Apresentação do PowerPoint

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ANGOLA
30 DIAS
Janeiro 2017
Research
ATLANTICO
Índice
 Sumário executivo
 Mercado Monetário
 Inflação
 Mercado Cambial
 Finanças Públicas
 Economia Real
 Economia Regional
 Cobertura de Noticias
 Tabela de Indicadores
 Outras Publicações
Research
ATLANTICO
01.
Sumário
Executivo
• A generalidade das taxas de juro mantiveram-se em
sentido ascendente durante o mês de Dezembro.
• Entre as mesmas, destaca-se que a taxa de juro de
referência do mercado monetário interbancário (MMI), a
Luibor Overnight (a 1 dia) em Dezembro atingiu 23,35%,
um incremento 70 p.b. face ao mês de Novembro.
• A estabilidade cambial foi obtida com recurso a maior
rigidez da taxa de câmbio associado ao compromisso de
venda regular de divisas assumido pelo BNA. Sendo que
importa destacar que em Dezembro, um dos meses de
maior procura, o volume de divisas cedido registou um
incremento de 33,83% para 1.329,85 milhões EUR, que
representa o volume máximo cedido em 2016.
• A Massa Monetária, M2, contraiu em Dezembro pelo
quinto mês consecutivo e fixou-se em -0,15% em
Dezembro. Em termos homólogos situou-se em 13%, o
mínimo em 2016.
• Apesar do aumento, a venda média mensal de divisas
que em 2016 situou-se em aproximadamente 930
milhões USD, manteve-se inferior à média de 1.475,02
milhões USD referente ao ano transacto.
• O aumento da procura por liquidez pelos bancos
comerciais, correlacionado com a queda da liquidez
disponível no sistema financeiro reflectida na contracção
da massa monetária, impulsionou as taxas de juro Luibor
e o volume de transacções no MMI. Como resultado, em
Dezembro, o volume de liquidez transacionada cresceu
235% face ao mês de Novembro e atingiu 335,92 mil
milhões KZ.
• No mês de Dezembro as RIL inverteram a tendência de
queda com o incremento de 5,42% face ao mês de
Novembro, fixando-se em 21.399 milhões USD,
desempenho correlacionado com o aumento da cotação
internacional do crude, que desde o acordo de
Dezembro de corte na produção, mantém-se acima de
50 USD/barril.
• A evolução das taxas no MMI pressiona as taxas dos
Bilhetes do Tesouro, levando com que as mesmas
também aumentem de forma a preservar a atractividade
dos títulos, resultado em aumento do custo de
financiamento do Estado.
• O Comité de Política Monetária, levando em
consideração a recente evolução dos indicadores de
mercado, com principal destaque para a massa
monetária e o custo de financiamento na economia
deixou de recorrer a incrementos das taxas de juro para
contrapor a inflação. A taxa básica BNA, manteve-se em
16% na primeira reunião do CPM em 2017, a Facilidade
de Cedência em 20% e a Facilidade de absorção em
7,25%.
• A taxa de inflação de Luanda, referência para o país,
fixou-se em 41,95% em 2016, quase 3 vezes o registo de
2015.
• Entretanto, situou-se abaixo da taxa de inflação de 45%
prevista pelo Fundo Monetário Internacional em 2016,
que prevê uma redução para 20% em 2017.
• A inflação mensal atingiu 2,17%, tendo crescido pelo
segundo mês consecutivo.
• A evolução moderada da inflação em Dezembro,
contrariou o histórico de aceleração da mesma durante
o período das festas natalícias.
• Entre os principais factores que contribuíram para que
fosse alterado o comportamento sazonal do indicador,
destaca-se o atraso da remuneração dos funcionários
públicos em Dezembro, originado pelas restrições que o
actual cenário económico impões às receitas obtidas
pelo maior empregador da economia, o Estado.
• o stock da dívida governamental deverá se situar em
53,29% em 2017, segundo o Plano Anual de
Endividamento (PAE) de 2017, acima dos 52,7%
predefinidos no OGE do mesmo ano, mantendo-se
abaixo do anterior tecto de 60% do PIB.
• A dívida bruta prevista no PAE 2017 situa-se em 4.667
mil milhões KZ, constituído em 75% por dívida interna,
correspondente a 3.494,32 mil milhões KZ, e 25% por
dívida externa, o equivalente a 7,1 mil milhões USD.
• A novidade para o novo ano, serão as Obrigações do
Tesouro Indexadas aos Bilhetes do Tesouro (OT-INBT).
