plano de contingência para emergência em saúde pública

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GOVERNO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE MINAS GERAIS
PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA
EMERGÊNCIA EM SAÚDE PÚBLICA DO
ESTADO DE MINAS GERAIS
DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA (DVE)
Belo Horizonte, Minas Gerais
Dezembro de 2014
GOVERNO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE MINAS GERAIS
Governador do Estado de Minas Gerais
Alberto Pinto Coelho
Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais
José Geraldo de Oliveira Prado
Subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde
Luiz Felipe Almeida Caram Guimarães
Superintendente de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e de Saúde do
Trabalhador
Deise Aparecida Santos
Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde
Heloísa Helena Pelluci Duarte
Centro de Operações em Saúde de Minas Gerais
Tânia Maria Marcial Amaral
BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS
Versão 1- Dezembro 2014
GOVERNO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE MINAS GERAIS
PLANO ESTADUAL DE CONTINGÊNCIA PARA EMERGÊNCIA EM SAÚDE PÚBLICA DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA (PCDVE) – VERSÃO 01-DEZEMBRO 2014
ELABORAÇÃO / ORGANIZAÇÃO
Deise Aparecida Santos - Superintendente SVEAST/SubVPS/SES/MG
Tânia Maria Marcial Amaral – Coordenadora COES-SES/MG
Heloísa Helena Pelluci Duarte – Coordenadora CIEVS-MINAS
COLABORAÇÃO
Secretaria de Estado da Saúde

Diretoria de Vigilância Ambiental – SVEAST/SubVPS

Superintendência de Vigilância Sanitária – SVS/SubVPS

Assessoria de Comunicação Social

Assessoria da SubVPS

Superintendência de Redes Assistenciais – Coordenação de Urgência e Emergência

Superintendência Regional de Saúde de Belo Horizonte
Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais - FHEMIG

Hospital Eduardo de Menezes

Diretoria de Vigilância Hospitalar

Hospital João Paulo II
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

Centro de Vigilância em Saúde, Portos, Aeroportos e Fronteiras de Minas Gerais
Fundação Ezequiel Dias – FUNED

Instituto Otávio Magalhães – LACEN- MG
Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
Prefeitura de Belo Horizonte – Secretaria Municipal de Saúde

Centro de Informações estratégicas em Vigilância em Saúde- CIEVS BH

Coordenação de Urgência e Emergência/SAMU
INFRAERO / BH – Airport / Confins
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................1
2. DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA – DVE...................................................2
3. OBJETIVOS..............................................................................................7
4. ESTRATÉGIAS DE ATIVAÇÃO DO PCDVE ...........................................8
5. VIGILÂNCIA EM SAÚDE........................................................................11
6. ASSISTÊNCIA.........................................................................................15
7. BIOSSEGURANÇA..................................................................................23
8. COMUNICAÇÃO SOCIAL.......................................................................26
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................34
10. ANEXOS................................................................................................35
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1. INTRODUÇÃO
Em oito (08) de agosto de 2014, após reunião do Comitê Assessor de
Especialistas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a epidemia da
Doença do vírus ebola (DVE), no oeste da África, uma Emergência de Saúde
Pública de Importância Internacional (ESPII), tornando-se essencial uma
resposta internacional coordenada para impedir a disseminação do Ebola para
outros países.
Para gerenciar o enfrentamento à DVE e agregar a participação ativa de todos
os setores envolvidos na reposta rápida a esta emergência internacional,
evitando uma potencial disseminação da DVE no Estado, a Secretaria de
Estado da Saúde de Minas Gerais (SES/MG) ativou o Centro de Operações em
Emergência em Saúde Pública da SES/MG – COES-MINAS, em agosto de
2014. Os técnicos do COES-MINAS elaboraram, então, o Plano de
Contingência Estadual para a DVE, o PCDVE, cujo objetivo principal foi orientar
as ações específicas para detecção, monitoramento e controle do vírus Ebola
no Estado. Neste Plano de Contingência estão definidas as responsabilidades
e a organização necessárias para uma resposta coordenada integrada a esta
emergência internacional em Saúde Pública.
O PCDVE é composto por diretrizes em quatro eixos principais, a saber,
vigilância em saúde, assistência aos pacientes, biossegurança e comunicação
social. Este Plano de Contingência seguiu as diretrizes do Plano de
Contingência para Emergência em Saúde Pública - Doença Pelo Vírus Ebola,
elaborado pelo Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis, da
Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, disponível no site
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs .
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2. Doença pelo Vírus Ebola (DVE)
A doença do Vírus Ebola (DVE) ou Febre Hemorrágica do Ebola (FHE) é uma
febre hemorrágica viral grave, com alta letalidade em humanos (40-90%) e
que acomete também primatas não humanos (como os chimpanzés, gorilas e
macacos).
2.1 Agente etiológico
É causada por um vírus RNA, da família Filoviridae, género Ebolavirus. A
primeira espécie do vírus Ebola foi descoberta em 1976, próximo ao Rio
Ebola, na atual República Democrática do Congo. Existem cinco subespécies
identificadas. Quatro causam doenças em humanos: Vírus Ebola (Zaire
ebolavirus); Vírus do Sudão (Sudão ebolavirus); Vírus Taï Forest (Floresta Taï
ebolavirus, anteriormente Côte d'Ivoire ebolavirus); e Vírus de Bundibugyo
(Bundibugyo ebolavirus). O Vírus de Reston (Reston ebolavirus) causa a
doença apenas em primatas não-humanos.
Figura 1: Microfotografia eletrônica do vírus ébola
Ebola
CID-10: A98
Fonte: www.cdc.gov
Data do acesso: agosto 2014
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2.2 Reservatório
O reservatório natural do vírus Ebola permanece desconhecido. No entanto,
com base nas evidências disponíveis e a natureza de vírus similares,
pesquisadores acreditam que os morcegos frutívoros são o reservatório mais
provável.
Figura 2: Ciclo do vírus Ebola na natureza
Fonte: www.cdc.gov
Data do acesso: agosto 2014
2.3 Modo de transmissão
Quando a infecção ocorre em humanos, o vírus pode ser transmitido de
pessoa a pessoa por:
- contato direto com o sangue ou fluidos corporais de pessoas infectadas
(saliva, suor, sêmen, urina, leite materno),
- exposição a objetos (tais como agulhas) que tenham sido contaminados com
secreções de pessoas infectadas
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Durante epidemias de DVE, a doença pode se espalhar rapidamente em
locais de assistência à saúde (por exemplo, clínica ou hospital), quando não
há uso de equipamento de proteção individual (EPI), entre familiares e amigos
no cuidado também de pessoas doentes e em funerais, quando ocorre
contato direto com o corpo.
2.4 Período de incubação
Os sintomas podem aparecer de um (1) a 21 dias após exposição ao vírus
ebola, embora 8 a 10 dias sejam o mais comum.
2.5 Período de transmissibilidade
Não há transmissão no período de incubação. A transmissão só ocorre após
o aparecimento dos sintomas e se dá por meio do contato com sangue,
tecidos ou fluidos corporais de indivíduos infectados (incluindo cadáveres), ou
do contato com superfícies e objetos contaminados.
2.6 Aspectos clínicos
A DVE é caracterizada por inicio súbito de febre, acompanhada de outros
sinais e sintomas inespecíficos listados abaixo.

