Análise da expressão gênica diferencial do tecido cefalopodal em

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51º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005
Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4
Palavras Chave: DDRT-PCR, Biomphalaria tenagophila, Schistosoma mansoni
Levada, PM; Gonçalves, RD; Oliveira, ALD; Almeida, DC; Magalhães, EMZ; Paes, JTR
Depto . de Ciências Biológicas/FCL/Unesp-Assis.
Análise da expressão gênica diferencial
do tecido cefalopodal em linhagens
de Biomphalaria tenagophila resistentes
e suscetíveis á infecção por
Schistosoma mansoni
O controle da esquistossomose envolve inúmeras tentativas que são dificultadas pelo complexo ciclo de vida do agente
etiológico, o trematódeo do gênero Schistosoma , que envolve, além do homem e outros hospedeiros vertebrados,
um molusco do gênero Biomphalaria como hospedeiro intermediário. Os vetores da esquistossomose expressam
variado grau de suscetibilidade à infecção ao Schistosoma. Uma vez que esta expressão diferencial parece relacionarse com a patogenicidade do parasito no hospedeiro vertebrado, a análise da variabilidade genética e da expressão
gênica relacionada com a resistência desses vetores seria importante não apenas para melhor conhecimento da
epidemiologia e patogenicidade, mas também como uma nova estratégia para o controle da esquistossomose.
Sabe-se também, que o sucesso da infecção é dependente da interação molecular das formas larvais dos
trematódeos com as células de defesa dos caramujos hospedeiros, os hemócitos. Os hemócitos são células
presentes na hemolinfa que podem apresentar um expressão gênica diferencial mediante a exposição ao
parasita. Neste trabalho, utilizou-se a técnica DDRT-PCR (Differential Display Reverse Transcriptase-Polymerase
Chain Reaction) para analisar a expressão gênica diferencial em linhagens de Biomphalaria tengophila resistentes e
suscetíveis à infecção por Schistosoma mansoni, ao longo de 24 horas pós-exposição a miracídios. O RNA total foi
extraído da região cefalopodal e transcrito de forma reversa por meio de RT-PCR. Realizando a amplificação do
material com primers aletórios obtidos na literatura, foram encontrados alguns marcadores moleculares que podem
estar relacionados com fenômenos descritos na relação parasita-hospedeiro. Verificou-se anteriormente, por meio
da quantificação de hemócitos da hemolinfa de caramujos suscetíveis e resistentes, que o número de hemócitos
na hemolinfa dos caramujos suscetíveis permanece maior que de resistentes no decorrer das 24 pós exposição
aos miracídios. Este fato pode estar associado a uma migração destas células de defesa para o tecido lesado e a
permanência neste local no caso de caramujos resistentes. Com o primer 14 (5’GTTGCCAGCC3’), obteve-se
um marcador de 400 pb encontrado predominantemente em caramujos resistentes aparecendo de forma
pronunciada apenas no indivíduo representante de 2 horas pós exposição ao parasita em suscetíveis. Este
marcador pode estar relacionado com a permanência dos hemócitos no tecido cefalopodal em caramujos
resistentes e na hemolinfa em caramujos suscetíveis.Espera-se que os resultados possibilitem a identificação
de marcadores que levem à caracterização de seqüências relacionadas à suscetibilidade/resistência desses
vetores, fundamentando assim, novas estratégias para o controle da esquistossomose.
Apoio: Fundunesp/ PIBIC-UNESP-CNPQ.
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