ANAIS ISBN: 978-85-83-89-035-5 Feira de Santana, Bahia 2014 DIRETORIA: JODILTON OLIVEIRA SOUZA Presidente MARIANA SANTANA OLIVEIRA SOUZA Vice Presidente CÉLIA CHRISTINA SILVA CARVALHO Diretora Acadêmica MICHELLE TEIXEIRA OLIVEIRA Coordenadora do Curso de Enfermagem da Faculdade Nobre COMISSÃO ORGANIZADORA COORDENAÇÃO GERAL Profª. Ms. Michelle Teixeira Oliveira Prof. Esp. Anderson Reis de Sousa COORDENAÇÃO CIENTIFÍCA/ BANCA EXAMINADORA Prof. Ana Margarete da Silva Profª Gilmara Sampaio Profª Michelle Teixeira Oliveira Prof. Anderson Reis de Sousa C327 II Seminário de Ensino Pesquisa e Extensão em Enfermagem da Faculdade Nobre de Feira de Santana, Bahia, Brasil. / Anderson Reis Sousa; Michelle Teixeira Oliveira. Organizadores. Feira de Santana: Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Nobre de Feira de Santana, 2014. 160f. ISBN: 978-85-83-89-035-5 1. Saúde Coletiva 2. Cuidados de Enfermagem. Formação em Enfermagem. Educação em Saúde. I. Título: II Seminário de Ensino Pesquisa e Extensão em Enfermagem da Faculdade Nobre de Feira de Santana, Bahia, Brasil. CDU: 614-055.1 Convidadas (os) Especiais Alcione Assunção Correira Lima Pós-graduanda em Saúde Pública (2010), IBPEX, Graduação em Enfermagem pela Faculdade de Tecnologia e Ciências de Feira de Santana (2008). Atuou como Secretária Municipal de Saúde do Município de Santa Bárbara (BA), Referência Técnica na Saúde do Idoso no município de Feira de Santana e Referência Técnica em Dengue no mesmo município.Atualmente desenpenha suas atividades principais como policial militar no Colégio da Polícia Militar Diva Portela e desenvolve a doscência na Faculdade Nobre na disciplina Énfermagem na Saúde do Adulto e do Idoso. Tem experiência de 14 anos de serviço público e atuação nos principais temas: Enfermagem, Saúde Pública e Saúde do Idoso relacionandos a linha de pesquisa Políticas Públicas do Grupo de Estudo e Pesquisas em Economia Popular e Solidária em Desenvolvimento Local (GEPOSDEL), na UEFS. Anderson Reis de Sousa Enfermeiro pela Faculdade Nobre de Feira de Santana Bahia. Mestrando em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia, Especialista em Enfermagem em Centro Cirúrgico e Central de Material de Esterilização pela Faculdade Integrada; Atenção as Urgências e Emergências pelo IBPEX; Especialista em Enfermagem do Trabalho pelo Instituto Brasileiro; Pós-Graduando em Gestão Pública de Gênero e Raça pelo NEIM-UFBA; Membro da Associação Brasileira de Enfermagem - Regional Feira de Santana ( Conselho Fiscal); Membro do Núcleo Integrado de Saúde Coletiva -UEFS; Professor Colaborador da Liga Acadêmica do Trauma e Emergência da Faculdade Nobre; Professor Colaborador do Projeto de Extensão em Saúde do Homem da Faculdade Nobre. Membro do GECEN BA - Grupo de Estudos Sobre o Cuidar em Enfermagem, atuando na Linha de Pesquisa sobre Membro do Grupo de Pesquisa Violência, Saúde e Qualidade de Vida (VIDA) da Escola de Enfermagem da UFBA. Atua na linha de pesquisa em Cuidar Cuidado de Enfermagem no processo de desenvolvimento humano, Enfermagem em Saúde Coletiva, com direcionamentos para Enfermagem na Atenção à Saúde do Adulto, Trabalhador e Enfermagem do Trabalho; Urgências e Traumas; Enfermagem Médico-Cirúrgica; Urologia, Nefrologia e Transplantes; Gênero e Saúde; Masculinidades; Saúde do Homem; Violência e Saúde e Enfermagem Forense. Cleuma Sueli Santos Suto Bacharel em Enfermagem Obstética pela Universidade Estadual de Feira de Santana (1991). Especialista em Saúde Pública (2001) e Enfermagem Obstétrica (2003) pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Atualmente é Professora Auxiliar da UNEB na qual desenvolve atividades de Pesquisa, Ensino e Extensão e Tutoria Presencial da Universidade Aberta do Brasil no Curso de Epecialização em Gestão em Saúde, e também Enfermeira - Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, 16ª DIRES. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Vigilância Epidemiológica, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão, enfermagem, imunização e educação sexual. Daniela Medeiros Lopes Enfermeira. Mestra em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia. Graduação em Enfermagem pela Faculdade de Tecnologia e Ciências; Especialista em Saúde Coletiva; Docente da Faculdade Pitágoras de Feira de Santana. Juliana de Oliveira Freitas Miranda Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2000). Especialização em Enfermagem Neonatal pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (2002). Mestrado em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (2005). Doutoranda em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia. Professora Assistente da Universidade Estadual de Feira de Santana. Tem experiência na área da Enfermagem Neonatal e Pediátrica. Maíza Sandra Ribeiro Macedo Silva Enfermeira com graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual de Feira de Santana (1991), Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2009), Especialista em Programa de Saúde da Família, pela Universidade Estadual de Feira de Santana, Especialista em Administração Hospitalar pela Universidade de Ribeirão Preto. Atualmente é Coordenadora da Pós Graduação de Urgência e Emergência e professora da Faculdade Anísio Teixeira, professora da Faculdade de Tecnologia e Ciências, professora da Faculdade Nobre, Enfermeira assistencial da Universidade Federal da Bahia/Centro Pediátrico Pof. Hosannah de Oliveira e Coordenação Geral do Serviço Atendimento Móvel Urgência (SAMU 192) em Feira de Santana - Bahia. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Emergência, Regulação Ambulatorial, Regulação de Urgência, Gestão em Saúde e Avaliação dos Serviços de Saúde. Atua principalmente nos seguintes temas: regulação, gestão de serviços públicos, Urgência e Emergência Silvia da Silva Santos Passos Graduada em Enfermagem pela Universidade Estadual de Feira de Santana (1984), Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica pela Escola de enfermagem da Universidade Federal da Bahia (EEUFBA - 1986); Mestre em Enfermagem pela EEUFBA (2007). Doutoranda em Enfermagem pela EEUFBA (2012.1). Atualmente Docente Assistente da Universidade Estadual de Feira de Santana - Ba do componente curricular Enfermagem na Atenção à Saúde do Adulto e Idoso II. Pesquisadora do GECEN (Grupo de Estudos sobre o Cuidar em Enfermagem) e do NUDES (Núcleo de Estudos sobre Desigualdades em Saúde. Silvone Santa Bárbara Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual de Feira de Santana (1984), mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia (2006), doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia (2010) com estágio sanduich na Université Laval Québec Canadá. Atualmente é professora da Universidade Estadual de Feira de Santana. Coordenadora do PET redes da UEFS. Diretora do Departamento de Saúde da Universidade Estadual de Feira de Santana -UEFS. Coordenadora da disciplina Avaliação dos Serviços de Saúde do mestrado profissional em Enfermagem. Tem experiência técnica nas áreas de gestão, avaliação e planejamento do SUS. É membro do grupo de pesquisa NUDES/UEFS e do grupo de pesquisa GERIR/EEUFBA. Desenvolve pesquisas nos seguintes temas: gestão em saúde, avaliação em saúde, políticas de saúde e trabalho em saúde e em enfermagem. Valdenice Queiróz Costa Rodrigues Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual de Feira de Santana (1983). Professora da Faculdade de Anísio Teixeira e Faculdade de Tecnologia e Ciências e enfermeira da Prefeitura Municipal de Feira de Santana. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Saúde coletiva, atuando principalmente na Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde, Saúde da Família e Docência, ministrando as disciplinas Saúde Coletiva I, II e Estágio Supervisionado I. Foi preceptora do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde-PET-SAÚDE, no período de 2009 à 2011. Michelle Teixeira Oliveira Mestre em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas pela Universidade Federal da Bahia - UFBA (2010). Pós-graduada em Saúde Pública pela Faculdade Nobre - FAN (2010). Possui Graduação em Enfermagem pela Faculdade de Tecnologia e Ciências FTC (2008) e Licenciatura em Educação Física pela Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS (2003). Atualmente faz parte do Núcleo de Pesquisa, Prática Integrada e Investigação Multidisciplinar -NUPPIIM/UEFS. Funcionária da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana, atuando como Supervisora das Policlínicas, CADH e UPA, promovendo a mediação entre as práticas desenvolvidas nos serviços de saúde e os conhecimentos construídos na área de Saúde Coletiva. Atuou com funcionária da Secretaria Municipal de Santa Bárbara - Coordenadora da Vigilância Sanitária. Professora do Curso de Enfermagem da Faculdade Nobre (FAN) de Feira de Santana Ba. Sócia da Sociedade Brasileira de Anatomia(SBA). Membro Efetivo da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn - Regional Feira). Produções Científicas E- PÔSTER – Apresentações dia 01 de Outubro de 2014 ISBN: 978-85-83-89-035-5 REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO: IMPLICAÇÕES PARA O CUIDADO DE ENFERMAGEM Emanuela Brito Sousa, Fabiane Maria da Silva Queiroz, Laís Maria Carvalho Mota e Deise Freitas Casaes. INTRODUÇÃO: A revascularização do miocárdio (RM) tem como objetivo de reestabelecer o suprimento sanguíneo adequado ao miocárdio por meio da abordagem das artérias coronariana, permite que o sangue seja transportado para o território isquêmico através de enxertos como artéria mamária, artéria gastroepiplóica, enxerto arterial e artéria radial, artéria torácica interna. OBJETIVOS: Realizar levantamento da literatura que aborda sobre Revascularização do miocárdio e as implicações para o cuidado de enfermagem. DESCRIÇÃO METODOLÓGICA: Foi realizado levantamento bibliográfico de artigos cientifico na língua portuguesa e inglesa, com abordagem qualitativa sobre os cuidados de enfermagem no paciente pós-RM, encontrados cinco artigos no período 2006 a 2014 que contemplam as atribuições do objetivo proposto, publicações indexadas nas bases de dados INDEX, UFG E SCIELO. RESULTADOS: Os cincos artigos científicos identificados versam acerca da importância da assistência de enfermagem prestada na revascularização do miocárdio no que concerne aos cuidados realizados no pós- operatório. CONCLUSÃO: Observou- se que o enfermeiro tem papel fundamental no processo de pós-operatório, com finalidade de proporcionar melhor qualidade de vida e minimizar as possíveis complicações durante a reabilitação cardíaca no âmbito intra-hospitalar. CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM: Proporcionar uma assistência segura e livre de danos ao paciente submetido à cirurgia cardíaca. DESCRITORES: Cuidados de enfermagem; Revascularização do miocárdio; Pósoperatório. EIXO TEMATICO Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS 1. CARVALHO, A.R.S; MATSUDA, L.M; CARVALHO, M.S.S. Complicações no pósoperatório de revascularização miocárdica. Ciência, Cuidado e Saúde Maringá, v. 5, n. 1, p. 50-59, jan./abr. 2006 Disponível em: file:///C:/Users/laboratorio/Downloads/5111-152371-PB%20(1).pdf. Acessado em: 12/08/2014. 2. DANTAS, R.A.S; AGUILLAR, O. S. Problemas na recuperação de pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio: o acompanhamento pelo enfermeiro durante o primeiro mês após a alta hospitalar. Rev Latino-am Enfermagem 2001 novembro-dezembro; 9(6):31-6 Disponível em: www.eerp.usp.br/rlaen. Acesso em: 17/08/2014. 3. FERNANDES, Michelle Villas Boas; ALITI, Graziella; SOUZA, Emiliane N.. Perfil de pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica: implicações para o cuidado de enfermagem. Revista Eletrônica de enfermagem, vol. 11, nº. 4, pag. 993-999, ano 2009. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n4/pdf/v11n4a25.pdf?origin=publication_detail. Acesso em: 18/08/2014. 4. LANA LD; CAMPONOGARA Silviamar, BOTOLLI Claudiane, et al. Profile of patients undergoing cardiac rehabilitation: implications for nursing. Journal of Rescarch Fundamental Care Online, 6,(1): 344-356. Jan-Mar 2014. Disponível em: http://www.index-f.com/pesquisa/2014pdf/e6-344.pdf. Acesso em: 18/08/2014. 5. MARTINS, Deise Simeão; MARQUES, Benedito Isaac Rosa. Revascularização miocárdica e implicações para a assistência de enfermagem. Rev Enferm UNISA 2009;10(1):83-9.Disponível em: http://www.unisa.br/graduacao/biologicas/enfer/revista/arquivos/2009-1-17.pdf Acesso em: 17/08/2014. ISBN: 978-85-83-89-035-5 ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM NO CUIDADO AO PACIENTE DE PÓS OPERATÓRIO DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO Anna Kamilla Ramos de Oliveiro, Karla Nancy Oliveira Machado, Luana Barreto Leal de Albuquerque e Deise Freitas Casaes. INTRODUÇÃO: A revascularização do Miocárdio (RM) é um procedimento cirúrgico de grande porte realizado no coração, mais especificamente nas artérias coronárias. Por ser um procedimento complexo é de extrema importância a atuação da equipe de enfermagem que deve estar atenta aos cuidados necessários durante o perioperatório para obter um prognostico. OBJETIVO: descrever os cuidados de enfermagem no pós de RM. MÉTODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa de revisão bibliográfica de abordagem quantitativa e objetivo exploratório. RESULTADOS e DISCUSSÃO: É de extrema importância a atuação qualificada da enfermagem, ao paciente em pós de RM, no intuito de prevenir possíveis complicações. CONCLUSÃO: É fundamental a assistência da enfermagem embasado em conhecimentos científicos, garantindo uma assistência eficaz, prevenindo possíveis complicações. CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM: Conhecer os cuidados necessários ao paciente em pós de RM garante à equipe de enfermagem a prestação de uma assistência mais segura e qualificada. Descritores: “Revascularização Miocárdica”, “Período Pós-Operatório”, “Cuidados de Enfermagem”. Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS: 1. Pêgo PM, Guimarães F, Gaiotto FA. Estado atual da cirurgia de revascularização do miocárdio. Rev Med 2008; 87(2): 92-8. 2. Smeltzer SC, Bare BG. Brunner e Suddarth: Tratado de enfermagem medicocirurgica. 10.ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005. 3. Maia MA, Sade PMC. Cuidado de Enfermagem no Pós Operatório Imediato de Revascularização do Miocárdio. TCC. Rev. Facul. Evang Paraná 2012; 3(2):18-31 4. Duarte SCM; Stipp MAC; Mesquita MGR; Silva MM .O cuidado de enfermagem no pós-operatório de cirurgia cardíaca: um estudo de caso. Esc. Anna Nery. vol.16. nª4 .Rio de Janeiro. Oct./Dec. 2012. ISBN: 978-85-83-89-035-5 ESTRESSE DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Grazielle de Abreu Pereira Leite, Pablo Carneiro de Oliveira Costa, Sebastião Edimilson INTRODUÇÃO: Enfermeiro emergencista é o profissional habilitado para atuar no campo da urgência e emergência. Estes profissionais trabalham em regime de plantões cansativos, geradores de estresse e em condições materiais distantes do desejável. OBJETIVO: Conhecer os mecanismos estressores do enfermeiro que atende nos serviços de urgência e emergência, bem como compreender a importância da diminuição desses fatores para um maior impacto na qualidade de assistência prestada ao paciente e qualidade de vida deste profissional. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa do tipo bibliográfica, descritiva sistemática, de abordagem qualitativa, e aporte teórico em livros e artigos científicos, disponiveis nas bases de dados Scielo, Medline e BVS. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O enfermeiro diante das suas atividades distintas solicitadas por esse ambiente de trabalho, é o principal profissional acometido pelo estresse. Frequentemente, depara-se com uma grande demanda, sendo obrigados muitas vezes escolher sobre quem receberá os cuidados. O relacionamento interpessoal com a população também é um potencial estressor, visto que envolve distintas variáveis de indivíduo e grupo, resultando em um desgaste físico e emocional do enfermeiro. CONCLUSÃO: O estresse tem presença marcante na atuação do enfermeiro. A enfermagem é uma profissão que sofre grande impacto do stress, advindo do cuidado constante com pessoas doentes e situações imprevisíveis, principalmente na unidade de emergência, revelando-se assim a importância de mais estudos afim de sanar os problemas de estresse que cercam os profissionais enfermeiros. envolve distintas variáveis de indivíduo e grupo, resultando em um desgaste físico e emocional do enfermeiro. Palavras-Chave: Enfermagem. Enfermeiro. Estresse. Urgência e Emergência. Qualidade da Assistência. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS Batista KM. Stress do enfermeiro de unidade de emergência. [Dissertação]. São Paulo: Escola de Enfermagem/USP; 2005. Bianchi ERF. Stress entre enfermeiros hospitalares. [Livre docência]. São Paulo (SP): Escola de Enfermagem/USP; 1999. CALIL, AM. Qualidade em Serviços de Emergência. O Enfermeiro e Situações de Emergência. São Paulo: Atheneu; 2007. ISBN: 978-85-83-89-035-5 HIV/AIDS EM IDOSOS: UM ALERTA À POPULAÇÃO Camilla de Souza Lopes, Marina Rodrigues Dourado Bastos e Nívia Maria da Silva Nunes e Alcione Assunção Correia Lima INTRODUÇÃO: O envelhecimento da população brasileira tem sido uma realidade desde os anos 60, quando ocorreram mudanças em indicadores de saúde como as taxas de fecundidade que diminuíram significativamente, queda na mortalidade que resultou no aumento da expectativa de vida modificando a estrutura da pirâmide populacional.¹ O aumento populacional de idosos traz o desafio de olhar para a sociedade de outra maneira, tendo em vista suas novas necessidades, como aumento da atividade sexual. Essa mudança na expectativa de vida resultará na necessidade de criação de novas políticas de saúde voltadas ao idoso, para que possa abranger a novas demandas desse público. MATERIAL E MÉTODOS: Surgiu a necessidade de abordar o tema durante o estágio de Enfermagem onde foi possível o contato com os idosos em um Centro de Convivência para Pessoa Idosa, bem como numa Instituição de Longa Permanência para idosos (ILPI) da cidade. Trata-se de um estudo descritivo, com análise qualitativa, do tipo Revisão de Literatura. RESULTADO E DISCUSSÃO: O tema DST’s e HIV tem grande relevância também para população idosa para que a mesma possa saber que esta suscetível ao contagio e que deve prevenir-se contra as DST’s, especificamente ao HIV/AIDS. A transmissão ocorre por contato sexual, contaminação mãe-filho ou seringas contaminadas de usuários de drogas. A AIDS destaca-se entre as doenças infecciosas que mais crescem pela magnitude e extensão dos danos causados as populações.² CONCLUSÃO: Esse estudo é importante para a sociedade no geral justifica-se por informá-la e alertá-la de que os idosos tem uma vida sexual ativa e as doenças que os acometem não são somente aquelas relacionadas ao envelhecimento. Tendo em vista que o aumento da expectativa de vida traz com ela especificidades como o contagio do HIV/AIDS, por isso a necessidade de prevenção nessa faixa etária. Descritores: Idoso. HIV. Envelhecimento. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS: 1- BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 2- Brito, M, A. CASTILHO, A, E. SZWARCWALD,L, C. AIDS e Infecção pelo HIV no Brasil: uma epidemia multifacetada. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 34(2): 207-217, mar-abr, 2000. ISBN: 978-85-83-89-035-5 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE À MORTE ENCEFÁLICA E A MANUTENÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTE Kamila da Silva Almeida, Taize Carneiro Matos, Leila Sueme de Brito Gonçalves, Emanuelle Toledo Lopes Nogueira, José Wanderlito Braga Nascimento e Michelle Teixeira Oliveira. INTRODUÇÃO: Define-se que a morte encefálica (ME) é o estado de parada total e irreversível do encéfalo, mas que mantém, temporária e artificialmente, a função cardiorrespiratória. A partir do diagnóstico, então, deverá ser realizado a manutenção prolongada deste corpo, através de medidas que possibilitam a preservação de órgãos e tecidos para doação. A atuação do enfermeiro é determinante desde a manutenção do potencial doador, onde é imprescindível que este profissional possua conhecimento e domínio de todas as situações que podem acontecer em decorrência da ME, até os momentos após a manutenção destes órgãos e tecidos e enfim, captação dos mesmos. OBJETIVO: Discutir sobre a importância da equipe de enfermagem diante o processo de morte encefálica e doação de órgãos. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa do tipo bibliográfica, descritiva, com uma abordagem qualitativa. Na abordagem bibliográfica a pesquisa foi desenvolvida a partir de materiais como: artigos científicos e livros. Disponíveis nas bases de dados Scielo, Medline, utilizando os descritores: doação de órgãos; morte encefálica; atuação de enfermagem na morte encefálica. Foram encontrados 7 artigos e a amostra compõe-se de 5 que atenderam aos critérios de inclusão: artigos dos últimos 10 anos e legislação vigente. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A pesquisa evidenciou a importância de estar atualizado e conhecer bem o assunto. Saber identificar um paciente em morte encefálica, após identificação os procedimentos adotados a fim da manutenção deste potencial doador de órgãos e por fim, o destino destes órgãos. CONCLUSÃO: Percebemos a importância do enfermeiro nesse processo de reconhecimento de ME e doação de órgãos. A assistência de qualidade a este paciente, potencial doador, a fim de manter os órgãos e tecidos é fundamental. Prezando pela humanização com o paciente e a família. Descritores: Morte encefálica, Doação de órgãos, Enfermagem na doação de órgãos. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS BRASIL. Lei n°9.434, de 4 de fevereiro de 1997. Legislação brasileira sobre doação de órgãos humanos, Poder Executivo, Brasília, DF. BRÊTAS, José; OLIVEIRA, José; YAMAGUTI, Lie. Reflexões de estudantes de enfermagem sobre morte e o morrer. s/1. P 477 – 483. 2006. FERREIRA, Marilaine. et al. Conhecimentos dos acadêmicos de enfermagem acerca da morte encefálica. 2013. 17f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Enfermagem) – Faculdade de Enfermagem, Faculdade Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, BA. 2013. FREIRE, Izaura. et al. Morte encefálica e cuidados na manutenção do potencial doador de órgãos e tecidos para transplante. P 903 – 912. 2012. GUETTI, Nancy; MARQUES, Rosa. Assistência de enfermagem ao potencial doador de órgãos em morte encefálica. 2007. 7f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Enfermagem) – Faculdade de Enfermagem, Universidade de Santo Amaro, São Paulo, SP. 2007. ISBN: 978-85-83-89-035-5 ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: REFLEXÕES ACADÊMICAS SOBRE A PRÁTICA DA ENFERMEIRA Sheila Passos Mota Coutinho, Rosa Maria Santos de Medeiros e Anderson Reis de Sousa. INTRODUÇÃO: O Acolhimento com Classificação de Risco (ACR) proposta pela Política Nacional de Humanização, visando ampliar o acesso, reduzir as filas, tempo de espera e resolubilidade no atendimento. OBJETIVO: Relatar a vivência sobre o acolhimento com classificação de risco em um serviço público de saúde e a prática da enfermeira (o) frente a esse processo. MÉTODOS: Trata-se de um relato de vivenciada acadêmica, realizado através das práticas desenvolvidas em um estágio da disciplina de urgência e emergência no Curso de Enfermagem da Faculdade Nobre de Feira de Santana, no primeiro semestre de 2014. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ao vivenciar as aulas práticas num campo de emergência do estágio da disciplina de Saúde do Adulto e do Idoso II, houve uma inquietação quanto ao acolhimento prestado aos usuários e ao correlacionar com a PNH foi percebido a grande dificuldade encontrada para execução da mesma. Daí o surgiu o questionamento de como a enfermagem pode estar atuando para promover a melhoria da qualidade desse atendimento. Antes de tudo é ideal que o enfermeiro tenha um bom conhecimento clinico para que saiba encaminhar os usuários corretamente, seguindo os protocolos estabelecidos e priorizando o atendimento dos casos graves, diminuindo o risco de morte e aumentando a expectativa de vida. Evidenciamos também que apesar das propostas de mudanças do modelo de atenção da saúde, que pregam a integralidade e a humanização da assistência, hoje se torna um grande desafio desenvolver uma assistência de qualidade com a falta desses recursos, fragilizando o ACR. CONCLUSÃO: Este relato possibilitou compreender que o acolhimento com classificação de risco é uma importante ferramenta, porem que ainda existem muitas falhas a serem corrigidas. Descritores: Enfermagem. Serviços de Saúde de Emergência. Atendimento de Emergência. Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida REFERÊNCIAS GARLET ER, LIMA MADS, SANTOS JLG, MARQUES GQ. Organização do trabalho de uma equipe de saúde no atendimento ao usuário em situações de urgência e emergência. Texto Contexto Enferm]. 2009 MARQUES GQ, LIMA MADS. Organização tecnológica do trabalho em um pronto atendimento e a autonomia do trabalhador de enfermagem. Rev Esc Enferm USP. 2008;42(1):41-7. Ministério da Saúde. Humaniza SUS: acolhimento com avaliação e classificação de risco: um paradigma ético-estético no fazer em saúde. Brasília (Brasil): Ministério da Saúde; 2004. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS n.º 2048, de 5 de novembro de 2002. Brasília (Brasil): Ministério da Saúde; 2002. SOUZA RB, SILVA MJP, NORI A. Pronto-Socorro: uma visão sobre a interação entre profissionais de enfermagem e paciente. Rev Gaucha Enferm. 2007;28(2):242-9. SOUZA RS, BASTOS MAR. Acolhimento com classificação de risco: o processo vivenciado por profissional enfermeiro. Reme: Rev. Min. Enferm. 2008;12(4):581-6. VALENTIM MRS, SANTOS MLSC. Políticas de saúde em emergência e a enfermagem. Rev. enferm. 2009 ISBN: 978-85-83-89-035-5 O PERFIL DO ENFERMEIRO EM UNIDADES HEMODINÂMICAS Marcela Silva dos Santos Guimarães, Marília de Cerqueira São Bernardo Resende, Thaline Barreto Lôbo Ferreira e Deise Freitas Casaes. INTRODUÇÃO: A Unidade de Hemodinâmica (UHD) é uma área de alta complexidade, que realiza procedimentos invasivos. Assim, é necessário a atuação do enfermeiro habilidoso, capacitado e capaz de tomar decisões. OBJETIVO: Abordar a importância do enfermeiro na UHD. MÉTODOLOGIA: Realizada uma pesquisa de revisão bibliográfica, de abordagem quantitativa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O enfermeiro hemodinamicista além de gerenciar a unidade atua na realização de atividades específicas em cardiologia, prezando a saúde do paciente. CONCLUSÃO: A UHD possibilita o profissional desenvolver diversas funções, além da busca contínua de conhecimento oferecendo assim uma assistência eficaz. CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM: Compreender a importância da qualificação do profissional enfermeiro para assumir uma UHD de forma eficaz e segura. Descritores: Perfil do enfermeiro. Unidades Hemodinâmicas. Gerência. Assistência. Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS 1. ALITI, G. SEHNEM, E.F. Perfil do enfermeiro da Unidade de Hemodinâmica: Habilidades e Competências. Fundação Universitária de Cardiologia. RS, 2009. 2. LINCHL, G.F.C., GUIDO, L.A., PITTHAN, L.O.; UMANN, J. Unidades de Hemodinâmica: a produção do conhecimento. Revista Gaúcha de Enfermagem. 30 (4). Porto Alegre, 2009. 3. VIEIRA, et al. Dificuldades e Necessidades da Equipe de Enfermagem em Serviços de Hemodinâmica e Angiografia. Arq Ciênc Saúde. 16 (1): 21-25. São Paulo, 2009. 4. LOPES, M.A.C.Q. Manual de Orientação para Serviços de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista. Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia (SBHCI). São Paulo, 2012. ISBN: 978-85-83-89-035-5 A IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DA SAE NO CUIDADO DE ENFERMAGEM José Wanderlito Braga Nascimento, Taize Carneiro Matos, Leila Sueme de Brito Gonçalves, Emanuelle Toledo Lopes Nogueira, Kamila da Silva Almeida e Michelle Teixeira Oliveira. INTRODUÇÃO: A aplicação de uma assistência de enfermagem sistematizada é a única possibilidade de o enfermeiro atingir sua autonomia profissional e constitui a essência de sua prática profissional. Desde 1986, o planejamento da assistência é uma imposição legal com a lei do Exercício Profissional nº 7.498, art.11. O enfermeiro não deve ter uma característica submissa, deixando o modelo biomédico de lado valorizando e colocando em pratica a sua autonomia, nos cuidados prestados ao paciente. Reforçando a importância e necessidade de se planejar a assistência de enfermagem, a Resolução COFEN nº 272/2002, art. 2º afirma que: "A implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem SAE deve ocorrer em toda instituição da saúde, pública e privada”². Tornando o cuidado de Enfermagem não somente técnico, mas também cientifico. OBJETIVO: Realizar um levantamento da produção científica sobre a utilização da Sistematização da Assistência de Enfermagem nos cuidados prestados ao paciente e sua importância para o mesmo. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa do tipo revisão de literatura, realizada nas bases de dados Revista Brasileira de Enfermagem, livro e SCIELO, por meio de descritores relacionada ao tema, foram encontrados 5 artigos e a amostra compõe-se de 3 que atenderam aos critérios de inclusão: artigos escritos nos últimos 5 anos. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Os artigos apontam que a SAE proporciona ao Enfermeiro um melhor resultado nos cuidados prestado ao cliente sendo ele individualizado centrado para cada necessidade humana. E que a assistência sistematizada e otimizada, proporciona visibilidade e garantem a continuidade do cuidado de forma integrada e qualificada³. CONCLUSÃO: A utilização do SAE o profissional de Enfermagem é capaz de realizar um cuidado humanizado. A sistematização proporciona uma maior autonomia para o Enfermeiro, respaldo seguro através do registro que garante a continuidade do cuidado prestado ao indivíduo. Descritores: Sistematização da Assistência de Enfermagem. Cuidado individual ao paciente. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS CONFE. Conselho Federal de Enfermagem (Brasil). Resolução n° 7.498. Artigo 11. 2010. TANNURE, M. C., GONÇALVES, A. M. P. Sistematização da Assistência de Enfermagem. Guia Prático. 2010. WESTPHALEN, M. E., CARRARO, T. E. Metodologia para Assistência de Enfermagem, Teriorização, Modelos e Subsídios para a prática. Goiânia. 2011. ISBN: 978-85-83-89-035-5 ONCOLOGIA PEDIÁTRICA: DESAFIOS DO ENFERMEIRO NO PROCESSO DO CUIDAR Bianca Pedreira Seabra e Priscilla Pedreira Vinhas. INTRODUÇÃO: O processo do cuidar de uma criança oncológica pelo profissional de enfermagem inicia-se desde o diagnóstico até o prognóstico, é nesse âmbito que deve-se prestar uma assistência de qualidade, promovendo um cuidado centrado na criança em situação de viver/morrer, uma comunicação favorável com a família, atendendo suas necessidades emocionais e as do paciente, compreendendo o processo de crescimento e desenvolvimento normal, para que seja competente na assistência à criança com câncer.² OBJETIVO: Descrever os impactos físicos e sociais do câncer infantil, mostrando a importância da assistência de enfermagem durante todo o processo do cuidar, do diagnóstico ao prognóstico, analisando os desafios enfrentados pelo profissional diante dessa patologia. METODOLOGIA: É um estudo descritivo explicativo, confeccionado a partir de revisões bibliográficas em fonte como Scielo e PubMed,, foram realizadas análises buscando esclarecer e analisar o câncer infantil e o papel do enfermeiro nesse processo, obtendo uma fundamentação teórica que proporcionasse um maior entendimento a respeito do assunto. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Assistir um paciente oncológico infantil demanda muita responsabilidade, é necessária uma visão holística que englobe aspectos sociais e psicológicos do processo da doença, proporcionando conforto e qualidade de vida à criança e à família. CONCLUSÃO: O profissional deve estar preparado psicologicamente e fisicamente para atuar nesse processo, embasado teoricamente, bem orientado para tentar amenizar o sofrimento preparando procedimentos e adotando medidas para alívio da dor e desconforto sempre incluindo a família no processo do cuidar.¹ Descritores: Oncologia pediátrica. Enfermagem. Desafios. Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida REFERÊNCIA AVANC, Barbara Soares; GÓES, Fernanda Garcia Bezerra. CUIDADOS PALIATIVOS À CRIANÇA ONCOLÓGICA NA SITUAÇÃO DO VIVER/MORRER:: A ÓTICA DO CUIDAR EM ENFERMAGEM. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ean/v13n4/v13n4a04>. Acesso em: 22 set. 2014. FRANÇOSO, Luciana Pagano Castilho. REFLEXÕES SOBRE O PREPARO DO ENFERMEIRO NA ÁREA DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA. 1996. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v4n3/v4n3a04.pdf>. Acesso em: 21 set. 2014. ISBN: 978-85-83-89-035-5 CARDIOONCOLOGIA- ÁREA EM ASCENSÃO NA SAÚDE Bruna Gesteira Pimenta, Françoise Magalhães Campos e Tâmara Silva Melo. As doenças cardiovasculares estão sendo substituídas gradativamente por doenças neoplásicas, como as de maior prevalência em todo o cenário mundial. As taxas de câncer, de acordo com os relatórios publicados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), irão duplicar até o ano de 2020¹. Foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando a I Diretriz Brasileira de Cardio-Oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia, com o objetivo de realizar uma atualização sobre essa nova área médica que foi criada e vem sendo aprimorada nos últimos anos justamente para atender essa crescente demanda. O paciente que utiliza da quimioterapia como uma das formas de tratamento está exposto a adquirir alguma cardiomorbidade devido à cardiotoxicidade causado pelo uso de quimioterápicos². O principal objetivo da união entre a Cardiologia e Oncologia é de detectar a patologia precocemente, aumentando assim a sobrevida do paciente além de incentivar as pesquisar na área³. A enfermagem também deve acompanhar essa atualização, sendo necessário o aprimoramento das técnicas dos cuidados de enfermagem, traçando métodos de cuidados a esse grupo em especifico de pacientes; deve-se atentar ao surgimento de sintomas como edema, dispnéia, dor torácica e palpitações ou a detecção em exames diagnósticos de piora da função ventricular que devem sugerir a presença de doença cardíaca nestes pacientes. Com base no exposto, foi possível concluir que é fato que as doenças oncológicas estão em ascensão e as conseqüências do tratamento podem causar em indivíduos cardiotoxicidade e para que os pacientes possam ser tratados antes da cardiomorbidade instalada, os profissionais em saúde precisam estar atualizados/preparados para prestar uma assistência não só humanizada, mas também de qualidade, com embasamento cientifico necessário para atender o paciente como um todo. Descritores: Enfermagem. Cardio-oncologia. Cardiotoxicidade. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS ¹ROSA, Leonardo Vieira da et al. Epidemiologia das doenças cardiovasculares e neoplasias: quando vai ocorrer o cruzamento das curvas? Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. São Paulo, out.-dez. 2009, 19(4): 526-534. ²FILHO, Roberto Kalil et all. I Diretriz Brasileira de Cardio-Oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em: I Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiooncologia, da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Brasil, 2011. Acesso em 17 de setembro de 2014. ³BRASIL. Ministério da Saúde. Tratar o câncer e preservar o coração. Disponível em: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/c7e6c3004eb6931788799af11fae00ee/rc19_ integra.pdf?MOD=AJPERESS. Acesso em: 17 de setembro de 2014. ISBN: 978-85-83-89-035-5 ESTÁGIO EXTRACURRICULAR DE ENFERMAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Bruna Gesteira Pimenta, Françoise Magalhães Campos e Tâmara Silva Melo. O estágio extracurricular é uma forma de intercâmbio entre a instituição de ensino e a empresa, gerando oportunidades para aplicação dos conhecimentos acadêmicos, aprimorando-os e qualificando-os para o exercício profissional. Nas unidades de pronto atendimento pediátrico existem atividades inerentes aos enfermeiros que muitas vezes não são prioridades na formação acadêmica do profissional, deixando-o despreparado para assumir tal assistência que necessita de um complexo conjunto de ações simultâneas e sincronizadas. Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência de bolsistas de enfermagem na realização do estágio extracurricular durante a graduação. Trata-se de um relato de experiência realizado com base nos registros diários das atividades exercidas pelas bolsistas durante o período de maio a outubro de 2012, em uma unidade de prontoatendimento pediátrico do interior da Bahia. Sob supervisão dos enfermeiros da unidade, observou-se desde o atendimento inicial com a realização do acolhimento com classificação de risco, até as atividades gerenciais e administrativas exercidas pela enfermeira da unidade. Foram elaborados Procedimentos Operacionais Padrão (POP), estudos gráficos e epidemiológicos dos casos de notificação de doenças compulsórias, participação das atividades da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), participações em palestras e treinamentos de equipe, realização de procedimentos assistenciais diretos ao paciente como coleta de exames, venóclise, administração de medicações, aspiração de vias aéreas, curativos, orientação e acompanhamento aos pais. O estágio extracurricular proporciona uma vivência profissional diferenciada das experiências da vida acadêmica. A partir da vivência no estágio extracurricular foi possÍvel vivenciar práticas e rotinas inerentes a um enfermeiro de unidade de pronto atendimento pediátrico as quais, muitas vezes são pouco aprofundadas nos estágios curriculares acadêmicos. Assim foi possível perceber o papel fundamental da enfermeira numa unidade de saúde, em suas atuações gerenciais, assistenciais e cientificas. Descritores: Estágio. Estudantes de Enfermagem. Cuidados de Enfermagem. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no Ensino, Pesquisa e Extensão. ISBN: 978-85-83-89-035-5 O ENFERMEIRO NO ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: RELATO DE ATUAÇÃO EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO PEDIÁTRICO Bruna Gesteira Pimenta, Françoise Magalhães Campos eTâmara Silva Melo. A política de acolhimento com classificação de risco nos serviços de urgência e emergência é uma ferramenta criada pelo Ministério da Saúde para organizar o fluxo de usuários no serviço, garantindo o atendimento resolutivo com equidade, eficácia e humanização aos clientes, reorganizando a porta de entrada dos serviços de urgência. O estudo tem o objetivo de descrever as ações do enfermeiro na classificação de risco em uma unidade de pronto atendimento pediátrico. Trata-se de um relato de experiência obtido através de entrevista descritiva com a coordenadora e bolsistas de enfermagem que atuam na implantação e implementação do acolhimento com classificação de risco em uma unidade de pronto atendimento pediátrico privado do interior da Bahia. O enfermeiro realiza a classificação, exame físico e anamnese dos pacientes por ordem de chegada e direcionará, de acordo com a classificação de risco recebida, para sala de espera, onde será reavaliado até obter atendimento médico; leito de observação onde poderá ser monitorizado e ser avaliado constantemente pela equipe; sala de procedimentos, para ser iniciada alguma intervenção emergencial; ou isolamento quando detectado risco potencial para saúde daqueles que estão na unidade instruindo-os sobre a rotina da unidade. É utilizado um Protocolo Operacional Padrão (POP) que norteia e organiza a forma de avaliação, sendo de grande importância na garantia de uniformização da atuação dos diversos profissionais que realizam a classificação. Na unidade de pronto atendimento pediático a atuação do enfermeiro no acolhimento com classificação de risco mostra-se de suma importância já que é responsável, não só pela organização do serviço, mas também pela diminuição dos índices de mortalidade infantil por permitir adequada conduta imediata, diminuindo o tempo de espera, complicações e agravos à saúde. Descritores: Cuidados de Enfermagem. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida ISBN: 978-85-83-89-035-5 RELATO DE CASO: SEPSE EM PACIENTE ONCOLÓGICO SEM POSSIBILIDADE TERAPÊUTICA DE CURA E OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM Bruna Gesteira Pimenta, Françoise Magalhães Campos e Tâmara Silva Melo. Sepse é considerada doença grave com alta mortalidade, principalmente em pacientes idosos e oncológicos². Este relato de caso tem por principal objetivo acurar o conhecimento científico e estender base para um cuidado humanizado em pacientes oncológicos que apresentam sepse e evoluem para choque séptico numa Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Este estudo utilizou dados de prontuário de uma paciente idosa na UTI do Instituto Nobre de Cardiologia (INCARDIO) e confrontamos tais dados com a bibliografia. Os resultados encontrados foram: o enfermeiro deve ter em mente que o objetivo do seu trabalho é o cuidado humano, e não a cura; e deve enxergar a família como parte do processo de assistência ao paciente1;3. É papel do enfermeiro frente ao paciente e a família, ajudá-los a trabalhar assuntos inacabados, estimular a autonomia do paciente nas suas decisões e tratamentos, trabalhar a aproximação dos familiares neste momento, manterem a dignidade, e prepará-los para o luto4. Porém, todos esses objetivos só serão alcançados se o enfermeiro explorar o autoconhecimento e trabalhar nele a concepção do luto. Conclui-se que apesar de o conhecimento prévio sobre sepse e choque séptico permitir intervenção precoce, em pacientes terminais fora de possibilidades terapêuticas de cura o processo de cuidar é prioritário ao processo de tratar. Ensinar a lidar com a morte é algo difícil, diferente do aprendizado de um procedimento técnico. Este estudo aponta para a necessidade de uma reflexão ampla sobre a falta de preparação e entendimento acerca da morte e morrer tão comum entre os profissionais de saúde. Descritores: Sepse grave. Paciente oncológico. Cuidados de enfermagem. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS ¹BRUNNER e SUDDARTH, Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgico. Vol. 1, 10ª Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2005. ² CARVALHO, R.H. et al. Sepse, sepse grave e choque séptico em pacientes críticos. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical43(5):591-593, set-out, 2010. ³PIRES, Raul Carvalho Ribeiro. A importância vital da morte: Um estudo sobre o processo de morte e morrer na visão dos enfermeiros que lidam com pacientes terminais. Universidade Católica do Salvador, Salvador, 2007. ISBN: 978-85-83-89-035-5 RELATO DE EXPERIÊNCIA DA ATUAÇÃO EM UMA ESCOLA TÉCNICA DE ENSINO EM SAÚDE Bruna Gesteira Pimenta, Françoise Magalhães Campos e Tâmara Silva Melo. Na atuação do profissional enfermeiro além do cuidar assistencial, formar recursos humanos é uma atividade de grande responsabilidade pois, irá capacitar profissionais que estão diretamente envolvidos no cuidado ao ser humano, proporcionando um ensino de qualidade diminuindo os riscos da população atendida e melhorando a qualidade da assistência¹. A pesquisa objetivou relatar a atuação na formação profissionalizante em técnico de enfermagem trazendo os desafios encontradas. Trata-se de um relato de experiência de uma enfermeira educadora em uma escola pública de ensino profissionalizante das turmas de técnico de enfermagem na cidade de Feira de Santana – Bahia durante no ano de 2014. A proposta curricular para os alunos em formação profissionalizante é a incorporação do curso técnico a formação média regular, sendo que essa é acrescida de um ano para conclusão. Os alunos disputam as atividades de prioridade para formação técnica em enfermagem com o aprendizado básico de outras áreas do saber como geografia, história e as outras disciplinas regulares, fazendo-os muitas vezes negligenciarem as rotinas de estudo da enfermagem por necessitarem cumprir com as obrigações da formação regular sem preparação para a “dupla formação”. Foram vários desafios encontrados dentre eles: formação para docência em enfermagem insuficiente ou inexistente para o processo de ensinar/formar; falta de material didático, audiovisual, biblioteca, laboratório e campo de estágio adequado; carga horária de aulas e insuficiente para abordar o conteúdo proposto; e acúmulo de atividade profissional e acadêmica. Foi possível concluir que há necessidade de sensibilização da população acadêmica em formação para o investimento na atuação dos futuros enfermeiros educadores; e repensar a formação agregrada no nível médio dos cursos profissionalizantes que garanta melhor aproveitamento sem prejudicar a formação regular, e vice versa. Descritores: Educação Técnica em Enfermagem. Escolas para Profissionais de Saúde. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no Ensino, Pesquisa e Extensão REFERÊNCIAS ¹Lima EC, Appolinário RS. A educação profissionalizante em enfermagem no Brasil: desafios e perspectivas. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2011 abr/jun; 19(2):311-6. ISBN: 978-85-83-89-035-5 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO NEONATO COM NECESSIDADE DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR Maiane Oliveira Miranda Pires, Luana Barreto Leal de Albuquerque e Anderson Reis de Sousa. INTRODUÇÃO: As maiorias das crianças nascem no Brasil com boa vitalidade, entretanto manobras de reanimação pode ser necessária, sendo essencial o conhecimento da habilidade.1 OBJETIVO: Descrever a atuação da enfermeira (o) frente à reanimação cardiopulmonar em neonatos. METODOLÓGIA: Revisão sistemática, objetivado pela questão qual a assistência de enfermagem ao neonato com necessidade de reanimação cardiopulmonar? Utilizou-se como base de dados SCIELO, LILACS, incluindo artigos originais, nacionais publicados nos últimos 10 anos. Foram identificados 17 artigos, sendo selecionado apenas 2. RESULTADOS: Identificou-se que a enfermeira (o) deverá ter competências específicas para atuar neste campo, prestando assistência rápida, segura e eficaz. Deverá prezar pela qualidade e conforto, identificando sinais e sintomas que antecedem a parada, reduzindo assim os prejuízos a este neonato. Atentará para os cuidados respiratórios, oxigenoterapia e cuidados com a dor, utilizando-se de protocolos específicos e normatizações institucionais para direcionar a assistência.2 CONCLUSÃO: A enfermeira deverá buscar aperfeiçoamentos, atualizações para garantir um cuidar de excelência. CONTRIBUIÇÃO PARA ENFERMAGEM: Incentivar a enfermeira (o) neonatologista a desenvolver um cuidado científico que se diferencie dos já exercidos, prestando uma assistência segura e de qualidade, a fim de garantir a sobrevida do RN. Descritores: Cuidados de Enfermagem. Parada cardiorrespiratória. Neonatologia. Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS 1. FERNANDES, Karina and KIMURA, Amélia Fumiko. Práticas assistenciais em reanimação do recém-nascido no contexto de um centro de parto normal. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2005, vol.39, n.4, pp. 383-390. 2. GONÇALVES, GR; PERES, HHC; RODRIGUES, RC; TRONCHIN, DMR; PEREIRA, IM. Proposta educacional virtual sobre o atendimento da ressuscitação cardiopulmonar no recém-nascido. Rev Esc Enferm USP. 2010; 44(2): 413-20. ISBN: 978-85-83-89-035-5 ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL PÚBLICO NA BAHIA: O OLHAR DO GRADUANDO Anderson Reis de Sousa, Karla Lucila Andrade Cintra, Michelle Teixeira Oliveira, Pablo Carneiro de Oliveira Costa e Sebastião Edimilson Teixeira Oliveira. Introdução: O Estágio Curricular Supervisionado é uma modalidade de ensino obrigatória no Curso de Graduação em Enfermagem, e propicia ao acadêmico nos dois últimos semestres do curso, uma visão da profissão de forma ampla e integral. Objetivo: Descrever a percepção de um graduando em Enfermagem acerca do aprendizado adquirido durante o Estágio Curricular Supervisionado II (ECS II) acerca da saúde pública em um hospital público da Bahia. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, acerca da vivência acadêmica durante o ECS II, iniciado em agosto de 2014 no setor da Sala Vermelha do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) no município de Feira de Santana-Ba. Utilizou-se como aporte teórico artigos indexados nas bases de dados Lilacs, Scielo e Medline. Resultados: Durante o ECS II, o graduando reflete sobre a realidade, aplicando um conhecimento contextualizado e provocando mudanças nas formas de pensar, sentir e agir, possibilitando a compreensão da dimensão do cuidado e colocando-se como participante do processo do trabalho em saúde. A autonomia e interação com diferentes atores sociais no processo saúde-doença fazem com que o graduando sinta-se à vontade para tomar decisões e debater com a equipe, buscando corroborar a um melhor cuidado ao paciente. O número de procedimentos e a demanda de gerência ofertada ao graduando, lhe oportuniza aporte técnico e científico satisfatório para a transição entre a graduação e o futuro profissional. Conclusão: A vivência proporcionada no ECS II no HGCA formam estudantes críticos, reflexivos, com postura política e questionadora diante de problemas da população. O estudante desenvolve e aperfeiçoa habilidades de cuidado, educação, gerência e pesquisa através de práticas assistenciais de enfermagem, vivenciando situações concretas do mundo do trabalho, sendo apresentado aos desafios e possibilidades do SUS. Eixo Temático: Novas Perspectivas para o Trabalho em Enfermagem no Ensino, Pesquisa e Extensão. Descritores: Enfermagem. Estágio Supervisionado. Hospitalar. Ensino. REFERÊNCIAS: BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução nº 3 de 7 de Novembro de 2001. Institui diretrizes curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. CASATE, JC. CORREA, AK. Vivências de alunos de enfermagem em estágio hospitalar: subsídios para refletir sobre a humanização em saúde. Rev. Esc.enferm. USP, Set 2006, vol.40, no. 3, p. 321-328. ISSN 0080-6234 COSTA, LM. GERMANO, RM. Estágio curricular supervisionado na Graduação em Enfermagem: revisitando a história. Rev. bras. enferm. Dez 2007, vol.60, no. 6, p. 706-710. ISSN 0034-7167 ISBN: 978-85-83-89-035-5 CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM TROMBOSE VENOSA PROFUNDA Adriana Ribeiro Cruz Falcão; Emanuela Márcia de Freitas Vieira; Janaína Peleteiro Persivo de Paiva; Sebastião Teixeira Oliveira e Ana Luiza Andrada Melo. INTRODUÇÃO: A trombose venosa profunda (TVP) consiste na oclusão de uma veia por um trombo, seguida de reação inflamatória na parede do vaso, podendo ocorrer no sistema venoso superficial e no profundo1. Apesar de atingir pessoas sadias, na maioria dos casos está relacionada a outras doenças clínicas ou cirúrgicas2. OBJETIVO: Identificar na literatura os cuidados de enfermagem com a TVP, abordar os principais fatores de risco e profilaxia, além de demonstrar a importância da atenção e cuidado integral ao paciente. DESCRIÇÃO METODOLÓGICA: Trata-se de uma revisão de literatura, do tipo descritivo e bibliográfico, de abordagem qualitativa sobre a temática, através da utilização dos descritores trombose venosa, profilaxia e cuidados de enfermagem, com fundamentação e aporte teórico nas bases de dados, Lilacs, Scielo e obras literárias. Foram encontrados 15 artigos e 05 literaturas, sendo selecionadas 10 que atenderam ao objetivo do estudo. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A enfermagem exerce um importante papel nas medidas profiláticas, na detecção de sinais e sintomas e no tratamento da TVP. A avaliação de enfermagem é feita através da obtenção da história dos fatores de risco. Dessa forma, no cuidado também se analisa evidências de distensão venosa ou edema, pele distendida, empastamento ao toque e exame as variações de temperatura com o dorso das mãos3. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com o presente estudo, notou-se que o cuidado ao paciente com TVP é essencial dentro de um ambiente hospitalar para criarmos intervenções satisfatórias aos problemas encontrados. Descritores: Trombose Venosa, profilaxia, cuidados de enfermagem. Área temática: Novas perspectivas do trabalho em Enfermagem no Ensino, Pesquisa e Extensão. REFERÊNCIAS 1. LEITE, J.L.; FIGUEREDO, N.M; ERDMANN, A. Guia prático em Cardiopatias, 2009. Editora Yendis 1 edição; São Paulo. 2. KNOBEL, E. Condutas no paciente grave. – 3.ed. – São Paulo: Editora Atheneu, 2006. 3. BRUNNER, Lilian Sholti; SUDDARTH, Doris Smith. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica, 10 ed., vol. 3. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan, 2012. ISBN: 978-85-83-89-035-5 CONHECIMENTO MATERNO ACERCA DA TRIAGEM NEONATAL: PAPEL DO ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE Carla Alencar Cruz, Ivan Barreto da Silva Sobrinho, Marina Caldas Silva, Taize Carneiro Matos e Ana Margarete Cordeiro da Silva Maia. INTRODUÇÃO: O Ministério da Saúde criou em 2001 no Brasil, o Programa Nacional de Triagem Neonatal, garantindo a realização de todas as etapas desse exame, que vão desde a coleta até o tratamento e acompanhamento dos casos detectados¹. A triagem Neonatal é realizada entre o 3º e 7º dia de vida e tem como objetivo a detecção precoce dos erros inatos do metabolismo no período neonatal como a Fenilcetonuria, Hipotireoidismo Congênito, Fibrose Cística e Anemia Falciforme². É necessário que as mães sejam orientadas sobre a importância dessa triagem, e o profissional de Enfermagem como protagonista da arte do cuidar é a peça fundamental para fornecer essas orientações. Um momento importante e crucial para o Enfermeiro é quando vai realizar as orientações na consulta de pré-natal, por ter uma vivência maior com sua clientela³. OBJETIVO: Analisar o conhecimento materno sobre a importância da triagem neonatal, enfocando nas orientações fornecidas pelo Enfermeiro. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo descritivo com abordagem qualitativa, baseada em artigos completos disponíveis na base de dados Scielo, por meio das Revistas Med, Revista Eletrônica de Enfermagem, através das palavras-chave relacionadas ao tema, onde foram encontrados 4 artigos e a amostra compõe-se de 3 que atenderam aos critérios de inclusão. RESULTADOS: Os artigos apontam que muitas mães conhecem o teste do pezinho, porém não sabem quais doenças são triadas e nem o tempo correto para a realização do mesmo. Momento que se percebe algumas falhas nas orientações dadas pelos profissionais de Enfermagem. CONCLUSÃO: Este estudo chama a atenção para a atuação do Enfermeiro na educação continuada, sendo importante estabelecer uma estratégia para mobilizar esses profissionais e capacitar sua equipe a realizar o teste corretamente, evitando falhas. Descritores: Triagem Neonatal. Educação Permanente. Atuação de Enfermagem. REFERÊNCIAS 1. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA. Manual de normas técnicas e rotinas operacionais do programa nacional de triagem neonatal. 2005. ISBN: 978-85-83-89-035-5 CUIDADOS IMEDIATOS DE ENFERMAGEM PRESTADOS AO RECÉMNASCIDO Leila Sueme de Brito Gonçalves, Taize Carneiro Matos e Ana Margarete Cordeiro da Silva Maia. INTRODUÇÃO: Logo após o parto o neonato precisa assumir funções vitais que na vida intrauterina eram desempenhadas pela placenta. A transição dessa fase da vida é considerada uma das mais difíceis porque exigem adaptações fisiológicas repentinas e cruciais no sistema corporal. O recém-nascido é um ser vulnerável a patologias e infecções, pois o seu sistema está se adaptando ao novo meio e é nesta fase que ocorre o maior índice de morbimortalidade infantil. Os cuidados imediatos prestados ainda na sala do parto mantem a vida dos recém-nascidos e evita futuras sequelas. OBJETIVO: Descrever os cuidados imediatos prestados ao recém-nascido e a necessidade de implantar a sistematização da assistência de enfermagem aos mesmos. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa do tipo revisão de literatura, realizada nas bases de dados SCIELO, por meio de palavras-chaves relacionada ao tema, foram encontrados 8 artigos e a amostra compõe-se de 4 que atenderam aos critérios de inclusão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os artigos apontam que os cuidados imediatos de enfermagem ao recém-nascido necessitam de uma equipe qualificada, recursos materiais e físicos para que sejam desempenhados de forma integral e humanizados. Descrevem que para existir a implementação da sistematização de enfermagem, é importante que o enfermeiro tenha o interesse de conhecer o paciente como indivíduo, utilizando para isto habilidades e conhecimentos técnico-cientifico, além da orientação da equipe para que ocorram as ações sistematizadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante desse estudo, conclui-se que os procedimentos imediatos realizados ao recém-nascido como: limpeza da pele e vias respiratórias, ligadura e pinçamento do cordão umbilical, profilaxia da oftalmia gonocócica, cuidados com a perda da temperatura corporal e a realização do Boletim Apgar, são primordiais para o bom desenvolvimento e saúde do recém-nascido, além de detectar precocemente anormalidades e doenças presentes. Descritores: Cuidados Imediatos. Enfermagem. Recém-nascido. Área temática: Novas perspectivas do trabalho em Enfermagem no Ensino, Pesquisa e Extensão. REFERÊNCIAS 1. FERNANDES, K. KIMURA, A. F. Práticas assistenciais em reanimação do recém-nascido no contexto de um centro de parto normal. Revista Escola de Enfermagem. USP, São Paulo, v. 39, nº 4, p. 383-390, 2005. 2. KLIEGMAN, R. M. N. Princípios de Pediatria. 4ª ed. Rio de Janeiro, 2004. 3. ORLANDI, O. V. ; SABRÁ, A. O Recém-Nascido a Termo. In: FILHO, J. R. Obstetrícia. 10º ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. ISBN: 978-85-83-89-035-5 CÂNCER GÁSTRICO: VIVÊNCIA DE UMA ESTUDANTE DE ENFERMGEM Camilla de Souza Lopes. INTRODUÇÃO: O estudo de caso visa conhecer o câncer gástrico. Ele é a quarta causa de câncer mais frequente no mundo.¹ Trata-se de um crescimento desordenado de células no sistema gástrico e pode ocorrer em qualquer local de sua extensão e pode afetar órgãos próximos.² MATERIAL E MÉTODOS: O estudo foi realizado durante o estágio ofertado por uma faculdade da cidade na Clínica Cirúrgica de um hospital público da Bahia, através da análise do prontuário de uma paciente com a patologia e anamnese com a mesma. Este trabalho é do tipo estudo de caso que utiliza de uma análise qualitativa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os sintomas mais comuns do tumor gástrico são fezes escurecidas, dor na região epigástrica, náuseas, desconforto abdominal, perda de apetite, entre outros.³ A paciente foi admitida no dia 24/02/2014, no HGCA no setor de emergência, devido dor em região epigástrica. Foram solicitados exames laboratoriais, USG pélvica, tomografia computadorizada, endoscopia e um eletrocardiograma. Foi encaminhada para a clínica cirúrgica. A paciente relatou sua história pregressa e informou que no dia 09/03/2014 apresentou episódios de vômitos, inapetência, desconforto abdominal. Foi realizado na paciente anamnese e exame físico. Ao exame físico foi detectada uma macicez nos quadrantes superior e inferior esquerdos, característicos da patologia, a paciente continuou sob cuidados até a data da cirurgia, dia 11/03/2014. Durante a cirurgia observou que o tumor era inoperável pela sua extensão. O cirurgião optou por uma gastrostomia e a paciente foi encaminhada para o centro de referência para tratamento de câncer. CONCLUSÃO: A partir deste caso clínico observou-se a gravidade da patologia, a rapidez que a mesma se propaga e a necessidade de um acompanhamento assíduo de casos com suspeita de tumor gástrico, a fim de diminuir os agravos da doença e realizar tratamento efetivo para chegar-se a cura. Descritores: Neoplasias Gástricas. Endoscopia. Gastrostomia. Eixo Temático: Novas perspectivas do trabalho em Enfermagem no Ensino, Pesquisa e Extensão. REFERÊNCIAS: 1ZILBERSTEIN,B. MALHEIROS,C. et al. Consenso Brasileiro Sobre Câncer Gástrico: diretrizes. ABCD Arq Bras Cir Dig. 2013;26(1):2-6. 2CARDOSO, G,A,P. Câncer Gástrico. Disponível em: http://www.einstein.br/einstein-saude/doencas/Paginas/tudo-sobre-o-cancergastrico.aspx Acesso em: 24 de setembro de 2014. 3INCA. Tipos de Câncer. Disponível em: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/estomago/sintomas Acesso em: 24 de setembro de 2014. ISBN: 978-85-83-89-035-5 GESTÃO DA ENFERMAGEM AUTÔNOMA: NOVAS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO Polliana Lopes Lima dos Anjos, Graciany Moreira Souza, Izadora Silva Dourado, Lazaro Henrique Santana Vieira, Anderson Reis de Sousa e Minéia Bastos. INTRODUÇÃO: Para um profissional de enfermagem exercer autônoma é necessário ter atitude diferenciada, pautada no respeito, na ética e no compromisso social com o que realmente conhece e domina1. OBJETIVO: Descrever novas áreas de atuação da enfermagem de forma autônoma. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica e foram selecionados artigos científicos brasileiros do ano de 1990 a 2014. Os resultados serão descritos em quatro campos de diferentes atuação encontrados na literatura. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi observado quatro campos de atuação da enfermagem e que ainda são pouco explorados. Para atuar em qualquer uma das áreas é necessário possuir curso específico na área em que deseja. São elas: Enfermagem Aeroespacial, surgiu devido a necessidade emergencial, é exercido por uma equipe multidisciplinar, que promove um rápido atendimento e transporta pacientes de locais inacessíveis a um centro de atendimento de saúde. Enfermagem na Acupuntura, o exercício da acupuntura é exclusivo de profissionais da saúde. Foi introduzida na tabela do Sistema de Informação Ambulatorial (SAI/SUS) por meio da portaria de número 1230/GM 4. Enfermagem Forence, pode ser definida como a aplicação da ciência da enfermagem ao público e à justiça; a aplicação relaciona-se aos aspectos forenses do cuidado à saúde combinado com a formação biopsicossocial da enfermeira na investigação científica da morte e/ou tratamento do trauma de vítimas e agressores5. Enfermagem na Estética, a atuação do enfermeiro especialista em estética não se limita ao tratamento estético do indivíduo saudável, livre de doenças e restrições, mas também naquele indivíduo que apresenta patologias, restrições, necessidade de orientação e cuidados6. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Quanto melhor implementada a autonomia profissional e os processos de trabalho, mais oportunidades terá em atuar com base no conhecimento técnico e científico e em seu julgamento e poder decisório, trazidos com muita propriedade e como essenciais para a preservação da autonomia. Descritores: Enfermagem. Gestão em saúde. Administração em saúde. Eixo Temático: Novas perspectivas do trabalho em Enfermagem no Ensino, Pesquisa e Extensão. REFERÊNCIAS: 1 KRAEMER, Fernanda Zanoto. Autonomia e trabalho do enfermeiro. Ver Gaúcha Enferm. Porto Alegre (RS) .seot 2011. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-14472011000300008&script=sci_arttext> Acesso em: 29 ago 2014. 2 ROCHA, Patrícia Kuerten. Assistência de enfermagem em serviço pré-hospitalar e remoção aeromédica. Rev. bras. enferm. vol.56 no.6 Brasília Nov./Dec. 2003. [Acesso em 22 ago 2014] Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php 3 CINTRA, Maria Elisa Rizzi. FIGUEIREDO, Regina. Acupuntura e promoção de saúde: possibilidade no serviço público de saúde.v.14, n.32, p.139-54, jan./mar. 2010.Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/icse/v14n32/12.pdf > Acessado em: 20agosto2014. 4 SILVA, Karen Beatriz. SILVA, Rita de Cássia. Enfermagem forense: uma especialidade a conhecer. Cogitare Enferm 2009 Jul/Set;Disponível em:<http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/cogitare/article/viewFile/16191/10709> Acesso em: 29 ago 2014. 5 KAHLOW, Andréa. A estética com instrumento do enfermeiro na promoção do conforto e bemestar. Jul 2011 Disponível em: <http://siaibib01.univali.br/pdf/Andrea%20Kahlow,%20Ligia%20Colombo%20de%20 Oliveira.pdfAcessado em 25 agosto 2014. Produções científicas Comunicações Coordenadas – Apresentação dia 01 de outubro de 2014 Feira de Santana, Bahia ISBN: 978-85-83-89-035-5 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AO PACIENTE COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO: REVISÃO DE LITERATURA Elenildes Santos Carneiro Brito Juliana Magalhães dos Santos e Deise Freitas Casaes. Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacitação no mundo. Nos Estados Unidos 500 mil pessoas sofrem um AVC a cada ano, dessas, 150 mil morrem anualmente, muitas dessas pessoas ficarão com sequela neurológica por vezes irreversível, tornando-se um problema de saúde publica, pois os custos e tratamentos para estes pacientes são elevados. 1 No Brasil, a saúde tem um perfil epidemiológico que se destaca pelas doenças cerebrovasculares com crescentes números de pessoas com deficiência gerando um impacto em todos os aspectos da vida. Os fatores de risco para AVC incluem hipertensão arterial, fibrilação atrial, hiperliperdemia, obesidade, tabagismo e diabetes. Assim, as pesquisas no âmbito das doenças cérebro vasculares tornam-se fundamentais para alicerçar o enfermeiro no cotidiano da sua prática, fornecendo subsídios para auxiliar no entendimento das relações envolvidas no processo de adoecimento, inerente ao paciente e à família. O AVC é uma doença silenciosa, pois ela aparece como a principal causa invalidez e morte e tem como consequência importante a incapacidade motora. OBJETIVO: identificar os fatores de risco do Acidente Vascular Cerebral isquêmico bem como a assistência e conduta de enfermagem diante de um paciente com este tipo de doença, enfatizando para a qualidade dessa assistência a identificação rápida dos sinais e sintomas encaminhando a pessoa imediatamente para um hospital de referencia especializado. Espera-se que este artigo possa contribuir para os profissionais em enfermagem no âmbito da prevenção da patologia falada, dos cuidados de enfermagem, bem como a educação dos familiares do paciente que sofreu um AVC e em especial o papel fundamental do enfermeiro para efetuar as intervenções. METODOLOGIA: Esse trabalho foi fundamental através das pesquisas já existentes que tratam da temática em questão, baseado na pesquisa bibliográfica foi realizado uma revisão de literatura, enfatizando assim, a concepção de diversos autores, para tanto, foram utilizados livros e trabalhos científicos da área de saúde como: artigos, teses, resenhas e ensaios. A coleta de dados foi feita através dos artigos científicos sobre a temática, foram acessados nas bases de dados Scielo, Portal da Capes, Google Acadêmico, publicados nos últimos anos (2008 a 2014). Utilizamos 21 artigos nacionais, disponíveis online em texto completo com os seguintes descritores: Acidente Vascular Cerebral, assistência de enfermagem, consequências. Para a seleção das fontes considerou-se como critério de inclusão as bibliografias que abordassem o Acidente Vascular Cerebral e consequentemente a temática desenvolvida, foram excluídas aquelas que não atenderam a temática para construção da pesquisa RESULTADOS E DISCUSSÃO: Este estudo mostra a importância de um diagnóstico preciso e de cuidados adequados para o paciente vítima do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCi). Ressalta-se que durante a permanência do paciente no âmbito hospitalar, a equipe de profissionais, principalmente a enfermagem devem manter contato com os familiares deste paciente, sinalizando os principais cuidados que deverão ser prestados em domicílio, para que assim o mesmo venha a obter melhoras no período de recuperação e mantendo uma qualidade de vida satisfatória.2,3 Lembrando que a depender das sequelas o paciente necessitara de cuidados mais precisos e de uma atenção mais redobrada, impedindo o aparecimento de novas complicações a este paciente. CONCLUSÃO: Todo déficit neurológico agudo deve ser visto como um AVC até prova em contrário. Da mesma maneira que há urgência na abordagem de um infarto do miocárdio, é essencial todo sistema de saúde tratar o AVC com a mesma urgência e prioridade. O suporte clínico é essencial no manejo do AVC: priorizar vias aéreas e circulação. Se houver necessidade, não hesitar em proceder à intubação orotraqueal. Da mesma forma evitar aspiração, tratar hipoglicemia ou hiperglicemia, corrigir hipoxemia, evitar hipertermia, hiponatremia e etc. Quanto mais precoce e eficazmente as medidas são tomadas, maiores as chances de “salvar o cérebro”.4 A enfermagem tem um papel importante no que diz respeito à assistência ao paciente neurológico, pois permanece atenta ao paciente durante todo o processo de tratamento e reabilitação, prevenindo ou detectando precocemente as complicações. A aplicação da escala de coma de Glasgow se torna um instrumento importante, visto que alterações como aumento da pressão intracraniana ou aumento de hemorragia podem se apresentar através das alterações do diâmetro das pupilas. A resposta à estimulação dolorosa também se faz importante, visto que através dela podemos avaliar o nível de coma ou sedação do paciente. O Acidente Vascular Cerebral é uma emergência médica, é possível reduzir o déficit neurológico na fase aguda e prevenir eficazmente a ocorrência de novos eventos vasculares. O papel do enfermeiro nesse aspecto é crucial, pois a pronta estabilização do doente e o início precoce da investigação etiológica são determinantes no prognóstico final. Descritores: Acidente Vascular Cerebral, Assistência de enfermagem, Consequências. Eixos temáticos: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida REFERENCIAS 1. BRASIL. Linha de Cuidados em Acidente Vascular Cerebral na Rede de Atenção à Urgências e Emergências. 2010. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/linha_cuidado_avc_rede_urg_e mer.pdf>. Acesso em 12 Agostos 2013. 2. CABETTE, S.R. et al. Rotinas no AVC pré-hospitalar e hospitalar. Ministério da Saúde 2010. Disponível em: <http://pwweb2.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/redebrasilavc/usu_doc/rotinas _no_avc_rbavc_outubro_2010.pdf>. Acesso em 12 Agostos 2013. 3. CINTRA, E. A. et al.. Assistência de enfermagem ao paciente gravemente enfermo. São Paulo: Editora Atheneu, 200r. Acesso em 12 Agostos 2013. 4. GUYTON, A.C.. Fisiologia Humana. . Rio de Janeiro - RJ: Guanabara Koogan, 2008. 6 ed. Acesso em 12 Agosto 2013. MARTINS, H.S. et al.. Emergências Clínicas – Abordagem Prática. 6 ed.: Barueri – SP. Manole, 2011. Acesso em 12 Agostos 201 ISBN: 978-85-83-89-035-5 A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA NO CUIDADO DE ENFERMAGEM: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Carolina Cerqueira Xavier Lima, Eliza Fernandes Oliveira de Almeida Dantas, Gilmara de Souza Sampaio Almeida, Marilía Natielli Lima Almeida Souza, Tiago de Oliveira Carneiro e Thiara de Oliveira Carneiro. INTRODUÇÃO: A humanização do atendimento em saúde mostra-se relevante no contexto atual, uma vez que a constituição de um atendimento calcado em princípios como a integralidade da assistência, a equidade, a participação social do usuário, dentre outros, demanda a revisão das práticas cotidianas, com ênfase na criação de espaços de trabalho menos alienantes que valorizem a dignidade do trabalhador e do usuário. Na possibilidade de resgate do humano, naquilo que lhe é próprio, é que pode residir a intenção de humanizar o fazer em saúde. Buscar formas efetivas para humanizar a prática em saúde implica em aproximação crítica que permita compreender a temática para além de seus componentes técnicos, instrumentais, envolvendo, essencialmente, as suas dimensões político-filosóficas que lhe imprimem um sentido. A temática abordada tem como foco principal a preocupação com a valorização e humanização da saúde como direito básico do cidadão, desde uma perspectiva primitiva até as análises atuais. Entretanto, esta temática é pouca abordada durante a vida acadêmica, criando então sujeitos que não compartilham o saber, poder e experiência vivida, resultando em meras transformações políticas, administrativas e subjetivas. OBJETIVOS: Avaliar a importância da assistência humanizada no cuidado prestado pelo enfermeiros. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo bibliográfico cuja trajetória metodológica a ser percorrida apoia-se nas leituras exploratória e seletiva1 do material de pesquisa, bem como em sua revisão integrativa2-3, contribuindo para o processo de síntese e análise dos resultados de vários estudos, criando um corpo de literatura compreensível. RESULTADOS E DISCUSSÃO: São apontados, desde os tempos mais remotos, muitos aspectos considerados “desumanizantes”, relacionados a falhas no atendimento e nas condições de trabalho. Em relação a falhas na organização do atendimento são apontadas, por exemplo, as longas esperas e adiamentos de consultas e exames, ausência de regulamentos, normas e rotinas, deficiência de instalações e equipamentos, bem como falhas na estrutura física, além de aspectos que estabelecem uma relação do doente com o anonimato, a despersonalização, a falta de privacidade, a falta de preparo psicológico e de informação, inclusive a falta de ética transmitida por alguns profissionais: “(...)espera às consultas e à entrada, nas admissões em tempo dilatado, nos adiamentos impostos aos exames e aos tratamentos, no amontoado humano dentro das salas (...)”1. “O doente é um número, um caso, objeto de atividades, mas não um centro de interesse; permanece geralmente sem esclarecimentos sobre a própria sorte e sem explicação sobre o que lhe é imposto”1. “(...) Ao não se dar conta onde termina a máquina e começa o paciente, a relação com a máquina pode tornar o cuidado de enfermagem um ato mecânico e o paciente ser visto como uma extensão do aparato tecnológico” [refere-se ao atendimento em CTI2.As situações “desumanizantes” presentes nas instituições de saúde fazem parte do contexto mais amplo da civilização moderna, segundo alguns autores. Mas este quadro pode ser revertido de uma forma mais crítica e contextualizada, possibilitando conciliar a humanização na enfermagem, regendo que: “(...) Talvez devêssemos investir em teorizações que, ao invés de representarem a Enfermagem como interface de humanização, explorassem a potencialidade de pensar a Enfermagem com um (...) saber/fazer híbrido onde as fronteiras entre natureza e cultura, entre ciência e vida cotidiana (...) entre humano e máquina fossem deslocadas de tal forma que estas oposições não pudessem ser mais acionadas para a hierarquização e a dominação (...)”3. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Face às situações “desumanizantes”, os textos mostram possibilidades de modificá-las através do investimento na estrutura física e nos métodos administrativos da instituição, bem como no trabalhador em relação às condições de trabalho. Descritores: Humanização; Assistência de enfermagem; Cuidado de enfermagem Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS 1. Leclainche X. É preciso humanizar o hospital. Rev Paul Hosp 1962 maio; 10(5):7-10. 