Viveirista de Plantas e Flores

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
Projeto Pedagógico 2013
3ª Edição
VIVEIRISTA DE PLANTAS E FLORES
O SENAR
O SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL – SENAR, criado pela Lei nº 8.315, de 23/12/91, é uma entidade de direito privado, paraestatal
mantida pela Classe Patronal Rural, vinculado à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA e administrado por um Conselho Deliberativo
(Tripartite). Integra o chamado Sistema S e tem a função de cumprir a missão estabelecida pelo seu Conselho Deliberativo, composto por
representantes do Governo Federal, da Classe Patronal Rural e da Classe Trabalhadora.
A missão do SENAR é realizar educação profissional e promoção social das pessoas do meio rural, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e
para o desenvolvimento sustentável do país. Vale ressaltar que, ao profissionalizar e oferecer atividades de promoção social no meio rural, nas
modalidades estabelecidas, a Instituição contribui efetivamente para o aumento de renda, integração e ascensão social das pessoas, a partir dos
princípios de sustentabilidade, produtividade e cidadania, colaborando também para o desenvolvimento socioeconômico do país.
O SENAR tem como princípios: organizar, administrar, executar e supervisionar, em todo o território nacional, o ensino da formação profissional rural
e a promoção social das pessoas no meio rural com base nos princípios da livre iniciativa e da economia de mercado. Ainda com base nas urgências
sociais, tem o objetivo de aprimorar as estratégias educativas e difundir metodologias para ofertar ações adequadas de formação profissional ruralFPR e promoção social-PS ao seu público, além de assessorar os Governos Federais e Estaduais em assuntos relacionados à FPR e atividades
assemelhadas, buscando expandir parcerias e consolidar alianças públicas e privadas com o objetivo de cumprir a missão institucional, estimulando a
pesquisa e garantindo o acesso à inovação rural. Intenta, ainda, fortalecer e modernizar o sistema sindical, além de aperfeiçoar os mecanismos de
planejamento, monitoramento e avaliação de desempenho institucional, promovendo a cidadania, a qualidade de vida e a inclusão social.
As ações desenvolvidas pelo SENAR baseiam-se, também, em diretrizes vinculadas às estratégias de gestão, considerando a realidade local,
respeitando os interesses e necessidades dos produtores e trabalhadores rurais, o perfil profissional da ocupação demandada pelo mercado de
trabalho e utilizando múltiplas estratégias metodológicas e pedagógicas para o alcance. Dentro das diretrizes ainda está prevista a divulgação ampla e
irrestrita dos serviços, a certificação dos participantes dos processos educativos, e o intercâmbio técnico-educacional visando à aquisição e o
compartilhamento de expertises e ação conjunta.
O público do SENAR são as pessoas do meio rural associadas, direta ou indiretamente, aos processos produtivos agrossilvipastoris e as turmas são
compostas por participantes com idade compatível com a natureza do curso e respeitando-se a legislação vigente, primando pela adesão daquelas
que pretendam exercer atividades no meio rural.
A Administração Central em Brasília oferece suporte administrativo, metodológico, pedagógico e jurídico, além de realizar a interface com os órgãos
federais, instituições nacionais e internacionais ligadas à educação e ao trabalho. Irradia, também, experiências exitosas das e para as Administrações
Regionais, uma em cada estado, que oferecem ao público, em todo o Brasil, ações de FPR voltadas para quase 200 profissões do meio rural e
atividades de PS em áreas como educação, saúde, artesanato, cultura, esporte e lazer, que visam a desenvolver competências pessoais que
contribuam para o avanço socioeconômico dos cidadãos do campo.
Cada Administração Regional do SENAR oferece ao seu público uma oferta educativa variada, específica e definida em planejamento anual de
trabalho, composto com base nas necessidades de FPR e PS dos municípios e do estado.
A fim de viabilizar a execução dos eventos da FPR e PS, por não disporem de instalações físicas ou centros de treinamentos próprios, com a exceção
de Bahia e Paraná, as Administrações Regionais do SENAR estabelecem parcerias com entidades; Sindicatos Rurais; Associações de Produtores;
Entidades de Classe Organizadas; Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, Órgãos de assistência técnica e outros, que possam ajudá-las
a alcançar a clientela de maneira abrangente e efetiva no maior número possível de municípios do país e estabelecer os cenários pedagógicos para a
realização da oferta formativa. Essas entidades, por seu poder de atuação como lideranças locais e junto aos seus associados de modo geral, atingem
a capilaridade almejada pela Instituição e contribuem para o processo de levantamento de necessidades locais de capacitação profissional e
promoção social além de realizar a mobilização e composição das turmas. O processo de escolha, capacitação e acompanhamento das entidades
parceiras é criterioso e constante, para que se mantenham os níveis de qualidade dos serviços educativos prestados.
Diversos agentes atuam no processo de planejamento, operacionalização e avaliação da ação educativa do SENAR. São os Superintendentes e as
equipes técnicas das Administrações Regionais, os supervisores, os instrutores e os mobilizadores. Cada um possui importantes funções específicas,
que se complementam para atender às necessidades do público do SENAR com qualidade.
O agente “Mobilizador” atua de forma efetiva junto ao público da Instituição e tem atribuições específicas que se referem ao levantamento de
necessidades, à seleção de pessoas e composição de turmas, além da preparação do cenário educativo.
O agente “Supervisor” tem a importante função de ser o elo entre os demais agentes, a Instituição e os parceiros, atuando de forma educativa,
preventiva e corretiva.
O agente “Instrutor” é o mediador do conhecimento e da prática profissional junto aos participantes dos eventos. São profissionais multidisciplinares,
como agrônomos, veterinários, zootecnistas, técnicos agrícolas, artesãos, profissionais da saúde, etc., que são selecionados por cada Administração
Regional
e
passam
por
um
processo
de
cadastramento,
credenciamento,
formação
e
supervisão.
As vertentes de trabalho do SENAR; a FPR e a PS constituem-se em processos educativos que contam com a participação desses diversos agentes e
que são realizados mediante um planejamento estratégico que vislumbra as necessidades do mercado de trabalho, as expectativas profissionais e
sociais do público alvo e a missão do SENAR.
Para o SENAR, o Processo da FPR e da PS representa um conjunto de procedimentos de planejamento, operacionalização e avaliação ordenados e que
orientam a realização das ações das duas vertentes. Constitui um roteiro de trabalho da organização, permitindo, assim, uma visão ampla das
atividades desenvolvidas em todas as suas etapas e fases.
O Processo considera a missão, os princípios e as diretrizes do SENAR; as políticas nacionais de desenvolvimento socioeconômico, como também as
políticas nacionais, estaduais, municipais, institucionais e as recomendações internacionais; a legislação vigente concernente ao mundo da educação e
do trabalho, os recursos financeiros, os materiais e o contingente humano da organização como entradas do processo. Além disso, vale-se das
experiências vivenciadas anteriormente pela organização para retroalimentar as etapas, fases e atividades realizadas ao longo do processo.
A FPR, vertente onde se situa a oferta dos cursos do PRONATEC, é definida como um processo educativo e democrático que considera o mundo em
permanente processo de mudança. Vincula-se diretamente ao universo do trabalho e está associada à informação e à orientação profissional,
centrada, portanto, em ocupações reconhecidas no mercado de trabalho rural para a definição das ofertas educativas que devem ser adequadas ao
nível tecnológico destas ocupações. Possui identidade e características próprias, objetivos profissionalizantes e conteúdos ocupacionais centrados no
processo de trabalho, resultando, por consequência, em ganhos e aumento de produtividade para o produtor e trabalhador rural.
Para ofertar os cursos, o SENAR desenvolve e dissemina metodologia educacional própria, baseada em princípios pedagógicos e andragógicos,
referentes à educação de adultos, considerando as especificidades das populações do campo, e que primam por estratégias que aliam teoria e prática
e a experiência do educando à do educador, fazendo com que o participante contextualize e aplique de forma efetiva e eficaz as suas competências
nos exercícios laborais e na vida em sociedade.
Para as ações do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego-PRONATEC, criado em 26 de outubro de 2011 por meio da Lei 12.513, o
público do SENAR será constituído pelas pessoas cadastradas pelas entidades demandantes. A legislação prevê cursos de formação inicial e
continuada (FIC) ou qualificação profissional, que constitui a atual oferta da Instituição, além de cursos de educação profissional técnica de nível
médio. O PRONATEC atenderá prioritariamente as pessoas que se encontram em situação de fragilidade socioeconômica, para quem a qualificação
profissional pode aumentar a possibilidade de colocação no mercado de trabalho e, em consequência, melhorar as condições de vida. Pela legislação,
o referido público é formado por estudantes do ensino médio da rede pública (inclusive de educação de jovens e adultos), trabalhadores (inclusive
agricultores familiares, silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores), beneficiários dos programas federais de transferência de renda (Bolsa
Família e Benefício de Prestação Continuada) e estudantes que tenham cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou em
instituições privadas na condição de bolsista integral.
O SENAR aderiu ao PRONATEC em dezembro de 2011 e desde o início da execução das vagas pactuadas, em junho de 2012, já capacitou quase 25.000
pessoas. Em 2013, a meta é oferecer 45.833 vagas, que representa cumprir o total da pactuação – por status de aprovação pelos parceiros
demandantes, em cursos distribuídos nos seguintes eixos tecnológicos:








Recursos Naturais
Produção Alimentícia
Controle e Processos Industriais
Informação e Comunicação
Gestão e Negócios
Turismo, Hospitalidade e Lazer
Produção Cultural e Design
Infraestrutura
Desta forma, a Instituição cumpre a função de levar ao público que está inserido ou vislumbra inserir-se nos processos produtivos agrossilvipastoris,
as informações e vivências práticas necessárias para que possam fazê-lo com efetiva capacidade de geração de renda, qualidade de vida e
desenvolvimento profissional e pessoal.
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
Projeto Pedagógico – PRONATEC 2013
3ª edição
VIVEIRISTA DE PLANTAS E
FLORES
PP 0057/2013
GUIA FIC – 3ª EDIÇÃO
PRONATEC SENAR – 2013
Bolsa Formação Trabalhador – Portfólio de Cursos de Formação Inicial e Continuada - FIC
Eixo Tecnológico: Recursos Naturais
VIVEIRISTA DE PLANTAS E FLORES
Carga Horária: 160 horas
Escolaridade Mínima: Ensino Fundamental I incompleto
Ementa: Identifica espécies, variedades e define local de produção de flores e plantas ornamentais. Realiza manejo, trato cultural e tratamentos
fitossanitários da produção. Prepara o solo e os substratos para o plantio e colheita. Implanta e comercializa a produção, de acordo com as normas e
procedimentos técnicos de qualidade, segurança, higiene e saúde.
Referencial Classificação Brasileira de Ocupações – CBO para a composição do Projeto Pedagógico
CBO – Família Ocupacional 6224 – Trabalhadores agrícolas no cultivo de flores e plantas ornamentais
Títulos: 6224-05 - Trabalhador no cultivo de flores e folhagens de corte
6224-10 - Trabalhador no cultivo de flores em vaso
6224-20 - Trabalhador no cultivo de mudas
6224-25 - Trabalhador no cultivo de plantas ornamentais
1.
Dados de Identificação do curso
Denominação do curso: Viveirista de Plantas e Flores
Local de oferta: Sindicatos Rurais, Escolas Municipais de ensino fundamental e Estaduais de Ensino Médio, CRAS (Centros de Referência e Assistência
Social), Prefeituras Municipais, Associações de Pais e Mestres, Empresas de Viveiros e de produção de mudas, propriedades rurais, cooperativas, etc.
Modalidade: presencial
Turno(s) de oferta: manhã, tarde e noite
Nº de vagas disponíveis: Conforme pactuação em vigor no SISTEC na data.
Nº de alunos por turma: De 12 a 18, em média. A depender do curso. Mensurar de acordo com a idade dos participantes, periculosidade dos
procedimentos, etc.
Carga horária total: 160 horas
Data de elaboração do projeto: Setembro de 2013
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Projeto Pedagógico – PRONATEC 2013
3ª edição
2.
VIVEIRISTA DE PLANTAS E
FLORES
PP 0057/2013
Apresentação do Curso
O curso voltado para formar o Viveirista de Plantas e Flores visa trabalhar as competências básicas, específicas e de gestão necessárias à realização,
com pró-atividade, autonomia, segurança e qualidade, das atividades inerentes ao exercício da referida profissão. Tais atividades dizem respeito a
identificação de espécies, variedades e definição local de produção de flores e plantas ornamentais, realização do manejo, trato cultural e
tratamentos fitossanitários da produção, bem como preparação do solo e dos substratos para o plantio e colheita. Ainda tem como atividade, a
implantação e comercialização da produção, de acordo com as normas e procedimentos técnicos de qualidade, segurança, higiene e saúde.
A programação deve abranger todas as principais competências da ocupação possibilitando que o participante conjugue conhecimento e prática, mas
respeitar os limites de profundidade de conteúdo, uma vez que se trata de qualificação básica, que abre caminhos para ofertas formativas
complementares.
Competências que deverão ser evidenciadas ao final da capacitação em ordem de prioridade:




3.
Competências técnicas
Competências de educação permanente
Competências sociais e interpessoais
Valores humanísticos
Caracterização dos locais de realização
Como o SENAR não dispõe de Escolas ou Centros de Treinamentos próprios, o local de realização das aulas práticas e teóricas dos cursos é acordado
com os parceiros demandantes, propriedades rurais credenciadas e outros espaços cedidos para a realização no próprio local de trabalho das aulas,
que poderão acontecer em Sindicatos Rurais, Escolas Municipais de ensino fundamental e Estaduais de Ensino Médio, CRAS (Centros de Referência e
Assistência Social), Prefeituras Municipais, Associações de Pais e Mestres, Empresas produtoras de sementes e mudas, Propriedades rurais de pessoas
físicas ou jurídicas, Cooperativas, Associações etc.
4.
Justificativa para a realização do curso
O mercado brasileiro de flores e plantas ornamentais apresenta-se com perspectivas de crescimento e consequente incremento para os principais
segmentos da cadeia produtiva: produção, distribuição e comercialização.
Atualmente, é uma atividade com relevante importância econômica em vários estados do país com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas
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Projeto Pedagógico – PRONATEC 2013
3ª edição
VIVEIRISTA DE PLANTAS E
FLORES
PP 0057/2013
Gerais e Rio Grande do Sul.
Neste cenário, verifica-se que o agronegócio de flores no Brasil possui vantagens mercadológicas e técnicas além da amplitude de climas, a variedade
de solos e a biodiversidade no Brasil que possibilitam cultivos diversificados, caracterizando excelentes vantagens técnicas e configurando o enorme
potencial desse complexo no País.
Por outro lado, a profissionalização e o dinamismo comercial da floricultura brasileira são fenômenos relativamente recentes. No entanto, frente ao
enorme mercado interno de consumo, a atividade já contabiliza números extremamente significativos. São mais de 2,6 mil produtores, cultivando
uma área de cerca de 5,2 mil hectares anualmente (IBRAFLOR, 2004).
A floricultura brasileira está seguindo a tendência mundial de segmentação e profissionalização da cadeia produtiva, onde ocorre a máxima
especialização de cada elo. A expansão do setor está diretamente ligada a uma melhor gestão empresarial, buscando relações comerciais mais
eficientes. Neste sentido, é essencial que se tenha conhecimento das estruturas utilizadas pelos produtores/fornecedores para a comercialização de
seus produtos, visando uma boa integração entre produção e distribuição no mercado (CASTRO, 1998).
De acordo com estudos realizados há uma necessidade do mercado de cultivo de plantas e flores é a mão de obra especializada e melhor uso de
técnicas de pós-colheita.
Assim, para se conseguir mudas de qualidade, deve-se lançar mão de técnicas e procedimentos adequados para sua produção, o que é indispensável
para um melhor aproveitamento desse rentável ramo do agronegócio.
Dentre esses procedimentos, está a escolha, a formulação e a adubação correta do substrato, os tipos, as dosagens e as formas de aplicação de
adubos, aliados às características relacionadas ao bom manejo dos sistemas de irrigação.
Diante do exposto, o curso de Viveirista de Plantas e Flores de educação profissional de Formação Inicial e Continuada – FIC se justifica pela
importância do tema na economia brasileira e como uma oportunidade de atualização e formação de profissionais qualificados, favorecendo, dentre
outros, os estudantes do ensino médio da rede pública, os trabalhadores e beneficiários dos programas federais de transferência de renda.
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VIVEIRISTA DE PLANTAS E
FLORES
PP 0057/2013
Nessa perspectiva, o SENAR propõe-se a oferecer o curso de Viveirista de Plantas e Flores, por entender que contribuirá para a busca/aquisição do
primeiro emprego, a elevação da escolaridade e o empreendimento próprio dessas pessoas, bem como para a formação humana integral e com o
desenvolvimento socioeconômico da região articulado à missão e objetivos do SENAR.
Fonte: Ceratti, M.; Paiva, P. D. O; Sousa, M.; Tavares, T. S.; Comercialização de flores e plantas ornamentais no segmento varejista no município de Lavras/MG. Ciência e
Agrotecnologia, vol.31, no.4, Lavras July/Aug. 2007.
Embasamento CBO
Família: TRABALHADORES AGRÍCOLAS NO CULTIVO DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS– CÓDIGO – 6224
Títulos
6224-05 - Trabalhador no cultivo de flores e folhagens de corte - Floricultor no cultivo de flores e folhagens de corte, Trabalhador na floricultura
(flores e folhagens de corte)
6224-10 - Trabalhador no cultivo de flores em vaso - Floricultor no cultivo de flores em vaso, Trabalhador na floricultura (flores em vaso)
6224-20 - Trabalhador no cultivo de mudas - Floricultor no cultivo de mudas, Trabalhador na floricultura (cultivo de mudas)
6224-25 - Trabalhador no cultivo de plantas ornamentais - Floricultor no cultivo de plantas ornamentais, Trabalhador da cultura de plantas
ornamentais, Trabalhador na floricultura (plantas ornamentais)
Descrição sumária de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO
Plantam sementes, bulbos, rizomas e estacas; manejam o cultivo, colhem e acondicionam para comercialização de flores, folhagens e plantas
ornamentais. Constroem estufas e telas de sombreamento e preparam local para plantio. As atividades são realizadas em conformidade a normas
técnicas, de qualidade, de segurança, meio ambiente e saúde.
Formação e experiência de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO
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FLORES
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Aprendem tacitamente a profissão no próprio local de trabalho, com os produtores familiares que mantêm e repassam competências especializadas
na área entre várias gerações de uma mesma família. O acesso à aprendizagem independe do nível de escolaridade. A(s) ocupação(ões) elencada(s)
nesta família ocupacional, demandam formação profissional para efeitos do cálculo do número de aprendizes a serem contratados pelos
estabelecimentos, nos termos do artigo 429 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, exceto os casos previstos no art. 10 do decreto 5.598/2005.
Condições gerais de exercício de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO
Trabalham tanto na condição de assalariado como por conta própria, geralmente em produção familiar. São homens e mulheres das mais variadas
faixas etárias, incluindo várias gerações de uma mesma família, que se dedicam ao plantio de flores e plantas ornamentais. Na divisão de trabalho,
frequentemente as mulheres se dedicam mais à colheita das flores, que exige habilidade manual e delicadeza. Trabalham em equipe e, em algumas
atividades, em posições desconfortáveis por longos períodos, sujeitos a materiais tóxicos, ao sol, e à poeira.
5.
Objetivo Geral do Curso:
Produzir flores e plantas ornamentais, realizando o manejo, trato cultural e tratamentos fitossanitários da produção. Preparar o solo e os substratos
para o plantio e colheita. Implantar e comercializar a produção, de acordo com as normas e procedimentos técnicos de qualidade, segurança, higiene
e saúde.
6.
Objetivos Específicos:
Objetivos específicos
1.
Demonstrar competências básicas para o
mundo do trabalho
Atividades
Demonstrar atitudes éticas e Cidadãs relações trabalhistas, documentos
pessoais, direitos e deveres do cidadão
Demonstrar bom Relacionamento interpessoal
Utilizar Comunicação adequada nas variadas oportunidades de convivência.
Desenvolver hábitos de convívio comunitário.
Demonstrar boas relações profissionais e sociais no mundo do trabalho.
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-
2.
Plantar mudas, sementes, bulbos, rizomas e
estacas utilizando os equipamentos e meios
indicados de acordo com as recomendações
técnicas.
VIVEIRISTA DE PLANTAS E
FLORES
-
Buscar informações que favoreçam o desenvolvimento profissional.
Demonstrar paciência
Demonstrar habilidade manual
Dar provas de higiene
Atuar com persistência
Manter atenção concentrada
Planejar ações como recurso para o alcance de objetivos.
Desenvolver hábitos e atitudes para a preservação ambiental interferência
humana no meio ambiente.
Desenvolver habilidades empreendedoras.
Aplicar soluções nutritivas para enraizamento de galhos e estacas
Selecionar mudas para plantio
Coletar sementes
Semear flores e plantas
Enraizar folhas, galhos e estacas de plantas
Cultivar bulbos, rizomas e mudas através de divisão de touceiras
Retirar resíduos de mudas, bulbos e sementes
Coletar amostras de mudas para análise laboratorial
Transplantar mudas e plantas
Repor mudas danificadas ou mortas
Misturar produtos químicos para solução imunizadora
Enxertar planta doadora em planta cavalo
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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
Projeto Pedagógico – PRONATEC 2013
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3.
Colher flores, folhagens e plantas
ornamentais utilizando os equipamentos e meios
indicados e de acordo com as recomendações
técnicas.
PP 0057/2013
-
4.
Manejar cultivo de flores, folhagens e
plantas utilizando os equipamentos e meios
indicados de acordo com as recomendações
técnicas.
-
5.
Acondicionar flores, folhagens e plantas
para comercialização, utilizando os equipamentos
e meios indicados de acordo com as
recomendações técnicas.
VIVEIRISTA DE PLANTAS E
FLORES
-
Verificar ponto de colheita de plantas
Apanhar flores e folhagens
Arrancar plantas ornamentais com torrões
Colocar hastes de plantas colhidas em tubetes
Hidratar flores, folhagens e plantas
Adicionar soluções para conservação de folhagens e flores de corte
Monitorar desenvolvimento de mudas e plantas
Controlar temperatura de solo e ambiente
Controlar luminosidade de ambiente
Irrigar flores e plantas
Controlar umidade de ambiente e solo
Adubar flores e plantas
Detectar pragas e doenças em cultivos
Pulverizar defensivos agrícolas em flores e plantas
Podar plantas
Desbrotar plantas
Remover ervas daninhas
Fixar hastes ou redes de sustentação em plantas
Revestir botões de rosa com redes de proteção individual (camisinha)
Limpar mananciais de captação de água
Higienizar galpão de seleção
Classificar folhagens
Classificar flores
Classificar plantas ornamentais
Organizar flores, folhagens e plantas de acordo com qualidade e variedade
Carregar flores, folhagens e plantas
Embalar flores e folhagens
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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
Projeto Pedagógico – PRONATEC 2013
3ª edição
6.
Construir estufas e telas de sombreamento,
utilizando os equipamentos e meios indicados de
acordo com as recomendações técnicas.
7.
Preparar local para plantio, utilizando os
equipamentos e meios indicados e de acordo com
as recomendações técnicas.
VIVEIRISTA DE PLANTAS E
FLORES
PP 0057/2013
-
Embalar plantas ornamentais
Aparar caules de flores e folhagens
Pesar flores de corte
Contar flores, folhagens e plantas
Identificar produto embalado
Limpar flores, folhagens e plantas colhidas
Encerar flores e folhagens
Acondicionar flores, folhagens e plantas em câmaras frigoríficas
Acondicionar flores, folhagens e plantas em veículos de transporte
Nivelar terreno
Instalar rede elétrica e painel de controle
Construir estruturas de sustentação para cobertura de plástico
Fixar calhas coletoras de água
Estender plástico
Construir estruturas de sustentação para tela de sombreamento
Estender tela de sombreamento
Instalar sistema de ferti-irrigação
Instalar sistema de pulverização
Construir mesas de sustentação de flores e plantas
Confeccionar redes de sustentação de plantas
Auxiliar em escolha de áreas de cultivo
Coletar amostras de solo para análise laboratorial
Arar terreno
Subsolar terreno
Aplicar técnicas anti-erosivas
Distribuir adubo em terreno
Esterilizar áreas de plantio
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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
Projeto Pedagógico – PRONATEC 2013
3ª edição
8.
Realizar atividades de manutenção e
segurança, utilizando os equipamentos e meios
indicados de acordo com as recomendações
técnicas.
9.
Discutir as leis referentes à atividade
utilizando meios indicados no plano instrucional e
de acordo com as competências recomendadas.
7.
VIVEIRISTA DE PLANTAS E
FLORES
PP 0057/2013
-
Preparar canteiros
Abrir covas
Abrir sulcos
Preparar substratos
Encher recipientes (vasos, sacos plásticos) com substrato
Instalar quebra-ventos naturais
Inspecionar presença de animais nocivos ao cultivo
Inspecionar funcionamento de equipamentos e máquinas
Lavar equipamentos e utensílios
Realizar reparos em equipamentos e máquinas
Lubrificar máquinas
Realizar tríplice-lavagem em embalagens de produtos tóxicos
Descartar embalagens de produtos tóxicos
Guardar equipamentos e utensílios
NR31; Legislação de sanidade, portarias federais e estaduais; Instruções Normativas;
Legislação referente a manejo e meio ambiente.
Perfil profissional do egresso do Curso de Viveirista de Plantas e Flores
Os conhecimentos que o aluno deve adquirir ao longo do curso dizem respeito a competências básicas, específicas e de gestão da atividade.
Como concluinte do Curso de Formação Inicial e continuada de Viveirista de Plantas e Flores, oferecido pelo SENAR, através do PRONATEC, deve
apresentar um perfil que o habilite a ingressar e permanecer no mundo de trabalho no eixo tecnológico de Recursos Naturais, de modo a
desempenhar as seguintes atividades, de forma autônoma e proativa, e em conformidade com as normas e procedimentos técnicos de qualidade,
segurança, higiene, saúde e preservação ambiental:
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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
Projeto Pedagógico – PRONATEC 2013
3ª edição
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
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
VIVEIRISTA DE PLANTAS E
FLORES
PP 0057/2013
Identificar espécies, variedades e define local de produção de flores e plantas ornamentais.
Realizar manejo, trato cultural e tratamentos fitossanitários da produção.
Preparar o solo e os substratos para o plantio e colheita.
Implantar e comercializar a produção, de acordo com as normas e procedimentos técnicos de qualidade, segurança, higiene e saúde.
Além das habilidades específicas ou competências técnicas da qualificação profissional, estes egressos devem demonstrar as seguintes competências,
trabalhadas ao longo do curso (ordem de prioridade):
 Competências de educação permanente
 Competências sociais e interpessoais e valores humanísticos, a saber;
 adotar atitude ética no trabalho e no convívio social, compreendendo os processos de socialização humana em âmbito coletivo e
percebendo-se como agente social que intervém na realidade;
 saber trabalhar em equipe; e
 ter iniciativa, criatividade e responsabilidade.
Em complemento às competências e conhecimentos técnicos, existem múltiplas habilidades a serem desenvolvidas e estimuladas. Podem-se destacar
entre elas: capacidade de comunicação oral e escrita, capacidade para lidar com situações novas e desconhecidas, capacidade de liderança e de
trabalhar em equipe, capacidade de lidar com situações complexas e o enfrentamento de situações problemas.
A proposta para desenvolvimento dos cursos do PRONATEC deverá abranger quatro grandes classes competências, habilidades e qualidades de âmbito
geral e profissional. As quatro grandes classes de competências estão descritas a seguir:


Competências de educação permanente: preparar pessoas para assumir a responsabilidade pela contínua formação, desenvolvimento
pessoal e profissional para o convívio numa sociedade de aprendizagem ao longo de toda a vida.
Para tanto é necessário que curso do instrutor do SENAR:
Estimule a busca permanentemente de atualização e o desenvolvimento profissional e novas formas do saber e do fazer científico ou
tecnológico;
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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
Projeto Pedagógico – PRONATEC 2013
3ª edição
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

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

Competências sociais e interpessoais: preparar pessoas para o convívio social e interpessoal na vida em geral, orientada para os valores
humanos, o trabalho em equipe, a comunicação, a solidariedade, o respeito mútuo, a criatividade;
Para tanto é necessário que o instrutor do SENAR:
Proporcione atividades de comunicação e expressão oral, escrita e interpessoal;
Promova dinâmicas que discutam a resistências a mudanças, a necessidade de se ter capacidade de adaptação às novas situações e saber
enfrentar/lidar com situações em constantes mudanças;
Desenvolva atividades que estimulem o participante a demonstrarem compromisso, responsabilidade e empatia nas suas interações sociais;
Analise o contexto social no qual está inserido e contribuir profissionalmente para a manutenção e transformação deste.
Proporcione atividades que discutam princípios da ética democrática: responsabilidade social e ambiental, dignidade humana, direito à vida,
justiça, respeito mútuo, participação, responsabilidade, diálogo e solidariedade;
Estimule a cooperação grupal;
Proporcione atividades capazes estimular nos participantes posturas empreendedoras, de cidadania e de solidariedade;



PP 0057/2013
Estimule a compreensão que formação profissional é um processo contínuo, autônomo e permanente;
Proporcione o desenvolvimento de práticas de estudos independentes visando uma progressiva autonomia profissional e intelectual;
Promova a identificação de oportunidades e situações que favoreçam a formação profissional e/ou elaborar projetos empreendedores de
formação profissional;
Proporcione o desenvolvimento de autonomia de aprendizagem.



