www.atlantico.ao ANGOLA 30 DIAS Janeiro 2017 Research ATLANTICO Índice Sumário executivo Mercado Monetário Inflação Mercado Cambial Finanças Públicas Economia Real Economia Regional Cobertura de Noticias Tabela de Indicadores Outras Publicações Research ATLANTICO 01. Sumário Executivo • A generalidade das taxas de juro mantiveram-se em sentido ascendente durante o mês de Dezembro. • Entre as mesmas, destaca-se que a taxa de juro de referência do mercado monetário interbancário (MMI), a Luibor Overnight (a 1 dia) em Dezembro atingiu 23,35%, um incremento 70 p.b. face ao mês de Novembro. • A estabilidade cambial foi obtida com recurso a maior rigidez da taxa de câmbio associado ao compromisso de venda regular de divisas assumido pelo BNA. Sendo que importa destacar que em Dezembro, um dos meses de maior procura, o volume de divisas cedido registou um incremento de 33,83% para 1.329,85 milhões EUR, que representa o volume máximo cedido em 2016. • A Massa Monetária, M2, contraiu em Dezembro pelo quinto mês consecutivo e fixou-se em -0,15% em Dezembro. Em termos homólogos situou-se em 13%, o mínimo em 2016. • Apesar do aumento, a venda média mensal de divisas que em 2016 situou-se em aproximadamente 930 milhões USD, manteve-se inferior à média de 1.475,02 milhões USD referente ao ano transacto. • O aumento da procura por liquidez pelos bancos comerciais, correlacionado com a queda da liquidez disponível no sistema financeiro reflectida na contracção da massa monetária, impulsionou as taxas de juro Luibor e o volume de transacções no MMI. Como resultado, em Dezembro, o volume de liquidez transacionada cresceu 235% face ao mês de Novembro e atingiu 335,92 mil milhões KZ. • No mês de Dezembro as RIL inverteram a tendência de queda com o incremento de 5,42% face ao mês de Novembro, fixando-se em 21.399 milhões USD, desempenho correlacionado com o aumento da cotação internacional do crude, que desde o acordo de Dezembro de corte na produção, mantém-se acima de 50 USD/barril. • A evolução das taxas no MMI pressiona as taxas dos Bilhetes do Tesouro, levando com que as mesmas também aumentem de forma a preservar a atractividade dos títulos, resultado em aumento do custo de financiamento do Estado. • O Comité de Política Monetária, levando em consideração a recente evolução dos indicadores de mercado, com principal destaque para a massa monetária e o custo de financiamento na economia deixou de recorrer a incrementos das taxas de juro para contrapor a inflação. A taxa básica BNA, manteve-se em 16% na primeira reunião do CPM em 2017, a Facilidade de Cedência em 20% e a Facilidade de absorção em 7,25%. • A taxa de inflação de Luanda, referência para o país, fixou-se em 41,95% em 2016, quase 3 vezes o registo de 2015. • Entretanto, situou-se abaixo da taxa de inflação de 45% prevista pelo Fundo Monetário Internacional em 2016, que prevê uma redução para 20% em 2017. • A inflação mensal atingiu 2,17%, tendo crescido pelo segundo mês consecutivo. • A evolução moderada da inflação em Dezembro, contrariou o histórico de aceleração da mesma durante o período das festas natalícias. • Entre os principais factores que contribuíram para que fosse alterado o comportamento sazonal do indicador, destaca-se o atraso da remuneração dos funcionários públicos em Dezembro, originado pelas restrições que o actual cenário económico impões às receitas obtidas pelo maior empregador da economia, o Estado. • o stock da dívida governamental deverá se situar em 53,29% em 2017, segundo o Plano Anual de Endividamento (PAE) de 2017, acima dos 