Clinical Case Study Estudo do Caso

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Clinical Case Study
Estudo do Caso Clínico
A Febrile Blood Donor
Julian W. Tang1,a, Yvonne Ng2, Evelyn S. C. Koay1, Gek Har Leow1, Eng Soo Yap3, Douglas Chan1,
Lip Kun Tan3 and Paul A. Tambyah4
Uma Doadora de Sangue Febril
Julian W. Tang1,a, Yvonne Ng2, Evelyn S. C. Koay1, Gek Har Leow1, Eng Soo Yap3, Douglas Chan1,
Lip Kun Tan3 and Paul A. Tambyah4
1
Departments of Laboratory Medicine, 2 Neonatology, 3 Haematology and 4 Medicine, National University Hospital,
Singapore.
a
Envie correspondência para esse autor para: Department of Laboratory Medicine, National University Hospital, 5
Lower Kent Ridge Road, Singapore 119074, Singapore. Fax +65-67771613; e-mail [email protected]
CASO
Um neonato de 4 dias nascido prematuramente com 29 semanas de gestação desenvolveu trombocitopenia (contagem de plaquetas 43 x 109/L) com grave hemorragia
intracraniana e pulmonar associada. Transfusões urgentes com 10 mL/kg de eritrócitos
e 10 mL/kg de concentrado de plaqueta foram administrados, obtidos de sangue doado
2 dias antes em Cingapura por uma universitária de 21 anos de idade que estava clinicamente bem na época. No dia seguinte após
administração ao neonato, a doadora de sangue contactou o serviço de transfusão de
sangue para informá-los de que ela estava
agora enferma com uma doença febril parecida com a gripe. Sua amostra do plasma do
teste da doação de sangue foi recuperada e
analisada por PCR para vários vírus, incluindo dengue, chikungunya, enterovírus, e
vírus Epstein-Barr.
RNA da dengue (sorotipo 2) foi constatado
estar presente em uma quantidade muito
baixa (isto é, em um ciclo PCR de tempo
real de número Ct de 39–40) (Fig. 1A) a
partir do extrato inicial do RNA (extrato A).
Para confirmar a presença dessa baixa quantidade de RNA da dengue 2, o mesmo extrato (extrato A, que tinha sido armazenado à
–20 °C) foi reanalisado (Fig. 1B), e novamente descobriu-se dar um resultado positivo baixo.
Figura 1.
Resultados de RNA PCR para dengue em tempo real da amostra de plasma da doadora.
(A), Resultados de PCR em tempo real no extrato do RNA (extrato A, primeiro teste ) obtidas
da primeira amostra da doadora mostrando um Ct de 39.6, um sinal positivo de baixo nível para
RNA de sorotipo 2 da dengue. (B), Teste de repetição no extrato A após 1 ciclo de congelamento-descongelamento (de –20 °C), mostrando um Ct mais alto de 40.8, indicando uma quantidade até mesmo mais baixa de RNA presente. O resultado da PCR em tempo real vista num plano sigmóide. O valor Ct é onde o sinal sigmóide da curva (indicando acúmulo da produção específica do PCR da dengue ) cruza o limite (linha verde horizontal ) indicando um resultado positivo. O limite para curvas individuais pode ser diferente e pode ser automaticamente estabelecido pelo software do teste, mas também pode ser ajustado de acordo com epidemiologia local
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do vírus da dengue e os valores esperados do Ct para resultados positivos nessa específica população de pacientes. NTC, controle sem padrão.
Dengue seropype 2 positive control – controle positivo do sorotipo da dengue 2
Negative control baseline – linha de base do controle negativo
Donor sample – amostra da doadora
Delta Rn vs Cycle – Delta Rn vs Ciclo
Cycle Number – Número do Ciclo
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QUESTÕES PARA SEREM CONSIDERADAS
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Que passos devem ser tomados depois?
O que pode causar resultados de PCR falsos negativos e falsos positivos?
Como devem resultados de PCR baixos positivos afetar o tratamento do paciente?
