Apresentação do PowerPoint

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GRUPO GESER - GESTÃO EM SEGUROS E RISCOS DA ESALQ/USP
Quarta edição – dezembro 2013
Na quarta edição do Boletim do Seguro Rural (BSR), o Grupo GESER –
Gestão em Seguros e Riscos abordará as principais características do
seguro de faturamento. Desta forma, na Matéria de Capa serão expostos
alguns aspectos históricos e características gerais deste tipo de seguro
rural no mercado brasileiro e americano.
EDITOR CHEFE:
A seção de Estudo de Caso, tratará um pouco mais sobre o seguro agrícola
Prof. Dr. Vitor Ozaki
por meio de uma abordagem técnica e exemplos práticos. Será
apresentado um estudo de caso considerando o seguro de faturamento,
EDITORES ASSOCIADOS:
Adriano Lênin Cirilo de Carvalho
para a cultura da soja, no município de Campo Mourão-PR.
Na seção de Entrevista, esta edição traz o Gerente de Agronegócios do
Carlos Andrés Oñate Paredes
Grupo BB&MAPFRE, Daniel Rascikevicuis do A. Nascimento, abordando a
Daniel Lima Miquelluti
realidade do seguro de faturamento no Brasil.
Daniel Lutz Ruiz
Eduardo Passarelli
Como em outras edições, o BSR traz um compilado das principais Notícias
do Setor do seguro rural brasileiro.
Gislaine Vieira Duarte
Gostaria de ressaltar que nesta edição se apresenta um resumo executivo
Henrique Cyrineu Tresca
das palestras e painéis do “2º Seminário Internacional de Seguro Rural”,
organizado pelo Grupo GESER em parceria com a resseguradora Munich
COLABORADORES:
Re nos dias 28 e 29 de outubro de 2013. Como mencionado no anterior
Lethicia Magno M. de Almeida
Boletim, o evento teve como objetivo discutir estratégias do setor público
Luiz Guilherme Fagotti
e privado para o desenvolvimento do seguro rural, definindo as
Monique Monah Moreira
prioridades dos agentes produtivos.
Vanessa Siqueira Ribeiro
BOA LEITURA !
Prof. Dr. Vitor Ozaki
Dept. de Economia, Administração e
Sociologia (ESALQ/USP).
Coordenador do Grupo GESER
1
ASPECTOS HISTÓRICOS E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO
SEGURO DE FATURAMENTO
Nesta edição do BSR será analisado um tema que merece grande destaque no
mercado brasileiro de seguro rural: o Seguro de Faturamento ou Seguro de Receita.
Esta modalidade cobre as perdas no faturamento do produtor, em função de quedas
na produtividade e/ou no preço recebido pelo produto agrícola, o que com certeza
é um avanço em relação ao Seguro de Custeio.
A Matéria de Capa desta edição do BSR traçará um breve histórico sobre o Seguro
de Faturamento tanto nos Estados Unidos, pioneiro nesta modalidade de seguro,
como no Brasil. Além disso, abordará os principais produtos do gênero oferecidos
no país.
Histórico do seguro de faturamento nos Estados Unidos
Iniciado em 1996, a partir de uma lei
agrícola do mesmo ano (Federal
Agriculture Improvement and Reform
Act), os Seguros de Receita, ou Seguros
de Faturamento, “Revenue Insurance”
em inglês, transformaram o cenário do
seguro agrícola nos Estados Unidos. Os
primeiros serviços oferecidos eram
apenas oferecidos às culturas de milho
e soja com poucas opções de
cobertura. Mesmo assim, já em 1997 a
modalidade do seguro de receita
totalizava 18% do valor total de
prêmios recolhidos. Hoje em dia
estima-se que a modalidade representa 85% do total de prêmios
recolhidos, sendo o carro chefe do
crescimento de contratos de seguros e
área total de cobertura
Estima-se que, em 1994, 33% da área
plantada americana era coberta por
seguro, totalizando cerca de US$13,6
bilhões em prêmios, o que demonstra
que o seguro não era a primeira
escolha dos agricultores quanto ao
controle dos riscos. No entanto, ao fim
de 2012 a área coberta já correspondia
a 74% da área total cultivada e o total
do valor de prêmios cresceu para US$
116,9 bilhões, sendo que desse total
cerca de US$ 96 bilhões provinham dos
seguros
de
faturamento.
