Fórum sobre violência contra a mulher O olhar da gestão do cuidado Rosse Mahó Llaveria Lafulla PESS – UNICAMP Abril/2014 1 Gestão do Cuidado Organização, otimização e qualificação dos processos de trabalho em saúde (cuidado) a partir de um dado parâmetro conceitual de forma a garantir: o desenvolvimento, a valorização e a satisfação do trabalhador + a otimização dos recursos disponíveis um impacto positivo na vida dos indivíduos e da sociedade como um todo + O atendimento das expectativas do usuário Fragmentação SUS A integração do SUS exige estratégias em três dimensões: Sistêmica: Estruturação das Redes de Atenção Serviços: Melhoria de processos de trabalho com incorporação de instrumentos que favoreçam a integração (tecnologias de gestão dos processos) Práticas profissionais: Processos otimizados de desenvolvimento e valorização profissional (EP em equipe multiprofissional) e disponibilização de tecnologias de micro gestão do cuidado “4ª dimensão” : Usuário: Protagonismo na elaboração do seu plano de cuidado e estímulo ao autocuidado 4 integração eficácia clínica continuidade eficácia econômica integralidade Sistema de Sistema de gestão gestão Sistema logístico e de apoio Regulação Atenção especializada Transporte Informação Comunicação Atenção básica equidade acessibilidade interdisciplinariedade Apoio diagnóstico Assist. farmac. Participação ativa do usuário Lógica epidemiológica 5 Visão unidimensional x Visão em Rede NIVEL TERCIÁRIO NIVEL SECUNDÁRIO NIVEL PRIMÁRIO Visão unidirecional • Movimento obrigatório da menor complexidade para a maior complexidade • Não considera outras entradas no sistema • Prevê acompanhamento único por um nível de atenção Visão em Rede • Movimento flexível de acordo com cada situação • Considera todas as possíveis entradas no sistema (acolhimento) • Prevê acompanhamento paralelo por diferentes instâncias no sistema e/ou retorno ao serviço de origem de acordo com o caso 6 Rede de enfrentamento à violência contra a mulher Atuação articulada entre as instituições/serviços governamentais, não-governamentais e a comunidade, visando ao desenvolvimento de estratégias efetivas de prevenção e de políticas que garantam o empoderamento das mulheres e seus direitos humanos, a responsabilização dos agressores e a assistência qualificada às mulheres em situação de violência Rede atendimento à mulher vítima de violência Conjunto de ações e serviços de diferentes setores (em especial, da assistência social, da justiça, da segurança pública e da saúde), que visam à ampliação e à melhoria da qualidade do atendimento; à identificação e ao encaminhamento adequados das mulheres em situação de violência; e à integralidade e à humanização do atendimento 7 Rede de Enfrentamento à violência contra a mulher intersetorialidade Rede de Atendimento da mulher vítima de violência Rede de Atenção à Saúde Delegacias Defensoria Pública Atendimento jurídico Ministério Público CRAS/ CREAS Casas Abrigo ONGS Serviços de saúde Agentes formuladores de políticas 8 Estratégias para organização dos serviços e das práticas profissionais Ações parciais e isoladas Linha de cuidado Conjunto de ações coordenadas, de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação, desenvolvidas pelo sistema de saúde ou pelo próprio usuário (autocuidado), pré-estabelecidas, interrelacionadas ou interativas, com um objetivo comum e baseadas em protocolos clínicos, transformando saberes e recursos em uma prática assistencial, uma intervenção específica ou um serviço a ser prestado, com continuidade, coerência e qualidade PESS/NEPP/UNICAMP 9 Mecanismos de gestão do cuidado: a prática Instrumentos operacionais: Prontuário transdisciplinar Relatórios de referência/contra-referência Projeto Terapêutico Multiprofissional e Individualizado Matriciamento Educação em Serviço Protocolos técnicos Protocolos institucionais Protocolos de encaminhamento Sistemas de vigilância sistêmicos ou do serviço Sistemas de Informação clínica Supervisão clínica Monitoramento e auditoria de processos de trabalho 10 Uma LC possível para a questão da