Curso de Férias – Coleta, montagem e manutenção de coleções

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INTRODUÇÃO
• Os insetos são, atualmente, o grupo mais abundante de
animais na terra
• Cerca de 1000.000 de espécies descritas
• 70 % de todos os animais conhecidos
Introdução
Importância
• Polinização
• Produção de produtos comerciais (Mel, Cera, Seda)
• Alimento para outros animais (Aves e Peixes)
• Auxiliam a manter animais e plantas nocivos sob controle
• Úteis na medicina e em pesquisas cientificas
• Pragas Agrícolas e de grãos armazenados
• Vetores de doenças
• Indicadores de conservação e
biodiversidade
INTRODUÇÃO
► JUSTIFICATIVA
•Entomologia aplicada e didática
•Controle biológico de pragas = identificação básica;
•Vigilância sanitária e saúde pública
•Trabalhos ecológicos (Levantamentos Populacionais)
•Identificação = utiliza principalmente morfologia externa = boa
preservação dos caracteres externos específicos para identificação de
cada grupo
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
Regras básicas
•Vestimentas adequadas (calças e manga longa)
•Coletar sempre com mais de uma pessoa
•Evitar coletas em dias de chuva ( exceto em trabalhos ecológicos de
levantamento faunístico)
•Chapéu
•Calçado fechado (Preferencialmente botas)
•Água e alimento
•Levar somente o necessário para poupar esforços
•Caneta e caderno para anotações de campo
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► COLETAS
ATIVAS:
Com redes, aspiradores, guarda-chuvas entomológico, pinças, frascos
► COLETAS
PASSIVAS:
Utilização de armadilhas diversas
Coleta de grande número e variedade de insetos
Utiliza princípios atrativos químicos ou físicos
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► COLETAS
ATIVAS
Permitem a exploração de habitats muito específicos, direcionando
voluntariamente o esforço de coleta; presença ativa do coletor
Pinças
Pinçéis
Facheamento: Coleta noturna com utilização de lanterna
COLETAS ATIVAS
Revolvimento de troncos e serrapileira
Varredura com rede entomológica
Guarda chuva entomológico
Coleta aquática com redes e peneirão
interceptação de vôo
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► COLETAS
ATIVAS
Vidros letais
Envelopes e mantas
Fonte: Almeida et al. 1998
Borboletas são sacrificadas com leve pressão dos dedos no tórax
Mariposas de tamanho robusto injeta-se de ½ à 1 ml de álcool 70%
no abdômen
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► COLETAS
ATIVAS
Guarda-chuva
Aspiradores
Fonte: Almeida et al. 1998
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► COLETAS
ATIVAS
Rede entomológica
Rede para coleta aquática
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► PASSIVAS
(ARMADILHAS)
Armadilhas => dispositivo onde os insetos adentram e não conseguem sair
Armadilha Malaise
Desenvolvida pelo suéco René Malaise
Utilizada em dípteros e himenópteros (fonte de alimento através do vôo)
Insetos retidos ao sobrepor a barreira e capturados em recipiente contendo
álcool 70% localizado ponto mais alto da tenda.
Instalação em clareiras
Armadilhas tipo Malaise suspensas (20 – 25 metros)
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► PASSIVAS
(ARMADILHAS)
Fonte: Almeida et al. 1998
- Malaise
Armadilha de interceptação do vôo
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► ARMADILHAS
Armadilha tipo Shannon
Criada por Shannon em 1939
Atração por estímulo quimico (carne em decomposição, frutos fermentados,
iscas vivas (humana ou animal) ou fonte luminosa
Constituída por um teto e partes laterais iguais costuradas que ficam
penduradas a poucos centímetros do solo.
