16 ANOS de estrada com Rafa Di Souza

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Revista Fui Sambar
EDITORIAL
um novo tempo
Estáé a edição de lançamento da Revista
Fuisambar, a realização de um sonho de
anos pelo idealizador do site, Junio Amaro. Esta revista almeja levar informação
séria e transparente de forma impressa,
principalmente, aos amantes e frequentadores dos melhores sambas e pagodes da
nossa cidade.
A revista é produzida pela equipe Fuisambar que fez de cada cobertura um momento de dedicação e
carinho aos amantes do samba. É
com manifestações
afetuosas de pessoas
que conhecemos no
mundo do samba,
do pagode ou virtual, que buscamos
o de melhor que
acontecem nesses
espaços. É por isso
que decidimos sair
do online para o
bom e velho papel.
Além de continuar a
ter um complemento na internet, para,
assim, disseminar e pulverizar
informações a
respeito dos sambas
e pagodes de Belo
Horizonte.
Essa publicação concretiza um sonho, cria
uma ferramenta de divulgação, sobretudo,
para vários músicos e amantes do assunto
que deram sua contribuição por meio
de textos, entrevistas e com informações
esclarecedoras da área. A eles, nosso
agradecimento pela confiança. Destaca-se
por ser a primeira revista exclusiva sobre
o assunto na capital mineira. Retrata as
informações de forma imparcial: publicando agendas, melhores espaços, músicos e
grupos que fazem a alegria da rapaziada
que curte esse gênero musical. É resultado
da necessidade de se ter um veiculo de
comunicação impresso que retrate e mostre
o que de melhor está acontecendo.
Oportuno agradecer o empenho de todos,
principalmente, daqueles que nos apóiam
e compartilham conosco seus conhecimentos, dentro desse ritmo que toma conta
das tardes e noites
de Belo Horizonte.
Esse é o primeiro
passo para nos
capacitarmos e nos
prepararmos para
enfrentar o mercado cultural. Nesse
primeiro número
buscamos resgatar
tudo que marcou as
coberturas do site
fuisambar, músicos,
promoções e
artigos. Esperamos
que desfrutem e
recordem pessoas
e momentos inesquecíveis.
Nosso principal
objetivo é ter vocês
como leitores,
fortalecendo e nos ajudando a melhorar as
próximas edições. Nossa missão é fornecer
um novo olhar de informação para os
adeptos de ritmo que encanta o publico
mineiro.
“
Nossa missão
é fornecer um
novo olhar de
informação
para os adeptos
de ritmo
que encanta
o publico
mineiro.
”
Uma boa leitura a todos!
Por: Flávia Nunes
expediente
Revista Fui Sambar é uma publicação
informativa trimestral do site
www.fuisambar.com.br
Presidente: Junio Amaro
Jornalista Responsavel:
Flávia Nunes - 13788mg
Projeto Gráfico, Arte e Diagramação:
Junio Amaro | Revisão: Flávia Nunes,
Efigênia Souza, Fernanda de Souza.
Colaboradores: Ricardo Ricco, Tâmyris
Tavares. Tiragem: 5.000
Contato / Publicidade:
(31) 9481-9766 | 8556-8718
[email protected]
www.fuisambar.com.br
índice
11 | Ele é gente da
gente!
Netinho de Paula que esteve na terrinha
do pão de queijo para prestigiar o show.
12 | O QUE NOS
SEPARA?
Porque os grupos de pagode de Minas
Gerais não se destacam como os do
Rio e de São Paulo?.
13 | A sabedoria
divina de um
mestre!
Revista Fui Sambar
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Revista Fui Sambar
Fotos: Junio Amaro e Ricardo Ricco
Revista Fui Sambar
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Foto: Arquivo pessoal
ENTREVISTA RAFA Di SOUZA
16 ANOS
de estrada com
Rafa Di Souza
“
FS.: Quando começou seu
interesse pela música?
Qual sua formação musical?
RS.: Bom, desde Bebê tive
contato com a música,
pois minha mãe me ninava ao som de um radinho
de pilha. Assim crescendo
e sendo influenciado pelo
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Revista Fui Sambar
meu pai que sempre foi
bem eclético. Ganhei meu
primeiro violão ainda
criança, assim fui aprendendo sozinho buscando
informações em revistas
e em um dicionário de
acordes que me auxiliaram.
FS.: Além de tocar, você
também produz ou compõe?
