Jornal do Commercio - PE 20/03/2013 às 06:28hs Drama de partir o coração Morte de jovem com cardiopatia grave expõe as falhas de um sistema gratuito, mas que não se comunica muito bem Veronica Almeida Primeiro, ele desejou ser jogador de futebol, depois sonhou apenas em voltar a ser saudável. Por último, queria ao menos sobreviver, ter direito ao tratamento certo e morar numa casa na planície, pois lhe faltava fôlego para descer o morro onde vivia com os pais e os irmãos, em Sítio dos Pintos, Zona Norte do Recife. O jovem Jefferson Vicente da Silva, 19 anos, personagem da matéria A sina dos corações doentes, publicada em 7 de outubro do ano passado pelo JC, morreu às 13h de segunda-feira. Partiu numa infecção generalizada após ser, provavelmente, vítima de um sistema de saúde gratuito, universal, mas que não se comunica plenamente. Cardiopata grave, recebeu o primeiro atendimento sábado à noite, numa UPA, foi mandado para casa, não conseguiu ser removido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no dia seguinte e chegou grave ao Procape, que o transferiu para a UTI do vizinho Hospital Universitário Oswaldo Cruz, onde faleceu de choque séptico. "Meu filho tava tão feliz, ia participar da festa na igreja (evangélica) e de repente isso aconteceu", conta a mãe Marineide Cabral da Silva, que trabalha de babá nos fins de semana. Segundo ela, na noite de sábado, o jovem começou a ter diarreia e vômitos, além de sentir uma dor forte no joelho direito. A família o levou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Caxangá, onde ele recebeu soro e medicação. Melhorou e teve alta. Já em casa, na manhã do domingo, voltou a passar mal. "Liguei para o Samu, falei com o médico, contei que meu filho era cardiopata e ele me desejou boa sorte. Disse que eu voltasse com ele para UPA, não ia mandar a ambulância", conta. Parentes deitaram Jefferson numa cadeira de balanço e desceram a ladeira com ele. Pegaram um carro e foram ao Procape, na área central do Recife, onde o jovem vinha tratando a cardiopatia. "Jéfferson estava com infecção intestinal", completa o pai, jardineiro desempregado Joselito Silva. "Os médicos me deram esperança. Não ia perder este segundo filho não", diz, inconsolável Joselito. Antes de Jéfferson, o mais velho, Janderson, portador da mesma doença no coração, morreu aos 21 anos. Os dois irmãos foram vítimas e um caçula, Jeremias, 17, tem miocardiopatia dilatada familiar, mal raro, que gera insuficiência cardíaca. Pararam os estudos, não tinham condições de trabalhar e mesmo assim viviam do esforço dos pais e da ajuda de poucos amigos. A luta de Jéfferson pela vida - foi ele quem procurou a reportagem durante produção de outra matéria no hospital - tinha rendido algumas mudanças recentemente. A partir da publicação da sua história pelo JC, o Ministério Público Federal exigiu que a Secretaria de Saúde do Recife fornecesse os remédios de que ele precisava (Caverdilol e Espironolactona). O Centro de Assistência Social da região conseguiu inclui-lo num benefício da Previdência e repassar vale-transporte. "Ele recebeu o primeiro benefício e neste segundo mês queria alugar uma casinha na parte baixa do bairro", diz o pai. Maria das Neves Dantas, cardiologista do Procape que acompanhava Jéfferson, espera que o irmão mais jovem, Jeremias, tenha outro futuro. "Com a medicação cobrada pelo Ministério Público, ele está cumprindo o tratamento e não precisou de nova internação." Ela não examinou Jéfferson na última vez, mas explica que infecção em cardiopata evolui rápido e o coração debilitado não dá conta da sobrecarga. Jornal do Commercio - PE 20/03/2013 às 06:28hs Usuários teme as mudanças no Procape Sérgio Montenegro, diretor do Procape, explica que a emergência não ficará de portas fechadas. "Vamos examinar e decidir se o doente fica conosco. Não podemos é perder tempo com funções que não são nossas O acesso referenciado que começa a vigorar hoje na emergência cardiológica do ProntoSocorro Cardiológico de Pernambuco - procurar UPAs e policlínicas em vez