As mesmas deverão ser emitidas pela primeira vez no
final do primeiro trimestre de 2017, visam alongar o
perfil de maturação da dívida pública e remunera
conforme a média ponderada das taxas de juros dos BT
de 91 dias, nos 3 meses antecedentes ao mês ao qual a
Obrigação é emitida.
• Foram
divulgados
os
indicadores
actualizados
relativamente a actividade económica angolana em 2016
na apresentação do PAE de 2017, tendo sido apurada
uma taxa de crescimento do PIB de 0,1%, mantendo-se,
contudo, acima do 0% estimado pelo FMI, suportada, em
parte, pelo défice fiscal de 2,3% do PIB, melhorando face
aos 5,9% estimados no Orçamento Geral (OGE) de 2017.
• O Fundo prevê uma melhoria da taxa de crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB) de 0% em 2016 para 1,3%
em 2017. Adicionalmente, antevê-se um aumento da
produção petrolífera de 1,789 milhões barris/dia em 2016
para 1,821 milhões barris/dia em 2017.
• Algumas da principais economias africanas estabilizaram
as suas políticas monetárias, a semelhança de Angola,
que reflecte uma melhoria das condições económicas na
região.
02.
Mercado
Monetário
• A generalidade das taxas de juro mantiveram-se em
sentido ascendente durante o mês de Dezembro.
• Destacamos a taxa de juro de referência do mercado
monetário interbancário (MMI), a Luibor, que em
Dezembro na maturidade 1 dia (Overnight) atingiu
23,35%, um aumento 70 p.b. face ao mês de Novembro.
Nas maturidades de 3 a 12 meses as taxas situaram-se
entre 17,41% e 20,17%, com incrementos entre 194 p.p. e
222 p.p. face ao mês transacto.
• O aumento da procura por liquidez pelos bancos
comerciais, correlacionado com a queda da liquidez
disponível no sistema financeiro reflectida na
contracção da massa monetária, impulsionou as taxas
de juro Luibor e o volume de transacções no MMI. Como
resultado, em Dezembro, o volume de liquidez
transacionada cresceu 235% face ao mês de Novembro
e atingiu 335,92 mil milhões KZ. Em termos anuais, em
2016 transacionou-se cerca de 1.286,11 mil milhões KZ,
apenas 21% do volume total transaccionado em 2015.
• A evolução das taxas no MMI pressiona as taxas dos
Bilhetes do Tesouro, levando com que as mesmas
também aumentem de forma a preservar a
atractividade dos títulos, resultado em aumento o custo
de financiamento do Estado.
• A Massa Monetária, M2, contraiu em Dezembro pelo
quinto mês consecutivo e fixou-se em -0,15% em
Dezembro. Em termos homólogos expandiu em 13%, o
mínimo em 2016.
• O Comité de Política Monetária, levando em
consideração a evolução dos indicadores acima
descritos, com principal destaque para custo de
financiamento na economia deixou de recorrer a
incrementos da taxa de juro para contrapor a inflação. A
taxa básica BNA, manteve-se em 16% na primeira
reunião do CPM em 2017, a Facilidade Permanente de
Cedência de Liquidez em 20% e a Facilidade
Permanente de absorção de Liquidez em 7,25%.
Taxa de Juro
Luibor
26
20
24
18
22
15
20
13
18
10
8
16
5
14
3
12
0
nov/15
jan/16
Taxa BNA
FONTE: BNA
mar/16
mai/16
Cedência O/N
jul/16
set/16
Absorção O/N
nov/16
jan/17
Absorção 7 dias
10
16/09/16
08/10/16
Over
FONTE: BNA
30/10/16
1 Mês
3 Meses
21/11/16
6 Meses
13/12/16
04/01/17
9 Meses
26/01/17
12 Meses
03.
Inflação
• A taxa de inflação de Luanda, referência para o país,
fixou-se em 41,95% em 2016, quase 3 vezes o registo de
2015.
• Entretanto, situou-se abaixo da taxa de inflação de 45%
prevista pelo Fundo Monetário Internacional em 2016,
que prevê uma redução para 20% em 2017.
• A inflação mensal atingiu 2,17%, tendo crescido pelo
segundo mês consecutivo. Para a evolução no mês
contribuíram a classe das Bebidas Alcoólicas e Tabaco
com 1,07 p.p., a classe dos Bens e Serviços Diversos
com 0,28 p.p., Vestuário e Calçado com 0,23 p.p. e a
classe do Mobiliário, Equipamento Doméstico e
Manutenção com 0,18 p.p.