52,7% predefinidos no OGE do mesmo ano, mantendo-se abaixo do anterior tecto de 60% do PIB. • A dívida bruta prevista no PAE 2017 situa-se em 4.667 mil milhões KZ, constituído em 75% por dívida interna, correspondente a 3.494,32 mil milhões KZ, e 25% por dívida externa, o equivalente a 7,1 mil milhões USD. • A novidade para o novo ano, serão as Obrigações do Tesouro Indexadas aos Bilhetes do Tesouro (OT-INBT). As mesmas deverão ser emitidas pela primeira vez no final do primeiro trimestre de 2017, visam alongar o perfil de maturação da dívida pública e remunera conforme a média ponderada das taxas de juros dos BT de 91 dias, nos 3 meses antecedentes ao mês ao qual a Obrigação é emitida. • Foram divulgados os indicadores actualizados relativamente a actividade económica angolana em 2016 na apresentação do PAE de 2017, tendo sido apurada uma taxa de crescimento do PIB de 0,1%, mantendo-se, contudo, acima do 0% estimado pelo FMI, suportada, em parte, pelo défice fiscal de 2,3% do PIB, melhorando face aos 5,9% estimados no Orçamento Geral (OGE) de 2017. • O Fundo prevê uma melhoria da taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0% em 2016 para 1,3% em 2017. Adicionalmente, antevê-se um aumento da produção petrolífera de 1,789 milhões barris/dia em 2016 para 1,821 milhões barris/dia em 2017. • Algumas da principais economias africanas estabilizaram as suas políticas monetárias, a semelhança de Angola, que reflecte uma melhoria das condições económicas na região. 02. Mercado Monetário • A generalidade das taxas de juro mantiveram-se em sentido ascendente durante o mês de Dezembro. • Destacamos a taxa de juro de referência do mercado monetário interbancário (MMI), a Luibor, que em Dezembro na maturidade 1 dia (Overnight) atingiu 23,35%, um aumento 70 p.b. face ao mês de Novembro. Nas maturidades de 3 a 12 meses as taxas situaram-se entre 17,41% e 20,17%, com incrementos entre 194 p.p. e 222 p.p. face ao mês transacto. • O aumento da procura por liquidez pelos bancos comerciais, correlacionado com a queda da liquidez disponível no sistema financeiro reflectida na contracção da massa monetária, impulsionou as taxas de juro Luibor e o volume de transacções no MMI. Como resultado, em Dezembro, o volume de liquidez transacionada cresceu 235% face ao mês de Novembro e atingiu 335,92 mil milhões KZ. Em termos anuais, em 2016 transacionou-se cerca de 1.286,11 mil milhões KZ, apenas 21% do volume total transaccionado em 2015. • A evolução das taxas no MMI pressiona as taxas dos Bilhetes do Tesouro, levando com que as mesmas também aumentem de forma a preservar a atractividade dos títulos, resultado em aumento o custo de financiamento do Estado. • A Massa Monetária, M2, contraiu em Dezembro pelo quinto mês consecutivo e fixou-se em -0,15% em Dezembro. Em termos homólogos expandiu em 13%, o mínimo em 2016. • O Comité de Política Monetária, levando em consideração a evolução dos indicadores acima descritos, com principal destaque para custo de financiamento na economia deixou de recorrer a incrementos da taxa de juro para contrapor a inflação. A taxa básica BNA, manteve-se em 16% na primeira reunião do CPM em 2017, a Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez em 20% e a Facilidade Permanente de absorção de Liquidez em 7,25%. Taxa de Juro Luibor 26 20 24 18 22 15 20 13 18 10 8 16 5 14 3 12 0 nov/15 jan/16 Taxa BNA FONTE: BNA mar/16 mai/16 Cedência O/N jul/16 set/16 Absorção O/N nov/16 jan/17 Absorção 7 dias 10 16/09/16 08/10/16 Over FONTE: BNA 30/10/16 1 Mês 3 Meses 21/11/16 6 Meses 13/12/16 04/01/17 9 Meses 