Tal
participação mais que triplicou nos
últimos 5 anos, demonstrando a força e
importância da modalidade para o
gerenciamento do risco no país.
.
2
ASPECTOS HISTÓRICOS E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO
SEGURO DE FATURAMENTO
Histórico do Seguro de Faturamento no Brasil
No Brasil, o Seguro de Faturamento foi
introduzido em 2010 pela seguradora
UBF Seguros (atualmente Swiss Re
Corporate Solutions), e na ocasião, o
produto era chamado de “Seguro
Receita Agrícola”. O seguro era baseado
nos
produtos
previamente
desenvolvidos nos EUA, como os
seguros de proteção de renda (Income
Protection – IP), receita garantida
(Revenue Assurance – RA) e no plano
de cobertura de receita agrícola (Crop
Revenue Coverage). O produto foi
aprovado no ano de 2010, e de fato
lançado
em
2011
em
nível
experimental. O produto foi ofertado
somente a clientes tradicionais da
empresa, para a cultura da soja no
estado do Paraná, totalizando 10
apólices e prêmios na ordem de R$ 3
milhões.
Já em 2011, um segundo produto foi
apresentado ao mercado, desta vez
pela Companhia de Seguros Aliança
do Brasil (atualmente Grupo Segurador
Banco do Brasil e Mapfre), denominado
comercial- mente como “BB Seguro
Agrícola Faturamento”. Esse produto foi
distribuído em estados diferentes do
produto apresentado pela UBF Seguros.
Inicialmente o produto foi lançado
apenas para a cultura da soja (em todo
o Brasil), e, atualmente o Grupo
Segurador Banco do Brasil e Mapfre
oferece cobertura para as culturas da
soja, milho e café.
É importante frisar que os produtos
mencionados, que serão descritos nas
próximas seções, são relativamente
recentes no mercado agrícola brasileiro,
portanto ainda há poucos relatos sobre
seu desempenho e pouca experiência
acumulada a respeito. No entanto, é
inegável o fato da importância da
introdução
destes
produtos
no
mercado.
“BB Seguro Agrícola Faturamento” – Grupo Segurador Banco do Brasil e MAPFRE
O produto “BB Seguro Agrícola Faturamento” ofertado pelo Grupo Segurador Banco
do Brasil e Mapfre, por meio do Banco do Brasil, cobre variações na produtividade,
em razão de riscos climáticos, mas também variações no preço recebido pelo
produto da lavoura segurada. Portanto, o gatilho do produto é dado pela diferença
entre “Faturamento Garantido” e o “Faturamento Obtido”.
3
ASPECTOS HISTÓRICOS E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO
SEGURO DE FATURAMENTO
Destacam-se algumas características desde produto, que serão citados a seguir. Para a
aceitação da adesão por parte da seguradora, o produtor deve respeitar o
“Zoneamento Agroclimático” divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), utilizar sementes certificadas, a lavoura não pode ser a
primeira ou segunda implantada após a abertura/recuperação de cerrados ou
pastagens, e também não pode haver consorciação de culturas. Segundo, ao
determinar o “Preço Base”, que é o valor de referência da cultura para o cálculo do
faturamento esperado, determinado com base nas cotações futuras com vencimento
em Maio na BM&FBOVESPA. Para o caso da soja, aplica-se um deságio (percentual
redutor) para compensar diferenças do preço futuro e do preço local do produto, em
função dos custos de frete, por exemplo. A “Produtividade Esperada” é determinada
pela seguradora, em função da cultura e do município, sendo que podem ser
utilizados registros de produtividade do produtor, o que deve ser explicitado na
apólice.
