo fato de formarem um grupo numeroso de trabalhadores que estão expostos a condições
específicas de trabalho, sujeitos a fatores adversos e estressantes que os tornam mais expostos às
doenças ocupacionais, mas também, pela responsabilidade coletiva de sua atividade, o transporte
cotidiano de passageiros (Deus, 2005).3 Diferente das pessoas que desempenham suas atividades
profissionais em ambientes fechados como salas ou lojas, algumas vezes climatizados e
relativamente confortáveis, esse profissional desempenha suas atividades num ambiente público.
A condição de trabalho interfere no estado físico e mental do motorista e cobrador, traduzindo-se
em irritabilidade (que pode levar a um comportamento agressivo na direção), insônia (podendo
resultar em sonolência nas horas de trabalho, diminuindo os reflexos) e, em especial, distúrbios
na atenção fator essencial para a direção segura no trânsito e na responsabilidade com as
passagens que são cobradas.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considerando que o locus de
desenvolvimento desta ação está inserido em um município populoso, em que o transporte público
é exclusivamente o ônibus, se faz necessário refletir acerca da atenção desta população específica,
percebemos que estes trabalhadores estão expostos a diversos fatores de riscos à sua saúde, e que
muitas vezes não são conhecidos por eles, o que acarreta em desequilíbrios ao seu estado de saúde,
justificando assim a relevância do tema escolhido.
Descritores: Enfermagem. Saúde do Homem. Educação em Saúde.
Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas
as fases da vida.
REFERÊNCIAS:
1
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
programáticas em Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do
Homem: Princípios e Diretrizes. Brasília, 2009. [citado 2014 set 08] Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232011001200023&script=sci_arttext.
2
HILDEBRAND, Gilberto. Interação e Desenvolvimento Social. In: II Encontro de
Extensão - UDESC. 2007. [citado 2014 set 08] Disponível em:
<www.udesc.br/encontro_de_extensao_2006_apresentacao_gilberto_hildebrando_intera
cao_e_desenvolvimento_social. Acesso em: 08 set. 2014
3
DEUS, M. J.. Comportamentos de risco à saúde e estilo de vida em motoristas de
ônibus urbanos: recomendações para um programa de promoção de saúde.
Universidade Federal De Santa Catarina (UFSC). Florianópolis – SC, 2005. [citado
2014 set 08] Disponível em:
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/102242/213621.pdf?sequence=1
4
BATTISTON, M.; CRUZ, R. M.; HOFFMANN, M. H.. Condições de trabalho e
saúde de motoristas de transporte coletivo urbano. Estudos de Psicologia.
Florianópolis, 2006; 11(3), 333-343. [citado 2014 set 08] Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2006000300011
ISBN: 978-85-83-89-035-5
AÇÕES DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DAS ÚLCERAS POR
PRESSÃO(UPP) EM UNIDADE DE CUIDADOS À PACIENTES CRÍTICOS
Ana Luiza Andrada Melo, Mariana da Costa Nelli Reis, Paloma Araújo Sousa e Sebastião
Edimilson Teixeira Oliveira.
INTRODUÇÃO: As unidades de cuidados intensivos constituem um conjunto de elementos
funcionalmente agrupados que exigem além de equipamentos, assistência médica e de
enfermagem ininterruptas e especializadas, abrigam pacientes que, momentaneamente,
necessitam de uma assistência mais complexa, devido ao seu estado clínico de natureza mais
crítica5. Pacientes críticos hospitalizados têm risco elevado para desenvolver as úlceras de
pressão, fator que pode prolongar a hospitalização, dificultar a recuperação da doença de base,
aumentar o risco para o desenvolvimento de outras complicações fazendo com que o período
de internação se estenda e gerando um acréscimo no sofrimento físico e emocional destes
pacientes. OBJETIVO: Identificar na literatura os fatores de risco relacionados a formação de
Ulceras de pressão e apontar os cuidados que devem ser adotados pela equipe de enfermagem
na prevenção das mesmas em pacientes em unidade de tratamento intensivo. Já que são umas
das principais complicações que atingem pacientes hospitalizados sendo indispensável
investigar a melhor maneira de conduzir este problema através da assistência de enfermagem.
METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de aporte teórico baseado em 5
livros técnicos encontrados na biblioteca da Faculdade Nobre de Feira de Santana - Bahia, e
18 artigos científicos da base de dados da Coleção Scientific Electronic Library Online (Scielo)
publicados entre 2000 e 2013. Foram incluídos materiais que abordassem o tema úlcera por
pressão, tendo como descritores: feridas, úlceras de decúbito, assistência e/ou cuidado de
enfermagem e paciente crítico hospitalizado. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A pele é o
maior e mais pesado órgão do corpo, é descrita como protetora sensível e reparadora, capaz de
manter a homeostase de um indivíduo. As três camadas são a epiderme externa, a derme média,
a hipoderme e o tecido subcutâneo subjacenteras. A equipe deve ser preparada para avaliar as
condições da pele pelo menos duas vezes ao dia e identificar se há fatores de risco, deve ser
avaliada quanto à temperatura, presença de eritema e bolhas que são indicadores de provável
rompimento do tecido¹. A úlcera de pressão origina-se em qualquer a posição em que o paciente
permaneça por um longo período. São regiões de proeminências ósseas como regiões sacrais,
occípio, coccígenas, tuberosidades isquiáticas, trocânter, calcâneo, maléolos, côndilo medial da
tíbia, cabeça da fíbula, cotovelos, escápula, processos acromiais e cristas ilíacas. O
desenvolvimento das úlceras de pressão tem causa multi-fatorial, ou seja, são ocasionadas por
uma combinação de fatores mecânicos, bioquímicos e fisiológicos que podem ser classificados
como intrínsecos ou e extrínsecos. Os fatores extrínsecos são aqueles que atuam diretamente
nos tecidos, e que independem do paciente, neste grupo incluem-se a pressão local,
cisalhamento, fricção, umidade e uso de medicações sedativas e hipnóticas². Para o alívio da
pressão causada por fatores extrínsecos a equipe pode utilizar de artigos de fácil acesso como:
proteção com travesseiros, almofadas, e coxins feitos de toalhas e até lençóis. Quando o hospital
não dispor de outros recursos, é possível trazer a família como aliada do cuidado ao paciente,
orientando-os e solicitando-os a aquisição de colchões caixa de ovo de poliuretano. Para a
redução do atrito e da fricção a enfermagem podem manter s roupas de cama bem organizadas
e esticadas, evitar elevar a cabeceira da cama em ângulo maior que 30 graus por um longo
período de tempo4. Os fatores intrínsecos relacionam-se ao estado físico do paciente, compõem
este grupo: imobilidade, presença de incontinência urinária ou fecal, alterações na perfusão
sanguínea e da pele e presença de doenças neurológicas, idade avançada, massa muscular
diminuída². Para estes riscos são cuidados de enfermagem: mudanças de decúbito frequentes,
devendo ser realizada pelo menos a cada duas horas caso não haja contra indicação relacionadas
as condições gerais do paciente; providenciar alívio de pressão; manobras para o controle da
incontinência vesical e intestinal; limpeza. e secagem da pele após higiene íntima; lubrificar a
pele; não massagear áreas avermelhadas; não usar lâmpadas emissoras de calor³. A presença de
condições predisponentes para as lesões da pele e tecidos como: anemia, leucocitose, alterações
nutricionais, medicamentos depressores além de doenças como acidente vascular encefálico,
hipertensão, diabetes mellitus, insuficiência renal, câncer, obesidade, esclerose múltipla. Para
este fim os cuidados de enfermagem são: providenciar ingestão de líquidos e nutrição adequada
com avaliação pelo nutricionista reposicionamento e mudança de decúbito com frequência,
assim como uso de superfície de suporte que reduzam a pressão em pacientes em risco³.
Buscando diminuir os índices de prevalência de UPP e melhorar a qualidade de vida dos
pacientes, são utilizadas ainda as escalas de prevenção. Dentre as escalas criadas, a Escala que
apresenta-se como a de maior preditividade e sensibilidade, sendo bastante útil para predizer o
desenvolvimento da UPP ou sua recidiva, permitindo conhecer o risco individual de cada
paciente e implementar precocemente ações de enfermagem. A UPP indica a qualidade da
assistência prestada, e o sucesso da prevenção depende dos conhecimentos e habilidades dos
profissionais de saúde sobre o assunto. Entretanto, torna-se necessário compreender os fatores
individuais e institucionais que influenciam o conhecimento e o uso das evidências pelos
profissionais, de forma que estratégias possam ser planejadas e utilizadas nas instituições.
CONCLUSÃO: O cuidado de enfermagem deve promover a atenção capaz de oferecer
inúmeros benefícios e redução de danos, principalmente a paciente com restrição de movimento
e elevada dependência de cuidado devido ao estado de saúde que o impossibilita de executar
suas funções normais naquele momento. Estes pacientes estão em maior risco para UPP,
portanto sua prevenção deve ser uma das prioridades na assistência de enfermagem. Assim,
busca-se reduzir o sofrimento, os índices de infecções, as complicações, e os custos do
tratamento. Pode-se perceber que o cuidado a UPP depende de fatores múltiplos, não sendo um
problema exclusivamente de enfermagem, os cuidados inadequados surgem por parte de todos
os profissionais de saúde envolvidos na assistência. Porém, a equipe de enfermagem é a mais
atuante uma vez que permanecem ao lado do paciente em tempo integral durante a
hospitalização, por esta razão são os mediadores na prevenção destas lesões. Observa-se que
existem instrumentos de avaliação de riscos para o desenvolvimento de UPP, auxiliando o
enfermeiro na tomada de decisões quanto ao planejamento das medidas preventivas. Torna-se
importante conhecimento desses instrumentos e o seu uso devem ser prioridades na formação
e programas de educação permanente.
