Dinâmica de polimorfismos genéticos ligados ao gene da hemofilia

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56º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010
Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Dinâmica de polimorfismos genéticos ligados ao gene
da hemofilia a (F8) na população brasileira
Massaro, JD1; Wiezel, CEV1; Canas, MCT1; Pimentel, AL1; Mendes-Junior, CT2; Luizon, MR3; Simões, AL1
Laboratório de Genética Bioquímica, Departamento de Genética, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
Departamento de Química, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
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Departamento de Farmacologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
[email protected]
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Palavras-chave: População brasileira, gene do F8, diferenciação populacional, haplótipos, diagnóstico indireto e microssatélites.
A Hemofilia A é uma doença sanguínea condicionada por gene localizado no cromossomo X. É causada pela
deficiência parcial ou total da atividade do Fator VIII (FVIII), uma glicoproteína plasmática cuja função é
necessária para a coagulação normal do sangue. Devido às dificuldades encontradas para o reconhecimento
direto da mutação no gene F8, o diagnóstico das portadoras é feito de forma indireta, isto é, por análise de
ligação com marcadores polimórficos localizados dentro ou próximos ao gene, o que permite determinar a cosegregação do haplótipo e da mutação na família sob estudo e, desta maneira, detectar o estado de portadora e,
eventualmente, auxiliar no diagnóstico pré-natal. O presente trabalho teve por objetivo avaliar o poder de alguns
desses marcadores na diferenciação das populações e determinar o grau de sua informatividade para o diagnóstico
e aconselhamento genético de famílias afetadas, bem como verificar o eventual uso forense de tais marcadores.
Foram então determinadas as frequências alélicas e haplotípicas, diversidade genética, diferenciação populacional,
desequilíbrio de ligação e composição ancestral de quatro microssatélites intragênicos (F8Int1, F8Int13, F8Int22,
F8Int25.3), localizados em introns do gene F8, e um extragênico (IKBKG) em amostras de populações brasileiras
urbanas (indivíduos normais de São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco), de quilombos (Mimbó, Sítio Velho
e Gaucinha localizados no Estado do Piauí) e Ameríndios (Tikúna, Baníwa e Kashináwa). As análises, quando
cabível, incluíram um grupo de pacientes hemofílicos. O DNA dos sítios polimórficos foi amplificado por PCR,
os produtos separados em PAGE e corado por nitrato de prata. Para as análises estatísticas foram empregados
programas já considerados de uso rotineiro. Os parâmetros de diversidade mostraram diferenças entre as amostras
populacionais analisadas. Tais diferenças regionais nas frequências alélicas devem ser levadas em conta quando o
diagnóstico indireto da Hemofilia A estiver sendo realizado. Com exceção do IKBKG, todos os demais microssatélites
apresentaram altas taxas de heterozigose. Usando tais marcadores, o diagnóstico foi possível em 10 das 11 famílias
analisadas. Os microssatélites F8Int22, F8Int1, F8Int13, F8Int25.3 e IKBKG foram informativos em 63,6% (7/11),
54.5% (6/11), 54.5% (6/11), 45.5% (5/11) e 18.2% (2/11) dos casos, respectivamente, demonstrando a eficácia do
uso desses microssatélites no diagnóstico pré-natal e na identificação de portadoras na população brasileira.
Apoio Financeiro: CAPES e FAEPA.
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