Os “Níveis de Cobertura” disponíveis para o seguro faturamento variam de 60% a
75%, conforme o local, para a cultura da soja. O nível de cobertura determinará qual a
porcentagem do faturamento será segurada, portanto, o prêmio a ser pago pelo
produtor é maior à medida que se contrata um nível de cobertura maior.
Para maiores informações sobre o “BB Seguro Agrícola Faturamento”, o leitor pode
acessar este link, http://www.bbseguros.com.br/alianca/rural/bb-seguro-agricolafaturamento.html, disponível no site do Banco do Brasil, que contém as condições
gerais do produto.
“Seguro Receita Agrícola” – Swiss Re Corporate Solutions
A Swiss Re Corporate Solutions, seguradora ligada à resseguradora Swiss Re, foi
pioneira no mercado de seguro agrícola brasileiro, visto que foi a primeira seguradora
a implantar um seguro de receita agrícola em 2010, nos moldes dos produtos
existentes nos Estados Unidos, o que fez do Brasil o primeiro país da América Latina a
operar tal produto.
4
ASPECTOS HISTÓRICOS E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO
SEGURO DE FATURAMENTO
O “Seguro Receita Agrícola” oferecido pela Swiss Re Corporate Solutions no Brasil
garante a receita ao produtor segurado, para a cultura da soja. Os níveis de cobertura
existentes variam de 40 a 70% da Receita Esperada. Diferentemente do produto do
Grupo BBMAPPRE, que utiliza como referência de preço para a soja a cotação na
BM&FBOVESPA, o “Seguro Receita Agrícola” utiliza para o cálculo da receita
esperada, a cotação média da saca de soja, com vencimento em Março, na bolsa de
Chicago (CME Group). A média encontrada é então multiplicada pela produtividade
média dos últimos 5 anos do produtor, portanto a seguradora utilizada o histórico de
produtividade da propriedade como base para o cálculo da receita esperada. Com
isso, caso a receita obtida seja menor do que a receita garantida, que será função dos
níveis de cobertura citados anteriormente, o produtor receberá a indenização, igual à
diferença entre as duas receitas citadas.
Assim como para o “BB Seguro Agrícola Faturamento”, o produtor que adere ao
“Seguro Receita Agrícola” deve atentar-se para alguns fatores, como a necessidade
de utilizar variedades de soja indicadas pelo MAPA, respeitar o período de
semeadura determinado pelo Zoneamento Agrícola, utilizar sementes certificadas,
realizar o plantio apenas em solos com teor de argila acima de 15%, seguir as boas
práticas de manejo em campo, indicadas pela assistência técnica da seguradora,
utilizar os insumos adequados, e também possuir um histórico de produtividade de
no mínimo 5 safras. Para maiores informações a respeito do produto, o leitor pode
acessar
o
link
a
seguir:
http://www.swissre.com/corporate_solutions/brasil_seguros/rural.html .
Por fim, pode-se perceber a vantagem dos dois produtos descritos anteriormente. O
Seguro de Faturamento ou Seguro de Receita, provê estabilidade de renda ao
produtor. Com uma renda estável, o agricultor diminui sua inadimplência, o que por
sua vez acarreta mais aceso ao crédito, e também permite que o governo não
necessite renegociar dívidas com o setor rural, ocasionadas pela instabilidade na
renda.
Para complementar esta breve descrição desta modalidade de seguro, será realizado
um estudo de caso sobre o Seguro Faturamento na próxima seção do BSR, com o
objetivo de explicitar ao leitor o mecanismo de funcionamento deste produto.
5
ESTUDO DE CASO – SEGURO FATURAMENTO
EM CAMPO MOURÃO/PR
Na primeira e terceira edições do Boletim do Seguro Rural, o GESER
apresentou dois estudos de caso, um sobre o seguro agrícola de custeio
e outro sobre o seguro agrícola de produtividade, ambos para a cultura
da soja. Em continuidade a esta série de artigos, esta edição tratará do
“Seguro de Faturamento”, também denominado “Seguro de Receita”.