violência..... Encartes Manual clínico Prioriza o embasamento teórico científico + Planilha síntese Prioriza os processos de trabalho e os recursos + Fluxograma Prioriza o itinerário 11 LC do atendimento à mulher vítima de violência Ações Atividades Gestão do cuidado Recursos necessários Parcerias necessárias Ações de combate e prevenção Ações voltadas para a adolescente Discriminar as atividades em cada área envolvida e os diferentes serviços Saúde, Assistência social, Jurídica, ONGS, Policial, etc Descrição dos mecanismos de gestão a serem utilizados Recursos humanos e materiais necessários Instâncias que devem ser acionadas para efetivação dessas atividades Ações voltadas para a mulher adulta Discriminar as atividades em cada área envolvida e os diferentes serviços Saúde, Assistência social, Jurídica, ONGS, Policial, etc Descrição dos mecanismos de gestão a serem utilizados Recursos humanos e materiais necessários Instâncias que devem ser acionadas para efetivação dessas atividades Ações de assistência Atendimento da adolescente Discriminar as atividades em cada área envolvida e os diferentes serviços destacando o itinerário Saúde, Assistência social, Jurídica, ONGS, Policial, etc Descrição dos mecanismos de gestão a serem utilizados Recursos humanos e materiais necessários Instâncias que devem ser acionadas para efetivação dessas atividades Atendimento da mulher adulta Discriminar as atividades em cada área envolvida e os diferentes serviços destacando o itinerário Saúde, Assistência social, Jurídica, ONGS, Policial, etc Descrição dos mecanismos de gestão a serem utilizados Recursos humanos e materiais necessários Instâncias que devem ser acionadas para efetivação dessas atividades 12 Fluxograma Paciente Fluxograma do Portador de Hipertensão Início Paciente apresentando sintomas de hipertensão Início Busca Ativa pela Unidade Básica de Saúde B5 B2 B1 OU Avaliação Médica e de Enfermagem/ solicitação de exames/ 3 medidas de PA para confirmação diagnóstica Procurar atendimento na Unidade Básica de Saúde Há confirmação de Hipertensão? Sim Não Orientar paciente quanto a Sim procedimentos de prevenção e retorno semestral Unidade Básica de Saúde PA ≥ 140x90mmHg Não Fim Sim Foi diagnosticado Hipertensão maligna? Sim Fim Encaminhar para Unidade de Urgência/ Emergência Não M1 Elaborar projeto terapêutico individualizado considerando abordagem interdisciplinar e a contra referencia dos especialistas Encaminhar paciente para avaliação diagnóstica e orientação de conduta no AME Sim Não Realizar avaliação interdisciplinar Sim Necessita de avaliação de outra especialidade ? Elaborar projeto terapêutico individualizado considerando abordagem interdisciplinar Necessita de avaliação de especialidade não médica ? Não Acompanhar de acordo com o protocolo estabelecido B3 Acompanhar de acordo com o protocolo estabelecido Realizar reclassificação de risco H1 Foi detectada LOA? Sim Sim O Paciente está controlado ? M5 Há complicações crônicas que exijam atendimento em At. Esp. de Med. Complexidade ? Sim B3 Necessita de Atenção de Urgência/ Emergência ? Sim Não Reavaliar projeto terapêutico B3 Encaminhar para Atenção de Urgência/ Emergência Não Sim U1 Não B3 Sim Encaminhar paciente para o AME Cardiologia M1 Não Foi detectada refratária ou suspeita de LOA ? Não Sim M4 Não M5 Não Encaminhar para avaliação da Oftalmologia e retornar Internação em serviço hospitalar de média complexidade Há intercorrência clínica ? Não M1 Necessita de segmento com especialidade não médica de média complexidade? Necessita de internação em serviço de Alta Complexidade ? Não Internação em serviço Sim hospitalar de alta complexidade T1 Encaminhar paciente para avaliação diagnóstica e orientação de conduta no AME Não Necessita de internação ? Sim U1 PA refratária ou suspeita de LOA ? Há LOA? Sim Encaminhar para Obstetrícia de Alto Risco na At. Especializada Ambulatorial de Média Complexidade Necessita de Instituir Não Atenção de Urgência/ tratamento Emergência anti-hipertensivo ? Sim Encaminhar paciente para investigação clínica se necessário Não Realizar