UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CENTRO DE ESTUDOS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA PROGRAMA DE DISCIPLINA GAP 00206 Professora: Deborah Bronz 3as e 5as feiras – de 18:00 às 20:00 Período: 2º semestre de 2015 Tópicos Especiais em Análise Antropológica III: Leituras de Antropologia sobre o Desenvolvimento PROPOSTA DO CURSO: O curso reunirá um conjunto de leituras relacionadas ao tema do desenvolvimento, encobrindo diferentes pontos de vista da antropologia. Este fenômeno será tratado a partir de abordagens: (i) ligadas direta e indiretamente ao subcampo disciplinar reconhecido como “Antropologia do Desenvolvimento”, que tomam os seus aparatos e discursos como alvos de reflexão crítica; (ii) que o analisam como um regime discursivo relacionado aos processos de formação de Estado, às formas de governo e às relações de poder e; (iii) que enfatizam os efeitos e as transformações sociais e ambientais provocadas pela ampla difusão de regimes desenvolvimentistas, os conflitos e as lutas sociais e culturais travadas por grupos que buscam o direito de recusar as formas de vida concebidas sob esses regimes. Iniciaremos o curso (módulo 1) com uma introdução de caráter geral e de perspectiva histórica sobre a genealogia e os sentidos atribuídos ao termo desenvolvimento na modernidade, considerando a sua relação com a própria antropologia. O módulo 2 será dedicado à leitura de trabalhos que tomam os “projetos” e os “aparatos” de desenvolvimento como objetos de análise, com enfoques mais teóricos e analíticos ou mais etnográficos, nas diversas escalas em que são propostos. Colocaremos em perspectiva algumas ideias que procuram relacionar esta noção com a formulação de políticas públicas, e de processos mais amplos de formação de estados e mercados (incluindo a formação de comunidades políticas transnacionais). Terminaremos este módulo com leituras (e apresentação de textos pelos alunos) sobre casos e estudos antropológicos centrados nos efeitos sociais dos projetos de desenvolvimento, especialmente aqueles que se fazem sentir sobre populações localizadas nos territórios onde são construídos. No módulo 3 concentraremos as leituras em torno de alguns debates contemporâneos, perseguindo a produção antropológica brasileira sobre povos 1 tradicionais, conflitos ambientais, participação e a relação entre o campo do desenvolvimento e o papel social do antropólogo. No último módulo do curso (4), nos lançaremos ao exercício de procurar construir uma linha do tempo de projetos de desenvolvimento na Amazônia Brasileira, composta a partir da realização de seminários pelos alunos. Neste exercício, os alunos terão de confrontar materiais e leituras específicas sobre os projetos com a bibliografia debatida no curso. Diante do amplo programa que se apresenta em seguida, os textos de leitura obrigatória serão indicados ao longo do curso. PROGRAMA DE CURSO: MÓDULO 1: POR UMA HISTÓRIA E UMA CRÍTICA AO “DESENVOLVIMENTO” 1.1 - Antecedentes 1. POLANYI, Karl. A Grande Transformação. As origens da nossa época. Rio de Janeiro : Campus, 1980. 306 p. (páginas 51-75). Biblioteca do Gragoatá: 330.9 P762 2012 1.2 – Antropologia e crítica ao desenvolvimento 2. SACHS, Wolfgang. Dicionário do Desenvolvimento: guia para o conhecimento como poder. Petrópolis: Vozes, 2000. Verbete “desenvolvimento” – pp. 59-84 – Gustavo Esteva Verbete “pobreza” – pp. 229-250 - Majid Rahnema 3. ESCOBAR, Arturo. Antropología Y Desarrollo. Maguaré @, no. 14 (1999). 1.3 – Desenvolvimento e poder 4. FERGUSON, James. La Maquinaria Antipolítica. Desarrollo, despolitización y poder burocrático en Lesoto. In: Galán, Beatriz Pérez. Antropología e Desarrollo. Editorial La Catarata: Madrid, 2012. 5. RIBEIRO, Gustavo Lins. Poder, redes e ideologias no campo do desenvolvimento. Novos Estudos, vol 80, CEBRAP, 2008 6. CARNEIRO, Marcelo Sampaio. (2012), Práticas, discursos e arenas. Notas sobre a socioantropologia do desenvolvimento, In: Sociologia e Antropologia, No 3, 2012. MÓDULO 2: PROJETOS DE/PARA O DESENVOLVIMENTO: DO GLOBAL AO LOCAL (PASSANDO PELO NACIONAL) 2 2.1 – Do global ao local 7. SOUZA LIMA, Antonio Carlos. 