Ordem Diptera
Fita inseticida para captura dos insetos ou coleta manual
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► ARMADILHAS - Shannon
Fonte: Almeida et al. 1998
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► ARMADILHAS
Armadilha de solo
Iscas atrativas => peixe, carne e frutas fermentadas
Pitfall – sem o uso de isca
Coleta do Material
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► ARMADILHAS
Armadilhas para borboletas
Atração por frutos em decomposição (banana amassada + caldo de cana)
Fonte: Almeida et al. 1998
Ovitrampas – coletas de ovos mosquitos
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► ARMADILHAS
Armadilha para moscas
Atração => matéria vegetal ou animal em decomposição (bactérias
fermentadoras)
Ferreira (1978)
Frutos em decomposição => atrai drosófilas, vespas, borboletas e besouros
Carne (fígado ou peixe) => Muscidae, Calliphoridae e Sarcophagidae
Fezes => Sarcophagidae
Pode-se coletar esses insetos localizando matérial vegetal ou animal
em decomposição (larvas – adultos)
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► ARMADILHAS
Armadilha luminosa
Fonte luminosa => atrativo para insetos alados diversos
Armadilha luminosa “Luiz de Queiroz” (Silveira Neto, 1969)
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► ARMADILHAS
Funil de Berlese
Material coletado (folhiço) – submetido a calor
Insetos de movimentos lentos – cuidado com a fonte luminosa (calor)
exagerado
Fonte: Almeida et al. 1998
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► ARMADILHAS
Pano para coleta de insetos noturnos
Lâmpadas de mercúrio => atração maior que lâmpadas de filamento comum
Insetos capturados manualmente junto ao pano
Fonte: Almeida et al. 1998
►v
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► ARMADILHAS
Bandejas coloridas
Cores azul, branco, vermelho, verde ou preto
Afídeos => amarela a 1m do solo
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► ARMADILHAS
Armadilha tipo “MacPhail”
Coleta de dípteros
Frasco transparente com uma única abertura na parte inferior
Substância atrativa: melaço de cana
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► ARMADILHAS
Armadilha tipo “Fotoecletor” (Eclosão)
Fototropismo positivo de alguns insetos
Utilizada em ambiente aquático como terrestre
Insetos emergem dentro da armadilha
Diptera, Odonata, Ephemeroptera
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► ARMADILHAS
Armadilha “Cartão adesivo colorido”
Atração pela cor
Substância adesiva pode ser retirada com solventes
Amarelo e o azul => cores usuais
Amarelo => Hymenoptera
Substância adesiva não sai com chuva
Complicada para trabalhos taxonômicos (danificação do material biológico)
Armadilha adesiva com atrativo
(Feromônio)
Monitoramento
COLETA MATERIAL BIOLÓGICO
► ARMADILHA
Armadilha tipo “Disney”
Captura de insetos hematófagos (Diptera)
Animal como isca para o repasto sanguíneo
Sacrifício do animal ao final da coleta
MANUTENÇÃO DE IMATUROS
-Identificação de imaturos (ninfas, larvas e pupas) – difícil
-Obtenção dos adultos (gaiolas de emergência)
-Vidros de boca larga;
-Insetos que vivem em frutos, vagens, sementes ou madeira (caixa de papelão
com vidro acima acoplado
-Casa de vegetação e câmaras incubadoras
-Respeitar temperatura, umidade, fotoperíodo
MANUTENÇÃO DE IMATUROS
Estufa de cultura
Termômetro (max-min)
Termohigrômetro
Desumidificador
MANUTENÇÃO DE IMATUROS
Alimento
-Espécies generalistas => baratas, gafanhotos e formigas
-Momento da coleta => observar o tipo de alimento
-Espécies predadoras
-Insetos hematófagos
Problemas com a criação
-Aparecimento de ácaros, fungos e bactérias (higienização)
-Canibalismo em predadores (individualização)
-Parasitas e predadores (problemas na criação)
-Umidade (produtos armazenados – pouca umidade)
-Maioria bastante umidade (cuidados para não condensar e matar o inseto)
-Excesso de umidade => fungos
MANUTENÇÃO DE IMATUROS
Temperatura
Fotoperíodo
Coleta de plantas
Prensa para exsicatas
MONTAGEM E PRESERVAÇÃO
Preservação temporária
