TC 2 – 2ª FASE UECE 2013.1 PROFESSOR VASCO VASCONCELOS 1. Três cargas elétricas possuem a seguinte configuração: A carga q0 é negativa e está fixa na origem. A carga q1 é positiva, movimenta-se lentamente ao longo do arco de círculo de raio “R” e sua posição angular varia de 1 0 a 1 [radianos]. A carga q2 está sobre o arco inferior e tem posição fixa dada pela coordenada angular 2 . O sistema de coordenadas angulares é o mesmo para as cargas q1 e q2 e suas posições angulares são definidas por 1 e 2 respectivamente (ver desenho). As componentes Fx e Fy da força elétrica resultante atuando na carga q0 são mostradas nos gráficos abaixo. Baseado nestas informações qual das alternativas abaixo é verdadeira? a) As três cargas possuem módulos iguais, q2 é positiva e está fixa em uma coordenada 2 (3 / 2). q q q b) As cargas 1 e 2 possuem módulos diferentes, 2 é positiva e está fixa em uma (5 / 3). coordenada 2 q q q c) As cargas 1 e 2 possuem módulos diferentes, 2 é positiva e está fixa em uma (3 / 2). coordenada 2 d) As cargas q1 e q2 possuem módulos diferentes, q2 é positiva e está fixa em uma coordenada 2 (3 / 2). Solução: Observe que quando 1 Fx =0, o que nos leva à seguinte configuração: 2 Nesta configuração observamos que a força resultante é negativa (sentido contrário ao de y). Como a força entre q1 , q2 e q0 é atrativa (sentido positivo de y) devemos ter uma força atrativa entre q2 e q0 (sentido contrário ao de y) maior que a primeira. Portanto, q2 deve ser positiva e maior que q1 . Opção correta: d 2. No circuito representado pela figura abaixo, estando o capacitor completamente carregado, leva-se a chave K da posição A para a posição B. A quantidade de energia, em mJ dissipada pelo resistor de 1Ω , após essa operação, é igual a a) 5,0 b) 10 c) 25 d) 50 Solução: Dados: U0 = 100 V; C = 13 μF = 13 × 10–6 F; R1 = 10 Ω; R2 = 5 Ω e R3 = 1 Ω. A figura mostra o circuito com o capacitor carregado, a chave fechada em B e os três resistores através dos quais é efetuada a descarga de energia. À medida que vai ocorrendo a descarga, a tensão (U) no capacitor vai diminuindo, diminuindo igualmente a tensão em cada um dos resistores, pois eles estão em paralelo, ligados ao capacitor. O tempo de descarga (Δt) também é igual ao tempo de funcionamento dos três resistores. O capacitor está carregado quando está sob tensão igual à da bateria, ou seja, U0 = 100 V. A energia potencial elétrica (EP) armazenada no capacitor é: 6 CU02 13 10 100 13 106 104 EP 0,065 J 2 2 2 EP 65 mJ. 2 Essa energia é descarregada (dissipada) através dos resistores por efeito Joule: EP E1 E2 E3 . (I) Lembrando que a energia dissipada em um resistor é U2 E t , podemos obter as energias dissipadas em R1 e R2, em função da energia dissipada R em R3. Assim: U2 t R E1 R1 1 2 3 E1 E3 . (II) E3 U t R1 10 R3 Analogamente, obtemos 1 E2 E3 . (III) 5 Substituindo (II) e (III) em (I): 1 2 10 1 1 EP E3 E 3 E 3 E3 10 5 10 EP 50 J. Opção correta: d EP 13 E3 10 E3 10 10 EP 65 13 13 3. Seis fios, com o mesmo comprimento ,constituídos de um mesmo material e todos com a mesma área de secção transversal (constante), estão ligados entre os pontos A e B como mostra a figura. O sistema de fios recebe em A uma corrente elétrica de intensidade 22A. As intensidades de corrente i1, i2 e i3 são, respectivamente: a) 4 A, 12 A e 6 A b) 10 A, 8 A e 4 A c) 12 A, 4 A e 6 A d) 2 A, 15 A e 5 A 4. Um pêndulo simples é construído com uma esfera metálica de massa m = 1,0 × 10-4 kg carregada com uma carga elétrica de 3,0 × 10-5 C e um fio isolante de comprimento l = 1,0 m de massa