ISSN 1984-9354 AJUSTE DE STRIKE PARA LANÇAMENTO COBERTO DE CALL (PETR4) Aneli Cristiana de Oliveira, Alexandre Lemes Sanches (Fatec de Bragança Paulista - Jornalista Omair Fagundes de Oliveira) Resumo: O evidente estudo visa analisar o strike ideal de um lançamento coberto de uma call, para tanto, realizou se uma revisão terminológica em conceitos voltados às opções assim como uma simulação com quatro strikes diferentes, tomando como base o valor da cotação no dia do lançamento, logo após monitor ou se a reação do mesmo ativo objeto no mercado de capitais no decorrer do período vigente para o exercício da opção, a fim de diagnosticar em qual momento deveria o lançador mudar de estratégia para alavancar a rentabilidade ou se proteger. Todavia verifica se e mostra o strike ideal na visão dos autores, utilizando se da estratégia rolagem. Palavras-chaves: Mercado de Opções; Strike; Call; Rolagem X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 INTRODUÇÃO No mercado de opções é de fundamental importância que o investidor tenha informações com precisão, principalmente para não precipitar se nas tomadas de decisão em relação a seus investimentos. Este artigo tem como objetivo analisar e definir qual o Strike (preço de exercício de uma opção) ideal, de um lançamento coberto, para o melhor resultado de um investidor diminuindo seu risco e obtendo lucro na operação. Para esta analise foi realizada uma simulação de uma Call (opção de compra) PETR4 (ação da empresa Petrobrás) no dia dezenove de setembro de dois mil e treze, com data de exercício para dezessete de dezembro do mesmo ano. Os valores utilizados nesta simulação tiveram como base a cotação da data, ou seja, valores das operações efetuadas naquele dia pela BM&FBOVESPA (Bolsa de Valores de São Paulo). Próximo ao dia de exercício da opção os resultados analisados do experimento chega ao strike ideal. Para abordar este tema houve necessário definir alguns conceitos referentes ao Mercado de Derivativos que segundo a Comissão de Valores Mobiliários “(...) mercado de extrema importância atual pelo papel que desempenham na administração de riscos dos participantes e para desenvolvimento de estratégias mais sofisticadas de investimento”. (CVM, 2013, p.13) para estas definições utilizou se o próprio site da BM&FBOVESPA, onde são negociadas estas opções, além de livros específicos em conceitos, operações e estratégia deste mercado o qual segundo Bessada, Barbedo e Araújo: “(...) permite uma grande alavancagem de posição.” (BESSADA; BARBEDO; ARAÚJO, 2009, p.180). Para Cavalcante: “O mercado de opções permite a alavancagem dos recursos.” e ainda “(...) o risco neste mercado é bastante elevado.” (CAVALCANTE; MISUMI; RUDG, 2009, p.174). Investimentos arriscados requer maior cautela e analise, a estratégia de cobrir uma Call aumenta a segurança e diminui o risco, porém, diminui também o ganho, para Silva Neto “(...) a mitigação do risco implica, como era de se esperar, no aumento do custo ou limitação da possibilidade de ganho.” (SILVA NETO b, 2010, p.44). 2 X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 A relevância do artigo é trazer a informação de como o investidor poderá obter lucro no mercado de opções quando a operação escolhida for um lançamento coberto. Dentre as inúmeras possibilidades deste mercado competitivo e alavancado uma analise de estratégias é de grande importância. A metodologia utilizada neste artigo é a pesquisa normativa e experimental. Pesquisa normativa por desenvolver uma estratégia na forma de investir em opções, segundo Bertrand e Fransoo ela “(...) está primariamente interessada no desenvolvimento de políticas, estratégias e ações para aperfeiçoar os resultados disponíveis na literatura existente, para encontrar uma solução ótima para novas definições de problemas (...)” (BERTRAND; FRANSOO, 2002). E pesquisa experimental por analisar dados registrados pela BMF&BOVESPA procura as causas e uma solução para Severino o experimento: “(...) além de registrar e analisar os fenômenos estudados busca identificar suas causas, seja através da aplicação do método experimental/matemático, (...)”