FILOSOFIA NA SALA DE AULA ATRAVÉS DE NÃO FILÓSOFOS Martim Cabeleira de Moraes Júnior Aluno do Curso de Licenciatura em Filosofia pelo Centro Universitário Metodista. [email protected] Resumo: Grande parte dos professores que estão ministrando aulas de filosofia não são licenciados na área, mas sim professores de história, pedagogia, sociologia ou com especialização em filosofia. Daí resultam alguns fatos, frases e idéias que entram para a filosofia sem nunca terem feito parte dela. Quem nunca ouviu a frase atribuída a Maquiavel: “os fins justificam os meios”? Porém Maquiavel nunca disse isso. A filosofia nasceu na Grécia. E os pré-socráticos? A proposta do texto é trazer alguns equívocos que estão “fazendo carreira” nos bancos escolares da filosofia, justamente para problematizar a diferenciação entre filósofos e professores de filosofia, bem como a diferenciação de outros profissionais da educação que, por uma questão financeira, acabam “tentando” ministrar aulas de filosofia. Também se pretende discutir algumas contradições dos próprios professores de filosofia que acabam indo para a sala de aula sem um compromisso com a educação para a cidadania, conforme prevê a legislação brasileira. A idéia central é defender a tese de que há um profissional preparado para ministrar aulas de filosofia para o ensino fundamental e ensino médio. E este profissional passa, necessariamente por uma formação pedagógica e de conhecimentos filosóficos, não devendo outros profissionais ocuparem esta área, sob pena de transmitirem aos alunos algo que não é a filosofia. Assim ao longo de alguns anos de ensino, a concepção do que seja filosofia poderá estar completamente transformada em um senso comum baseado em uma falsa noção do que seja filosofia. Palavras-chave: ensino de filosofia, professor de filosofia, educação