• O Índice de Preços no Consumidor Nacional registou
uma variação de 2,04% de Novembro a Dezembro de
2016. As províncias que registaram maior aumento
foram: Moxico com 2,23%, Lunda Sul com 2,22% ,
Luanda com 2,17%. As províncias com menor variação
foram: Bié com 1,60%, Cuanza Sul com1,86%, Zaire com
1,88%.
• O Índice de Preços Grossistas (IPG) registou uma
variação de 29,85% em Dezembro de 2016 em
comparação ao período homólogo. Em termos mensais,
o IPG caiu em Dezembro pelo quinto mês consecutivo,
tendo sido apurada uma variação de 1,25%, a quarta
mais reduzida do último ano.
• A evolução moderada da inflação em Dezembro,
contrariou o histórico de aceleração da mesma durante
o período das festas natalícias.
• Entre os principais factores que contribuíram para que
fosse alterado o comportamento sazonal do indicador,
destaca-se a remuneração atrasada dos funcionários
públicos em Dezembro, originado pelas restrições que o
actual cenário económico impões às receitas obtidas
pelo maior empregador da economia, o Estado.
Taxa de Inflação e Massa Monetária
45
Taxa de Inflação
4,5
45
30
3,0
35
25
15
1,5
15
0
jan/15
abr/15
jul/15
out/15
Inflação Homóloga
FONTE: INE e BNA
jan/16
abr/16
Var. % M2
jul/16
out/16
0,0
jan/17
5
jan/14
Inflação mensal (dir.)
jun/14
nov/14
Inflação geral
FONTE: INE
abr/15
set/15
Ali mentar
fev/16
jul/16
Não-Alimentares
dez/16
04.
Mercado
Cambial
• A política cambial que tem sido adoptada pelo Banco
Nacional de Angola (BNA) contribuiu para a redução da
desvalorização do kwanza em relação ao dólar, de
31,28% em 2015 para 22,6% em 2016, com a taxa média
de câmbio a fixar-se em 165,9 KZ/USD em Dezembro de
2016, o mesmo nível registado nos últimos nove meses
de 2016.
• A estabilidade cambial foi obtida com recurso a maior
rigidez da taxa de câmbio associado ao compromisso
de venda regular de divisas assumido pelo BNA. Sendo
que importa destacar que em Dezembro, um dos meses
de maior procura, o volume de divisas cedido registou
um incremento de 33,83% para 1.329,85 milhões EUR,
que representa o volume máximo cedido em 2016.
• Apesar do aumento, a venda média mensal de divisas
que em 2016 situou-se em aproximadamente 930
milhões USD, manteve-se inferior à média de 1.475,02
milhões USD referente ao ano transacto.
• As
Reservas
Internacionais
Líquidas
(RIL)
têm
reflectido a medida adoptada pelo Banco Central com
reduções consecutivas de aproximadamente 3%, de
Agosto a Novembro, quando fixou-se em 22.721 milhões
USD e 21.399 milhões USD, respectivamente.
• No mês de Dezembro inverteu-se a tendência com o
incremento das RIL em 5,42% para 21.399 milhões USD,
desempenho que poderá ser justificado pelo aumento
da cotação internacional do crude, que desde o acordo
de Dezembro de corte na produção, mantém-se acima
de 50 USD/barril. Entretanto, regista-se uma redução
de 11,81% em relação ao período homólogo de 2015
quando fixou-se em 24.266 milhões USD.
• Para o ano corrente, o sucesso do objectivo de
estabilidade cambial e, consequentemente, da inflação,
encontra suporte no acordo para o corte da produção
petrolífera ratificado por países membros da OPEP e
economias não-OPEP, devendo, em caso de sucesso,
contribuir para enxugar o excesso de oferta do
mercado, melhorando o preço do mesmo.
Taxa de câmbio
RIL e Taxa de câmbio
180
210
1,54
26.000
190
1,45
160
170
1,36
24.000
150
140
1,27
130
1,18
22.000
120
110
1,09
90
70
dez/14
ab r/15
ag o/15
dez/15
ab r/16
ag o/16
1
dez/16
20.000
jan/15
abr/15
jul/15
out/15
RIL (em milhões USD)
AOA/ USD (esq.)
FONTE: BNA e BLOOMBERG
EUR/USD (dir.)
AOA/ EUR (esq.)
FONTE: BNA
jan/16
abr/16
jul/16
out/16
Taxa de Câmbio AOA/USD (dir.)
100
jan/17
05.