26/01/17 12 Meses 03. Inflação • A taxa de inflação de Luanda, referência para o país, fixou-se em 41,95% em 2016, quase 3 vezes o registo de 2015. • Entretanto, situou-se abaixo da taxa de inflação de 45% prevista pelo Fundo Monetário Internacional em 2016, que prevê uma redução para 20% em 2017. • A inflação mensal atingiu 2,17%, tendo crescido pelo segundo mês consecutivo. Para a evolução no mês contribuíram a classe das Bebidas Alcoólicas e Tabaco com 1,07 p.p., a classe dos Bens e Serviços Diversos com 0,28 p.p., Vestuário e Calçado com 0,23 p.p. e a classe do Mobiliário, Equipamento Doméstico e Manutenção com 0,18 p.p. • O Índice de Preços no Consumidor Nacional registou uma variação de 2,04% de Novembro a Dezembro de 2016. As províncias que registaram maior aumento foram: Moxico com 2,23%, Lunda Sul com 2,22% , Luanda com 2,17%. As províncias com menor variação foram: Bié com 1,60%, Cuanza Sul com1,86%, Zaire com 1,88%. • O Índice de Preços Grossistas (IPG) registou uma variação de 29,85% em Dezembro de 2016 em comparação ao período homólogo. Em termos mensais, o IPG caiu em Dezembro pelo quinto mês consecutivo, tendo sido apurada uma variação de 1,25%, a quarta mais reduzida do último ano. • A evolução moderada da inflação em Dezembro, contrariou o histórico de aceleração da mesma durante o período das festas natalícias. • Entre os principais factores que contribuíram para que fosse alterado o comportamento sazonal do indicador, destaca-se a remuneração atrasada dos funcionários públicos em Dezembro, originado pelas restrições que o actual cenário económico impões às receitas obtidas pelo maior empregador da economia, o Estado. Taxa de Inflação e Massa Monetária 45 Taxa de Inflação 4,5 45 30 3,0 35 25 15 1,5 15 0 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 Inflação Homóloga FONTE: INE e BNA jan/16 abr/16 Var. % M2 jul/16 out/16 0,0 jan/17 5 jan/14 Inflação mensal (dir.) jun/14 nov/14 Inflação geral FONTE: INE abr/15 set/15 Ali mentar fev/16 jul/16 Não-Alimentares dez/16 04. Mercado Cambial • A política cambial que tem sido adoptada pelo Banco Nacional de Angola (BNA) contribuiu para a redução da desvalorização do kwanza em relação ao dólar, de 31,28% em 2015 para 22,6% em 2016, com a taxa média de câmbio a fixar-se em 165,9 KZ/USD em Dezembro de 2016, o mesmo nível registado nos últimos nove meses de 2016. • A estabilidade cambial foi obtida com recurso a maior rigidez da taxa de câmbio associado ao compromisso de venda regular de divisas assumido pelo BNA. Sendo que importa destacar que em Dezembro, um dos meses de maior procura, o volume de divisas cedido registou um incremento de 33,83% para 1.329,85 milhões EUR, que representa o volume máximo cedido em 2016. • Apesar do aumento, a venda média mensal de divisas que em 2016 situou-se em aproximadamente 930 milhões USD, manteve-se inferior à média de 1.475,02 milhões USD referente ao ano transacto. • As Reservas Internacionais Líquidas (RIL) têm reflectido a medida adoptada pelo Banco Central com reduções consecutivas de aproximadamente 3%, de Agosto a Novembro, quando fixou-se em 22.721 milhões USD e 21.399 milhões USD, respectivamente. • No mês de Dezembro inverteu-se a tendência com o incremento das RIL em 5,42% para 21.399 milhões USD, desempenho que poderá ser justificado pelo aumento da cotação internacional do crude, que desde o acordo de Dezembro de corte na produção, mantém-se acima de 50 USD/barril. Entretanto, regista-se uma redução de 11,81% em relação ao período homólogo de 2015 quando fixou-se em 24.266 milhões USD. • Para