VIVEIRISTA DE PLANTAS E
FLORES
Competências técnicas: preparar pessoas com capacidade para transformar o conhecimento em condutas profissionais e pessoais na
sociedade, relativas aos problemas e necessidades dessa sociedade;
Para tanto é necessário que o instrutor do SENAR:
Promova atividades que evocam o raciocínio lógico, observação, interpretação e análise crítica, ao analisar dados, informações e solução de
problemas;
Estimule o participante a avaliar, sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em evidências teóricas;
16
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
Projeto Pedagógico – PRONATEC 2013
3ª edição







VIVEIRISTA DE PLANTAS E
FLORES
PP 0057/2013
Tome decisões fundamentadas visando o uso apropriado, eficácia e custo-efetividade;
Acompanhe e incorpore inovações tecnológicas (informática, comunicação, novos materiais,) no exercício da profissão;
Aplique conhecimentos teóricos que garantam a apropriação crítica do conhecimento disponível, assegurando uma visão abrangente dos
diferentes métodos e técnicas;
Reconheça e identifique problemas, equacionando soluções, intermediando e coordenando os diferentes níveis da tomada de decisão;
Articule teoria, pesquisa e prática social;
Assimile criticamente conceitos que permitam a apreensão de teorias e usar tais conceitos e teorias em análises críticas da realidade e na
solução de problemas;
Desenvolva e crie mecanismos para o desenvolvimento sustentável nas dimensões humana, econômica e ambiental.
 Valores humanísticos: Preparar pessoas para a postura reflexiva e analítica dimensão social e ética que envolve os aspectos de
diversidade étnico-racial e cultural, gêneros, classes sociais, escolhas sexuais, entre outros.









Para tanto é necessário que o instrutor do SENAR:
Demonstre consciência da diversidade, respeitando as diferenças de natureza ambiental ecológica, étnico-racial e cultural, de gêneros, faixas
geracionais, classes sociais, religiões, necessidades especiais, escolhas sexuais, entre outras;
Interprete as relações entre homem, cultura e natureza e, as artes, no contexto temporal e espacial;
Oriente escolhas e decisões em valores e pressupostos metodológicos alinhados com a democracia, com respeito às culturas e à biodiversidade;
Reconheça e valorize as diversas manifestações artísticas, estéticas e culturais;
Tenha postura reflexiva, analítica, e visão crítica da conjuntura econômica, social, histórica, política, ambiental e cultural;
Tenha uma sólida formação ética e cultural;
Respeite os princípios éticos, legais, culturais e humanísticos das diversas áreas de atuação profissional;
Paute-se em princípios éticos, legais e na compreensão da realidade social, cultural e econômica do seu meio;
Compreenda as incidências culturais, éticas, educacionais e identifique e analise as rápidas mudanças econômicas e sociais em escala global e
nacional que influem no agronegócio.
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3ª edição
8.
VIVEIRISTA DE PLANTAS E
FLORES
PP 0057/2013
Requisitos para o Ingresso
Escolaridade Mínima: Fundamental I Incompleto
Forma de Ingresso no curso: De acordo com as matrículas pactuadas via SISTEC entre as Administrações Regionais em cada estado e as entidades
demandantes, na ordem priorizada para os cadastros com base na legislação vigente.
9.
Periodicidade da Oferta
De acordo com os calendários de realização de cada curso previstos pelas Administrações Regionais com base na carga horária diária realizada e
expressa em planejamento próprio.
10. Organização Curricular
- A ser definido pela regional
10.1 Conteúdo programático - a ser definido pela regional e registrado no plano instrucional do curso construído pelos instrutores e equipe
técnica
10.2 Bibliografia básica - a ser definido pela regional com base no plano instrucional do curso construído pelos instrutores e equipe técnica
11.
Metodologia de Ensino e Avaliação da Aprendizagem
METODOLOGIA EDUCACIONAL DO SENAR
O método de ensino denominado participativo ou ativo participativo tem sido apontado como o mais adequado aos treinamentos e cursos oferecidos
pelo SENAR, já que é centrado na participação de quem aprende, valorizando-se suas experiências e expectativas para o mundo do trabalho. Trata-se
de uma forma democrática de ensinar que deve ser multiplicada para que possa ser conduzida adequadamente. Dessa forma, todos os agentes do
SENAR, instrutores, mobilizadores, supervisores e equipe técnica são treinados pela Administração Central e pelas Regionais, de forma que atuem em
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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
Projeto Pedagógico – PRONATEC 2013
VIVEIRISTA DE PLANTAS E
FLORES
3ª edição
PP 0057/2013
consonância com os procedimentos preconizados na metodologia educacional do SENAR, o que garante a qualidade da oferta.
Um dos elementos da metodologia é a elaboração de planos educacionais, chamados, na Instituição de Plano Instrucional.
A importância primordial do Plano Instrucional é fazer com que processo ensino aprendizagem aconteça de forma eficiente, eficaz e efetiva. Ao
planejar, o instrutor deve estabelecer os objetivos educacionais a serem alcançados, definir os conteúdos que serão trabalhados, as técnicas
instrucionais e recursos que serão utilizados, estipular os procedimentos de avaliação pedagógica e calcular a carga-horária necessária para a
consecução do planejamento.
O plano instrucional deve ser entendido como um roteiro de uso diário, um guia de trabalho, um norteador de uma linha de pensamento e de ação.
Seria uma incoerência didática elaborar o planejamento e depois não trabalhar com ele durante o desenvolvimento do evento.
O planejamento deve ser funcional, possível de ser aplicado e produzir bons resultados. Um bom planejamento:









Auxilia a definição dos objetivos que atendam os reais interesses dos participantes;
Propicia a seleção e organização dos conteúdos mais significativos para os participantes;
Facilita a organização dos conteúdos de forma lógica;
Facilita a seleção dos melhores procedimentos e recursos para tornar o ensino mais eficiente (como? com que? para quem?);
Confere maior segurança ao instrutor durante o evento;
Evita a improvisação;
Facilita a tomada de decisões;
Propicia o roteiro para avaliação contínua e gradativa;
Permite monitorar o perfil de entrada e o perfil de saída do participante.
Enfatiza-se que o plano deve ser o resultado de um levantamento de necessidades e interesses (expectativas) dos participantes; verificar se o
conteúdo mantém coerência com os objetivos, se as técnicas instrucionais elaboradas estão compatíveis com o conteúdo e objetivos propostos, se os
recursos instrucionais descritos serão realmente importantes para a aprendizagem dos participantes (e não a sua maior comodidade) e se os
procedimentos de avaliação descritos serão os mais eficazes para cada objetivo.
O ato de elaborar o Plano Instrucional com seriedade, paciência e reflexão revela o compromisso do instrutor com relação ao processo ensino19
VIVEIRISTA DE PLANTAS E
FLORES
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
Projeto Pedagógico – PRONATEC 2013
3ª edição
PP 0057/2013
aprendizagem.
Modelo de Plano Instrucional:
Objetivo Geral:
Objetivos
Específicos
Conteúdo
Técnicas
Instrucionais
Avaliação
Recursos Instrucionais
Carga-Horária
Observação: Os objetivos específicos e as atividades apresentadas nesse projeto pedagógico deverão ser usados como base para os Planos Instrucionais dos cursos do PRONATEC a
serem consecutivamente elaborados e realizados pelas Administrações Regionais.
Técnicas Instrucionais e Avaliação
Técnicas instrucionais: forma ou procedimento estruturado de maneira lógica e utilizado pelo instrutor para conduzir o conteúdo de uma ação de FPR.
Para o plano instrucional do curso, destacamos da Metodologia do SENAR as técnicas instrucionais que mais propiciam a participação:
Técnica Instrucional: Exposição Dinamizada
Apresentação oral de um tema organizado em sequência lógica, contínua e desenvolvido de forma dinâmica, favorecendo a participação do educando
no processo ensino-aprendizagem.
Tem por finalidade:
-
Introduzir um assunto novo;
Despertar o interesse dos participantes;
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Projeto Pedagógico – PRONATEC 2013
3ª edição
-
VIVEIRISTA DE PLANTAS E
FLORES
PP 0057/2013
Desenvolver temas específicos relacionados às situações reais de trabalho.
Técnica Instrucional: Demonstração
Consiste em ensinar na prática como se executa uma operação, passo por passo.
Tem por finalidade o desenvolvimento de destrezas e habilidades motoras básicas exigidas pelo trabalho
* Outras técnicas instrucionais e dinâmicas de grupo podem ser acrescentadas no plano instrucional, necessitando para isso conhecimento por parte
do instrutor.
Para cada Técnica Instrucional é utilizada uma estratégia de avaliação das situações de ensino-aprendizagem:
Avaliação da
Dinamizada
Técnica
Instrucional:
Exposição
Para avaliação do processo ensino-aprendizagem desta
técnica serão utilizados:
1. Questionamento Oral
O sucesso do questionamento é afetado pelo uso
intencionado das questões, pelas próprias questões e
pelo processo usado para perguntar.
O instrutor precisa usar intencionalmente as questões,
dependendo de suas intenções, para, por exemplo,
introduzir, desenvolver ou concluir um assunto. A
formulação das questões também é um aspecto
O questionamento é um meio efetivo de despertar o interesse do participante, conduzindo
o seu pensamento e sua reflexão, aumentando o seu interesse e encorajando sua
participação. O questionamento faz com que o treinamento seja dinamizado, pois
promove mudança no ritmo do aprendizado, estimulando o participante. Também, por
meio de perguntas, o instrutor oferece a chance para que os participantes com mais
experiência possam compartilhar com o grupo suas vivências e opiniões.
Em segundo lugar, o questionamento confirma o aprendizado. Por meio do
questionamento, os instrutores podem determinar o nível de conhecimento dos
participantes, tanto em termos do nível de entrada, como o sucesso da experiência do
aprendizado. O questionamento serve como forma de checar a efetividade do treinamento
e pode também ajudar os instrutores a identificar áreas que precisam ser reforçadas.
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VIVEIRISTA DE PLANTAS E
FLORES
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
Projeto Pedagógico – PRONATEC 2013
3ª edição
essencial que requer critérios por parte do instrutor.
Para serem bem formuladas as questões precisam
atender aos critérios de clareza (diretas, curtas e
corretas), de nível apropriado de dificuldade (devem
requerer reflexão por parte dos participantes, mas
também não devem ser difíceis demais), além da
relevância (perguntar somente o que for relevante
para o processo ensino-aprendizagem).
2. Observação da Participação
A observação da participação é uma das formas de se
avaliar os participantes do PRONATEC. Ela deve ser
criteriosa e registrada sendo a lista de verificação –
checklist, um valioso instrumento para tal.
Em seguida apresenta-se um rol de itens que podem
ser utilizados pelo instrutor na lista de verificação com
a finalidade de avaliação:
PP 0057/2013
DIRETA
INDIRETA
FECHADA
ABERTA
Direcionada a um
participante
e
tendo apenas uma
resposta.
Direcionada
a
um
participante, mas tendo
mais de uma resposta
possível.
Não é direcionada
a
nenhum
participante
especificamente e
tem somente uma
resposta.
Não é direcionada a
nenhum
participante
especificamente e tem
mais de uma resposta.
PONTUALIDADE:

Cumpre dos horários de entrada e saída no
evento.
ASSIDUIDADE:

Comparece frequente ao evento.
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PP 0057/2013
INICIATIVA:

Propõe alternativas para solução de problemas;

Resolve adequadamente as dificuldades sem
ajuda do educador.
SOCIABILIDADE:
•
Sabe trabalhar em grupo promovendo o
crescimento do mesmo;
•
Aceita críticas e sabe fazer criticas;
•
Sabe ouvir e sabe falar;
•
Valoriza e respeita o outro.
RESPEITO AOS PRAZOS ESTABELECIDOS
CUMPRIMENTO DAS ATIVIDADES:
NO
•
Executa as tarefas de oficina dentro dos limites
de tempo estabelecidos.
CAPACIDADE DE AUTO-AVALIAÇÃO:
•
Avaliar-se posicionando-se corretamente em
relação aos fatores objeto de avaliação.
ELABORAÇÃO DO ROTEIRO DA TAREFA:
•
•
•
Planeja a tarefa;
Elabora o roteiro de forma completa e ordenada;
Relaciona corretamente normas, materiais,
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Projeto Pedagógico – PRONATEC 2013
3ª edição
VIVEIRISTA DE PLANTAS E
FLORES
PP 0057/2013
instrumentos,
ferramentas,
máquinas
ou
equipamentos a serem utilizados.
RESPEITO ÀS NORMAS DE HIGIENE E SEGURANÇA NO
TRABALHO:
•
Manter limpo, máquinas, equipamentos,
ferramentas e local de trabalho;
•
Utilizar corretamente os EPI;
•
Observar às regras de segurança;
•
Observar a higiene pessoal.
ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO:
•
Sabe compartilhar conhecimento.
•
Sabe transpor a teoria para a prática.
•
Faz uso dos conhecimentos na solução de
problemas, observando as implicações ambientais,
sociais e econômicas.
•
Analisar a importância da tarefa e o reflexo no
todo da atividade.
•
Analisa as situações de risco e prevê as
consequências.
•
Respeitar o meio ambiente.
Avaliação da Técnica Instrucional: Demonstração
Para avaliação do processo ensino-aprendizagem desta
COMPREENSÃO DA DEMONSTRAÇÃO:

Demonstra ter aprendido as habilidades manipulativas básicas e exigidas pela
operação;
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VIVEIRISTA DE PLANTAS E
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PP 0057/2013

Demonstra saber usar e manejar instrumentos, equipamentos e ferramentas
empregados na operação;
- Observação do Desempenho

Recapitula e/ou comprovar em condições reais, os conhecimentos adquiridos no
estudo da tarefa;
É possível o instrutor avaliar o participante através da

Inicia a abordagem da operação vivenciando-a corretamente.
Observação do Desempenho quando o mesmo HABILIDADE MANIPULATIVA:
apresentar as seguintes características:

Executa operações demonstrando habilidade no manejo de máquinas, equipamentos
e instrumentos, ferramentas e na utilização dos materiais;

Desenvolve suas atividades sozinho dentro dos padrões tecnicamente
recomendados.

Maneja animais com conforto e segurança.
técnica utiliza-se o:
APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS TECNOLÓGICOS:

Transfere os conhecimentos tecnológicos para a prática sempre executando as
operações dentro dos padrões tecnicamente recomendados.
RITMO DE TRABALHO:

12.
Mantém um ritmo constante no desenvolvimento de suas atividades.
Material didático/pedagógico
Relação de cartilhas da coleção Nacional do SENAR que poderão ser utilizadas na oferta do curso de Viveirista de Plantas e Flores no âmbito do
PRONATEC:

Nº 143 - Trabalhador em Viveiros

Cartilha Trabalho Decente – Educação Postural

Cartilha: Empreender no Campo – Manual no aluno
Recursos como projetor multimídia, flip-chart, álbum-seriado, livros e manuais técnicos, etc, serão previstos e disponibilizados pela AR de acordo com
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FLORES
PP 0057/2013
o planejado e registrado no plano instrucional.
13. Instalações e Equipamentos
Salas de aula, laboratórios, espaços onde se desenvolvem as atividades, etc. A serem definidos e registrados em planejamento próprio pela regional,
de acordo com as parcerias estabelecidas e possibilidades locais.
Recursos de trabalho de acordo com a classificação brasileira de ocupações – CBO
-
E.P.I –Equipamentos de proteção individual
Tesouras
Estilete
Facão
Vanga
Bomba manual
Trator
Carrinho de mão
Baldes
Gadanho
Pá
Esmeril
Enxada
Lima
Ancinho
Caminhão
Picareta
Marreta
Martelo
Pregos
26
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3ª edição
-
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FLORES
PP 0057/2013
Cordas
Embalagens
Regadores
Enxadão
Escada
Facas
Serrote
Serra
Podão
Fitas
Alicate
Elástico
Canivete
14. Equipe Docente e Técnico Administrativa
Equipe Docente:

Relacionar os nomes dos instrutores envolvidos no curso
Técnico Administrativo:

Relacionar os nomes dos supervisores da AR que monitoram a realização das turmas do PRONATEC.