. (SEVERINO, 2007, p.123). Experimental porque neste método se mostra o resultado, este tipo de metodologia é de grande importância Bryman acredita que:“(...) sua importância particular é permitir ao investigador fazer fortes considerações sobre casualidades - que uma coisa tem feito sobre outra (...).” (BRYAMAN, 1989, p.71). Neste método o pesquisador pode afirmar o porquê do resultado que obteve. Ainda segundo Bryman: “(...) os pesquisadores que empregam pesquisas experimentais conseguem estabelecer causa e efeito, o experimento é frequentemente visto como modelo de pesquisa (...)”. (BRYAMAN, 1989, p.71). 3 X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 4 X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 2. REFERENCIAL TEÓRICO Nesta seção serão descritos alguns termos e conceitos sobre o assunto, para melhor entendimento do estudo. 2.1 MERCADO DE OPÇÕES Opções para Silva Neto “ é um instrumento que dá a seu titular, ou comprador, um direito futuro sobre algo, mas não uma obrigação; e a seu lançador, ou vendedor, uma obrigação futura, caso solicitado pelo titular da opção” (SILVA NETO b, 2010, p.17). Podemos assim dizer que o mercado de opções nada mais é a venda de um direito e uma obrigação que será realizado em datas distintas. O mesmo Silva Neto ainda conclui: Podemos dizer que o vendedor de uma opção está, na verdade, vendendo um direito para alguém (o comprador da opção) faça algo em data futura a suas custas. Comprador da opção paga em data presente o prêmio, ou preço da opção, e essa é a remuneração do vendedor do título, por ter assumido a responsabilidade de tomar uma posição no mercado em data futura se assim o solicitar o comprador da opção. (SILVA NETO a, 2010. p. 87). Opções não deixam de ser um investimento de risco devido sua volatilidade este mercado segundo Bessada, Barbedo e Araújo: “é dotado de grande flexibilidade, permitindo uma gama de estratégias operacionais que dão aos agentes econômicos, diversas alternativas, tanto especulativas como de proteção (hedge), (...)”. Este mercado faz parte dos Derivativos que segundo os mesmos autores: “São ativos cujos valores dependem dos valores de outras variáveis mais básicas. Por exemplo, o valor de uma opção de ação depende do preço da ação em questão.” (BESSADA; BARBEDO; ARAÚJO, 2009, p.20). A Comissão de Valores Mobiliários ainda nos lembra de que “(...) derivativos são ativos de renda variável, ou seja, não oferecem ao investidor rentabilidade garantida, previamente conhecida. Por não oferecer uma garantia de retorno, devem ser considerados como investimentos de risco.” (CVM, 2013, p.294). Investimento arriscado mais rentável cabe ao seu investidor conhecer e definir a melhor estratégia dentro do seu perfil, conservador ou mais ousado, a Comissão de Valores ainda completa que: “O Mercado de Derivativos é utilizado com diferentes propósitos são eles: Hedge (Proteção), Arbitragem, Especulação.” (CVM, 2013, p.282). Para Bessada, Barbedo e Araújo: “Hedgers são agentes econômicos que desejam se proteger dos riscos derivados das flutuações adversas nos preços de commodities, (matéria prima) taxas de juros, moedas estrangeiras ou ações. O hedger busca reduzir o risco.” (BESSADA; BARBEDO; ARAÚJO, 5 