o ano corrente, o sucesso do objectivo de estabilidade cambial e, consequentemente, da inflação, encontra suporte no acordo para o corte da produção petrolífera ratificado por países membros da OPEP e economias não-OPEP, devendo, em caso de sucesso, contribuir para enxugar o excesso de oferta do mercado, melhorando o preço do mesmo. Taxa de câmbio RIL e Taxa de câmbio 180 210 1,54 26.000 190 1,45 160 170 1,36 24.000 150 140 1,27 130 1,18 22.000 120 110 1,09 90 70 dez/14 ab r/15 ag o/15 dez/15 ab r/16 ag o/16 1 dez/16 20.000 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 RIL (em milhões USD) AOA/ USD (esq.) FONTE: BNA e BLOOMBERG EUR/USD (dir.) AOA/ EUR (esq.) FONTE: BNA jan/16 abr/16 jul/16 out/16 Taxa de Câmbio AOA/USD (dir.) 100 jan/17 05. Finanças Públicas • A expectativa relativamente ao Plano Anual de Endividamento de 2017 era elevada, especialmente no que se refere ao stock da dívida, devido a supressão da barreira de 60% do PIB para a dívida governamental. • No entanto, o stock da dívida deverá se situar em 53,29% em 2017, acima dos 52,7% predefinidos no OGE de 2017 mas, contudo, abaixo do anterior tecto de 60% do PIB. • A dívida bruta prevista no PAE 2017 situa-se em 4.667 mil milhões KZ, constituído em 75% por dívida interna, correspondente a 3.494,32 mil milhões KZ, e 25% por dívida externa, o equivalente a 7,1 mil milhões USD. • Do total de dívida interna prevista para o ano, 44,9% representam emissões de Bilhetes do Tesouro (BT), 51,6% de Obrigações do Tesouro (OT) e 3,5% correspondem aos Contratos de mútuo. • No que se refere as OT, do total de 1.803,21 mil milhões KZ, 511,37 mil milhões KZ representa o limite de emissões de OT-Não Reajustáveis (OT-NR), 319,61 mil milhões KZ constituem OT Indexadas à taxa de câmbio (OT-TXC), 383,53 mil milhões KZ em OT Indexadas aos Bilhetes do Tesouro e as OT em Moeda Estrangeira (OTME) fixam-se em 63,92 mil milhões KZ. • O restante distribui-se em 0,3% para OT- Crédito agrícola, em 6,5% para OT-NR capitalizações e 22,3% em OT-NR para regularização de atrasados. • As emissões de OT-NR Regularização de atrasados foram definidas em 402,75 mil milhões KZ, o equivalente a 2,5 mil milhões USD. • As OT-INBT, emitidas pela primeira vez, visam alongar o perfil de maturação da dívida pública e remunera conforme a média ponderada das taxas de juros dos BT de 91 dias, nos 3 meses antecedentes ao mês ao qual a Obrigação é emitida. Dívida Interna Stock da Dívida Governamental (% do PIB) 122,75 MM Kz 3,50% 6 1,90% 1.568,36 MM Kz To tal Dívida Interna: 3.494,32 MM Kz 52,70% 53,29% 49,61% 44,90% 32,64% 1.803,21 MM Kz 51 ,60% 20 ,67% 20 ,61% 2011 BT FONTE: PAE 2017 OT 23,92% 2012 Contratos Mútuos FONTE: PAE 2017 2013 2014 2015 2016 2017 OGE 2017 06. Economia Real • Foram divulgados os indicadores actualizados relativamente a actividade económica angolana em 2016 na apresentação do Plano Anual de Endividamento (PAE) de 2017, tendo sido apurada uma taxa de crescimento do PIB de 0,1%, mantendo-se, contudo, acima do 0% estimado pelo FMI, suportada, em parte, pelo défice fiscal de 2,3% do PIB, melhorando face aos 5,9% antecipados no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2017. • No mesmo mês, o Fundo Monetário Internacional (FMI) tornou pública a evolução dos principais indicadores económicos de Angola ao abrigo do artigo IV do FMI. • O Fundo prevê uma melhoria da taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0% em 2016 para 1,3% em 2017. A expansão prevista da economia em 2017 será suportada pelo crescimento de 1,5% do PIB petrolífero e 1,3% do