Relacionar os gestores do PRONATEC de cada AR e os possíveis gerentes das sub-regionais em cada estado.
15. Certificados
O SENAR, instituição integrante do Sistema “S” de formação profissional, tem por determinação de seu mandato legal a responsabilidade de fornecer
documentos comprobatórios às pessoas que, voluntariamente, participarem de eventos por ele coordenados, executados e/ou patrocinados.
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Projeto Pedagógico – PRONATEC 2013
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PP 0057/2013
Recomenda-se que os certificados relativos às ações de formação profissional rural devam ser emitidos somente após a entrega do relatório de ação
concluída, elaborado pelo instrutor, à área técnica da administração regional.
Nesse relatório, deverão constar informações referentes à frequência e ao aproveitamento de cada participante, no sentido de orientar o agente
responsável quanto à expedição dos certificados, bem como destacar a ênfase em determinado conteúdo, quando for o caso, respeitando as
especificidades regionais.
Todos os certificados emitidos pelo SENAR devem declarar a ocupação, com base na Classificação Brasileira de Ocupações – CBO do Ministério
do Trabalho e Emprego
CERTIFICADO OCUPACIONAL - Atesta o reconhecimento do domínio de competências específicas, necessárias ao exercício de uma ocupação. O
Certificado Ocupacional será conferido aos alunos que:

participarem de ações dos cursos com frequência mínima de 75%, e que se submeterem à avaliação da aquisição de conhecimentos, habilidades
e atitudes durante e ao final da ação, obtendo aproveitamento/rendimento considerado suficiente e medido conforme a metodologia educacional da
Instituição.
15.1 CERTIFICAÇÃO DO PROGRAMA PRONATEC
Os certificados dos cursos do Pronatec serão expedidos de acordo com as normas supracitadas e deverão conter, adicionalmente à
logomarca do SENAR, também a do PRONATEC.
28
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
FICHA DE AVALIAÇÃO DOS PARTICIPANTES (Avaliação dos objetivos específicos)
CURSO
MÓDULO (SE HOUVER)
Período (DE/À)
Administração Regional:
INSTRUTORES:
Objetivo Geral:
(...)
Objetivo
Específico 10
Objetivo
Específico 09
Objetivo
Específico 08
Objetivo
Específico 07
Objetivo
Específico 06
Objetivo
Específico 05
Objetivo
Específico 04
Objetivo
Específico 03
Objetivo
Específico 02
NOME COMPLETO DO ALUNO
Objetivo
Específico 01
OBJETIVOS ESPECÍFICOS AVALIADOS
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
(...)
Objetivo
Específico 10
Objetivo
Específico 09
Objetivo
Específico 08
Objetivo
Específico 07
Objetivo
Específico 06
Objetivo
Específico 05
Objetivo
Específico 04
Objetivo
Específico 03
Objetivo
Específico 02
NOME COMPLETO DO ALUNO
Objetivo
Específico 01
OBJETIVOS ESPECÍFICOS AVALIADOS
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
______________________________________________
Assinatura Instrutor(a)
______________________________________________
Gestor(a) do Programa no estado
30
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
INDICADORES DE AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS
A avaliação é um processo sistemático, contínuo e integral, destinado a determinar em que medida foram alcançados os objetivos
previamente determinados. Se o ato de ensinar e aprender consiste na tentativa do alcance aos objetivos propostos, avaliar assume também um
caráter orientador e cooperativo.
A avaliação inicia-se com a formulação de objetivos e requer elaboração de meios para obter evidência e interpretação dos resultados, para
saber em que medida tais objetivos foram alcançados, formulando um juízo de valor.
Sendo assim, avaliação é o julgamento feito a partir de uma análise comparativa entre os resultados obtidos e os padrões preestabelecidos.
Ressalta-se, ainda, a importância de detectar o nível de desempenho pretendido no processo de ensino e de aprendizagem. Algumas ideias de
Bloom e outros no tocante ao campo cognitivo serviram de base para a definição desses níveis, que são:
Conhecimento é o nível inicial de desempenho. Refere-se à capacidade de memorizar, de recordar - sob a forma de identificação ou
evocação - ideias, conteúdos, fenômenos, datas, fatos específicos, além de formas e meios de tratar esses fatos.
Compreensão inclui o conhecimento. É a capacidade de entender e empregar as informações adquiridas, de captar o significado dos
conteúdos, dos fenômenos e dos fatos.
Aplicação é o nível que supõe que, a partir da compreensão de certos conhecimentos, o participante aplique, teórica ou praticamente o que
foi aprendido, em situações novas ou concretas.
Análise é a capacidade de decompor um todo em partes significativas. Envolve os níveis anteriores: conhecimento, compreensão e
aplicação.
Síntese é a capacidade de juntar as partes esmiuçadas pela análise para formar um todo que constitua um padrão ou estrutura que não
estava evidente anteriormente.
Avaliação é o nível mais complexo de desempenho, sendo impossível alcançá-lo sem o desenvolvimento dos outros. É a capacidade de
julgar o valor dos conteúdos, fatos e fenômenos. O aluno ou participante, por meio desse nível, chega a maior autonomia, participação e capacidade
crítica.
31
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
CONVENCIONAMOS OS SEGUINTES NÍVEIS PARA CONCEITUAÇÃO:
1
2
3
Pouco
Domínio
Domínio
Parcial
Domínio
Total
32
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
Atenção:
Em geral, os objetivos educacionais são classificados dentro dos três domínios da aprendizagem: cognitivo, afetivo e psicomotor.

No domínio cognitivo, os objetivos expressam a reprodução do que foi aprendido, ou a resolução de alguma atividade intelectual para a qual o
indivíduo tem que determinar o problema essencial, combinando ideias, métodos ou procedimentos previamente aprendidos;

No domínio afetivo, os objetivos enfatizam o sentimento, emoção ou grau de aceitação ou rejeição e expressam interesses, atitudes ou
valores;