RS: Sim. Participei diretamente na produção de
grupos mineiros como: Um
Gole a Mais, com a canção
“Voltando pra casa”, Grupo Desafio que era liderado
pelo Pedrinho (Na Real) e
também o Cassinho (Papo di
Bakana).
Já como compositor tenho
algumas canções gravadas
e sendo executadas nas na
principais rádios de BH. São
elas: “É só deixar rolar” que
eu foi gravada pelo grupo Os
Neguinhos, “É minha cara”
gravada recepelo Grupo Vocação, “Não vem marolar”
gravada pelo Papo Di Bakana e “Malandro Nova Era”
gravada pelo Magnatas do
Samba.
O trabalho de compositor
vem dando certo e contimuo
trabalhando om
músicos como: Guh Silva,
Jota Pê (Grupo VPC) Melão
e Fumaça (Os Neguinhos),
Betinho Moreno e Juninho
Sousa
FS.: Quais foram e ainda são
as suas influências musicais?
O que gosta de ouvir?
RS.: Cresci ouvindo de tudo,
mas a Black Music com certeza é a minha maior influência. São eles: Earth,Wind and
Fire, Kool and the Gang,
Barry White, Michael Jackson, Tower of Power...O verdadeiro funk e não poderia
deixar de citar a música
brasileira na voz de grandes
músicos como: Ed Motta e
a Bossa Nova que também
contribuiu para a minha cultura musical.
FS.: Qual música não pode
faltar na roda de samba ou
pagode que você participa?
RS.: Em especial “Um lindo sonho” do Grupo Fundo
de Quintal.
você pode escutar a música
de uma banda local sendo
executada na rádio, ou sendo cantada em uma roda de
samba. Isso é bom! As bandas estão se profissionalizando cada vez mais, buscando alcançar a qualidade
de nível nacional. Agora
falando em compositores
temos grandes talentos, tais
“
Sempre dei valor a
Família e aprendi
que é a base de
tudo.
”
FS.: Alguma banda marcou
a sua adolescência?
RS.: Foi o Grupo Kiloucura. Os caras marcaram
época, fazendo um pagode
inovador, com harmonias
e arranjos arrojados. Aquilo tudo era Maravilhoso, o
Kiloucura foi um divisor de
águas no pagode.
FS.: Como você avalia o
samba e o pagode em nosso
estado e cidade (tanto na
questão técnica, letras, estilos, evolução)?
RS.: Nos últimos dez anos
estamos tendo um avanço
considerável na valorização dos artistas locais em
relação ao público. Hoje
como: Fabinho do Terreiro,
Ricardo Barrão, Eduardo Gatão, Evair Rabello,
Cabral, Nonato. E também
a galera da nova geração
que esta vindo com toda
força e com grandes composições como: Guh Silva,
Cassinho, Thiago Fersan,
Thiago Lisboa, Betinho
Moreno, Juninho Sousa.
Acredito que o que falta é
mais incentivo do poder
público pra cultura em nossa cidade
FS.: Quais os próximos planos do Rafa de Souza dentro da música?
RS.: Hoje sou produtor musical e violonista na Banda
Papo di Bakana e estamos
com a carreira em ascensão.
Vamos lançar em breve o 1º
CD. Pretendo continuar
na banda, tendo em vista
que agora o trabalho está se
consolidando.
FS.: O que a família significa para você nesse processo
de formação?
RS.: Sempre dei valor a
Família e aprendi que é a
base de tudo. Estou adorando à sensação de ser pai,
estou curtindo muito juntamente com a minha esposa
Fernanda. Meu filho, Lucas
Gabriel foi a melhor coisa
que aconteceu na minha
vida e está me ajudando a
amadurecer.
FS.: Deixe uma mensagem
aqui para aqueles que sonham em um dia trilhar esse
caminho da música e para
os nosso internautas do site
fui sambar.
RS.: Primeiro agradecer a
toda Equipe do Fui Sambar pela oportunidade. A
galera que pretende ser
um artista, primeiramente
ame o que você faz, estude
bastante. Acho que são os
princípios básicos para se
ter um futuro promissor.
Abraço a todos os navegantes do Fui sambar, a gente
se encontras nos sambas da
vida, pois “ O show tem que
continuar”.