PIB não petrolífero, uma melhoria face ao registo verificado em 2016 de 0,8% e -0,4%. • O PIB expande-se de 15.729 mil milhões KZ em 2016 para 20.072 mil milhões KZ em 2017. O PIB total previsto para 2017 é constituído em 81,04% pelo PIB não-petrolífero, que corresponde a 3.805 mil milhões KZ, e os restantes 18,96% pelo PIB petrolífero. • Adicionalmente, antevê-se um aumento da produção petrolífera de 1,789 milhões barris/dia em 2016 para 1,821 milhões barris/dia em 2017. Perspectiva-se que o preço médio da rama angolana se situe em 46 USD/barril, contribuindo para que a receita se fixe em 30,2 mil milhões USD em 2017, que representa uma melhoria face aos 26,2 mil milhões USD estimados para 2016. • Por outro lado, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou no seu relatório “Situação Económica e Perspectivas 2017” que em 2016 o crescimento fixou-se em 0,8% e para 2017 também perspectiva um aumento do crescimento para 1,8%. Quadro Macroeconómico de Previsões 201 5 Princip a is Ind ica d ores Económicos, 201 6–201 7 EIU Ab r. 1 6 OGE Nov . 1 6 201 6 F MI Ja n. 1 7 EIU Ab r. 1 6 OGE Nov . 1 6 Art. 4.º Economia real (var. percentual, salvo indicação em contrário) Produto interno bruto real Sector petrolífero Sector não petrolífero Preços no consumidor (média anual) Petróleo Produção de petróleo (milhares de barris por dia) Preço do petróleo angolano (média, USD por barril) 201 7 F MI Ja n. 1 7 OGE Nov . 1 6 Art. 4.º F MI Ja n. 1 7 Art. 4.º 2,7 4,0 3,0 1,1 3,3 0,0 2,1 1,3 …. …. 7,8 2,4 6,4 1,6 …. …. 4,8 2,7 0,8 -0,4 1,8 2,3 1,5 1,3 16,9 11-13 33,0 15,8 29,2 1.820,0 40,3 1.890,0 45,0 1.780,0 40,5 1.814,3 46,0 1.821,0 46,0 10,3 …. …. 13,8 10,3 1.890,0 53,0 1,8 50,0 Gov erno centra l ( p ercenta g em d o PIB) Saldo orçamental global Total da dívida (bruta) do sector público -5,7 58,1 -4,2 40,5 -3,3 65,4 -6,9 67,4 -5,5 49,7 -4,1 71,6 -5,8 52,7 -6,7 62,8 Moeda e crédito (fim de período, variação percentual) Massa monetária (M2) Crédito ao sector privado (variação percentual em 12 meses) 11,8 8,6 14,8 17,6 11,8 17,6 8,2 4,3 …. …. 12,0 12,4 … … 15,0 19,1 Ba la nça d e p a g a mentos Termos de troca (variação percentual) Saldo da conta corrente (percentagem do PIB) 12,5 -8,0 …. 16,5 -41,6 -10,0 11,4 -9,4 …. 0,8 -16,2 -4,3 …. 23,0 12,7 -6,1 23.901,0 24.550,0 24.266,0 15.726,0 …. 20.416,0 … 17.416,0 Reservas intern. líquidas (fim de período, milhões de USD) FONTE: FMI (artigo IV), OGE 17 e The Economist Intelligence Unit (EIU) 07. Economia Regional • Nigéria: A taxa de juro de referência foi mantida em 14% pelo Banco Central na reunião de 24 de Janeiro de 2017, o mesmo nível desde Julho de 2016, sendo que no ano em análise a taxa registou incremento de 3 p.p.. A decisão teve como intuito conter a taxa de inflação que de Janeiro a Dezembro de 2016 cresceu de 9,6% a 18,55%, influenciada pela desvalorização cambial que subiu de 8,62% em 2015 para 58,22% em 2016, após ter flexibilizado a taxa de câmbio em Junho de 2016. A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou no seu relatório “Situação Económica e Perspectivas 2017” que em 2016 a economia registou recessão de 1,6%, que será ultrapassada a partir de 2017 com crescimento de 2%. apresentada no relatório da ONU. A decisão do CPM manteve-se inalterada apesar da taxa de inflação homóloga em 2016 ter aumentado em 0,6 p.p. para 6,8% em Dezembro, após alcançar o nível de 7% em Fevereiro, a maior inflação desde Junho de 2009. O nível de inflação, superior à meta definida pelo Banco Central de 6,5%, teve como principal impulso a desvalorização do rand e o