2007. Notas (muito) breves sobre a cooperação técnica internacional para o desenvolvimento. In: SILVA, Kellly e SIMIÃO, Daniel. Timor Leste por trás do palco. Cooperação internacional e a dialética da formação do Estado. Belo Horizonte: Ed. UFMG. P. 417-426. 8. CERNEA, Michael M. Organizaciones no-gubernamentales y desarrollo local. In: Documentos para discusión del Banco Mundial: 40S. Washington D.C: Banco Mundial, 1988. 9. OLIVEIRA FILHO, J. P. ; Cidadania e globalização: povos indígenas e agências multilaterais. In: Antonio Carlos de Souza Lima; Maria Barroso Hoffmann. (Org.). Além da tutela. Bases para uma nova política indigenista III. 1ed.Rio de Janeiro: Contracapa Livraria, 2002, v. , p. 105-120. 10. MOSSE, David. Una Etnografía de las políticas de la ayuda en la práctica. In: GALÁN, Beatriz Pérez (org.). Antropología y desarrollo: Discurso, prácticas y actores. Madrid: Los Libros de la Catarata, 2012. (págs. a conferir) 2.2 - Estado e Economia 11. RIBEIRO, Gustavo Lins. Empresas Transnacionais. Um grande projeto por dentro. SP: ANPOCS/Marco Zero, 1991. (Capítulos V e Conclusão). 12. _____________________. 1990. Da prefeitura ao Banco Mundial: para uma metodologia de ação política com relação aos grandes projetos. In: Arantes, A. A.; RUBEN. G.R.; DEBERT, G.G.(orgs.). Desenvolvimento e direitos humanos : a responsabilidade do antropólogo. Campinas, SP : Editora da Unicamp, 1992 (Coleção Momento) p. 103-107. 13. PEREIRA DOS SANTOS, Rodrigo Salles. Estado nacional e desenvolvimento econômico na Amazônia oriental: modelos de ação estatal e representações da modernização induzida nos últimos 40 anos. Ferreti, S. F. e Ramalho, J. R. Amazônia. Desenvolvimento, meio ambiente e diversidade sociocultural. São Luís: EDUFMA, 2009. (Biblioteca Gragoatá: 338.981 A489) 14. BRONZ, Deborah. Capítulo 3: Discursos empreendedores: fundamentos de uma geopolítica empresarial. In: Empreendimentos e empreendedores. Formas de gestão, classificação e conflitos a partir do licenciamento ambiental, Brasil, sec. XXI. Rio de Janeiro: UFRJ/PPGAS, Museu Nacional, 2011. Pp. 161-205 2.3 - Efeitos sociais de grandes projetos 15. SIGAUD, L. Efeitos sociais de grandes projetos hidrelétricos: as barragens de sobradinho e machadinho. Rio de Janeiro: PPGAS, Comunicação 9, 1986. 16. ---------------. “Notas sobre os antropólogos e as hidroelétricas”. Boletim da Associação Brasileira de Antropologia, n˚ 5. Janeiro-Junho 1988a. p. 74-75. 3 APRESETAÇÃO DE TEXTOS ENVOLVENDO CASOS ANTROPOLÓGICOS SOBRE O TEMA (primeira seleção de textos disponível no Anexo 1. A distribuição do textos vai depender do número de alunos e de seus interesses). MÓDULO 3. DEBATES CONTEMPORÂNEOS 17. ALMEIDA, A. W. ; ZHOURI, A. ; Feldman-Bianco, B. ; ECKERT, C. ; RIBEIRO, G. L. ; OLIVEIRA, J. P. ; LOPES, J. S. L. ; MONTEIRO NETO, A. . O tema do desenvolvimento na antropologia brasileira: diálogo com antropólogos. In: Aristides Monteiro Neto. (Org.). Desenvolvimento nas Ciências Sociais: o estado das artes. 1ed. Brasília: IPEA, 2014, v. 2, p. 7-220. 3. 1 – Desenvolvimento e povos tradicionais 18. O’DWYER, Eliane Cantarino. Desenvolvimento e Povos Tradicionais. Em: Dicionário temático desenvolvimento e questão social: 81 problemáticas contemporâneas. / Coordenação de Anete Brito Leal Ivo, Elsa S. Kraychete, Ângela Borges, Cristiana Mercuri, Denise Vitale e Stella Sennes. São Paulo: Annablume; Brasília: CNPq; Salvador: Fapesb, 2013. (PDF) 19. STAVENHAGEN, Rodolfo. Etnodesenvolvimento: uma dimensão ignorada no pensamento desenvolvimentista. Anuário Antropológico 84, Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, p. 11-44, 1985. 20. SOUZA LIMA, A.C. & BARROSO-HOFFMANN, M. Questões para uma política indigenista: etnodesenvolvimento e políticas públicas, uma apresentação. In: Etnodesenvolvimento e políticas públicas. Contra Capa Ed. e LACED, 2002. 