a) Refrigeração (acondicionados em recipientes) e no freezer com pouca
umidade;
-Papel absorvente entre os insetos ajuda a manter pouca umidade
b) Preservação em via liquida (álcool e liquidos conservantes)
Culicidae, borboletas e mariposas => não recomendado
Álcool vendido comercialmente => 42ºGL = 96% e 36ºGL = 85%
Etanol ou álcool etílico a 70% => melhor liquido para conservação e o mais
utilizado
Hymenoptera parasitóides preservados em álcool 95% => previne dobramento
das asas e enrugamento das partes do corpo)
Concentração de álcool baixa => conservação insuficiente
Alta concentração=> perda de água do material por pressão osmótica
MONTAGEM E PRESERVAÇÃO
Preservação em via seca
Mantas ou envelopes (insetos de asas grandes)
Etiquetagem do material
-Câmara úmida (areia úmida + naftalina ao fundo) e na areia, pode ser
colocado papel filtro ou jornal onde coloca-se o inseto
-Montagem e preservação permanentes
-Importantes para preservação e identificação
-Montagem em lâminas => afídeos
MONTAGEM E PRESERVAÇÃO
Alfinetagem direta
Alfinetes de aço inoxidável, pois não enferrujam;
Alfinetes entomológicos importados
Bloco de madeira para padronização de alturas (1,0cm) abaixo da cabeça do
alfinete;
Pode-se colar diretamente o inseto no alfinete
Posição do alfinete
Esticadores para Lepidoptera
Cola a base de água para possivel remoção em excesso
Esmalte de unha => removido com acetona ou thinner
MONTAGEM E PRESERVAÇÃO
Fonte: Almeida et al. 1998
MONTAGEM E PRESERVAÇÃO
Fonte: Almeida et al. 1998
MONTAGEM E PRESERVAÇÃO
MONTAGEM E PRESERVAÇÃO
Dupla montagem
-Triângulo (picotadores para confecção)
-Dois triângulos para insetos de corpo alongado
-Montagem em lâminas
-Pulgões e Thysanoptera (Técnica) – lâmina permanente
a) Vários exemplares em tubo de ensaio com álcool 70%, fervidos em banhomaria (1 a 2 minutos); retira-se o álcool e adiciona hidróxido de potássio ou
sódio 10%, ferver mais 2 minutos (insetos claros). Retira-se a solução,
colocando água destilada para lavar o excesso da soda e deixar em banhomaria por 10 minutos; retira-se água adiciona ácido acético glacial (2 a 3
minutos) e deixar decantar. Retira-se o liquido e acrescenta-se mais ácido
por 2 ou 3 minutos, deixando decantar novamente. Adicionam-se algumas
gotas de óleo de cravo por no mínimo 10 minutos antes de proceder a
montagem em bálsamo do Canadá.
b) Manter lâmina em posição horizontal => por várias semanas e acrescentar
dados de procedência, coloração, dados ecológicos
MONTAGEM E PRESERVAÇÃO
Montagem em lâminas semi-permanente
Liquido de Hoyer’S
Goma arábica => 30 g
Glicerol => 16mL
Hidrato de cloral => 200g
Água destilada => 50mL
Dissolver goma em água em pequenas partes, adicionar hidrato de cloral e
após o glicerol => coar em gaze.
Montagem em lâmina permanente
Bálsamo do Canadá
MONTAGEM E PRESERVAÇÃO
Cuidados na montagem
Corpos dos insetos maleáveis
Insetos estocados em via liquida devem passar por desidratação antes da
alfinetagem. Conservados em álcool 70% enrugam devido a presença de água
(Exceção: besouros e percevejos)
Desidratação: banhos de 80% ao álcool absoluto (10 minutos cada)
Conservação em via liquida
Álcool 70%
Hymenoptera parasitóides conservados em álcool 95% (previne dobramento de
asas e enrugamento do corpo)
Trips => álcool + ácido acético glicerinado
Formas imaturas ou corpo mole: 55mL de água destilada; 35 mL de álcool
95%; 10 mL de formol e 4 mL de ácido acético glacial
MONTAGEM E PRESERVAÇÃO
-Larvas => sacrificar em água fervente pura ou solução fervente de água +
álcool por alguns minutos e transferir a álcool 70%;
-Fixador de larvas: 1 parte de querosene, 10 partes de álcool isopropílico e 2
partes de ácido acético glacial
Insetos para estudos anatômicos: fixados em Bouin alcoólico: 1g de ácido
pícrico, 150 mL de álcool 80%, 60 mL de formol e 15 mL de ácido acético
glacial. Fixa-se por até 24 horas e transfere ao álcool 70%
Cuidados:
Evaporação do álcool
Guardar em armários hermeticamente fechados
Fotodecomposição dos pigmentos
ETIQUETAGEM
2cm
1cm
Brasil PR. Londrina
14-II-2006
Recanero, J. A. col.