Por: Junio Amaro
Revista Fui Sambar
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GAROTA FUI SAMBAR
Fotos: Junio Amaro
A GAROTA
FUI SambaR
Já ouviram provavelmente
que a beleza é algo relativo,
que como somos por dentro é o que importa e até
que a famosa frase “beleza
não põe mesa”, é isso é
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Revista Fui Sambar
verdade! Mas que ajuda
a abrir o apetite ninguém
pode negar! Afinal, cá pra
nós, é uma delicia sair por
ai arrancando suspiros...
E deixando admiradores e
admiradoras em êxtase!
Amante convicta de um
bom samba, a mineirinha
Laila Palluza, garota Fui
Sambar 2012/2013, parece
cair como uma luva nesta
afirmação. Mesmo chamando a atenção por onde
passa, a bela acredita que
os valores como humildade, caráter e inteligência
são elementos essenciais
e ajudam a compor uma
mulher de verdade. E
pra acha que ele é só um
corpinho bonito, e muito
por sinal, se engana, pois a
moça é prendada! Aos 26
aninhos, a escorpiana de
personalidade forte é coordenadora de logística com
ensino superior completo
em administração e mãe
do pequeno Yago Gabriel,
idade, com quem mora na
região noroeste de Belo
Horizonte.
Infelizmente para os
marmanjos de plantão
interessados nessa flor, as
notícias não são das melhores, ela está namorando
e muito feliz, pois quando
questionada sobre o
homem ideal sua resposta
foi conclusiva. “Cada mulher sonha com um homem
com as qualidades que ela
define ser perfeitas ou não.
Não existe pessoa perfeita
e se existisse seria péssimo,
né? Eu poderia falar todas
essas coisas clichês sobre
uma pessoa “perfeita”, mas
homem perfeito e ideal pra
Fotos: Junio Amaro
mim é aquele que me faça
feliz!”, afirmou Laila que há
0 anos namora o profissão/
nome.
Mesmo como um rotina
tão corrida a Laila não abre
mão de encaixar na agenda
um tempo para se divertir
e estar na companhia da
família e dos amigos. No
quesito ritmo musical, ela
é eclética, gosta de pagode,
sertanejo, MPB, pop e gospel; mas como já era de se
esperar, o final de semana
sem um samba de qualidade nas melhores casas
da cidade, não é o mesmo!
E se tocar a música Fé em
Deus, de Diogo Nogueira
ou qualquer canção do
grupo Raça Negra, banda
marcou infância da Laila,
fica tudo perfeito!
Sonhadora e com uma fé
indestrutível, a moça faz a
todo instante profundas reflexões sobre desejos e ideias, mas pondera que nada
acontece sem uma forcinha
lá de cima. “Eu sempre estou em processo de buscar,
de novos sonhos, ainda há
muito que fazer, seja no
campo pessoal, sentimental
ou profissional. Todos têm
sonhos! Mas o que são
os nossos sonhos diante
de Deus? Por isso sempre
espero e confio em Deus”,
afirma ela.
Boa leitora, a Garota Fui
Sambar 2012/2013 se define e encerra a entrevista
com uma frase da autora
Clarice Lispector. “É curioso como não sei dizer
quem sou. Quer dizer,
sei-o bem, mas não posso
dizer. Sobretudo tenho
medo de dizer porque no
momento em que tento
falar não só não exprimo o
que sinto como o que sinto
se transforma lentamente
no que eu digo”
Por: Efigênia Souza
Ficha Completa
Nome Completo:
Laila Palluza Moreira Dias
Apelido: Não tem
Idade: 26 anos
Estado Civil: Namorando
Nascimento: 07/11/1987
Religião: Católica
Prato culinário predileto: Strogonoff
Signo: Escorpião
Time: Cruzeiro esporte clube
Sua maior qualidade? Sincera e guerreira.
Seu maior defeito:
Nervosa
Ídolo: Meu avô João
(in memoriam)
Beleza pra você é? Coisa de dentro pra fora...
Humildade e caráter
Revista Fui Sambar
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GENTE DA GENTE
E o samba mineiro entra em
destaque outra vez como
lançamento do primeiro
CD/DVD do grupo Black
Samba. O grupo mineiro com anos de estrada
conquistou muitos fãns ao
longo das apresentações nas
casas de samba pela cidade.
O evento aconteceu no
Hard Rock Café, e contou
com presenças marcantes,
como a do sambista Netinho
de Paula que esteve na terrinha do pão de queijo para prestigiar o show. O cantor extremamente simpatico concedeu
uma entrevista exclusiva para o site Fui Sambar. Vale a pena
conferir…
Fui Sambar: Netinho, o Rio de Janeiro e São Paulo são
considerados berços do samba e do pagode no Brasil, o
que você acha e pensa a respeito disso, como você vê hoje
o samba e o pagode de Minas especificamente o de Belo
Horizonte?