aumento do preço dos alimentos em consequência da seca que assolou o país. • África do Sul: O Comité de Política Monetária (CPM) do Reserve Bank, BC sul-africano, decidiu na reunião de Janeiro do ano corrente, manter a taxa de juro de referência em 7%, a mesma taxa desde Março de 2016. A decisão visou estimular o crescimento económico, que segundo o Banco Central fixou-se em 0,4% em 2016, que contrasta com a estimativa de 0,6% • Gana: A política monetária contraccionista adoptada pelo Banco Central em 2016 com a manutenção da taxa de juro de referência em 26% de Janeiro a Dezembro, contribuiu para que a taxa de inflação homóloga reduzisse de 19% em Janeiro de 2016 para 15,4% em Dezembro. O desempenho da inflação contribuiu para que o CPM decidisse na reunião de Janeiro, reduzir a taxa básica de juro em 0,5 p.p. para 25,5%, tendo-se em consideração que a depreciação acumulada do cedi (moeda do Gana) registou contracção de 15,7% em 2015 para 9,6% em 2016. Taxa de Inflação da Nigéria Taxas de juro de Referência 15,6 12,8 17,6 17,9 16,5 17,1 18,3 18,48 25,5 18,55 13,7 16,0 16,0 11,4 9 25,5 14,0 14,0 9,6 7,0 7,0 5,5 5,5 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 África do Sul Angola Botswana Novembro de 2016 FONTE: BLOOMBERG FONTE: BANCOS CENTRAIS Gana Nigéria Dezembro de 2016 08. Cobertura de Noticias • A economia angolana deverá crescer 1,3% em 2017. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia nacional cresça 1,3% em 2017 após estimar uma estagnação em 2016, sendo que o sector petrolífero e não petrolífero aumentará em 1,5% e 1,3% respectivamente. Os dados foram divulgados pelo conselho de administração do FMI, pelas conclusões anuais obtidas com o governo e instituições de Angola ao abrigo do Artigo IV., no entanto a previsão de crescimento contrasta com a estimativa de crescimento de 2,1% do OGE 2017. • O Plano Anual de Endividamento (PAE) para 2017 não prevê a emissão de Eurobonds. O PAE para 2017 não prevê a emissão de dívidas soberanas em moeda estrangeira, porém havendo um melhoramento nas condições financeiras internacionais e no nível de preço do petróleo, o Estado poderá retomar as emissões de Eurobonds. A primeira emissão deste tipo de dívida, ocorreu em Novembro de 2015 tendo rendido para o Estado cerca de 1,5 mil milhões USD com maturidade de 10 anos e juros de 9,5%. • A economia angolana cresceu 0,1% em 2016. Foram divulgados os indicadores actualizados relativamente a actividade económica angolana em 2016 na apresentação do Plano Anual de Endividamento (PAE) de 2017, tendo sido apurada uma taxa de crescimento do PIB de 0,1%, mantendo-se, contudo, acima do 0% estimado pelo FMI. Por outro lado, o défice fiscal em 2016 situou-se em 2,3% do PIB, melhorando face aos 5,9% antecipados no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2017. • O estoque de dívida se situará em 53,29% em 2017. Divulgado o Plano Anual de Endividamento de 2017, entre os destaques, salienta-se que a evolução prevista para o rácio da dívida pública, prevendo que o estoque da dívida se situe em 53,29% do PIB, superior aos 52,7% previstos no OGE do ano. Entretanto, o mesmo não superou o limite de 60%, que representava o tecto para a dívida pública até a revogação da lei que garantia a sua implementação. • O Tesouro prevê obter até 3.494,32 Mil milhões KZ em 2017 com recurso a dívida interna. O Ministério das Finanças divulgou o volume total previsto para a emissão de dívida interna que deverá atingir 3.494,32 Mil milhões KZ em 2017. Deste volume, 44,9% corresponde a emissão de Bilhetes do Tesouro (BT), o que perfaz cerca de 1.568,35 Mil Milhões KZ; 51,6% representa a emissão de Obrigações do Tesouro (OT), situando-se em 1.803,21 Mil Milhões KZ, correspondendo os restantes 3,5% em contratos de mútuo. Entre os destaques, salientamos a emissão a partir do final do primeiro trimestre do corrente ano de OTs indexadas aos Bilhetes do Tesouro, cuja taxa resultará da média ponderada das taxas de juro dos BT a 91 dias. • A Administração Geral Tributária (AGT) prevê incremento de 13,9% na arrecadação do Imposto Predial Urbano (IPU) de 2017. A AGT estima que em 2017 o pagamento do IPU alcancará o montante de 36 mil milhões KZ, um incremento de aproximadamente 14% em relação ao total de 31 mil milhões KZ arrecadado em 2016. A cobrança do imposto que incide sobre os imóveis avaliados em mais de 5 milhões KZ, com uma alíquota de 0,5%, tem nas províncias de Luanda, Cabinda e Benguela, o maior número de contribuintes. A instituição destaca que a multa sobre o incumprimento representa 35% da parcela em falta. • A quantidade de notas e moedas em poder do público contraiu pelo terceiro mês consecutivo. A quantidade de notas e moedas em domino público reduziu 3% durante o mês de Novembro, situando-se em aproximadamente 349 mil milhões KZ, contra os 361 mil milhões do mês de Outubro. A tendência de redução ocorre pelo terceiro mês consecutivo, sendo que a queda registada, poderá reflectir a contracção da politica monetária adoptada pelo Banco Central para a estabilidade do nível de preços. • As receitas petrolíferas provenientes da China reduziram cerca de 14% face ao período homólogo. As receitas arrecadadas das exportações petrolíferas para China em 2016 foram de aproximadamente 13 mil milhões USD, representando uma queda de cerca de 14% face ao período homólogo em que situou-se em 15 mil milhões USD. Entretanto, o montante obtido no período em análise atingiu o nível mais baixo dos últimos 8 anos. Apesar do aumento da quantidade exportada em cerca de 13% a quebra no preço do petróleo penalizou significativamente as receitas. 09. Tabela de Indicadores Mercado Monetário e Mercado Cambial 2014 2015 dez/14 dez/15 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez AOA/USD 103,1 135,3 155,6 158,9 160,7 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 AOA/EUR 125,3 147,1 169,9 177,6 179,5 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 INDICADORES 2 0 16 TA XA D E CÂ M BIO ( M ÉD IA ) TA XA D E JURO CRÉD ITO ( 181 D A 1 A N O, %) EM PRESA S MOEDA NACIONAL 13,88 15,11 15,22 15,18 15,21 15,24 15,27 15,1 15,55 15,38 15,17 15,38 15,32 15,26 MOEDA ESTRANGEIRA 10,64 12,97 12,00 - - - - - - - - 9,80 9,80 8,50 MOEDA NACIONAL 13,59 10,14 15,35 15,17 17,19 16,29 17,82 15,41 15,62 15,50 16,92 15,48 14,46 15,25 MOEDA ESTRANGEIRA 6,43 2,65 6,03 4,65 13,61 10,91 9,69 6,72 7,51 6,72 9,12 8,52 8,98 - PA RTICUL A RES TA XA D E D EPÓSITOS ( 181 D A 1 A N O, %) MOEDA NACIONAL 4,31 4,21 3,84 3,86 3,83 3,85 3,99 3,97 3,99 3,96 4,01 4,05 3,90 3,90 MOEDA ESTRANGEIRA 2,28 2,62 2,98 3,07 3,13 2,74 2,68 2,92 3,03 2,51 2,36 3,17 3,02 3,10 3.807,8 A G REG A D OS M ON ETÁ RIOS ( USD ) M1 3.096,9 3.412,4 3.645,4 3.788,0 3.872,1 3.849,5 4.060,9 3.989,6 4.077,1 3.926,2 3.886,6 3.856,2 3.862,8 M2 5.103,5 5.703,7 6.001,2 6.042,8 6.304,5 6.350,7 6.523,4 6.567,4 6.643,1 6.576,5 6.534,3 6.469,2 6.457,3 6.446,7 M3 5.110,1 5.711,8 6.011,0 6.052,3 6.314,0 6.359,1 6.532,2 6.576,9 6.652,6 6.580,7 6.538,6 6.473,2 6.461,1 6.450,5 23,35 TA XA L UIBOR ( FIM D E PERIOD O, %) O/N 6,143 11,31 11.30 11,3 11,01 14 13,92 1392,00% 13,93 13,93 14,47 14,26 22,65 