Tinta nanquim
Papel branco resistente (via seca)
Papel vegetal (via liquida)
Etiquetas paralelas ao corpo
1º etiqueta = procedência
2º etiqueta = Nome da
espécie
Culex saltanensis
Dyar, 1928
Lopes, J. det. 98
Em lâminas etiquetas de procedência canto esquerdo e identificação do lado
direito
Etiquetagem é etapa importante
ARMAZENAMENTO
Secagem completa do inseto (estufa 24 horas)
Acondicionamento em caixas plástico ou papelão com fundo polietileno
ou isopor
Separar caixas por espécies, gêneros, famílias
Caixas de 5x10cm, 10x10 cm, 10x20cm, acondicionadas em gavetas de
madeiras e tampa de vidro
Seguir critério alfabético de organização ou evolutivo
Manter umidade baixa (desumidificadores)
Naftalina em pó ou formalina
Temperaturas baixas
Proteção da luz (fotodecomposição) da cor dos exemplares
Museu Pe. Jesus
Santhiago Moure UFPR
Coleção cientifica
Coleção didática
IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL
► IDENTIFICAÇÃO
X CLASSIFICAÇÃO
► CHAVES DICOTÔMICAS
TAXONOMIA E SISTEMÁTICA
TÁXON
- qualquer agrupamento de organismos
biológicos, construído com base em uma definição.
SISTEMÁTICA ferramenta mais adequada
para organizar a informação sobre a
diversidade biológica, de modo que sirva como
um SISTEMA GERAL DE REFERÊNCIA.
CHAVES PICTÓRICAS DICOTOMICAS
IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL
Principais caracteres para identificação de
ordens em insetos
Asas (numero e tipo)
Abdômen
Antenas
Pernas
Aparelho bucal
Asas
Membranosa
Élitro
Hemiélitro
Tégmina
Moscas e mosquitos
Besouros
Percevejos
Baratas
Abelhas e vespas
tesourinhas
Borboletas e mariposas
Grilos
Louva-Deus
Abdômen
Sécil
Livre
peciolado
Antenas
Filiforme
Moniliforme
Clavada
Geniculada
Plumosa
Denteada
Serreada
Flabelada
Plumosa
Pernas
Ambulatórias
Prenssora
Natatórias
Raptatótia
Fossorial
Saltatória
Escansorial
Aparelho bucal
Aparelho bucal
Mastigador
Picador sugador
Lambedor (sugador labial)
Sugador Maxilar (expirotromba)
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
PARA ESTUDOS EM ENTOMOLOGIA
BIBLIOGRAFIA
Almeida, L. M.; Ribeiro-Costa, C. S.; Marinoni, L. 1998. Manual de
coleta, conservação, montagem e identificação de insetos.
Ribeirão Preto. Holos, Editora Ltda-ME. 88p.
Azevedo Filho, W. S.; Júnior, P. H. S. P. 2000. Técnicas de coleta &
Identificação de Insetos. Porto Alegre: EDIPUCRS. 97p.
Upton, M. S. 1991. Methods for Collecting, presenving, and
studying insects and allied forms. Fourth Edition. The Australian
Etomological Society. 86p.
AGRADECIMENTOS
-A Comissão Organizadora dos cursos de férias UniFil
-A coordenação do curso de ciências biológicas João Antonio Cyrino Zequi
Técnicos da UniFil – Sr. Jovenil José da Silva
-Fabrício Baccaro – Inpa – Manaus
-
XXVII Congresso Brasileiro de Zoologia
www.cbz2008.com.br
CONTATO
Mestrando. Antonio Alberto Dos Santos Neto
Universidade Federal do Paraná
Setor de Ciências Biológicas
Departamento de Zoologia
Programa de Pós-graduação em Entomologia
Caixa Postal 19020
81531-980 Curitiba, PR
Telefax:: (41) 3361-1763
E-mail: neto_ [email protected]
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