21. BARRETO, Henyo Trindade. Os predicados do desenvolvimento e a noção de autoctonia. Tellus, ano 6, vol.10, 2006. 22. PERROT, Dominique. Quem impede o desenvolvimento circular? Desenvolvimento e povos autóctones, paradoxos e alternativas. Revista Cadernos de Campo, n.17, 2008 3. 2 Desenvolvimento, Meio Ambiente e Sustentabilidade 23. RIBEIRO, Gustavo Lins. Ambientalismo e desenvolvimento sustentado. Nova ideologia/utopia do desenvolvimento”. Brasília: Fundação Universidade de Brasília, 1992. Série Antropológica 123. 24. DIEGUES, Antônio Carlos. Desenvolvimento sustentado ou sociedades sustentáveis: da crítica ao modelo aos novos paradigmas. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v.6, n.1-2, p. 22-33, 1992. 25. LEITE LOPES, J. S. et al. (orgs.). (2004). A ambientalização dos conflitos sociais: participação e controle público da poluição industrial. Rio de Janeiro: Relume Dumara. 26. ZHOURI, Andréa; LASCHEFSKI, Klemens. (Orgs.). Desenvolvimento e Conflitos Ambientais. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2010, v. 1, p. 11-33. 4 3. 3 Desenvolvimento, participação e o ofício antropológico 27. ARANTES, A. A.; RUBEN. G.R.; DEBERT, G.G.(orgs.). Desenvolvimento e direitos humanos : a responsabilidade do antropólogo. Campinas, SP : Editora da Unicamp, 1992 (Coleção Momento) 28. OLIVEIRA, João Pacheco de. Pluralizando tradições etnográficas: Sobre um certo mal-estar na Antropologia. Em: Cadernos do LEME, Campina Grande, vol. 1, nº 1, p. 2 – 27. jan./jun. 2009. Disponível em: http://socius.org.br/wpcontent/uploads/2014/04/6-JPO-Pluralizando-tradicoes-etnograficas.pdf 29. O'DWYER, Eliane Cantarino. O papel social do antropólogo. A aplicação do fazer antropológico e do conhecimento disciplinar nos debates públicos do Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: E-papers (Antropologias, 6). 2010. 130 pp. Bibliografia complementar ao Módulo 3: SCOTTO, Graciela; CARVALHO, Isabel Cristina de Moura; GUIMARÃES, Leandro Belinaso. Desenvolvimento sustentável. Petrópolis, Rj: Vozes, 2007. (Coleção Conceitos Fundamentais) SALVIANI, Roberto. Desenvolvimento, antropologia e participação . Uma proposta de reflexão crítica. Em: Anuário Antropológico, v. 2009/I, p. 227-261, 2010.Disponível em: http://www.dan.unb.br/anuario-antropologico-listagem-dos-numeros/113-anuarioantropologico-sumario-20091 MÓDULO IV. PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO NA AMAZÔNIA CONSTRUINDO UMA LINHA DO TEMPO / SEMINÁRIO DOS ALUNOS BRASILEIRA: Os alunos serão divididos em grupos para desenvolver trabalhos escritos, a serem oralmente apresentados, sobre casos envolvendo projetos de desenvolvimento na Amazônia Brasileira, utilizando como subsídio para as discussões a bibliografia e os conteúdos das aulas no semestre. A proposta do seminário é que possamos juntos construir uma linha do tempo dos projetos, e dos debates que suscitaram, que tinham por objetivo a integração das fronteiras amazônicas a marcha de desenvolvimento do Estado brasileiro (Comissão Rondon, Projeto Calha Norte, Projeto Carajás, Usina Hidrelétrica de Belo Monte etc.). Outros materiais e textos serão indicados como base para a composição dos seminários. Seguem algumas sugestões preliminares: OLIVEIRA, João Pacheco de (org.). Projeto Calha Norte. Militares, Índios e Fronteiras. Rio de Janeiro: Ed. da UFRJ, 1990. 5 ALMEIDA, Alfredo Wagner Berno de; Carajás: a Guerra dos Mapas. Belém: Falangola, 1994. v. 1. 330p SOUZA, Cassio Noronha Inglez de (Org.) ; ALMEIDA, Fábio Vaz Ribeiro de (Org.); SOUZA LIMA, Antonio Carlos de (Org.) ; Matos, M. H. O. (Org.) . Povos Indígenas: projetos e desenvolvimento II. 1. ed. , Brasília: Paralelo 15, Rio de Janeiro: LACED, 2010. OLIVEIRA FILHO, J. P. ; OLIVIERA, J. P. (Org.) ; COHN, C. (Org.) . Belo Monte e a questão Indígena. 1. ed. Brasília: ABA Publicações, 2014. v. 1. 457p . 