X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 2009, p.22). Enquanto os especuladores em busca de um alto retorno bancam os que tentam se proteger, Bessada, Bardedo e Araújo os definem como: “Especuladores são agentes econômicos, pessoas físicas ou jurídicas que estão dispostos a assumir os riscos das variações de preços, motivados pela possibilidade de ganhos financeiros.” (BESSADA; BARBEDO; ARAÚJO, 2009, p.26). No meio termo estão os arbitradores se equilibram entre um e outro e tiram proveito deste sobe e desce do mercado até enquanto o vencimento não chega. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários: Arbitragem significa tirar proveito da diferença de preços de um mesmo produto negociado em mercados diferentes. O objetivo é aproveitar as discrepâncias momentâneas que eventualmente acontecem no processo de formação de preços dos diversos ativos e mercadorias e entre vencimentos. (CVM, 2013, p.283). Para Bessada, Barbedo e Araújos os arbitradores são: “(...) responsáveis, portanto, pela manutenção de uma relação de equilíbrio entre preços à vista em diferentes mercados e pelo equilíbrio entre preços e futuros e à vista.” (BESSADA; BARBEDO; ARAÚJO, 2009, p.26). 2.2 TERMINOLOGIA Para melhor entendimento do mercado de opções veremos a seguir alguns termos e suas definições, segundo autores pesquisados para a fundamentação deste estudo. O titular é o comprador, Bessada, Barbedo e Araújo o definem como: “Quem compra a opção (ou seja, quem paga o prêmio), assumindo assim os direitos a ela vinculados, podendo escolher se quer ou não exercê-la.” (BESSADA; BARBEDO; ARAÚJO, 2009, p.181). Quem vende é chamado de lançador, segundo os mesmos autores, lançador é: “Aquele que vende a opção (ou seja, quem recebe o prêmio), assumindo assim a obrigação de vender ou comprar o ativo-objeto até uma determinada data pelo preço preestabelecido.” (BESSADA; BARBEDO; ARAÚJO, 2009, p.181). O preço pago pela opção é chamado de prêmio e o preço estabelecido para a compra do ativo-objeto o qual a opção pertence de strike, definidos por Bessada, Barbedo e Araújo respectivamente como: “Preço de mercado da opção ou preço da negociação da opção ou, ainda, cotação da opção em bolsa ou balcão” e “É o preço preestabelecido para a compra ou venda do ativo-objeto. (...) o lançador deve pagar ao titular se este exercer seu direito de vender o ativoobjeto”. (BESSADA; BARBEDO; ARAÚJO, 2009, p. 181). 6 X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 Existem dois tipos de opções a primeira é a opção de vender, conhecidas também como put, a qual para Bessada, Barbedo e Araújo é a: “modalidade em que o titular possui o direito de vender ao lançador o ativo-objeto por um preço predeterminado.” (BESSADA; BARBEDO; ARAÚJO, 2009, p.181). No Brasil este tipo de opção é exercida apenas na data do vencimento esta característica a classifica como opção europeia segundo Cavalcante, Misumi e Rudge opção europeia é quando o “titular tem o direito de comprar ou vender o ativo-objeto ao preço de exercício apenas na data do vencimento”. (CAVALCANTE; MISUMI; RUDGE, 2009, p.172). A segunda é a opção de comprar conhecida também como call, ou seja, o comprador comprar o direito de comprar um ativo-objeto caso este lhe seja vantajoso Bessada, Barbedo e Araújo define call como: “Opção de compra, modalidade em que o titular possui o direito de comprar do lançador o ativo-objeto por um preço predeterminado.” (BESSADA; BARBEDO; ARAÚJO, 2009, p.181), ao contrário da put a call pode ser exercida a qualquer momento não tendo que esperar até o dia do vencimento isto a faz uma opção americana a qual Cavalcante, Misumi e Rudge define como “quando titular tem o