de ir ao serviço diretamente - é visto com temor por usuários do SUS. Embora a medida vise melhorar o atendimento a pacientes graves, como infartados e portadores de arritmias e insuficiência cardíaca, há duvidas quanto ao diagnóstico e prontidão da transferência ao hospital especializado. "Será que as UPAs estão preparadas para atender um cardiopata? Hoje, doentes ficam retidos nessas unidades porque não há vaga nos hospitais e nem sempre há ambulância para remoção. Com o coração não se brinca. Muita gente pode morrer enquanto a Central de Leitos tenta arrumar uma vaga", avalia Carlos Freitas, representante dos usuários no Conselho Estadual de Saúde. Para ele, o ideal seria lotar cardiologistas nas UPAs, melhorar o controle da pressão alta e ampliar o atendimento nas emergências dos Hospitais Dom Helder e Pelópidas, além de abrir leitos no Miguel Arraes. Sérgio Montenegro, diretor do Procape, explica que a emergência não ficará de portas fechadas. "Vamos examinar e decidir se o doente fica conosco. Não podemos é perder tempo com funções que não são nossas. Tem gente que vem apenas buscar receita", diz. A emergência tem 35 leitos e abriga mais de 80 pacientes. A Secretaria Estadual de Saúde alega que todas as UPAs fazem eletrocardiograma e os clínicos têm suporte da telemedicina para discutir com cardiologistas o resultado do exame. Um novo hospital, em Caruaru, terá atendimento de cardiologia, assim como todas as 12 UPAs de especialidades a serem instaladas no Estado. Jornal do Commercio - PE20/03/2013 às 06:11hs OAB reprova governo na polêmica do Lafepe Nota diz que a atitude do Lafepe "é motivo de repúdio", acusa o veto de ferir o "direito constitucional do livre acesso para fiscalização" e o tacha como um "desprestígio aos deputados de oposição e uma afronta ao Estado de Direito" A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE) divulgou nota, ontem, acusando de "inconstitucional e um desrespeito ao Poder Legislativo estadual" o ato da direção do Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe) de vetar, na semana passada, o acesso às dependências do seu parque industrial de uma comissão de deputados da oposição. O grupo ia investigar denúncias de ociosidade e condições sanitárias de produção e as razões do desabastecimento nas farmácias da rede. A nota diz que a atitude do Lafepe "é motivo de repúdio", acusa o veto de ferir o "direito constitucional do livre acesso para fiscalização" e o tacha como um "desprestígio aos deputados de oposição e uma afronta ao Estado de Direito". O presidente da Ordem, Pedro Henrique Reynaldo Alves, afirma que a Constituição Estadual assegura a imunidade parlamentar para fiscalizar. "A limitação de acesso de pessoas estranhas a um laboratório produtor de medicamentos exige, pela legislação sanitária, apenas o controle de desinfecção e sanitização e uso de vestimentas apropriadas, que deveriam ter sido disponibilizadas. No entanto, os deputados tiveram ingresso barrado nas áreas administrativas, o que é um absurdo" diz a nota. O líder da oposição na Assembleia Legislativa, Daniel Coelho (PSDB), barrado juntamente com Ramos (PMN), Terezinha Nunes e Betinho Gomes (PSDB), leu a nota da OAB e disse que "o episódio foi muito negativo para a imagem do Estado". Em resposta, o líder do governo, Waldemar Borges (PSB), prometeu que o acesso dentro das regras da legislação "não será negado". Para minimizar, anunciou que o pedido de audiência pública para discutir o Lefepe "já está assegurado", garantindo a sua aprovação na Comissão de Saúde, onde está desde agosto de 2012. "Este governo não se nega a debater qualquer assunto. E não vê ilegalidade em fazer propaganda da gestão para se firmar no cenário nacional", rebateu Borges. Jornal do Commercio - PE20/03/2013 às 06:15hs JC negócios Oposição perde mote Lafepe O açodamento da oposição estragou um tema que incomoda o governo Eduardo. Se fossem estudados os balanços e a produção do Lafepe, seria um prato cheio. Folha de Pernambuco - PE 20/03/2013 às 06:39hs Falta medicamento na