O faroeste eleitoral Douglas Alves Domingos é Secretário Nacional de Comunicação da JSB 08/07/2012 Muito se fala em moral, ética e tantas outras definições para os bons modos adotados pelas pessoas no cotidiano. Mas será que esses bons modos são aplicados na política? Será que são aplicados, sobretudo durante o período eleitoral? Definitivamente, não. Invariavelmente, os eleitores são obrigados a assistir um espetáculo macabro, repleto de acusações e críticas que muitas vezes atravessam o político e atingem o pessoal. Uma prática que não é de hoje, mas que com a ajuda das novas mídias, tem se multiplicado e causado uma série de transtornos ao público em geral. Até que ponto vale tudo para conseguir um objetivo? Até quando as pessoas praticarão a “política” suja e desonesta causando um verdadeiro faroeste? Recentemente, inúmeros acontecimentos mostram que o jogo político transcende muitas barreiras, atravessa inúmeros obstáculos, chegando à vida pessoal, que como o próprio termo define, é pessoal e só diz respeito à pessoa ou pessoas envolvidas. Por que explorar a orientação sexual ou opção religiosa? Onde foi parar o respeito pelas diferenças? A família, alicerce das sociedades é a que mais sofre com as acusações irresponsáveis, com os factóides criados para pura e simplesmente denegrir a imagem de um, em benefício da imagem de outro. Em tempos onde a informação corre em uma velocidade inimaginável, uma mentira ou um factóide são capazes de causar um estrago terrível à imagem de uma pessoa. Fatos desse tipo nos trazem a seguinte reflexão: Por que o embate tem sido travado por pessoas? Por que o embate não vem sendo de idéias? Parece que vai demorar a chegar o tempo em que se priorizará o debate limpo, justo, em que o respeito irá imperar e onde não haverá lugar para mentiras e calúnias. Autor: Domingos Dias