Finanças
Públicas
• A expectativa relativamente ao Plano Anual de
Endividamento de 2017 era elevada, especialmente no
que se refere ao stock da dívida, devido a supressão da
barreira de 60% do PIB para a dívida governamental.
• No entanto, o stock da dívida deverá se situar em
53,29% em 2017, acima dos 52,7% predefinidos no OGE
de 2017 mas, contudo, abaixo do anterior tecto de 60%
do PIB.
• A dívida bruta prevista no PAE 2017 situa-se em 4.667
mil milhões KZ, constituído em 75% por dívida interna,
correspondente a 3.494,32 mil milhões KZ, e 25% por
dívida externa, o equivalente a 7,1 mil milhões USD.
• Do total de dívida interna prevista para o ano, 44,9%
representam emissões de Bilhetes do Tesouro (BT),
51,6% de Obrigações do Tesouro (OT) e 3,5%
correspondem aos Contratos de mútuo.
• No que se refere as OT, do total de 1.803,21 mil milhões
KZ, 511,37 mil milhões KZ representa o limite de
emissões de OT-Não Reajustáveis (OT-NR), 319,61 mil
milhões KZ constituem OT Indexadas à taxa de câmbio
(OT-TXC), 383,53 mil milhões KZ em OT Indexadas aos
Bilhetes do Tesouro e as OT em Moeda Estrangeira (OTME) fixam-se em 63,92 mil milhões KZ.
• O restante distribui-se em 0,3% para OT- Crédito
agrícola, em 6,5% para OT-NR capitalizações e 22,3%
em OT-NR para regularização de atrasados.
• As emissões de OT-NR Regularização de atrasados
foram definidas em 402,75 mil milhões KZ, o
equivalente a 2,5 mil milhões USD.
• As OT-INBT, emitidas pela primeira vez, visam alongar o
perfil de maturação da dívida pública e remunera
conforme a média ponderada das taxas de juros dos BT
de 91 dias, nos 3 meses antecedentes ao mês ao qual a
Obrigação é emitida.
Dívida Interna
Stock da Dívida Governamental
(% do PIB)
122,75 MM Kz
3,50%
6 1,90%
1.568,36 MM Kz
To tal Dívida Interna:
3.494,32 MM Kz
52,70% 53,29%
49,61%
44,90%
32,64%
1.803,21 MM Kz
51 ,60%
20 ,67% 20 ,61%
2011
BT
FONTE: PAE 2017
OT
23,92%
2012
Contratos Mútuos
FONTE: PAE 2017
2013
2014
2015
2016
2017
OGE
2017
06.
Economia
Real
• Foram
divulgados
os
indicadores
actualizados
relativamente a actividade económica angolana em
2016 na apresentação do Plano Anual de Endividamento
(PAE) de 2017, tendo sido apurada uma taxa de
crescimento do PIB de 0,1%, mantendo-se, contudo,
acima do 0% estimado pelo FMI, suportada, em parte,
pelo défice fiscal de 2,3% do PIB, melhorando face aos
5,9% antecipados no Orçamento Geral do Estado (OGE)
de 2017.
• No mesmo mês, o Fundo Monetário Internacional (FMI)
tornou pública a evolução dos principais indicadores
económicos de Angola ao abrigo do artigo IV do FMI.
• O Fundo prevê uma melhoria da taxa de crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB) de 0% em 2016 para 1,3%
em 2017. A expansão prevista da economia em 2017
será suportada pelo crescimento de 1,5% do PIB
petrolífero e 1,3% do PIB não petrolífero, uma melhoria
face ao registo verificado em 2016 de 0,8% e -0,4%.
• O PIB expande-se de 15.729 mil milhões KZ em 2016
para 20.072 mil milhões KZ em 2017. O PIB total
previsto para 2017 é constituído em 81,04% pelo PIB
não-petrolífero, que corresponde a 3.805 mil milhões
KZ, e os restantes 18,96% pelo PIB petrolífero.
• Adicionalmente, antevê-se um aumento da produção
petrolífera de 1,789 milhões barris/dia em 2016 para
1,821 milhões barris/dia em 2017. Perspectiva-se que o
preço médio da rama angolana se situe em 46
USD/barril, contribuindo para que a receita se fixe em
30,2 mil milhões USD em 2017, que representa uma
melhoria face aos 26,2 mil milhões USD estimados para
2016.
• Por outro lado, a Organização das Nações Unidas
(ONU) divulgou no seu relatório “Situação Económica e
Perspectivas 2017” que em 2016 o crescimento fixou-se
em 0,8% e para 2017 também perspectiva um aumento
do crescimento para 1,8%.