6 ANEXO 1 Apresentação de casos antropológicos sobre os efeitos sociais dos projetos de desenvolvimento 1a Avaliação (5 pontos) Serão distribuídos alguns textos contendo situações e casos etnográficos para que os alunos apresentem em sala de aula. Os alunos também poderão sugerir textos a partir de seus interesses, desde que estejam vinculados à temática dos efeitos sociais de projetos de desenvolvimento SELEÇÃO DE TEXTOS Livros e coletâneas (textos a selecionar): BEZERRA, Marcos Otávio. ; BRONZ, Deborah (orgs.). 'Grandes empreendimentos', administração pública e populações (dossiê). Antropolítica: Revista Contemporânea de Antropologia, v. 37, p. 131-136, 2015. FERNANDES, Ricardo Cid (org.). Dossiê Antropologia e Desenvolvimento. Campos – Revista de Antropologia Social, v. 14, n. ½, 2013 ZHOURI, Andrea. As Tensões do Lugar: hidrelétricas, sujeitos e licenciamento Ambiental. 1. ed. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2011. v. 1. 327p Artigos e teses: ANTONAZ Diana. "Na Escola dos Grandes Projetos; os Trabalhadores do Alumínio na Amazônia". Dissertação de mestrado. Programa de Pós Graduação em Antropologia Social/Museu Naciona/Universidade Federal de Rio Janeiro, 1995. BARROS, H.O.M. “A Dimensão Social dos Impactos da Construção do Reservatório de Sobradinho”. Trabalhos para discussão. Fundação Joaquim Nabuco/Instituto de Pesquisas Sociais, Recife, 4 (15), 1984. p. 1-52. BRONZ, Deborah .“Participação ou consulta? Práticas de negociação e políticas de compensação na implantação de projetos industriais no Brasil: o caso dos pescadores do petróleo”. In: Boivin, Mauricio; Heredia, Heredia e Ana Rosato (Orgs.). Política, instituciones y gobierno: abordajes y perspectivas antropológicas sobre el hacer. Buenos Aires: Antropofagia, 2009a, v. 1, p. 257-284. _______________. Pescadores do petróleo. Políticas ambientais e conflitos territoriais na Bacia de Campos, RJ. Rio de Janeiro: e-papers/Laced/Museu Nacional, 2009b. DAOU, Ana Maria Lima. Políticas de Estado e organização social: a barragem de Sobradinho. Rio de Janeiro: UFRJ, 1988. 7 DUQUE Ghislaine. “A Experiência de Sobradinho : Problemas Fundiários colocados pelas grandes Barragens”. Cadernos do CEAS, Salvador, (91), 1984. p. 30-38. GUEDES, A. D. ; Abrir no Mundo, Rasgando o Trecho: Mobilidade Popular, Família e Grandes Projetos de Desenvolvimento. Cadernos de Campo (USP. 1991), v. 21, p. 137, 2012. GUEDES, A. D. ; Patrões, Garimpeiros e Lideranças. Mediação e Política em um Movimento de Atingidos por Barragens. Revista IDEAS (Online), v. 6, p. 65-99, 2012. LOPES, Jose Sergio Leite ; ANTONAZ, D. ; SILVA, G. O. ; PRADO, Rosane Manhães . Naturalização e estranhamento: alguns aspectos da construção social da poluição ambiental em Itaguaí, Angra dos Reis e Volta Redonda, RJ. Cadernos IPPUR/UFRJ, Rio de Janeiro, v. XIV, n.1, p. 30-40, 2000. BEZERRA, Marcos Otávio. Grandes empreendimentos, pertencimento local e gestão de acesso ao trabalho. Revista Pós Ciências Sociais, v. 12, p. 211-228, 2015. MARTINS-COSTA, Ana Luiza Borralho. Uma retirada insólita: a representação camponesa sobre a formação do Lago de Sobradinho. Rio de Janeiro: UFRJ, 1989. SANTOS, Silvio Coelho. “Notas sobre o deslocamento de populações indígenas em consequência da implantação de hidrelétricas na Amazônia”. In: MAGALHÃES, Sônia; BRITO, Rosyan; CASTRO, Edna (orgs.). Energia na Amazônia. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 1996. p. 689–696. SILVA, Gláucia. “Angra I e a melancolia de uma era: um estudo sobre a construção social do risco”. Tese de doutorado/PPGAS/IFLCH/USP. 1996. ZHOURI, Andréa ; Oliveira, Raquel . Desenvolvimento, conflitos sociais e violência no Brasil rural: o caso das usinas hidrelétricas. Ambiente e Sociedade (Campinas), v. 10, p. 119-135, 2007. ZHOURI, A. ; TEIXEIRA, R. O. S. . Paisagens Industriais e Desterritorialização de Populações Locais: Conflitos socioambientais em projetos hidrelétricos. Teoria & Sociedade (UFMG), UFMG-Belo Horizonte, v. 12, n.2, p. 10-28, 2005. 8