desprezível. Esse pêndulo oscila com período P num local em que g = 10,0 m/s2. Quando um campo elétrico uniforme e constante E é aplicado verticalmente em toda a região do pêndulo o seu período dobra de valor. A intensidade do campo elétrico E é de: a) 6,7 × 105 N/C b) 42 N/C c) 33 N/C d) 25 N/C 5. As figuras I, II, III e IV são partes de um circuito RC cuja corrente i tem o sentido convencional. Analise as figuras e assinale dentre as alternativas abaixo a que apresenta corretamente as diferenças de potenciais entre os diversos pontos do circuito. Resposta: c 6.Considere um arranjo em forma de tetraedro construído com 6 resistências de 100, como mostrado na figura. Pode-se afirmar que as resistências equivalentes R(AB) e R(CD) entre os vértices A, B e C, D, respectivamente, são: a) R(AB) = R(CD) = 33,3 b) R(AB) = R(CD) = 50 c) R(AB) = R(CD) = 66,7 d) R(AB) = R(CD) = 83,3 07.Um circuito elétrico é constituído por uma fonte de tensão constante de 120V e dois resistores de resistências R1=20 e R2=50, conforme o esquema a seguir. Com um voltímetro de resistência interna igual a 200 mede-se a ddp entre as extremidades A e B do resistor R‚. O voltímetro indicará, em volts, a) 120 b) 100 c) 80 d) 60 08. Considere o circuito e os valores representados no esquema a seguir. O amperímetro ideal A deve indicar uma corrente elétrica, em ampéres, igual a: a) 1,3 b) 1,0 c) 0,75 d) 0,50 09. O período de um satélite que se encontra em órbita circular, de raio r, em torno do centro da Terra, cuja massa é M, é dado por: Resposta: e 10. A maior velocidade de rotação possível em torno de seu eixo para um planeta de densidade média é aquela em que a força gravitacional sobre corpos no equador fornece apenas a força centrípeta necessária para a rotação. O período de rotação mínimo, em função da densidade do planeta e da constante G da gravitação universal, correspondente a tais condições é: Resposta: b 11. (Uftm 2012) Em um recente acidente de trânsito, uma caminhonete de 1,6 tonelada, a 144 km/h, atingiu outro veículo, em uma grave colisão frontal, e conseguiu parar somente a 25 metros de distância do abalroamento. A intensidade média da força resultante que agiu sobre a caminhonete, do ponto do impacto ao de paragem, foi, em newtons, igual a a) 51 200. b) 52 100. c) 65 000. d) 72 400. Resposta:[A] Dados: v 0 144 km / h 40 m / s; v 0; DS 25 m,m 1,6 t 1.600 kg Calculando o tempo de frenagem: v v0 40 0 ΔS Δt 25 Δt Δt 1,25 s. 2 2 Supondo movimento retilíneo durante a paragem, aplicando o Teorema do Impulso: m Δv 1600 40 IR m Δv R Δt m Δv R Δt 1,25 R 51.200 N. 12. (Uftm 2012) Num trecho plano e horizontal de uma estrada, um carro faz uma curva mantendo constante o módulo da sua velocidade em 25 m/s. A figura mostra o carro em duas posições, movendo-se em direções que fazem, entre si, um ângulo de 120°. Considerando a massa do carro igual a 1 000 kg, pode-se afirmar que, entre as duas posições indicadas, o módulo da variação da quantidade de movimento do veículo, em (kg m)/s, é igual a a) 10 000. b) 12 500. c) 25 000. d) 12 500 2. Resposta:[C] Apesar de a velocidade do veículo não mudar em relação a sua intensidade (25 m/s), devemos lembrar que a velocidade é uma grandeza vetorial, e, como tal, a mudança do seu sentido e direção implica na sua variação. Como a quantidade de movimento também é uma grandeza vetorial definida como o produto da massa de um corpo pela velocidade, a mudança da velocidade implica na sua variação. Observe as ilustrações: Assim, o vetor da variação d quantidade de movimento é dado por: ΔQ QF Q0 Agora que encontramos o vetor da variação da quantidade de movimento, devemos notar que devido ao ângulo formado entre o vetor Q0 e QF ser de 60° e ainda que | Q0 |=| QF |, o triângulo formado pelos vetores acima é equilátero. Assim sendo: | ΔQ |=m.