Este produto cobre eventuais perdas no faturamento do produtor rural após a
colheita, ou seja, são dois os riscos cobertos neste caso: quedas na produtividade
ocasionadas essencialmente por eventos climáticos (geada, granizo, chuva excessiva
e seca) e também reduções no preço.
O estudo de caso proposto para o “Seguro de Faturamento” será novamente para a
cultura da soja, para o município de Campo Mourão/PR, para um talhão de 100 ha.
Para tal, serão utilizadas as taxas de prêmio de uma seguradora que atua no mercado
agrícola paranaense.
Assim como para o “Seguro de Custeio” e “Seguro de Produtividade”, ao contratar o
“Seguro Faturamento”, a seguradora estipula a “Produtividade Esperada” (PE) para a
cultura no município da lavoura. Para a cultura da Soja em Campo Mourão, esta
produtividade é de 3.575 kg/ha (aproximadamente 60 sc/ha), de acordo com a
seguradora escolhida. Este valor será importante para o cálculo do “Faturamento
Esperado” (FE), que é o montante esperado a ser obtido pelo produtor, com a
comercialização da soja após a colheita. O “Faturamento Esperado” é obtido a partir
da multiplicação de três variáveis: “Área Segurada” (AS), “Produtividade Esperada”
(PE) e por fim o “Preço Base” (PB), que é a cotação da saca da soja, determinada na
apólice, e obtido pela média das 15 últimas cotações da soja na BM&FBOVESPA
(CBM&F), com vencimento em Maio.
Suponha-se que o sojicultor contrate o seguro no dia 01/10/2013. Em consulta ao
site da BM&FBOVESPA, foram obtidas as seguintes cotações para a cultura da soja,
que constam na Tabela 1, bem como a “Taxa de Câmbio” (CAM), PTAX do Banco
Central do Brasil, para a conversão das cotações da saca de soja em dólar (US$) para
real (R$).
6
ESTUDO DE CASO – SEGURO FATURAMENTO
EM CAMPO MOURÃO/PR
Tabela 1: Cotação do preço futuro da soja (BM&F) e taxas de câmbio consideradas.
Data
10/09/2013
11/09/2013
12/09/2013
13/09/2013
16/09/2013
17/09/2013
18/09/2013
19/09/2013
20/09/2013
23/09/2013
24/09/2013
25/09/2013
26/09/2013
27/09/2013
30/09/2013
Média
Cotação da soja - BM&F
(US$/sc)
US$ 28,15
US$ 28,30
US$ 28,35
US$ 28,09
US$ 27,95
US$ 28,10
US$ 28,00
US$ 27,80
US$ 27,73
US$ 27,55
US$ 27,65
US$ 27,73
US$ 27,55
US$ 27,40
US$ 27,00
CBM&F = US$ 27,823
Taxa de câmbio – PTAX
(R$/US$)
R$ 2,28
R$ 2,29
R$ 2,28
R$ 2,28
R$ 2,26
R$ 2,26
R$ 2,25
R$ 2,20
R$ 2,21
R$ 2,20
R$ 2,20
R$ 2,22
R$ 2,23
R$ 2,26
R$ 2,23
CAM = R$ 2,244
Assim, o “Preço Base” é calculado da seguinte maneira:
PB (R$/sc) = CBM&F (US$/sc) × CAM (R$/US$)=27,823 × 2,244 = R$ 62,43/sc
No entanto, como o “Preço Base” é dado pelo preço futuro da soja, aplica-se um
“Deságio” (DES) neste valor, na forma de um percentual redutor do preço, pois o
preço da soja em Campo Mourão é em média menor do que o preço futuro da
BM&F. O “Deságio” na região em questão é de 10%. Portanto, tem-se que o
“Faturamento Esperado” é dado pelo cálculo a seguir, e tem como resultado R$
334.779, ou seja, aproximadamente R$ 3.348/ha.