Farmácia do Estado Doméstica Maria dos Anjos Alves, 42 anos, contou que procurou pelo Alenia, na última sexta-feira, na unidade da Farmácia de Pernambuco Renata Coutinho O medicamento Alenia está em falta na Farmácia de Pernambuco. A denúncia foi feita por pacientes que precisam da medicação de uso contínuo, mas que não conseguem pegá-la, gratuitamente, há pelo menos 15 dias. A droga é administrada no tratamento de doença pulmonar obstrutiva crônica, como asma. O remédio custa em média no comércio R$ 80. A doméstica Maria dos Anjos Alves, 42 anos, contou que procurou pelo Alenia, na última sexta-feira, na unidade da Farmácia de Pernambuco que funciona na Fusan, no bairro da Boa Vista, Centro do Recife. “Cheguei lá com a minha receita, mas disseram que não tinha o remédio e que já fazia um tempo. Meu medo é a receita perder a validade que é de três meses e eu ter que correr atrás dela de novo”, reclamou. Anteontem a doméstica voltou a insistir na busca do medicamento, que já toma há um ano. “Liguei para lá e disseram que ainda não tinha chegado e que não havia previsão. É um absurdo já que é um remédio de uso controlado. Tenho enfisema pulmonar e canso. Já estou há três dias sem o remédio”, comentou Maria dos Anjos, que toma duas doses diárias da droga, combinada com inaladores, as conhecidas bombinhas. Conforme a Secretaria Estadual de Saúde, o remédio já foi solicitado e deve chegar a Pernambuco na próxima semana. O pedido foi de 11.244 frascos, com 60 doses cada um, suficiente para abastecer os cerca de 2,5 mil pacientes no programa Farmácia de Pernambuco. O estoque deve durar seis meses. A pasta explicou que a compra de novas remessas atrasou devido a problemas na licitação. Folha de Pernambuco - PE 20/03/2013 às 06:39hs Atendimento restrito a pacientes referenciados O Pronto-Socorro Cardiológico Universitário da Universidade de Pernambuco (Procape-UPE), localizado no bairro de Santo Amaro, no Recife, só receberá pacientes referenciados pela Central de Leitos e pelas Unidades de Prontoatendimento (UPAs). A medida começa a valer hoje. Os demais pacientes que não se encaixarem nesse perfil de atendimento estão sendo orientados a procurar outros serviços de saúde, como as UPAs e policlínicas 24 horas. “O atendimento ficará restrito apenas aos pacientes com doenças do coração e procedimentos de alta complexidade, como infartos, edemas agudos de pulmão e arritmias graves”, explicou o superintendente do Complexo Hospitalar da UPE, João Veiga. De acordo com ele, a unidade estaria sofrendo com a superlotação de pacientes e demandas que poderiam ser resolvidas em outras unidades da rede de saúde. “Emergência não é local para solicitar pareceres cardiológicos ou receitas médicas”, exemplificou. O médico destacou que a função do Procape é receber o doente grave, dar o diagnóstico e tratar o paciente, não é triar o paciente para ver quem é grave e quem não é. O Pronto-Socorro Cardiológico tem 35 leitos de emergência, mas o número de internos já ultrapassou o dobro, segundo a chefe da emergência, Maria das Neves Dantas.O desafio, além de conter a superlotação, é seguir as metas para o funcionamento de emergências prevista na Portaria número 2.048, de 05/11/2002, do Ministério da Saúde. Folha de Pernambuco - PE 20/03/2013 às 06:39hs Presidente critica bancada de oposição O presidente do Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe), Luciano Vasquez, fez duras críticas à bancada oposicionista da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) que tentou realizar uma visita de fiscalização no local na última quinta-feira. O representante da fábrica repudiou as declarações do líder da oposição, o deputado Daniel Coelho (PSDB) - que classificou a atitude mostrada no episódio como antidemocrática - afirmando que o tucano “tem que descer do palanque”. “Ele tem o intuito de dar mãos a um problema que aconteceu lá atrás quando estava em discussão o acordo coletivo do Lafepe. Ele exagera demais. Se recordarmos, vai ter a deputada Terezinha Nunes, em 2007, fazendo a