Cefaleia (dor de cabeça), Mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular)

Fraqueza, letargia

Diarréia, vômitos, perda de apetite

Exantema (rash cutâneo)

Hiperemia conjuntival (vermelhidão nos olhos)

Dor de garganta, disfagia (dificuldade de engolir)

Tosse, dispneia (dificuldade respiratória)

Sangramentos
Pacientes com formas graves da doença podem desenvolver sintomas
hemorrágicos e disfunção de múltiplos órgãos, incluindo danos hepáticos,
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insuficiência renal e envolvimento do sistema nervoso central, levando a
choque e morte.
2.7 Diagnóstico Laboratorial
Testes de laboratório utilizados no diagnóstico incluem:
Tempo de evolução da DVE
Alguns dias após inicio dos sintomas
Testes laboratoriais

ELISA IgM

RT-PCR (reação de polimerase em cadeiatranscriptase reversa)
(fase aguda)
Durante o curso da doença ou após a
recuperação (convalescença)
Óbito (biópsia hepática/necropsia)

Isolamento viral

ELISA IgM e IgG

Testes imunohistoquímicos

RT-PCR

Isolamento viral
2.8 Diagnóstico Diferencial
A DVE é uma síndrome febril hemorrágica aguda cujos diagnósticos
diferenciais são: Malária, Febre Tifoide, Shiguelose, Cólera, Leptospirose,
Peste, Ricketsiose, Febre Recorrente, Meningite, Hepatite e outras febres
hemorrágicas. Considerando que a região de ocorrência dos casos de DVE
possui alta prevalência da infecção por malária, é imprescindível realizar o
teste rápido e a gota espessa para malária nos casos suspeitos de DVE.
2.9 Tratamento
O tratamento padrão para DVE ainda é limitado à terapia de suporte. Esta
consiste em manter estáveis o equilíbrio de fluidos e eletrólitos, a oxigenação e
pressão arterial, bem como tratar as complicações infecciosas.
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O tratamento oportuno é importante, porem muitas vezes o diagnóstico é
demorado devido aos sintomas inespecíficos.
2.10 Aspectos epidemiológicos
Desde sua identificação na década de 70 o Ebola é causa de surtos
esporádicos de DVE no continente africano (Congo, Sudão do Sul, Gabão,
República Democrática do Congo, Uganda, África do Sul).
Figura 3. Distribuição geográfica de surtos pelo vírus Ebola em humanos e
animais desde a identificação do vírus em 1976 na República Democrática do
Congo, no continente Africano
Fonte: OMS, 2014
A atual epidemia iniciou-se e em dezembro de 2013 na Guiné, causada pela
subespécie Zaire ebola. Em fevereiro de 2014 foram diagnosticados 50 casos
na Guiné. A DVE se espalhou para Serra Leoa e Libéria nos meses seguintes.
Em 27 de julho de 2014 houve o alerta da Nigéria sobre o primeiro caso
importado da doença. Em oito (08) de agosto de 2014, a OMS declarou a
epidemia no oeste da África como emergência de saúde pública de importância
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internacional (ESPII), tornando-se essencial uma resposta internacional
coordenada para impedir a disseminação do Ebola para outros países.
2.11 Susceptibilidade/Vulnerabilidade
A suscetibilidade ao vírus Ebola é universal. Até dezembro, data da elaboração
deste plano, não foram notificados ao COES-MINAS casos suspeitos de DVE
no Estado.
2.12 Portas de Entrada
Segundo Ministério da Saúde, até outubro de 2014, 1.058 passageiros
procedentes dos países afetados pelo Ebola desembarcaram nos aeroportos
brasileiros. O Aeroporto Internacional Governador André Franco Montoro em
Guarulhos, São Paulo, recebeu 78,4% do total de passageiros e o Aeroporto
Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro, 16, 3%, totalizando, os
dois, 94,7% (Tabela 1).
Tabela 1: Fluxo de passageiros dos países afetados pelo ebola com destino no Brasil, 2014
3. OBJETIVOS

Definir as estratégias de atuação do Governo de Minas Gerais em
alinhamento com as definições constantes do Plano de Resposta às
Emergências em Saúde Pública;
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
Estabelecer resposta coordenada no âmbito das três esferas de gestão
do SUS;

Ativar Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública da
Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (COES-MINAS) para
gestão coordenada da resposta junto às Unidades Regionais de Saúde
e municípios sob jurisdição;

Adotar medidas para evitar a disseminação do vírus ebola em eventual
introdução no território mineiro;

Estabelecer a utilização de protocolos e procedimentos padronizados
para a resposta a Doença pelo Vírus Ebola (DVE).

Divulgar as estratégias de Comunicação Social relativas à detecção e
monitoramento da DVE em Minas Gerais.
4. ESTRATÉGIAS DE ATIVAÇÃO DO PLANO DE CONTINGÊNCIA
O COES-MINAS é responsável por acompanhar a situação
epidemiológica internacional e nacional da DVE, informando a todos seus
parceiros sobre a situação. Para a aplicação do Plano de Contingência de DVE
– PCDVE serão realizadas ações específicas de acordo com níveis de resposta
descritos abaixo:
NÍVEL 0 (Atenção): Ocorrência de surtos esporádicos em outros continentes
com baixo risco de disseminação internacional.

Ações: monitorar informações/rumores sobre DVE nos sites oficiais e
não oficiais e divulgar informações para parceiros.
NÍVEL 1 (Alerta): Ocorrência de surtos em outros continentes com alto risco de
disseminação internacional.

Ações: ativar o Centro de Operações em Emergência em saúde pública
do Estado - COES-MINAS, e construir plano de contingência; atualizar
cadastros de profissionais e serviços; divulgar alertas periódicos sobre a
situação epidemiológica da DVE no mundo e no Brasil; elaborar nota
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informativa sobre a vigilância da DVE para regionais de saúde do
Estado; realizar reuniões periódicas do COES-MINAS com todos os
parceiros envolvidos na resposta ao Ebola, inclusive gestores, e definir
as estratégias de ação; checar os recursos necessários e estoque
estratégico de insumos para execução das ações de resposta a uma
eventual introdução do vírus no Estado; definir hospitais de referência no
Estado para isolamento e tratamento de casos suspeitos/confirmados;
preparar, junto às regionais e municípios, a rede assistencial para o
atendimento dos casos de DVE; definir e preparar as equipes do préhospitalar
para
remoção/transporte
de
casos
suspeitos
e/ou
confirmados; definir equipes da assistência de resposta rápida para
apoio técnico e de gestão às regionais e municípios na condução de
casos suspeitos e/ou confirmados de DVE; adequar o LACEN- MINAS
para apoio diagnóstico da DVE; estabelecer
informações
entre
vigilância,
assistência
fluxo e contra fluxo de
e
laboratório;
divulgar,
acompanhar e atualizar os protocolos operacionais de vigilância, de
manejo clínico, laboratório e biossegurança com orientações de coleta
de
material,
acondicionamento,
armazenamento,
transporte
de
amostras, medidas de prevenção e controle de infecção e manejo de
resíduos em serviços de saúde bem como o manejo de cadáveres;
divulgar e discutir guia de orientação para atendimento e remoção de
pacientes com suspeita ou confirmação de DVE para os profissionais do
atendimento pré-hospitalar e o plano de comunicação de risco. Capacitar
os profissionais de saúde do Estado de acordo com os diferentes eixos
de atuação; assessorar municípios no acompanhamento das ações
desenvolvidas; divulgar material educativo.
NÍVEL 2 (Detecção): Detecção de caso suspeito de DVE em território nacional
e/ou caso confirmado com transmissão alóctone (importada), sem registro de
casos secundários (contatos).

Ações: ativar o plano de contingência para o cenário de nível 2, com
foco nas atividades de detecção e resposta; divulgar amplamente fluxos
e procedimentos para alerta e vigilância; aplicar os protocolos definidos
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para
vigilância,
detecção
e
resposta;
monitorar
a
situação
epidemiológica e o risco de introdução do vírus no Estado e realizar a
comunicação por meio da Rede CIEVS nacional, das três esferas de
gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) em regime de plantão de 24h,
sete dias da semana, inclusive nas regionais de saúde estaduais;
divulgar informe técnico oficial, sistemático, que relate sobre os casos
detectados,
em
investigação,
assim
com
sua
classificação
e
acompanhamento; reavaliar a necessidade de recursos humanos e
materiais adicionais assim como reposição de estoque estratégico de
insumos; reunir com gestores municipais com vista a atualizar e articular
as atividades de resposta coordenada diante da detecção de casos
suspeitos com base nas ações previstas no plano de contingência;
verificar
disponibilidade de leitos para atendimento e isolamento de
pacientes suspeitos no hospital de referência; manter equipes em escala
de sobreaviso para resposta imediata em caso suspeito e/ou confirmado
de
DVE;
manter
equipes
de
sobreaviso
para
investigação
epidemiológica de casos suspeitos de DVE e recompor, caso seja
necessário; aplicar os protocolos operacionais de vigilância, detecção e
resposta; preparar e apoiar as equipes do pré-hospitalar, por meio de
guia de orientações, para remoção/transporte de casos suspeitos e/ou
confirmados;
assessorar as SMS no acompanhamento das ações
desenvolvidas; reavaliar os recursos humanos e materiais disponíveis e
readequar de acordo com a necessidade; ampliar a divulgação de
material educativo para áreas com maior risco.
NÍVEL 3 (Resposta): Detecção de contato sintomático com caso suspeito e/ou
confirmado, indicando a possibilidade de transmissão autóctone (caso
secundário).

