FACULDADE UNIEVANGÉLICA DE GOIANÉSIA – FACEG CURSO: ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: SOCIOLOGIA I SEMESTRE: 2017.1 TURMA: 5º DOCENTE: PROF. DR. FRANCISCO FLÁVIO OLIVEIRA DOS ANJOS 2º PLANO DE AULA Conteúdo programático da aula O pensar sociológico no Renascimento: Nicolau Maquiavel. Objetivo geral Apresentar ao discente os elementos constitutivos da reflexão sociológica de Nicolau Maquiavel. Objetivos específicos 1. introduzir para o discente as transformações operadas na transição entre o modelo feudal e o modelo renascentista, no âmbito sociológico; 2. ressaltar a importância de Nicolau Maquiavel como um pensador fundamental para a compreensão da reflexão sociológica na Renascença; 3. demonstrar a influência das ideias de Maquiavel sobre o pensar sociológico e sobre a reflexão política, até a contemporaneidade. 4. Identificar os aspectos ideológicos na construção do tema. Desenvolvimento A aula expositiva será dividida em dois momentos distintos: a) abordagem clara e direta, por parte do docente, do tema proposto, buscando conduzir os discentes a uma reflexão crítica e valorativa acerca das questões suscitadas em sala de aula, valorizando sempre a interdisciplinaridade e a pertinência do conhecimento, evitando a fragmentação; b) proposição, por parte do docente, de realização de pesquisa acerca da temática, por parte dos discentes, visando o aprendizado e a discussão das 1 discussões suscitadas em sala de aula, facilitando o direcionamento dos estudos referentes aos temas expostos, a partir da elaboração e entrega de um questionário acerca do tema, com indicação de pesquisa bibliográfica. Avaliação: A avaliação será contínua, com sua construção decorrendo de elementos que irão sempre além da avaliação escrita e dos trabalhos interdisciplinares, sendo verificadas, quanto aos discentes, a assiduidade, a pontualidade, a participação nas aulas, as pesquisas elaboradas, as discussões fomentadas. Os discentes deverão discutir os temas propostos em sala de aula pelo docente, em grupos de até quatro componentes, buscando uma melhor compreensão das temáticas abordadas e discutidas nas aulas ministradas, seguindo a bibliografia indicada no Plano de Aula, buscando elaborar questionamentos e conclusões, surgidos da reflexão, devendo, sempre que julgarem necessário, consultar o docente, solicitando a sua orientação. O RENASCIMENTO (final do Século XV/Século XVI): Período também denominado por alguns como humanismo e por outros como platonismo florentino, em decorrência da promoção do resgate da cultura greco-romana. . O contraste entre a “Idade das Trevas” e o Renascimento: transição do modelo feudal para o modelo capitalista. Explicação social de natureza individual. Ideologia voltada para a consolidação do domínio da burguesia. Resgate do humanismo e da cultura greco-romana. Substituição do teocentrismo pelo antropocentrismo. Reforma Protestante e resgate do pensamento teológico de Agostinho: explicação teológica da sociedade; corrupção da sociedade; exclusividade divina quanto á promoção da salvação; retrocesso e tentativa de 2 moralização religiosa; combate aos elementos originados do paganismo, incorporados àquele período histórico. Surgimento do Estado Moderno. Grande dinâmica econômica e social, como consequência direta do capitalismo. O rei como peça central na explicação sociológica. Enfraquecimento do poder espiritual da Igreja de Roma. Valorização da arte. NICCOLO MACHIAVELLI (1469 - 1527): Precursor da Sociologia e da Ciência Política, Nicolau Maquiavel forneceu uma grande contribuição para as Ciências Sociais. Na concepção de MACHADO NETO, a grande contribuição de Machiavelli para a formação da ciência social está na “separação radical entre política e moral”. Para MASCARO, Maquiavel é “o melhor pré-sociólogo desse período, o mais emancapiado de toda metafísica medieval – e, portanto, o mais odiado pela Igreja.” Promoveu a separação entre moral e política: inovação, no sentido de atribuir um caráter científico à política. Moralidade e política, no pensamento de Maquiavel: a amoralidade como característica da política: diferença entre a moral do Estado e a moral dos indivíduos. Maquiavel escreveu “O Príncipe”: para muitos, a Bíblia do Absolutismo, obra em que procedeu à discussão de temas relacionados com a conquista e manutenção do Estado absolutista, além de outros pontos de vista ligados ao pensar sociológicos, como o comportamento do governante, a relação entre o governo e a sociedade, dentre outros. Adotou postura favorável ao rompimento com limites morais e divinos, por parte do Príncipe: defesa da supremacia do poder estatal tanto sobre a moral quanto sobre a religião. Defesa incondicional da unidade italiana. 3 Rompimento com o racional e com o teológico. Defendeu a supremacia da chamada Razão de Estado. Relacionou os conceitos de virtude e de vício aos interesses do Estado. Influenciou, com as suas ideias, a diversos regimes políticos, até a contemporaneidade. REFERÊNCIAS GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia: romance da história da filosofia. Trad. João Azenha Jr. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. 553 p. MACHADO NETO, Antônio Luís. Sociologia Jurídica. 6.ed. São Paulo: Saraiva, 1987. 420 p. MASCARO, Allyson Leandro. Lições de Sociologia do Direito. São Paulo: Quartier Latin, 2007. STRATHERN, Paul. São Tomás de Aquino em 90 minutos. Trad. Maria Helena Geordane. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999. 4