2. Hayashi AAM, Gisi ML. O cuidado de enfermagem no CTI: da açãoreflexão à conscientização. Texto & Contexto Enfermagem 2000 maio/agosto; 9(2):824-37. 3. Meyer DE. Como conciliar humanização e tecnologia na formação de enfermeira/os? Rev Bras Enfermagem 2002 março/abril; 55(2):189-95. ISBN: 978-85-83-89-035-5 ABORDAGEM DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE SUICIDA: EXPERIÊNCIAS DE UMA UNIDADE HOSPITALAR NA BAHIA Luana dos Santos Braz Rocha, Luzia Fernanda Borges Miranda, Sandra Maria Lôbo Macêdo Pereira e Anderson de Reis de Sousa. INTRODUÇÃO: O suicídio é definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um ato intencional de um indivíduo para extinguir sua própria vida. Vários fatores podem está associados como, por exemplo, tentativas anteriores de suicídio, doenças mentais como a depressão, dependência de álcool e drogas, ausência de apoio social, histórico de suicídio na família, forte intenção suicida, eventos estressantes e características sociodemográficas, tais como pobreza desemprego e baixo nível educacional (LOVISI et al., 2009)¹. Para Neves et al., (2014)² a cada ano, cerca de um milhão de pessoas morrem por suicídio no mundo, o que constitui uma importante questão de saúde pública e para além dos números, o impacto psicológico e social do suicídio em uma família e na sociedade é intangível. Salienta ainda que, o principal fator de risco é a presença de transtorno psiquiátrico, incluindo-se abuso de substâncias, estimando que, 90% dos suicídios estão associados a algum transtorno psiquiátrico. E cerca de 60% de todos os suicídios associados com transtornos psiquiátricos ocorrem em doentes com transtorno do humor. No Brasil dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) revelam um crescimento no número de mortes por suicídio. Entre os anos 2002 e 2012 o total de suicídio no país passa de 7.726 para 10.321 o que representa um aumento de 33,6% superando largamente os homicídios e a mortalidade nos acidentes de transporte. Dados gerais no Brasil, encontrados nos registros do DATASUS revela a predominância para o sexo masculino com média de suicídio de 7,5 por 100mil/habitantes. e, para as mulheres, de 2 suicídios por 100 mil/habitantes. Sendo que a menor ocorrência de suicídio entre as mulheres tem sido atribuída à baixa prevalência de alcoolismo; à religiosidade; às atitudes flexíveis em relação às aptidões sociais e ao desempenho de papéis durante a vida. Além disso, as mulheres reconhecem precocemente sinais de riscos para depressão, suicídio e doença mental, buscam ajuda em momentos de crise e participam nas redes de apoio social. Já os homens desempenham comportamentos que predispõem ao suicídio como a competitividade, impulsividade e maior acesso a tecnologias letais e armas de fogo. Além de ser mais sensíveis a instabilidades econômicas como desemprego e empobrecimento. (PARENTE et al., 2007)³. O comportamento suicida tem etiologia multifatorial, com influência de fatores biológicos, socioambientais e psicológicos, cada um com seu peso específico e, possivelmente, nenhum deles, em separado, possa ser suficiente para explicar por si só tais comportamentos (NAVARRO et al., 2012). Assim, o suicídio é um fenômeno complexo de causas diversas e que apresenta-se como uma das muitas demandas complexas dos serviços de saúde tornando grande desafio para repensar saberes e práticas das equipes de saúde durante o atendimento a essa vítima. Porém, ainda é percebido nos Serviços de Saúde que há um despreparo dos profissionais, frente aos cuidados com estes pacientes, seja por falta de qualificação profissional, ética e principalmente humanização. Sendo necessário, portanto, que essa assistência, aconteça de forma holística atendendo o paciente suicida sob a perspectiva da integralidade, universalidade, equidade, promovendo acolhimento necessário, vínculo e responsabilização e escuta qualificada, adotando como visão da enfermagem à assistência humanizada, singular, livre de preconceitos, estigmas e julgamentos, garantindo resolubilidade dos serviços, ações e proteção. Frente à temática levantada emergiu o trabalho que tem como OBJETIVO: Relatar as experiências vivenciadas METODOLOGIA: Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, que foi vivenciado a partir do estágio curricular da disciplina Enfermagem na Atenção à Saúde do Adulto II que ocorreu no mês de maio de 2014. Para composição do relato, utilizamos como aporte teórico artigos científicos atualizados encontrados na base de dados do SCIELO, LILACS e Revistas de Enfermagem online. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com o que foi vivenciado e pesquisado em literaturas, foi percebido que, o profissional de enfermagem, principalmente da emergência costuma ser o primeiro contato do paciente com o sistema se saúde, após uma tentativa de suicídio ou episódio de autolesão. São notórias as fragilidades durante essa assistência, evidenciando o despreparo destes profissionais em lidar com situações como estas. Sendo, necessário, portanto, que estes profissionais se qualifiquem para que possam prestar uma melhor assistência, fazendo com que esse atendimento seja ágil, dialógico e responsável para com a pessoa que possui ideias suicidas, de modo a intervir e prestar os primeiros cuidados de forma humana e empática (HECK et al.,2012). Posto isto, a enfermagem, juntamente com a equipe, necessita estar atenta à complexidade nos modos de viver, pois o suicídio é um tema desafiador que demanda a união de esforços, a fim de realizar um trabalho compartilhado, com apoio matricial. Nessa perspectiva justifica-se a importância e magnitude de sensibilizar e capacitar os profissionais de saúde para atuarem de forma humanizada, acolhedora,livre de preconceitos,revendo condutas e qualificando a assistência. Vale ressaltar também, que a família pode ser uma parceira importante para auxiliar os profissionais de saúde a compreenderem os motivos que levaram o indivíduo à tentativa de suicídio e à superação em momentos de crise. Pois, a aproximação familiar do ser em sofrimento mental também contribui para a desmistificação de certos valores criados pelo autoagressor, como a busca pela morte como forma de eliminação dos problemas materiais e sentimentais, uma vez que, muitos encontram na família o suporte necessário para a superação deste problema de saúde. Dessa forma, as práticas profissionais devem ser norteadas por uma humanização-princípio (ética), e não por uma humanização-maquiagem, tal como se dá no cotidiano de algumas unidades de saúde, onde essa maquiagem nos remete à superficialidade na circulação dos afetos entre profissionais e usuários, o que dificulta o estabelecimento de um espaço, de fato, de cuidado e acolhimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do exposto torna-se relevante, para tanto, compreender que a qualificação dos profissionais, que por meio do acesso ao conhecimento e sensibilização, contribui para aperfeiçoar a detecção e as ações acerca dos riscos de suicídio, necessitando que o atendimento realizado ocorra de forma interdisciplinar, e que o acolhimento seja um dispositivo que valoriza o atendimento humanizado e também a interdisciplinaridade como tecnologia de cuidado em rede. Tornando-a uma ferramenta potencializadora de vida, capaz de ressignificar processos de trabalho, serviços e pessoas. Contudo, se faz necessário, portanto, que a equipe esteja engajada, capacitada e sensível para enfrentar essas situações, articulando-se com outras áreas ampliando as ações do cuidar para além das técnicas e procedimentos. Descritores: Enfermagem. Suicídio. Serviços de saúde; Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS 1. LOVISI et. al, Análise epidemiológica do suicídio no Brasil entre 1980 e 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbp/v31s2/v31s2a07.pdf. Acessado em: 03 de Setembro de 2014 2. NEVES et al.,2014.Suicídio: fatores de risco e avaliação. Disponível em: http://www.ambr.org.br/wpcontent/uploads/2014/07/11_Suicidios_Fatores_Risc o_WEB.pdf. Acessado em: 03 de Setembro de 2014. 3. PARENTE, et al.Caracterização dos casos de suicídio em uma capital do Nordeste Brasileiro. Rev. bras. enferm. [online]. 2007, vol.60, n.4, pp. 377-381. ISSN 0034 Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003471672007000400003 Acessado em: 06 de Setembro de 2014. 4. NAVARRO et al.,2014. Atitudes do profissional de enfermagem em relação comportamento suicida: influência da inteligência emocional. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v20n6/pt_19.pdf. Acessado em: 04 de Setembro de 2014. 5. HECK et al.,2012. Ação dos profissionais de um centro de atenção psicossocial diante de usuários com tentativa e risco de suicídio. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v21n1/a03v21n1.pdf Acessado em: 29 de Agosto de 2014. ISBN: 978-85-83-89-035-5 CONTRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM FORENSE NO ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA Michelle Ramalho Macedo, Jadson Gonçalves de Souza, Jandson Silva de Araújo e Anderson Reis de Sousa. INTRODUÇÃO: A ciência forense é uma ciência multidisciplinar que tem por base áreas cientificas como a medicina legal, a toxicologia e a radiologia. Esta nova especialidade tem evoluído conforme o crescente aumento da criminalidade e violência. Atualmente, os serviços de saúde, principalmente os de atendimento de urgência são locais aonde frequentemente são relacionadas diversas situações de agressões, violência e ou incidentes fatais. A Enfermagem Forense então se origina nos Estados Unidos, por volta da década de 90. Encontrando-se organizada, em 1992 surge à criação da International Association of Forensic Nursing (IAFN), fundada por 72 enfermeiras em New Jersey nos EUA, dedicadas ao estudo dos abusos sexuais e estupro, que tivera a liderança da enfermeira Virginia Lynch, expandido mais adiante para outros países como Inglaterra, Canadá, Japão, Coréia, Índia, Jamaica, Peru e alguns países da Europa. Mais a diante Portugal passa a reconhecer essa prática como uma espacialidade, criando o curso de Pós-Graduação em Enfermagem Forense. (SILVA, SILVA, 2009). Esta prática surgiu como uma preparação direcionada ao profissional da área citada, na forma de promover um aguçamento ao meio, tornando o profissional, capaz de observar o paciente e o meio danificado, ao mesmo tempo, pelo fato ali ocorrido, preservando todos e quaisquer vestígios ao seu redor. A apresentação do trabalho forense unido à equipe policial técnica, facilitaria a elucidação de casos semelhantes a vários outros, dificultados pelo atendimento a vítima de forma não estratégica. Essa nova vertente da profissão do enfermeiro emergencista, qualificará a resolubilidade dos casos. Em pleno século XXI, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU-192), encabeça a lista dos serviços de saúde mais requisitados no socorro á vítimas, em sua atuação, o enfermeiro emergencista proporcionará uma assistência de qualidade aos casos onde há um cenário de violência e criminalidade sendo que é este o profissional que chegará primeiro na cena do crime em inúmeros casos. OBJETIVO: Descrever as contribuições da Enfermagem Forense no Atendimento Móvel de Urgência. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo bibliográfico, com análise qualitativa das leituras selecionadas, obtidas de artigos científicos, provenientes de bibliotecas convencionais e virtuais. Foi realizada uma leitura exploratória das publicações apresentadas nas bases de dados do LILACS, SCIELO E MEDLINE, no período de 2004 a 2014, caracterizando assim um estudo retrospectivo, buscando fontes virtuais, os anos, os periódicos, os métodos e os resultados em comum. Para um breve resgate histórico, utilizaram-se livros que abordassem o tema e que possibilitasse um breve relato sobre a Enfermagem Forense. Foram selecionados 10 artigos, a partir dos marcadores Ciência Forense, Enfermagem Forense, assistência de Enfermagem, emergência, e como critérios de exclusão, além da questão temporal foram excluídos os artigos que não abordavam os temas já citados. A categoria temática é a novas perspectivas para o trabalho em enfermagem na gestão e políticas públicas de saúde. RESULTADOS: Diante dos artigos selecionados, pode-se perceber que foram poucos artigos que abordaram a atuação do enfermeiro forense no atendimento pré-hospitalar em situação de crime e violência, mas sim discutia a importância do enfermeiro forense no exame da perícia de vítimas, além de auxiliar a equipe, e em especial o médico legista, quanto o mecanismo da morte, descoberta das causas e circunstancias, com isso sendo testemunha para resolução de crime no tribunal (SILVA, 2009). De acordo com Gomes (2004) é de extrema importância para o enfermeiro pré-hospitalar que em primeiro lugar determine a segurança do local, após esta confirmação a equipe deve prestar atendimento as vítimas caso necessitem de cuidados e se for preciso a alteração da cena para que os cuidados sejam efetuados elas devem ser feitas, como por exemplo objetos que necessitem ser retirados de lugar para a realização de uma ressuscitação cardiorrespiratória. A identificação das provas requer um aguçamento inerente ao enfermeiro forense partindo da analise do cenário criminal, permeando pela verificação das vestes até a anamnese do vitimado onde ele irá identificar sinais da violência cometido pelo agressor, neste processo o profissional estará identificando as lesões, mecanismos das lesões, presença de feridas de defesa, fotografar o local, fotografar as lesões, caso o vitimado esteja em óbito devesse proteger as mão com saco de papel, verificar a posição do corpo, recolher a roupa também em sacos de papel e recolher amostras de sangue. As áreas de atuação do enfermeiro forense são inúmeras, as escolas, na comunidade, nos hospitais, especialmente no setor de emergência, nos centros de saúde, em instituições médico-legais, enfim, em qualquer lugar onde existam pessoas em situação de violência. O profissional forense deve ser capaz de identificar, recolher e preservar provas corretamente. Os vestígios são imprescindíveis para o âmbito judicial, no que tange a investigação criminal, através das provas e vestígios provar a culpa ou absolver um suspeito. Os enfermeiros dos serviços de urgência como parte integrante da equipe multidisciplinar de saúde são, por muitas vezes o primeiro profissional a estabelecer contato com a vítima/agressor. Estes tem o dever legal e ético de assegurar os direitos das vítimas, e além da preservação da vida, e promoção da saúde, devem estar habilitados em preservar evidencias físicas, registrá-las de forma que posteriormente possam ser analisadas. As provas devem ser manuseadas de forma cautelosa, desde a coleta à sua análise, para manter a idoneidade de forma a não comprometer as decisões judiciais, e prejudicar a cadeia de custódia. Os esforços dos enfermeiros forenses tem se tornado recurso essencial para os esforços de resolutividade no âmbito da medicina forense e o sistema judicial. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se, então, que existe uma necessidade imperiosa de realizar formação aos profissionais de saúde sobre este assunto, pois compreender qual a atuação do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar em situações de crime e as contribuições da Enfermagem Forense objetivando analisar o conhecimento dos enfermeiros sobre a Enfermagem Forense e as contribuições para o atendimento às vítimas em situação de crime e violência; e por último descrever quais as facilidades e dificuldades existentes, e é necessário abordar, não só o tema do enquadramento legal dos crimes sexuais, mas também os tipos de sinais, marcas e objetos possíveis de serem utilizados como vestígios. Descritores: Enfermagem Forense. Violência. Preparação para situações de emergência. REFERÊNCIAS: 1.SILVA KB, SILVARC. Enfermagem Forense: uma especialidade a conhecer. Cogitare Enferm 2009 Jul/Set; 14(3): 564-8. [citado 2014 set 16]. Disponível em: http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/cogitare/article/viewFile/16191/10709. 2.PEREIRA, L. I. G. MACHADO, L. Enfermagem Forense: preservação de provas. Porto, fevereiro, 2012. [citado 2014 set 17]. Disponível em: file:///C:/Users/user/Downloads/Abstract.5077.pdf 3.SILVA, C. J. D. C. Enfermagem e a preservação de vestígios perante vítimas de agressão sexual no serviço de urgência. Dissertação de Mestrado em Medicina Legal, 2010. [citado 2014 set 16] . Disponível em: http://biblioteca.esenf.pt/plinkres.asp 4.ALVARENGA R, Gomes JB. Enfermagem forense: uma nova perspectiva de atuação profissional. Trabalho pbulicado no 13 CBCENF, Fortaleza 2009. 5.FLORES G. S. Responsabilidade profissional em enfermagem. A perspectiva do uso de registros de enfermagem a partir do ponto de vista forense, Med perna. Heredia Costa Rica vol.20 no.1 março 2003. 6.FREEDBERG, P, Integrating Forensic Nursing into the Undergraduate Nursing Curriculum: A Solution for a Disconnect, May 2008, Vol. 47, No. 5 7.BARRANTES, C. A. Medicatura Forense e OIJ no imaginário social, Med perna. Heredia Costa Rica vol.21 no. 1 março 2004 8.GONÇALVES, SF. Vivências dos enfermeiros na manutenção de provas forenses no serviço de emergência. Porto, setembro de 2011. [citado 2014 set 18] . Disponível em: http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/57083/2/TeseSusanaGoncalves.pdf 9. GOMES, A. Título: Enfermagem Forense. Lisboa: Lidel, 2014. 330p. ISBN: 978-85-83-89-035-5 A PERCEPÇÃO DA FAMILIA E DO ENFERMEIRO NO CUIDADO DO IDOSO COM DEMÊNCIA Criscia Christynne Martins Nery, Natalie Oliveira Gonçalves Vilas Boas, Rita Jucielma Almeida Carneiro e Thiago Lopes de Menezes. INTRODUÇÃO: A demência é uma síndrome que está relacionada com perdas neuronais e danos a estrutura cerebral formam um conjunto de sinais e sintomas causando prejuízos a memória do idoso, em função disso os transtornos demenciais podem causar sofrimento tanto ao paciente como para os cuidadores seja os familiares ou o enfermeiro, devido ao elo que é formado entre paciente, família e profissional de saúde4. Por isso os membros da família desempenham um papel crucial no bem – estar do paciente com demência, sendo em sua maioria esposas, filhas e noras que assumem a função de cuidadoras1. Independentemente desse paciente residir em uma unidade de cuidados, ou em sua própria residência ou estar temporariamente no hospital, local este que, em alguns casos, pode acentuar esses níveis de demência, se faz necessário o apoio familiar. Visto que, os familiares são a principal fonte de informações a respeito do paciente, sendo responsáveis pelo cuidado total e /ou complementar. É importante que os enfermeiros compreendam o impacto profundo que a demência causa sobre os cuidadores e familiares em geral. OBJETIVOS: Os objetivos dessa pesquisa foram a de analisar os aspectos dos cuidados e comportamentos das famílias de idosos com demência e suas implicações no convívio familiar, sua vivência, assim como suas dificuldades para o cuidado aos idosos, com demência senil e patológica. Além disso, mostrar a atuação e o papel da enfermagem no apoio a essas famílias. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura sobre a temática, através da utilização dos descritores: Cuidador, Idoso, Demência, Família os quais atenderam ao objetivo do estudo. Esse trabalho foi fundamentado através das pesquisas já existentes que tratam da temática em questão, baseado na pesquisa bibliográfica foi realizado uma revisão de literatura, enfatizando assim, a concepção de diversos autores, para tanto, foram utilizados livros e trabalhos científicos da área de saúde como: artigos, teses, resenhas e ensaios. RESULTADOS: A pessoa com demência ela necessita de supervisão para tomar qualquer tipo de decisão e vai se tornando com o passar do tempo cada vez mais vagarosa ao falar e compreender, pois sua capacidade de compreensão, iniciativa e cálculo é perdida progressivamente e sua memória começa a falhar, isso causa angustia e agitação ao idoso. Essa supervisão é realizada pelos os familiares e a equipe de enfermagem, que tem a responsabilidade de passar segurança e tranquilidade ao paciente4. A assistência de enfermagem serve como um suporte para os familiares orientando o seu entendimento para o diagnóstico e prognóstico da patologia, mudanças de comportamento e medidas de controle para esse comportamento4. CONCLUSÃO: Os resultados apresentados mostraram que através desse estudo podemos perceber que muitas vezes o diagnostico é demorado por não terem informação de como pode ser feito o tratamento tornando-se mais árduo para o paciente e sua família, para os familiares foi perceptivo uma dificuldade em diferenciar os vários tipos de demências, assim como suas causas e comportamentos modificados devido a doença. CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM: É imprescindível a procura de estratégias e propostas que tenha como prioridade ensinar aos cuidadores de idosos em relação as doenças demenciais e na resolução dos diversos problemas enfrentados no diadia, como tomar decisões mais adequadas e ensinamentos acerca do diagnóstico ou reconhecimento da situação problemática. Descritores: Cuidador, Idoso, Demência, Família. Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida REFERENCIAS: 1 STEELE,Cynthia D. Nurse to Nurse: Cuidados de enfermagem: em enfermagem. Trad. Maiza Ritomy Ide. Porto Alegre: AMGH, 2011. 2 VONO, Zulmira Elisa. Enfermagem Gerontológica: atenção à pessoa idosa – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007. 3INOUYE, Keika; PEDRAZZANI, Elisete Silva; PAVARINI, Sofia Cristina Iost and TOYODA, Cristina Yoshie. Perceived quality of life of elderly patients with dementia and family caregivers: evaluation and correlation. Rev. Latino-Am. Enfermagem [online]. 2009, vol.17, n.2, pp. 187-193. ISSN 0104-1169. Disponivel em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692009000200008 Acessado em 15 de setembro de 2012. 4 SANTANA, Rosimere F. Grupo de orientação em cuidados na demência: relato de experiência. Textos Envelhecimento vol.6 , n.1, Rio de Janeiro, 2003. A PRÁTICA DOCENTE DO ENFERMEIRO NO ENSINO MÉDIO DE ENFERMAGEM E SEUS DESAFIOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Milena Marques Cerqueira. INTRODUÇÃO: O enfermeiro pode trabalhar em diversos campos, e o ensino surge como uma área de interesse atuação de muitos. É importante salientar que a docência caracteriza-se como o ato de ensinar, de mediar conhecimentos, sendo fonte de conhecimento e de construção de saberes, podendo acontecer em diferentes espaços educativos, e pode ser considerada como uma prática que está para além do ato de ministrar aulas, pois se configura como uma tarefa que exige o desenvolvimento de uma ação social e política. O enfermeiro tem respaldo legal para a prática de ensino, porém poucos obtém preparação formal no que tange aos princípios de ensino e aprendizagem.1 O enfermeiro que ensina em cursos técnicos de enfermagem, deve considerar que as atividades desenvolvidas para a formação técnica devem estar voltadas para a construção de competências, possibilitando a articulação entre saberes e habilidades, para promover uma aprendizagem eficiente e eficaz, contribuindo para o exercício profissional futuro dos alunos, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da saúde integral do ser humano, conforme preconiza as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso Técnico em Enfermagem2. DESCRIÇÃO METODOLÓGICA: A pesquisa consistiu em um relato de experiência que descreve aspectos vivenciados pela autora, enfermeira e pedagoga, que atua como docente em uma escola de curso técnico de enfermagem. A problemática é abordada de forma qualitativa, evidenciando as nuances da prática educativa a partir da descrição e observação das atividades realizadas em sala de aula, apontando alguns elementos que surgem como desafios para o desenvolvimento das atividades educativas. RESULTADOS: A realidade do contexto de trabalho do professor relaciona-se a formação do mesmo para a prática e as estruturas organizacionais e sociais para o desenvolvimento do trabalho. Durante o exercício profissional surgem abundantes conflitos desde as questões profissionais as pessoais, que interferem na prática.3 Os motivos que levam a escolha pela docência inferem na condução da praxis, pois muitos enfermeiros destinam-se a esta prática por acharem mais fácil e que possibilita uma maior qualidade de vida, acreditam, portanto que não irão encontrar muitas dificuldades. A prática como docente em um curso de ensino médio de enfermagem suscitou a percepção dos inúmeros desafios que surgem com o exercício desta função, mesmo quando se têm um aporte teórico que dê sustentação para a escolha de metodologias pedagógicas conscientes e baseadas nas teorias da educação. Encontrar a metodologia ideal para tentar minimizar a dificuldade que muitos alunos têm para assimilar os conteúdos, decorrente as lacunas provenientes da formação escolar, é algo que causa um conflito muito grande para o professor, pois este deve pôr em prática não apenas os conhecimentos específicos da disciplina ministrada, mas ter conhecimento didático e pedagógico, para fazer do processo de aprendizagem algo que potencialize as habilidades e capacidades do educando. Além disso, grande parte dos alunos disponibilizam de tempo restrito para o estudo, muitas vezes trabalham durante o dia e estudam a noite, sendo o cansaço um grande desafio para eles e para o professor, que tem que dinamizar a prática, tornando a aula atrativa e significativa. Acontece também, que muitos não compreendem a necessidade de aprimorar a percepção critica e reflexiva sobre os conteúdos, pois acreditam que a formação técnica deve ser apenas a execução de procedimentos. Por isso, faz-se necessário que o professor detenha de saberes que possibilitem que a formação do profissional técnico de enfermagem, pautada em ações acadêmicas multi e interdiscilinares, com base humanista e ética, fomentando, assim, a criticidade para que se possa valorizar a articulação teórica e prática desses sujeitos, abarcando o estimulo a um raciocínio de que os conhecimentos adquiridos durante a formação educacional serão aplicadas na assistência ao paciente, e este deve ser visto em sua integralidade.4 O conhecimento das áreas especificas da educação contribuíram para conseguir lidar com as dificuldades postas durante o exercício docente, devido a formação em pedagogia, porém não impediu que esses desafios acontecessem, pois lidar com o processo educacional é algo peculiar, que sofre inferências de diversos contextos, tais quais o perfil de cada turma e o conteúdo a ser trabalhado. Alguns elementos pedagógicos como a prática do planejamento é algo que contribui para que os desafios sejam minimizados, este, portanto, não deve ser engessado, devendo ser elaborado de acordo com as características da turma, sendo necessário que o professor seja flexível e perceba a necessidade de adaptação da metodologia, para o andamento do processo de ensino e aprendizagem. Além disso, provocar o aluno a participar das aulas, para que as dúvidas sejam expostas e assim haja a possibilidade de esgotá-las é extremamente importante, visto que promove a interação professor-aluno, aluno-aluno, favorecendo a troca de saberes. Porém, exercer a docência de forma integral é compreender a educação como ciência que necessita de conhecimentos da própria educação. É importante que se tenha conhecimentos teóricos para fundamentar a prática, mas o exercício da docência é essencial para que se consiga balancear os saberes experienciais e teóricos. Lidar com alunos do curso técnico compreende ensinar procedimentos, valorizar os conhecimentos prévios de cada um, enxergar cada aluno em sua especificidade, mas principalmente fazêlos perceber que a execução de técnicas não pode acontecer sem que haja conhecimento cientifico do que se irá executar, não é o cuidar pelo cuidar, o cuidar deve ser sistematizado, além disso é necessário salientar a importância social que lhes cabe, e este é um grande desafio. CONCLUSÃO: As investigações referentes à docência no campo da saúde ainda são incipientes, porém é importante que se tenha um olhar atento para o aprimoramento do ensino em enfermagem, tanto para o ensino superior quanto para o ensino médio, considerando que a enfermagem é constituída por uma equipe, e esta deve ter um processo formativo de qualidade. Posto tais aspectos, pode-se refletir sobre a necessidade de saberes docentes concisos para o ensino em enfermagem, pois estes devem ser integrados e afim de desenvolver um processo de ensino e aprendizagem que leve em consideração os saberes amplos do docente e a capacidade de articulação do mesmo. O docente precisa compreender o processo de ensino e aprendizagem como algo que exige do professor profissionalização, que exige saberes pedagógicos, bem como o conhecimento de si mesmo, o desenvolvimento cognitivo e teórico que deve ser fomentado constantemente pela percepção de que o professor não nasce sabendo ser professor, ele precisa profissionalizar-se enquanto tal, sendo necessário, portanto, que desenvolva competências especificas da área da educação, para que associadas aos saberes específicos possam resultar em uma prática de qualidade e conseguir minimizar os desafios. Os conhecimentos teóricos não vão garantir a finitude dos desafios mas irão dar o alicerce para o enfrentamento dos mesmos. Descritores: ensino, enfermagem. Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no Ensino, Pesquisa e Extensão. REFERÊNCIAS BASTABLE, Susan B. O Enfermeiro como educador: princípios de ensino aprendizagem para a prática de enfermagem. 3ªed. Porto Alegre: Artmed, 2010. BRASIL. Leis e Decretos. Lei nº 9394/96. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Porto Alegre: CORAG. Assessoria de Publicações Técnicas. 6 ed. 2006. LINHARES, C.F.S. Trabalhadores sem trabalho e seus professores: um desafio para a formação docente. In: ALVES, N. (org.). Formação de professores: pensar e fazer. São Paulo: Cortez, 1993. Cap. 1, p. 9-36. PIMENTA, S. G. (Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortes, 1999. ISBN: 978-85-83-89-035-5 PAPEL DO ENFERMEIRO NA ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE DE AMINAS VASOATIVAS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Kamila da Silva Almeida, Taize Carneiro Matos e Deise Freitas Casaes. INTRODUÇÃO: A importância do profissional enfermeiro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é destacada desde o surgimento dessa unidade, com sua grande influência e contribuição através da enfermeira Florence Nightingale, primeira Enfermeira Intensivista, que preconizou a UTI.³ O papel assistencial do enfermeiro na UTI consiste em obter a história do paciente, realizar exame físico, executar procedimentos e intervenções relativas ao tratamento, avaliar as condições clínicas e orientar os pacientes para a continuidade do tratamento. O enfermeiro precisa ter e demonstrar autoconfiança na realização dos procedimentos a serem realizados e domínio no manejo das tecnologias utilizadas na unidade. ¹-5 O conhecimento técnico científico é fundamental para compreender os processos envolvidos no cuidar do paciente crítico, para assistência qualificada, utilizando dos recursos tecnológicos disponíveis de forma humanizada. Pois, a prestação do cuidado perpassa por uma diversidade de fatores e perspectivas individuais de cada ser humano, que tem sua história, na qual os fatores pessoais, sociais e culturais estão diretamente relacionados ao seu modo de ser. O enfermeiro, como parte integrante da equipe multidisciplinar deve ter amparo científico dos parâmetros hemodinâmicos, dos equipamentos, medicamentos utilizados e procedimentos de enfermagem ao paciente crítico. Obtendo habilidades para tomada de decisões rápidas, precisas, de forma humanizada, valorizando e apoiando os familiares. Desempenhando também a função administrativa, que integra o planejamento, organização da unidade e realização de atividades continuadas para a equipe.5 OBJETIVO: O presente artigo objetiva descrever o papel do enfermeiro na UTI, caracterizando as atividades assistenciais e gerenciais, correlacionando a humanização. METODOLOGIA: trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de uma abordagem qualitativa, modo descritivo. Os documentos usados para esta pesquisa foram coletados em fontes online Scielo e o Google Acadêmico. Considerando como critério de publicação a língua portuguesa e estar relacionado ao tema. Na busca, utilizaram-se descritores como: Enfermagem e UTI; Assistência de Enfermagem na UTI; Importância do Enfermeiro na UTI, sendo localizados 15 artigos dos quais 8 foram excluídos por não corresponder à finalidade da abordagem. Foram coletados no mês de agosto de 2014. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As UTIs foram criadas a partir da necessidade de atendimento do cliente cujo estado crítico exigia assistência e observação contínua de médicos e enfermeiros.5 Os enfermeiros são responsáveis pela gerência de unidades, atividade esta que consiste na previsão, provisão, manutenção, controle de recursos materiais e humanos para o funcionamento do serviço e, pela gerência do cuidado que abrange o diagnóstico, que possibilita descrever os problemas de enfermagem, o planejamento da assistência a execução e a avaliação das medidas assistenciais adotadas, passando pela delegação das atividades, bem como a supervisão e orientação da equipe de enfermagem. Pode-se dizer que esse profissional ocupa papel importante na assistência ao paciente de alta complexidade, configura-se como ponto de apoio para a equipe quer seja no que se refere à educação e preparo quer seja na coordenação do serviço de enfermagem.¹ Devido o estado crítico que os pacientes chegam a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no momento da admissão torna-se difícil o contato dos profissionais com os familiares, pois, é um momento que requer intervenção imediata, já que o paciente apresenta grande risco de instabilidade hemodinâmica. O que acaba deixando os familiares com uma imagem tecnicista dos profissionais e distantes do familiar. Sendo importante ressaltar que o paciente não se restringe aos processos fisiopatológicos que determinam o diagnóstico, mas também a complexidade de sua característica cultural e emocional.1-4 Quando o enfermeiro prioriza o cuidado no lugar da cura, ele não se torna escravo das tecnologias, ele buscar usufruir da tecnologia para aprimorar e fornecer um cuidado especializado que propicia maiores avanços para melhoria do quadro clinico do paciente. O enfermeiro necessita estar capacitado suficientemente, tanto para realizar a sistematização do processo de enfermagem, quanto gerenciar e organizar a equipe de enfermagem. As Atividades desenvolvidas pelos mesmos englobam um universo organizacional, que por sua vez não deve se tornar tecnicista.¹ A enfermagem participa dos cuidados gerais e específicos na UTI, que se relaciona o estado mental do paciente, oxigenação, sinais vitais, motilidade, deambulação, alimentação, cuidado corporal, eliminação, cuidados com a terapêutica medicamentosa, como uso continuo de drogas vasoativas, além de gerenciar a equipe e os recursos materiais. O dimensionamento da equipe de enfermagem, que muitas vezes não corresponde à demanda do trabalho, o que leva a possibilidade de erro nas atividades assistenciais e contribui para diminuição dos relacionamentos interpessoais da equipe.² A complexa assistência prestada pela equipe de enfermagem e a demanda de atividades realizadas pelos mesmos juntamente com a quantidade insuficientes de profissionais para prestação do cuidado, aumentam o risco de erros além de diminuir as relações interpessoais tanto entre a equipe quanto equipe e paciente, pois a monitorização continua da hemodinâmica do paciente, a quantidade de procedimentos a serem realizadas no decorrer dos plantões com o acréscimo das atividades gerenciais, acabam não permitindo a reflexão quanto à necessidade de afetividade no contato com o paciente, partindo desse princípio torna-se necessário ampliar a discussão entre as equipes de saúde para assim oportunizar estratégias que ampliem o cuidar.² CONSIDERAÇÕES FINAIS: Concluise, portanto que o enfermeiro desenvolve atividades tanto assistenciais quanto gerenciais dentro de uma UTI, que por sua vez é uma unidade complexa por conter pacientes em estado crítico, fazendo com que o profissional esteja sempre se atualizado principalmente por exercer atividades especificas dentro desta unidade, que implicam em conhecimento científico, agilidade, pensamento crítico e dedicação, para assim prestar atendimento condizente com reais necessidades de cada paciente. A enfermagem tem papel essencial na dinâmica do cuidado, pois assiste o paciente de forma contínua, ajudando na estabilização do mesmo, como também providenciando recursos materiais e humanos. Porém, com a evolução, e aperfeiçoamento tecnológico de equipamentos para monetarização e procedimentos específicos, o profissional acaba se tornando tecnicista, o que diminui sua relação com o paciente e distanciando um cuidado humanizado. Portanto se torna notório que além de obter conhecimento científico, faz-se necessário refletir quanto à importância do contato afetivo com os pacientes e familiares, refletindo dessa forma a própria atuação quanto profissional, valorizando a qualidade do cuidado de forma integral. Integrando competência clínica e recursos tecnológicos como ferramenta importante para auxiliar na assistência e buscando estratégias que viabilizem a humanização como parte indissociável do processo do cuidar. CONTRIBUIÇÃO PARA ENFERMAGEM: Elucida os cuidados de Enfermagem, bem como denota a sua importância para dinâmica no UTI, buscando demonstrar dessa maneira a necessidade do conhecimento técnico científico para prestar uma assistência qualificada. Com intuito de incentivar o profissional de Enfermagem buscar cada vez mais se qualificar não se esquecendo da importância da humanização na assistência. Descritores: Cuidados de Enfermagem; Unidade de Terapia Intensiva; Humanização da Assistência. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS 1. CHAVES, Lucieli Dias Pedreschi; LAUS, Ana Maria; CAMELO, Sílvia Henriques; Ações gerenciais e assistenciais do enfermeiro em unidade de terapia intensiva; Rev. Eletr. Enf. 2012 jul/set; 14(3); 671-8; 2012; 2. INOUE, Kelly Cristina; MATSUDA, Laura Misue; Dimensionamento da equipe de enfermagem da UTI-adulto de um hospital ensino. Rer. Eletr de Enf. Goiás, 2009. 3. MENDES, Tarcísio Nélio Cunha; UTI – Passado, Presente e Futuro; Centro de Estudos Superiores de Itapecuru-mirim CESIM; Universidade Estadual do Maranhão; 2010. 4. SILVEIRA, R.S;LUNARDI, V. L; FILHO, W. D. L;OLIVEIRA, A. M. N; Uma tentativa de humanizar a relação da equipe de Enfermagem com a família de pacientes internados na uti; Florianópolis, 2005. 5. VARGAS, D; BRAGA, A. L; O Enfermeiro de Unidade de Tratamento Intensivo: Refletindo sobre seu Papel; Artigo elaborado a partir da monografia intitulada “O papel do enfermeiro em Unidade de Terapia Intensiva”, São Paulo, 2010. ISBN: 978-85-83-89-035-5 AÇÕES E PRÁTICAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AOS ACIDENTES OFÍDICOS Ana Gisely da Silva Carneiro e Anderson Reis de Sousa. INTRODUÇÃO: Os acidentes ofídicos representam um sério problema de saúde pública nos países tropicais pela frequência com que ocorrem e pela morbimortalidade que ocasionam. Acidentes por animais peçonhentos, é ocasionado do envenenamento causado pela inoculação de toxinas, através das presas de serpentes (aparelho inoculador), podendo determinar alterações locais (na região da picada) e sistêmicas.1 No Brasil, quatro tipos de acidente são considerados de interesse em saúde: botrópico, crotálico, laquético e elapídico. Acidentes por serpentes não peçonhentas são relativamente frequentes, porém não determinam acidentes graves, na maioria dos casos, e, por isso, são considerados de menor importância. É importante relatar que representam um importante, embora negligenciado, problema de saúde pública no Brasil. A maioria destes acidentes ocorre com trabalhadores rurais do sexo masculino com idade entre 15 a 49 anos e os membros inferiores são os mais atingidos. As serpentes não apresentam interesse em picar uma pessoa e, quando fazem isso, é para se defenderem. E no Brasil nenhuma espécie peçonhenta vem intencionalmente até uma pessoa para picá-la, são as pessoas que não percebem a presença da cobra e se aproximam dela. Por isso, toda atenção é recomendada quando estamos nos habitats desses animais. Os acidentes ofídicos têm importância médica em virtude de sua grande frequência e gravidade. A padronização atualizada de condutas de diagnóstico e tratamento dos acidentados é imprescindível, pois as equipes de saúde, com frequência considerável, não recebem informações desta natureza durante os cursos de graduação ou no decorrer da atividade profissional.2 OBJETIVO: Refletir sobre as ações e práticas da equipe de Enfermagem frente aos acidentes ofídicos. METODOLOGIA: Trata-se de uma reflexão acerca da problemática em questão que emergiu das discussões realizadas em sala de aula no Curso de graduação em Enfermagem da Faculdade Nobre de Feira de Santana, Bahia, aonde foram abordados aspectos importantes de ofidismo tais como anatomia; epidemiologia, prevenção ao acidente ofídico; características e importância dos acidentes ofídicos; primeiros socorros; procedimentos diante de acidentes com serpentes e tratamento com anti-venenos, e principalmente cuidados de enfermagem com pacientes vítimas de picada de cobras. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após a apresentação, a maioria dos ouvintes soube descreve corretamente os problemas ocasionados por esse tipo de procedimentos e os resultados de seus agravantes, identificação do mecanismo de ação por tipo, e cuidados de enfermagem específicos. Pode-se refletir que o objetivo foi atingido, em sensibilizar a plateia quanto a importância dos acidentes ofídicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora o ofidismo apresente índices elevados para as condições de promoção e prevenção da saúde pública, o Brasil demonstra na área técnico funcional, que ações premeditadas e desenvolvimento de substâncias de combate ao envenenamento uma grande ascensão nas políticas públicas de saúde. As etapas caracterizadas do envenenamento, denominado como manifestações clínicas são claras e bem definidas, no entanto manifestações sistêmicas como a análise deste estudo mostra-se insuficientemente definido, acumulando hipóteses e patogenicidade provável. O estudo epidemiológico expõe de forma concisa as ocorrências dos acidentes específicos por animais desta e demais espécies, porém há uma grande lacuna entre os sistemas de notificação da vigilância epidemiológica e fidelidade da coleta de dados realizada pelo profissional da saúde. Em decorrência disto não somente o sistema de informação seja prejudicado, mas a necessidade de tratamentos prolongados e afastamento da vítima de suas atividades normais e possivelmente de subsistência. Entende-se portanto, que os profissionais de saúde devem realizar cada vez mais ações que atraiam a população masculina para os serviços de saúde, fazendo desta forma que estes se tornem parte integrante dos programas de saúde, atendendo a suas singularidades e vulnerabilidades específicas. CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM: O enfermeiro deve possuir preparo técnico científico para proporcionar um atendimento imediato adequado, manter atenção quanto as possíveis reações da ação do veneno e terapia antivenoso, proporcionar suporte emocional junto às medidas terapêuticas necessárias, o que é relevante para obtenção de êxito no atendimento, orientar a vítima sobre o acidente e tratamento oferecendo-lhe segurança e planejar assistência de enfermagem individualizada de acordo com as necessidades humanas básicas afetadas. Descritores: Assistência de enfermagem, ofidismo, prevenção. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem o cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS: 1. FUNASA (Ministério da Saúde - Fundação Nacional d Saúde). Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos. 2 ed. Brasília.2001 2. BRASIL Ministério da Saúde. Ofidismo: Análise Epidemiológica. Brasília,1991. 3. BRASIL, Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 7 ed. Brasília, 2010. ISBN: 978-85-83-89-035-5 MEDIDAS PREVENTIVAS PARA O TRAUMA CRÂNIO-ENCEFÁLICO: ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM Lídice Lílian Santos Miranda, Jobemara Silva Nunes, Natália PedreiraVinhas, Ana Luíza Andrada Melo e Sebastião Edmilson Teixeira Oliveira. INTRODUÇÃO: Traumatismo envolvendo o sistema nervoso central pode acarretar risco de vida para o paciente. Ainda que não ocasionem esse risco de vida, as lesões do cérebro e da medula espinhal podem acarretar graves disfunções físicas e psicológicas e alterar completamente a vida do indivíduo. Os traumas neurológicos refletem no paciente, na sua família, no sistema de cuidados de saúde e na sociedade como um todo graves sequelas, além dos custos do cuidado agudo e crônico das vítimas¹. O trauma é classificado como doença, atingindo várias faixas etárias, assim como classes econômicas e raças. O indicador que representa as consequências do trauma é o “Anos Potenciais de Vida Perdidos” (APVP), o qual relaciona-se com a perda de vidas produtivas, as quais podem ocasionar redução de qualidade de vida, custos econômicos e sobrecarga da previdência Social.² A questão econômica que envolve os problemas originados pelo trauma é atualmente uma das mais dispendiosas para o sistema público de saúde no Brasil. Tendo como origem multifatores dentre os quais, aspectos sazonais, epidemiológicos, geográficos, econômicos e sociais. Para enfrentar esta problemática é imprescindível que haja uma estruturação do Estado, dos profissionais inseridos nas ações preventivas, promocionais e assistenciais, além da sociedade. Atualmente passou a ser tema de debates, por ser um dos problemas de saúde pública, devido ao seu alto potencial de morbidade e mortalidade, afetando diretamente a faixa etária ativa da população.³ O principal trauma e o que causa mais vítimas é o trauma crânio-encefálico (TCE), conceituado como qualquer agressão que ocasione lesão anatômica ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo e, estando classificado por sua intensidade, em grave, moderado e leve. Sendo um processo dinâmico, já que as consequências patológicas podem continuar e evoluir com o tempo. Após resolução das urgências clínicas e neurológicas que ocorrem nas fases iniciais do atendimento a pessoas que sofreram TCE, inicia-se um longo processo de recuperação que tem características peculiares e que pode esbarrar com complicações muitas vezes inevitáveis relacionadas ao traumatismo. 5 Com o passar dos tempos e as mudanças tecnológicas contribuindo com a evolução da humanidade, o TCE, desde a década de 1682 é relacionado como fator de óbito, tendo um aumento com o passar dos anos e ocasionando os elevados índices de morbidade e mortalidade. Onde suas vítimas são em sua maioria acometidas através de acidentes automobilísticos, motociclísticos, ciclísticos, atropelo, arma de fogo, além de outros com menos frequência.¹ A realidade alarmante do incidência de trauma crânio encefálico atrai muitos profissionais interessados em cuidar dos pacientes acometidos, sempre buscando aprimorar conhecimentos para uma melhor abordagem e atendimento. Porém, a prevenção é um dos fatores mais importantes nesse quadro e que não é enfatizado pela maioria dos profissionais da equipe de enfermagem, contribuindo para o aumento das estatísticas. 5 OBJETIVO: Refletir sobre a atuação da equipe de Enfermagem frente à prevenção do TCE. DESCRIÇÃO METODOLÓGICA: Trata-se de uma pesquisa pautada em revisão de literatura, realizada em livros e as bases de dados: Scielo, Bireme e Lilacs, utilizando os descritores: Enfermagem, Trauma Crânioencefálico e Prevenção, publicados de 2004 à 2013. Foram encontrados onze artigos e selecionados quatro. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O TCE e as diversas consequências que ele desencadeia é um problema de saúde presente em todo o mundo, enquadrando-se também os países desenvolvidos, possuindo apenas variabilidade de causas, faixa etária e quantidade. Os SME (Serviços Médicos de Emergência) desenvolveu uma Agenda SEM for the future, onde a prevenção se enquadra nos 14 atributos que deverão ser realizados em prol da otimização da saúde pública, tanto para comunidade quanto para os gastos econômicos oriundos do trauma e suas consequências. A visão da prevenção na saúde trata-se de ações compiladas em prol de medidas preventivas de doenças e agravos. Assim, entende-se que doença está inserida em qualquer agravo à saúde, nesse contexto insere-se o trauma. A prevenção do trauma tem como pioneiro o Dr. William J. Haddon Jr., o qual em 1960 conceituou através da criação da Matriz de Haddon, a qual demonstra por gráficos as possibilidades de ocorrências do trauma, além de contribuir com o planejamento de estratégias preventivas, desmistificando a relação do trauma com má sorte ou destino. A assistência de enfermagem possui através de muitas teorias e conceitos, seus princípios formalizados. Onde o ser humano deve ser visto como integrante de uma família, de uma sociedade, reconhecendo sua realidade, pois estas questões irão incidir sobre as condições biológicas e psicológicas. O profissional deve inserir-se no contexto do indivíduo para elaborar uma intervenção planejada e efetiva, onde haverá uma menor resistência. Buscando com isso, ações preventivas, de restabelecimento e manutenção da própria saúde. A inserção da equipe de enfermagem no contexto preventivo do trauma visa combater esse problema de base comunitária na sua essência, que é a própria comunidade. A equipe de enfermagem juntamente com uma equipe multidisciplinar deve adequar-se à realidade encontrada na unidade, tanto na prevenção de novos casos quanto na repetição de trauma em vítimas que já foram acometidas. Para isso, primeiro organiza-se uma observação de levantamento de dados, identifica-se os grupos de maior risco, planeja-se as intervenções e implementa-as. Mesmo que as ações sejam gradativas e sem grande expansibilidade, o contexto gerado servirá tanto para contribuir com a comunidade participante quanto de exemplo para realização em outras áreas. Promovendo a manutenção da saúde, privilegiando uma ação interprofissional, para que os objetivos advindos do planejamento sejam efetivados com eficácia. Assim a fundamentação do trabalho da equipe de enfermagem frente ao processo de enfrentamento do TCE deve ser pautada em bases científicas, epidemiológicas e sociais5. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A saúde pública visualiza o TCE como uma epidemia negligenciada, porque apesar das ações de sucesso em outras áreas de atuação o processo de prevenção não é visto como prioridade, levando para uma contribuição no aumento da morbidade e mortalidade humana. A transformação dos índices de acometimentos de pessoas pelo trauma só mudará quando houver uma ativação profissional em busca da prevenção. Para que haja um adequado planejamento para ações efetivas, devem-se estruturas e enriquecer as bases epidemiológicas, que atualmente no Brasil encontram-se deficientes. A equipe de enfermagem, em seu espaço de trabalho, deve buscar promover atividades preventivas, visando também ações de proteção e reabilitação para às vítimas do TCE. Baseando-se em uma visão holística do paciente, englobando-o no processo de promoção da saúde sob a percepção da realidade encontrada na comunidade. Além de buscar a integração das esferas do sistema de saúde pública, para uma melhor resolubilidade dos serviços prestados, em prol da prevenção e diminuição dos índices dessa problemática5. Descritores: Assistência de Enfermagem. Atendimento emergencial. Trauma. Eixo Temático: Novas perspectivas do trabalho em Enfermagem no Ensino, Pesquisa e Extensão. REFERÊNCIAS 1. SMELTZER, S. C.et al. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem MédicoCirúrgica. 11 ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2009. 2. LEITÃO. Fernando Bueno Pereira et al. Prevenção e Atendimento Inicial do Trauma e Doenças Cardiovasculares: um Programa de Ensino. Revista Brasileira de Educação Médica. 419 32 (4) : 419–423; 2008. 3. GAUDÊNCIO, Talita Guerra & LEÃO, Gustavo de Moura. A Epidemiologia do Traumatismo Crânio- Encefálico: Um Levantamento Bibliográfico no Brasil. Revista Neurociência. 21(3):427-434, 2013. 4. CANOVA, J. C. M. et al. Traumatismo cranioencefálico de pacientes vítimas de acidentes de motocicletas. Arq. Ciência Saúde. São Paulo, v. 17, n.1.p. 914, jan/mar. 2010. 5. NAEMT. Atendimento Pré-Hospitalar ao Politraumatizado. Brasil: Editora Elsevier, v. 7, p. 11-29, 2012. GOMES, Romeu. ISBN: 978-85-83-89-035-5 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AO PACIENTE COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO: REVISÃO DE LITERATURA Elenildes Santos Carneiro Brit0, Juliana Magalhães dos Santos e Deise Freitas Casaes. INTRODUÇÃO: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacitação no mundo. Nos Estados Unidos 500 mil pessoas sofrem um AVC a cada ano, dessas, 150 mil morrem anualmente, muitas dessas pessoas ficarão com sequela neurológica por vezes irreversível, tornando-se um problema de saúde publica, pois os custos e tratamentos para estes pacientes são elevados. 1 No Brasil, a saúde tem um perfil epidemiológico que se destaca pelas doenças cerebrovasculares com crescentes números de pessoas com deficiência gerando um impacto em todos os aspectos da vida. Os fatores de risco para AVC incluem hipertensão arterial, fibrilação atrial, hiperliperdemia, obesidade, tabagismo e diabetes. Assim, as pesquisas no âmbito das doenças cérebro vasculares tornam-se fundamentais para alicerçar o enfermeiro no cotidiano da sua prática, fornecendo subsídios para auxiliar no entendimento das relações envolvidas no processo de adoecimento, inerente ao paciente e à família. O AVC é uma doença silenciosa, pois ela aparece como a principal causa invalidez e morte e tem como consequência importante a incapacidade motora. OBJETIVO: identificar os fatores de risco do Acidente Vascular Cerebral isquêmico bem como a assistência e conduta de enfermagem diante de um paciente com este tipo de doença, enfatizando para a qualidade dessa assistência a identificação rápida dos sinais e sintomas encaminhando a pessoa imediatamente para um hospital de referência especializado. Espera-se que este artigo possa contribuir para os profissionais em enfermagem no âmbito da prevenção da patologia falada, dos cuidados de enfermagem, bem como a educação dos familiares do paciente que sofreu um AVC e em especial o papel fundamental do enfermeiro para efetuar as intervenções. METODOLOGIA: Esse trabalho foi fundamental através das pesquisas já existentes que tratam da temática em questão, baseado na pesquisa bibliográfica foi realizado uma revisão de literatura, enfatizando assim, a concepção de diversos autores, para tanto, foram utilizados livros e trabalhos científicos da área de saúde como: artigos, teses, resenhas e ensaios. A coleta de dados foi feita através dos artigos científicos sobre a temática, foram acessados nas bases de dados Scielo, Portal da Capes, Google Acadêmico, publicados nos últimos anos (2008 a 2014). Utilizamos 21 artigos nacionais, disponíveis online em texto completo com os seguintes descritores: Acidente Vascular Cerebral, assistência de enfermagem, consequências. Para a seleção das fontes considerou-se como critério de inclusão as bibliografias que abordassem o Acidente Vascular Cerebral e consequentemente a temática desenvolvida, foram excluídas aquelas que não atenderam a temática para construção da pesquisa RESULTADOS E DISCUSSÃO: Este estudo mostra a importância de um diagnóstico preciso e de cuidados adequados para o paciente vítima do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCi). Ressalta-se que durante a permanência do paciente no âmbito hospitalar, a equipe de profissionais, principalmente a enfermagem devem manter contato com os familiares deste paciente, sinalizando os principais cuidados que deverão ser prestados em domicílio, para que assim o mesmo venha a obter melhoras no período de recuperação e mantendo uma qualidade de vida satisfatória.2,3 Lembrando que a depender das sequelas o paciente necessitara de cuidados mais precisos e de uma atenção mais redobrada, impedindo o aparecimento de novas complicações a este paciente. CONCLUSÃO: Todo déficit neurológico agudo deve ser visto como um AVC até prova em contrário. Da mesma maneira que há urgência na abordagem de um infarto do miocárdio, é essencial todo sistema de saúde tratar o AVC com a mesma urgência e prioridade. O suporte clínico é essencial no manejo do AVC: priorizar vias aéreas e circulação. Se houver necessidade, não hesitar em proceder à intubação orotraqueal. Da mesma forma evitar aspiração, tratar hipoglicemia ou hiperglicemia, corrigir hipoxemia, evitar hipertermia, hiponatremia e etc. Quanto mais precoce e eficazmente as medidas são tomadas, maiores as chances de “salvar o cérebro”.4A enfermagem tem um papel importante no que diz respeito á assistência ao paciente neurológico, pois permanece atenta ao paciente durante todo o processo de tratamento e reabilitação, prevenindo ou detectando precocemente as complicações. A aplicação da escala de coma de Glasgow se torna um instrumento importante, visto que alterações como aumento da pressão intracraniana ou aumento de hemorragia podem se apresentar através das alterações do diâmetro das pupilas. A resposta à estimulação dolorosa também se faz importante, visto que através dela podemos avaliar o nível de coma ou sedação do paciente. O Acidente Vascular Cerebral é uma emergência médica, é possível reduzir o déficit neurológico na fase aguda e prevenir eficazmente a ocorrência de novos eventos vasculares. O papel do enfermeiro nesse aspecto é crucial, pois a pronta estabilização do doente e o início precoce da investigação etiológica são determinantes no prognóstico final. Descritores: Acidente Vascular Cerebral, Assistência de enfermagem, Consequências. Eixos temáticos: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida REFERÊNCIAS 5. BRASIL. Linha de Cuidados em Acidente Vascular Cerebral na Rede de Atenção à Urgências e Emergências. 2010. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/linha_cuidado_avc_rede_urg_e mer.pdf>. Acesso em 12 Agostos 2013. 6. CABETTE, S.R. et al. Rotinas no AVC pré-hospitalar e hospitalar. Ministério da Saúde 2010. Disponível em: <http://pwweb2.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/redebrasilavc/usu_doc/rotinas _no_avc_rbavc_outubro_2010.pdf>. Acesso em 12 Agostos 2013. 7. CINTRA, E. A. et al.. Assistência de enfermagem ao paciente gravemente enfermo. São Paulo: Editora Atheneu, 200r. Acesso em 12 Agostos 2013. 8. GUYTON, A.C.. Fisiologia Humana. Rio de Janeiro - RJ: Guanabara Koogan, 2008. 6 ed. Acesso em 12 Agosto 2013. 9. MARTINS, H.S. et al. Emergências Clínicas – Abordagem Prática. 6 ed.: Barueri – SP. Manole, 2011. Acesso em 12 Agostos 2013. ISBN: 978-85-83-89-035-5 OCORRÊNCIA DE ACIDENTES NA INFÂNCIA E A IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO Juliana Magalhães dos Santos, Elenildes Santos Carneiro Brito e Michelle Teixeira Oliveira. INTRODUÇÃO: Os acidentes na infância e adolescência constituem atualmente um dos principais problemas de saúde pública no Brasil. Além disso, esses acidentes causam um sofrimento muito grande às famílias e um custo econômico muito alto ao sistema de saúde, principalmente nos casos em que deixam sequelas e invalidez na criança Os acidentes estão entre as principais causas de morte durante o período da lactação, especialmente nas crianças entre 06 e 12 meses de vida.1 OBJETIVO: A finalidade deste trabalho foi identificar as principais causas e fatores de risco dos acidentes envolvendo crianças no ambiente domiciliar, visto que existem medidas preventivas com intuito de fornecer subsídios para uma abordagem educativa necessária à prevenção e promoção, de acordo com o grau de desenvolvimento da criança. METODOLOGIA: Esse trabalho foi fundamentado através das pesquisas já existentes que tratam da temática em questão, baseado na pesquisa bibliográfica foi realizado uma revisão de literatura, enfatizando assim, a concepção de diversos autores, para tanto, foram utilizados livros e trabalhos científicos da área de saúde como: artigos, teses, resenhas e ensaios. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os acidentes têm relação com uma rede ampla de fatores, tais como as condições ambientais, físicas, culturais e sociais da família: o estilo de vida dos pais, condições de vida e trabalho, urbanização, marginalidade, desemprego, desigualdade social, superpopulação, miséria, educação, estresse, condições impróprias de moradia, vigilância insuficiente, entre outros. Verifica-se que os acidentes têm contribuído significativamente para elevar a taxa de morbi-mortalidade infantil, pois, além de estarem intimamente relacionados com a própria fase da infância.2 No Brasil, cerca de 6 mil crianças morrem vítimas de acidentes domésticos. Deste total, somente 140 mil são hospitalizadas. Entre 01 e 14 anos, os acidentes representam a principal razão de morte em nosso país, tendo como fonte os dados do IBGE e o Ministério da Saúde. 3,4 CONCLUSÃO: A prevenção de acidentes requer proteção e educação. Discutir com os pais e fornecer orientações sobre os maiores riscos de acordo com a idade da criança são o melhor caminho. Os acidentes não podem ser entendidos como obras do acaso e sim, como eventos resultantes da soma de diferentes fatores previsíveis e passíveis de prevenção. A prática de medidas de prevenção ensina segurança à criança, o que se aplica aos pais e seus filhos, bem como às enfermeiras e seus clientes. Descritores: Infância; Acidentes Domésticos, Prevenção. Eixos temáticos: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS 1. Varella. Dráuzio. Corpo humano Afogamento. http://drauziovarella.com.br/crianca2/afogamento. Acessado no dia 13/03/2013http://www.perfil.com.pt/equal/cp/pro05/15pro05.htm. 2. SZPILMAN David Afogamento na infância: epidemiologia, tratamento e prevenção. http://www.spsp.org.br/Revista_RPP/23-27.pdF. Acessado no dia 13/03/2013 3. UNICEF. Instituto nacional de saúde. As Crianças e as quedas. http://www.who.int/violence_injury_prevention/child/injury/world_report/Falls_portuguese. pdf. Acessado no dia 13/03/2013. 4. Malu Echeverria. http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI7509116889,00.htm. Prevenção de acidente. Pronto-socorro online. Acessado no dia 13/03/2013 5. MINISTÉRIO DA SAÚDE; Sociedade Brasileira de Pediatria; Criança Segura; Victor Nudelman, pediatra do Hospital Israelita Albert Einsteinhttp://revistacrescer. globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI75091-16889,00.htm. Acessado no dia 13/03/2013. ISBN: 978-85-83-89-035-5 FATORES QUE CARATERIZAM O MIELOMA MÚLTIPLO: UMA REVISÃO DE LITERATURA Elenildes Santos Carneiro Brito, Vanessa Gonçalves Figueiredo dos Santos e Ana Margarete Cordeiro da Silva Maia. INTRODUÇÃO: O Mieloma múltiplo (MM) é caracterizado por uma neoplasia maligna progressiva e incurável de caráter hematológico da medula óssea, e sua principal alteração surge nas células plasmáticas desencadeando uma proliferação descontrolada. ¹O Mieloma Múltiplo corresponde 1% de todas as neoplasias maligna sendo a segunda neoplasia sanguínea mais vista no mundo, acometendo principalmente pessoas idosas, com idade média ao diagnóstico de 65 anos, com prevalência em pessoas negras. Segundo Klaus, Carvalho e Baldessar (2009), a grande incidência do MM nos últimos anos relaciona-se com uma série de fatores genéticos, radiação, benzeno, exposição crônica á agentes poluentes, doenças inflamatórias crônicas, terapia imunossupressora e doença autoimune parecem desencadear a doença.² OBJETIVO: A finalidadedesse trabalho é mostrar a importância de descobrir o câncer em seu estágio inicial, e mediante o diagnostico detectar os diferentes tipos do MM para assim viabilizar o tratamento METODOLOGIA: Tratase de uma pesquisa qualitativa, do tipo revisão de literatura, de caráter exploratório. Os descritores utilizados para compor a amostra foram: Mieloma Múltiplo, diagnóstico e tratamento. Como critério de inclusão utilizou-se os artigos escritos em português e publicações dos últimos dez anos nas bases de dados do PubMed, Med-line, Lilacs,e Scielo. Para seleção das fontes considerou-se como critério de inclusão as bibliografias que abordassem o MM, ser escrito em português, nos últimos 07 (sete) anos 2007 a 2013 e que atendam aos objetivos da pesquisa e foram excluídas aquelas que não atenderam a temática para construção da pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO. O Mieloma Múltiplo é uma doença que quando descoberta, o tratamento deve ser iniciado imediatamente em pacientes que apresentem sintomas, dessa forma diminuiria os efeitos da agressão da neoplasia no organismo, possibilitando assim uma qualidade de vida a esses pacientes. Existem alguns tratamentos para o MM, mas nenhum vai fazer a doença desaparecer para sempre, isto quer dizer que não existe cura para esta doença. Mas existem algumas terapêuticas que através do diagnóstico e orientações médicas permitem controlar o avanço da doença, fazendo regredir e ficar estável.³ O tipo de tratamento depende de vários fatores como a idade do paciente, os mais jovens e com estado de saúde poderão fazer terapêuticas mais agressivas, enquanto doentes mais velhos e com outras patologias torna-se difícil, pois devido as respostas imunológicas ser sensível a tratamentos mais fortes como, por exemplo, a quimioterapia que consiste na administração de medicamentos que tem a capacidade de destruir os plasmócitos melhorando os sintomas como a anemia e as dores ósseas. O prognóstico da doença é determinado pela taxa de crescimento da proteína monoclonal e da produção de citocinas que danificam as células do paciente, por isso faz-se o acompanhamento através de exames laboratoriais, mesmo quando o paciente está submetido ao tratamento, com a finalidade de observar o estadiamento do MM. CONCLUSÃO. O Mieloma Múltiplo é um tipo de câncer raro, com distribuição mundial e cada ano aparece novos casos de pessoas diagnosticadas em estágios avançados da doença. Estudos revelam que um diagnóstico tardio é um risco para o paciente, pois reduz as chances na qualidade e sobrevida desses pacientes. Mieloma Múltiplo é uma doença silenciosa que muitas vezes surpreende a pessoa sem dar sinais da doença, por ser um tipo de câncer agressivo, que compromete os órgãos vitais, o tratamento deve ser o mais rapidamente possível, pois com isso o paciente poderá ter alguns meses a vários anos dependendo da idade, imunidade e da terapêutica escolhida.Por outro lado, quando diagnosticado no inicio o indivíduo poderá diminuir as complicações da doença: como fraqueza, perda de peso e destruição óssea. Através dos tratamentos disponíveis, os portadores dessa doença podem aumenta a chance de ter uma qualidade de vida, mesmo sendo uma doença incurável. É importante atentar para o reconhecimento das manifestações clinicas no atendimento ao paciente, pois dessa forma o mesmo poderá fazer um tratamento adequado no estágio inicial onde as chances de resposta ao tratamento são maiores devido à instabilidade emocional do paciente, com isso diminui os números de internações e mortalidade. Descritores: Mieloma Múltiplo; Diagnóstico; Tratamento. Eixos temáticos: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida REFERÊNCIAS 1 SUCRO, Lívia Von; SILVA, Jeferson Cardoso de Moraes Luiz da; GEHLEN, Guilherme Weschenfelder; ELDIN, Jean Fernando Sary; AMARAL, Gennaro Antonucci; SANTANA, Marcio Antônio Portugal. Mieloma múltiplo: diagnóstico e tratamento. Rev Med Minas Gerais. 2009; 19(1): 58-62.[Citado em 30 de setembro de 2013]. Disponível em<http://rmmg.medicina.ufmg.br/index.php/rmmg/article/viewFile/85/51>. Acessado em 23 de setembro de 2011. 2 KLAUS,Daniele Gehlen;CARVALHO, Diélly, Cunha; BALDESSAR,Maria, Zélia. Caso clássico de Mieloma múltiplo: uma revisão. Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 38, no. 4, de 2009. [Citado em 30 de setembro de 2013]. Disponível em <www.acm.org.br/revista/scripts/pdf.php>. Acessado em 22 de outubro de 2011. 3 SILVA, Roberta O. de Paula et al. Mieloma múltiplo: verificação do conhecimento da doença em médicos que atuam na atenção primária à saúde.Rev. Bras. Hematol. Hemoter. [online]. 2008, vol.30, n.6, pp 437-444. ISSN 1516-8484. [Citado em 28 de setembro de 2013]. Disponível em<ftp://ftp.medicina.ufmg.br/.../2007_mestrado_RobertaOliveiraPaulaSi>. Acessado em: 24 de outubro de 2011. 4 PEREIRA, Ana Marques. Mieloma Múltiplo. Livro Informativo para Doentes 2ª edição atualizada. 2009. [Citado em 28 de setembro de 2013]. Disponível em <http://www.pop.eu.com/uploads/files/publico/ferramentas/mieloma_multiplo.pdf> Acessado em: 15 de outubro de 2011. 5 HUNGRIA, Vania T. M.; MAIOLINO, Ângelo. Mieloma Múltiplo: progressos e desafios. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. [online]. 2007, vol.29, n.1, pp. 1-2. ISSN 1516-8484. [Citado em 30 de setembro de 2013]Disponível em<http://www.cibersaude.com.br/include/mieloma.pdf>. Acessado em: 14 de outubro de 2012. ISBN: 978-85-83-89-035-5 MANEJO EM TERAPIA INTENSIVA DO DOENTE COM NET - NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA Juliana Magalhães Dos Santos, Deise Freitas Casaes e Elenildes Santos Carneiro Brito. INTRODUÇÃO:A paciente A.S.J. 64 anos, sexo feminino, HAS, DM II, IRC não dialítica, Dislipidêmica, histórico de RM (3meses), apresentou internamento prolongado após cirurgia, devido complicações clínicas e com ferida operatória. Retorna após alta hospitalar em regular estado geral e péssimo estado nutricional. Readmitida na Unidade de Terapia Intensiva com quadro de Descamação total tipo Eritema Multiforme, com relato de uso de Quinolona (Ciprofloxacina) em internação anterior. A síndrome de Stevens Johnson (SSJ) e a Necrólise Epidérmica Tóxica (NET) são reações cutâneas graves, com potencial para morbidade e mortalidade elevadas acometendo a pele e a membrana mucosa, caracterizada por exantema eritematoso disseminado, com acometimento centrífugo, lesões em alvo, acometimento de mucosa oral, ocular e genital. Lesões difusas de pele e mucosa, acompanhadas por distúrbios sistêmicos, são aspectos clínicos comuns à síndrome de Stevens-Johnson (SSJ), à necrólise epidérmica tóxica (TEN) e à síndrome do choque tóxico (SCT), sendo a Necrólise Epidérmica Tóxica menos reconhecida¹. Apresenta aspecto bolhoso superficial, por vezes assemelhado ao obtido por queimadura solar, enquanto as mucosas são pouco afetadas. As causas são as mesmas da SSJ- Síndrome de Stevens Johnson: infecções e drogas. A sobreposição clínica com a SSJ é reconhecida, o que oferece dificuldade diagnóstica². OBJETIVO: Descrever o caso de uma paciente com Necrólise Epidérmica Tóxica internada na UTI de um Hospital Cardiológico no interior da Bahia. METODOLOGIA: Esse trabalho foifundamentado através das pesquisas já existentes que tratam da temática em questão, baseado na pesquisa bibliográfica foi realizado uma revisão de literatura, enfatizando assim, a concepção de diversos autores, para tanto, foram utilizados livros e trabalhos científicos da área de saúde como: artigos, teses, sendo que o levantamento bibliográfico foi realizado na base de dados dos Scielo e Lilacs. RESULTADOS: Por meio do estudo de caso apresentado ficou comprovado a necessidade de uma equipe multiprofissional para o paciente em questão, pois como foi mostrado anteriormente a complexidade do caso e o difícil diagnostico exige uma equipe de profissionais qualificados e atentos.A paciente foi acometida por uma descamação de pele, a qual os médicos suspeitaram da síndrome de Stevens Johnson, mas depois foi diagnosticada com NET – Necrólise Epidérmica Tóxica. Essa patologia surge geralmente como resposta à administração de determinados fármacos,sendo responsável por cerca de 1% de todos os internamentos hospitalares por reações medicamentosas³. O tratamento dos pacientes com SSJ e NET é similar ao daqueles com queimaduras extensas, com raras exceções. Todos os pacientes devem ser submetidos à biópsia cutânea para confirmação diagnóstica. O paciente deve ser observado em UTI, isolamento e ambiente aquecido, evitando-se ao máximo o trauma cutâneo. O tratamento deve ser realizado com a suspensão de qualquer droga não essencial à vida e início de reposição de fluídos via endovenosa, principalmente se houver lesão de mucosa oral que impeça a ingestão de líquidos. Isolamento e alimentação via sonda nasogástrica devem ser instituídos, pois o paciente apresenta perda calórica e protéica.4 CONCLUSÃO: Não há nenhum teste de laboratório que estabeleça qual fármaco causou o eritema, sendo então o diagnóstico empírico. Os testes de provocação não são indicados considerando que a exposição ao agente pode desencadear novo episódio grave de SSJ/NET.No dia 14 de junho a paciente foi avaliada pelo infectologista, o qual suspendeu o Tazocin 2,25 mg IV e solicitou avaliação com dermatologista. A paciente veio a óbito poucos dias depois de receber alta da UTI. Descritores: Unidade de Terapia Intensiva; Cuidados Paliativos; Cuidados de Enfermagem. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS: 1. REZENDE, Lílian Rodrigues do Carmo, PENA, Felipe Montes, SUETH, Daniela Mendonça, BERTO, Diogo Novas, GUSMÃO, Chayra Barbosa. Necrólise epidérmica tóxica: relato de caso. Pediatria (São Paulo) 2006; 28(3): 199-203. 2. BULISANI, Ana Carolina Pedigoni; SANCHES, Giselle Domingues; GUIMARÃES, Helio Penna GUIMARÃES; LOPES, Renato Delascio; VENDRAME, Letícia Sandre; LOPES, Antônio Carlos. Síndrome de Stevens-Johnson e Necrólise Epidérmica Tóxica em Medicina Intensiva. Revista Brasileira de Terapia Intensiva Vol. 18 Nº 3, Julho – Setembro, 2006. 3. CABRAL LUIS, DIOGO CARLA, RIOBOM FILIPE, TELES LUIS, CRUZEIRO CELSO. NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA (SÍNDROME DE LYELL): Uma Patologia para as Unidades de Queimados. ACTA MÉDICA PORTUGUESA 2004; 17; 129-140. Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e Unidade de Queimados. Hospitais da Universidade de Coimbra. Coimbra. 