FE (R$) = PE (sc/ha) × PB (R$/sc) × AS (ha) × [1 − DES(%)]
sc R$ 62,43
FE (R$) = 59,6
×
× 100 ha × (1 − 10%) = R$ 334.779
ha
sc
7
ESTUDO DE CASO – SEGURO FATURAMENTO
EM CAMPO MOURÃO/PR
Porém, o valor segurado não corresponde ao “Faturamento Esperado”, e sim ao
“Faturamento Garantido” (FG), que será uma porcentagem do primeiro, em função do
“Nível de Cobertura” (NC) contratado, que pode ser de 60%, 65% ou 70% do
“Faturamento Esperado”. Portanto, é possível calcular o FG pela a equação a seguir:
FG (R$) = FE (R$) × NC (%)
Exemplo para NC = 60%: FG (R$) = R$ 334.779 × 60% = R$ 200.867
Desta forma, para os três níveis de cobertura tem-se que o valor obtido para FG será
R$ 200.867, R$ 217.606 e R$ 234.345, respectivamente. Na apólice, o produtor poderá
encontrar o termo “Limite Máximo de Indenização” (LMI), que equivale ao
“Faturamento Garantido”, ou seja, será este o máximo valor recebido pelo agricultor
em caso de perda total da lavoura, quando os danos inviabilizam a exploração
econômica da cultura.
Até aqui, obteve-se os valores garantidos em apólice em caso de contratação do
“Seguro Faturamento”. Obter-se-á agora o custo da apólice, chamado de “Prêmio”, que
é um percentual do “Faturamento Garantido” que deve ser pago pelo agricultor à
seguradora.
O “Prêmio” está em função da “Taxa de Prêmio” (TP) do seguro, que é maior na medida
em que se eleva o “Nível de Cobertura” requisitado. Nos estudos de caso anteriores,
falou-se sobre a subvenção federal para o seguro agrícola, que também ocorre para o
“Seguro Faturamento”, garantida pelo “Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro
Rural – PSR”. Para a safra 2013/2014, o Ministério da Agricultura estipulou que para a
cultura da soja, nas chamadas “Microrregiões Prioritárias”, que é o caso de Campo
Mourão, o “Percentual de Subvenção” (PSR) governamental deve ser de 60%. Pode-se
dizer assim que, a taxa efetivamente aplicada ao produtor apresenta um desconto de
60% em relação à “Taxa de Prêmio”. Portanto, o “Prêmio pago pelo produtor” (PRP) é
dado pelo seguinte cálculo:
PRP (R$) = FG (R$) × TP (%) × [1−PSR (%)]
Exemplo para NC = 60%:
PRP (R$) = R$ 200.867 × 7,13% x (1-60%) = R$ 5.728
8
ESTUDO DE CASO – SEGURO FATURAMENTO
EM CAMPO MOURÃO/PR
A Tabela 2 apresenta as “Taxas de Prêmio” para o “Seguro Faturamento”, bem como os
prêmios calculados.
Tabela 2: Taxas de Prêmio para o Seguro Faturamento e Prêmio pago pelo produtor.
Nível de
cobertura
Taxa de
prêmio
60%
65%
70%
7,13%
8,37%
9,74%
Taxa de
prêmio com
PSR
2,85%
3,35%
3,90%
Faturamento
Garantido
Prêmio
total
R$ 200.867
R$ 217.606
R$ 234.345
R$ 14.322
R$ 18.214
R$ 22.825
Prêmio
pago pelo
produtor
R$ 5.728
R$ 7.285
R$ 9.130
Conforme explicado no início do artigo, o seguro cobre perdas de duas naturezas:
queda na produtividade obtida ou queda no preço recebido. Portanto, feitos os
cálculos da importância segurada pelo agricultor, bem como dos custos inerentes à
apólice, serão simulados alguns cenários que auxiliarão no entendimento do
mecanismo do “Seguro Faturamento”.