Netinho: Isso não existe mais, ouve tempo em que era dificil
encontrar uma pessoa que soubesse tocar um pandeiro, tocar
um cavaquinho, tocar um contrabaixo, aqui se diferencia do
samba do Brasil inteiro porque além de todo mundo saber
tocar percussão, Minas tem uma caracteristica de metais
que supera todos os outros estados e talvez se assemelhe a
Olinda, portanto, não existe mais isso de São Paulo e Rio e
acabou, Fundo de Quintal fez escola, Só Preto Sem Preconceito, Grupo Raça, depois veio o Raça Negra, o Só Pra Contrariar, Negritude e hoje millhares de grupos, veio o Exalta
Samba, o pessoal do Katinguelê, agente tem aí o Thiaguinho
todo mundo aprendeu a tocar bem seu cavaquinho, a tocar
bem o seu violão. O samba não pertence mais a estado
nenhum, o samba é do povo brasileiro!
Fui Sambar: Os de Paula, quem são Os de Paula?
Netinho: É uma mulecadinha ae! Vem pra tentar mostrar o
Fui Sambar: Deixe uma mensagem para o publico do site
fuisambar; essa galera que acompanha o seu trabalho desde da época do Negritude Junior e toda a sua carreira solo,
mande um alô para esse povo lindo que é uma galerinha
nota 10.
Netinho: Quero mandar um abraços para todos vocês,
agradecer demais dizer para você que o trabalho que é
desenvolvido é muito bonito, é um trabalho que educa que
leva mensagem e pedir para todos os grupos, pessoal que
gosta de samba, saber conciliar o samba com a escola pra
gente é muito importante ter um povo culto, não dar para
viver só de samba, não dar pra viver sem, mas não dar pra
viver principalmente sem educação.
Fotos: Junio Amaro
Ele é gente
da gente!
seu estilo, estilo diferente misturando o samba com o Black
Music (musica negra norteamericana), uma negadinha que
foi criada não no veneno como eu fui. Meus filhos tiveram
uma condição melhor, mas tem a missão de levar a alto estima de representar a galera do gueto, a periferia, juventude e
a mulecada. Essa é a função deles!
Por: Junio Amaro
Revista Fui Sambar
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ARTIGO
O QUE
NOS
SEPARA?
Porque os grupos de pagode de Minas
Gerais não se destacam como os do
Foto: Junio Amaro
Rio e de São Paulo?
“E
u não tenho
culpa de comer quietinho,
no meu cantinho boto pra
quebrar”. Mineiro é assim,
quietinho, prestativo, come
pelas beiradas. A tradição
é essa, ficar no cantinho
e querer ser reconhecido
pela música que faz.
Concursos para descobrir
novos talentos é o que não
falta! Sempre à procura de
novos grupos, novas vozes
para música que se destacam como bom vocalista
ou pelo belo toque do
bandeiro.
Você se lembra de quem foi
o ganhador do concurso
nacional de pagode. Não,
12
Revista Fui Sambar
Né?!? Normal que não
se lembre, pois o vencedor teve pouco espaço
mesmo depois de vencer o
concurso.
Há 18 anos, Minas Gerais
não importa grupos de
pagode com destaque
nacional. O último foi o Só
Pra Contrariar, que veio de
Uberlândia em 1993, com
um pagode romântico.
Depois disso, outros grupos também se destacaram
em qualidade e talento.
Mas esse destaque foi
apenas para os olhos dos
amantes do pagode, donos
de bares e casas de shows.
Grupos como Ty Kere,
Nossa Kara, Dêliro, Os
neguinhos, e o próprio
Black Samba continuam no
anonimato para boa parte
do Brasil.
Essas são algumas das bandas que, com seus ritmos,
fazem sucessos nas rádios,
bares da capital mineira,
e ainda abrem shows de
grandes sambistas como,
Arlindo Cruz, Banda Revelação, Alcione, Fundo de
Quintal, entre outros.
Em 2009, o ex-apresentador Netinho de Paula,
lançou um concurso a nível
nacional para encontrar
novos grupos de pagode. O
evento teve 15 mil candidatos e Minas Gerais foi o
estado com maior número
de inscritos. A proposta
do evento era divulgar o
grupo, a banda vencedora
teria o privilégio de fazer
parte de um CD.
