a importância da educação em saúde para

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Trabalho 522
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PORTADORES DE
LEISHMANIOSE CUTÂNEO-MUCOSA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Geyse Aline Rodrigues Dias1
Milena Silva dos Santos2
Neiva José da Luz Dias Junior3
Juliana de Paula Maciel4
Ralrizônia Fernandes Sousa5
INTRODUÇÃO: A Leishmaniose tegumentar americana (LTA) apresenta-se em fase de expansão
geográfica. Nas últimas décadas, as análises de estudos epidemiológicas da LTA, têm sugerido mudanças
no comportamento epidemiológico da doença. Inicialmente considerada uma zoonose de animais
silvestres que acometia ocasionalmente pessoas em contato com florestas, a LTA começa a ocorrer em
zonas rurais já praticamente desmatadas e em regiões periurbanas 1. Na década de 50, houve uma
diminuição geral da ocorrência de casos de LTA, porém nos últimos 20 anos vem apresentando fraco
crescimento, tanto em magnitude como em expansão geográfica, observando-se surtos epidêmicos nas
regiões Sul, Sudeste, Centro Oeste, Nordeste e, mais recentemente, na região (área amazônica),
relacionados ao processo predatório de colonização2. Das regiões Norte e Nordeste procedem a cerca de
75% dos casos registrados no país. No Nordeste, a endemia persiste também em áreas de colonização
antiga, especialmente nas zonas serranas dos estados do Ceará, Paraíba e Bahia 3. A Leishmaniose
Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa crônica, não contagiosa, que envolve pele e,
dependendo da espécie de leishmânia e de outros fatores, pode envolver mucosa e cartilagens. Sua
transmissão é feita por fêmeas infectadas de mosquitos flebotomíneos, conhecidos no Brasil por
mosquito-palha. Suas manifestações dermatológicas são variadas e inespecíficas, podendo manifestar-se
como lesões ulceradas, ulcerocrostosas, verrucosas, com aspecto impetigóide e ectimatóide. Na
elaboração do seu diagnóstico faz-se uso dos dados clínicos e epidemiológicos e de exames
1 Acadêmica de Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Pará, 9º semestre, Bolsista do
Programa de Apoio ao recém-doutor (PARD-UFPA). Integrante do Grupo de Pesquisa Educação, Formação e Gestão para a
Práxis do Cuidado em Saúde e Enfermagem no Contexto Amazônico (EDUGESP/UFPA). E-mail: [email protected]
2 Acadêmica de Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Pará, 9º semestre, Bolsista do
Programa de Apoio ao recém-doutor (PARD-UFPA). Integrante do Grupo de Pesquisa Educação, Formação e Gestão para a
Práxis do Cuidado em Saúde e Enfermagem no Contexto Amazônico (EDUGESP/UFPA).
3 Enfermeiro. Residente do Centro de terapia intensiva do Hospital Ophir Loyola/UEPA. Integrante do Grupo de Pesquisa
Intervenções de Enfermagem no Processo Saúde - Doença (IENPSAD-UEPA).
4 Acadêmica de Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Pará, 9º semestre.
5 Acadêmica de Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Pará, 9º semestre.
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microbiológicos e imunobiológicos. Medidas educativas em saúde devem estar inseridas em todos os
serviços que desenvolvem ações de controle de LTA, requerendo o envolvimento dos profissionais de
saúde, com vistas a tentar reverter o quadro de propagação da doença.
OBJETIVO: Mostrar a
importância de se promover educação em saúde à pacientes com diagnóstico de LTA cutâneo-mucosa.
