Professor: Rubens Penha Cysne Monitor: Rodrigo Toshiaki Miyamoto Análise II - 2009 EPGE Gabarito - Lista 2 3*- O problema é dado por: max Z1 (1) f (x(t); u(t); t)dt 0 onde f (x(t); u(t); t) = x(t), x(0) = 0 ,x(1) livre sujeito a x0 (t) = x(t) + u(t) (2) u(t), contínua por partes, u : [0; 1] ! [ 1; 1]. Supondo que existe uma solução, ela deve satisfazer as condições necessárias enunciadas pelo princípio do máximo. Uma vez que x(t1 ) é livre, tem-se m(t1 ) = 0. Dado que (m0 ; m(t)) 6= (0; 0), 8t, encontra-se m0 = 1. Usando agora m0 (t) = @H @x obtém-se: m0 (t) = f1 (x ; u; t) + m(t)g(x ; u; t) ) m0 (t) = 1 + m(t) com g(x; u; t) := x(t) + u(t). Sendo a equação diferencial homogênea m0 (t) + m(t) = 0, a equação característica associada é: +1=0) = 1 Assim, a solução da equação homogênea é da forma: m(t) = c1 e t Uma possível solução particular é dada por: = k1 Então, usando a equação diferencial não homogênea, veri…ca-se que a solução particular é: 0 = 1 ) k1 = 1 Logo: m(t) = mH (t) + mp (t) ) m(t) = c1 e Avaliando no ponto …nal e utilizando m(1) = 0: m(1) = c1 e 1 1 1 ) c1 = e t 1 Dessa forma, m(t) = e1 t 1. Assim, usando-se m(0) > 0, m(1) = 0 e m01 t < 0, 8t 2 [0; 1], encontra-se m(t) 0, 8t 2 [0; 1]. Agora, sabendo-se que controle u (t) é tal que maximiza: H(x (t); u(t); m(t); t) := f (x (t); u(t); t) + m(t)g(x (t); u(t); t) e usando o resultado, m(t) > 0, 8t 2 [0; 1], encontra-se u (t) = 1, 8t 2 [0; 1], isto é, u (t) assume um valor na fronteira de sua de…nição. Finalmente, para encontrar x (t) note que x0 (t) = x (t) + u (t). Assim: x0 (t) = x (t) + 1 A solução é dada pela soma da solução da equação homogênea e da particular. A primeira é obtida pela equação característica 1=0) =1 e logo, x(t) = d1 et . Para a solução particular: = k2 e assim: 0 Então, x (t) = d1 et = 1 ) k2 = 1 1. Usando-se a condição inicial: x (0) = 0 ) d1 = 1 A trajetória ótima é dada por x (t) = et valor máximo do problema: Z1 (et 1)dt = et 1. Finalmente, para encontrar o 1 t =e 1 1=e 2 0 0 Note que f11 = f12 = f22 = 0 para qualquer (x; u), isto é, a matriz hessiana de f é negativa semi-de…nida (função côncava em todo o domínio) e assim, garante-se a su…ciência das condições do Hamiltoniano como máximo global. 4*- Cálculo de Variações: Considere o problema: Z T F (x; x; _ dt)dt 0 2 (3) com F (x; x; _ t) = U (1 x) _ x(0) = x0 x(T ) xT x(t) _ 2 [0; 1] 0 002 U > 0; U U : [0; 1] ! R Condições necessárias Equação de Euler: F1 d F2 = 0 ) U 00 (1 dt x_ )• x =0 Como U 00 < 0, sabe-se que x• = 0. Resolvendo-se essa equação diferencial: (4) x (t) = c1 + c2 t com c1 e c2 constantes a serem determinadas. A condição de transversalidade nesse caso em que o extremo …nal deve satisfazer a desigualdade x(T ) xT é: T F2 0 ) U 0 (1 x_ (T )) 0 (= 0; x(T ) > xT ) Como U 0 > 0 ) U 0 < 0, em uma trajetória x que satisfaz a condição de transversalidade e a …nal têm-se x (T ) = xT , pois, se x (T ) > xT