direito de comprar ou vender o ativo-objeto ao preço de exercício a qualquer momento até a data de vencimento do mercado.” (CAVALCANTE; MISUMI; RUDGE, 2009, p.172). Tabela 1 – As Principais Diferenças Das Opções Call e Put POSIÇÃO CALL PUT Titular / Comprador Direito, mas não a obrigação, Direito, mas não a obrigação de comprar. de vender. Obrigação de vender Obrigação de comprar Lançador / Vendedor Fonte: Autoria própria baseada em dados da BM&FBOVESPA A precificação da opção mais comum no Brasil é o modelo de Black Scholes. O qual Bessada, Barbedo e Araújo definem como: O modelo apreça opções europeias de compra e de venda em função do preço do ativoobjeto no mercado à vista (S), do preço de exercício (K), do tempo para o vencimento da opção (t), da taxa de juros livre de risco (r), e da volatilidade dos retornos do ativo-objeto (σ). (...) o prêmio de compra de uma opção de compra (c) pode ser descrito como função destas variáveis: c = f(S,K,t,r,σ). (BESSADA; BARBEDO, ARAÚJO, 2009, p.250) 7 X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 Modelo Black Scholes 2.3 CODIFICAÇÃO DE OPÇÕES As opções são escritas em formas de códigos, PETRL19 onde primeiras letras fazem referência da mercadoria, a última letra o tipo da opção o seu mês de vencimento, e por fim o valor do Strike. Tabela 2 - Letras que identificam o tipo e o mês de vencimento da opção TIPO DE OPÇÃO VENCIMENTO COMPRA VENDA MÊS A M JANEIRO B N FEVEREIRO C O MARÇO D P ABRIL E Q MAIO F R JUNHO G S JULHO H T AGOSTO I U SETEMBRO J V OUTUBRO K X NOVEMBRO L Z DEZEMBRO Fonte: BM&FBOVESPA, 2014 3 A APLICAÇÃO No dia dezenove de setembro de dois mil e treze realizou se uma simulação de quatro Calls da PETR4 para serem exercida em dezessete de dezembro de dois mil e treze PETRL com Strikes 16, 17, 18, 19 os dois primeiro abaixo do valor da cotação do dia e os demais acima do valor da cotação. 3.1 O LANÇAMENTO O valor do prêmio foi simulado pelo próprio site da BMF&BOVESPA em cotações rápidas na tabela a seguir valores da simulação no dia do lançamento: 8 X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 Tabela 3 – Início da simulação as opções lançadas e seus respectivos strikes e prêmios Início da Operação: 19/09/13 Cotação do Dia R$ 17,85 Produto (Call) Strike Valor do Prêmio PETRL16 R$ 16,00 R$ 3,45 PETRL17 R$ 17,00 R$ 3,90 PETRL18 R$ 18,00 R$ 2,19 PETRL19 R$ 19,00 R$ 1,68 Fonte: Autoria própria baseada em dados da BMF&BOVESPA Os valores do prêmio mostram que quanto mais perto o strike estiver da cotação, maior a rentabilidade, e também mostram que strikes fora do dinheiro, ou seja, com valor menor que a cotação a rentabilidade é maior ainda assim como também o risco, neste caso, o prêmio rende bem, porém o risco de ficar sem o ativo e ter de comprá-lo no futuro mais caro é maior. A seguir gráfico com o comportamento do lançamento: Figura 1 – Comportamento do lançamento coberto Fonte: Autoria própria 3.2. O ACOMPANHAMENTO 9 X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 Após o lançamento realizou se um acompanhamento semanal para analisar a volatilidade deste ativo objeto PETRL, a seguir a cotação semanal registrada. Tabela 4 – Cotações Semanais Para a Elaboração do Estudo DATAS COTAÇÕES 27/09/2013 18,48 04/10/2013 18,67 11/10/2013 18,10 18/10/2013 17,93 25/10/2013 18,54 01/11/2013 19,86 08/11/2013 19,64 14/11/2013 20,45 22/11/2013 20,67 29/11/2013 19,12 06/12/2013 17,23 13/12/2013 17,03 17/12/2013 16,80 Fonte: Autoria própria baseada em dados da BM&FBOVESPA A cotação manteve se com pouca variação na última semana de setembro, e no decorrer do mês de outubro, em novembro apresentou alta nas primeiras semanas, porém no mês de dezembro só apresentou