Como não era de se esperar, quem levou a melhor
foram os mineiros. O grupo Black Samba venceu o
concurso, mas não tiveram
reconhecimento nacional.
Mesmo depois de passado
dois anos dessa conquista,
o grupo continua tocando
nas casas de shows por
todo o estado mineiro.
Por: Fernanda de Souza
Alexandre
crônica
Foto: Junio Amaro
A sabedoria
divina de
um mestre
Este gênio da música mineira acreditava
na força das comunidades e no poder
dos trabalhos
Revista Fui Sambar
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MESTRE AFONSO
V
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Revista Fui Sambar
Foto: Junio Amaro
“
ersado numa
ciência ou
arte”, “homem
de muito
saber”, “aquele que ensina”.
Esses são alguns significados que se aplicam a
palavra mestre de acordo
com dicionário Aurélio.
Considerando também o
título concedido aos concluem o curso de mestrado,
em que se estuda e conhece
em profundidade uma área
especifica, pode-se dizer
que os mestres são dotados
de grande sabedoria. Eles
têm a missão generosa de
passar para seus admiradores e aprendizes tudo
aquilo que sabem fazer de
melhor.
Agora, fugindo das
reflexões sobre a língua
portuguesa e falando
de música que é a nossa
especialidade não se pode
esquecer o saudoso Vila-Lobos, e se tratando do
cenário mineiro, mestre
Jonas e os grandes artistas
no qual falaremos mais a
frente. Já imagina quem é
o assunto em pauta? Sim,
a expressão mestre cabe
muito bem ao belo-horizontino Afonso Marra
Filho, mais conhecido
como Mestre Afonso, um
exímio conhecedor do
samba nacional.
Esse visionário, espirituoso,
bem humorado artista era
dono de uma fé irrevogável
que o fazia agradecer
Afonso Marra Filho,
mais conhecido
como Mestre
Afonso, um exímio
conhecedor do
samba nacional
todos os dias “pela honra
e a glória” de ter nascido
sambista. Um paradoxo
não acha? Pois na verdade,
agradecidos às entidades
divinas são aqueles que
tiveram a honra de ouvir
suas obras.
Mestre Afonso era
também um amante do
carnaval, passou por
várias escolas de samba
da capital mineira como
mestre de bateria. Foram
50 anos de carreira, e
deles 18 anos dedicados
ao carnaval e 18 notas 10,
o que originou o apelido
de “sambista nota 10”. A
receita de tanto sucesso?
Técnica, um bom tema,
um bom samba, muito
ensaio e principalmente
sentir a bateria como se
fosse um coração pulsando com toda a força e
a garra de uma comunidade.
E se a bateria era o coração
de uma escola de samba, a
comunidade para o mestre
era o sangue que transportava o oxigênio e nutrientes
que mantinham esse
corpo, ou seja, a escola,
funcionando perfeitamente
bem! Entre as principais
agremiações mineiras que
dividiram seu carnaval
com ele, estão a Canto
do Alvorada, Bem-Te-Vi
e Cidade Jardim. Sem
contar as suas andanças e
atuações em terras cariocas
e em escolas do interior
do estado. Este gênio da
música mineira acreditava
na força das comunidades
e no poder dos trabalhos
socioculturais para o
fortalecimento do carnaval
belo-horizontino.
O compartilhamento de
ganhar o prêmio de melhor
transmissão da folia
mineira.
Conclusão: Não existe conclusão para os sentimentos
e não existe conclusão
para uma história que
não acabou, sua obra, seu
legado é infinito! Mestres
sentem amor por tudo
àquilo que conhecem,
mestres conhecem por que
amam, mestres amam por
conhecem e por isso
tem autoridade para
ensinar e falar sobre.
Mestre Afonso era
mestre por que amava
as pessoas, por que
amava o carnaval e por
que amava o samba!
Por: Fify Souza
Foto: Junio Amaro
experiência não parou. Nos
últimos anos de vida atuou
como colunista, palestrante
e produtor dividiu por seis
anos seu conhecimento
quando colaborou com
um programa musical aos
domingos na rádio Itatiaia.
E sua ligação com carnaval
era tão forte que junto ao
seu já parceiro Acir Antão,
transmitiu os desfiles das
escolas de samba de Belo
Horizonte e chegaram a
Revista Fui Sambar
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