MÉTODOS: Estudo do tipo relato de experiência com abordagem qualitativa exploratória descritiva;
realizado em um Hospital Público Federal, referência em Doenças Infecto Parasitarias na cidade de
Belém-Pa, no decorrer de aulas práticas da Atividade Curricular Enfermagem em Doenças Transmissíveis
no setor de Doenças Infectas Parasitárias (DIP). Durante as aulas mantivemos contato com pacientes com
as mais diversas patologias, entre as quais a LTA cutâneo-mucosa. Os dados foram obtidos através do
processo de enfermagem e de pesquisa bibliográfica em literaturas e artigos científicos. RESULTADOS:
Percebemos que os pacientes com diagnóstico de LTA cutâneo-mucosa demonstraram, durante a
realização do Processo de Enfermagem, um déficit de conhecimento em relação aos aspectos básicos da
doença. Percebemos que as pessoas adoecidas bem como seus familiares consideram importante
participar de ações de cuidado que tragam benefícios para eles. O interesse é visível e nos confirma que a
educação em saúde, mostra que o ensino e o serviço devem estar diálogo permanente mesmo que não seja
uma tarefa simples de se executar. A educação em saúde para pessoas com esse diagnóstico e seus
familiares é fundamental, pois as ações educativas assim como contribuem para a prevenção, colaboram
no processo de tratamento da doença, já que promovem esclarecimentos para a melhora do quadro clínico
por conta da aceitação das características da doença antes desconhecidas. Podemos afirma também que a
educação em saúde no contexto contemporâneo do cuidado de enfermagem é uma maneira de promover
esclarecimentos e contribuir no processo saúde e doença de forma compartilhada considerando os saberes
de quem é cuidado. Essas ações ajudam ainda na melhor adesão às ações do cuidado de enfermagem,
ações estas que auxiliam o familiar cuidador na evolução positiva do paciente. A educação em saúde deve
oferecer condições para que as pessoas desenvolvam o senso de responsabilidade, tanto por sua própria
saúde, como pela saúde da comunidade, merecendo consideração como um todo dos mais importantes
elos entre as perspectivas dos indivíduos, os projetos governamentais e as práticas de saúde 4.
CONCLUSÃO: Consideramos que os profissionais de saúde que atuam na assistência de doenças
infectocontagiosas, têm um importante papel educativo, como multiplicadores atuando na promoção e
prevenção de agravos de possíveis reinfecções de pacientes e evoluções negativas das patologias, além de
promover educação em saúde, não somente para os indivíduos com patologias desse nível, mas para
familiares e pessoas que transitam diariamente no ambiente hospitalar. Portanto, considera-se importante
a educação permanente dos profissionais de saúde, para que possam trabalhar de maneira efetiva a
educação em saúde com os pacientes e possam transformar o paciente em proliferador do conhecimento
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repassado pelo profissional no ambiente hospitalar, levando informações para sua família e comunidade.
Tornando
a
educação
em
saúde,
uma
maneira
efetiva
na
prevenção
de
doenças.
CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: Esse estudo faz-se relevante no
estímulo aos estudantes e profissionais de enfermagem quanto à realização de atividades educativas em
unidades de internação hospitalar, já que se trata de um ambiente que, ainda pouco se desenvolve
atividades de cunho educativo. Além de favorecer a construção de um profissional de saúde ativo
também na prática educacional. No que se refere às contribuições sociais afirma-se a importância de
ações educativas como forma de sensibilização social e multiplicação do conhecimento em saúde,
contribuindo para o estabelecimento não só de indivíduos, mas de comunidades saudáveis.
REFERÊNCIAS:
1. Guia de Vigilância Epidemiológica/Fundação Nacional de Saúde. 5ºed. Brasília: FUNASA, 2002.
2. Brasil, Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Manual de Controle da Leishmaniose
tegumentar americana. Brasília: MS, 2000.
3. Veronesi. Tratado de Infectologia. 3ª ed./ editor cientifico Focaccia. São Paulo: Atheneu, 2005.
4.
Levy
S.
Programa
Educação
em
Saúde.
Outubro
2000.
Disponível
em:
http://www.saúde.gov.br/programas/ pes/pes/index.htm.
DESCRITORES: Educação em saúde; Leishmaniose Cutânea; Prevenção de doenças.
ÁREA TEMÁTICA DO TRABALHO: Políticas e práticas de Educação e Enfermagem.
EIXO TEMÁTICO DO EVENTO: A pesquisa de enfermagem no processo de cuidar e educar:
interdisciplinaridade, transculturalidade e difusão do conhecimento.
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