DISCUSSÃO
Recentemente, Wilder-Smith e colegas salientaram a importante questão da segurança
da transfusão de sangue com relação à infecção da dengue em um país com epidemia
de dengue, tal como Cingapura (1). Embora
na época da submissão do seu relatório
Wilder-Smith et al. não puderam identificar
quaisquer eventos de transmissão de dengue
associados com transfusão de sangue, houve
um relatório apresentando evidência convincente para vários eventos de transmissão
(2). Além disso, houve pelo menos 1 caso
anterior de transmissão de dengue em Cingapura, via transplante de órgãos (3).
Foi importante verificar o status dessa doação de sangue tão precisamente quanto possível, porque esse evento teve implicações
adicionais para o serviço de transfusão de
sangue. Três abordagens foram feitas: reanálise da amostra original, análise do neonato,
e análise adicional da doadora.
Reanálise da amostra original foi feita voltando para a amostra original do teste do
sangue (armazenada à 4 °C) e reextraindo o
RNA (extrato B). Todo RNA foi extraído
usando-se o sistema Qiagen Biorobot EZ1
(Qiagen). Além disso, outro extrato de RNA
(extrato C) que tinha sido obtido mais cedo,
na mesma época que o extrato A, foi recuperado do armazenamento à –20 °C para
teste adicional. Extratos A, B, e C foram
analisados como réplicas de 5 (isto é, 3 x 5
= 15 testes) no mesmo teste RNA PCR da
dengue. Surpreendentemente, todos esses
testes foram negativos — até mesmo o extrato A, que tinha dado baixo positivo duas
vezes anteriormente. Teste de antígeno adicional e retrospectivo do NS1 da dengue na
primeira amostra sérica (isto é, a amostra
sérica original da qual os extratos A e B foram obtidos ) também foi negativo.
O neonato foi então urgentemente analisado
para RNA da dengue por PCR nos dias 2,
5, e 8 após transfusão e, felizmente, todos
os resultados dos testes de RNA da dengue
foram negativos. Resultados dos testes do
antígeno do
NS1 da dengue também foram negativos. Na
época, o status negativo do neonato se pensava ser devido ao baixo volume dos produtos sanguíneos transfundidos (volume combinado de 16 mL), que reduziu o potencial
para transmissão do vírus da dengue.
Nesse caso, felizmente a doadora concordou
em retornar para teste de anticorpo convalescente para determinar se a dengue ou alguma outra infecção viral era responsável
pela sua febre e doença parecida com a gripe. Ela foi sorologicamente analisada 15 dias após seu relatado começo da doença para
dengue e vírus Epstein-Barr IgM e IgG,
assim como para gripe A e B, parainfluenza
tipos 1–3, adenovírus, e vírus sincicial respiratório. Todos os resultados dos testes de
sorologia foram negativos.
Ao examinar produtos sanguíneos, é importante que os clínicos sejam capazes de distinguir uma possível carga viral de baixo
nível em um produto sanguíneo transfundido
de um evento de contaminação cruzada de
baixo nível de um laboratório. O caso que
nós relatamos inicialmente sugeriu a presença de RNA de baixo nível da dengue em um
produto sanguíneo, que foi trazido para nossa atenção apenas quando a doadora procu-
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rou o hospital 2 dias após a doação de sangue para relatar uma doença febril.
sido congelado e descongelado uma vez (de
–80 °C).
Existem várias possíveis razões para resultados discrepantes de PCR. A possibilidade
mais óbvia é que deve ter havido 2 ocorrências de contaminação de baixo nível do
RNA da dengue dos testes do PCR quando
o extrato A foi testado as 2 primeiras vezes. Tal contaminação é sempre possível em
um laboratório molecular e pode ser difícil
de excluir. Dois diferentes operadores realizaram esses 2 primeiros testes do RNA PCR
da dengue para o extrato A.
Todos os resultados dos testes da sorologia
convalescente para vários vírus provaram
ser negativos na doadora. É possível que
seus sintomas relatados fossem devidos aos
mais comuns rinovírus ou coronavírus, para
os quais teste de PCR não foi realizado durante o estágio da doença aguda e para os
quais teste sorológico não estava disponível
para determinar infecção passada recente
com estes patógenos. Devido aos resultados
negativos desse teste convalescente na doadora, é portanto provável que os resultados
duas vezes positivos do RNA PCR da dengue (mostrados na Fig. 1 ) fossem provavelmente devidos a um evento de contaminação cruzada em vez de uma baixa quantidade de RNA da dengue nessa amostra. Evidência adicional para a falta da transmissão
da dengue para o neonato foi fornecida por
resultados negativos do IgM e IgG da dengue em soro convalescente tirado do neonato
4 semanas após o evento da transmissão.