queda até a data do exercício. A seguir gráfico com a variação. Figura 2 – Cotações ao longo do período 10 X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 Fonte: Autoria própria baseada em dados da BM&FBOVESPA 3.4 RESULTADO Para o lançador da Call coberta o ideal é que não ocorra o exercício assim ele ganha o valor do prêmio e não se desfaz do ativo objeto, quando o exercício acontece ele perde o ativo objeto e seu prejuízo pode ser todo investimento, mas mesmo que o exercício aconteça, ele ainda pode ganhar um pouco, a seguir possíveis resultados do lançador no experimento estudado, importante ressaltar que no evidente estudo não considerou os custos de transações tais como emolumentos, taxas de liquidação, permanência, registro e tributos. Strike – Cotação + Prêmio = Lucro do Lançador (quando a cotação maior que o strike não dá exercício) Tabela 5 – Resultados da Simulação COTAÇÃO STRIKES 16 17 18 19 16 17 18 19 R$ 3,45 R$ 3,90 R$ 2,19 R$ 1,68 R$ 2,45 R$ 3,90 R$ 2,19 R$ 1,68 R$ 1,45 R$ 2,90 R$ 2,19 R$ 1,68 R$ 0,45 R$ 1,90 R$ 1,19 R$ 1,68 PRÊMIO R$ 3,45 R$ 3,90 R$ 2,19 R$ 1,68 Fonte: Autoria própria 11 X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 Dias antes do exercício o ativo objeto se mostrava com tendência de queda e deixar a opção ser exercida seria um risco grande, tomando como base que o ativo objeto mantinha se nas casas de 17, 16 poderia ficar em 16 como poderia cair para 15. Assim sendo para proteção do investimento e pensando na rentabilidade a melhor estratégia seria se utilizar de rolagem para frente, com exercício para o próximo ou mais meses, neste caso para o próximo mês, e no dinheiro, ou seja, recomprar a opção e relançar no mesmo valor da cotação. A seguir resultado da rolagem para frente no dinheiro: PETR4 (Preço Pago)= 17,85 PETRL17 (Str 17,00)= 0,30 PETRA17 (Str 17,00+30D)= 0,86 Cotação AO= Diferença Prêmio= Margem de Rolagem Θ= 17,03 0,56 3,14% Uma segunda opção de rolagem seria para frente, e para cima podendo ser 1 acima (1 valor acima da cotação) desta forma acreditando se também na valorização do investimento a longo prazo. A seguir resultado da rolagem para frente 1 acima do dinheiro: PETR4 (Preço Pago)= 17,85 PETRL17 (Str 17,00)= 0,30 PETRA17 (STR 18,00+30D)= 0,45 Cotação AO= Diferença Prêmio= Margem de Rolagem Θ= 17,03 0,15 0,84% Ainda utilizado se da rolagem para frente e para cima, poderia se rolar para frente e 2, 3,4 acima do dinheiro, esta estratégia poderia ser uma boa opção caso o mercado estivesse se apresentado em 12 X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 alta o que não é o caso do experimento sendo assim teríamos um prejuízo. A seguir resultado da rolagem para frente 2 acima do dinheiro: PETR4 (Preço Pago)= 17,85 PETRL17 (Str 17,00)= 0,30 PETRA17 (STR 19,00+30D)= 0,21 Cotação AO= 17,03 Diferença Prêmio= -0,09 Margem de Rolagem Θ= -0,50% A rolagem pode ser feita também para baixo, ou seja, rolar a opção para frente 1, 2, 3 abaixo (abaixo do valor da cotação). Neste caso o valor do prêmio seria bem mais rentável, porém o risco também seria muito maior, além do que o próprio investidor não estaria acreditando no investimento que fez, o qual em queda perderia na desvalorização do ativo objeto. A seguir o resultado da rolagem para frente 1 abaixo da cotação: PETR4 (Preço Pago)= 17,85 PETRL17 (Str 17,00)= 0,3 PETRA17 (Str 16,00+30D)= Cotação AO= Diferença Prêmio= Margem de Rolagem Θ= 1,46 17,03 1,16 6,50% O objetivo da rolagem é tentar neutralizar o risco recomprando a opção com valor mínimo, já que a mesma esta preste a vencer perdendo valor no mercado, e embolsar o dinheiro do novo prêmio ganhando rentabilidade e liquidez. CONCLUSÃO 13 