Ações: ativar o plano de contingência para o cenário de nível 3, com foco
nas atividades de contenção e resposta; adequar as estratégias de vigilância
para contatos sintomáticos e seus contatos; adequar as definições de caso
suspeito e contatos, considerando a possibilidade de transmissão autóctone
do vírus no Estado; divulgar amplamente fluxos e procedimentos para
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contenção e resposta; aplicar os protocolos definidos para contenção e
resposta e manter todas as ações especificadas no nível 2 de resposta.
avaliar o seguimento e apoio de todas as orientações, protocolos técnicos
de vigilância, assistenciais e de manejo do paciente, assim como cuidados
com o corpo em caso de evolução para óbito; avaliar a capacidade de
resposta da SES e SMS e acionar equipes da SVS/MS se necessário, bem
como equipamentos e insumos necessários; manter equipes para
investigação epidemiológica de casos suspeitos e contatos;
reavaliar a
necessidade de capacitar novos profissionais de saúde dos níveis estadual
e municipal, de acordo com os diferentes eixos de atuação; assessorar as
SMS no acompanhamento das ações desenvolvidas; reavaliar os recursos
humanos e materiais disponíveis e readequar de acordo com a necessidade;
ampliar a divulgação de material educativo para áreas com maior risco além
de manter todas as ações preconizadas no nível 2 de detecção
5. VIGILÂNCIA DE CASOS SUSPEITOS DE DVE
5.1 Objetivo Geral
Impedir a disseminação da DVE no Estado de Minas Gerais.
5.2 Objetivos específicos:
1- Detectar, de forma oportuna (imediata), qualquer caso suspeito no Estado,
2- Notificar imediatamente às Secretarias de Saúde Municipal e Estadual,
3- Adotar procedimentos de biossegurança,
4- Isolar o paciente em hospital de referência,
5- Confirmar ou descartar o caso suspeito,
6- Monitorar contatos de caso suspeito.
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5.3 Definições de caso:

CASO SUSPEITO: Indivíduo procedente, nos últimos 21 dias, de país com
transmissão atual de Ebola (Libéria, Guiné, Serra Leoa – OMS) que apresente
febre de início súbito, podendo ser acompanhada de sinais de hemorragia,
como: diarreia sanguinolenta, gengivorragia, hemorragias internas, sinais
purpúreos e hematúria.

CASO PROVÁVEL: caso suspeito de viajantes ou profissionais de saúde
provenientes desses países e que apresentem histórico de contato com pessoa
doente, participação em funerais ou rituais fúnebres de pessoas com suspeita
da doença ou contato com animais doentes ou mortos.

CASO CONFIRMADO: Caso suspeito com resultado laboratorial conclusivo
para Ebola realizado em Laboratório de Referência (Instituto Evandro
Chagas/CDC de Atlanta).

CONTATO: Indivíduo que teve contato com sangue, fluido ou secreção de
caso suspeito; OU dormir na mesma casa; contato físico direto com casos
suspeitos; contato físico direto com corpo de casos suspeitos que foram a óbito
(funeral); contato com tecidos, sangue ou outros fluidos corporais durante a
doença; contato com roupa ou roupa de cama de casos suspeitos; ter sido
amamentado por casos suspeitos (bebês).
5.4 PORTAS DE ENTRADA DA DVE NO ESTADO
O Aeroporto Internacional Tancredo Neves, no Município de Confins, na
região metropolitana de Belo Horizonte, não possui voos diretos procedentes
da África. As portas de entrada são os voos domésticos, principalmente os
procedentes dos aeroportos internacionais de Guarulhos, em São Paulo e Tom
Jobim no Rio de Janeiro. A via terrestre é, também, importante porta de
entrada no Estado.
5.5 DETECÇÃO, NOTIFICAÇÃO E REGISTRO
A DVE é uma doença de notificação compulsória imediata e deve ser
notificada pelo profissional de saúde ou pelo serviço que prestar o primeiro
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atendimento ao paciente, pelo meio mais rápido disponível, de acordo com a
Portaria GM/SVS nº 1.271, de seis (6) de junho de 2014.
Notificação compulsória imediata:

Em Belo Horizonte: Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em
Saúde - CIEVS/BH:
 Telefone: (31) 8835-3120 (plantão 24 horas) ou


E-mail [email protected]
Nos demais municípios: Secretaria de Saúde do município de ocorrência do
caso suspeito:
Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG):
Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS/MINAS)

Telefone: (31)9744-6983 (plantão 24 horas) ou

E-mail [email protected] ou

Site da SES/MG: www.saude.mg.gov.br clicar no link :
Notificações
de surtos e
Emergências
em Saúde
Pública
Atenção!! Link localizado na parte inferior do site da SES-MG
Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde:
Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS/MS)

Telefone 0800.644.6645, preferencialmente;