Uma explicação alternativa é o baixo número de cópias do RNA da dengue sugerido
pelo sinal do PCR [número limite do ciclo
(Ct) de 39–40], um número de cópias que
está virtualmente em nosso limite definido
de sensibilidade clínica para esse teste interno. Com tal baixo número de cópias do
RNA na amostra original, efeitos estocásticos se tornam importantes, e é possível se
perder ao apanhar com a pipeta o RNA alvo
a ser ampliado. De uma amostra de plasma
de 500–1000 µL, apenas 200 µL é usado no
processo de extração do RNA. Desse volume da amostra é obtido 50 µL contendo
RNA, e disso apenas 1 µL é usado na reação
do PCR. É possível que quando existirem
números de cópias muito baixos do RNA na
amostra original, até mesmo após se concentrar o RNA no volume de eluição de 50-µL,
ao se inserir a pipeta nesse volume para remover apenas 1 µL é possível não se pegar
qualquer RNA na ponta da pipeta. Esse tipo
de "perda" potencial é um fenômeno estocástico que foi bem descrito anteriormente
(4).
O processo de congelar e descongelar também é conhecido por diminuir as quantidades de RNA intactas nas amostras (5). Extrato A foi congelado e descongelado duas vezes (de –20 °C), extrato B foi congelado e
descongelado uma vez (de –20 °C), e extrato C foi obtido do plasma original que tinha
Nós suspeitamos que a fonte da contaminação cruzada pôde ter vindo do controle positivo da dengue 2, porque muitas poucas
outras amostras foram positivas (houve 1 de
cada da dengue 1, 2, e 3) durante essa semana. Embora nós recebamos cerca de 10–
20 amostras por semana para teste do PCR
para dengue, apenas cerca de 10%–15%
podem ser positivas em qualquer 1 semana,
e essas amostras são geralmente uma mistura da dengue 1 e 2, embora a dengue 3 e 4
sejam ocasionalmente vistas. Nós rotineiramente não quantificamos a dengue nessas
amostras positivas, mas o Ct pode variar de
25–35, em média (com um separador clínico arbitrário ajustado em um Ct de aproximadamente 39–40, baseados em nossa experiência de se analisar casos clínicos e locais de dengue, a maioria dos quais têm sido
confirmados em teste sorológico paralelo).
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Nesse caso, o contato inicial da doadora
quando ela se tornou sintomática mais sua
vontade de cooperar com o teste de acompanhamento nos permitiu resolver esse caso
satisfatoriamente. Medidas agora têm sido
postas em prática para prevenir a recorrência
dessa situação, incluindo revisão e cuidadosa análise dos protocolos padrões de operação com os membros da equipe que rotineiramente realizam esse teste específico para
PCR da dengue.
Com o teste de tempo real do PCR se tornando mais e mais rotineiro nos hospitais, é
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crítico se distinguir nas amostras clínicas as
verdadeiras quantidades baixas de patógenos
da contaminação cruzada do laboratório.
Durante qualquer investigação e até que a
questão seja resolvida, a possibilidade de
tais resultados potencialmente falsosnegativos deve ser considerada no processo
de tratamento do paciente em curso. Tais
resultados podem, contudo resultarem ser
verdadeiros positivos, e ficar atentos a eles
garante que qualquer oportunidade para intervenção não terá sido perdida.
PONTOS PARA SEREM LEMBRADOS
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Teste do PCR é uma técnica muito sensível que permite que pequenas quantidades de
RNA ou DNA sejam amplificadas mais do que um milhão de vezes. Desse modo qualquer contaminação de baixo nível (por exemplo, de um controle positivo ) também será
amplificada.
Contaminação deve ser monitorada colocando-se vários controles negativos em cada rodada do PCR. Se qualquer um desses controles negativos der um sinal positivo, a rodada
inteira deve ser considerada inválida.
Reextração da amostra original (que deve ser guardada até que todo o teste tenha sido
satisfatoriamente completado) é obrigatória se um resultado falso-positivo for suspeitado.