Quadro Macroeconómico de Previsões
201 5
Princip a is Ind ica d ores Económicos, 201 6–201 7
EIU
Ab r. 1 6
OGE
Nov . 1 6
201 6
F MI
Ja n. 1 7
EIU
Ab r. 1 6
OGE
Nov . 1 6
Art. 4.º
Economia real (var. percentual, salvo indicação em contrário)
Produto interno bruto real
Sector petrolífero
Sector não petrolífero
Preços no consumidor (média anual)
Petróleo
Produção de petróleo (milhares de barris por dia)
Preço do petróleo angolano (média, USD por barril)
201 7
F MI
Ja n. 1 7
OGE
Nov . 1 6
Art. 4.º
F MI
Ja n. 1 7
Art. 4.º
2,7
4,0
3,0
1,1
3,3
0,0
2,1
1,3
….
….
7,8
2,4
6,4
1,6
….
….
4,8
2,7
0,8
-0,4
1,8
2,3
1,5
1,3
16,9
11-13
33,0
15,8
29,2
1.820,0
40,3
1.890,0
45,0
1.780,0
40,5
1.814,3
46,0
1.821,0
46,0
10,3
….
….
13,8
10,3
1.890,0
53,0
1,8
50,0
Gov erno centra l ( p ercenta g em d o PIB)
Saldo orçamental global
Total da dívida (bruta) do sector público
-5,7
58,1
-4,2
40,5
-3,3
65,4
-6,9
67,4
-5,5
49,7
-4,1
71,6
-5,8
52,7
-6,7
62,8
Moeda e crédito (fim de período, variação percentual)
Massa monetária (M2)
Crédito ao sector privado (variação percentual em 12 meses)
11,8
8,6
14,8
17,6
11,8
17,6
8,2
4,3
….
….
12,0
12,4
…
…
15,0
19,1
Ba la nça d e p a g a mentos
Termos de troca (variação percentual)
Saldo da conta corrente (percentagem do PIB)
12,5
-8,0
….
16,5
-41,6
-10,0
11,4
-9,4
….
0,8
-16,2
-4,3
….
23,0
12,7
-6,1
23.901,0
24.550,0
24.266,0
15.726,0
….
20.416,0
…
17.416,0
Reservas intern. líquidas (fim de período, milhões de USD)
FONTE: FMI (artigo IV), OGE 17 e The Economist Intelligence Unit (EIU)
07.
Economia
Regional
• Nigéria: A taxa de juro de referência foi mantida em 14%
pelo Banco Central na reunião de 24 de Janeiro de 2017,
o mesmo nível desde Julho de 2016, sendo que no ano
em análise a taxa registou incremento de 3 p.p.. A
decisão teve como intuito conter a taxa de inflação que
de Janeiro a Dezembro de 2016 cresceu de 9,6% a
18,55%, influenciada pela desvalorização cambial que
subiu de 8,62% em 2015 para 58,22% em 2016, após ter
flexibilizado a taxa de câmbio em Junho de 2016. A
Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou no seu
relatório “Situação Económica e Perspectivas 2017” que
em 2016 a economia registou recessão de 1,6%, que será
ultrapassada a partir de 2017 com crescimento de 2%.
apresentada no relatório da ONU. A decisão do CPM
manteve-se inalterada apesar da taxa de inflação
homóloga em 2016 ter aumentado em 0,6 p.p. para
6,8% em Dezembro, após alcançar o nível de 7% em
Fevereiro, a maior inflação desde Junho de 2009. O
nível de inflação, superior à meta definida pelo Banco
Central de 6,5%, teve como principal impulso a
desvalorização do rand e o aumento do preço dos
alimentos em consequência da seca que assolou o país.
• África do Sul: O Comité de Política Monetária (CPM) do
Reserve Bank, BC sul-africano, decidiu na reunião de
Janeiro do ano corrente, manter a taxa de juro de
referência em 7%, a mesma taxa desde Março de 2016.
A decisão visou estimular o crescimento económico,
que segundo o Banco Central fixou-se em 0,4% em
2016, que contrasta com a estimativa de 0,6%
• Gana: A política monetária contraccionista adoptada
pelo Banco Central em 2016 com a manutenção da taxa
de juro de referência em 26% de Janeiro a Dezembro,
contribuiu para que a taxa de inflação homóloga
reduzisse de 19% em Janeiro de 2016 para 15,4% em
Dezembro. O desempenho da inflação contribuiu para
que o CPM decidisse na reunião de Janeiro, reduzir a
taxa básica de juro em 0,5 p.p. para 25,5%, tendo-se em
consideração que a depreciação acumulada do cedi
(moeda do Gana) registou contracção de 15,7% em 2015
para 9,6% em 2016.
