UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - SETOR PALOTINA ANDRESSA CAROLINE PATERA ANGÉLICA LUANA KEHL DA SILVA LUCAS EDUARDO SCHUSTER IMPACTOS DA BIOTECNOLOGIA NA BIODIVERSIDADE Resumo do seminário que será apresentado à disciplina de Biodiversidade e Conservação de Recursos ofertada como optativa do Curso Superior de Tecnologia em Biotecnologia da Universidade Federal do Paraná – Setor Palotina Docente: Lucíola Thais Baldan PALOTINA 2013 A Biodiversidade é um conjunto de todos os seres vivos em um ecossistema, em uma região ou em toda a Terra. O valor das espécies e dos ecossistemas vai além de seu valor como matéria-prima para o desenvolvimento dos produtos, a biodiversidade possui um valor social, recreativo, cultural, estético e econômico. A biodiversidade que hoje existe é resultado da evolução durante 3,5 bilhões de anos, os ecossistemas nunca foram estáticos, eles sempre sofreram alterações, aonde espécies novas vão surgindo e outras espécies sendo extintas. Hoje com o crescimento populacional, e as interferências nos ecossistemas, o desequilíbrio e as alterações que ocorrem nos ecossistemas são muito maiores do que a de outras épocas da existência da terra. A diversidade genética é variação de genes dentro da mesma espécie, pode ser referente a diferenças entre populações de uma mesma espécie e entre indivíduos de uma mesma população. De todas as espécies existentes, 30 espécies correspondem a 90% da dieta do homem. Dentro dessas 30 espécies existem milhares de biótipos adaptados a diferentes condições climáticas, práticas agrícolas, mas essa variabilidade genética existente nas variedades cultivadas é limitada. As principais espécies agronômicas são trigo, arroz milho e soja, o melhoramento genético dessas espécies resultou em variedades com parentais entre si. A biotecnologia possui grande potencial para expandir a base genética das variedades atualmente cultivadas e também para a transferência de características importantes dos acessos dos bancos de germoplama para as modernas variedades, sem o arraste de genes de características indesejáveis. A biotecnologia possui conjuntos de tecnologias tradicionais e modernas fundamentais para o desenvolvimento de uma agricultura competitiva e sustentável. A convenção sobre biodiversidade realizada pela ONU em 1992 no Rio de Janeiro resultou em um acordo entre países para a conservação da biodiversidade e uso sustentável dos recursos energéticos. Os termos da Eco- 92 contemplam tanto as espécies silvestres quanto as cultivadas, os artigos 16 e 19 da Eco-92 são dedicados a biotecnologia e tem gerado retornos econômicos para países que exploram racionalmente seus recursos genéticos. Ocorreu também uma segunda convenção em 2002 em Johanesburgo que ficou conhecida como Rio + 10 e representou novos progressos e compromissos dos países na preservação da biodiversidade. O protocolo de Cartagena é um conjunto de normas para a manipulação, transporte e o uso de Organismos Geneticamente Modificados (OMGs) que possam trazer algum risco para a biodiversidade. Nesse protocolo é mencionado o principio da precaução e também estabelecidas as diretrizes para o comercio internacional dos OMGs. O Brasil adotou uma lei moderna de biossegurança que além de contemplar o principio da precaução, estabelece outros instrumentos jurídicos para a preservação da biodiversidade. A perda da biodiversidade pode ser detectada pela extinção de espécies ou pela redução na variabilidade genética dentro das espécies. As principais causas da redução da biodiversidade são a fragmentação e destruição do habitat, o continuo crescimento das cidades, da malha rodoviária e a expansão da fronteira agrícola são os maiores responsáveis pela destruição dos ecossistemas. É Preciso achar alternativas para a preservação dos recursos genéticos, como a incorporação de novas áreas no sistema produtivo, aumentando a produtividade brasileira. A moderna biotecnologia também é uma das alternativas, pois pode contribuir para a preservação da biodiversidade, se adequadamente testadas quanto aos riscos para o meio ambiente, as variedades transgênicas contribuem para a sua proteção, os resultados obtidos por experimentos mostram um balanço positivo nas regiões com variedades geneticamente modificadas, verificando- se que houve um repovoamento com animais e aves que haviam abandonado essas regiões. Antes da liberação dos OGMs. Estes passam por vários testes, essas variedades passam por analises quanto as alterações morfo-fenologicas, alterações de agressividade ou habilidade de competição no meio ambiente. Depois de todos os testes é que as sementes são liberadas para entrar no comercio. A utilização da biotecnologia na biodiversidade ajuda nas soluções dos problemas e também aquisição de novos conhecimentos. Os marcadores moleculares podem ajudar a descobrir novos genes, podendo assim ter-se a descoberta de novas espécies. O DNA das espécies é seqüenciado pelo projeto genoma e são conservadas em banco de germoplasma, para se ter uma precaução extra. O conhecimento da sequência genômica dessas espécies disponibilizará uma variabilidade genética ainda pouco explorada pelo homem. A biotecnologia permite a transferência interespecífica de genes, que permite a ampliação da variabilidade genética nas espécies, gerando assim oportunidade de se desenvolverem variedades adaptadas a diferentes situações. Plantas modificadas produzem mais que plantas convencionais, e não precisam o uso de defensivos agrícolas, sendo assim menor a contaminação do meio ambiente. Os genes que podem ser introduzidos nos OGM trazem vários benefícios, como maior valor nutricional, aumentando a quantidade de óleo na semente de soja. A introdução de genes para maior eficiência fotossintética viabiliza um novo salto em produtividade das culturas. Outro beneficio da biotecnologia é a fixação biológica do nitrogênio, onde bactérias fixam o nitrogênio na planta através de nódulos formados nas raízes, diminuindo assim o uso de fertilizantes nitrogenados. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BORÉM, Aluízio. Impacto da Biotecnologia na Biodiversidade. Biotecnologia Ciência e Desenvolvimento. N° 34- janeiro/junho 2005.