Nem todos os resultados baixos positivos são necessariamente falsos positivos, e pode
de fato haver uma baixa quantidade de RNA ou DNA na amostra. Para infecções virais
agudas (em oposição a persistentes ou crônicas ) se pegar uma segunda amostra do paciente para reanalisar pode não resolver a questão porque a maioria das cargas virais diminuem progressivamente a partir da data do começo da doença devido à eliminação viral
imune mediada.
Teste de repetição no extrato original (ou em um novo extrato da amostra original ) de
uma amostra verdadeira baixa positiva pode subsequentemente dar um resultado negativo devido à decomposição do RNA ou DNA após o congelamento ou descongelamento.
Em situações nas quais uma doença inesperada se desenvolve tanto no receptor quanto
no doador de um produto sanguíneo, quando a infecção é suspeitada, amostras agudas e
convalescentes pareadas (tiradas pelo menos 10–14 dias mais tarde ) devem ser tiradas
para sorologia paralela, PCR, e/ou cultura.
Durante essas investigações laboratoriais adicionais, tratamento do paciente deve ser rigorosamente coordenado com o laboratório diagnóstico para evitar uso desnecessário de
potentes drogas antivirais ou se perder a janela ótima para o tratamento necessário.
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Agradecimentos
Contribuições dos Autores: Todos os autores confirmaram que eles contribuíram para o conteúdo intelectual desse paper e satisfizeram os 3 seguintes requisitos: (a) contribuições significantes para a concepção e design, aquisição de dados, ou análise e interpretação dos dados;
(b) rascunhando ou revisando o artigo para conteúdo intelectual; e (c) aprovação final do artigo publicado.
Revelações dos Autores de Potenciais Conflitos de Interesse: Na submissão do manuscrito,
todos os autores completaram o formulário de Revelações de Potenciais Conflitos de Interesse.
Potenciais conflitos de interesse:
Emprego ou Liderança: Nada a declarar.
Consultor ou Papel Consultivo: Nada a declarar.
Posse dos Valores: Nada a declarar.
Honorários: Nada a declarar.
Fundo de Pesquisas: P.A. Tambyah, Baxter e Sanofi-Pasteur.
Testemunho Hábil: Nada a declarar.
Outra Remuneração: P.A. Tambyah, Novartis.
Papel do Patrocinador: As organizações patrocinadoras não desempenharam papel algum no
design do estudo, escolha dos pacientes inscritos, revisão e interpretação dos dados, ou preparação ou aprovação do manuscrito.
Agradecimentos: Nós agradecemos a mãe do neonato e a doadora de sangue por sua cooperação
nessa investigação.
Referências
1. Wilder-Smith A, Chen LH, Massad E, Wilson ME. Threat of dengue to blood safety in
dengue-endemic countries. Emerg Infect Dis 2009;15:8-11.[CrossRef][Web of Science][Medline] [Order article via Infotrieve]
2. Tambyah PA, Koay ESC, Poon MLM, Lin RVTP, Ong BKC. Dengue hemorrhagic fever
transmitted by blood transfusion. N Engl J Med 2008;359:1526-1527.[Free Full Text]
3. Tan FL, Loh DL, Prabhakaran K, Tambyah PA, Yap HK. Dengue haemorrhagic fever after living donor renal transplantation. Nephrol Dial Transplant 2005;20:447448.[Free Full Text]
4. Katsoulidou A, Moschidis Z, Sypsa V, Chini M, Papatheodoridis GV, Tassopoulos NC,
et al. Analytical sensitivity and clinical sensitivity of the Procleix Ultrio HIV1/HCV/HBV assays in samples with a low viral load. Vox Sang 2007;92:814.[CrossRef][Web of Science][Medline] [Order article via Infotrieve]
5. Williams JV, Wang CK, Yang CF, Tollefson SJ, House FS, Heck JM, et al. The role of
human metapneumovirus in upper respiratory tract infections in children: a 20-year experience. J Infect Dis 2006;193:387-395.[CrossRef][Web of Science][Medline] [Order article via Infotrieve]
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Comentário
Lynne Uhl
Beth Israel Deaconess Medical Center/Harvard Medical School, Boston, MA.
Envie correspondência para esse autor para: Beth Israel Deaconess Hospital YA-309, 330 Brookline Ave, Boston,
MA, 02215. Fax 617-667-4533; e-mail [email protected].