Descritores: Prevenção; Enfermagem; Úlceras por Pressão; Paciente crítico.
Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as
fases da vida.
REFERÊNCIAS
Goulart FM, et.al. Prevenção de úlcera por pressão em pacientes acamados: uma revisão da
literatura.2002. Disponível em: www.faculdadeobjetivo.com.br.
Luz SR, et al. Úlceras de pressão. Revista de Geriatria e gerontologia. 2010,4(1):36-43.
Mochnaez I, Murakami M. Bases do tratamento e prevenção de úlceras por pressão. Revista de
Enfermagem UNISA. 2000,2 (s\n):40-43.
Morton PG, et.al. Cuidados críticos de enfermagem: uma abordagem holística. Rio de
Janeiro.2007,8:1207-1211 .
Silva RFA, Nascimento MAL. Mobilização terapêutica como cuidado de enfermagem:
evidência surgida da prática. Revista escola de Enfermagem USP.2012,46(2):413-419.
ISBN: 978-85-83-89-035-5
RELEVÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA NA UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA
Maiane Oliveira Miranda Pires; Nadjanara Marques Cavalcante; Deise Freitas Casaes.
INTRODUÇÃO: A Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) tem sido uma das principais
causas cardiovasculares de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)1. A ICC resulta
quando o coração é incapaz de gerar um débito cardíaco (DC) suficiente para satisfazer a
demanda do organismo.1 O coração é um órgão muscular oco, que funciona como uma bomba
contrátil-propulsora2. O desempenho do coração como uma bomba envolve a participação dos
seguintes determinantes: Frequência e Ritmo cardíaco, Função Sistólica e Diastólica
Ventricular, Pré-carga e Pós-carga2. A Frequência Cardíaca elevada é uma resposta do
organismo diante da necessidade de aumentar o débito cardíaco3. Na promoção que o ritmo
cardíaco aumenta, o tempo de enchimento ventricular diastólico diminui, onde pode ser curto
tornando-se inadequado para manter o débito cardíaco suficiente, consequentemente a perfusão
coronária estará comprometida, pois o coração é perfundido na diástole, dessa forma a demanda
de O2 irá aumentar devido ao alto gasto de energia para manutenção da contratilidade
miocárdica3. A função Sistólica Ventricular é definida pela contratilidade miocárdica e
consequentemente pelo volume de sangue ejetado para circulação sistêmica2. A avaliação da
função sistólica é realizado pelo índice de fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE),
onde é considerada normal FEVE > 50% 2. Já função Diastólica ventricular é determinada pelo
relaxamento do miocárdio3. A Pré-Carga é a quantidade de estiramento miocárdico, isto é, o
volume diastólico final do ventrículo esquerdo, o coração com ICC funciona com elevado précarga, já a pós-carga está relacionado a resistência à ejeção de sangue a partir do ventrículo
esquerdo3. A redução do DC, como ocorre na ICC, e na inabilidade de manter o volume
intravascular adequado contribui para a ativação neuro-hormonal, mediada primeiramente pelo
sistema renina-angiotensina-aldosterona e pelo sistema simpático, os quais acentuam a
resistência, vascular periférica e promovem retenção de água e sódio4. O principal papel do
enfermeiro no tratamento dos pacientes com ICC na UTI é intervir na prevenção de possíveis
complicações, como o edema agudo de pulmão e o choque cardiogênico2. De tal forma, baseado
no conhecimento científico, identificando precocemente essas patologias, estabelecendo um
plano de cuidado individualizado que restabeleça a condição crítica, com as principais
intervenções de enfermagem para o paciente com ICC com o seguinte objetivo: o
restabelecimento e manutenção do DC adequado, da oxigenação suficiente e do equilíbrio
hidroeletrolítico2. OBJETIVO: Avaliar a atuação do enfermeiro na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI), ao paciente com ICC, através de uma revisão de literatura, bem como a
fisiopatologia, elucidando os cuidados de enfermagem paraque o mesmo possa prestar uma
assistência de qualidade, evitando assim, complicações graves. METODOLOGIA: Trata-se
de uma revisão sistemática, de abordagem qualitativa, pois visa avaliar a importância de uma
assistência de qualidade do enfermeiro ao paciente com ICC na Unidade de Terapia Intensiva.