mesma reclamação. Dizer que o laboratório estava sucateado, que iria fechar. Hoje, está aberto e faturando como nunca se faturou”, rebateu Vasquez, durante entrevista à Rádio Folha FM 96,7, ontem. De acordo com o presidente do Lafepe, antes de fazer qualquer fiscalização no local, o deputado Daniel coelho tem que estudar mais sobre o tema. Para ele, o tucano não está preparado para um debate acerca da produção de medicamentos. “Não aconteceu nada. Nenhum exagero. Ele comete erros primários, erros precários de pessoas que ouvem falar, somente levado pelo intuito de uma campanha que já passou”, disparou. Jornal do Commercio - PE 20/03/2013 às 06:53hs Hospital recebe por pacientes mortos Adalberto Siufi, diretor-geral, Blener Zan, diretor-presidente, e Wagner Miranda, diretor-financeiro da instituição são suspeitos também de uma série de outras irregularidades O Hospital do Câncer em Campo Grande (MS) obteve repasse do Sistema Único de Saúde (SUS) referente a pelo menos sete pacientes que já tinham morrido. A acusação consta em ação movida pelo Ministério Público estadual de Mato Grosso do Sul que pede a imediata destituição de três dirigentes da unidade. Adalberto Siufi, diretor-geral, Blener Zan, diretor-presidente, e Wagner Miranda, diretor-financeiro da instituição são suspeitos também de uma série de outras irregularidades. A promotoria usou dados de 2009 colhidos pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus). O relatório identificou repasses para tratamentos de quimioterapia aos pacientes falecidos, que somaram R$ 5.094,58, a título de Autorização de Procedimento de Alta Complexidade/Alto Custo (APAC). A promotora Paula Volpe, autora da ação, aponta ainda que os dirigentes do hospital contratavam empresas próprias para prestação de serviços médicos, prática proibida por resolução da Procuradoria Geral de Justiça de Mato Grosso do Sul. "Mesmo com a proibição, (os dirigentes) estavam contratando as próprias empresas", diz. Um exemplo é a empresa Saffar & Siufi Ltda, de propriedade de Adalberto Siufi, dirigente do hospital, e Issamir Farias Saffar. Siufi e Blener Zan são alvo também de uma operação da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, chamada de Sangue Frio, deflagrada na manhã de ontem, que investiga suspeitas de irregularidades do Hospital do Câncer, em Campo Grande, além do Hospital Universitário. Jornal do Commercio - PE 20/03/2013 às 06:53hs Suco contaminado não foi recolhido Segundo a empresa, o problema está restrito ao lote com as iniciais AGB 25, produzido em 25 de fevereiro e com validade até 22 de dezembro deste ano A Unilever informou ontem que ainda há em circulação 60 unidades do suco de maçã da Ades envasado com solução contendo soda cáustica. Ao todo, foram colocados no mercado 96 embalagens com o produto, sendo que apenas 36 foram recolhidas. Segundo a empresa, o problema está restrito ao lote com as iniciais AGB 25, produzido em 25 de fevereiro e com validade até 22 de dezembro deste ano. Após a falha no envase, ocorrida na fábrica de Pouso Alegre (MG), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou na segunda-feira a suspensão da fabricação, distribuição, comercialização e consumo de 32 produtos de soja da marca saídos da mesma linha de produção. A decisão foi tomada, segundo a Anvisa, por precaução e para proteger a saúde da população. Ontem, fiscais da agência concluíram a inspeção na linha de produção da Unilever em Pouso Alegre. A empresa pode receber multa de até R$ 6 milhões se ficar provado que houve negligência grave. CASOS Uma consumidora do interior de São Paulo e um casal da Paraíba registraram boletins de ocorrência por lesão corporal sofrida por seus filhos após beberem sucos Ades. Em João Pessoa, um casal relatou na segunda-feira, na Delegacia Distrital de Mangabeira, que o filho de 7 anos sofreu lesões na boca após consumir suco de uva. O caso paulista foi registrado no último dia 9. Uma consumidora registrou no 4º DP de Ribeirão Preto queixa relatando que o filho de 17 anos sofreu queimadura