No rastro do reconhecimento do HIV transmitido pela transfusão, a comunidade do
banco de sangue introduziu um exame mais
extensivo do doador, melhorou o teste do
doador, e a modificação do produto pós doação para melhorar a segurança do suprimento do sangue e reduzir o risco para infecção
transmitida por transfusão (TTI). Além das
múltiplas perguntas do exame de pré doação, nos países desenvolvidos unidades coletadas são sujeitas à extenso exame laboratorial, incluindo teste de ácido nucléico para
HIV/vírus da hepatite C, e mais recentemente vírus da hepatite B e vírus West Nile.
Consequentemente, o risco para TTI tem
sido reduzido à níveis variando de 1/200 000
até 1/1–2 milhões de episódios de transfusões.
Apesar dessas diminuições no risco, vigilância em andamento para doenças infecciosas
emergentes potencialmente transmissíveis
através de transfusão de sangue é necessária
(1). Como notado por Tang et al., o agente
arbovírus responsável pela febre da dengue
é amplamente endêmico em regiões equatoriais e há evidência acumulada para o risco
de infecção da dengue transmitida por transfusão. Atualmente, entretanto, nenhuma boa
pergunta do exame tem sido formulada para
identificar doadores com alto risco para TTI
associada à dengue, e nem existe um teste
aceitável para exame do doador que possa
ser praticamente aplicado (1). Consequentemente, comunicação pós doação por um
doador de sangue de uma doença febril den-
tro de 7 dias da doação é crítico, como evidenciado pelo relatório desse caso. Uma vez
que a instalação de coleta de sangue é presenteada com essa informação, cabe a eles
determinar o risco para TTI, apesar da baixa
especificidade da febre para uma potencial
TTI. Na maioria dos casos, as instalações de
coleta de sangue seguem o princípio pré
monitório e tentam interditar a liberação de
componentes sanguíneos iniciando um recall
de mercado ou retirada, frequentemente via
um telefonema para o serviço de transfusão
que recebeu os componentes sanguíneos em
questão (2). Em resposta, o serviço de transfusão examina seu inventário para determinar a disposição do produto sanguíneo implicado. Se ainda estiver em inventário, o
produto sanguíneo é imediatamente posto de
quarentena até que informação adicional da
instalação de coleta esteja disponível com
relação a segurança para distribuição. Se o
produto foi liberado para transfusão, é responsabilidade do serviço de transfusão alertar o médico do recebedor com relação ao
risco para TTI e trabalhar com o médico para desenvolver um plano de ação para avaliação adicional e tratamento do paciente. Esse relatório do caso ilustra a importância do
trabalho em equipe coordenado entre a instalação de coleta de sangue, o departamento
de medicina laboratorial, e o serviço clínico
na avaliação do risco de TTI associado com
um componente sanguíneo para o qual preocupação foi levantada.
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Agradecimentos
Contribuições dos Autores: Todos os autores confirmaram que eles contribuíram para o conteúdo intelectual desse paper e satisfizeram os 3 seguintes requisitos: (a) contribuições significantes para a concepção e design, aquisição de dados, ou análise e interpretação dos dados; (b)
rascunhando ou revisando o artigo para conteúdo intelectual; e (c) aprovação final do artigo
publicado.
Revelações dos Autores de Potenciais Conflitos de Interesse: Nenhum autor declarou qualquer potencial conflito de interresse.
Papel do Patrocinador: As organizações patrocinadoras não desempenharam papel algum no
design do estudo, escolha dos pacientes inscritos, revisão e interpretação dos dados, ou preparação ou aprovação do manuscrito.
Referências
1. Stramer SL, Hollinger FB, Katz LM, Kleinman S, Metzel PS, Gregory KR, Dodd RY.
Emerging infectious disease agents and their potential threat to transfusion safety. Transfusion 2009;49:1S-29S.[CrossRef][Web of Science][Medline] [Order article via Infotrieve]
2. Ramsey G. Managing recalls and withdrawals of blood components. Transfus Med Rev
2004;18:36-45.[CrossRef][Web of Science][Medline] [Order article via Infotrieve]
Comentário
Roger Y. Dodd
Research and Development, American Red Cross, Rockville, MD.