classificação de risco Não A paciente é gestante? Sim PA limítrofe? (de 130 à 139mmHg e de 85 à 89 mmHg) Não Fim O paciente está em crise hipertensiva ? Sim U1 Unidade de Urgência / Emergência OU Avaliação Médica e de Enfermagem/ solicitação de exames Procurar atendimento na Unidade Urgência/ Emergência Há confirmação de hipertensão? Instituir tratamento de urgência/ emergencia O Paciente está em condições de alta da unidade? Sim Não Encaminhar para Internação Sim Há necessidade de procedimentos de alta complexidade ? Não Não Encaminhar para Investigação Clínica na Unidade Básica de Saúde Fim O Paciente já estava em acompanhamento de média complexidade no ambulatório de especialidades? Sim Não Encaminhar à UBS B2 Não O paciente necessita de internação? Sim Sim Encaminhar para serviço de Internação de alta complexidade T1 Encaminhar para a unidade de Internação de média complexidade Fim O Paciente já estava em acompanhamento de alta complexidade? Encaminhar ao serviço ambulatorial de média complexidade Não M2 Sim Encaminhar para acompanhamento paralelo em ambulatório de alta complexidade H1 A1 M1 Avaliação do cadiologista e da enfermagem no AME Solicitar exames laboratoriais/ de imagem/ métodos gráficos de acordo com o caso Necessita encaminhar paciente para avaliação de outros especialistas no AME? Encaminhar para a avaliação da Oftalmologia e retornar Realizar avaliação interdisciplinar Não Realizar procedimentos de diagnóstico/ terapeutico no AME se necessário A PA está controlada e o paciente pode ser acompanhado na UBS ? Sim Encaminhar para a UBS Redefinir novas condutas terapêuticas no AME Sim Atenção Especializada Ambulatorial de média Complexidade Avaliação nas especialidades médicas para as quais o paciente foi encaminhado no AME Não Necessita de acompanhamento paralelo de outras especialidades médicas e não médicas ? Elaborar ou rever projeto terapêutico individualizado considerando abordagem interdisciplinar e a contra referencia dos especialistas Encaminhar para o AE B5 Solicitar exames e definir conduta M4 Solicitar exames e definir conduta Sim Emitir contra referência para a UBS e encaminha para AE Reavaliar o projeto terapêutico individualizado Acompanhar paciente em paralelo – UBS e AE Definir plano de cuidado Emitir contra referência do Ambulatório de Especialidades para a UBS periodicamente Necessita de avaliação das especialidades não médicas ? Sim Não Necessita de Atenção de Urgência/ Emergência ? Não Sim Não B2 B3 Encaminhar para Sim a UBS Sim Necessita de acesso rápido para realizar procedimentos de diagnóstico ou terapêuticos ? Não Não O paciente necessita de seguimento com a especialidade ? Há intercorrência clínica ? Acompanhamento paralelo com outras especialidades médicas e não médicas Emitir contra referência para a Cardiologia do AME Avaliação nas especialidades médicas para as quais o paciente foi encaminhado no AME Não Acompanhar de acordo com o protocolo estabelecido Não Sim O paciente está controlado ? Necessita de Internação? Sim Não M2 Necessita de procedimento ambulatorial de alta Complexidade ? Sim Reavaliar projeto Não terapêutico Encaminhar para Atenção de Urgência/ Emergência Sim U1 Encaminhar para o AME e retornar Necessita de internação em serviço de Alta Complexidade ? Não Internação em serviço hospitalar de média complexidade Sim Internação em serviço hospitalar de alta complexidade T1 H1 M5 M3 Avaliação nas especialidades não médicas para as quais o paciente foi encaminhado no AME M5 O paciente necessita de seguimento com a especialidade não médica? Sim Definir plano de cuidado Emite contra referência para a UBS e encaminha para AE Acompanhar paciente em paralelo – UBS e AE Encaminhar para acompanhamento paralelo em ambulatório de alta complexidade Emitir contra referência do AE para a UBS periodicamente Não Encaminhar paciente para a UBS com a contra referência B3 Atenção Especializada Ambulatorial de Alta Complexidade A1 Avaliação Médica/ de Enfermagem/ e solicitação de exames Realizar avaliação interdisciplinar se necessário Elaborar projeto terapêutico