na boca após beber suco de maçã. Jornal do Commercio - PE20/03/2013 às 06:51hs Idade para cirurgia bariátrica é reduzida Adolescentes a partir de 16 anos poderão ser submetidos à operação, desde que a obesidade ofereça riscos à sua saúde. Medida faz parte de pacote anunciado pelo governo O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou ontem um pacote de medidas para prevenção e oferta de tratamento aos pacientes que sofrem de doenças relacionadas à obesidade. Entre elas, o aumento dos recursos para cirurgias, a inclusão de novas técnicas para operação e a alteração da idade mínima e máxima para cirurgia bariátrica. A partir de agora, não haverá mais idade máxima para indicação da cirurgia e a idade mínima foi reduzida de 18 para 16, desde que o paciente corra risco de saúde por causa do sobrepeso. A decisão foi tomada após estudos apontarem aumento no número de adolescentes obesos. Antes de fazer a cirurgia, os jovens terão de passar por uma avaliação clínica. No prontuário, deverão constar a análise da idade óssea e avaliação criteriosa do riscobenefício, feita por uma equipe com participação de dois médicos especialistas. "O que é mais importante é a avaliação clínica feita pelo médico", destacou Padilha. Ao anunciar as medidas, o ministro também divulgou pesquisa elaborada pela Universidade de Brasília segundo a qual o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta anualmente R$ 488 milhões com o tratamento de doenças relacionadas à obesidade. De acordo com o trabalho, baseado em custos de 2011, a maior parte dos recursos é destinada para o atendimento hospitalar, com o qual foram gastos no período R$ 289 milhões. Para atendimento ambulatorial, foram gastos R$ 199 milhões. Os números preocupam o Ministério da Saúde, principalmente quando se leva em conta o avanço do sobrepeso e da obesidade no País. A população de obesos cresce 0,76% ao ano. O grupo de pessoas com excesso de peso, por sua vez, registra um aumento médio anual de 1,05%. Isso significa que, caso a tendência não seja revertida, os gastos com tratamento dessas doenças deverá aumentar ainda mais. O crescimento da população com obesidade mórbida também assusta. A velocidade no crescimento é 4,3 vezes maior do que a da obesidade. A estimativa é a de que tenham sido gastos R$ 32 milhões com cirurgias bariátricas no País em 2011. "Esse é o momento de agir Temos de adotar ações globais", afirmou Alexandre Padilha. O tratamento de mulheres com obesidade ou doenças relacionadas foi responsável por 67% do total consumido: R$ 327,7 milhões. Esta é a primeira vez que o levantamento é feito. Isso impede avaliar o crescimento dos gastos com obesidade e doenças relacionadas com períodos anteriores. Jornal do Commercio - PE 20/03/2013 às 06:29hs JC nas ruas Reforma sem fim Desde 20 de maio de 2011 o Hospital Pediátrico Cravo Gama, Afogados, foi fechado para reforma e nunca mais voltou a funcionar. Moradores do bairro estão revoltados porque precisam perambular pelo Recife em busca de atendimento para os filhos. Nem placa na obra existe! Jornal do Commercio - PE20/03/2013 às 06:43hs Voz do leitor Saúde no Cabo O Ministério da Saúde acaba de divulgar uma lista de cidades com irregularidades no cadastro de profissionais no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Scnes). Algo para deixar o cidadão cabense ainda mais preocupado, porque o sistema de saúde que já vive em colapso poderá ficar ainda pior. Deus nos ajude! Roberto Russo [email protected] Diario de Pernambuco - PE 20/03/2013 às 06:45hs Castração gratuita para cães e gatos UFRPE e clínica recebem inscrições a partir de hoje para projeto que deve esterilizar 600 animais Uma parceria entre a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e o Hospital Veterinário Harmonia possibilitará a castração de pelo menos 600 cães e gatos nos próximos meses. Os procedimentos, que custariam entre R$ 600 e R$ 1 mil na rede privada, serão oferecidos a R$ 50 (para custeio de equipamentos) ou de forma completamente gratuita, caso o dono tenha