E-mail [email protected] ou

Formulário eletrônico no site da SVS:
http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=6742.
Realizar o registro por meio da ficha de notificação individual no Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN) utilizando o Código
Internacional de Doenças (CID A98.4). A ficha de registro está acessível no
SINAN ou por meio do endereço http://j.mp/1kY2rk8.
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5.6 NOTIFICAÇÃO DE CASO SUSPEITO
O algoritmo abaixo deverá ser adotado para notificação de casos suspeitos de
DVE nas unidades de saúde:
Este algoritmo acima está no anexo 1.
5.6.1 Vigilância de entrada de casos com febre até 21 dias de pessoas
procedentes de Guiné, Serra Leoa e Libéria.
A vigilância epidemiológica (VE) deve coletar informações detalhadas
sobre a procedência do paciente e seu histórico de viagem para áreas afetadas
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pelo vírus, a fim de identificar o Local Provável de Infecção (LPI). Deve, ainda,
buscar informações sobre as atividades de possível exposição ao vírus, como
contato com indivíduo suspeito (vivo ou morto), animal (vivo ou morto) e
tecidos, sangue e outros fluidos corporais infectados (inclusive sêmen e
lágrimas). Os dados deverão ser registrados no questionário para
acompanhamento/monitoramento dos contatos de caso suspeito de Doença
pelo vírus ebola (DVE) – anexo 2. Recomenda-se registrar detalhadamente as
manifestações clínicas apresentadas.
5.6.2 Contatos de caso suspeito
Os contatos de casos suspeitos deverão ser monitorados por 21 dias a partir
da data da última exposição conhecida.
Para o acompanhamento dos contatos assintomáticos não é necessário o uso
de EPI pelos profissionais de saúde. A partir da manifestação de sintomas
compatíveis com DVE os contatos serão tratados como casos suspeitos e
serão adotadas todas as medidas e fluxos preconizados. Para a identificação e
monitoramento dos contatos de DVE utilizar o questionário e a lista de contatos
disponíveis no anexo 2.
6. ASSISTÊNCIA AO PACIENTE SUSPEITO COM DVE
6.1 PRÉ- HOSPITALAR
6.1.1 Caso suspeito em Serviço/Unidade de Saúde
Considerando a emergência internacional, é importante que, no primeiro
contato com paciente febril, os serviços de saúde perguntem sobre o histórico
de viagem ou permanência nos últimos 21 dias nos países onde há epidemia
de Ebola. Caso positivo, o paciente será considerado como caso suspeito e
deverão ser adotadas as medidas de biossegurança indicadas no item 7 deste
protocolo, evitando-se
qualquer contato, procedimento ou manipulação do
paciente, que não seja absolutamente essencial naquele momento (Figura 4).
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O serviço de saúde público ou privado, que atender um caso suspeito de
Ebola, deverá notificar imediatamente à Secretaria Municipal de Saúde ou à
Secretaria Estadual de Saúde, conforme indicado neste protocolo (Figura 4).
Deve-se manter o paciente em isolamento e aguardar a chegada da equipe de
remoção ao local que realizará o transporte para o hospital de referência
estadual ou federal. O CIEVS-MINAS acionará o protocolo para transporte do
paciente ao hospital de referência estadual ou nacional.
Toda a logística de transferência e internação do paciente suspeito será
conduzida pela equipe do CIEVS-MINAS, conforme cenários a seguir:
- Se o paciente suspeito estiver na Região Metropolitana de Belo Horizonte,
até 100 km de Belo Horizonte, o transporte será realizado pela equipe de
saúde e ambulância do Hospital Estadual de Referência para internação de
DVE;
- Demais municípios mineiros: transporte aéreo pelo corpo de bombeiros com
equipe de saúde do Hospital Estadual de Referência e, em períodos noturnos,
por meio de serviço contratado pela SES/MG;
Nas duas situações, após discussão do evento com o CIEVS Nacional, pode
também ficar definida a remoção do paciente suspeito de DVE do nível local
diretamente para o Hospital de Referência Nacional.
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Figura 4 - Conduta frente caso suspeito de Ebola em Unidade de
Saúde, Minas Gerais
Unidade de Saúde – 1º atendimento de
paciente suspeito de ebola
Em Belo Horizonte:
Notificar o CIEVS/BH
(31) 8835.3120
Entrevista minuciosa do paciente, notificação
imediata e isolamento
Com vômito, diarreia, desidratação
ou sangramento
Demais municípios
mineiros: Notificar
o CIEVS-MINAS*
(31) 9744.6983
Sem sintomas, apenas
febre referida
Manejo do paciente/ limpeza SOMENTE
com uso do EPI preconizado
Aguardar transferência
para Hospital de
Referência Estadual
Aguardar transferência
para Hospital de
Referência Nacional/RJ
6.1.2 Caso suspeito em aeronave com desembarque no Aeroporto
Internacional Tancredo Neves – Confins
O caso suspeito de DVE deverá ser manejado na aeronave e informado ao
aeroporto de destino, seguindo os protocolos e procedimentos da ANVISA, de
acordo com as orientações dos Organismos Internacionais (Figura 5). O
aeroporto deve acionar, imediatamente, o Posto da ANVISA, que realizará os
procedimentos indicados para avaliação do caso suspeito e adoção das
medidas necessárias. O Posto da ANVISA em Confins deverá notificar
IMEDIATAMENTE o CIEVS- MINAS no telefone (31) 9744-6983. O CIEVSMINAS adotará os procedimentos de remoção adequados.
Caberá ao Posto da ANVISA em Confins entrevistar os passageiros e
tripulantes para a identificação de possíveis contatos, a saber:
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 Passageiros sentados ao lado do caso suspeito, imediatamente à frente
e atrás;
 Passageiros e tripulantes que tiveram contato com fluídos corporais e
 Pessoas que estão acompanhando o caso suspeito na viagem.
Os contatos deverão ser acompanhados pela Vigilância em Saúde da
SES/MG e dos municípios de residência ou de hospedagem.
Os procedimentos de limpeza e desinfecção da aeronave devem seguir o
“Plano de Contingência e Resposta para Emergência Em Saúde Pública
para Pontos de Entrada”, nota técnica nº 3, ANVISA.
Figura 5: Conduta frente caso suspeito de DVE em CONFINS,
Minas Gerais, 2014
Ainda no ar, comandante informa
a Torre de Controle a presença
de caso suspeito de ebola na
aeronave
1
Posto da ANVISA
(CGPAF) comunica a
SVS/MS
Torre de Controle
aciona o posto da
ANVISA (CGPAF)
2
2
Posto da ANVISA
(CGPAF) comunica o
CIEVS-MINAS que
aciona o HEM
Chegada da
aeronave no
solo
3
3
Paciente permanecerá no
interior da aeronave até
chegada da ambulância do
HEM
Em área remota, Posto da
ANVISA entrevista
passageiros e tripulantes
para identificação de
comunicantes
4
4
A ambulância do HEM
encaminhará o paciente
suspeito para o Hospital
Eduardo de Menezes (HEM)
CIEVS-MINAS ou CIEVSBH monitora os
comunicantes por 21 dias
5
Transferir o paciente para
Hospital de Referência
Nacional assim que
possível
6.1.3 Caso suspeito em aeronave com desembarque em aeroportos
regionais do Estado de Minas Gerais
O caso suspeito de DVE deverá ser manejado na aeronave e informado
ao aeroporto de destino, seguindo os protocolos e procedimentos da ANVISA,
18
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de acordo com as orientações dos Organismos Internacionais (ANVISA, nota
