Análise do gene PCNT em uma apresentação de nanismo

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56º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010
Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
325
Análise do gene PCNT em uma apresentação de
nanismo osteodisplásico tipo II com síndrome nefrótica
Marques, FA1; Carvalho, GV2; Rosa, MT2; Queiroz, LB2; Oliveira, JRC3; Cardoso, MTO4; Pogue, R1; Andrade,
RV1
¹Laboratório de Ciências Genômicas e Biotecnologia - Universidade Católica de Brasília
²Residentes de Genética Clínica SES-DF
³Biomédicos - NUGEN
4
Médica Geneticista Chefe do Núcleo de Genética (NUGEN) SES-DF
[email protected]
Palavras-chave: MOPD II; Pericentrinha; Baixa estatura; e Mutação
O crescimento de um indivíduo depende de vários fatores, tais como regulação do tamanho e divisão celular. A
disfunção dessas vias contribui não só para efeitos somáticos, mas também para uma ampla variedade de quadros
patológicos, incluindo câncer e diabetes. O Nanismo osteodisplásico tipo II (MOPD II) é uma doença autossômica
recessiva caracterizada por retardo do crescimento pré-natal e pós-natal, baixa estatura, microcefalia, escoliose
torácica, má formação vascular cerebral, anomalias dentárias entre outros. Apesar do tamanho da cabeça
pequena, apenas alguns indivíduos possuem retardo mental grave. O gene causador de MOPD II foi identificado
como PCNT, localizado no cromossomo 21q22. Este gene, por sua vez, produz uma proteína chamada Pericentrina,
posicionada especificamente no centrossomo durante o ciclo celular. Na mitose, ela está envolvida na formação
dos microtúbulos do fuso a fim de garantir a segregação correta dos cromossomos. Como a Pericentrina está
ausente nos pacientes com MOPD II, uma fração das divisões celulares resulta em células com número anormal de
cromossomos, ocasionando apoptose, e, por conseguinte, um número menor de células, resultando na diminuição
de todos os órgãos. O presente trabalho apresenta um caso de uma criança com MOPD II que possui achados
comuns de oligodontia, microdontia, escoliose, pele seca e heterocromia. Ele também evidenciou um acidente
vascular encefálico devido a malformações vasculares cerebrais, um evento só presente em 18,7% dos casos
descritos na literatura. Além disso, desenvolveu síndrome nefrótica, achado relatado em apenas 1 caso na literatura.
Usando técnicas de PCR e seqüenciamento de DNA (Applied Biosystems 3130) os 47 exons do PCTN estão sendo
analisado em 50 fragmentos. Apesar dos pais alegarem não possuírem qualquer tipo de consangüinidade, os
primeiros resultados apontam outra possibilidade, apoiada na observação da presença do alelo menos freqüente
de um SNP em homozigose em ambos os pais. Aliado a isso, o fato de ser uma doença rara numa prole de pais que
vem da mesma área do Brasil (interior de Bahia) sugerem a possibilidade de possuírem algum grau de parentesco.
Apoio financeiro: HRAN, FAP-DF, UCB, CNPq.
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