Envie correspondência para o autor para: Research and Development, American Red Cross, Holland Laboratory,
15601, Crabbs Branch Way, Rockville, MD 20878. E-mail [email protected].
Infelizmente, elevada sensibilidade diagnóstica clínica vem as custas da especificidade
diagnóstica clínica. Além disso, testes com
alta sensibilidade analítica são suscetíveis à
contaminação laboratorial. Desse modo, é
claro que testes diagnosticamente e analiticamente sensíveis estão sujeitos a resultados
falsos positivos. Nesse caso, preocupação
sobre as circunstâncias que rodeiam um resultado aparentemente (contudo fracamente)
positivo para PCR para RNA da dengue 2
levou à extensos e apropriados estudos adicionais que fortemente apoiam a conclusão
final de que os resultados iniciais foram de
fato devidos à contaminação. Um segundo e
terceiro extrato da amostra original foram
analisados múltiplas vezes e constatados não
reativos, e avaliação de amostras subseqüentes para evidência de soro conversão forneceu evidência confirmadora de que a doadora (e o neonato recebedor de sua doação de
sangue) não foram infectados com o vírus da
dengue. O laboratório não pode ser culpado
por essas cuidadosas determinações, contudo elas teriam acontecido em um ambiente
menos crítico? Aqui jaz a lição. Entretanto,
uma pergunta mais ampla que pode ser feita
é por que o teste foi feito em primeiro lugar
e como os analitos foram escolhidos? Devido ao recente achado de uma transmissão da
dengue por transfusão em Cingapura, e o
envolvimento de alguns dos mesmos autores
no caso, é compreensível que os vírus da
dengue e até mesmo da chikungunya fos-
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sem de interesse, mas houve qualquer informação clínica útil para fornecer uma base
para o teste? Qual é a probabilidade de precisamente se identificar o agente etiológico
de uma doença febril parecida com a gripe
por essa abordagem? Poderia não ter sido
uma infecção bacteriana ou até mesmo parasítica, qualquer uma das quais teria tido im-
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plicações muito diferentes para o recebedor
do sangue? O caso ainda ilustra que, na ausência de cautela apropriada, as propriedades e modos de potenciais falhas de testes
sensíveis podem levar a um achado aparente
daquilo que se espera, em vez do que realmente está lá.
Agradecimentos
Contribuições dos Autores: Todos os autores confirmaram que eles contribuíram para o conteúdo intelectual desse paper e satisfizeram os 3 seguintes requisitos: (a) contribuições significantes para a concepção e design, aquisição de dados, ou análise e interpretação dos dados; (b)
rascunhando ou revisando o artigo para conteúdo intelectual; e (c) aprovação final do artigo
publicado.
Revelações dos Autores de Potenciais Conflitos de Interesse: Na submissão do artigo, todos
os autores completaram o formulário de Revelações de Potenciais Conflitos de Interesse. Potenciais conflitos de interesse:
Emprego ou Liderança: Nada a declarar.
Consultor ou Papel Consultivo: Nada a declarar.
Posse dos Valores: R. Y. Dodd, Abbott Laboratories (membro imediato da família ).
Honorários: R. Y. Dodd, Novartis Vaccines e Diagnostics.
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Papel do Patrocinador: As organizações patrocinadoras não desempenharam papel algum no
design do estudo, escolha dos pacientes inscritos, revisão e interpretação dos dados, ou preparação ou aprovação do manuscrito.
“This article has been translated with the permission of AACC. AACC is not responsible for the accuracy
of the translation. The views presented are those of the authors and not necessarily those of the AACC
or the Journal. Reprinted from Clin Chem, 2010; 56: 3 352-356, by permission of AACC. Original copyright © 2009 American Association for Clinical Chemistry, Inc. When citing this article, please refer to
the original English publication source in the journal, Clinical Chemistry.”
“Este artigo foi traduzido com a permissão da AACC. AACC não é responsável pela acurácia da tradução.
Os pontos de vista apresentados são aqueles dos autores e não necessariamente os da AACC ou do Jornal. Reimpresso da ClinChem, 2010; 56: 3 352-356, por permissão da AACC. Cópia original © 2009 American Association for Clinical Chemistry, Inc. Quando citar este artigo, por favor refira-se à fonte de publicação original em inglês na revista,Clinical Chemistry.”
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