Trabalho Submetido para Avaliação - 17/09/2012 18:44:20 ANÁLISE DA INTERVENÇÃO NA PRAÇA DOS ALIADOS E AVENIDA LIBERDADE DAIANA FAURO DE OLIVEIRA ([email protected]) / Arquitetura e Urbanismo, Santa Maria - RS BRUNA SANTOS POZZOBON ([email protected]) / Arquitetura e Urbanismo, Santa Maria - RS GABRIELA BRAMBATTI ([email protected]) / Arquitetura e Urbanismo, Santa Maria - RS MARIANA DEBONI BLAYA ([email protected]) / Arquitetura e Urbanismo, Santa Maria - RS ORIENTADOR: ANELIS ROLAO FLORES ([email protected]) / Arquitetura e Urbanismo, Santa Maria RS CLARISSA DE OLIVEIRA PEREIRA ([email protected]) / Arquitetura e Urbanismo, Santa Maria - RS FRANCISCO QUERUZ ([email protected]) / Arquitetura e Urbanismo, Santa Maria - RS NEIDI KUNKEL ([email protected]) / Arquitetura e Urbanismo, Santa Maria - RS Palavras-Chave: PROJETO URBANO, ESTUDO, HISTÓRIA Este trabalho aborda a pesquisa feita em sites, imagens, livros e relatos de pessoas que conheceram o local, sobre o projeto de intervenção do Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura para a Avenida dos Aliados e Praça da Liberdade em Porto, Portugal. Primeiramente, foi estudada a história do local e as transformações feitas através dos anos, com o auxílio de imagens de cada período. Foram explicados os detalhes da obra, como o estudo da antiga praça existente e a forma com que os arquitetos aplicaram a obra, adaptando-se ao novo uso proposto. A Avenida dos Aliados é uma importante via na Baixa da cidade do Porto, traçada inicialmente pelo inglês Barry Parker e edificada pelo arquiteto portuense Marques da Silva, recebendo a designação de boulevard do Porto. Esta via forma um tecido urbano contínuo, juntamente com a Praça da Liberdade, a Praça do General Humberto Delgado e o edifício da Câmara Municipal. A imponência do conjunto arquitetônico e o seu caráter central fizeram dela a "Sala de Visitas" da cidade, local por excelência onde os portuenses se concentravam para celebrarem os momentos especiais. Todos os edifícios que circundam a Avenida são de granito, muitos deles coroados de lanternins, cúpulas e coruchéus. O eixo da avenida é marcado por uma ampla “placa central” que, até meados de 2006, era ajardinada e agora está completamente pavimentada por paralelepípedos de granito.No eixo da avenida, estão as duas bocas da Estação Aliados da Linha D do Metrô do Porto. A construção das saídas da estação originou a completa reformulação da avenida, obra do arquiteto Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura. O projeto ficou envolvido por uma enorme contestação por desvirtuar a tradição histórica e paisagística do local. Apesar de tudo, a obra, que procurava criar uma continuidade entre a Avenida e a Praça de Liberdade, foi, nas suas linhas gerais, concretizada. Destruíram-se zonas verdes e uma grande parcela da calçada portuguesa (pedra de basalto), ocasionando descontentamento da população do local. Antes, existia uma avenida do início do século XIX que fazia parte de um conjunto de ruas e praça com desenhos referentes aos descobrimentos e à colonização. Os jardins e as árvores enriqueciam este ambiente tornando-o simbólico para a cidade, com a estátua de D. Pedro IV apontando para o Brasil. Da mesma forma havia uma avenida movimentada, assim como passeios desnivelados, jardins pouco cuidados, uma faixa central pouco convidativa ao uso de pedestres. No entanto, necessitava-se de uma passagem para o metrô abaixo da avenida, renovar a imagem e criar uma ordem em todo aquele espaço público, tornando o projeto coerente e valioso para a cidade. O projeto para a Avenida dos Aliados surgiu da necessidade de reconstruir o lugar de três estações de metrô contíguas. Propõe a definição de um espaço contínuo, onde a reformulação dos elementos vegetais privilegia o adensamento arbóreo, libertando o solo pavimentado. O projeto propõe o redesenho do mobiliário urbano, pontos de ônibus, bancos e lixeiras. Na iluminação pública o antigo foi reutilizado e em partes onde haviam candeeiros, foram recuperados. No final da “placa central” da Avenida dos Aliados foi construída uma fonte rodeada de bancos, cadeiras e seis alinhamentos de árvores. Quanto às árvores, o projeto original propunha a colocação de acer platanóides ao redor da fonte e para completar o alinhamento ao longo da avenida, bem como de alguns carvalhos ao fundo da praça. Mas, segundo Siza, houveram árvores contempladas no plano que não foram colocadas. Desta forma, como exemplo negativo, os acer platanóides foram substituídos por magnólias de folha perene. Após a intervenção, a mudança mais notória foi em relação à vida urbana que se estabeleceu no local, dando foco à riqueza da arquitetura que ali se encontra, antes deixada de lado, com destaque apenas aos jardins. Com a remodelação, foi criado um percurso alternativo para os pedestres, pois além dos tradicionais caminhos laterais há a possibilidade de circulação pelo passeio central, o mobiliário urbano fixo que havia antes, foi removido e substituído por outros, móveis. No eixo principal houve uma remoção na vegetação para permitir maior dinâmica de usos e mobilidade, conforme os arquitetos. As árvores, também removidas, foram relocadas ao longo dos passeios laterais, potencializando seu crescimento e sombreamento adequado. Siza e Moura, visaram criar um espaço com valor urbano, totalmente diferente do original. Porém, os materiais empregados remetem ao cotidiano da cidade, como o granito do calçamento e a forma descontraída que os novos desenhos proporcionam. Através da análise do projeto da Avenida dos Aliados e da Praça da Liberdade, foi possível conhecer a história do lugar, bem como as mudanças feitas posteriormente a sua inauguração de 1916, considerando esta última intervenção realizada em 2006, pelos arquitetos Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura. REFERÊNCIAS: FARIA, Natália; Praça dos Aliados e da Avenida da Liberdade; http://avenida-dos-aliadosporto.blogspot.com.br/ ; 07 - 2012. FERNANDES, Fátima; Territórios reabilitados; Porto; Caleidoscópio; 2000. SOUSA, João Pereira de ; Avenida dos Aliados; http://palavras-arquitectura.com/2007/01/23/avenida-dosaliados/ ; 07 - 2012.