Taxa de Inflação da Nigéria
Taxas de juro de Referência
15,6
12,8
17,6 17,9
16,5 17,1
18,3
18,48
25,5
18,55
13,7
16,0 16,0
11,4
9
25,5
14,0 14,0
9,6
7,0 7,0
5,5 5,5
dez/15
mar/16
jun/16
set/16
dez/16
África do Sul
Angola
Botswana
Novembro de 2016
FONTE: BLOOMBERG
FONTE: BANCOS CENTRAIS
Gana
Nigéria
Dezembro de 2016
08.
Cobertura
de Noticias
• A economia angolana deverá crescer 1,3% em 2017. O
Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a
economia nacional cresça 1,3% em 2017 após estimar
uma estagnação em 2016, sendo que o sector
petrolífero e não petrolífero aumentará em 1,5% e 1,3%
respectivamente. Os dados foram divulgados pelo
conselho de administração do FMI, pelas conclusões
anuais obtidas com o governo e instituições de Angola
ao abrigo do Artigo IV., no entanto a previsão de
crescimento contrasta com a estimativa de crescimento
de 2,1% do OGE 2017.
• O Plano Anual de Endividamento (PAE) para 2017 não
prevê a emissão de Eurobonds. O PAE para 2017 não
prevê a emissão de dívidas soberanas em moeda
estrangeira, porém havendo um melhoramento nas
condições financeiras internacionais e no nível de preço
do petróleo, o Estado poderá retomar as emissões de
Eurobonds. A primeira emissão deste tipo de dívida,
ocorreu em Novembro de 2015 tendo rendido para o
Estado cerca de 1,5 mil milhões USD com maturidade de
10 anos e juros de 9,5%.
• A economia angolana cresceu 0,1% em 2016. Foram
divulgados os indicadores actualizados relativamente a
actividade
económica
angolana
em
2016
na
apresentação do Plano Anual de Endividamento (PAE)
de 2017, tendo sido apurada uma taxa de crescimento
do PIB de 0,1%, mantendo-se, contudo, acima do 0%
estimado pelo FMI. Por outro lado, o défice fiscal em
2016 situou-se em 2,3% do PIB, melhorando face aos
5,9% antecipados no Orçamento Geral do Estado (OGE)
de 2017.
• O estoque de dívida se situará em 53,29% em 2017.
Divulgado o Plano Anual de Endividamento de 2017,
entre os destaques, salienta-se que a evolução prevista
para o rácio da dívida pública, prevendo que o estoque
da dívida se situe em 53,29% do PIB, superior aos 52,7%
previstos no OGE do ano. Entretanto, o mesmo não
superou o limite de 60%, que representava o tecto para
a dívida pública até a revogação da lei que garantia a
sua implementação.
• O Tesouro prevê obter até 3.494,32 Mil milhões KZ em
2017 com recurso a dívida interna. O Ministério das
Finanças divulgou o volume total previsto para a
emissão de dívida interna que deverá atingir 3.494,32
Mil milhões KZ em 2017. Deste volume, 44,9%
corresponde a emissão de Bilhetes do Tesouro (BT), o
que perfaz cerca de 1.568,35 Mil Milhões KZ; 51,6%
representa a emissão de Obrigações do Tesouro (OT),
situando-se em 1.803,21 Mil Milhões KZ, correspondendo
os restantes 3,5% em contratos de mútuo. Entre os
destaques, salientamos a emissão a partir do final do
primeiro trimestre do corrente ano de OTs indexadas
aos Bilhetes do Tesouro, cuja taxa resultará da média
ponderada das taxas de juro dos BT a 91 dias.
• A Administração Geral Tributária (AGT) prevê
incremento de 13,9% na arrecadação do Imposto Predial
Urbano (IPU) de 2017. A AGT estima que em 2017 o
pagamento do IPU alcancará o montante de 36 mil
milhões KZ, um incremento de aproximadamente 14%
em relação ao total de 31 mil milhões KZ arrecadado em
2016. A cobrança do imposto que incide sobre os
imóveis avaliados em mais de 5 milhões KZ, com uma
alíquota de 0,5%, tem nas províncias de Luanda,
Cabinda e Benguela, o maior número de contribuintes.
A instituição destaca que a multa sobre o
incumprimento representa 35% da parcela em falta.