teria-se T F2 = 0 o que não é possível, dado que U 0 < 0. Usando este resultado em (4) e usando as condições dos pontos extremos: x (0) =c1 = x0 x (T ) =x0 + c2 T = xT ) c2 = xT assim, obtém-se x (t) = x0 + x0 T xT x0 T : ! t. Como F é côncava em (x; u), as condições necessárias são su…cientes. Princípio do Máximo: Considere o problema: Z T f (x; u; dt)dt 0 3 (5) com f (x; u; t) = U (1 u) x(0) = x0 x(T ) xT x(t) _ = g(x; u; t) : = u(t); u 2 [0; 1] U 0 > 0; U 002 U : [0; 1] ! R; (6) (7) (8) (9) (10) (11) Utilizando-se o princípio do máximo para condições necessárias para a solução do problema, tem-se: @H = @x m _ )m _ = 0 ) m(t) = c com c constante. Por (8), m(T ) 0 e uma vez que m é constante, m(t) = c (12) 0 Usando que o Hamiltoniano é maximizado no controle ótimo, para qualquer u e qualquer t: H(x (t); u(t); t; m(t)) H(x (t); u (t); t; m(t)) ou m0 U (1 u(t)) + m(t)u(t) m0 U (1 u (t)) + m(t)u (t) Lema 1 m0 = 1. Suponha por contradição que m0 = 0. Na equação acima: m(t)u m(t)u ) u u , já que m(t) 0. Assim, para que u faça com que o Hamiltoniano atinja o valor máximo entre todos os controles factíveis, deve assumir o valor 1, isto é, um valor na fronteira. Como x(t) _ = u(t) = 1, integrando, obtém-se x(t) = c1 + t. Avaliando-se a variável de estado nas condições extremas: x(0) = c1 x(T ) = c1 + T e por (7), com o sistema acima, encontra-se x(T ) = x0 + T . Porém, com a outra condição extrema, (8), têm-se: x0 + T = x(T ) xT ) x(T ) > xT 4 usando a hipótese x0 < xT < x0 + T . Nesse caso, a condição de transversalidade implica em m(T ) = 0. Como m(t) = c 0, encontra-se m(t) = 0, 8t 2 [0; T ], contradição com (m0 ; m(t)) 6= (0; 0). Assim m0 = 1. Então, o Hamiltoniano se resume a: H(x; u; t; m) = U (1 u) + m(t)u(t) Lema 2 u (t) = k, 8t, k constante. Note que H é estritamente côncava em u e possui apenas um máximo. O argumento que maximiza o Hamiltoniano, u , deve satisfazer a condição de primeira ordem: H2 = 0 ) Por (12), m(t) = c U 0 (t)) + m(t) = 0; 8t 0, com c constante e assim: U 0 (t)) = c 8t Logo, u (t) = k, 8t, com k constante. Lema 3 u (t) = k 2 (0; 1). Suponha por contradição que k = 0. Usando a condição x_ (t) = u (t) = 0 ) x (t) = c2 juntamente com a condição inicial x (0) = x0 , encontra-se x (T ) = x0 . Mas x (T ) xT e por hipótese xT > x0 , contradição. Suponha agora que k = 1. Assim, x_ (t) = u (t) = 1 ) x (t) = c3 + t. Usando novamente a condição inicial, encontra-se c3 = x0 e logo x (T ) = x0 + T > xT (13) onde a última desigualdade decorre por hipótese. Mas note que u (t) = 1 é um valor na fronteira então H2 0 ) U 0 (0) + m(t) 0, e assim: u=1 m(t) > 0 e logo x (T ) = xT , contradição com (13). 5 Então, k 2 (0; 1). Assim: x (t) x0 = Z 0 t kdv = kt ) x (t) = x0 + kt Usando as condições inicial e …nal: x (t) = x0 + xT x0 T ! t Como, f é estritamente côncava e g é linear (ambas em em (x,u) ), as condições necessárias são também su…cientes. 6