X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 Com o presente estudo é possível concluir que o ajuste do strike se faz observando o mercado e a cotação do ativo objeto dias antes do exercício da opção. O investidor lançador da opção deve dispor de tempo para analisar como o ativo objeto esta se comportando no mercado e assim se posicionar em relação ao se novo lançamento. A rolagem será feita com critérios estratégicos a partir desta analise. Neste experimento o ativo objeto se apresentou em queda e nos mostrou que o strike “ideal” para o dia do exercício foi no dinheiro, ou seja, o strike 18 não deu exercício sendo assim o investidor não se desfez do ativo objeto e ainda teve uma rentabilidade de R$ 2,19 o que é mais de 12% na operação em 3 meses. Na rolagem o strike “ideal” também se mostra no dinheiro, rolar para frente e no valor da cotação se mostrou a estratégia com menos risco e ainda garantiu a rentabilidade de 3,14% no mês. Então pode se dizer que na rolagem lucrar menos, porém este lucro pode ser constantemente. Por fim, sugerem-se outros experimetnos com ativo objeto em outro comportamento que não de queda, e ainda analisar a rolagem utilizando as Gregas e suas influências. 14 X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 REFERÊNCIAS BESSADA, Octavio; BARBEDO, Claudio; ARAÚJO, Gustavo. Mercado de Derivativos no Brasil : conceitos, operações e estratégias. 3ª. ed. Rio de Janeiro : Record, 2009. 366p. BERTRAND, J. W. M.; FRANSOO, J. C. Modelling and simulation: operations manageme nt researchmethodologies using quantitative modeling. International Journal of Operations & Production Management,Vol. 22, No. 2, 2002, p. 241-264. BOLSA DE VALORES MERCADORIAS E FUTUROS. Código de Negociação de Opções. Disponível em <http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/regulacao/regulamentos-enormas/procedimentos-operacionais/derivativos/codigo-de-negociacao-deopcoes.aspx?idioma=pt-br>. Acesso em 13 fev. 2014, às 14h20min. BOLSA DE VALORES MERCADORIAS E FUTUROS. Cotação Rápida : Mercado de Opções : Petrobras disponível em: < http://www.bmfbovespa.com.br/Pregaoonline/ExecutaAcaoCotRapXSL.asp?gstrCA=&txtCodigo=PETRO4&intIdiomaXsl=0#aTopoMer cOpcoes>. Acesso em 27 set. 2013 às 11h45min. BOLSA DE VALORES MERCADORIAS E FUTUROS. Regulamento de Operações do Seguimento BM&F : Sistema de Negociações de Derivativos : Pregões Viva voz e Eletrônico : Definições. São Paulo, disponível em: < http://www.bmfbovespa.com.br/ptbr/regulacao/regulamentos-e-normas/regulamentos-de-operacoes/derivativos.aspx?Idioma=pt-br>. Acesso em: 20 out. 2013, às 22h19min. BRYMAN, A. Research methods and organizacional studies. London: Unwin Hyman, 1989. p.71 CAVALCANTE, Francisco; MISUMI, Jorge Yoshio; RUDGE, Luiz Fernando. Mercado de Capitais : o que é, e como funciona. 7ª. ed. Rio de Janeiro : Elsevier (Campus), 2009. p.169-178 (Capitulo 11) COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Mercado de Valores Mobiliários Brasileiro : TOP : Programa de Treinamento de Professores. Rio de Janeiro disponível em <http://www.portaldoinvestidor.gov.br/publicacao/LivroTOP.html >. Acesso em: 19 set. 2013, às 21h46min. HULL, Jonh. Fundamento dos Mercados Futuros e de Opções. 4º ed. São Paulo, Brasil : Bolsa de Valores Mercadorias e Futuros, 2005. p. 373 15 X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014 SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 23ª ed.(revisada e atualizada). São Paulo, Brasil : Cortez, 2007. p.123 SILVA NETO, Lauro de Araújo. Derivativos. 4ª ed. São Paulo, Brasil, 2010. (Capítulos 6,7e 8. p.87 - 161). SILVA NETO, Lauro de Araújo. Opções : do tradicional ao exótico. 2ª. São Paulo : Atlas, 2010. 291p. 16