30 DIAS 7,45 11,44 11,47 11,67 12,27 13,49 14,2 13,82 15,08 15,08 14,63 13,71 15,19 17,41 90 DIAS 8,02 11,88 12,1 12,87 13,31 14,4 15,42 15,84 16,28 16,28 15,8 14,73 16,04 18,23 180 DIAS 8,5 12,21 12,55 13,44 14,01 15,18 16,43 16,71 17,34 17,34 16,48 15,22 16,36 18,30 270 DIAS 8,93 12,56 12,92 13,87 14,61 15,79 17,29 17,24 17,06 17,06 16,96 16,45 17,71 19,65 360 DIAS 9,55 12,84 13,31 14,43 15,26 16,54 18,16 17,64 17,87 17,87 17,61 16,72 18,15 20,17 9 11 12,00 12,00 14,00 14,00 16,00 16 16 16 16 16 16 16 7,48 14,27 17,34 20,26 23,6 26,41 29,23 31,8 35,3 38,18 39,44 40,04 41,15 41,95 27.101 24.266 24.534 23.888 24.297 24.774 24.339 23.977 23.983 22.721 21.926 20.970 20.298 21.399 1,62 1,85 1,73 1,75 1,77 1,79 1,77 1,77 1,77 1,78 1,77 1,58 1,69 1,72 TA XA BÁ SICA ( FIM -D E-PERIOD O, %) TA XA IN FL A ÇÃ O ( FIM -D E-PERIOD O, Y / Y , %) RESERVA S IN TERN A CION A IS ( USD ) PROD UÇÃ O D E PETRÓL EO ( M B/ D ) FONTE: BNA, INE e OPEP Indicadores Económicos de Países da África Subsariana PIB NOMINAL (USD ) PIB ( %) POPULAÇÃO PIB PER CAPITA (USD) RECEITA PÚBLICA (%PIB) DESPESA PÚBLICA (%PIB) DÍVIDA PÚBLICA (%PIB) BALANÇA CORRENTE (%PIB) INFLAÇÃO (%) 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 ANGOLA 27,4 0,0 1,3 96,2 121,0 3.514,0 4.294,0 19,5 18,9 23,6 25,6 71,6 62,8 -4,3 -6,1 45,00 20,00 ÁFRICA DO SUL 55,9 0,1 0,8 280,4 288,2 5.018,2 5.074,1 29,9 30,0 33,7 33,8 51,7 53,3 -3,3 -3,2 6,70 5,50 BOTSWANA 2,2 3,1 4,0 10,9 11,0 5.082,5 5.068,9 34,9 32,5 38,3 36,4 16,9 15,3 4,1 3,7 3,30 3,60 CAMARÕES 23,7 4,8 4,2 30,9 33,1 1.303,4 1.364,1 16,2 16,1 22,4 21,0 31,6 33,8 4,2 -4,0 2,20 2,20 CONGO 4,5 1,7 5,0 8,8 10,3 1.980,7 2.255,3 31,3 32,6 38,9 34,2 69,3 61,2 -8,2 -2,1 4,57 3,50 REP. DEM. CONGO 84,1 3,9 4,2 39,8 41,9 473,3 483,4 13,5 17,8 15,4 15,1 20,0 22,6 -0,8 5,2 2,45 3,00 GANA 27,6 3,3 7,4 42,8 46,6 1.550,8 1.648,3 19,4 19,2 23,2 21,2 66,0 62,2 -6,3 -6,0 13,50 8,00 1,3 3,5 3,9 11,7 12,5 9.321,6 9.904,6 22,9 22,9 25,7 25,8 58,9 58,3 -4,3 -4,5 2,00 2,20 28,8 4,5 5,5 12,0 11,4 418,9 387,5 25,9 27,7 31,7 31,7 112,6 103,2 -33,5 -28,3 20,00 12,20 NAMÍBIA 2,3 4,2 5,3 10,2 10,9 4.427,9 4.702,9 30,6 30,4 39,8 38,7 42,0 46,9 -12,5 -6,9 7,30 6,00 NIGÉRIA 183,6 -1,7 0,6 415,1 413,7 2.260,3 2.192,5 5,7 7,1 10,3 11,1 14,6 15,5 -0,7 -0,4 18,50 17,00 TANZÂNIA 48,6 7,2 7,2 46,7 50,5 960,2 1.017,5 16,4 16,9 20,4 21,5 38,3 39,7 -8,8 -8,8 4,99 5,00 QUÉNIA 45,5 6,0 6,1 69,2 74,7 1.521,9 1.599,4 19,6 19,8 27,0 26,2 52,7 53,0 -6,4 -6,1 5,63 5,51 ZÂMBIA 16,7 3,0 4,0 20,6 20,9 1.230,7 1.213,4 18,1 17,9 27,1 26,1 56,1 58,8 -4,5 -2,2 9,50 8,70 ZIMBABWE 14,5 -0,3 -2,5 14,2 14,6 978,7 978,4 25,1 23,4 30,0 26,4 58,9 57,6 -7,5 -6,1 -1,20 6,00 MAURÍCIA MOÇAMBIQUE FONTE: FMI 10. Outras Publicações NEWSLETTER NEWSLETTER NEWSLETTER DAILY OIL & GAS PRIVATE NEWSLETTER NEWSLETTER WEEKLY CONTRIBUTOS AO JORNAL CORPORATE O PAÍS 11. Contactos FALE COM A NOSSA EQUIPA Jânio Ambrósio Research Analyst [email protected] Joyce Domingos Research Analyst [email protected] Anta Bandola Research Analyst [email protected] RESEARCH ATLANTICO E-mail: [email protected] | Tel: 226 432 445 | 923 169 045 DISCLAIMER: This document was created with information from sources considered to be reliable, but its accuracy may not be completely guaranteed. The content of this document does not represent a recommendation to invest, divest or hold investment in any stock herewith described or any other stock, and it may not be considered an offer, invitation or solicitation to purchase or sell the above mentioned stock. 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