No domínio psicomotor, os objetivos enfatizam alguma habilidade motora.
A determinação de quais domínios serão contemplados nos objetivos educacionais depende dos resultados pretendidos com a aprendizagem.
Os objetivos também podem ser classificados em geral e específicos.
Objetivo geral - Expressa a mudança/transformação que o participante deve alcançar ao final da ação da FPR e da atividade da PS, sendo a
base para o desempenho desejável na ocupação/atividade.
37
Os mesmos são expressos através de verbos na redação dos objetivos específicos (consultar a metodologia educacional do SENAR.)
Avaliação da Técnica Instrucional: Exposição Dinamizada
Para avaliação do processo ensino-aprendizagem desta técnica serão utilizados:
13. Questionamento Oral
O sucesso do questionamento é afetado pelo uso intencionado das
questões, pelas próprias questões e pelo processo usado para perguntar.
O instrutor precisa usar intencionalmente as questões, dependendo de suas
33
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
intenções, para, por exemplo, introduzir, desenvolver ou concluir um assunto. A
formulação das questões também é um aspecto essencial que requer critérios por
parte do instrutor. Para serem bem formuladas as questões precisam atender aos
critérios de clareza (diretas, curtas e corretas), de nível apropriado de dificuldade
(devem requerer reflexão por parte dos participantes, mas também não devem ser
difíceis demais), além da relevância (perguntar somente o que for relevante para o
processo ensino-aprendizagem).
O questionamento é um meio efetivo de despertar o interesse do participante,
conduzindo o seu pensamento e sua reflexão, aumentando o seu interesse e
encorajando sua participação. O questionamento faz com que o treinamento seja
dinamizado, pois promove mudança no ritmo do aprendizado, estimulando o
participante. Também, por meio de perguntas, o instrutor oferece a chance para
que os participantes com mais experiência possam compartilhar com o grupo suas
vivências e opiniões.
Em segundo lugar, o questionamento confirma o aprendizado. Por meio do
questionamento, os instrutores podem determinar o nível de conhecimento dos
participantes, tanto em termos do nível de entrada, como o sucesso da experiência
do aprendizado. O questionamento serve como forma de checar a efetividade do
treinamento e pode também ajudar os instrutores a identificar áreas que precisam
ser reforçadas.
FECHADA
DIRETA
INDIRETA
ABERTA
Direcionada a um Direcionada
a
um
participante e tendo participante, mas tendo
apenas
uma mais de uma resposta
resposta.
possível.
Não é direcionada a
nenhum participante
especificamente
e
tem somente uma
resposta.
Não é direcionada a
nenhum
participante
especificamente e tem
mais de uma resposta.
14. Observação da Participação
RESPEITO AOS PRAZOS ESTABELECIDOS NO CUMPRIMENTO DAS
A observação da participação é uma das formas de se avaliar os participantes do
ATIVIDADES:
PRONATEC. Ela deve ser criteriosa e registrada sendo a lista de verificação –
•
Executa as tarefas de oficina dentro dos limites de tempo
checklist, um valioso instrumento para tal.
estabelecidos.
Apresenta-se um rol de itens que podem ser utilizados pelo instrutor na lista de
verificação com a finalidade de avaliação:
CAPACIDADE DE AUTO-AVALIAÇÃO:
• Tem a percepção do seu desempenho pessoal em relação ao
34
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
conteúdo e em relação aos demais colegas.
ELABORAÇÃO DO ROTEIRO DA TAREFA:
•
Planeja a tarefa;
•
Elabora o roteiro de forma completa e ordenada;
• Relaciona corretamente normas, materiais, instrumentos,
ferramentas, máquinas ou equipamentos a serem utilizados.
RESPEITO ÀS NORMAS DE HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO:
• Mantém limpos máquinas, equipamentos, ferramentas e local de
trabalho;
• Utiliza corretamente os EPI;
• Observa as regras de segurança;
• Observa a higiene pessoal.
ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO:
• Compartilha conhecimento.
• Transpõe a teoria para a prática.
• Usa conhecimentos prévios na solução de problemas, observando
as implicações ambientais, sociais e econômicas.
• Analisa a importância da tarefa e o reflexo no todo da atividade.
• Analisa as situações de risco e prevê as consequências.
• Respeita o meio ambiente.
• Respeita os animais de trabalho.
35
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
Avaliação da Técnica Instrucional: Demonstração
Para avaliação do processo ensino-aprendizagem desta técnica utiliza-se a
Observação do Desempenho
É possível o instrutor avaliar o participante através da Observação do Desempenho
quando o mesmo apresentar as seguintes características:
COMPREENSÃO DA DEMONSTRAÇÃO:
 Demonstra ter aprendido as habilidades manipulativas básicas e
exigidas pela operação;
 Demonstra saber usar e manejar instrumentos, equipamentos e
ferramentas empregados na operação;
 Recapitula e/ou comprova em condições reais, os conhecimentos
adquiridos no estudo da tarefa;
 Inicia a abordagem da operação vivenciando-a corretamente.
HABILIDADE MANIPULATIVA:
 Executa operações demonstrando habilidade no manejo de
máquinas, equipamentos e instrumentos, ferramentas e na
utilização dos materiais;
 Desenvolve suas atividades sozinho dentro dos padrões
tecnicamente recomendados.
 Maneja animais com conforto e segurança.
APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS TECNOLÓGICOS:
 Transfere os conhecimentos tecnológicos para a prática sempre
executando as operações dentro dos padrões tecnicamente
recomendados.
RITMO DE TRABALHO:
 Mantém um ritmo constante no desenvolvimento de suas
atividades.
36
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
OBSERVAÇÕES:
37
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
FICHA DE AVALIAÇÃO DOS PARTICIPANTES (competências básicas e de gestão)
CURSO
MÓDULO (SE HOUVER)
Período (DE/À)
Administração Regional:
INSTRUTORES:
Comunicação
Pró-atividade
Organização pessoal
Participação nas
vivências
Partic. nos trab. em
grupo
Assimilação do
conteúdo
Relacionamento
Interpessoal
Atitudes
Empreendedoras
Pontualidade
NOME COMPLETO DO ALUNO
Assiduidade
ITENS PARA OBSERVAÇÃO
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
38
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
Comunicação
Pró-atividade
Organização
pessoal
Participação nas
vivências
Partic. nos trab.
em grupo
Assimilação do
conteúdo
Relac.
Interpessoal
Atitudes
Empreendedoras
Pontualidade
NOME COMPLETO DO ALUNO
Assiduidade
ITENS PARA OBSERVAÇÃO
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
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Assinatura Instrutor(a)
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Assinatura do (a) Gestor(a) do Programa no estado
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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
INDICADORES DE AVALIAÇÃO
CONVENCIONAMOS OS SEGUINTES NÍVEIS PARA CONCEITUAÇÃO:
ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO:
• Saber compartilhar conhecimento;
1
2
3
• Saber transpor a teoria para a prática.
Ruim
Bom
Muito
Bom
ASSIDUIDADE: (Deve ser registrada por aula.)
• Comparecimento frequente ao evento.
PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHOS EM GRUPO:
 Mantém-se disposto para o trabalho em grupo, contribuindo para o
desenvolvimento do mesmo.
PARTICIPAÇÃO NAS DINÂMICAS:
 Participa das dinâmicas propostas com equilíbrio emocional;
 Faz comentários coerentes ao objetivo da dinâmica.
PONTUALIDADE: (Deve ser registrada por aula.)
• Cumprimento dos horários de entrada e saída no evento de acordo com o contrato
de convivência.
(*Os demais itens devem ser acompanhados diariamente, porém registrados na
conclusão do curso/módulos – se houverem)
ATIVIDADES EMPREENDEDORAS:
 Demonstra buscar oportunidades e iniciativa;
 Demonstra persistência;
 Busca qualidade e eficiência;
 Comprometimento;
 Independência e autoconfiança.
COMUNICAÇÃO:
 Aceitar e saber criticar;
 Saber ouvir e saber falar.
ORGANIZAÇÃO PESSOAL
 Organiza e mantém o material pessoal;
 Organiza e mantém os materiais de uso coletivo;
 Colabora na organização dos espaços de uso coletivo.
PRÓ-ATIVIDADE
• Propor alternativas para solução de problemas;
• Resolver adequadamente as dificuldades sem ajuda do instrutor.
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL:
• Capacidade de interação com os demais colegas e instrutores;
• Valorizar e respeitar o outro.
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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
OBSERVAÇÕES:
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