| v 0 | = 1000.25 ΔQ 25000kg.m / s 13. (Uftm 2012) Um pedreiro, ao mover sua colher, dá movimento na direção horizontal a uma porção de massa de reboco, de 0,6 kg, que atinge perpendicularmente a parede, com velocidade de 8 m/s. A interação com a parede é inelástica e tem duração de 0,1 s. No choque, a massa de reboco se espalha uniformemente, cobrindo uma área de 20 cm2. Nessas condições, a pressão média exercida pela massa sobre os tijolos da parede é, em Pa, a) 64 000. b) 48 000. c) 36 000. d) 24 000. Resposta:[D] Analisando o problema através do teorema fundamental do impulso, temos: I ΔQ Cuja análise escalar resulta: F.Δt m. Δv Em que F representa a força média executada sobre a parede. Assim sendo: F F m. Δv Δt 0,6.8 48N 0,1 Sendo a área da atuação da força igual a 20 cm 2, temos: p F 48 480000 A 20.104 20 p 24000Pa 14. (Ifsp 2011) Existe um brinquedo de criança que é constituído de um pêndulo de três bolinhas de mesma massa e comprimentos iguais. A brincadeira consiste em abandonar uma bolinha X de uma altura H, acima das outras duas Y e W, que estão em repouso (figura 1). Quando a bolinha X colidir com as duas, todas ficam grudadas e o conjunto atinge uma altura h acima da posição inicial de Y e W (figura 2). Se desconsiderarmos qualquer tipo de atrito, o valor de h em função de H será de: H a) 2 H b) 3 H c) 6 H d) 9 Resposta:[D] O brinquedo é conhecido no meio Físico como Pêndulo de Newton. Seja M a massa de cada bolinha. – Calculando a velocidade da bolinha X antes do choque (Va), pela conservação da energia mecânica: M Va2 M g H Va = 2 g H . (I) 2 – Usando a conservação da quantidade de movimento, calculamos a velocidade (Vd) do sistema formado pelas três bolinhas, depois do choque. V sistema Qantes Qsistema M Va 3M Vd Vd a . (II) depois 3 Combinando (I) e (II): 2 gH Vd . (III) 3 – Pela conservação da energia mecânica do sistema formado pelas três bolinhas, l depois do choque, calculamos a altura final (h). 3 M Vd2 3 M g h Vd2 2 g h. (IV) 2 2 2 gH 2 gh Substituindo (III) em (IV): 3 2 gH 9 2 gh h H 9 15. Uma esfera A é largada, a partir do repouso, do ponto mais alto de uma calha, cujo trilho possui uma parte em forma de “looping” (circulo), como mostra a figura 1. A distância horizontal atingida pela esfera A até tocar o solo é XO 1 m . Em seguida, a mesma esfera A é largada do mesmo ponto anterior, a partir do repouso, e colide frontalmente com uma segunda esfera B colocada em repouso na extremidade horizontal da calha (ponto C na figura 1). Ambas atingem as distâncias horizontais X A 0,3 m e XB 0,6 m , respectivamente. Desprezando-se a resistência do ar e considerando-se a aceleração da gravidade g, constante, o coeficiente de restituição do choque, entre as duas esferas, vale a) 0,3. b) 0,5. c) 0,7. d) 0,9. Resposta:[A] O tempo de queda ( t) é o mesmo nos três casos, pois independe da massa e da velocidade inicial, como mostrado abaixo: h 1 g t 2 2 t 2h . g Após abandonar a calha, a velocidade horizontal de cada esfera permanece constante para os três lançamentos, sendo igual a razão entre a distância horizontal percorrida e o tempo de queda. X0 1 v 0 t t ; X 0,3 Assim, temos: v A 0 ; t t X0 0,6 v B t t . O coeficiente de restituição no choque é dado pela razão entre velocidades relativas de afastamento v B v A e de aproximação v 0 . 0,6 0,3 vB v A t 0,3 e t 1 v0 1 t e 0,3.