individualizado considerando abordagem interdisciplinar O Projeto terapêutico prevê procedimento cirúrgico? Acompanhar de acordo com o protocolo estabelecido Não Há intercorrência clínica ? Não Sim Sim Reavaliar projeto terapêutico Acompanhamento paralelo com o serviço de atendimento ambulatorial de média complexidade M3 Internação em serviço hospitalar de alta complexidade Não Não Necessita de Sim Internação? Sim Internação em serviço hospitalar de alta complexidade Necessita de acesso rápido para realizar procedimentos de diagnóstico ou terapêuticos? T1 Não Necessita de Atenção de Urgência/ Emergência? Sim Sim Encaminhar para Atenção de Urgência/ Emergência Encaminhar para AME e retornar T1 U1 Atenção Especializada Hospitalar de Alta Complexidade Atenção Especializada Hospitalar de Média Complexidade H1 Internar o paciente Avaliação Médica / de Enfermagem/ e solicitação de exames Realizar avaliação interdisciplinar Realizar classificação de risco Há Loa ou suspeita de LOA? LOA Solicitar interconsulta para avaliação de outros especialistas Elaborar e implementar projeto terapeutico individualizado com abordagem interdisciplinar Acompanhamento interdisciplinar de acordo com o protocolo estabelecido Ocorreu Alta Hospitalar ? Sim Não Supeita Há necessidade de exames complementares para confirmação de LOA ? Não Sim Sim Há confirmação de LOA ? Não O paciente está em acompanhamento no Ambulatório de Média Complexidade ? Retorno ao serviço ambulatorial de média complexidade M2 Encaminhar para UBS Sim B1 Necessita de internação em serviço hospitalar de Alta Complexidade ? Não Não Sim Não Há intercorrência clínica ? Sim Internação em serviço hospitalar de alta complexidade T1 Reavaliar projeto terapêutico individual T1 Internar o paciente Avaliação Clínica de Enfermagem/ Médica e solicitação de exames Realizar avaliação interdisciplinar Elaborar e implementar projeto terapeutico individualizado Acompanhamento interdisciplinar de acordo com o protocolo estabelecido Ocorreu Alta Hospitalar ? Não Sim O paciente está em acompanhamento no Ambulatório de Média Complexidade ? Não Encaminhar para o serviço de média complexidade Sim Necessita de procedimento ambulatorial de alta complexidade? Sim Acompanhamento ambulatório de alta complexidade paralelo com ambulatorio de média complexidade M3 Não Retorno ao serviço ambulatorial de média complexidade M2 M1 Legenda: UBS – Unidade Básica de Saúde AE - Ambulatório de Especialidades AME - Ambulatório Médico de Especialidades LOA - Lesão de Órgãos Alvo 13 14 LC do atendimento à mulher vítima de violência Ações Atividades Gestão do cuidado Recursos necessários Parcerias necessárias Ações de combate e prevenção Ações voltadas para a adolescente Discriminar as atividades em cada área envolvida e os diferentes serviços Saúde, Assistência social, Jurídica, ONGS, Policial, etc Descrição dos mecanismos de gestão a serem utilizados Recursos humanos e materiais necessários Instâncias que devem ser acionadas para efetivação dessas atividades Ações voltadas para a mulher adulta Discriminar as atividades em cada área envolvida e os diferentes serviços Saúde, Assistência social, Jurídica, ONGS, Policial, etc Descrição dos mecanismos de gestão a serem utilizados Recursos humanos e materiais necessários Instâncias que devem ser acionadas para efetivação dessas atividades Ações de assistência Atendimento da adolescente Discriminar as atividades em cada área envolvida e os diferentes serviços destacando o itinerário Saúde, Assistência social, Jurídica, ONGS, Policial, etc Descrição dos mecanismos de gestão a serem utilizados Recursos humanos e materiais necessários Instâncias que devem ser acionadas para efetivação dessas atividades Atendimento da mulher adulta Discriminar as atividades em cada área envolvida e os diferentes serviços destacando o itinerário Saúde, Assistência social, Jurídica, ONGS, Policial, etc Descrição dos mecanismos de gestão a serem utilizados Recursos humanos e materiais necessários Instâncias que devem ser acionadas para efetivação dessas atividades 15 [email protected] 16