• A quantidade de notas e moedas em poder do público
contraiu pelo terceiro mês consecutivo. A quantidade
de notas e moedas em domino público reduziu 3%
durante o mês de Novembro, situando-se em
aproximadamente 349 mil milhões KZ, contra os 361 mil
milhões do mês de Outubro. A tendência de redução
ocorre pelo terceiro mês consecutivo, sendo que a
queda registada, poderá reflectir a contracção da
politica monetária adoptada pelo Banco Central para a
estabilidade do nível de preços.
• As receitas petrolíferas provenientes da China
reduziram cerca de 14% face ao período homólogo. As
receitas arrecadadas das exportações petrolíferas para
China em 2016 foram de aproximadamente 13 mil
milhões USD, representando uma queda de cerca de
14% face ao período homólogo em que situou-se em 15
mil milhões USD. Entretanto, o montante obtido no
período em análise atingiu o nível mais baixo dos
últimos 8 anos. Apesar do aumento da quantidade
exportada em cerca de 13% a quebra no preço do
petróleo penalizou significativamente as receitas.
09.
Tabela de
Indicadores
Mercado Monetário e Mercado Cambial
2014
2015
dez/14
dez/15
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
AOA/USD
103,1
135,3
155,6
158,9
160,7
165,9
165,9
165,9
165,9
165,9
165,9
165,9
165,9
165,9
AOA/EUR
125,3
147,1
169,9
177,6
179,5
185,4
185,4
185,4
185,4
185,4
185,4
185,4
185,4
185,4
INDICADORES
2 0 16
TA XA D E CÂ M BIO ( M ÉD IA )
TA XA D E JURO CRÉD ITO ( 181 D A 1 A N O, %)
EM PRESA S
MOEDA NACIONAL
13,88
15,11
15,22
15,18
15,21
15,24
15,27
15,1
15,55
15,38
15,17
15,38
15,32
15,26
MOEDA ESTRANGEIRA
10,64
12,97
12,00
-
-
-
-
-
-
-
-
9,80
9,80
8,50
MOEDA NACIONAL
13,59
10,14
15,35
15,17
17,19
16,29
17,82
15,41
15,62
15,50
16,92
15,48
14,46
15,25
MOEDA ESTRANGEIRA
6,43
2,65
6,03
4,65
13,61
10,91
9,69
6,72
7,51
6,72
9,12
8,52
8,98
-
PA RTICUL A RES
TA XA D E D EPÓSITOS ( 181 D A 1 A N O, %)
MOEDA NACIONAL
4,31
4,21
3,84
3,86
3,83
3,85
3,99
3,97
3,99
3,96
4,01
4,05
3,90
3,90
MOEDA ESTRANGEIRA
2,28
2,62
2,98
3,07
3,13
2,74
2,68
2,92
3,03
2,51
2,36
3,17
3,02
3,10
3.807,8
A G REG A D OS M ON ETÁ RIOS ( USD
)
M1
3.096,9
3.412,4
3.645,4
3.788,0
3.872,1
3.849,5
4.060,9
3.989,6
4.077,1
3.926,2
3.886,6
3.856,2
3.862,8
M2
5.103,5
5.703,7
6.001,2
6.042,8
6.304,5
6.350,7
6.523,4
6.567,4
6.643,1
6.576,5
6.534,3
6.469,2
6.457,3
6.446,7
M3
5.110,1
5.711,8
6.011,0
6.052,3
6.314,0
6.359,1
6.532,2
6.576,9
6.652,6
6.580,7
6.538,6
6.473,2
6.461,1
6.450,5
23,35
TA XA L UIBOR ( FIM D E PERIOD O, %)
O/N
6,143
11,31
11.30
11,3
11,01
14
13,92
1392,00%
13,93
13,93
14,47
14,26
22,65
30 DIAS
7,45
11,44
11,47
11,67
12,27
13,49
14,2
13,82
15,08
15,08
14,63
13,71
15,19
17,41
90 DIAS
8,02
11,88