renda familiar inferior a dois salários mínimos. As cirurgias serão feitas por estudantes da Rural, usando a estrutura da clínica. Os proprietários de animais domésticos ou guardiões de bichos abandonados devem enviar e-mail para [email protected] e agendar uma triagem para avaliar as condições de saúde e marcar a cirurgia. A iniciativa, que também tem participação de ONGs e empresas que fornecem alguns materiais, é realizada através de um projeto de extensão do professor Marcelo Weinstein Teixeira e alunos da universidade, pelo Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da UFRPE. O professor, que também trabalha no hospital Harmonia, explica que está tentando aumentar a rede de castração gratuita no Recife, hoje restrita. “Quero unir outras clínicas nesta ação. Além de dar a oportunidade aos alunos de praticar o que aprenderam, a castração voluntária é uma solução para o problema dos animais de rua”, comenta. “O projeto é uma experiência mais rica que um estágio, pelo fato de conscientizarmos mais pessoas sobre a importância da castração”, acrescenta a aluna de medicina veterinária Richelle Brás, 20. Por ser gratuito, o atendimento é muito procurado por membros de ONGs e pessoas que querem ajudar animais sem lar. Sobrecarga A iniciativa ajuda a diminuir a demanda no Hospital Veterinário da UFRPE. A aposentada Lindinalva Araújo, 54 anos, é um exemplo disso. Sua poodle Luna será castrada no hospital daqui a 20 dias, mas a dona também costuma ir à Rural para que a cadela faça exames. “Durante a greve do ano passado, não a levei a nenhum veterinário. Esperei a retomada das atividades para fazer os procedimentos que Luna precisava, já que aqui o serviço é barato e de excelente qualidade”, contou Lindinalva. O coordenador do Hospital Veterinário, Acácio Teófilo, explica que em meio à crescente demanda, o tamanho da equipe tem diminuído. “Muitos veterinários se aposentaram ou terminaram a residência, mas os concursos para ingresso não têm acontecido na mesma proporção. A procura é grande por conta dos preços acessíveis nas cirurgias de rotina e também a gratuidade dos procedimentos feitos nas aulas práticas”, conclui. Diario de Pernambuco - PE 20/03/2013 às 06:57hs Anvisa oferece 314 vagas Quem tem diploma de nível médio pode tentar os postos de técnico administrativo e técnico em regulação Concurseiros podem comemorar. O tão esperado concurso da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com oferta de 314 oportunidades para cargos de níveis médio e superior, foi publicado. Organizada pelo Cetro, a seleção prevê salários que variam de R$ 4.760,18 a R$ 10.019,20 para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais. Os aprovados trabalharão em Brasília (DF). Haverá provas da primeira fase em várias capitais, incluindo o Recife. As informações estão no Diário Oficial da União de ontem, na página 90 da terceira seção. Quem tem diploma de nível médio pode tentar os postos de técnico administrativo e técnico em regulação. Graduados têm chances nos postos de analista administrativo (administração, economia, ciências contábeis, direito, engenharia civil, tecnologia da informação, pedagogia e psicologia) e especialista em regulação (engenharia elétrica, mecânica, de materiais e de produção; química, física, enfermagem, farmácia, medicina, biologia, biomedicina, nutrição, medicina veterinária, fisioterapia e odontologia). Neste caso, também haverá chances para quem é formado em qualquer curso de nível superior reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Interessados podem se inscrever de hoje a 10 de abril, pelo site www.cetroconcursos.org.br. A taxa de participação varia de R$ 50 a R$ 70. Haverá, para todos os cargos, provas objetivas e discursivas, marcadas para 2 de junho. Candidatos de nível superior também passarão por avaliação de títulos, e caso sejam aprovados nesta etapa, por curso de formação profissional com carga de até 160 horas. Além do Recife, serão aplicadas provas em todas as capitais do Nordeste e 18 cidades das demais regiões.