técnica nº3);
O administrador do aeroporto deve notificar, imediatamente, a Vigilância em
Saúde Municipal e esta notificará, IMEDIATAMENTE, o evento à SRS/GRS de
sua jurisdição, ao mesmo tempo em que notifica o CIEVS-MINAS, no telefone
de plantão (31) 97446983.
As ações para remoção do paciente suspeito de DVE serão orientadas pelo
CIEVS-MINAS.
As regionais de saúde (SRS/GRS) da SES/MG são responsáveis por
manter as informações atualizadas sobre o PCDVE do Estado em suas
portas de entrada e de assistência, bem como telefones para contato
imediato (24horas, sete (7) dias da semana, inclusive sábados, domingos
e feriados) frente a uma suspeita de DVE.
7. ASSISTÊNCIA HOSPITALAR
Alguns procedimentos gerais devem ser adotados no atendimento a um
paciente considerado como suspeito para Ebola:
1. Todas as atividades que envolvem o atendimento ao paciente e o manuseio
de qualquer material que teve contato com ele ou com seus fluidos corporais
deverão ser realizadas adotando-se as medidas de biossegurança
preconizadas pela ANVISA para os procedimentos a serem realizados (nota
técnica nº 3);
2. Todos os profissionais de saúde encarregados do atendimento direto aos
pacientes suspeitos de DVE devem estar protegidos utilizando os EPI
especificados anexo 5 deste Protocolo.
3. Evitar a movimentação e o transporte do paciente para fora do quarto de
isolamento, restringindo-os às necessidades médicas. Quando necessário,
tanto o paciente quanto o profissional que for fazer o transporte devem utilizar
os EPI recomendados;
19
GOVERNO DE MINAS GERAIS
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4. Não manipular caneta, telefone celular, óculos de grau ou outro objeto
pessoal enquanto estiver paramentado para evitar contaminação;
5. Recomenda-se que os procedimentos de paramentação e retirada dos EPI
sejam realizados em dupla, permitindo a observação cuidadosa da rotina de
biossegurança preconizada;
6. Atenção especial deve ser dada aos procedimentos de lavagem das mãos,
por parte dos profissionais que realizam os procedimentos, utilizando
antisséptico como o álcool-gel ou soluções padronizadas pelo serviço. A
higiene das mãos deve ser realizada imediatamente após a remoção dos EPI.
7. Todos os EPI deverão ser descartados como resíduos do Grupo A1,
conforme descrito na RDC/Anvisa nº 306 de 04 de dezembro de 2004, que
dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de
serviços de saúde;
8. Usar dispositivos descartáveis para o atendimento ao paciente sempre que
possível. Quando não houver dispositivo descartável, implantar o uso exclusivo
para cada paciente, de estetoscópio, esfigmomanômetro e termômetro, que
deverão sofrer desinfecção imediatamente após o uso;
9. Evitar o uso de altas pressões de água e procedimentos que gerem
aerossóis e respingos;
10. Usar os EPI recomendados durante a limpeza do meio ambiente e do
manuseio de resíduos;
11. Descartar os materiais perfuro-cortantes em recipientes de paredes rígidas,
resistentes à punção, com tampa e resistentes à esterilização. Estes
recipientes deverão estar localizados próximos à área de uso. Estes resíduos
são considerados do Grupo A1;
12. Todos os itens com os quais o paciente tiver contato e superfícies devem
ser submetidos à desinfecção com hipoclorito de sódio 10.000 ppm ou 1% de
cloro ativo (com 10 minutos de contato) ou álcool a 70%. Este procedimento
deve ser repetido a cada troca de plantão ou conforme necessidade, de acordo
20
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com o Manual Segurança do Paciente Limpeza e Desinfecção de Superfícies
da Anvisa.
7.1 ATENDIMENTO NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA ESTADUAL
O Hospital Eduardo de Menezes (Rede FHEMIG), localizado no município de Belo
Horizonte é o Hospital de Referência para a DVE no Estado de Minas Gerais.
O paciente permanecerá no Hospital de Referência Estadual até que seja
possível a sua remoção para o hospital de referência nacional. Caso a
condição clínica do paciente não permita a transferência do mesmo de forma
imediata, a reavaliação do quadro clínico deve ser periodicamente realizada e,
tão logo seja possível, o serviço indicado pelo Estado deve ser acionado para
realização do transporte do paciente para a aeronave que o levará ao estado
onde está localizado o hospital de referência nacional e o atendimento ao
paciente será continuado no hospital de referência nacional.
O Hospital de Referência Estadual deverá adotar os seguintes procedimentos
específicos frente a um caso suspeito:
1. Notificar imediatamente as autoridades sanitárias da SMS, CIEVS-MINAS e
este a SVS;
2. Avaliar continuamente a condição clínica do paciente para verificar
possibilidade de transferência para o hospital de referência nacional;
3. Orientar o paciente, familiares e acompanhantes sobre os procedimentos a
serem adotados;
4. Internar o paciente em quarto privativo com banheiro, em isolamento, com
condições de suporte à vida;
5. Realizar primeira coleta de material do paciente (sangue total) para
diagnóstico laboratorial de Ebola, teste rápido para malária e tipagem
sanguínea, em alíquotas separadas;
21
GOVERNO DE MINAS GERAIS
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6. O teste rápido para malária deverá ser realizado em todos os casos
suspeitos à beira do leito. Caso o teste seja positivo, iniciar a terapêutica
específica. Esse diagnóstico não descarta a suspeita de Ebola;
7. Amostra para diagnóstico etiológico será transportada por empresa
contratada pelo Ministério da Saúde para o laboratório de referência nacional
Instituto Evandro Chagas (IEC) – Pará;
8. Indicar a hidratação oral ou endovenosa, conforme avaliação clínica;
9. Iniciar antibioticoterapia com cefalosporina de terceira geração (ceftriaxona);
10. Frente a um resultado laboratorial negativo para Ebola (PCR negativo),
colher segunda amostra de sangue total 48 horas após a primeira colheita e
encaminhá-la para o laboratório de referência;
11. Caso um resultado para o PCR seja positivo, o paciente será confirmado
para Ebola;
12. Sendo negativos os resultados de ambas as análises laboratoriais
realizadas pelo laboratório de referência, o caso será descartado para Ebola.
As ações de manejo do paciente com DVE estão resumidas na figura 6.
22
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Figura 6 – DVE, manejo clínico no hospital de referência estadual
Fonte: SVS/MS: PROTOCOLO DE VIGILÂNCIA E MANEJO DE CASOS SUSPEITOS DE DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA (DVE)
Versão 5 – 26 de agosto de 2014
8. BIOSSEGURANÇA
Todos os profissionais envolvidos na assistência direta ou indireta a pacientes
com suspeita ou confirmação de doença pelo vírus Ebola (DVE) devem estar
capacitados quanto ao uso adequado de equipamento de proteção individual
(EPI) de acordo com a situação ou atividade de risco profissional e também
23
GOVERNO DE MINAS GERAIS
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devem certificar-se com antecedência do tamanho adequado do EPI para seu
uso na assistência ao paciente (anexo ).
Para tal ação orienta-se:

Lavar as mãos com água e sabonete antes e após os procedimentos;

Prender os cabelos firmemente, evitando a exposição dos mesmos a
possíveis contaminações;

Antes da colocação dos EPI, o profissional deve checar seus bolsos,
certificando- se de que não há celulares, documentos, entre outros.
Retirar também todos os adornos, como brincos, pulseiras, anéis, etc;

Fixar o roteiro de colocação do EPI antes da entrada do quarto de
isolamento;

Fixar o roteiro de retirada do EPI dentro do quarto de isolamento ou no
local de retirada do EPI;

Utilizar um espelho, que possibilite a visualização total do profissional
paramentado e desparamentado, no local de colocação e retirada dos
EPI para orientá-lo, evitando possíveis erros.

Definir um supervisor para orientar e observar a colocação e retirada do
EPI, passo a passo.

Sempre trabalhar em duplas durante o atendimento de paciente com
suspeita ou confirmação de DVE

Utilizar fitas adesivas fixadas no chão para sinalização de segurança e
risco (vermelha, amarela ou verde) dentro da área de isolamento.

Ao final do plantão o profissional de saúde deve tomar um banho
corporal completo
8.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI’S) OBRIGATÓRIOS
PARA CONTATO COM CASOS DE DVE
A descrição dos materiais que compõem o EPI preconizado pelo Estado
(Figura 7) está feita no anexo 5.
24
GOVERNO DE MINAS GERAIS
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Figura 7 – Equipamentos de proteção individual (EPI) para DVE
Fonte OMS
O procedimento operacional padrão (POP) para paramentação e
desparamentação dos profissionais de saúde encontra-se descrito, passo a
passo, no anexo 6.
25
GOVERNO DE MINAS GERAIS
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9. Comunicação Social
9.1 Objetivo - Propor ações que garantam a comunicação institucionalizada
permanente, entre os órgãos/agentes governamentais envolvidos com a DVE,
estabelecendo, assim, uma relação de confiança e credibilidade junto à
imprensa e a sociedade.
9.2 Público-alvo
A mensagem será direcionada para os seguintes públicos:
1. Imprensa
2. Formadores de opinião
3. Gestores municipais
4. Público interno da SES
5. Hospitais da Rede Fhemig
6. Hospitais da Rede Pro-Hosp
7. Hospitais da Rede Privada
8. Setor empresarial (empresas que têm contatos
comerciais e trabalhadores nas áreas de risco),
associações, federações, sindicatos.
9. Instituições do terceiro setor
10. Sociedade em geral
9.3 Estratégias
9.3.1 NÍVEL 0 Atenção:
Monitorar informações/rumores sobre DVE nos sites oficiais e não oficiais e
divulgar informações para parceiros.
9.3.2 NÍVEL1 Alerta:
Divulgar alertas periódicos sobre a situação epidemiológica da DVE no
mundo e no Brasil; elaborar nota informativa sobre a vigilância da DVE para
regionais de saúde do Estado.
26
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9.3.3 Nivel 2: Detecção
Comunicação Interna
1. Orientar comunicadores das Unidades Regionais de Saúde - URS;
2. Monitorar o trabalho feito nas URS por meio de videoconferências.
Comunicação Digital
1. Criar hot site com informações sobre a Ebola;
2. Manter o site www.saude.mg.gov.br atualizado, com informações
dirigidas tanto ao cidadão quanto à imprensa, aos gestores e técnicos.
Assessoria de Imprensa
1. Obter o engajamento e a corresponsabilidade de jornalistas e
formadores
de
opinião
no
sentido
de
manter
a
sociedade
adequadamente informada sobre Doença pelo Vírus Ebola (DVE).
2. Manter os jornalistas informados (boletins, releases sobre pautas
específicas, marcação e acompanhamento de entrevistas, organização
de coletivas quando o fato novo merecer destaque).
3. Monitorar a presença do tema Ebola na imprensa.
4. Manter o governo estadual como principal referência no fornecimento de
informações, tendo em vista que a SES-MG é a gestora das ações de
saúde no âmbito do Estado.
5. Pautar mídia nacional.
6. Acompanhar e assessorar produção de conteúdo sobre Ebola no Canal
Minas Saúde.
7. Oferecer à população visibilidade às ações e medidas preconizadas pelo
Plano, fortalecendo a credibilidade do governo no enfrentamento da
ameaça do Ebola e da Malária em Minas Gerais.
8. Oferecer à população uma correta avaliação de risco sobre a doença,
desfazendo rumores e indicando quais as medidas necessárias a serem
tomada;
9. Pautar a mídia para que intensifique as informações sobre os sinais e
sintomas da doença para evitar superlotação em unidades de saúde.
10. Apresentar comunicado à imprensa pelos porta-vozes aprovados pelo
Comitê de Comunicação; esse comunicado deve transmitir segurança e
domínio do conteúdo.
27
GOVERNO DE MINAS GERAIS
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11. Estabelecer horários para a apresentação de boletins à imprensa,
priorizando o trabalho de fotógrafos e cinegrafistas.
12. Divulgar prioritariamente informações novas e inéditas, com o objetivo
de atrair a atenção da imprensa, motivando-a para a produção de pautas
positivas e de serviço.
13. Definir parâmetros de conduta ética.
14. Socializar a informação para toda a equipe. Mas somente os porta-vozes
estão autorizados a conceder entrevistas.
15. Criar mensagens chaves para o público e também possíveis respostas
difíceis. Ensaiar com a equipe de comunicadores, simulando entrevista
no momento de crise.
Ação Publicitária
1. Criar e produzir peças publicitárias (folders, letterings, banners, mídia TV
aeroporto)
2. Criar e produzir peças técnicas voltadas para profissionais de saúde da
área pública e privada;
3. Criar telemarketing com busca ativa;
4. Apoiar a ampliação das posições existentes no Ligue Minas (155).
5. Executar panfletagem com abordagem para a conscientização de
pessoas que participam de grandes eventos na capital e no interior.
Mobilização Social
Multiplicar informações diretamente ao cidadão, por meio de lideranças
legítimas. O conceito de Mobilização Social está relacionado ao envolvimento
da sociedade no processo de instituição da saúde, o que significa que todos
sejam corresponsáveis pela prevenção, pela assistência e pela promoção da
saúde.
Canal Minas Saúde
1. Lançar Plano Estadual de Contingência para Emergência em Saúde
Pública – Doença do vírus Ebola;
2. Transmitir programa “Via Saúde” especial sobre Ebola;
3. Qualificar profissionais sobre controle de infecção;
9.3.4 Nível 3: Resposta
28
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Fase 1 - transmissão autóctone: ocorrências de casos de DVE em território
mineiro sem histórico de viagens a áreas afetadas ou com contatos de casos
confirmados importados. Nessa fase, as ações de comunicação serão voltadas
para informar ao cidadão que o vírus chegou ao País e ao Estado.
Estratégias
1. Comunicação Interna
2. Comunicação Digital
3. Assessoria de Imprensa
4. Ação Publicitária
5. Ações de Relações Públicas
6. Mobilização
7. Canal Minas Saúde
Comitê de Comunicação Social
Manter ações propostas no nível 2.
Comunicação Interna
1.
Fortalecer ações propostas no nível 2;
2.
Ocupar o espaço público para disseminar informação aos públicos interno
e externo, utilizando mídias tais como: plotagem de elevadores, wallpaper,
intranet, murais, espaços de convivência etc.
Comunicação Digital
Fortalecer ações propostas no nível 2.
Assessoria de Imprensa
1. Fortalecer ações propostas na primeira fase;
2. Definir parâmetros de conduta ética.
Ação Publicitária
1. Analisar qualitativa e quantitativamente as informações coletadas por
meio do telemarketing ativo e do Ligue Minas (155);
2. Criar e produzir peças publicitárias segmentadas por público- alvo, que
orientem o cidadão sobre o fluxo de assistência aos pacientes com
suspeita ou infectados pela Febre Ebola e/ou por Malária.
3. Fortalecer e ampliar ações promocionais que levem informação ao
cidadão, por público-alvo segmentado (ex: público estudantil, público
29
GOVERNO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE MINAS GERAIS
saúde, público turismo, trabalhadores mineiros que vierem das áreas de
risco etc);
4. Ampliar a cobertura de mídia, por meio da diversificação de canais e
intensificação de frequência;
5. Criar e produzir spots que objetivem informar ao ouvinte acerca do fluxo
de assistência ao paciente suspeito ou infectado. Trabalhar com
emissoras de rádios comerciais e comunitárias;
6. Fortalecer ações promocionais em estradas, aeroportos, rodoviárias e
eventos com participação de delegações internacionais;
7. Intensificar a ação do Canal Minas Saúde como instrumento de
qualificação dos profissionais de saúde acerca da Febre Ebola e da
Malária;
8. Apoiar a ampliação do Telemarketing com busca ativa;
9. Apoiar a ampliação de posições do Ligue Minas (155).
Mobilização Social
Fortalecer a interface com os parceiros dos diversos segmentos da sociedade.
Canal Minas Saúde
Apoiar a produção e veiculação de oficinas, seminários, workshops e
programas especiais voltados para qualificação dos profissionais de saúde.
Fase 2: transmissão da DVE de grande magnitude e dispersa no Estado
Nessa fase, a informação deverá ser diária, atualizando a sociedade sobre o
desenrolar da crise; com orientações à população sobre a doença, evitando a
procura desnecessária de serviços de saúde. E mais, adotando estratégias
para evitar a ampliação da repercussão em locais ainda não afetados pelo
agravo.
Importante nesta fase: evitar a ampliação das repercussões em locais ainda
não afetados pelo agravo.
Estratégias
1. Comunicação Interna
2. Comunicação Digital
3. Assessoria de Imprensa
30
GOVERNO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE MINAS GERAIS
4. Ação Publicitária
5. Ações de Relações Públicas
6. Mobilização
7. Canal Minas Saúde
Comitê de Comunicação Social
Fortalecer ações propostas na primeira e segunda fase.
Comunicação Interna
Fortalecer ações propostas na primeira e segunda fase.
Comunicação Digital
Fortalecer ações propostas na primeira e segunda fase.
Assessoria de Imprensa
1. Fortalecer ações propostas na primeira fase;
