Aula 6-2 Campo Magnético Física Geral e Experimental III Prof. Cláudio Graça Capítulo 6 Força devida ao Campo Magnético FB qv B Como esta fórmula é o produto vetorial dos dois vetores, v e B: 1) Se a partícula não se move não existe força. 2) A força é sempre perpendicular ao campo, e perpendicular à velocidade, não produz trabalho! 3) Só a componente da velocidade, perpendicular ao campo, produz força. 4) O sinal da carga e o ângulo entre v e B determinam o sinal do vetor força Força devida ao Campo Magnético B FB qv B θ q v F Como esta fórmula é o produto vetorial dos dois vetores, v e B: FB q vx ˆj kˆ vy vz Bx By Bz iˆ FB qvBsen Força sobre um condutor A força sobre um elemento de volume será: dF q(v B)dN Na qual dN, o número de portadores de carga vale: : Portanto dF q(v B)ne Adl q(dl B)ne Av d I (dl B) dN ne Adl Já que: v dl vd dl Força sobre um condutor dF I (dl B) A força total sobre o condutor será: F I dl B No caso de um condutor retílineo, sob ação de um campo magnético constante, Que forma um ângulo com o mesmo, será: F IL B Cujo módulo vale: F ILBsen Torque em uma espira de corrente Torque em uma espira de corrente Uma espira retangular, consiste de quatro segmentos de condutor, percorridos por uma corrente i. Qual é a força e torque sobre a espira? B F1 I B F1 I a F4 b F2 n I b n bB F3 F3 F1 iL B iaB, F2 ibB sin bB ibB cos nB F1 F3 , F2 F4 Fnet 0 1 12 b F1 , 3 12 b F3 , net 1 3 12 b F1 12 b F3 bF1 sin Torque em uma espira de corrente Os torques devidos às forças F1 F3 são os únicos relevantes e se somam: 1 1 1 2 b F1 ; 3 2 b F3 i j k 1 1 t 1 2 2 b F1 2 b F3 b F1 i Ax Ay Az Como F1 iaB t iaBsen i A B Bx B y Bz onde A abnˆ Onde A é a área da espira de corrente. Observe a componente vetorial! Se tivermos N enrolamentos em vez de uma única espira, teremos N vezes o mesmo torque, portanto: iNA B NB: Um imã de barra atua como uma grande espira. A razão pela qual dois imãs se atraem é porque os campos não são uniformes, portanto Fnet não é nula. Torque em uma espira de corrente iNA B m B Na qual o momento magnético da espira será definido como: m NIabnˆ NIAnˆ No qual A é á a área da espira Momento magnético atômico m B q e I t 2r / v evr 2 mo Ir 2 m NIAnˆ | L | me vr Como o momento angular orbital (clássico) vale: eL portanto 2me eL No caso do momento magnético vetorial:m 2me m Momento magnético atômico m B eL m 2me m NIAnˆ eS ms me Momento magnético de spin e m g J 2me Momento magnético total Momento magnético atômico o O spin do elétron do átomo de H pode comprovado pelas duas orientações possíveis de um feixe de átomos de H ao passar por um campo magnético produzido pelo ímã S-N. o Este efeito é conhecido como efeito Zeeman, e pode ser observado experimentalmente, comprovando a interação do campo magnético com o momento angular de spin. Seletor de Velocidades Efeito dos Campos E e B, cruzados Uma partícula com carga, atravessando uma região de campo elétrico e magnético perpendiculares, sofre uma deflexão. Em que condição as ações dos dois campos se se anulam? FE FB qE qv B Independente de q ou m! Note que os campos devem ser perpendiculares para que: E E v B para v B v B Utilizando a medida da velocidade v, pode-se utilizar em combinação a deflexão (ou aceleração) devida ao E, para determinar a relação m/q. Seletor de Velocidades E FE FB qE qv B v B Seletor de velocidades Tubo de Raios Catódicos E FE FB qE qv B v B Tubo de raios catódicos (experimento de Thomson) Tubo de Raios Catódicos: Experimento de Thomson 1 é a fonte do filamento 2 é a fonte de aceleração 3 é a fonte defletora mv 2 e 2 ; v 2 2e 2 m e 3 3 evB vB d d Para a condição do seletor de velocidades 32 e m 2d 2 B 2 2 Conhecidos os dados geométricos do tubo pode-se calcular o deslocamento OP Espectrômetro de Massa E FE FB qE qv B v B Espectrômetro de Massa mv 2 qvB m R mv 2 qV v 2 qB 2 R 2 m 2V qBR v 2qV m A velocidade deve ser mantida constante, pelo seletor de velocidades portanto: ES v BS portanto ES mi qB Ri BS mi Efeito Hall Condutor ou semi-condutor Campo magnético externo Tensão Hall Efeito Hall Os elétrons dentro de um condutor, ou mesmo um semi-condutor, também sofrem o efeito de um campo magnético externo, portanto eles também sofrerão deflexão. Isto cria uma diferença de potencial que pode ser medida entre as bordas do condutor. Se a velocidade de deriva é vd na condição de equilíbrio de equilibrio de forças: eE evd B Pode-se relacionar a velocidade de deriva com a densidade de corrente, para obter a densidade de portadores de carga n, considerando que A=d.t, onde t é a espessura da fita. 1 i J (ne)vd vd J ne neA i VH iB E vd B B VH neA d net JBd n VH e