12,1
12,87
13,31
14,4
15,42
15,84
16,28
16,28
15,8
14,73
16,04
18,23
180 DIAS
8,5
12,21
12,55
13,44
14,01
15,18
16,43
16,71
17,34
17,34
16,48
15,22
16,36
18,30
270 DIAS
8,93
12,56
12,92
13,87
14,61
15,79
17,29
17,24
17,06
17,06
16,96
16,45
17,71
19,65
360 DIAS
9,55
12,84
13,31
14,43
15,26
16,54
18,16
17,64
17,87
17,87
17,61
16,72
18,15
20,17
9
11
12,00
12,00
14,00
14,00
16,00
16
16
16
16
16
16
16
7,48
14,27
17,34
20,26
23,6
26,41
29,23
31,8
35,3
38,18
39,44
40,04
41,15
41,95
27.101
24.266
24.534
23.888
24.297
24.774
24.339
23.977
23.983
22.721
21.926
20.970
20.298
21.399
1,62
1,85
1,73
1,75
1,77
1,79
1,77
1,77
1,77
1,78
1,77
1,58
1,69
1,72
TA XA BÁ SICA ( FIM -D E-PERIOD O, %)
TA XA IN FL A ÇÃ O ( FIM -D E-PERIOD O, Y / Y , %)
RESERVA S IN TERN A CION A IS ( USD
)
PROD UÇÃ O D E PETRÓL EO ( M B/ D )
FONTE: BNA, INE e OPEP
Indicadores Económicos de Países da África Subsariana
PIB NOMINAL
(USD
)
PIB ( %)
POPULAÇÃO
PIB PER CAPITA
(USD)
RECEITA PÚBLICA
(%PIB)
DESPESA PÚBLICA
(%PIB)
DÍVIDA PÚBLICA
(%PIB)
BALANÇA
CORRENTE
(%PIB)
INFLAÇÃO
(%)
2016
2017
2016
2017
2016
2017
2016
2017
2016
2017
2016
2017
2016
2017
2016
2017
ANGOLA
27,4
0,0
1,3
96,2
121,0
3.514,0
4.294,0
19,5
18,9
23,6
25,6
71,6
62,8
-4,3
-6,1
45,00
20,00
ÁFRICA DO SUL
55,9
0,1
0,8
280,4
288,2
5.018,2
5.074,1
29,9
30,0
33,7
33,8
51,7
53,3
-3,3
-3,2
6,70
5,50
BOTSWANA
2,2
3,1
4,0
10,9
11,0
5.082,5
5.068,9
34,9
32,5
38,3
36,4
16,9
15,3
4,1
3,7
3,30
3,60
CAMARÕES
23,7
4,8
4,2
30,9
33,1
1.303,4
1.364,1
16,2
16,1
22,4
21,0
31,6
33,8
4,2
-4,0
2,20
2,20
CONGO
4,5
1,7
5,0
8,8
10,3
1.980,7
2.255,3
31,3
32,6
38,9
34,2
69,3
61,2
-8,2
-2,1
4,57
3,50
REP. DEM. CONGO
84,1
3,9
4,2
39,8
41,9
473,3
483,4
13,5
17,8
15,4
15,1
20,0
22,6
-0,8
5,2
2,45
3,00
GANA
27,6
3,3
7,4
42,8
46,6
1.550,8
1.648,3
19,4
19,2
23,2
21,2
66,0
62,2
-6,3
-6,0
13,50
8,00
1,3
3,5
3,9
11,7
12,5
9.321,6
9.904,6
22,9
22,9
25,7
25,8
58,9
58,3
-4,3
-4,5
2,00
2,20
28,8
4,5
5,5
12,0
11,4
418,9
387,5
25,9
27,7
31,7
31,7
112,6
103,2
-33,5
-28,3
20,00
12,20
NAMÍBIA
2,3
4,2
5,3
10,2
10,9
4.427,9
4.702,9
30,6
30,4
39,8
38,7
42,0
46,9
-12,5
-6,9
7,30
6,00
NIGÉRIA
183,6
-1,7
0,6
415,1
413,7
2.260,3
2.192,5
5,7
7,1
10,3
11,1
14,6
15,5
-0,7
-0,4
18,50
17,00
TANZÂNIA
48,6
7,2
7,2
46,7
50,5
960,2
1.017,5
16,4
16,9
20,4
21,5
38,3
39,7
-8,8
-8,8
4,99
5,00
QUÉNIA
45,5
6,0
6,1
69,2
74,7
1.521,9
1.599,4
19,6
19,8
27,0
26,2
52,7
53,0
-6,4
-6,1
5,63
5,51
ZÂMBIA
16,7
3,0
4,0
20,6
20,9
1.230,7
1.213,4
18,1
17,9
27,1
26,1
56,1
58,8
-4,5
-2,2
9,50
8,70
ZIMBABWE
14,5
-0,3
-2,5
14,2
14,6
978,7
978,4
25,1
23,4
30,0
26,4
58,9
57,6
-7,5
-6,1
-1,20
6,00
MAURÍCIA
MOÇAMBIQUE
FONTE: FMI
10.
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