2. Criar mensagens-chave para o público e também possíveis respostas
difíceis. Ensaiar com a equipe de comunicadores, simulando entrevistas
no momento de crise.
Ação Publicitária
1. Fortalecer e ampliar ações promocionais que levem informação ao
cidadão, por público-alvo segmentado (ex: público estudantil, público
saúde, público turismo, público idosos etc);
2. Ampliar as mídias coletivas, em face da necessidade de um maior
isolamento entre as pessoas, com o objetivo de evitar a disseminação
do pânico na população;
3. Analisar qualitativa e quantitativamente as informações coletadas na
Fase 02, por meio do telemarketing ativo;
4. Criar e produzir spots que objetivem informar ao ouvinte acerca do fluxo
de assistência ao paciente suspeito ou infectado. Trabalhar com
emissoras de rádios comerciais e comunitárias;
5. Intensificar a ação do Canal Minas Saúde;
6. Ampliar o Telemarketing com busca ativa;
7. Ampliar o Ligue Minas (155);
8. Intensificar ações promocionais em estradas, aeroportos, rodoviárias e
eventos com participação de delegações internacionais;
31
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9. Criar, produzir e distribuir material gráfico de orientação técnica para
diagnóstico da doença pelo vírus ebola (DVE) e malária em consultórios
médicos particulares;
10. Criar, produzir e distribuir peças informativas sobre normas de conduta
para funerais e descarte de resíduos hospitalares, domiciliares e
aeroviários.
Ações de Relações Públicas
1. Promover ações que tranquilizem os moradores das regiões de Minas
Gerais que concentram famílias de trabalhadores mineiros que atuam
nas áreas de risco.
2. Intensificar abordagem para a conscientização de pessoas que
participam de grandes eventos na capital e no interior, se a agenda for
mantida.
3. Realizar eventos em memória das vítimas.
Mobilização Social
Estimular troca de informações, fazendo com que o cidadão seja, de forma
efetiva, corresponsável pela eliminação da doença na comunidade na qual está
inserido. Esse trabalho, coordenado pela ACS/SES, será feito por meio de
lideranças ligadas a organizações governamentais, não governamentais
(ONGs), associações, instituições religiosas (católica, evangélica, espírita, etc),
ou seja, todo e qualquer grupo formal e informal de pessoas.
Canal Minas Saúde
Apoiar o Canal Minas Saúde na produção e veiculação de oficinas, seminários,
workshops e programas especiais voltados para qualificação dos profissionais
de saúde.
FASE 3: PÓS-PANDÊMICA
Objetivos
1. Informar à população sobre o fim da epidemia, com base em critérios
técnicos adotados internacionalmente;
32
GOVERNO DE MINAS GERAIS
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2. Informar sobre a suspensão das medidas adotadas emergencialmente e
as medidas de retorno à normalidade.
Ações
1. Pronunciamento do Governador;
2. Divulgar o balanço das ações;
3. Pautar a imprensa para que mostre Unidades de Saúde sem pacientes
vítimas da Febre Ebola e Malária. Utilizar a força da imagem como
catalisador da opinião pública.
4. Pautar a imprensa para que mostre o cidadão em ambientes de uso
coletivo;
5. Informar sobre a atenção dispensada pelo Governo às famílias das
vítimas.
33
GOVERNO DE MINAS GERAIS
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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ANVISA. Prevenção e controle
do Ebola
2. Em Pontos de Entrada. Nota Técnica 03/2014. Brasília, DF, 29/10/2014
3. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. GGTES/ANVISA. Nota
Técnica 02/2014. – Medidas de precaução e controle a serem
adotados na assistência a pacientes suspeitos de infecção por Ebola,
08 de agosto de 2014.
4. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. ANVISA. Resolução de
Diretoria Colegiada– RDC nº 306/2004 – Dispõe sobre o regulamento
técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
5. Ministério da Saúde. Plano de Contingência para Emergências em
Saúde Pública – Doença pelo vírus Ebola. Versão 12, Brasília/DF
6. Protocolo de vigilância e manejo de casos suspeitos de doença pelo
vírus Ebola (DVE). Versão 4 – atualização em 22 de agosto de 2014.
Disponível em: http://correio.iff.fiocruz.br/a/comunicacao/protocolo.pdf,
acesso em setembro de 2014.
34
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ANEXOS
Anexo 1- Algoritmo para manejo pré-hospitalar de caso suspeito de DVE
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Anexo 2
Questionário para investigação de casos autoaplicável
VERSÃO PORTUGUÊS
INVESTIGAÇÃO DE EVENTOS RELACIONADOS À DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA
Entrevistador:___________________________________
Data da Entrevista:____/____/____
DADOS DO ENTREVISTADO
Nome: ___________________________________________________________________
Grau de Parentesco/Vínculo: ___________________ Telefone: __________________
DADOS IDENTIFICAÇÃO DO CASO
1.Nome: _________________________________________________________________
2. Endereço: ______________________________________________________________
3.Município de residência ou permanência: ____________________________________
4. Data de nascimento:____/____/____ 5. Sexo: ______________________________
6. Ocupação: ____________________________________________________________
7. Se profissional de saúde, local de trabalho: ___________________________________
ANTECEDENTES EPIDEMIOLÓGICOS
8. Quando começou a doença? Início de sintomas: ____/____/____
9. Local de procedência (local com transmissão do EBOLA):
País:__________ Estado: _____ Município:_________ Região: ___________________
Data de partida desse local: __/__/____
10. Atividade realizada no local______________________________________________
11. Foi exposto a algumas destas situações nos últimos 21 dias? (Marcar o que for relatado)
12. Contato direto com sangue, tecidos ou fluidos corporais de suspeitos de Ebola?
( ) Sim ( ) Não
Data de exposição: ____/____/___
13. Contato com superfícies ou objetos contaminados por casos suspeitos?
( ) Sim ( ) Não
Data de exposição: ____/____/___
14. Participou de funerais ou rituais fúnebres de suspeitos?
( ) Sim ( ) Não
Data de exposição: ____/____/___
15. Teve contato com animais doentes ou mortos?
( ) Sim ( ) Não
Data de exposição: ____/____/___
16. Que animais? _______________________Tipo de exposição: ___________________
17. Visitou hospital? ( ) Sim ( ) Não Data: ____/____/____ Local: ___________________
18. Foi hospitalizado? ( ) Sim ( ) Não Data: ____/____/____ Local: _________________
36
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CONTACTANTES
19. Houve contato com outras pessoas após iniciar os sintomas? ( ) Sim ( ) Não
(Descrever o que for relatado)
________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
Lista de contactantes do caso suspeito de ebola
Nome
Telefone
Endereço
Relação
com
o
Data do contato
Tipo* de Contato
suspeito
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
* Físico, mesmo ambiente, dormiu no mesmo quarto, dormiu na mesma cama, manipulou amostra biológica de
suspeito, fluídos e secreções, objetos contaminados, etc.
Anexo 1.2 VERSÃO INGLÊS:
37
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Anexo 3
Questionário para investigação de casos autoaplicável
VERSÃO INGLÊS
Ebola Virus DISEASE (EVD)
Interviewer:________________________________ Date of the interview:____/____/____
Data of the interviewee:
Name:___________________________________________________________________
Relationship /Link: ___________________ Telephone: __________________
CASE IDENTIFICATION DATA
1.Name: _________________________________________________________________
2. Address: ______________________________________________________________
3. Municipality: ____________________________________________________________
4. Date of Birth: ____/____/____
5. Gender: (1) Male (2) Female; If female, were you pregnant? (1) yes (2) no
6. Occupation: ___________________________________________
7. If health professional, place of work: _________________________________________
EPIDEMIOLOGICAL BACKGROUND
8.When did the disease begin? Beginning of symptoms: ____/____/____
9. Place of origin (place with EBOLA transmission):
Country:_____________State: ______________
Municipality:__________Region:___________
10.Activity performed at the location:____________________________________
11. Have you been exposed to any of these situations in the last 21 days?
(Mark what have been reported)
Direct contact with blood, bodily tissues or fluids of suspected case? (1) Yes (2) No
Date of exposure: ___/___/___
Contact with contaminated surfaces or objects from the of suspected cases? (1) Yes (2) No
Date of exposure:___/___/___
Participated in funerals or rituals of suspected cases? (1) Yes (2) No
Date of exposure: ___/___/___
Did you have contact with sick or dead animals? (1) Yes (2) No
Date of exposure: ___/___/___
38
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Which animals? _________________________Form of exposure: __________________
Visited hospital? (1) Yes (2) No
Date: ____/____/____
Place: _________________________________
Were you hospitalized? (1) Yes (2) No; If so, Date: ____/____/____ Place: ________________
CONTACTS
12. Was there contact with other persons after the beginning of the symptoms?
(1) Yes (2) No
(Describe what was reported)
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
LIST OF CONTACTEES WITH SUSPECTED CASE
Name
Telephone
Address
Relationship to the
Date of contact
Type* of Contact
suspect
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
* Physical, same environment, slept in the same room, slept in the same bed, handled
sample of the suspected case, fluids and secretions, contaminated objects etc.
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Anexo 4
Questionário para investigação de casos autoaplicável
VERSÃO FRANCÊS
Questionnaire d’enquête de cas de Maladiedu Vírus Ebola (MVE)