4. CRIADO, Paulo Ricardo; CRIADO, Roberta Fachini Jardim; VASCONCELLOS, Cidia; RAMOS, Rodrigo de Oliveira; GONÇALVES, Andréia Christina. Reações cutâneas graves adversas a drogas – aspectos relevantes ao diagnóstico e ao tratamento Parte I - anafilaxia e reações anafilactóides, eritrodermias e o espectro clínico da síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica (Doença de Lyell). AnbrasDermatol, Rio de Janeiro, 79(4):471-488, jul./ago. 2004 5. ANTUNES, João; BRÁS, Susana; PRATES Sara; AMARO, Cristina; PINTO, Paula Leiria. Alergia a fármacos com manifestações cutâneas–abordagem diagnóstica. Revista SPDV 70(3) 2012; ISBN: 978-85-83-89-035-5 SISTEMATIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA À ENFERMAGEM E A IMPORTÂNCIA NO CENTRO CIRÚRGICO Bárbara Carreiro Dourado Lopes, Iandra Suellen Macedo Cerqueira, Kelane Borges Rocha de Souza, Marli Luz dos Santos, Rayanne Cristine da Paixão Santos e Gilmara de Souza Sampaio Almeida. INTRODUÇÃO: O presente trabalho foi desenvolvido para despertar a importância da Sistematização na Assistência à Enfermagem que é um processo que tem como foco a assistência individualizada, de acordo com as necessidades básicas do indivíduo, e objetivando a recuperação à saúde e a segurança do paciente, tendo prioridade na prestação de serviço com qualidade, melhorando as condições de vida do cliente. METODOLOGIA: trata-se de uma revisão de literatura, no qual foram relacionadas às Estratégias para abordagem à Sistematização na Assistência à Enfermagem e as novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida, ultimamente tem-se destacando como importante ferramenta de trabalho para equipe de enfermagem, tornando-se pertinente à discussão. Para tanto, foram utilizados os seguintes descritores: Sistematização na Assistência à Enfermagem, Assistência de enfermagem. Na busca, foram selecionados artigos relacionados ao tema nesta base de dados. Após esta etapa foi executada a leitura e, por conseguinte, foram analisadas e selecionadas as pesquisa de interesse, para construção desse trabalho os dados recolhidos, desempenhado como fonte de pesquisa pelo grupo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A SAE no centro cirúrgico proporciona que toda história clínica do paciente esteja em seu prontuário, desde patologias anteriores e medicações até o período pré, trans e pós-operatório. Detalhando o estado físico e mental em que o paciente se encontra.a usamos uma revisão bibliográfica. A enfermagem em si, tem papel fundamental na SAE, como implantar, planejar, organizar, executar e avaliar o processo de enfermagem do paciente no centro cirúrgico, proporcionando atendimento único. Será preparado no ambiente pré cirúrgico com as devidas orientações da cirurgia, será avaliado constantemente pela equipe de enfermagem sobre seu estado físico e mental antes, durante e após o ato cirúrgico e receberá um atendimento humanizado. A Sistematização na Assistência à Enfermagem proporciona uma rotina organizada e controlada no centro cirúrgico, bem como sua evolução, planejamento, prescrição, implementação de cuidados, execução de procedimentos e organização no atendimento. Com a ausência de prescrição e evolução de enfermagem deixa-se de saber como o paciente está se recuperando, pois, não há informação do seu estado de saúde físico e mental, passando como desapercebido na unidade, entregue exclusivamente ao cuidado médico (CUNHA e BARROS, 2005, p.571).Para Carvalho (2008, p.3), “a consulta de enfermagem tem como objetivo ter uma visão holística, captando toda a informação levada pelo cliente, possibilitando diagnóstico preciso e elaborar um plano de assistência de acordo com as necessidades”. O tempo despendido pelo enfermeiro na realização do SAE após a implementação do sistema padronizado de linguagem pode contribuir para que haja um maior tempo para o cuidado direto do paciente e desta forma proporcionar uma assistência de enfermagem com maior qualidade (REZENDE e GAIZINSKI, 2008). A facilidade e a organização do processo de trabalho contribuem para uma boa qualidade no atendimento ao paciente. Brunner e Suddarth (2002) consideraram que o centro cirúrgico é umas das unidades mais complexas e estressante do ambiente hospitalar, por sua especificidade e também por ser setor de alto risco para pacientes submetidos á intervenção cirúrgica. É considerada uma unidade de alerta máximo, haja vista a necessidade contínua de prevenção e controle de riscos associados, a condição que determinou a intervenção cirúrgica, do cliente na internação, a própria tecnologia de intervenção e a capacidade instalada da unidade com destaque especial para condições de trabalho e o preparo dos recursos humanos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante disto a sistematização da assistência e a ordenação e direcionamento das atividades não beneficiará somente os enfermeiros, mas, também as instituições que terão como avaliar melhor o trabalho desenvolvido; relata ainda, que independente do referencial teórico, se essa sistematização for realizada de maneira incorreta poderá resultar em planejamento e implementação equivocados no atendimento ao paciente. Diante disto, consideramos ainda que a utilização desse processo trouxe mais segurança para os pacientes e também para os funcionários, onde esse documento seria uma forma de defesa de seus próprios atos, além da assistência integral e individualizada ao paciente, com o objetivo de analisar a SAE. Descritores: Sistematização de Assistência de Enfermagem, Centro Cirúrgico, Enfermagem. Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS ANDRADE, J. S., VIEIRA, M. J. Prática assistencial de enfermagem: problemas, perspectivas e necessidades de sistematização. Revista Brasileira de Enfermagem, v.58, n.3, p.261-265, mai/jun/2005. CASTELLANOS, B.E.P.; JOUCLAS, V.M.G. Assistência de enfermagem Peri operatória: um modelo conceitual. Rev. Esc. Enfermagem USP, São Paulo, v.24, n.3, p. 359-70, dez.1990. CUNHA, S. M. B., BARROS, A. L. B. L. Análise da implementação da sistematização na assistência à enfermagem, segundo o modelo conceitual de Horta. Revista Brasileira de Enfermagem, p. 568-572, 2005. OLIVEIRA, MAN. A humanização no gerenciamento de novas tecnologias por enfermeiras de centro cirúrgico. Rev.SOBECC.2005 Out-Dez; 10 (4): 8-12. BEDIN, Eliana; RIBEIRO, Luciana Barcelos Miranda; BARRETO, Regiane Ap. Santos Soares – Humanização da assistência de enfermagem em centro cirúrgico. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 07, n. 01, p. 118 – 127, 2005. ISBN: 978-85-83-89-035-5 IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO DO ENFERMEIRO NO PRÉNATAL Michelle Ramalho Macedo, Ananda Oliveira Silva, Daiane Nunes De Assis, Maiane Silva dos Anjos, Tainã Moura Vilas Bôas e Gabriela Santana Bastos. INTRODUÇAO: A consulta de Enfermagem como atividade privativa do enfermeiro, legitimada na lei do exercício profissional é de grande significado para a orientação, avaliação constante e periódica da saúde da mulher visando à promoção da saúde e a prevenção da doença (BRASIL, 2006). Por esta razão, é indispensável a utilização de ações educativas no decorrer de todas as etapas do ciclo grávido-puerperal na unidade básica de saúde onde a gestante irá ser acompanhada. Neste cenário cabe a enfermeira informar sobre as mudanças que ocorrerão no corpo, alimentação saudável, o sucesso da amamentação, os cuidado com o recém-nascido (RN), riscos e complicações que podem advir no puerpérieo. Segundo Costa (2010), é nesse período que o profissional terá maior contanto e vínculo com a paciente criando uma relação de confiança que permite a abertura de diálogo entre ambas. Entende-se que a gestação e o nascimento são momentos únicos para cada mulher, e o profissional de saúde deve assumir uma postura educadora buscando compartilhar saberes e desenvolver na mulher autoconfiança e empoderamento para viver a gestação, parto e o puerpérieo de forma plena e livre de riscos à saúde. Rios (2007) afirmam que o pré-natal é um espaço adequado no qual a mulher é preparada para viver o parto de forma positiva, enriquecedora e feliz, e que o enfermeiro é um profissional qualificado para atender esta gestante. O presente trabalho tem o objetivo de abordar por meio de revisão da literatura nacional a importância da consulta de enfermagem no pré-natal. A motivação para a realização desse estudo originou-se da vivência como membros da Liga Acadêmica Integrada à Saúde da Mulher (LAISM), um projeto que integra pesquisa e extensão e em que são realizadas sessões de estudo com discussão de casos clínicos e artigos científicos sobre diversos temas relacionados à saúde desse grupo específico e dentre esses temas, o pré-natal. Espera-se com este estudo colabore para a compreensão da importância do acompanhamento do Pré-natal realizado pelo enfermeiro na atenção básica na mudança dos perfis de morbi-mortalidade materna e perinatal. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo bibliográfico, com análise qualitativa das leituras selecionadas, obtidas de artigos científicos, provenientes de bibliotecas convencionais e virtuais. Foi realizada uma leitura exploratória das publicações apresentadas nas bases de dados do LILACS, SCIELO E MEDLINE, no período de 2004 a 2014, caracterizando assim um estudo retrospectivo, buscando fontes virtuais, os anos, os periódicos, os métodos e os resultados em comum. Para um breve resgate histórico, utilizaram-se livros que abordassem o tema e que possibilitasse um breve relato sobre a importância do pré-natal. Foram selecionados 10 artigos, a partir dos marcadores saúde da mulher, pré-natal, assistência de enfermagem, e como critérios de exclusão, além da questão temporal foram excluídos os artigos que não abordavam os temas já citados. A categoria temática é as novas perspectiva para o trabalho em enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. RESULTADOS: Diante dos artigos selecionados, pode-se perceber através de três produções relevantes sobre a temática o reforço a contribuição das ações educativas no decorrer de todas as etapas do ciclo grávido-puerperal, destacando que na consulta de enfermagem no pré-natal r a primeira consulta ocorrerá a partir do diagnóstico da gravidez por meio do exame beta HCG com o resultado positivo e se fará o cadastramento no Sistema de Acompanhamento a Gestante (SISPRENATAL), o preenchimento do cartão da gestante com as identificações necessárias e avaliação do estado vacinal. É através desta primeira consulta que a gestante deverá ser melhor orientada para que possa viver o parto de forma positiva, pois durante a gravidez a mulher vivencia vários sentimentos, desde alegrias, se uma gravidez planejada ou até surpresa, tristeza e mesmo negação, se não planejada. Ansiedade e dúvidas com relação às modificações pelas quais irão passar, e sobre o desenvolvendo da criança, medo do parto, de não poder amamentar, entre outros, são também sentimentos comuns presentes na gestante. Rios (2007) aponta que o período pré-natal é uma época de preparação física e psicológica para o parto e para a maternidade e, como tal, é um momento de intenso aprendizado e uma oportunidade para os profissionais da equipe de saúde desenvolverem a educação com dimensão do processo de cuidar, então faz-se necessário que o enfermeiro esclareça às dúvidas geradas de forma que a gestante se sinta segura. Entretanto, diante da extrema importância da consulta do pré-natal, Cotta Reis, (2009) afirmam ainda que deste modo, a atenção à saúde da mulher na gestação e parto permanece como um desafio tanto no que se refere à qualidade propriamente dita, quantos nos aspectos relacionados ao debate filosófico em torno do cuidado. Diante disso, podemos evidenciar que o acompanhamento ao pré-natal tem impacto na redução da mortalidade materna e perinatal, desde que as mulheres tenham acesso aos serviços, com resolubilidades de suas necessidades de saúde, por isso que o enfermeiro é um profissional qualificado para o atendimento à mulher, que deve ter qualidade suficiente para o controle dos riscos identificados, e nesse contexto, também fazem parte as ações educativas de prevenção e promoção da saúde, sem deixar de valorizar as ações voltadas para a humanização do cuidado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observa-se então a importância do pré-natal, não só para a mãe, mas para o binômio; mulher e bebê. É fundamental a capacitação do profissional de enfermagem para receber a gestante, além disso, o acompanhamento pré-natal tem um grande impacto na redução da mortalidade materna e perinatal. Vale ressaltar que a fase do pré-natal engloba uma série de fatores, tendo como um do principal o aspecto bio-psicossocial, visando não só a gestante e o RN, mas também a sua família. Sendo assim, percebe-se que o pré-natal é o melhor caminho a ser percorrido pela gestante, pois o mesmo revela a atual saúde do bebê e da mãe, visando ações preventivas e educativas que norteiam o desenvolvimento de uma gestação, parto e puerpério assistidos e seguros. Descritores: Enfermagem; Saúde da Mulher; Pré-Natal. Eixo Temático: Novas perspectivas do trabalho em Enfermagem no Ensino, Pesquisa e Extensão. REFERENCIAS: BARROS, S. M. B. Enfermagem no ciclo gravídico puerperal. Editora Manole,São Paulo, 2006 COSTA G.A.,COTTA R.M.M., REIS J.R .Avaliação do cuidado à saúde da gestante no contexto do Programa Saúde da Família. Rev. Ciência & Saúde Coletiva, 14(Supl. 1), 2009, p.1347-1357. COSTA, A.M., GUILHEMB, D.,WALTERC M.I.M.T. ,Atendimento a gestantes no Sistema Único de Saúde. Revista de Saúde Publica,201039(5), 2010, p.768-74. GAMA, S.G.M.,SZWARCWALD C.L. Fatores associados à assistência pré-natal precária em uma amostra de puérperas adolescentes em maternidades do Município do Rio de Janeiro, Rev. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 20 Sup , 2010, p.101-S111. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual técnico de pré-natal e puerpério Normas e Manuais Técnicos Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos – Caderno nº 5 Brasília – DF, 2006. MINISTÉRIO DA SAÚDE., Manual técnico Gestação de Alto Risco. Serie A. Normas e Manuais Técnicos, 5° edição. Brasília- DF, 2012. RIOS C.T.F. VIEIRA N.F.C. Ações educativas no pré-natal: reflexão sobre a consulta de enfermagem como um espaço para educação em saúde, Rev. Ciência & Saúde Coletiva, 12(2), 2007, p.477-486 VETTORE, M.V., DIAS M., Cuidados pré-natais e avaliação do manejo da hipertensão arterial em gestantes do SUS no Município do Rio de Janeiro, Brasil, Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 27(5, 2011, p.1021-1034. ISBN: 978-85-83-89-035-5 EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO INSTRUMENTO PARA PREVENÇÃO DAS DST E HIV/AIDS NA POPULAÇÃO MASCULINA Ananda Oliveira Silva, Ádila Maria Matos, Cristine Santos de Souza, Débora Souza Ferreira, Juliana Ferreira Barros, Tábata Priscila Cerqueira e Anderson Reis de Sousa. INTRODUÇÃO: A partir do modelo de gênero pactuado socialmente, adotou-se um padrão de masculinidade hegemônico, com normas e padrões de comportamento a serem seguidas pelos homens em suas interações sociais, como também na forma que percebem e lidam com seus corpos. Nota-se nesse modelo a negação, omissão ou ocultação sobre as necessidades de cuidados e consequentemente redução da busca por assistência à saúde (COSTA JÚNIOR E MAIA, 2009). Um fator que se vincula a esta problemática é a consideração de que há dificuldade, neste grupo, em reconhecer suas próprias necessidades em saúde, cultivando o pensamento que rejeita a possibilidade de adoecer, mantendo até hoje a questão cultural da invulnerabilidade masculina, de seu papel social de provedor e de herói (BRASIL,2008). Esta situação dificulta o atendimento de pessoas do sexo masculino, culturalmente os provedores da família e a referência como trabalhadores. Assim sendo, a fragilidade, a passividade e a debilidade são qualidades atribuídas às mulheres restando ao homem reprimir qualquer necessidade de atenção à saúde. Ou seja, criou-se culturalmente um modelo masculino desfavorável a manutenção à saúde dos homens. Por conta dessa concepção, a população masculina passou a adoecer mais tornando-se mais vulnerável as doenças crônicas, as sexualmente transmissíveis (DST) e as infectocontagiosas como a AIDS, levando a um considerável no índice de morbidade e mortalidade. OBJETIVO: Descrever a experiência da atividade educação para a prevenção das DST´S e HIV/AIDS na população masculina. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência sobre a educação para a saúde como instrumento de prevenção das DST´s e HIV/AIDS na população masculina. A atividade foi realizada pelas graduandas do sétimo semestre do Curso de Enfermagem da Faculdade Nobre de Feira de Santana, Bahia. O espaço de efetuação da mesma se deu no terminal rodoviário municipal, local que cotidianamente recebe um grande fluxo de pessoas que transitam pela cidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após ter sido realizado o planejamento estratégico da ação, tendo desenvolvido todo o material a ser utilizado foi realizada ação que teve como premissa a educação para a saúde, buscando trazer reflexões sobre a prevenção de DST´s e HIV/AIDS entre os homens, abrangendo todas as faixas etárias deste público. O local escolhido para a realização da atividade foi o terminal rodoviário da cidade de Feira de Santana, que se constitui na segunda maior cidade da Bahia, que recebe grande fluxo de pessoas por ser composta de grandes entroncamentos rodoviários. A abordagem desenvolvida foi pautada na relação dialética, promovendo a distribuição de folhetos informativos, preservativos masculinos e buscando desenvolver a escuta qualificada destes homens, orientações sobre prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis, sensibilização quanto a importância da busca pelas unidades de saúde e esclarecimento das dúvidas geradas no momento. Além deste momento de diálogo com o público masculino realizou-se a fixação de cartazes com orientações específicas para os homens nos espaços de grande circulação e nos banheiros públicos. Todo o material disponibilizado na atividade foram produzido pelas graduandas, que anexaram nos mesmo os contatos de unidades de saúde, centros de referências e espaços terapêuticos disponíveis no município. As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) estão entre os problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo. As DST, também conhecidas como doenças venéreas, são transmitidas principalmente pelo contato direto, através de relações sexuais onde o parceiro ou parceira porta a doença, e indireto por meio de compartilhamento de materiais pessoais mal higienizados ou manipulação indevida de objetos contaminados (lâminas e seringas). Os agentes causadores são os vírus, as bactérias e os fungos. Essas doenças acometem principalmente o público masculino, pela desvalorização do autocuidado associado à questão cultural de o homem não procuram os serviços de saúde para prevenção e sim quando a patologia já está instalada. As principais DST que acometem o homem estão concentradas na Sífilis que é transmitida pela bactéria treponema pallidum, é uma doença com evolução crônica, com surgimento de um cancro duro nos órgãos genitais e posterior aparecimento de lesões espalhadas pelo corpo. Quando generalizada, causa complicações cardiovasculares e nervosas. A Gonorréia onde o contágio se dá pela bactéria Neisseriagonorrheae, provoca a inflamação da uretra, pode alastrar-se para outros órgãos causando complicações como: artrite, meningite e problemas cardíacos. Clamídia o contágio é transmitido pela bactéria Chlamydiatrachomatis provoca inflamação dos canais genitais e urinários. Nos homens pode provocar esterilidade e a AIDS – Síndrome da imunodeficiência humana (HIV), transmitida por um retrovírus que destrói as células de defesa, resultando na baixa imunidade do organismo que fica suscetível a outras infecções. Dentre os sintomas iniciais destaca-se: fadiga, febre, distúrbios do sistema nervosos central, inchaço crônico dos gânglios linfáticos e o surgimento de vesículas avermelhadas na derme. (BRASIL,2005) Durante a realização da ação foi possível verificar que a maioria dos homens mostrou-se acessível, colaborativos e participativos, no entanto poucos ainda apresentaram resistência, em sua maioria idosos, principalmente quanto ao recebimento de preservativos. Após a realização da ação pôde-se observar que esta despertou interesse do público masculino, evidenciando que a deficiência de ações voltadas exclusivamente para os homens os afastam dos serviços de saúde. Apesar de inicialmente ser uma ação voltada para a um grupo especifico ela acabou despertando o interesse de todos que passavam pelo terminal rodoviário. Pode-se refletir que o objetivo foi atingido, pois os homens abordados nesta atividade foram sensibilizados quanto a importância de utilizar preservativos em todos os tipos de relação sexual, independente de idade ou opção sexual, como forma de evitar as Doenças Sexualmente Transmissíveis. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Entende-se portanto, que os profissionais de saúde devem realizar cada vez mais ações que atraiam a população masculina para os serviços de saúde, fazendo desta forma que estes se tornem parte integrante dos programas de saúde, atendendo a suas singularidades e ENFERMAGEM: vulnerabilidades específicas. CONTRIBUIÇÕES PARA Aprimoramento técnico relativo a medidas preventivas, como aperfeiçoamento dos estudos de educação em saúde; Estudo mais elaborado do ponto de vista teórico, pondo ações significativas para amenizar a incidência de tais problemas (Doenças Sexualmente Transmissíveis) na população masculina. Descritores: Enfermagem. Doenças Sexualmente Transmissíveis. Saúde do Homem. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde. 2005. Costa Júnior FM, Maia ACB. Concepções de Homens Hospitalizados sobre a Relação entre Gênero e Saúde. Psicol Teoria Pesquisa. 2009; 25(1): 55-63. FERREIRA, Maíra Costa.Desafios da política de atenção à saúde do homem: análise das barreiras enfrentadas para sua consolidação. Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.04, Nº. 01, Ano 2013 p.1833 - 1847. Ministério da Saúde (BR), Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem: princípios e diretrizes. Brasília(DF); 2008. ISBN: 978-85-83-89-035-5 HOMENS E AS DIFICULDADES DO EXERCÍCIO DO AUTOCUIDADO E OS REFLEXOS DO CÂNCER DE PRÓSTATA Stephanie Cerqueira Maltez, Maria Carolina Oliveira Reis e Anderson Reis de Sousa. INTRODUÇÃO: A masculinidade como conceito que em várias culturas vem sendo impregnado de padrões de exigências sociais, que uma vez internalizados funcionam como registros, impelindo, por assim dizer, o homem a exercer e assumir papéis culturais de poderoso, salvador, protetor e provedor, caracterizando assim a preocupação com a saúde como função feminina ³. A construção da identidade masculina segundo pode estar embutido, de forma contraditória, justamente o não cuidar de si, porque ser homem para alguns é ser alguém que é poderoso e imbatível. Durante muito tempo, os homens foram estudados com base numa perspectiva essencialista, como se a biologia predeterminasse seu comportamento, como se fossem todos iguais. Tal perspectiva é paulatinamente superada à medida que os estudiosos consideram importante distinguir e inter-relaciona constantemente a masculinidade como um princípio simbólico e as várias masculinidades (no sentido das várias identidades dos homens). OBJETIVO: Descrever por meio das publicações as dificuldades do autocuidado masculino e os reflexos do câncer de próstata. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura. Foram realizadas buscas nas bases científicas, tais como Scielo e Lilacs, Medline. Para tanto, foram utilizados os seguintes descritores: Enfermagem, saúde do homem câncer de próstata. Na busca, foram selecionados 18 artigos, nacionais, publicados entre os anos de 2002 ao ano de 2014 relacionados ao tema nestas base de dados. Após esta etapa foi executada a leitura e, por conseguinte, foram analisadas e selecionadas as produções mediante aos critérios de inclusão e exclusão da amostra, que geram a reflexão e análise dos dados para construção desse trabalho. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A última estimativa mundial apontou o câncer de próstata como sendo o segundo tipo mais frequente em homens, cerca de 1,1 milhão de casos novos no ano de 2012. Aproximadamente 70% dos casos diagnosticados no mundo ocorrem em países desenvolvidos. As mais altas taxas de incidência foram observadas na Austrália/ Nova Zelândia, Europa Ocidental e América do Norte. Esse aumento pode ser reflexo, em grande parte, das práticas de rastreamento pelo teste do Antígeno Prostático Específico (PSA). Em países com grande volume de recursos financeiros, predominam os cânceres de pulmão, mama, próstata e cólon. Em países de baixo e médio recursos, os cânceres predominantes são os de estômago, fígado, cavidade oral e colo de útero. Mesmo na tentativa de se criar padrões mais característicos de países ricos em relação aos de baixa e média rendas, e este padrão está mudando rapidamente. A incidência do câncer de próstata em homens com idade superior a 50 anos é maior que 30%, aumentando progressivamente até aproximadamente 80% aos 80 anos 4. A despeito das notadas dinâmicas de invisibilização dos homens nos serviços, a presença e a inserção desses usuários têm sido vistas (ainda que pouco reconhecidas) como elemento importante para a construção de uma assistência que, na direção das premissas do SUS, atenda homens e mulheres como sujeitos de direito à saúde ². É esperado que o número de casos novos de câncer de próstata aumente cerca de 60% até o ano de 2015, sendo considerado o mais incidente entre os homens em todas as regiões do país. Aproximadamente 62% dos casos diagnosticados no mundo ocorrem em homens com 65 anos ou mais. Além disso, a etnia e a história familiar da doença também são consideradas fatores de risco 4. Os exames de rastreamento para o câncer de próstata, são as etapas mais importante do tratamento do mesmo, principalmente em países em desenvolvimento, pois é nessa fase inicial da doença que se tem a oportunidade de oferecer aos homens um método de tratamento eficaz e mais barato, contribuindo para a manutenção da qualidade de vida5. O diagnóstico precoce é realizado com o objetivo de descobrir o mais cedo possível uma doença por meio dos sintomas e/ou sinais clínicos que o paciente apresenta. A exposição a fatores de risco é umas das condições a que se deve estar atento na suspeita de um câncer, principalmente quando o paciente convive com tais fatores4. A criação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem tem como objetivos promover ações de saúde que contribuam significativamente para a compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos e que, respeitando os diferentes níveis de desenvolvimento e organização dos sistemas locais de saúde e tipos de gestão, possibilitem o aumento da expectativa de vida e a redução dos índice de morbimortalidade por causas preveníeis e evitáveis nessa população¹. Há, portanto, nessa dimensão, uma deficiência no acolhimento ao público masculino e a suas demandas. Alguns usuários não encontram nos serviços a escuta de suas demandas, especialmente se essas forem expressas de formas diferentes daquelas já consagradas no contexto da assistência, tradicionalmente femininas. É comum os profissionais defenderem que os homens, além de menos presentes e assíduos, oferecem mais resistência aos convites para irem ao serviço, faltam mais às consultas marcadas e não seguem o tratamento como esperado ². A associação do câncer a morte corrobora com o receio do homem em buscar um diagnóstico precoce “os fatores que dificultam a realização do toque retal, está presente o medo dos homens em buscar um diagnóstico precoce para o câncer prostático, gerado pela associação de câncer à morte” ³. Além dos aspectos simbólicos que podem estar relacionados com a resistência ao toque retal, como detecção precoce do câncer de próstata, não podemos desconsiderar outros aspectos de ordem estrutural que, direta ou indiretamente, também comprometem a realização de tal detecção. Outra dificuldade para o acesso dos homens a esses serviços é a vergonha da exposição do seu corpo perante o profissional de saúde, particularmente a região anal. O sofrimento emocional dos homens se deve, às limitações físicas, à diminuição da capacidade de ereção, ao cansaço, à fadiga e à retirada dos testículos, responsável pela produção do hormônio masculino (testosterona), que inibe o crescimento do tumor, mas que também interfere na ejaculação. Com isto, as consequências acarretariam os riscos da incontinência e da impotência que atingem a essência da masculinidade. Uma questão bastante apontada pelos homens para a não procura pelos serviços de atenção primária está ligada a sua posição de provedor. Alega-se que o horário do funcionamento dos serviços de saúde coincide com a carga horária do trabalho. Não se pode negar que na preocupação masculina a atividade laboral tem um lugar destacado, sobretudo em pessoas de baixa condição social o que reforça o papel historicamente atribuído ao homem de ser responsável pelo sustento da família ¹. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As contribuições deste estudo buscou entender os obstáculos dos homens para a adesão aos serviços de saúde, o preconceito contra o câncer e aos exames de rastreamento, sendo estes são imprescindíveis para a suspeita diagnóstica do câncer de próstata e se for detectado precocemente, existe uma alta probabilidade de cura. CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM: Buscar refletir acerca das questões que envolvem a saúde do homem, poderá ser um caminho encontrado para a redução dos índices de morbimortalidade masculina no Brasil. Esta estudo torna-se relevante por se tratar de uma temática inovadora e que deve ser inserida na pauta do trabalho da enfermeira e da saúde coletiva. Descritores: Enfermagem. Câncer. Saúde do Homem. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida REFERÊNCIAS 1. BRASIL. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (Princípios e Diretrizes). Brasília; 2008. 2. COUTO, MT et al. O homem na atenção primária à saúde: discutindo (in)visibilidade a partir da perspectiva de gênero. Interface: comunicação saúde educação 2010; 14(33): 70-257. 3. GOMES, R. Sexualidade masculina e saúde do homem: proposta para uma discussão. Revista Saúde Coletiva. São Paulo; 2003. 4. INCA. Estimativa 2014: Incidência de Câncer no Brasil. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Rio de Janeiro: INCA; 2014. 5. PAIVA EP, MOTTA, GRIEP MCS, Rosane H. Conhecimentos, atitudes e práticas acerca da detecção do câncer de próstata. Acta Paul Enferm. 2010; 23: 88-93. ISBN: 978-85-83-89-035-5 HOMENS COM INSIFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA E AS AÇÕES DE ENFERMAGEM FRENTE A DISFUNÇÃO ERÉTIL Renata Oliveira da Silva; Maiane O. Miranda Pires, e Anderson Reis de Sousa. INTRODUÇÃO: A Insuficiência renal crônica (IRC) é um grande problema de saúde pública, sendo caracterizada como a perda progressiva e irreversível da função renal, levando ao paciente a realizar terapias substitutivas da função renal, as quais podem ser realizadas através da diálise peritoneal, hemodiálise e transplante.1A IRC tem como principal complicação a elevação da ureia (azotemia), que por sua vez desencadeia vários processos fisiopatológicos no organismo. Uma importante complicação que o paciente com IRC desenvolve é a disfunção erétil (DE), que é um fator que interfere diretamente na qualidade de vida do mesmo.¹A DE é quando o indivíduo não consegue manter uma ereção para uma atividade sexual completa e satisfatória. É um estado predominante em pacientes portadores de IRC, onde sua etiologia implica fatores orgânicos e psicológicos eu corroboram para a piora dos casos, onde irá interferir na qualidade de vida, que é um fator primordial em pacientes renais crônicos que precisam de tratamento dialítico.²Fatores sociais e psíquicos estão diretamente relacionados ao processo de saúde e doença, os quais se estabelecem não somente pela IRC, mais também pelas suas consequências fisiopatológicas, a disfunção sexual torna-se cada vez mais preocupante, pois leva a baixa da autoestima, sendo que a mesma vem aparecendo em idades cada vez mais jovens.³A IRC desencadeia processos conflituosos que impõe mudanças constantes na vida do paciente, que por sua vez necessitam de apoio familiar e dos profissionais de saúde, o enfermeiro por prestar cuidados contínuos, necessita estar capacitado, compreender os processos fisiopatológicos da doença e suas implicações para a vida cotidiana, para assim buscar juntamente com as pacientes estratégias educacionais que melhorem a qualidade de vida.¹O enfermeiro precisa trabalhar com as possibilidades e limitações que a doença em si propicia para o paciente.4OBJETIVO: Descrever as ações de Enfermagem frente a disfunção erétil em homens com insuficiência renal crônica. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica de abordagem qualitativa, modo descritivo. Utilizando a base de dados SCIELO e Google Acadêmico, incluindo artigos originais, nacionais, excluindo resumos em anais. Foram identificados 10 artigos, sendo excluídos5 não estarem relacionados ao tema, foram coletados no mês de setembro de 2014.Considerando como critério de publicação a língua portuguesa e estar relacionado ao tema. Na busca, utilizaram-se descritores como: Insuficiência Renal Crônica; Disfunção Erétil; Ações de Enfermagem; Cuidado de Enfermagem. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A DE nos doentes com IRC, é geralmente o resultado de patologia multisistêmica, envolvendo vários fatores etiopatogénicos: endócrinos por alterações do eixo hipotálamo-hipófise-gónada, pois quando o paciente se encontra em estágios terminais da Doença Renal Crônica, ocorre um desequilíbrio na libertação pulsátil das gonadotropinas, que são indispensáveis para a função sexual e para a capacidade reprodutora; outro fator está relacionado diretamente relacionado é as complicações vasculares por alterações do lúmen e fluxo arterial, neurogénicos devido a neuropatias periféricas autonómicas e do tecido cavernoso por degenerescência colagénica do endotélio e tecido muscular liso dos corpos cavernosos. Para tal contribuem não só a IRC como a patologia associada nomeadamente a hipertensão, a hipercolesterolémia, e a diabetes.³ Nota-se, que alterações no fluxo sanguíneo, tanto arterial quanto venoso, podem estar na origem da DE, alterações estas causadas por doenças precursora da IRC como: hipertensão e diabetes, juntamente com tratamento farmacológico para estas patologias são capazes de aumentar o risco de DE.5Portanto, a DE em pacientes com IRC ocorre independente dos níveis séricos de testosterona livre, pois depende dos distúrbios orgânicos e psicológicos, da condição em que cada paciente é submetido e da sua capacidade de aceitar as limitações que a IRC acarreta.² Diante da realidade que o paciente se encontra, torna-se notório a real necessidade de aprimoração do auto cuidado, de valorização, de autoestima, de trabalhar suas limitações, buscando tratamentos que viabilizem a melhoria da qualidade de vida. O enfermeiro como parte integrante da equipe de saúde deve buscar atividades educacionais que busquem a valorização do ser humano, bem como incentive o mesmo a continuidade do tratamento. Porém para trabalhar continuadamente com esses pacientes e promover ações que contribuam para melhoria das expectativas de vida dos mesmos, faz-se necessário conhecer as expectativas, a visão do paciente referente ao processo saúde-doença bem como as experiências preexistentes, buscando trazer novas ações que discuta diversas estratégias e temáticas que ainda são conflituosas para determinados pacientes que não tem um conhecimento amplo de sua patologia. Visando encorajar o mesmo a participar da elaboração de práticas propicias e torná-lo participativo do processo do cuidar, interagindo no processo ensino-aprendizagem.4Outros fatores importantes a ser trabalhado é o psicológico, pois torna-se notório que a intensa ansiedade, queda da autoestima e depressão que ocorre em aproximadamente em grande parte dos pacientes em diálise. Decorrente das limitações impostas pelo tratamento dialítico, além da redução das atividades econômicas e profissionais individuais, sendo que acontecem mudanças inesperadas, que influencia no relacionamento interpessoal. Ocorre, portanto, quebra na harmonia na interação do fator emocional com o orgânico, essenciais para a função sexual.² CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se portanto, que diante das mudanças e conflitos enfrentados pelo paciente com IRC, torna-se necessário que o profissional de enfermagem busque estratégias educacionais que integre o paciente no processo do cuidar, que propicie conhecimento diversificados referente ao processo de saúde e doença que o mesmo vem enfrentando. Para tanto, faz-se necessário que o profissional de saúde esteja capacidade, que tenha conhecimento científico, que dinamize o processo de ensinoaprendizagem para que assim o paciente se sinta envolvido no planejamento do cuidado. Para realização de ações educativas inovadoras, é imprescindível que o enfermeiro conheça as diversas possibilidades de terapêuticas atuais, que viabilizem a melhoria da qualidade de vida, contribuindo para melhoria da expectativa de vida dos pacientes, buscando sempre trabalhar conforme a necessidade individualizada de cada ser humano, valorizando seus conhecimentos, suas emoções e realidade de vida. É importante esclarecer as consequências que a IRC pode trazer a sua vida, bem como prestar orientação sexual, propiciando um ambiente tranquilo e calmo para o paciente se sentir à vontade para expressar suas dúvidas e expor sua realidade, para assim realizar uma assistência que não se restringe a incentivo e orientações referente as condutas terapêuticas, mais que também busquem ajudar psicologicamente o paciente, buscando sempre a contribuição dos familiares e evidenciando a necessidade de responsabilização por ambas as partes.4 CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM: O presente tema abordado, contribui de forma direta para equipe de enfermagem, pois propicia maior quantidade de conteúdos relacionados a temática que muitas vezes acaba passando por despercebido por muitos profissionais. Sendo que elucida as ações que são importantes para serem realizadas com pacientes com Disfunção Erétil devido a Insuficiência Renal Crônica. Descritores: Enfermagem. Insuficiência Renal. Disfunção Erétil. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS 1.QUEIROZ, MVO, et.al.Tecnologia do Cuidado ao Paciente Renal Crônico:Enfoque Educativo-terapêutico a partir das Necessidadesdos Sujeitos; Florianópolis, 2008. 2.NORA RT, ZAMBONE GS, JÚNIOR FNF. Avaliação da qualidade de vida e disfunções sexuais em paciente com insuficiência renal crônica em tratamento dialítico em hospital. ArqCiênc Saúde 2009; 16(2): 72-75. 3.MORALES J, ROLO F, SÁ H. Disfunção Eréctil e Insuficiência Renal Crónic; Acta Urológica Portuguesa 2001, 18; 3: 35-38. 4. CesarinoCB, CASAGRANDE, LDR. Paciente com Insuficiência Renal Crônica em Tratamento Hemodialítico: Atividade Educativa do Enfermeiro; Rev.latinoam.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 6, n. 4, p. 31-40, outubro 1998. 5.RODRIGUES, DF, et al. Vivências dos Homens Submetidos a Hemodiálise acerca de sua Sexualidade. 2011. ISBN: 978-85-83-89-035-5 CONHECENDO NOVAS PERSPECTIVAS PARA O PROFISSIONAL ENFERMEIRO DO TRABALHO: PROMOÇÃO, CUIDADO E QUALIDADE DE VIDA AOS TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL CONTRA O CÂNCER DE PELE Sara Lima da Costa e Anna Paula Matos de Jesus. INTRODUÇÃO: Em qualquer setor, não apenas no da construção civil, é preciso tornar claras as medidas de prevenção e promoção da saúde, sendo necessário um maior conhecimento sobre quais os riscos a atividade laboral coloca o indivíduo. Na construção civil pode se perceber diversos riscos aos quais os trabalhadores estão expostos, sendo um dos principais a grande exposição aos raios solares. A saúde do trabalhador na construção civil merece total atenção por ser este um problema de responsabilidade pública, onde se mantém um elevado índice de doenças ocupacionais. Merece destaque questões como: Qual o nível de conhecimento dos trabalhadores da construção civil em relação à sua saúde ocupacional?9 Os trabalhadores podem produzir conhecimento com a sua experiência estando esses atentos às relações estabelecidas nos meios de trabalho – queixas, acidentes, doenças, ações que passam a ser um exercício cotidiano para que se possa organizar um processo de produção de conhecimento contribuindo para a transformação da sua realidade. Faz-se necessário cada vez mais conseguir identificar o que está indo bem e o que está indo mal no espaço de trabalho, não apenas para si, como também para os colegas, para a comunidade, tornando dessa forma, um exercício fundamental e permanente para melhor compreender e transformar a relação saúdetrabalho.1 Para o desenvolvimento do tema é necessário dar importância a um melhor conhecimento quanto aos fatores sociais, físicos e geográficos sobre a incidência do câncer de pele nos trabalhadores da construção civil, bem como, conhecer melhor sobre o câncer de pele nessa população e ainda, qual a contribuição que o profissional enfermeiro do trabalho exerce na prevenção contra o câncer de pele nessa classe trabalhadora, promovendo mais qualidade de vida no ambiente de trabalho. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa do tipo bibliográfica, de natureza qualitativa e caráter exploratório, com bases eletrônicas de dados do Scielo e Lilacs, assim também como manuais do Ministério da saúde e em livros de referência sobre a temática. Esse tipo de estudo é vantajoso por ser de fácil execução, baixo custo, e com elevado potencial descritivo. Pode ser realizado em curto espaço de tempo, possui facilidade nas análises e permite descrever os eventos na população, fatores e grupos de risco. OBJETIVO: Mostrar que o profissional de saúde Enfermeiro do Trabalho vem exercer valiosa importância na promoção da saúde e melhor qualidade de vida a essa classe de trabalhadores. Fazendo-se necessário por parte deste profissional sugerir métodos que contribuem para com a redução da ocorrência dessa doença, através da proteção específica e adoção de modelo de comportamento e hábitos compatíveis e saudáveis de vida. Sendo ainda indispensáveis fornecer medidas de bem-estar a todos os trabalhadores, por meio de palestras e campanhas educacionais, com abordagem em riscos ocupacionais inerentes à tarefa laboral e ao uso correto do equipamento de proteção individual (EPI). RESULTADOS: O câncer de pele nos trabalhadores da construção civil vem cada vez mais deixar claro o quanto é importante o papel do profissional enfermeiro do trabalho como provedor e disseminador de conhecimento para uma melhor promoção em saúde. Devendo esse obter medidas para promover a capacitação dos trabalhadores da construção civil para o combate ao câncer de pele, desenvolvendo, através de atividades educativas uma melhor prevenção, diagnóstico precoce, assistência e controle. A classe de trabalhadores da construção civil vem a comprovar, através de pesquisas, que é um grupo de risco para o câncer de pele, logo, é indispensável à identificação do conhecimento desses, por meio de investigação sobre quais são as medidas de proteção/prevenção adotadas por eles, sendo isso uma grande contribuição para melhor elaboração de métodos e estratégias, para que dessa forma possa se alcançar melhores resultados na promoção à saúde. O agir em conjunto com a classe de trabalhadores manterá não apenas o trabalho produtivo, como também, mais dinâmico, envolvente e facilitador no que se refere a uma melhor propagação de conhecimentos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Acreditar que quanto maior o nível de conhecimento sobre promoção em saúde é a primeira medida para se viver bem, mais e melhor, alcançando dessa forma um patamar tão sonhado por todos, que é uma saúde de qualidade. A enfermagem do trabalho tem como dentre tantas outras funções o dever de promover saúde! Quanto maiores forem as indagações sobre as questões, não apenas soluções serão encontradas, como também haverá uma maior evolução na busca da perfeição ou minimização dos riscos existentes que podem comprometer o viver, sendo isso um dever e compromisso de todos. O que mantém a humanidade viva, e cada vez mais dominante da natureza e tudo a sua volta são os questionamentos existentes, para se encontrar respostas para esses questionamentos é necessário conhecimento, sendo possível adquiri-los através de estudos e pesquisas, para só assim elaborar planos e se colocar tudo em prática a serviço de uma melhor qualidade de vida. CONTRIBUIÇÕES A ENFERMAGEM: O enfermeiro do trabalho assiste aos trabalhadores promovendo e zelando pela sua saúde, fazendo prevenção das doenças ocupacionais e dos acidentes de trabalho ou ainda, prestando cuidado aos doentes e acidentados. A enfermagem do trabalho é um ramo da Saúde Pública e, como tal, utiliza os mesmos métodos e técnicas empregadas, visando à promoção da saúde do trabalhador, proteção contra os riscos decorrentes das suas atividades laborais, proteção contra os agentes físicos, biológicos e psicossociais e recuperação das lesões, doenças ocupacionais e não ocupacionais e sua reabilitação para o trabalho.10 Neste âmbito, a atuação do enfermeiro na prevenção primária estará voltada para a redução da exposição da população a fatores de risco de câncer, tendo como objetivo a minimização da ocorrência dessa patologia, através da promoção da saúde, proteção específica e adoção de modelo de comportamento e hábitos saudáveis compatíveis. Esse profissional deve também atuar na prevenção secundária, a qual abrange o conjunto de ações que permitem o diagnóstico precoce da doença e seu tratamento imediato, melhorando a qualidade de vida e diminuindo a mortalidade de câncer.11 Por ações de capacitação e empoderamento da população, muitos são os trabalhos que trazem a promoção da saúde onde o indivíduo torna-se capaz de exercer um maior controle da sua saúde, assim também como das outras pessoas e do meio ambiente em que vive, tomando decisões que possam conduzi-lo a uma saúde melhor.8 Para que se possa obter saúde no trabalho é necessário um conjunto de atividades que reúne ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, visando sempre a recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos a riscos e agravos advindos das condições de trabalho.10 Como em muitas de suas atribuições, o enfermeiro do trabalho tem também a função de promover saúde através de ações de orientações quanto a uma maior prevenção ao câncer de pele aos profissionais da construção civil. Entre muitas delas podemos aqui citar: evitar exposição prolongada ao sol entre 10 e 16 h, usar sempre proteção adequada, como bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros, barraca e filtro solar com fator mínimo de proteção 15. O uso do filtro solar apenas uma vez durante todo o dia não protege por longos períodos, sendo necessário reaplica-lo a cada duas horas, durante a exposição solar. Mesmo filtros solares “a prova d'água” devem ser reaplicados.6 As precauções no trabalho ao ar livre pode se incluir: não deixe de usar chapéus de abas largas, camisas de manga longa e calça comprida, se puder sempre usar óculos escuro e protetor solar, procurar lugares com sombra e sempre que possível evitar trabalhar nas horas mais quentes do dia. O enfermeiro do trabalho e sua equipe, dentro de uma empresa, devem atuar na promoção da saúde e na melhoria da qualidade de vida dos empregados. Para que isso ocorra é importante conhecer a cultura desses trabalhadores, seus conceitos, a organização e as condições de trabalho em que estão inseridos.6 Descritores: Enfermagem; Saúde do Trabalhador; Câncer; Pele. Eixo Temático: Novas perspectivas do trabalho em Enfermagem no Ensino, Pesquisa e Extensão. REFERÊNCIAS: 1. BRASIL, Ministério da Saúde; Instituto Nacional de Câncer. Ações de enfermagem para o controle do câncer: uma proposta de integração ensino-serviço. 3ª ed.; Rio de Janeiro-RJ; 2008. 2. ______, Ministério da Saúde; Neoplasias (tumores) relacionadas com o trabalho; Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. Brasília-DF; 2001. 3. ______, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Câncer relacionado ao trabalho; Brasília-DF; Editora do Ministério da Saúde, 2006. 4. BRUNER & SUDDARTH; Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica; Rio de Janeiro-RJ; Ed. Guanabara; 10º ed.; 2005. 5. LUONGO, Jussara; FREITAS, Genival Fernandes de (org.). Enfermagem do Trabalho. São Paulo-SP; Ed: Rideel; 2012. ISBN: 978-85-83-89-035-5 ESTRATÉGIAS DE INCENTIVO À EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE DOS HOMENS NA ATENÇÃO BÁSICA Kelane Borges Rocha de Souza, Marli Luz dos Santos, Rayanne Cristine da Paixão Santos e Anderson Reis de Sousa INTRODUÇÃO: O presente trabalho foi desenvolvido para despertar a importância da política voltada ao gênero masculino, buscando promover reflexões sobre a necessidade de pensar em atividades coletivas e individuais a partir de estratégias de acolhimento, e das intervenções que o enfermeiro poderá investigar, para garantir o acesso e identificar os motivos pela não adesão aos serviços e a importância do autocuidado. A Atenção Básica envolve ações que se relacionam com aspectos coletivos e individuais e visa resolver os problemas de saúde mais frequentes e de maior relevância para a população. Ela deve ser a porta preferencial de entrada do cidadão no Sistema Único de Saúde- SUS, garantindo assim o seu acesso e os princípios de universalidade, integralidade e equidade da atenção (BRASIL, 2010). A falta de atenção ao público masculino reflete uma desqualificação dos homens para esta perspectiva assistencial. Nesse sentido, não se valoriza e nem se vê como adequado ou pertinente que os homens sejam alvo de intervenções na lógica organizacional dos serviços, quando se trata da APS, o que remete para sua desqualificação no campo das políticas públicas de saúde, aspecto que consideramos como uma forma de invisibilidade dessa população (COUTO, 2010). METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, no qual foram relacionadas às estratégias para abordagem à saúde do homem. Foram realizadas buscas nas bases científicas, tais como Scielo e Lilacs. Para tanto, foram utilizados os seguintes descritores: Enfermagem, saúde do homem e educação em saúde. Na busca, foram selecionados 23 artigos relacionados ao tema nesta base de dados. Após esta etapa foi executada a leitura e, por conseguinte, foram analisadas e selecionadas as pesquisa de interesse, para construção desse trabalho. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com a publicação Saúde Brasil 2007, do Ministério da Saúde, a cada 5 pessoas que morrem com idade de 20 a 30 anos, 4 são homens. Os homens correspondem por quase 60% das mortes no país. Das 1.003.350 mortes ocorridas em 2005, 582.311 foram de pessoas do sexo masculino – 57,8% do total. Assim, a cada três pessoas que morrem, duas são homens, aproximadamente. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevadas. A nova política coloca o Brasil na vanguarda das ações voltadas para a saúde do homem. De acordo com os artigos, os desafios são muitos, mas se faz necessário à capacitação dos profissionais quanto aos aspectos inerentes à condição do gênero masculino, para identificar e reconhecer as necessidades dos homens sinalizando que é possível mudar o cenário da saúde do homem. Na construção do Sistema Único de Saúde observa-se que, em relação à saúde do homem, há um processo de construção a respeito das políticas e ações aos problemas específicos do gênero masculino. A Política Nacional de Atenção integral à Saúde do Homem (PNAISH) vem com o propósito de minimizar as causas de morbimortalidade, representando um grande avanço, até o presente momento, as ações são poucas, porém com estratégias pertinentes a resolutividade dos problemas relacionados a esse gênero. (PNHAISH, 2008). Como estratégias temos ações de vigilância e planejamento, promoção de hábitos de vida saudáveis, prevenção de violência e acidentes, estimular a implantação e implementação de assistência em saúde sexual e reprodutiva, no âmbito da atenção integral à saúde, ampliar por meio de educação o acesso dos homens as informações. Diante de todas as questões que envolvem a saúde do homem-contexto social; gênero; política; quadro de morbimortalidade-, pensar em estratégias para abordar a saúde da população masculina é algo ainda complexo. As experiências são escassas na literatura, e os profissionais ainda não o adotam estratégias que contemplem as necessidades de saúde dessa população (FIGUEIREDO, 2005). Diante desse desafio, são proposta algumas estratégias de abordagem à saúde do homem, com possibilidade de atuação de âmbito coletivo e individual, almejando uma assistência integral a essa parcela da população. Inicialmente, propõe-se um fluxo de captação do homem, considerando que sua entrada no serviço de saúde pode ocorrer por demanda espontânea, por busca ativa ou por acompanhamento da equipe devido a algum agravo estabelecido (HEMMI, ALMEIDA, 2012). Tem-se visto que as ações voltadas a este público são discretos os investimentos, e insuficientes para trazê-los aos serviços básicos de saúde, sendo necessário superar ainda as barreiras sociais, culturais, de gênero e institucionais, como salienta Moura (2014). Assim de acordo com Neto (2013) há que se relatar que há uma extrema lentidão na produção dos manuais de apoio aos profissionais da atenção básica a fim de conduzir melhor as práticas voltadas ao homem, o que tem dificultado o despertar e o preparo destes profissionais em acolher e prestar assistência adequada a esta população. No entanto ver-se que é imprescindível reorientar as práticas, recriar, inovar e (re) significar as ações neste âmbito de atenção a fim de atrair estes sujeitos, buscando estratégias exitosas e reconhecer quais são os fatores que dificultam a presença do mesmo nos serviços. A articulação ensino e serviço podem contribuir para a implementação de ações que busquem promover a educação para a saúde, ampliar as informações e melhorar o nível de conhecimento das pessoas, tornando-os mais emponderados de seu direito social e garantia da cidadania, para Santana (2011). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante disto, é preciso promover ações de saúde que contribuam para a compreensão da realidade atual masculina nos seus diversos contextos: biológico, socioculturais, político-econômicos e que possibilitem o aumento da expectativa de vida e a redução dos índices de morbimortalidade por causas preveníeis e evitáveis nessa população. As Equipes de Saúde da Família tem como meta desenvolver uma abordagem diferenciada das demais Unidades Básicas de Saúde, estão localizadas próximo às moradias dos usuários e trabalham a partir das necessidades da população de sua área de abrangência, visando à satisfação dos usuários. Portanto é de fundamental importância que essas equipes de saúde, em especial o profissional enfermeiro, tenham um olhar ampliado sobre as condições da população, em especial do homem, para o planejamento de ações de saúde. Descritores: Enfermagem. Educação em Saúde. Saúde do Homem. Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem na Gestão e Políticas Públicas de Saúde. REFERÊNCIAS AQUINO,E.M.L. Gênero e saúde: perfil e tendência da produção cientifica no Brasil. Revista saúde pública. 2006;40(esp.)121-32. COUTO, Marcia Thereza and GOMES, Romeu. Homens, saúde e políticas públicas: a equidade de gênero em questão. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2012, vol.17, n.10, pp. 2569-2578. ISSN 81232012001000002. 1413-8123. http://dx.doi.org/10.1590/S1413- FIGUEIREDO,W. Assistência à saúde dos homens: um desafio para os serviços de atenção primária. Revista ciência & Saúde Coletiva. 2005; 10:105-9. LEAL, Andréa Fachel; FIGUEIREDO, Wagner dos Santos and NOGUEIRA-DA-SILVA, Geórgia Sibele. O percurso da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde dos Homens (PNAISH), desde a sua formulação até sua implementação nos serviços públicos locais de atenção à saúde . Ciênc. saúde coletiva [online]. 2012, vol.17, n.10, pp. 2607-2616. ISSN 1413-8123. NETO, F.R.G.X, Rocha, A.E.F, Linhares, M.S.C, Oliveira. E.N. Trabalho do enfermeiro na atenção à saúde do homem no território da Estratégia de Saúde da Família. Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.04, Nº. 01, Ano 2013 p.1741-1756. Disponível: http://gestaoesaude.unb.br/index.php/gestaoesaude/article/view/313. SANTANA, E.N, LIMA, E.M.M, Bulhões JLF, Monteiro EMLM, Aquino JM.A atenção à saúde do homem: ações e perspectivas dos enfermeiros. remE – Rev. Min. Enferm.;15(3): 324-332, jul./set., 2011. Disponível em: file:///C:/Users/user/Downloads/v15n3a03%20(1).pdf. SCHWARZ, Eduardo. Reflexões sobre gênero e a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem . Ciênc. saúde coletiva [online]. 2012, vol.17, n.10, pp. 2581-2583. ISSN 1413-8123. SOUZA M.C.M.R; HORTA, N.C. Enfermagem em saúde Coletiva: teoria e prática.- Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2012. ISBN: 978-85-83-89-035-5 EDUCAÇÃO PARA SAÚDE DE HOMENS MOTOTAXISTAS: AÇÕES DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO AOS FATORES DE RISCO Arielly Andrade Moura, Gecianne Souza de Lima, Hilla Souza dos Santos, Itala Anne Silva Santos, Juliana Figueiredo Santana, Laura Carvalho Souza, Livia Oliveira Rangel e Anderson Reis de Sousa. INTRODUÇÃO: Motocicletas são consideradas mais práticas por circularem com mais facilidade no tráfego cada dia mais lento das grandes cidades além de darem uma maior sensação de liberdade. Em contra partida, as motocicletas trazem a desvantagem de aumentar a vulnerabilidade de seus condutores, expondo-os a riscos maiores em caso de acidentes. Para poder desfrutar a liberdade e a praticidade das motocicletas é importante obedecer à legislação e seguir algumas regras de segurança, como usar capacete, segurar o guidão com as duas mãos e usar roupas de proteção com adesivos refletores, além de que a exposição ao sol poderá provocar Câncer de Pele pela grande quantidade de tempo desprotegido e questões relacionadas aos movimentos repetitivos, como: acelerar, frear, passar a marcha e pilotar, também é necessário alongar-se, para evitar possíveis lesões nas articulações. Outros fatores são determinantes para a causa de acidentes de motocicletas, o número de infrações como o avanço do sinal, a ingestão de bebida alcoólica a alta velocidade são os principais motivos, além de que o estresse tem um papel fundamental no acometimento dessas infrações. Em relação ao uso dos equipamentos de proteção individual, o único item usado é o capacete, mesmo assim, por ser obrigatório e exigido por lei, muitos motociclistas não usam em áreas que sem fiscalização. OBJETIVO: Relatar a experiência da atividade de educação em saúde para promoção e prevenção de acidentes de trânsito, o uso dos equipamentos de proteção e cuidados com a exposição ao sol. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência realizado por graduandas do sétimo semestre do curso de Enfermagem da Faculdade Nobre de Feira de Santana, Bahia. A ação foram levantadas a partir das discussões da disciplina de Enfermagem na atenção à saúde do homem. O local onde foi executada a ação, foram nas principais avenidas da cidade: Senhor do Passos, Getúlio Vargas e J.J. Seabra, onde estão localizados vários pontos de mototaxistas e grande fluxo de pessoas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Usado o método de promoção e prevenção de acidentes e cuidados com a exposição ao sol, a ação em saúde trouxe pontos importantes a serem levados em consideração, principalmente os fatores de estresse, uso de álcool e as infrações cometidas durante a transição de um local ao outro, assim como a falta/mal uso dos equipamentos de proteção. A partir de então, buscamos formas simples de abordar o tema e não ser tão extenso, pois eles não ficariam muito tempo esperando, já que clientes aparecem a todo momento. Distribuímos uma cartilha, onde contém os principais fatores de risco que a classe de mototaxistas estão expostos e explicamos cada uma de forma sucinta, mas trazendo um momento de reflexão para que os mesmos corrijam mal hábitos e busquem mudá-los. Buscamos também uma linguagem simples e adaptável, para que o entendimento fosse proveitoso, contamos com a participação efetiva e relatos contados por eles próprios, além do reconhecimento de que muitos executam infrações, não se preocupam tanto com a exposição ao sol, e consideram apenas o capacete como equipamento de proteção, por ser obrigatório. Escolhemos as principais vias, pois se concentram os maiores pontos de mototaxistas, podendo assim oferecer o conteúdo para maior parte do grupo. Os acidentes de trânsito terrestres constituem um importante problema de saúde pública, sendo uma das de trânsito, sem contar lesões que deixam um número maior de pessoas com sequelas graves e incapacitadas, com relação aos motociclistas, o maior risco de óbito foi verificado entre os jovens de 15 a 39 anos. Os mototaxistas fazem parte do grupo de risco com mais chance de desenvolver uma doença que ocorre por conta do desenvolvimento anormal das células da pele: o câncer de pele. Ao finalizar, percebemos que eles nunca tiveram a oportunidade de participar ou ser o público alvo de ações de saúde, e também falaram do déficit de abordar a saúde do homem no cotidiano, que é muito raro ver profissionais de saúde falando sobre. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir da experiência, certificou-se que as questões relacionadas à promoção de saúde do homem ainda está frágil, por isso, deve-se continuar com a execução de atividades voltadas para os homens, além de que as unidades de saúde, devem começar a inserção maior dos homens em suas práticas de saúde, pois encontra-se mais vulneráveis a algumas doenças, por raramente procurarem um serviço de saúde. CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM: A enfermagem tem papel fundamental no processo de cuidar, por isso, ações de promoção e prevenção de doenças são diretamente planejadas e executadas pela Enfermagem, por isso, abordar temas gerais e específicos, tem uma grande importância no âmbito, quer seja na unidade de saúde, rede hospitalar ou domiciliar, é de extrema importância alerta-los e oferece-los atenção integral. Descritores: Fatores de risco, mototaxistas, acidentes de trânsito. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida REFERÊNCIAS 1. Câncer de pele e os motoprofissionais. Disponível em: <http://motoboymagazine.com.br/cancer-de-pele-e-os-motoprofissionais/>. Acesso em: 13/09/2014. 2. Equipamentos e Vestimentos de Segurança. Disponível em:<http://www.transitoideal.com/pt/artigo/1/condutor/50/motociclistas#sthash. CQ3rePzI.dp. 3. Violência no trânsito. Disponivel em:<http://acaosocial.no.comunidades.net/index.php?pagina=1081315435_03>. ISBN: 978-85-83-89-035-5 CONSULTA DE ENFERMAGEM A PESSOAS COM ÚLCERAS DE PERNA E DOENÇA FALCIFORME: RELATO DE EXPERIÊNCIA Laureana Oliveira da Silva, Aline Silva Gomes Xavier, Evanilda Souza de Santana Carvalho e Polliana Lopes Lima dos Anjos. INTRODUÇÃO: Pessoas com doença falciforme (DF) com úlceras de perna, convivem com dor intensa, mobilidade diminuída, longo período de tratamento, além de perda da autonomia para realização de atividades diárias2. Essas pessoas encontram limitações no atendimento de suas demandas de cuidado devido ao pouco conhecimento que os profissionais acerca desse tipo de complicação. Assim, muitas são atendidas apenas focalizando a úlcera o que não contempla suas necessidades. Sabe-se que a ulcera crônica depende do bem estar geral da pessoa para alcançar sua cicatrização, exigindo um olhar integral. OBJETIVO: Descrever a consulta de enfermagem às pessoas com ulceras de perna e DF. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, o qual é composto descrição da experiência e contexto, e lições aprendidas. Resultados: Foram identificadas 20 pessoas com ulceras e DF, motivando a criação de uma agenda específica para cuidálas. Assim os adoecidos foram acolhidos pelo Centro de Referência Municipal à Pessoas com Doença Falciforme de Feira de Santana, os quais são atendidos semanalmente por equipe multiprofissional composta de enfermeiros, médicos, nutricionista, assistente social e psicólogo. Durante o atendimento as discentes de Enfermagem realizam consultas que envolve anamnese, exame físico e exame da ferida. Nessas consultas são levantados dados a respeito do auto cuidado quando se investiga passado de internamentos, transfusões sanguíneas, infecções e, quais tratamentos as pessoas já foram submetidos, o uso de hidroxiureia, terapias coadjuvantes e que soluções ou curativos já foram experimentados. Também são levantadas informações acerca da forma como se iniciou a ferida, quanto tempo existe e em que idade ela surgiu. Na avaliação física são mensurados circunferência da panturrilha, tornozelo e dorso do pé. No que se refere a avaliação da úlcera observa-se as características do leito da mesma, da pele periferida, a presença de pelos na pele adjacente, características do exsudatos e sintomas relacionados tais como dor local, odor, ardor e ou câimbras. Em seguida são mensuradas a extensão da úlcera; Foram identificados diagnósticos de enfermagem mais freqüentes: a integridade tissular prejudicada, dor crônica, perfusão tissular periférica ineficaz, risco para infecção e excesso do volume de líquidos, alteração da auto imagem e baixa auto estima. Em seguida elaborado plano de cuidados que inclui medidas de auto cuidado tais como: proteção da pele para evitar trauma local, hidratação oral adequada, manter a pele lubrificada com emolientes, elevação de membros inferiores e estimulação de exercícios. E por fim são aplicados cuidados tópicos à úlcera e terapia compressiva com bota de Unna, realizados encaminhamentos à terapia hiperbárica. Observou-se redução do tamanho da ulcera, disposição para o auto cuidado melhorada, adesão a medidas terapêuticas, redução da dor e melhora no padrão do sono. Considerações Finais: A experiência possibilitou às discentes reconhecer a importância da utilização de analgésico 30 minutos antes do curativo, anestésico tópico e malhas não aderentes a base de AGE para minimizar a dor dessas pessoas. As medidas sistematizadas através da consulta de enfermagem qualificam o cuidado às pessoas com ulcera de perna e DF resultando em conforto e melhoria na qualidade de vida dessas pessoas. Palavras Chave: Enfermagem; Anemia Falciforme; Úlcera de Perna. REFERÊNCIAS: 1 THOMAS, M. L. Histórico e cuidados aos pacientes com distúrbios hematológicos. In: SMELTZER, S. C. et al. Brunner & Suddarth, tratado de enfermagem medicocirúrgica.11. ed. v. 2 – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. p. 875-943. 2 GALIZA NETO, G. C, PITOMBEIRA, M. S. Aspectos moleculares da anemia falciforme. J. Bras. Patol. Med. Lab., Rio de Janeiro, v. 39, n. 1, p.51-56, 2003. 3 BARREIRA, A. G. et al. Biofilme bacteriano: um desafio para os profissionais de saúde. In: CARVALHO, E. S. S. Como cuidar de pessoas com feridas: desafios para a prática multiprofissional. – Salvador: Atualiza, 2012. p. 67-81. 4 ABBADE, L. P. F. Diagnósticos diferenciais de úlceras crônicas dos membros inferiores. In: MALAGUTTI, W. (org). Curativos, estomias e dermatologia: uma abordagem multiprofissional. 2. ed. – São Paulo: Martinari, 2011. p. 73-88. ISBN: 978-85-83-89-035-5 DOENÇAS OCUPACIONAIS EM HOMENS QUE ATUAM NA REDE DE SUPERMERCADOS: EXPERIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE Amanda Cerqueira Ferreira, Ana Gisely da Silva Carneiro, Andrelina Gomes da Silva, Itana Miranda, Marli Lopes Siqueira, Nathaly Rosário de Almeida, Wiviana Keila Santana Silva e Anderson Reis de Sousa. INTRODUÇÃO: Nos dias contemporâneos tanto as doenças ocupacionais como os acidentes de trabalho, são assuntos na pauta do mundo corporativo, já que afeta a produtividade do trabalhador, bem como é um dos motivos de afastamento do trabalho. A diversidade de situações de trabalho, padrões de vida e de adoecimento tem se acentuado em consequência das circunstâncias política e econômica (DIAS, ALMEIDA, 2001 apud LUERSEN, 2009). Trabalhadores de diversas áreas estão expostos a fatores organizacionais e psicossociais que podem provocar ou agravar as Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), como por exemplo, o desempenho de movimentos repetitivos, o uso de postura inadequada, a exposição a ruídos ou a baixa ou alta temperaturas, as longas jornadas de trabalho, a grande pressão para o cumprimento de metas e de padrões de qualidade etc. Estudos apontam que o trabalho desenvolvido em um ambiente adequado permite uma maior atuação do trabalhador, fazendo com que haja mais criatividade, prazer de trabalhar em tal companhia, além de menores riscos de acidentes e doenças ocupacionais. OBJETIVO: Descrever a experiência da educação para a saúde de homens que atuam na rede de supermercados sobre as doenças ocupacionais. METODOLOGIA: Trata-se relato de experiência sobre a educação para a saúde de homens que atuam na rede de supermercados acerca das doenças ocupacionais. A atividade foi realizada em 19 de setembro de 2014, com 20 funcionários do sexo masculino na rede Mercantil Rodrigues de supermercado, localizado na cidade de Feira de Santana, Bahia. A mesma foi desenvolvimento pelas graduandas do sétimo semestre do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Nobre de Feira de Santana, Bahia. A estratégia se deu durante o expediente dos trabalhadores, nesta ocasião promoveu-se um diálogo sobre as doenças ocupacionais, juntamente com escuta e sensibilização acerca do cuidado à saúde, além disso fora aplicado uma enquete que teve a duração de cinco minutos. Apoiado a atividade de campo foi feita uma pesquisa bibliográfica, a fim de confrontar os dados encontrados com a literatura especializada. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No que tange ao perfil dos entrevistados, à média de idade foi a seguinte, a maioria 57% está na faixa dos 26 a 36 anos, enquanto que a minoria possui mais do que 55 anos e, sua maioria trabalha em funções que exigiam certo esforço físico, tais como repositores e ajudante de depósito, com jornada de trabalho de 8 a 12 horas. (SPANHOL e SCHAPPO, 2009) explica que funcionários que trabalham por mais de 8 horas diárias provavelmente terão mais dores do que aqueles colaboradores que possuem uma carga horária de 6 horas diárias. Ressalta ainda que longas jornadas de trabalho geralmente são improdutivas, porque os funcionários diminuem o ritmo para suportar as horas extras, alem do mais há uma associação direta entre horas extras de trabalho e o aparecimento dos distúrbios ocupacionais. No que se refere ao descanso, a maioria 65% respondeu que possui uma hora, 35%, respondeu que possui meia hora de descanso e não houve resposta para a outra variável, menos de 15 minutos. Ressalta-se que o descanso intercalado na jornada laboral é essencial para a saúde do trabalhador e, no que tange aos movimentos repetitivos, perpassa pela sensibilização e práticas sócio-educativas dos trabalhadores (DELIBERATO, 2002). No tópico o conhecimento dos funcionários sobre as doenças ocupacionais, 60% responderam conhecer algo sobre e 40%, responderam que desconheciam o assunto. Quando questionados se já haviam sido acometidos por alguma doença proveniente do trabalho, a maioria respondeu que não 63% e 37% sim. Dos que responderam sim, a maioria citou a dor na coluna, dor nos braços e o estresse, respectivamente. As profissões que exercem suas funções diárias por um longo período em pé e com posturas inadequadas sem que haja um período de descanso adequado pode provocar lesões nos membros inferiores e na coluna vertebral, conforme foi comprovado pela pesquisa (SPANHOL e SCHAPPO, 2009). No tópico sobre o oferecimento de algum treinamento sobre como evitar doenças ocupacionais, a maioria 70%, afirmou que não e 30%, que sim. De igual modo, foi questionado aos funcionários se a empresa possuía algum programa para estimular a prática diária de exercícios e a resposta foi unânime, 100% responderam que sim. Mendes e Leite (2004) enfatizam que o exercício físico possui uma série de benefícios, tais como a diminuição da ocorrência das doenças cardiovasculares, a melhoria da qualidade de vida dentro e fora do ambiente laboral, bem como a questão da rotatividade de funcionários. Em contrapartida, ressalta-se que quando uma empresa não incentiva seus funcionários a praticarem alguma atividade física regularmente, pode originar um impacto negativo no trabalho, tal como a diminuição da produtividade, bem como a consequências pessoais. De igual modo, perguntou-se aos funcionários se eles já haviam buscado algum serviço de saúde de saúde decorrentes do trabalho e 36% respondeu que não, que nunca buscaram auxílio médico, mas dos que responderam sim, 36% respondeu que foi por causa de cansaço muscular (braços ou pernas); 14%, por dormências, 11%, devido a inchaços, estresse e outras alterações. A não procura masculina por serviços de saúde se dá porque os horários de funcionamento destes não atendem às demandas dos homens, pelo fato de coincidir com a carga horária de trabalho. Somado a isso se tem o fato de o trabalho encabeçar a lista de preocupações masculinas, tornando a procura masculina rara (GOMES, NASCIMENTO E ARAÚJO, 2007). CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa demonstrou que os trabalhadores não têm conhecimentos mais profundos sobre as doenças ocupacionais, por isso, a empresa precisa proporcionar ao colaborador uma capacitação a respeito do tema. De igual, modo, os resultados revelaram que a empresa não possui uma CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, fato que contribui para a desinformação dos funcionários sobre as doenças ocupacionais e sua prevenção. Por fim, conclui-se o conhecimento demonstrado pelos funcionários ainda é insipiente, requerendo, assim a existência de um serviço de saúde ocupacional na instituição voltado para a saúde, bem-estar, qualidade de vida e educação preventiva dos seus colaboradores. CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM: Estudos como este mostram que a enfermagem pode desenvolver conhecimentos e ampliar seu papel junto à saúde do trabalhador, uma vez que pode elaborar projetos de melhoria da qualidade de vida e saúde do trabalhador, bem como auxiliar na reabilitação laboral. Além de dá atenção a problemas prevalentes que podem comprometer o trabalhador tanto na sua vida pessoal quanto laboral, tais como: Diabetes Mellitus, obesidade, tabagismo, hipertensão arterial, abuso de drogas, doenças mentais e cardiovasculares. Descritores: Doenças Ocupacionais – LER/DORT - Prevenção Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida REFERÊNCIAS: COUTO, H.A. et.al. Como gerenciar a questão das LER/DORT: lesões por esforços repetitivos, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Belo Horizonte. Ergo, 2009. GOMES, Romeu; NASCIMENTO, Elaine Ferreira do; ARAUJO, Fábio Carvalho de. Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 3, Mar. 2007. LUZ, Adjane. A influência da ergonomia para o desempenho no trabalho: um estudo em uma agência bancária na cidade de Picos – PI (Monografia) Curso de Administração da Universidade Federal do Piauí , UFPI PICOS, 2013. MENDES, R. A.; LEITE, N. Ginástica Laboral no Escritório. Jundiaí: Fontoura, 2004. SPANHOL, Jeveli. SCHAPPO, Michelli. Análise da incidência dos distúrbios osteomusculares relacionados ao esforço repetitivo das profissionais cabeleireiras em Blumenau – SC. (Monografia) Curso de Fisioterapia da Universidade Regional de Blumenau – FURB, BLUMENAU, 2009. ISBN: 978-85-83-89-035-5 LITERATURA DE CORDEL NA EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE DE HOMENS: EXPERIÊNCIAS Agiliane Santos, Gabriela Nunes, Katharine Marques, Maiane Santos, Maiara Teixeira, Nildelane Ferreira e Anderson Reis de Sousa. INTRODUÇÃO: O objetivo da implantação de uma Política Estadual de Saúde do Homem é facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde. A iniciativa é uma resposta à observação de que os agravos do sexo masculino são um problema de saúde pública. A cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevadas, tendência à obesidade e não praticam atividade física com regularidade, entre outros problemas de saúde.1 Diante da magnitude destes indicadores é necessário que haja uma atenção e incentivo ao cuidado masculino, buscando inserir novos elementos na busca por sensibilizá-los quanto ao reconhecimento das necessidades de saúde e autocuidado. A literatura de cordel constitui-se num veículo importante de interlocução e comunicação, que maneira expressiva, utiliza de seus versos e prosas, a cultura e o cotidiano brasileiro. Tem origens no continente europeu, herdado do trovadorismo medieval na Península Ibérica e região provençal do sul da França, ingressou no Brasil com a colonização portuguesa, apresentada na época na forma oral.2 Os cordéis tiveram grande destaque e maior concentração na região Nordeste, sobressaindo em estados como Bahia, Pernambuco, Ceará e em estado do Norte como o Pará, influenciados pelo o regionalismo expressivo da época. Em suas ilustrações e mensagens referiam-se na sua maioria ao cotidiano dos cangaceiros, sertanejos e aos problemas sociais e econômico que os assolavam. 3 A denominação utilizada de cordel tem seus significados na forma como eram expostos e comercializados em Portugal, onde folhetos com versos eram pendurados em cordões, denominados cordéis, e expostos nas ruas, feiras, mercados populares e praças públicas. Esta produção é confeccionada pelo povo e direcionada também para o povo, tendo características próprias imprimidas através das mensagens e das xilogravuras produzidas em sua grande maioria por analfabetos ou semianalfabetos e também por estudiosos. Ao fazer uso de uma linguagem própria e acessível a toda a população é possível transmitir conhecimento, utilizando elementos facilitadores da compreensão como a ludicidade representada pelas imagens e o humor direcionado na escrita, sendo ainda de baixo custo. 4 Esta modalidade de comunicação tem sido utilizada na educação de crianças, jovens e adultos, transpondo-se para o campo da saúde, e tem se mostrado como um dispositivo eficaz para o trabalho de educação para a saúde na busca pela promoção da saúde e prevenção das doenças, permitindo a integração dos saberes populares e científicos. OBJETIVO: Descrever a experiência da atividade de educação em saúde de homens e os cuidados com a prevenção das doenças que acometem esta população. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência sobre a criação de um cordel com indicações de incentivo ao cuidado à saúde de homens. Esta atividade em dos trabalhos desenvolvidos pela disciplina de Atenção à saúde do homem, do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Nobre de Feira de Santana, Bahia. A formulação do mesmo se baseia na literatura de cordel, sendo construído pelas graduandas do sétimo semestre de Enfermagem. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O cordel possui a característica de folhetos contendo poemas populares, no campo da saúde poderá ser utilizado para abordar as temáticas de forma clara, acessível e de fácil entendimento para a população, relatando a importância do cuidado com a saúde nas várias áreas de abrangência, tem como objetivo sensibilizar e despertar o interesse do público masculino na procura aos serviços de saúde. Após ter sido realizado o planejamento estratégico da ação, tendo desenvolvido todo o material a ser utilizado foi realizada ação que teve como premissa a educação para a saúde, buscando trazer reflexões sobre a saúde do homem. O local escolhido para a realização da atividade foi a Feira do Livro da cidade de Feira de Santana, como forma de buscar conhecer o trabalho dos cordelistas, afim de coletar informações para a criação do material a ser produzido. A abordagem está em processo de construção e tem sido desenvolvida pautada na relação dialética, pretendendo desenvolver a distribuição de cordéis como mensagens informativas direcionadas a saúde do homem, buscando desenvolver a através da educação popular em saúde a mudança da consciência sanitária do público masculino e o incentivo a procura pelas unidades de saúde e a adoção de comportamentos que prezem pelo cuidado à saúde. O profissional de Enfermagem tem papel de destaque na promoção da educação em saúde, por ser elemento atuante no processo de cuidar. A educação em saúde está inserida no contexto da atuação da Enfermagem como estratégia de estabelecimento das relações dialéticas e reflexivas entre profissional e cliente, conseguindo perceber as fragilidades existentes na sua situação de saúde-doença, visando a transformação da sua qualidade de vida. Como forma de fortalecer esta interação já se tem disponíveis na literatura de cordel, folhetos que abordam em seus conteúdos temas direcionados para as questões de saúde e a prevenção das doenças, abordando temas como diabetes, álcool e outras drogas, HIV/AIDS, uso do cigarro, saúde do idoso, dengue, raiva e outras temáticas que podem está nas mãos dos leitores por preços bem acessíveis. A Enfermagem então, pode se valer de recursos como este para desenvolver ações voltadas para os grupos populacionais específicos, contribuindo com a comunicação em saúde e ampliação dos conceitos e práticas de saúde que devem chegar até os usuários do Sistema Único de Saúde brasileiro, para que se fortaleça a garantia da universalidade, equidade e integralidade da atenção. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Entende-se, portanto, que os profissionais de saúde devem realizar cada vez mais ações que atraiam a população masculina para os serviços de saúde, fazendo desta forma que estes se tornem parte integrante dos programas de saúde , atendendo a suas singularidades e vulnerabilidades específicas. CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM: Trazer a atual situação de saúde do homem, para a assistência e consolidação dos cuidados de enfermagem. Envolver os homens na prática diária do autocuidado. Compreender o problema no contexto de uma complexa teia de relações, envolvendo o homem, a Unidade Básica de Saúde (UBS) e o estabelecimento do vínculo entre eles. Descritores: Enfermagem. Educação em saúde. Saúde do Homem. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida REFERÊNCIAS 1. Alvarenga WA et al. Política de saúde do homem: perspectivas de enfermeiras para sua implementação. Rev. bras. enferm. [online]. 2012, vol.65, n.6, pp. 929935. 2. FERREIRA, Ana Paula O. Literatura de cordel: um método de incentivo à leitura e escrita. [s.l.], 2010. Disponível em: <http://www.webartigos.com/artigos/ literatura-de-cordel-um-metodo-deincentivo-a-leitura -e-escrita/36181/>. Acesso em: 18 abr. 2012. 3. Sousa LB, Torres CA, Pinheiro PNC, Pinheiro AKB. Práticas de educação em saúde do Brasil: a atuação da Enfermagem. [online].Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2010 jan/mar; 18(1)55-60. 4. Silva EA, Ramos DO, Carvalho ESS, Santos SVA, Santos LM, Araújo EM. Literatura de cordel na educação em saúde de famílias para prevenção de úlceras por pressão. Revista Baiana de Enfermagem, Salvador, v. 27, n. 3, p. 203-211, maio/ago. 2013 5. Trezza MCSF, Santos RM, Santos JM. Trabalhando educação popular em saúde com a arte construída no cotidiano da Enfermagem: um relato de experiência. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2007 Abr-Jun; 16(2): 326-34. ISBN: 978-85-83-89-035-5 EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE DO HOMEM: EXPERIÊNCIAS EM UMA FEIRA LIVRE NA BAHIA Alan Jeimison Oliveira Chagas, Cintia Adriane Reis, Geisa da Silva Machado, Jacilene Vieira, Juliane de Lima Candido, Thayna Aloma de Almeida Souza Cerqueira, Welton Dourado Lima e Anderson Reis de Sousa. INTRUDUÇÃO: As feiras são caracterizadas por possuírem relações econômicas, sociais e culturais, na qual possuem uma grande diversidade de comércios informais e terciários, técnicas de exposição e vendas, segundo Morais e Araújo (2006). Essa dinâmica instituída pela atuação na feira como local de trabalho evidencia a necessidade do feirante cuidar da sua saúde e em especial, o feirante do sexo masculino. O cuidar é essencial à vida, nenhum ser é capaz de sobreviver sem cuidado e tão pouco de cuidar daquilo que mantêm sua sobrevivência, seja entre os humanos ou de fontes materiais. Os homens não se comportam como as mulheres, que vão aos ginecologistas, anualmente, e realizam exames preventivos. O hábito de se realizar “check-up” preventivos não é uma atitude comum dos homens, o que facilita a evolução de doenças que poderiam ser evitadas, tais como hipertensão, diabetes, câncer de próstata entre outras. OBJETIVO: Descrever a experiência da educação para a saúde do homem em uma feira livre na Bahia. METODOLOGIA: Trata-se relato de experiência sobre a educação para a saúde de homens em uma feira livre na Bahia. A mesma foi desenvolvida pelas graduandos do sétimo semestre do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Nobre de Feira de Santana, Bahia. A estratégia se deu organizada através de diálogos, sensibilizações, com homens feirantes, buscando identificar os problemas que mais acometem esta população e o que levam a resistirem à busca pelos serviços de saúde. Nesta ocasião promoveu-se um diálogo sobre as doenças ocupacionais, juntamente com escuta e sensibilização acerca do cuidado à saúde, além disso fora aplicado uma enquete que teve a duração de cinco minutos. Apoiado a atividade de campo foi feita uma pesquisa bibliográfica, a fim de confrontar os dados encontrados com a literatura especializada. Com intuito de refletir sobre questões relacionadas ao acesso as informações de determinadas doenças e incentivá-los a procurar os serviços, buscou-se desenvolver uma atividade lúdica como forma de chamar a atenção do público, e nesta oportunidade foram distribuídos folders explicativos de algumas doenças que mais acometem a população masculina, tais como, hipertensão arterial, diabetes e câncer de próstata. Estes materiais entregues possuíam linguagem clara, acessível. Juntamente com este processo de incentivo à comunicação em saúde, foram promovidas algumas ações como aferição de pressão arterial. RESULTADOS E DISCURSÃO: No que se refere às ações de atenção à saúde do homem, podemos constatar que os homens ainda tem um certo receio em ir ao médico, de realizar os exames, e em grande escala só procuram a assistência médica quando estão sentindo alguma dor, e os sinais e sintomas já estão instalados (WEIGELT et al., 2012).A maioria destes homens não vão as unidades de saúde à busca por medidas de prevenção, evidenciando a presença do preconceito em relação ao exame câncer de próstata. Muitos destes homens não sabem informar se tem diabetes ou hipertensão arterial, não fazendo acompanhamento. A cultura é um fator determinante para a educação em saúde, crenças e valores interferem na significação do que é ser masculino, uma vez que os homens foram educados para não chorar e manterem a postura de “machos”, portanto o adoecimento demonstraria sua fragilidade (WEIGELT et al., 2012). A população masculina constrói sua masculinidade, embasados em paradigmas, tendo de apresentar-se com uma imagem de autossuficiência em que não percebem sua vulnerabilidade. Isso os leva a não dar a atenção necessária à saúde, e tornam-se empecilhos no acesso aos serviços médicos, uma vez que o cuidado é responsabilidade da mulher (WEIGELT et al., 2012). Para melhorar este impasse é necessário compreender a masculinidade como produto dos determinantes sociais e considerar a saúde do homem como um bem público para então, poder promover a igualdade de gênero como direito humano. Para além do olhar biológico as questões de gênero podem ser vistas como fatores de grande importância no padrão dos riscos de saúde nos homens e na forma como estes percebem e usam seus corpos. Na perspectiva de gênero a maioria das doenças passa a ser considerada como respondendo a uma combinação de causas biológicas e socioculturais. Por meio dessa ação, será observada a real importância de abordar temas como o Câncer de próstata, Diabetes e Hipertensão, afecções que tem atingido o público masculino, contribuindo demasiadamente para o aumento gradativo do índice de mortalidade que tem chamado a atenção das autoridades em saúde pública. É importante que o homem do sexo masculino, enquanto ser cultural, com uma postura social que o coloca a as margens do próprio cuido. Mostramos os pontos fortes da educação em saúde relacionada a saúde do homem, e uma visão crítica para uma melhor humanização em sua prática, para mudar o conceito que homem não se cuida e promover atividades educativas em beneficio dessa classe machista mostrando que é simples buscar o serviço de saúde, procurando facilitar esse atendimento para evitar barreiras dos mesmos com o serviço. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Essa ação serviu para ampliar a compreensão dos homens sobre a importância em procurar a assistência médica para o acompanhamento da saúde e descobertas precoces de respectivas doenças como: Diabetes, Hipertensão, câncer de pênis, câncer de próstata etc. Onde a equipe notou que eles foram bastante receptivos e que iriam buscar esse acompanhamento, para buscar melhora na saúde. As hipóteses sobre esse receio de procurar um médico, realizar exames foram confirmadas, confirmada também o preconceito estabelecido em relação ao câncer de próstata e o modo de como ele é feito. Para a equipe a metodologia utilizada foi bastante satisfatória, por causa do dinamismo criado em torno dos assuntos abordados e pela recepção dos entrevistados. Notamos que a saúde do homem é bastante fragilizada por causa desse preconceito social, criado pela sociedade machista e que ela precisa ser trabalhada, melhorada e incentivada buscando a melhora dessa fragilização e quebra desse preconceito. CONTRIBUIÇÕES PARA A ENFERMAGEM: O presente trabalho contribuiu para ampliação dos conhecimentos da equipe de estudantes de enfermagem no campo da saúde pública ligadas ao homem. Embora não busque os serviços de saúde para prevenir doenças, quando sensibilizados a procurar ou quando o serviço de saúde vai até eles, no seu trabalho, no seu cotidiano os resultados são bastante significativos. Eles foram receptivos e mostram interesse em conhecer melhor as enfermidades apresentadas. Contribuindo para entrevistas, fazendo perguntas e interagindo com o grupo. Percebemos que podemos mudar, através de pequenas ações, a diferença do índice de mortalidade dos homens em relação o das mulheres. Contribuindo para que a educação em saúde seja parte do cotidiano de homens que morrem simplesmente porque não sabem se cuidar. Descritores: Enfermagem. Doenças Crônicas. Saúde do Homem. Eixo Temático: novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância à Saúde. Planos de Ações e Estratégias para o Enfrentamento das Doenças Crônicas. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. p. 13 – 64. 2. WEIGELT, JULIÃO. Atenção à Saúde do Homem em Unidade de Estratégia da Família. Disponível em < http://cascavel.cpd.ufsm.br/revistas/ojs2.2.2/index.php/reufsm/article/viewFile/2400/1743> acesso 11/09/14 3. MARTINS, E. S. R. et al. Viver Saudável: Significado para os moradores de rua o município de Santa Maria. Rio Grande do Sul: REUFSM, 2012. 4. NARVAI, P.C. et al. Práticas de saúde pública. In: Saúde pública: bases conceituais. São Paulo: Atheneu, 2008, p.269-297. 5. VIANNA, L. A. C. Processo Saúde Doença. São Paulo: Ministério da Saúde, 2011. ISBN: 978-85-83-89-035-5 ANÁLISE DA POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM: PERSCPETIVAS PARA A ENFERMAGEM Salma Cerqueira Ferreira, Anderson Reis de Sousa, Criscia Christynne Martins Nery, Rita Jucielma Almeida Carneiro, Thiago Lopes de Menezes e Natalie Oliveira Gonçalves Vilas Boas. INTRODUÇÃO: A aplicação básica da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem está voltada a ações de serviço de saúde a população masculina de 20 a 59 anos nos seus diversos contextos, visando a implementação dos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde5. A população masculina atualmente tem se mostrado mais vulnerável às doenças, principalmente as patologias crônicas degenerativas como as doenças cardiovasculares e as neoplasias. As taxas de óbito mais elevadas na população masculina podem estar relacionadas à grande resistência que os homens possuem em promoverem o auto-cuidado, associado à negligência diante das ações preventivas, principalmente as voltadas para as doenças de caráter crônico degenerativas2. E com isso uma das preocupações centrais da política nacional a saúde do homem é a promoção do acesso da população do gênero masculino aos serviços de atenção primária à saúde. Isto justifica-se pelo fato de que a principal porta de entrada no sistema de saúde para a população masculina são os serviços de atenção ambulatorial e hospitalar de média e alta complexidade, em estágios já avançados do adoecimento1. Na tentativa de amenizar esse problema é que se instituiu no âmbito do Sistema Único de Saúde a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, visando qualificar a atenção à saúde da população masculina na perspectiva de linhas de cuidado que resguardassem a integralidade da atenção2. Ainda é possível observar a existência de diversas barreiras, dentre elas, estão fatores culturais e questões relacionadas com os serviços de saúde, dentre os fatores culturais estão associados a uma maior resistência dos homens em buscar os serviços no nível da atenção básica por associarem prevenção e autocuidado à fragilidade e insegurança, gerando assim a exposição por situações de risco e invulnerabilidade, traços culturais de uma visão hegemônica de masculinidade que acarretam, em comparação às mulheres, agravos na saúde e morte precoce. Dentre os fatores relacionados ao serviço de saúde estão os horários do serviço de saúde que coincidem com o trabalho dos homens1. OBJETIVO: Fazer uma análise da Política Nacional de atenção à saúde do homem incluindo sua importância, aplicabilidade nos serviços de saúde e dificuldades encontradas no mesmo atualmente. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura sobre a temática. O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados: Capes, Scielo, Lilacs, e Mediline e textos na área da política e saúde do homem. Como critérios de inclusão foram utilizados referências relacionadas à temática abordada, não havendo limite no período de tempo para o levantamento dos referenciais. Nas bases de dados foram encontrados 20 artigos. Destes foram selecionados 05 que atenderam ao objetivo do estudo. RESULTADOS E DISCUSÃO: Através da análise dos trabalhos sobre a política que rege a saúde do homem entende-se que o Programa Saúde do Homem visa atender as definições de respostas urgentes para a redução dos altos índices de morbimortalidade associados, principalmente a: causas externas (homicídios, acidentes de transito, agressões), consumo de álcool e outras drogas, tumores e doenças dos aparelhos digestivo, circulatório e respiratório1. Os serviços devem atender o sujeito em sua singularidade, em diversos contextos socioculturais, produzindo uma atenção integral ao mesmo, baseando-se em equidade e universalidade reconhecendo as desigualdades existentes no interior da sociedade e criando respostas para minimizá-las3. Encontram-se os benefícios potenciais da entrada da temática da masculinidade no campo dos estudos de gênero e saúde destaca-se: relações de gênero como determinantes do processo de saúde-doença, por outro lado a Politica baseia-se nas evidências de barreiras sócioculturais e institucionais que determinam diferentes desfechos de saúde quando se comparam as populações de homens e mulheres1. Se, de um lado, a resistência masculina à procura por cuidados preventivos e primários decorre das variáveis culturais que estabelecem uma dissociação entre os valores de masculinidade e a fragilidade representada pela doença, por outro, é justificado pelo horário de funcionamento, que coincide com a carga horária do trabalho da maior parte da população masculina que acaba desestimulando e até impossibilitando o acesso dos homens a assistência de saúde, pois dificilmente se encontra posto de saúde e ambulatório aberto após as 17 horas, então a possibilidade que resta a eles são os serviços de urgência e emergência que possui atendimento 24 horas, consequentemente acabam por não se beneficiarem dos serviços de prevenção e proteção da saúde superlotando os pronto atendimentos com situações que poderiam ser solucionados na atenção básica. A forma como está organizado a atenção básica de saúde, no que diz respeito a funcionamento, tempo de atendimento, quantidade e capacidade técnica dos profissionais de saúde, dentre outros aspectos, não tem contribuído para a inserção e acolhimento dos homens no sistema de saúde2. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É perceptível a necessidade de se aplicar novas estratégias que visam aumentar a demanda do homem ao serviço de saúde eliminando preocupações e procurando quebrar barreiras para o sucesso da atuação da Política do diadia, como a educação em saúde através de informações e comunicação acerca da sensibilização dos homens e seus familiares, a procura da expansão do sistema ou atenção á saúde com o objetivo de fortalecer os serviços de atenção básica, qualificar os profissionais voltando-se para a saúde do homem através da realização de estudos e pesquisas contribuindo para a melhora da Política. Procurou analisar na bibliografia as produções sobre a saúde do homem e a política referente ao mesmo e para que ocorra realmente a plena concretização da Política de Atenção a Saúde do Homem é imprescindível haver além das mudanças organizacionais dos serviços, o desenvolvimento de ações integradas entre o setor saúde e a educação, para que a conscientização da importância de promoção da saúde e prevenção da doença seja algo próprio do homem, assim como atualmente é de grande parte das mulheres. CONTRIBUIÇÕES PARA A ENFERMAGEM: Refletir sobre a atenção à saúde do homem e a implementação de uma política específica para esta população traz grandes direcionamentos para o campo da Enfermagem, sensibilizando os profissionais a promoverem ações que estimulem o protagonismo masculino direcionado ao autocuidado, e consequentemente a redução das elevadas taxas de morbimortalidade. Descritores: Saúde do Homem, Masculinidade, Políticas de saúde. Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem na Gestão e Políticas Públicas de Saúde. REFERENCIAS: 1 Ferraz D, Kraiczyk J. Gênero e Políticas Públicas de Saúde – construindo respostas para o enfrentamento das desigualdades no âmbito do SUS. Revista de Psicologia da UNESP v. 9, n.1, 2010. 2 Ferreira, M. Desafios da Política de Atenção à Saúde do Homem: Análise das barreiras enfrentadas para sua consolidação. Gestão e Saúde, 4, jan. 2013. 3 Medrado B et al. Reflexões sobre gênero e a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2012, v.17, n.10, p. 2581-2583. ISSN 1413-8123. Disponível em: 4 SCHWARZ, Eduardo et al. Política de saúde do homem. Rev. Saúde Pública [online]. 2012, vol.46, suppl.1, pp. 108-116. Epub Dec 11, 2012. ISSN 00348910. 5 MOURA, EC de; LIMA, AMP; URDANETA, M. Uso de indicadores para o monitoramento das ações de promoção e atenção da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH). Ciênc. saúde coletiva [online]. 2012, vol.17, n.10, pp. 2597-2606. ISSN 1413-8123. ISBN: 978-85-83-89-035-5 REABILITAÇÃO E SEXUALIDADE: DISCUTINDO O ENFRENTAMENTO DE PACIENTES PROSTATECTOMIZADOS Thiago Lopes de Menezes, Criscia Christynne Martins Nery, Natalie Oliveira Gonçalves Vilas Boas, Rita Jucielma Almeida Carneiro e Anderson Reis de Sousa. INTRODUÇÃO: Atualmente, pesquisas apontam para um alto índice de homens, principalmente acima dos 60 anos, que apresentam patologias relacionadas à próstata, é considerado o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, depois do câncer de pele1,2. O processo do paciente que foi submetido a cirurgia, e logo após deixar o hospital para viver sua rotina, normalmente acarreta uma série de dúvidas, medo e fragilidade e é necessárias orientações a respeito dos problemas e das situações a que irão ser submetidos. Com os avanços da tecnologia é perceptível uma menor incidência de problemas como incontinência urinária e a disfunção sexual no pósoperatório, que vai depender também do individualismo de cada paciente2. OBJETIVO: Identificar na literatura o enfrentamento de homens prostatectomizados frente a reabilitação e sexualidade. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura sobre a temática, através da utilização dos descritores: Enfermagem, neoplasias da próstata e saúde do homem os quais atenderam ao objetivo do estudo. RESULTADOS: Quando a cirurgia é o tratamento de escolha, em geral os pacientes apresentam alterações emocionais, como estresse e medo, além de preocupações relativas a problemas financeiros, responsabilidades familiares e com o trabalho. Além destes detalhes nota-se que os homens por não freqüentarem com mais freqüência as unidades de saúde do que as mulheres, e pelo modelo hegemônico de masculinidade que representam, tornam-se mais resistentes e não verbalizando o que estão sentindo. O pós operatório dos pacientes prostatectomizados requer uma série de cuidados, pois eles vão está submetidos a alguns problemas como: conhecimento deficiente, dor aguda, disfunção sexual, risco de volume de líquidos deficiente, risco de infecção, controle ineficaz do regime terapêutico e padrões de sexualidade ineficazes, eliminação urinária prejudicada2. CONSIDERAÇÕES FIANAIS: Este trabalho pretende estimular atenção voltada para os homens prostatectomizados na busca por encontrar soluções que reduzam os impactos gerados no processo de reabilitação e comprometimento da sua sexualidade, e desta forma sensibilizar profissionais de saúde à intensificarem a atenção a este público, voltando a sua prática as questões de gênero. Ressalta-se que é necessária uma maior assistência para ações de cuidado relativos a pacientes prostatectomizados que favoreça a individualidade do cuidado e a consideração do ser humano em sua totalidade. As pesquisas analisadas demonstram que a enfermagem tem um papel importante na produção do cuidado, assistência e na orientação destes homens, a fim de reduzir a ansiedade, minimizar dúvidas e os impactos físicos, sociais e psicológicos que possam surgir no pós-operatório, além de estabelecer a confiança e comunicação desejada, bem como o fortalecimento dos laços familiares. Descritores: Enfermagem. Neoplasias da Próstata. Saúde do homem. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. 1 MATA, Luciana R. F. et al. produção científica da enfermagem em relação ao câncer de próstata: revisão integrativa. Rev enferm UFPE on line. Pag 3007-3016. 2012 2 VIANNA, Márcia Chaves; NAPOLEÃO, Anamaria Alves. Reflexões sobre cuidados de enfermagem para a alta de pacientes prostatectomizados. Cienc Cuid Saude Abr/Jun. pag :269-273. 2009. ISBN: 978-85-83-89-035-5 ESTRATÉGIAS DE SENSIBILIZAÇÃO DA PRESENÇA MASCULINA ÀS AÇÕES DE SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA Rosa Maria Santos de Medeiros, Sheila Passos Mota Coutinho, Michelle Macedo Ramalho, Gilmara Souza Sampaio Almeida e Anderson Reis de Sousa. INTRODUÇÃO: O presente trabalho foi desenvolvido para despertar a importância da política voltada ao gênero masculino, buscando promover reflexões sobre a necessidade de pensar em atividades coletivas e individuais a partir de estratégias de acolhimento, e das intervenções que o enfermeiro poderá investigar, para garantir o acesso e identificar os motivos pela não adesão aos serviços e a importância do autocuidado. A Atenção Básica envolve ações que se relacionam com aspectos coletivos e individuais e visa resolver os problemas de saúde mais frequentes e de maior relevância para a população. Ela deve ser a porta preferencial de entrada do cidadão no Sistema Único de Saúde- SUS, garantindo assim o seu acesso e os princípios de universalidade, integralidade e equidade da atenção (BRASIL, 2010). A falta de atenção ao público masculino reflete uma desqualificação dos homens para esta perspectiva assistencial. Nesse sentido, não se valoriza e nem se vê como adequado ou pertinente que os homens sejam alvo de intervenções na lógica organizacional dos serviços, quando se trata da APS, o que remete para sua desqualificação no campo das políticas públicas de saúde, aspecto que consideramos como uma forma de invisibilidade dessa população (COUTO, 2010). METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, no qual foram relacionadas às estratégias para abordagem à saúde do homem. Foram realizadas buscas nas bases científicas, tais como Scielo e Lilacs. Para tanto, foram utilizados os seguintes descritores: Enfermagem, saúde do homem e educação em saúde. Na busca, foram selecionados 23 artigos relacionados ao tema nesta base de dados. Após esta etapa foi executada a leitura e, por conseguinte, foram analisadas e selecionadas as pesquisa de interesse, para construção desse trabalho. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com a publicação Saúde Brasil 2007, do Ministério da Saúde, a cada 5 pessoas que morrem com idade de 20 a 30 anos, 4 são homens. Os homens correspondem por quase 60% das mortes no país. Das 1.003.350 mortes ocorridas em 2005, 582.311 foram de pessoas do sexo masculino – 57,8% do total. Assim, a cada três pessoas que morrem, duas são homens, aproximadamente. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevadas. A nova política coloca o Brasil na vanguarda das ações voltadas para a saúde do homem. De acordo com os artigos, os desafios são muitos, mas se faz necessário à capacitação dos profissionais quanto aos aspectos inerentes à condição do gênero masculino, para identificar e reconhecer as necessidades dos homens sinalizando que é possível mudar o cenário da saúde do homem. Na construção do Sistema Único de Saúde observa-se que, em relação à saúde do homem, há um processo de construção a respeito das políticas e ações aos problemas específicos do gênero masculino. A Política Nacional de Atenção integral à Saúde do Homem (PNAISH) vem com o propósito de minimizar as causas de morbimortalidade, representando um grande avanço, até o presente momento, as ações são poucas, porém com estratégias pertinentes a resolutividade dos problemas relacionados a esse gênero. (PNHAISH, 2008). Como estratégias temos ações de vigilância e planejamento, promoção de hábitos de vida saudáveis, prevenção de violência e acidentes, estimular a implantação e implementação de assistência em saúde sexual e reprodutiva, no âmbito da atenção integral à saúde, ampliar por meio de educação o acesso dos homens as informações. Diante de todas as questões que envolvem a saúde do homem-contexto social; gênero; política; quadro de morbimortalidade-, pensar em estratégias para abordar a saúde da população masculina é algo ainda complexo. As experiências são escassas na literatura, e os profissionais ainda não o adotam estratégias que contemplem as necessidades de saúde dessa população (FIGUEIREDO, 2005). Diante desse desafio, são proposta algumas estratégias de abordagem à saúde do homem, com possibilidade de atuação de âmbito coletivo e individual, almejando uma assistência integral a essa parcela da população. Inicialmente, propõe-se um fluxo de captação do homem, considerando que sua entrada no serviço de saúde pode ocorrer por demanda espontânea, por busca ativa ou por acompanhamento da equipe devido a algum agravo estabelecido (HEMMI, ALMEIDA, 2012). Tem-se visto que as ações voltadas a este público são discretos os investimentos, e insuficientes para trazê-los aos serviços básicos de saúde, sendo necessário superar ainda as barreiras sociais, culturais, de gênero e institucionais, como salienta Moura (2014). Assim de acordo com Neto (2013) há que se relatar que há uma extrema lentidão na produção dos manuais de apoio aos profissionais da atenção básica a fim de conduzir melhor as práticas voltadas ao homem, o que tem dificultado o despertar e o preparo destes profissionais em acolher e prestar assistência adequada a esta população. No entanto ver-se que é imprescindível reorientar as práticas, recriar, inovar e (re) significar as ações neste âmbito de atenção a fim de atrair estes sujeitos, buscando estratégias exitosas e reconhecer quais são os fatores que dificultam a presença do mesmo nos serviços. A articulação ensino e serviço podem contribuir para a implementação de ações que busquem promover a educação para a saúde, ampliar as informações e melhorar o nível de conhecimento das pessoas, tornando-os mais emponderados de seu direito social e garantia da cidadania, para Santana (2011). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante disto, é preciso promover ações de saúde que contribuam para a compreensão da realidade atual masculina nos seus diversos contextos: biológico, socioculturais, político-econômicos e que possibilitem o aumento da expectativa de vida e a redução dos índices de morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis nessa população. As Equipes de Saúde da Família tem como meta desenvolver uma abordagem diferenciada das demais Unidades Básicas de Saúde, estão localizadas próximo às moradias dos usuários e trabalham a partir das necessidades da população de sua área de abrangência, visando à satisfação dos usuários. Portanto é de fundamental importância que essas equipes de saúde, em especial o profissional enfermeiro, tenham um olhar ampliado sobre as condições da população, em especial do homem, para o planejamento de ações de saúde. Descritores: Enfermagem. Educação em Saúde. Saúde do Homem. Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem na Gestão e Políticas Públicas de Saúde. REFERÊNCIAS AQUINO,E.M.L. Gênero e saúde: perfil e tendência da produção cientifica no Brasil. Revista saúde pública. 2006;40(esp.)121-32. COUTO, Marcia Thereza and GOMES, Romeu. Homens, saúde e políticas públicas: a equidade de gênero em questão. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2012, vol.17, n.10, pp. 2569-2578. ISSN 81232012001000002. 1413-8123. http://dx.doi.org/10.1590/S1413- FIGUEIREDO,W. Assistência à saúde dos homens: um desafio para os serviços de atenção primária. Revista ciência & Saúde Coletiva. 2005; 10:105-9. LEAL, Andréa Fachel; FIGUEIREDO, Wagner dos Santos and NOGUEIRA-DA-SILVA, Geórgia Sibele. O percurso da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde dos Homens (PNAISH), desde a sua formulação até sua implementação nos serviços públicos locais de atenção à saúde . Ciênc. saúde coletiva [online]. 2012, vol.17, n.10, pp. 2607-2616. ISSN 1413-8123. NETO, F.R.G.X, Rocha, A.E.F, Linhares, M.S.C, Oliveira. E.N. Trabalho do enfermeiro na atenção à saúde do homem no território da Estratégia de Saúde da Família. Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.04, Nº. 01, Ano 2013 p.1741-1756. Disponível: http://gestaoesaude.unb.br/index.php/gestaoesaude/article/view/313. SANTANA, E.N, LIMA, E.M.M, Bulhões JLF, Monteiro EMLM, Aquino JM.A atenção à saúde do homem: ações e perspectivas dos enfermeiros. remE – Rev. Min. Enferm.;15(3): 324-332, jul./set., 2011. Disponível em: file:///C:/Users/user/Downloads/v15n3a03%20(1).pdf. SCHWARZ, Eduardo. Reflexões sobre gênero e a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem . Ciênc. saúde coletiva [online]. 2012, vol.17, n.10, pp. 2581-2583. ISSN 1413-8123. SOUZA M.C.M.R;HORTA, N.C. Enfermagem em saúde Coletiva: teoria e prática.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, [LIVRO]2012. ISBN: 978-85-83-89-035-5 AÇÕES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM À SAÚDE MASCULINA: REFLEXÕES PARA A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Juliana dos Santos Figueiredo, Jéssica Ribeiro Torres, Camila Oliveira Bastos e Anderson Reis de Sousa. INTRODUÇÃO: Com o objetivo de reduzir os elevados índices de mortalidade o ministério da saúde criou a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem (PNAISH). Esta visa o desenvolvimento de ações de promoção e prevenção a saúde do homem na porta de entrada do Sistema Único de Saúde. ¹ OBJETIVO: Analisar na literatura as ações da equipe de Enfermagem frente à saúde masculina. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa realizada através de revisão literatura, realizada nas bases de dados: Scielo, Bireme e Lilacs, utilizando os descritores: Enfermagem, saúde do homem e ESF, publicados de 2010 à 2014. Foram encontrados onze artigos e selecionados quatro. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O desenvolvimento de ações para o público masculino possui muitas dificuldades, tanto por parte dos enfermeiros em sensibilizar essa população, como da procura dos mesmos pelo serviço devido aos valores e crenças arraigados ou por acolhimento ineficiente.² Os enfermeiros culpabilizam os gestores pela frágil qualificação profissional, a sobrecarga de trabalho e a disponibilidade de tempo.³ Encontra-se em pesquisas a presença de uma parcela relevante de enfermeiros que desconhecem a existência da PNAISH tornando inviável o desenvolvimento de ações de promoção e prevenção dessa população. A maioria das ações desenvolvidas são reducionistas, focando na neoplasia e nas doenças crônicas.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por meio desse estudo percebe-se a escassez de ações DA Enfermagem voltadas para saúde masculina mesmo após a implementação da PNAISH. CONTRIBUIÇÃO PARA ENFERMAGEM: Discorrer sobre a PNAISH é de extrema relevância, pois é uma tentativa de romper os obstáculos dos futuros profissionais e os que já atuam impedindo que persista uma ineficiência da implantação de ações e participação do público masculino na atenção básica. Contribui também para uma maior autonomia e uma visão crítica sobre o assunto. Descritores: Enfermagem. Saúde do Homem. Atenção Básica à Saúde. Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem na Gestão e Políticas Públicas de Saúde. REFERÊNCIAS: 1. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (Princípios e Diretrizes). Brasília, 2008. 2. ALVARENGA, W.A. Política de saúde do homem: perspectivas de enfermeiras para sua implementação. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, 2012. 3. GOMES, Romeu. Os homens não vêm! Ausência e/ou invisibilidade masculina na atenção primária. Ciência & Saúde Coletiva, 2011. 4. SILVA, P.A.S. et al. A saúde do homem na visão dos enfermeiros de uma unidade básica de saúde. Esc. Anna Nery vol.16. Rio de Janeiro, 2012. ISBN: 978-85-83-89-035-5 CONTAMINAÇÕES CRUZADAS EM UTI: UM DESAFIO PARA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Ana Luiza Andrada Melo, Fabiana Lima do ouro, Karla Lucila Andrade Cintra, Marianna dos Santos Oliveira Araújo Nogueira, Sebastião Edimilson Teixeira Oliveira. INTRODUÇÃO: A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um setor de alta complexidade que assisti pacientes graves, com ou sem doenças prévias, pós-operatórios e politraumatizados, que necessitam de profissionais especializados, assistência continua e tecnologias avançadas¹. Os pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são os mais suscetíveis a adquirir infecções relacionadas à assistência em saúde, uma vez que é neste ambiente, onde há um grande foco gerador e disseminador de cepas bacterianas multirresistentes². A infecção seja ela endógena ou adquirida, figura como uma das mais sérias ameaças ao doente, causando por isso, constante preocupação à equipe que lhepresta assistência³. Segundo AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) (2009), a UTI deve cumprir as medidas de prevenção e controle das infecções orientando também os familiares e demais visitantes dos pacientes sobre ações de controle, disponibilizando assim os insumos, produtos, equipamentos e instalações, necessários para práticas de higienização das mãos dos profissionais de saúde e visitantes⁴. Além disso, diante da complexidade do controle de infecção hospitalar na UTI, deve-se levar em conta a existência de diversos procedimentos que podem minimizar este agravo, buscando a qualidade da assistência. OBJETIVO: Realizar uma revisão bibliográfica sobre contaminação cruzada em UTI; buscar na literatura aspectos relevantes na atuação do enfermeiro mediante a contaminação cruzada, bem como os desafios e perspectivas encontrados. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de abordagem qualitativa, esta se utiliza tanto de livros como artigos científicos encontrados nas bases de dados online, Scielo e Lilacs, BVS- Biblioteca Virtual de Saúde, Google acadêmico e em literaturas, utilizando os descritores: Cuidados de Enfermagem, Contaminações Cruzadas, UTI, Desafios e Perspectivas. Foram utilizados como critérios de inclusão artigos que abordassem a temática, publicados nos últimos 10 anos. Nas bases de dados foram encontrados 25 artigos, sendo selecionados 17 que atenderam ao objetivo do estudo. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Nos últimos anos, tem-se observado o aumento da frequência de infecções por microrganismos resistentes, que segundo a ANVISA (2010), são diferentes classes de antimicrobianos testados em exames, gerando transtornos nas instituições hospitalares em todo mundo⁵. Ocorrem infecções cruzadas pela transferência de um microrganismo de um local para outro ou interpessoalmente. Sendo este, o termo usado para designar as infecções adquiridas de outras pessoas, pacientes ou profissionais de saúde, ou objetos6. Tendo em vista que as mãos são consideradas as principais ferramentas dos profissionais que atuam nos serviços de saúde, sendo as executoras das atividades e serviços prestados, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (ANVISA/MS) implantou a resolução da diretoria colegiada RDC n 50 de 21 de fevereiro de 2002 que dispõe sobre normas e projetos físicos dos estabelecimentos assistenciais de saúde definindo, dentre outras, a necessidade de lavatórios/pias para a higienização das mãos 7. Essa iniciativa reforça a higienização das mãos como o procedimento mais importante e menos dispendioso para evitar a transmissão de infecções relacionadas à assistência à saúde8. A promoção e práticas de higienização das mãos devem ser incentivadas nos serviços de saúde. Outros sim, um aspecto que interfere diretamente na adesão a higienização das mãos é que os profissionais de saúde não incorporam esse conhecimento às atividades diárias. Além disso, a falta de local adequado, com pias em número suficiente e antissépticos, acabam por desmotivar os profissionais a cerca dessa prática9. Desta forma, a qualidade dos cuidados prestados pela equipe de saúde deve ser avaliada em consonância com os padrões de qualidade estabelecidos para o serviço. A prevenção da infecção cruzada é de fundamental importância dentro desse contexto de cuidado, pois, além da lavagem das mãos, o controle da infecção cruzada ocorre também através do uso adequado de EPI's como luvas, máscaras, gorro e avental, prevenindo a contaminação e disseminação de microrganismos10. Considerações Finais: Este estudo possibilitou a compreensão do desenvolvimento das infecções hospitalares em UTI, com ênfase na contaminação cruzada, em que os próprios promovedores do cuidado podem ser os agentes de disseminação. Nesse sentido, os enfermeiros na UTI são os principais agentes de transformação, por estarem diretamente envolvidos na realização de práticas invasivas e na administração da unidade. Desse modo, é imprescindível que os mesmos possuam conhecimento acerca do mecanismo de infecção hospitalar em UTI, seus fatores de risco, medidas de prevenção e controle. Portanto, o papel da equipe de enfermagem é de extrema importância narealização de técnicas adequadas no controle de contaminação cruzada, sendo que a chave para o controle das infecções é a educação continuada dos profissionais de saúde, devendo rever frequentemente os protocolos de cuidados e higienização das mãos, cuja padronização deve ser clara e disponível a todos. CONCLUSÃO: Conclui-se portanto, que o enfermeiro tem papel fundamental no desenvolvimento das iniciativas de prevenção de agravos e promoção da saúde. E que é de suma importância por estes, a implantação de medidas que visem informar e orientar a equipe multidisciplinar que compõe a UTI, bem como pacientes, acompanhantes e visitantes durante o momento da internação sobre . Descritores: Cuidados de Enfermagem. Contaminações Cruzadas. UTI. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS 1. ALBUQUERQUE, A. M. et al. Infecção cruzada no centro de terapia intensiva à luz da literatura. Rev. Ciênc. Saúde Nova Esperança. Campina Grande, 2013. Disponível em:<https://www.bing.com/search?setmkt=ptBR&q=INFEC%C3%87%C3%83O+CRUZADA+NO+CENTRO+DE+TERAPIA+ INTEN 2. HINRICHSEN, S.L. Biossegurança e controle de Infecções, 2.ed. Rio de Janeiro: bara Koogan, 2013. ISBN: 978-85-83-89-035-5 CORPO, MASCULINIDADE E CUIDADOS À SAÚDE: ATENÇÃO A HOMENS QUE FAZEM USO DE ANABOLIZANTES Adrielly Rocha Barbosa Gonçalves, Emanuela Márcia de Freitas Vieira e Anderson Reis de Sousa. INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, o corpo tornou-se alvo de uma atenção redobrada com a manifestação de técnicas de cuidado, tais como dietas, musculação e cirurgias estéticas1. Estudos indicaram que o corpo hipermusculoso figura como uma fonte de valorização e poder nas interações sociais e afetivo-sexuais, sendo um sinal distintivo da masculinidade na sociedade moderna. 1 Na busca pelo imediatismo na obtenção de resultados, muitos jovens recorrem a anabolizantes.2 A perspectiva do cuidado masculino pode gerar resultados positivos quando associado a ideia de que ao homem também é concebido a atenção voltada a si próprio. Porém, esse cuidado pode afastá-lo da saúde em geral quando atinge o limite do culto extremo ao corpo. De algum modo, os homens quando promovem o cuidado ao corpo, cultivam um intenso fisiculturismo, diante desse aspecto, o cuidado exacerbado com si pode transformar-se em rico a saúde. 3 A proposta não é divergir a relação, privilegiando um gênero em detrimento do outro. Subentendo que os posicionamentos os quais enfocam a saúde da mulher e a saúde do homem são igualmente válidos, desde que tais posicionamentos não percam a perspectiva relacional entre os gêneros e não se distanciando da promoção da saúde voltada para as necessidades humanas em geral. Refletir sobre a relação não significa desatentar das demandas específicas de cada gênero.4A sociedade contemporânea tem como marca o consumismo e o individualismo, a busca pelo êxito e o acumulo de bens materiais. Atrelado a isso o corpo se tornou um bem de consumo. Tal consumismo permite ao indivíduo se situar socialmente mediante ao acumulo de capital. Produtos, marcas, materiais e o corpo enquanto objeto de consumo passa a imprimir estereótipos sobre cada sujeito, constituindo sua identidade e suas referências. A enorme valorização da aparência, é um processo qual o corpo físico assume um papel fundamental na exteriorização da subjetividade. A mídia está atrelada a esse processo, que adquiriu uma forte influência na contemporaneidade disseminando valores e padrões estéticos, fazendo com que haja uma necessidade de consumo, por sua vez, expandindo a industrialização de produtos estéticos.5 OBJETIVO: Refletir sobre a atenção e cuidados à saúde de homens que fazem uso de anabolizantes. METODOLOGIA: Trata-se de uma reflexão teórica sobre a atenção e cuidados à saúde de homens que fazem uso de anabolizantes para fins estéticos, como forma de estimular os leitores a repensar o papel do profissional de saúde frente as demandas advindas da contemporaneidade. Como forma de dar sustentação a este estudo, foi realizado pesquisa em artigos e livros sobre a temática. RESULTADOS E DISCUSSÕES: O papel que a cultura e a história de masculinidade representam no crescimento da vulnerabilidade dos homens é um aspecto cada vez mais importante no entendimento do campo da saúde masculina. As atitudes arriscadas têm sido atributos amplamente reconhecido e aceitos como símbolos de masculinidade, e muitos homens vivenciam o risco como uma aventura. A existência do risco, nessa visão, configura uma espécie de prestigio aquele que a experiência ultrapassa os limites de normalidade. Entende-se, porém, que estes comportamentos de valorização do risco e de controle sobre o perigo, em parte expressão da busca por um ideal inatingível de masculinidade, aumenta os riscos de os homens, principalmente os jovens, de contraírem HIV/AIDS e outras DST's e morrerem por acidentes ou homicídios.1 Os esteroides anabólicos androgênicos no Brasil são classificados como medicamentos de uso controlado, conforme regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). O uso recomendado dos (EAA) é feito em anemias graves, diminui a necessidade de transfusões sanguíneas, insuficiências pulmonares e cardíacas, no qual eles aliviam os sintomas de cansaço desses pacientes. São indicados, ainda, em pacientes com AIDS ou insuficiência renal crônica, para compensar a perda de massa muscular. Além disso, seu uso é consagrado na reposição em casos de deficiência hormonal masculina.1 Propostas baseadas na ideia de minimização de danos, sinalizando, contudo, que qualquer política pública irá produzir tanto danos quanto benefícios para os indivíduos. Desta forma, não se trata de apoiar o consumo e, tampouco, defender a legalização do uso não terapêutico de anabolizantes, apenas sugerir que é possível pensar no uso supervisionado, com o desenvolvimento de esquemas de doses adequados às pessoas, evitando o descompasso entre o que é revelado e o que é, de fato, utilizado no cotidiano. A tarefa da saúde pública seria a de apostar no realismo das propostas que reduzam os danos mais graves à integridade dos cidadãos em conformidade às normas do estado de direito e à garantia dos direitos individuais.1 Menos importante que a motivação estética, mas igualmente presente em justificativas dos usuários de anabolizantes para a prática da musculação é o "discurso da saúde" que enaltece as consequências positivas para a saúde advindas da musculação. Eles abordam a preocupação com o envelhecimento e o desejo de manter-se eternamente jovem, afirmando que se trata de um envelhecimento saudável. Afirmam ainda, que a aparência corporal revela o estado de saúde do indivíduo e o corpo trabalhado passa a ser indicador importante de boa saúde. Já para outros usuários, o discurso da saúde engloba o fato de a prática da musculação e o cuidado com o corpo favorecerem o afastamento de vícios como fumar e beber, tanto quanto o consumo de outras drogas percebidas como mais nocivas à saúde que os anabolizantes.5 Inserir a participação dos homens e principalmente os jovens nos programas de saúde tem se tornado um desafio por vários fatores, pois o cuidado de si, com o corpo, e com os outros não são colocados na formação e socialização do público masculino. Estes pontos assinalam as mais variadas análises críticas fazendo elucidar a discussão sobre o exercício da masculinidade, a saúde sexual, reprodutiva, paternidade, relações de gênero, comportamentos e atitudes intempestivas como a violência, e uso abusivo de substâncias. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Como forma de buscar estratégias de enfrentamento desta problemática é necessário refletir, e promover o desenvolvimento de ações de prevenção culturalmente adequadas juntos aos jovens, que levem em conta a contextualização cultural, social em que estes estão inseridos, onde ocorrem a utilização destas substâncias. Descritores: Enfermagem. Educação em Saúde. Saúde do Homem. Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS 1. CECCHETTO, F.; MORAES, D.R.; FARIAS P.S. Distintos enfoques sobre esteróides anabolizantes: Riscos à saúde e hipermasculinidade. Interface Comunic., Saúde, Educ., v.16, n.41, p. 369-82, abr./jun. 2012. 2. IRIART JABI. Uso de anabolizantes e produtos veterinários para fins estéticos e risco à saúde entre jovens praticantes de musculação. In: TAVARES LA, MONTES JC. Adolescência e o consumo de drogas: uma rede informal de saberes e práticas. Salvador: EDUFBA, 2014. 3. GOMES, R.; MOREIRA M.C.N.; NASCIMENTO, E.F.N.; REBELLO, L. E.F.S.; COUTO, M.T.; SCHRAIBER, L.B. Os homens não vêm! Ausência e/ou invisibilidade masculina na atenção primária. Ciência & Saúde Coletiva, 16(Supl. 1): 983-992 2011. 4. GOMES, R. Sexualidade masculina e saúde do homem: proposta para uma discussão. Ciência & Saúde Coletiva, 8(3): 825-829 2003. 5. IRIART, J. A. B.; CHAVES, C.C.; ORLEANS R. G. Culto ao corpo e uso de anabolizantes entre praticantes de musculação. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25 (4):773-782, abr, 2009. ISBN: 978-85-83-89-035-5 CONDIÇÕES DE TRABALHO E RISCOS À SAÚDE DE HOMENS RODOVIÁRIOS: EXPERIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE Tainara Morais Cerqueira, Camilla Lisboa Neves Oliveira, Katherine Souza Vidal Lima, Maria Clara Pinho Barreto Silva, Monalysa Miereles de Carvalho, Suele Oliveira Cunha Costa e Anderson Reis de Sousa. INTRODUÇÃO: Existe um estereótipo de que o homem devido as suas atribuições e responsabilidades não necessita de dar a devida atenção a sua saúde. A não procura pelos serviços desencadeia a não preservação de sua saúde, assim como deixa de utilizar os procedimentos necessários; se os homens procurassem com regularidades a atenção primária, muitos agravos seriam evitados. A proposição da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem visa qualificar a atenção à saúde da população masculina na perspectiva de linhas de cuidado que resguardem a integralidade da atenção, essa Política foi lançada em 2009, pelo Governo Federal, com o objetivo de facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde.1 OBJETIVO: Descrever a experiência da atividade de educação para a saúde sobre as condições de trabalho e riscos à saúde de homens rodoviários. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência que emergiu de uma atividade de educação para a saúde realizadas com homens: motoristas e cobradores de ônibus coletivos na cidade de Feira de Santana, Bahia. A atividade é fruto de uma proposta da disciplina de Atenção à Saúde do Homem e foi desenvolvida por graduandas do sétimo semestre do curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Nobre de Feira de Santana, Bahia. Esta atividade foi realizada Estação de Transbordo Central, em setembro de 2014. Utilizou-se a metodologia participativa a qual propicia a articulação do sujeito/acadêmico com a comunidade, com a finalidade de se responsabilizar, de resolver possíveis problemas e transformar determinada situação permitindo aos estudantes uma interação teórico-prático.2 RESULTADOS E DISCUSSÃO: A atividade desenvolvida teve a participação de 35 homens, com faixa etária de 35 a 55 anos, aproximadamente, onde foram realizadas atividades de sensibilização, escuta, conversa, mobilizando-os por meio de abordagem oralexplicativa com a distribuição de cartilhas informativas em que continha os riscos que este público está exposta, cuidados essenciais do autocuidado e como buscarem os serviços de saúde para a garantia de prevenção das doenças e o riscos ocupacionais. Juntamente com esta ação fora realizado a fixação de cartazes informativos pelo local, medição de circunferência abdominal e entrega de chaveiros simbólicos sobre o tema, como forma de incentiva-los à procura das unidades de saúde. Nas cartilhas impressas foram também disponibilizados endereços de Unidades Básicas de Saúde, Centro de Referência das DST`S e HIV, Centro de Apoio Psicossocial e outros dispositivos de promoção da saúde. Diante desta ação, e corroborado com a literatura, nota-se que algumas profissões exigem um cuidado mais específico com a saúde, mediante aos esforços que os mesmo precisam desempenhar. Os motoristas e cobradores de ônibus urbanos permanecem maior parte do tempo fora do padrão convencional de uma empresa. Os motoristas de ônibus constituem uma classe profissional importante, principalmente nas sociedades mais urbanizadas, não só pelo fato de formarem um grupo numeroso de trabalhadores que estão expostos a condições específicas de trabalho, sujeitos a fatores adversos e estressantes que os tornam mais expostos às doenças ocupacionais, mas também, pela responsabilidade coletiva de sua atividade, o transporte cotidiano de passageiros (Deus, 2005).3 Diferente das pessoas que desempenham suas atividades profissionais em ambientes fechados como salas ou lojas, algumas vezes climatizados e relativamente confortáveis, esse profissional desempenha suas atividades num ambiente público. A condição de trabalho interfere no estado físico e mental do motorista e cobrador, traduzindo-se em irritabilidade (que pode levar a um comportamento agressivo na direção), insônia (podendo resultar em sonolência nas horas de trabalho, diminuindo os reflexos) e, em especial, distúrbios na atenção fator essencial para a direção segura no trânsito e na responsabilidade com as passagens que são cobradas.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considerando que o locus de desenvolvimento desta ação está inserido em um município populoso, em que o transporte público é exclusivamente o ônibus, se faz necessário refletir acerca da atenção desta população específica, percebemos que estes trabalhadores estão expostos a diversos fatores de riscos à sua saúde, e que muitas vezes não são conhecidos por eles, o que acarreta em desequilíbrios ao seu estado de saúde, justificando assim a relevância do tema escolhido. Descritores: Enfermagem. Saúde do Homem. Educação em Saúde. Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS: 1 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações programáticas em Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem: Princípios e Diretrizes. Brasília, 2009. [citado 2014 set 08] Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232011001200023&script=sci_arttext. 2 HILDEBRAND, Gilberto. Interação e Desenvolvimento Social. In: II Encontro de Extensão - UDESC. 2007. [citado 2014 set 08] Disponível em: <www.udesc.br/encontro_de_extensao_2006_apresentacao_gilberto_hildebrando_intera cao_e_desenvolvimento_social. Acesso em: 08 set. 2014 3 DEUS, M. J.. Comportamentos de risco à saúde e estilo de vida em motoristas de ônibus urbanos: recomendações para um programa de promoção de saúde. Universidade Federal De Santa Catarina (UFSC). Florianópolis – SC, 2005. [citado 2014 set 08] Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/102242/213621.pdf?sequence=1 4 BATTISTON, M.; CRUZ, R. M.; HOFFMANN, M. H.. Condições de trabalho e saúde de motoristas de transporte coletivo urbano. Estudos de Psicologia. Florianópolis, 2006; 11(3), 333-343. [citado 2014 set 08] Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2006000300011 ISBN: 978-85-83-89-035-5 AÇÕES DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DAS ÚLCERAS POR PRESSÃO(UPP) EM UNIDADE DE CUIDADOS À PACIENTES CRÍTICOS Ana Luiza Andrada Melo, Mariana da Costa Nelli Reis, Paloma Araújo Sousa e Sebastião Edimilson Teixeira Oliveira. INTRODUÇÃO: As unidades de cuidados intensivos constituem um conjunto de elementos funcionalmente agrupados que exigem além de equipamentos, assistência médica e de enfermagem ininterruptas e especializadas, abrigam pacientes que, momentaneamente, necessitam de uma assistência mais complexa, devido ao seu estado clínico de natureza mais crítica5. Pacientes críticos hospitalizados têm risco elevado para desenvolver as úlceras de pressão, fator que pode prolongar a hospitalização, dificultar a recuperação da doença de base, aumentar o risco para o desenvolvimento de outras complicações fazendo com que o período de internação se estenda e gerando um acréscimo no sofrimento físico e emocional destes pacientes. OBJETIVO: Identificar na literatura os fatores de risco relacionados a formação de Ulceras de pressão e apontar os cuidados que devem ser adotados pela equipe de enfermagem na prevenção das mesmas em pacientes em unidade de tratamento intensivo. Já que são umas das principais complicações que atingem pacientes hospitalizados sendo indispensável investigar a melhor maneira de conduzir este problema através da assistência de enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de aporte teórico baseado em 5 livros técnicos encontrados na biblioteca da Faculdade Nobre de Feira de Santana - Bahia, e 18 artigos científicos da base de dados da Coleção Scientific Electronic Library Online (Scielo) publicados entre 2000 e 2013. Foram incluídos materiais que abordassem o tema úlcera por pressão, tendo como descritores: feridas, úlceras de decúbito, assistência e/ou cuidado de enfermagem e paciente crítico hospitalizado. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A pele é o maior e mais pesado órgão do corpo, é descrita como protetora sensível e reparadora, capaz de manter a homeostase de um indivíduo. As três camadas são a epiderme externa, a derme média, a hipoderme e o tecido subcutâneo subjacenteras. A equipe deve ser preparada para avaliar as condições da pele pelo menos duas vezes ao dia e identificar se há fatores de risco, deve ser avaliada quanto à temperatura, presença de eritema e bolhas que são indicadores de provável rompimento do tecido¹. A úlcera de pressão origina-se em qualquer a posição em que o paciente permaneça por um longo período. São regiões de proeminências ósseas como regiões sacrais, occípio, coccígenas, tuberosidades isquiáticas, trocânter, calcâneo, maléolos, côndilo medial da tíbia, cabeça da fíbula, cotovelos, escápula, processos acromiais e cristas ilíacas. O desenvolvimento das úlceras de pressão tem causa multi-fatorial, ou seja, são ocasionadas por uma combinação de fatores mecânicos, bioquímicos e fisiológicos que podem ser classificados como intrínsecos ou e extrínsecos. Os fatores extrínsecos são aqueles que atuam diretamente nos tecidos, e que independem do paciente, neste grupo incluem-se a pressão local, cisalhamento, fricção, umidade e uso de medicações sedativas e hipnóticas². Para o alívio da pressão causada por fatores extrínsecos a equipe pode utilizar de artigos de fácil acesso como: proteção com travesseiros, almofadas, e coxins feitos de toalhas e até lençóis. Quando o hospital não dispor de outros recursos, é possível trazer a família como aliada do cuidado ao paciente, orientando-os e solicitando-os a aquisição de colchões caixa de ovo de poliuretano. Para a redução do atrito e da fricção a enfermagem podem manter s roupas de cama bem organizadas e esticadas, evitar elevar a cabeceira da cama em ângulo maior que 30 graus por um longo período de tempo4. Os fatores intrínsecos relacionam-se ao estado físico do paciente, compõem este grupo: imobilidade, presença de incontinência urinária ou fecal, alterações na perfusão sanguínea e da pele e presença de doenças neurológicas, idade avançada, massa muscular diminuída². Para estes riscos são cuidados de enfermagem: mudanças de decúbito frequentes, devendo ser realizada pelo menos a cada duas horas caso não haja contra indicação relacionadas as condições gerais do paciente; providenciar alívio de pressão; manobras para o controle da incontinência vesical e intestinal; limpeza. e secagem da pele após higiene íntima; lubrificar a pele; não massagear áreas avermelhadas; não usar lâmpadas emissoras de calor³. A presença de condições predisponentes para as lesões da pele e tecidos como: anemia, leucocitose, alterações nutricionais, medicamentos depressores além de doenças como acidente vascular encefálico, hipertensão, diabetes mellitus, insuficiência renal, câncer, obesidade, esclerose múltipla. Para este fim os cuidados de enfermagem são: providenciar ingestão de líquidos e nutrição adequada com avaliação pelo nutricionista reposicionamento e mudança de decúbito com frequência, assim como uso de superfície de suporte que reduzam a pressão em pacientes em risco³. Buscando diminuir os índices de prevalência de UPP e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, são utilizadas ainda as escalas de prevenção. Dentre as escalas criadas, a Escala que apresenta-se como a de maior preditividade e sensibilidade, sendo bastante útil para predizer o desenvolvimento da UPP ou sua recidiva, permitindo conhecer o risco individual de cada paciente e implementar precocemente ações de enfermagem. A UPP indica a qualidade da assistência prestada, e o sucesso da prevenção depende dos conhecimentos e habilidades dos profissionais de saúde sobre o assunto. Entretanto, torna-se necessário compreender os fatores individuais e institucionais que influenciam o conhecimento e o uso das evidências pelos profissionais, de forma que estratégias possam ser planejadas e utilizadas nas instituições. CONCLUSÃO: O cuidado de enfermagem deve promover a atenção capaz de oferecer inúmeros benefícios e redução de danos, principalmente a paciente com restrição de movimento e elevada dependência de cuidado devido ao estado de saúde que o impossibilita de executar suas funções normais naquele momento. Estes pacientes estão em maior risco para UPP, portanto sua prevenção deve ser uma das prioridades na assistência de enfermagem. Assim, busca-se reduzir o sofrimento, os índices de infecções, as complicações, e os custos do tratamento. Pode-se perceber que o cuidado a UPP depende de fatores múltiplos, não sendo um problema exclusivamente de enfermagem, os cuidados inadequados surgem por parte de todos os profissionais de saúde envolvidos na assistência. Porém, a equipe de enfermagem é a mais atuante uma vez que permanecem ao lado do paciente em tempo integral durante a hospitalização, por esta razão são os mediadores na prevenção destas lesões. Observa-se que existem instrumentos de avaliação de riscos para o desenvolvimento de UPP, auxiliando o enfermeiro na tomada de decisões quanto ao planejamento das medidas preventivas. Torna-se importante conhecimento desses instrumentos e o seu uso devem ser prioridades na formação e programas de educação permanente. Descritores: Prevenção; Enfermagem; Úlceras por Pressão; Paciente crítico. Eixo temático: Novas perspectivas para o trabalho em Enfermagem no cuidado em todas as fases da vida. REFERÊNCIAS Goulart FM, et.al. Prevenção de úlcera por pressão em pacientes acamados: uma revisão da literatura.2002. Disponível em: www.faculdadeobjetivo.com.br. Luz SR, et al. Úlceras de pressão. Revista de Geriatria e gerontologia. 2010,4(1):36-43. Mochnaez I, Murakami M. Bases do tratamento e prevenção de úlceras por pressão. Revista de Enfermagem UNISA. 2000,2 (s\n):40-43. Morton PG, et.al. Cuidados críticos de enfermagem: uma abordagem holística. Rio de Janeiro.2007,8:1207-1211 . Silva RFA, Nascimento MAL. Mobilização terapêutica como cuidado de enfermagem: evidência surgida da prática. Revista escola de Enfermagem USP.2012,46(2):413-419. ISBN: 978-85-83-89-035-5 RELEVÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Maiane Oliveira Miranda Pires; Nadjanara Marques Cavalcante; Deise Freitas Casaes. INTRODUÇÃO: A Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) tem sido uma das principais causas cardiovasculares de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)1. A ICC resulta quando o coração é incapaz de gerar um débito cardíaco (DC) suficiente para satisfazer a demanda do organismo.1 O coração é um órgão muscular oco, que funciona como uma bomba contrátil-propulsora2. O desempenho do coração como uma bomba envolve a participação dos seguintes determinantes: Frequência e Ritmo cardíaco, Função Sistólica e Diastólica Ventricular, Pré-carga e Pós-carga2. A Frequência Cardíaca elevada é uma resposta do organismo diante da necessidade de aumentar o débito cardíaco3. Na promoção que o ritmo cardíaco aumenta, o tempo de enchimento ventricular diastólico diminui, onde pode ser curto tornando-se inadequado para manter o débito cardíaco suficiente, consequentemente a perfusão coronária estará comprometida, pois o coração é perfundido na diástole, dessa forma a demanda de O2 irá aumentar devido ao alto gasto de energia para manutenção da contratilidade miocárdica3. A função Sistólica Ventricular é definida pela contratilidade miocárdica e consequentemente pelo volume de sangue ejetado para circulação sistêmica2. A avaliação da função sistólica é realizado pelo índice de fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), onde é considerada normal FEVE > 50% 2. Já função Diastólica ventricular é determinada pelo relaxamento do miocárdio3. A Pré-Carga é a quantidade de estiramento miocárdico, isto é, o volume diastólico final do ventrículo esquerdo, o coração com ICC funciona com elevado précarga, já a pós-carga está relacionado a resistência à ejeção de sangue a partir do ventrículo esquerdo3. A redução do DC, como ocorre na ICC, e na inabilidade de manter o volume intravascular adequado contribui para a ativação neuro-hormonal, mediada primeiramente pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona e pelo sistema simpático, os quais acentuam a resistência, vascular periférica e promovem retenção de água e sódio4. O principal papel do enfermeiro no tratamento dos pacientes com ICC na UTI é intervir na prevenção de possíveis complicações, como o edema agudo de pulmão e o choque cardiogênico2. De tal forma, baseado no conhecimento científico, identificando precocemente essas patologias, estabelecendo um plano de cuidado individualizado que restabeleça a condição crítica, com as principais intervenções de enfermagem para o paciente com ICC com o seguinte objetivo: o restabelecimento e manutenção do DC adequado, da oxigenação suficiente e do equilíbrio hidroeletrolítico2. OBJETIVO: Avaliar a atuação do enfermeiro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ao paciente com ICC, através de uma revisão de literatura, bem como a fisiopatologia, elucidando os cuidados de enfermagem paraque o mesmo possa prestar uma assistência de qualidade, evitando assim, complicações graves. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática, de abordagem qualitativa, pois visa avaliar a importância de uma assistência de qualidade do enfermeiro ao paciente com ICC na Unidade de Terapia Intensiva. De modo descritivo, pois, tem o intuito de descrever a atuação do enfermeiro, para que o mesmo possa reconhecer um paciente com ICC, para poder prestar uma assistência de qualidade. A amostra foi composta por artigos científicos, livros que tratam sobre a ICC, bem como, os cuidados de enfermagem para com esses pacientes. Na busca desta pesquisa foram coletados de fontes nas bases eletrônicas de dados do Scielo e BVS- Biblioteca Virtual de Saúde, Google acadêmico e em literaturas, utilizando os descritores: Insuficiência Cardíaca Congestiva, Assistência de Enfermagem, Fisiopatologia do Coração. Sendo incluídos como critérios artigos que corresponde a expectativa do trabalho, publicados entre o período de 2005 a 2014. Foram encontrados 17 artigos, dos quais 11 foram excluídos por não corresponder à finalidade da abordagem. Foram coletados no período de agosto de 2014. DISCUSSÕES E RESULTADOS: A insuficiência cardíaca é definida como a incapacidade do coração para bombear sangue suficiente para atender as necessidades teciduais de oxigênio e nutrientes do organismo, denominada falência cardíaca5. Pode ocorrer em consequência de qualquer tipo de alteração que diminua a capacidade cardíaca de bombeamento do sangue, causando a falência das fibras musculares do miocárdio6. Isso ocorre pela diminuição da contratilidade miocárdica decorrente da diminuição do fluxo sanguíneo coronário.6 A insuficiência do bombeamento do coração pode ocorrer em função de lesões das válvulas cardíacas, por pressão externa no local do coração, pela falta de vitaminas, por doenças primárias do músculo cardíaco, também por qualquer anormalidade que transforme o coração em uma bomba hipoefetiva6. Evidencia-se que uma avaliação correta do paciente é imprescindível para a redução do índice de hospitalização por descompensação da ICC, proporcionando ao paciente uma melhor qualidade de vida e melhor aceitação da doença e de seu tratamento5. As características da atividade do enfermeiro determinam a necessidade de sua permanência constante junto ao paciente, tornando-o, dessa forma uma figura chave no "processo terapêutico" 5-6 . No entanto, o enfermeiro pode ser considerado como um elemento catalisador e ao mesmo tempo disseminador das informações necessárias a tal processo, neste sentido, a qualidade da assistência de enfermagem torna-se criticamente importante, não apenas para o paciente, mas também para a instituição, a equipe de saúde e o próprio enfermeiro5-6. Portanto, o conhecimento fisiopatológico é fundamental onde norteará o enfermeiro no planejamento para a implementação de uma assistência com qualidade, evitando assim complicações graves5. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A Insuficiência Cardíaca é uma doença progressiva que vem se tornando um grave problema de saúde publica em todo o mundo, em razão de uma sensível perda de qualidade de vida, aumento da prevalência da mortalidade e dos altos custos sócioeconômicos gerados para os países. Para o sucesso do tratamento do paciente com ICC, além de instituir a terapia medicamentosa capaz de gerar alivio dos sinais e sintomas e as modificações na evolução da doença, outras medidas devem ser inseridas para melhorar o prognóstico deste paciente. Contudo, a enfermagem tem papel fundamental na otimização do diagnóstico e na identificação de complicações graves. Assim, cabe ao enfermeiro ter conhecimento sobre todo processo desta doença, bem como a sua fisiopatologia, sinais e sintomas e os diversos tipos de tratamento, visando melhorar a terapêutica e a recuperação do paciente com ICC. CONTRIBUIÇÃO PARA ENFERMAGEM: Sensibilizar profissionais de enfermagem para interesse pela temática abordada a fim de construirmos um fazer saúde dialética, humanística, reduzindo as regras e a centralidade prescritiva e ditatória. Descritores: Enfermagem. Insuficiência Cardíaca Congestiva. Assistência de Enfermagem. Eixo Temático: Novas perspectivas para o trabalho em enfermagem no cuidado em todas as fases da vida REFERÊNCIAS 1. DIAS, Ingrid Argôlo; FERREIRA, Luciano Nery. Avaliação funcional de pacientes com insuficiência cardíaca congestiva através de escalas padronizadas. Rev.Saúde.Com 2011 7(2):116-126. 2. MAZOCOLI, Eliane. Insuficiência Cardíaca Congestiva. In: Enfermagem em UTI: cuidando do paciente crítico. 1 ed. São Paulo: Editora Manole Ltda, 2010, cap. 6, p.113152. 3. SMELTZER, Suzane C; BARE, Brenda G. Tratamento de pacientes com complicações decorrentes de cardiopatia. In: Brunner &Suddart.Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica. 10 ed. São Paulo: Editora Guanabara Koogan, 2005, cap. 30, p. 835 e 840. 4. PROMPT, Carlos Alberto; et. al. Diálise peritoneal (DP) como tratamento da insuficiência cardíaca congestiva (ICC) em pacientes com doença renal crônica estágio IV. Bras Nefrol v. 31, n. 3, p. 220-222, 2009. 5. FREITAS, Silvania Aparecida; DIOGO, Regina Célia Santos; SANTOS, Jacqueline de Oliveira. Conhecimento dos graduandos de Enfermagem sobre a assistência de enfermagem ao paciente com insuficiência cardíaca congestiva. J Health Sci inst 2013, 31(2): 144-148. 6. ARAÚJO, Ângela Amorim; NOBREGA, Maria Míriam Lima; GARCIA, Telma Ribeiro. Diagnósticos e intervenções de enfermagem para pacientes com insuficiência cardíaca congestiva utilizando a CIPE. Rev Esc Enferm USP 2013, 47(2), 385-392.