De modo descritivo, pois, tem o intuito de descrever a atuação do enfermeiro, para que o mesmo
possa reconhecer um paciente com ICC, para poder prestar uma assistência de qualidade. A
amostra foi composta por artigos científicos, livros que tratam sobre a ICC, bem como, os
cuidados de enfermagem para com esses pacientes. Na busca desta pesquisa foram coletados
de fontes nas bases eletrônicas de dados do Scielo e BVS- Biblioteca Virtual de Saúde, Google
acadêmico e em literaturas, utilizando os descritores: Insuficiência Cardíaca Congestiva,
Assistência de Enfermagem, Fisiopatologia do Coração. Sendo incluídos como critérios artigos
que corresponde a expectativa do trabalho, publicados entre o período de 2005 a 2014. Foram
encontrados 17 artigos, dos quais 11 foram excluídos por não corresponder à finalidade da
abordagem. Foram coletados no período de agosto de 2014. DISCUSSÕES E
RESULTADOS: A insuficiência cardíaca é definida como a incapacidade do coração para
bombear sangue suficiente para atender as necessidades teciduais de oxigênio e nutrientes do
organismo, denominada falência cardíaca5. Pode ocorrer em consequência de qualquer tipo de
alteração que diminua a capacidade cardíaca de bombeamento do sangue, causando a falência
das fibras musculares do miocárdio6. Isso ocorre pela diminuição da contratilidade miocárdica
decorrente da diminuição do fluxo sanguíneo coronário.6 A insuficiência do bombeamento do
coração pode ocorrer em função de lesões das válvulas cardíacas, por pressão externa no local
do coração, pela falta de vitaminas, por doenças primárias do músculo cardíaco, também por
qualquer anormalidade que transforme o coração em uma bomba hipoefetiva6. Evidencia-se
que uma avaliação correta do paciente é imprescindível para a redução do índice de
hospitalização por descompensação da ICC, proporcionando ao paciente uma melhor qualidade
de vida e melhor aceitação da doença e de seu tratamento5. As características da atividade do
enfermeiro determinam a necessidade de sua permanência constante junto ao paciente,
tornando-o, dessa forma uma figura chave no "processo terapêutico"
5-6
. No entanto, o
enfermeiro pode ser considerado como um elemento catalisador e ao mesmo tempo
disseminador das informações necessárias a tal processo, neste sentido, a qualidade da
assistência de enfermagem torna-se criticamente importante, não apenas para o paciente, mas
também para a instituição, a equipe de saúde e o próprio enfermeiro5-6. Portanto, o
conhecimento fisiopatológico é fundamental onde norteará o enfermeiro no planejamento para
a implementação de uma assistência com qualidade, evitando assim complicações graves5.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A Insuficiência Cardíaca é uma doença progressiva que vem
se tornando um grave problema de saúde publica em todo o mundo, em razão de uma sensível
perda de qualidade de vida, aumento da prevalência da mortalidade e dos altos custos sócioeconômicos gerados para os países. Para o sucesso do tratamento do paciente com ICC, além
de instituir a terapia medicamentosa capaz de gerar alivio dos sinais e sintomas e as
modificações na evolução da doença, outras medidas devem ser inseridas para melhorar o
prognóstico deste paciente. Contudo, a enfermagem tem papel fundamental na otimização do
diagnóstico e na identificação de complicações graves. Assim, cabe ao enfermeiro ter
conhecimento sobre todo processo desta doença, bem como a sua fisiopatologia, sinais e
sintomas e os diversos tipos de tratamento, visando melhorar a terapêutica e a recuperação do
paciente com ICC. CONTRIBUIÇÃO PARA ENFERMAGEM: Sensibilizar profissionais
de enfermagem para interesse pela temática abordada a fim de construirmos um fazer saúde
dialética, humanística, reduzindo as regras e a centralidade prescritiva e ditatória.
Descritores: Enfermagem. Insuficiência Cardíaca Congestiva. Assistência de Enfermagem.
Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em enfermagem no cuidado em todas as
fases da vida
REFERÊNCIAS
1. DIAS, Ingrid Argôlo; FERREIRA, Luciano Nery. Avaliação funcional de pacientes
com insuficiência cardíaca congestiva através de escalas padronizadas. Rev.Saúde.Com
2011 7(2):116-126.
2. MAZOCOLI, Eliane. Insuficiência Cardíaca Congestiva. In: Enfermagem em UTI:
cuidando do paciente crítico. 1 ed. São Paulo: Editora Manole Ltda, 2010, cap. 6, p.113152.
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