Intervieweur ______________________ Date de l'entrevue:___/____/___
Données du répondant
Nom: _________________________________________________________
Degré de parenté / Lien: ___________________ Téléphone: __________________
DONNÉES D’IDENTIFICATIONDE CAS
1.Nom: ______________________________________________________________
2.Adresse: _____________________________________________________
3.Municipalité de résidence: _________________________
4. Date de naissance:____/____/____
5. Sexe: (1) Masculin (2) Féminin
Si Féminin, enceinte? (1) Oui (2) non
6. Occupation: ___________________________________________
7. Si professionnel de la santé, place de travail: _________________________________
CONTEXTE ÉPIDÉMIOLOGIQUE
8. Quelle est la date du début de la maladie? L'apparition des symptômes: ____/____/____
9. Lieu d'origine (lieu avec transmission d’EBOLA):
Pays: ____________ État: _____________ Municipalité: ____________ Région: _______
10. Activité ex ercée sur le site:_______________________________________________
11. Avez-vous été exposé à certaines de ces situations dans les 21 derniers jours? (Mar
querce qui est rapporté)
- Contact direct avec sang, fluides corporels ou tissus soupçonnés? ( ) (1) Oui (2) Non
- Date d’exposition: ____ / ____ / ____
- Contact avec des surfaces ou des objets soupçonnés de cas contaminés?( ) (1) Oui (2)
Non ; - Date d’exposition: ___ / ____ / ___
- Participation des rites funéraires ou de sépulture des soupçonnés? ( ) (1) Oui (2) Non
- Date d’exposition: ____ / ____ / ____
Avez-vous eu des contacts avec des animaux malades ou morts? ( ) (1) Oui (2) Non
- Date d’exposition: ____/____/____
Quels sont les animaux? ___________________________________
Type d’exposition: ______________________________________
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Avez-vous visité un hôpital?( ) (1) Oui (2) Non
- Date: ____ / ____ / ____ Lieu: _______________________
Avez-vousété hospitalisé? ( ) (1) Oui (2) Non - Date: ____/____/____
Transmetteurs
Avez-vous eu contact avec d’autres individus après Le debut de symptômes?
(1) Oui (2) Non
(Décrire ce qui est rapporté)
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
LISTE D’INDIVIDUS AYANT EU UN CONTACT AVECLE CAS SOUPÇONNÉ
Nom
Téléphone
Addresse
Relations avec l’individu
Date du contact
Type* du Contact
soupçonné
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
* Physique, même environnement, dormi dans la même chambre, dormi dans le
ANEXO 2 même lit, manipulé l'échantillon des suspects, des sécrétions et des fluides, des
objets contaminés, etc.
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Anexo 5
RELAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL- EPI’S
ITEM
DESCRIÇÃO
01
MACACÃO DE PROTECÃO QUÍMICA - VESTUÁRIO DE PROTEÇÃO, 100% POLIETILENO,
TAMANHO GRANDE, MACACÃO COM CAPUZ E FECHAMENTO COM ZÍPER, PROTEÇÃO
NÍVEL C CONTRA PRODUTOS QUÍMICOS, COSTURAS TERMOSSELADAS, ELÁSTICO NOS
PUNHOS E TORNOZELOS.
02
MACACÃO DE PROTECÃO QUÍMICA - VESTUÁRIO DE PROTEÇÃO, 100% POLIETILENO,
TAMANHO MÉDIO, MACACÃO COM CAPUZ E FECHAMENTO COM ZÍPER, PROTEÇÃO
NÍVEL C CONTRA PRODUTOS QUÍMICOS, COSTURAS TERMOSSELADAS, ELÁSTICO NOS
PUNHOS E TORNOZELOS.
03
OCULOS DE SEGURANCA – MATERIA-PRIMA: POLIETILENO INCOLOR; FINALIDADE:
CONTRA RESPINGOS QUIMICOS; LENTE: EM POLIETILENO ANTIEMBACANTE; ABAS:
LATERAIS;
04
BOTA MASCULINA - MATÉRIA-PRIMA: POLIVINILCLORIDE (PVC); COR: BRANCA; MODELO:
CANO LONGO; SEM ACESSÓRIOS.
05
BOTA MASCULINA - MATÉRIA-PRIMA: POLIVINILCLORIDE (PVC); COR: BRANCA; MODELO:
CANO LONGO; SEM ACESSÓRIOS.
06
BOTA MASCULINA - MATÉRIA-PRIMA: POLIVINILCLORIDE (PVC); COR: BRANCA; MODELO:
CANO MÉDIO; SEM ACESSÓRIOS.
7
AVENTAL - MATERIA-PRIMA: PVC; MODELO: FORRADO; COM ALCAS; TAMANHO: G
(GRANDE); COR: BRANCA.
8
LUVA DE PROCEDIMENTO, DESCARTAVEL, NAO ESTERIL - TAMANHO: PEQUENO;
MATERIA-PRIMA: LATEX COM POLIURETANO;
9
LUVA DE PROCEDIMENTO, DESCARTAVEL, NAO ESTERIL - TAMANHO: MEDIO; MATERIAPRIMA: LATEX COM POLIURETANO.
10
MASCARA FACIAL DE PROTECAO RESPIRATORIA - TIPO: FILTRO QUIMICO DE BAIXA
CAPACIDADE, PFF2 COM FBC1; FORMATO TIPO CONCHA.
11
FILTRO PARA MASCARA CONTRA GASES - CLASSE: COMBINADA - P3/VO E
GASES/VAPORES ACIDOS; MATERIA PRIMA: FILTRO MECANICO E FILTRO QUIMICO.
12
PROTETOR FACIAL TIPO FIXAVEL NA CABEÇA PROTETOR COM COROA E CARNEIRA EM
PLÁSTICO, PROTETOR COM TIRA ABSORVENTE DE SUOR COM VISOR EM
POLICARBONATO INCOLOR.
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Anexo 6
Procedimento Operacional Padrão para Paramentação e
Desparamentação no atendimento direto ao paciente com Ebola FHEMIG
I – CONTROLE HISTÓRICO
REVISÃO
00
o
o
o
o
o
o
o
o
o
o
o
o
DATA
Setembro
2014/2015
Nº PÁGINAS
04
HISTÓRICO
ALTERAÇÃO
Elaboração
ELABORAÇÃO
VERIFICAÇÃO
APROVAÇÃO
Enfermeira: Marlene
Santos Rios Castro
Coordenadora de
Enfermagem: Edna
Lúcia Campos
Wingester
Coordenadora de Enfermagem: Edna
Lúcia Campos Wingester
MATERIAL
Avental cirúrgico impermeável, descartável;
Bota de borracha;
Fita crepe 50x5;
Gorro;
Luvas cirúrgica;
Luvas de procedimentos;
Macacão com mangas compridas, punho e tornozelos com elástico, resistente à abrasão, resistência
à penetração viral, costuras termoseladas, com abertura e fechamento frontal por zíper;
Máscara N95;
Óculos de proteção;
Protetor de calçado (propés);
Protetor facial;
Uniforme hospitalar (calça e camisa).
MACRO PROCESSO
o
Realizar paramentação destinada a assistência a pacientes com suspeita ou certeza de contaminação
biológica por agente classe risco 4 - EBOLA
TAREFAS
1 Paramentação
Para o início da paramentação o profissional deve estar vestido com um uniforme hospitalar (calça e camisa).
Área limpa
o Lavar as mãos;
o Confeccionar etiqueta com o nome do funcionário que será paramentado e reservar;
o Retirar o calçado;
o Prender os cabelos (em caso de profissionais que mantenham cabelos longos);
o Vestir o gorro;
o Calçar as luvas de procedimento;
o Calçar o protetor de calçado (propés);
o Fixar as luvas de procedimento e protetores de calçado na pele de forma que fiquem vedados, utilizar
para fixação fita crepe dobrando a extremidade superior para facilitar a retirada;
o Abrir o zíper do macacão (observar se o mesmo não está danificado);
o Vestir o macacão;
o Fechar o zíper do macacão sem colocar o gorro do mesmo;
o Calçar a bota de borracha, de forma que a calça do uniforme hospitalar fique dentro da bota e o
macacão sobre a bota;
o Colocar a segunda luva de procedimento, fixá-la e vedá-la com fita crepe sobre o macacão;
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o
o
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o
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o
o
o
o
o
o
Fixar e vedar o macacão na bota de borracha com fita crepe dobrando a extremidade superior para
facilitar a retirada;
Colocar a máscara N95;
Colocar o óculos de proteção;
Vestir o gorro do macacão;
Fixar e vedar as bordas do gorro do macacão sobre as laterais da máscara N95 e o óculos;
Vedar a abertura do macacão na altura do pescoço;
Vestir o capote impermeável;
Solicitar ao profissional auxiliar que fixe o velcro do capote sem amarrar;
Solicitar ao profissional auxiliar que fixe a etiqueta de identificação na parte posterior torácica do
profissional paramentado;
Calçar o terceiro par de luvas (luvas cirúrgicas) e fixá-las na parte superior da manga;
Caso tenha disponível o protetor facial de acrílico o mesmo deve ser colocado por último e irá
substituir o óculos de proteção
2 Desparamentação
Sempre que o profissional precisar realizar a desparamentação, o mesmo deve avisar pela janela do quarto.
Área suja
o Abrir a fixação (velcro) do capote com auxílio de outro profissional;
o Retirar o capote que deve sair juntamente com as luvas cirúrgicas, descartar;
o Retirar o protetor facial, descartar;
o Retirar a fixação do gorro da face e pescoço, descartar;
o Retirar o óculos, descartar;
o Retirar a máscara N95, descartar;
o Abrir o macacão com o auxílio de outro profissional;
o Retirar parcialmente a fixação das luvas deixando fixa na parte superior da manga;
o Retirar o macacão enrolando de forma que exponha a parte limpa do mesmo, que deve sair
juntamente com o segundo par de luvas, descendo no sentido dos MMII;
o Posicionar o macacão enrolado na altura dos pés;
o Sentar para apoiar-se, no sentido que os pés contaminados permaneçam na área suja;
o Terminar de retirar o macacão de forma que as botas saíam juntamente com o mesmo, descartar;
o Cuidar para que os pés limpos não toquem a área suja;
o Entrar na área limpa;
o Retirar o gorro, descartar;
o Retirar as luvas puxando a dobra feita na extremidade, descartar;
o Retirar os protetores de calçado (propés), descartar;
o Manter o ambiente organizado;
o Lavar as mãos.
O profissional que auxiliará na paramentação e desparamentação deve ter o mínimo de contato possível com
o profissional que está sendo paramentado e/ou desparamentado.
O profissional deve usar os EPIs:
o Avental descartável;
o Luvas de procedimento;
o Lavar as mãos antes e após cada procedimento realizado.
O descarte dos EPIs deve ser feito em saco vermelho duplo identificado com frases e símbolo referente a
substância infectante, contido em recipiente resistente à punctura e vazamentos, com tampa provida de
sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados e resistente a tombamento, identificados
com frases e símbolos referentes à substância infectante e encaminhados para a incineração.
Os EPIs danificados devem ser descartados.
A cada paramentação o profissional deve fazer o registro do horário em que foi realizado.
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REGISTROS
o
o
Livro de registro;
Ficha de controle de paramentação.
INDICADORES
Não se aplica.
SIGLAS
o
EPI: Equipamento de proteção individual.
Ficha de Controle de Paramentação – EBOLA
Nome do funcionário
Função
Data
Paramentação/horário
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