Segundo informações levantadas no Agrianual 2013, o preço médio da saca de soja no
Paraná, considerando os valores monetários atuais, é de R$ 54,71, valor próximo ao
“Preço Base” determinado em apólice. Desta forma, no primeiro cenário, suponha-se
que ao final da safra 2013/2014, a seguradora verifique na chamada “Data de
Execução” do seguro, que o “Preço de Colheita” (PC) (média das 15 últimas cotações
da soja na BM&FBOVESPA, anteriores à “Data de Execução”), já aplicado o deságio de
10%, seja igual ao preço médio histórico da saca, R$ 54,71. No entanto, em razão de
um veranico, a produtividade obtida (PO), verificada em campo pelo perito, seja de
2.300 kg/ha (≈ 38 sc/ha). Dados estes valores, o “Faturamento Obtido” (FO) pelo
produtor será R$ 209.722, conforme cálculo a seguir:
FO (R$) = PO (sc/ha) × PC (R$/sc) × AS (ha)
FO (R$) = 38,33
sc R$ 54,71
×
× 100 ha = R$ 209.722
ha
sc
9
ESTUDO DE CASO – SEGURO FATURAMENTO
EM CAMPO MOURÃO/PR
Com o valor do “Faturamento Obtido” em mãos, pode-se perceber o “gatilho de
acionamento” do seguro: caso o “Faturamento Obtido” seja menor do que o
“Faturamento Garantido”, o produtor receberá a “Indenização” (I) da seguradora,
correspondente à diferença entre FG e FO, como mostra-se a continuação:
I (R$) = FG (R$) − FO (R$), se FO < FG
Exemplo para NC = 65%: I (R$) = R$ 217.606 − R$ 209.722 ≅ R$ 7.884
Para este cenário, os resultados podem ser vistos na Tabela 3.
Tabela 3: Indenizações recebidas pelo produtor em função do nível de cobertura, para
o primeiro caso analisado.
Nível de cobertura
60%
65%
70%
Faturamento
Garantido
R$ 200.867
R$ 217.606
R$ 234.345
Faturamento
Obtido
R$ 209.722
R$ 209.722
R$ 209.722
Indenização
R$ 7.884
R$ 24.624
No caso avaliado anteriormente, o produtor seria ressarcido apenas para os níveis de
cobertura de 65% e 70%, dado que FO < FG.
Considere-se outro caso possível em que a “Produtividade Obtida” (PO) obtida tenha
sido próxima à “Produtividade Esperada”, ou seja, PO = 3.100 kg/ha (≈52 sc/ha). No
entanto, a saca de soja no período tenha cotação muito baixa, de R$ 43,24, valor bem
abaixo da média histórica do estado. Neste caso, o “Faturamento Obtido” seria de R$
223.407, portanto haveria indenização apenas para o nível de cobertura de 70%, no
valor de R$ 10.938 (Tabela 4).
Tabela 4: Indenizações recebidas pelo produtor em função do nível de cobertura, para
o segundo caso analisado.
Nível de cobertura
60%
65%
70%
Faturamento
Garantido
R$ 200.867
R$ 217.606
R$ 234.345
Faturamento
Obtido
R$ 223.407
R$ 223.407
R$ 223.407
Indenização
R$ 10.938.
10
ESTUDO DE CASO – SEGURO FATURAMENTO
EM CAMPO MOURÃO/PR
Com esta edição do BSR, o GESER apresentou os principais produtos de seguro agrícola
para a cultura da soja, o “Seguro de Custeio”, “Seguro de Produtividade” e o “Seguro
Faturamento”. Sem dúvida, o produto apresentado nesta edição é um avanço no
mercado segurador brasileiro, pois é o tipo de seguro que melhor atende às
necessidades do campo. No entanto, alguns avanços ainda são necessários no
aperfeiçoamento do “Seguro Faturamento”, tais como, a garantia dos valores destinados
ao Programa de Subvenção do Governo Federal, que tornará as taxas mais atrativas ao
produtor e que possibilitem a massificação do seguro.
Além disso, níveis de “Produtividade Esperada” que melhor se adequem à realidade dos
produtores. É comum ouvir de produtores rurais que as produtividades adotadas pelas
seguradoras são baixas em comparação ao que se obtém em campo, o que torna muito
baixo o “Faturamento Garantido” na apólice, aquém das necessidades reais.
Em caso de dúvidas a respeito de qual o seguro melhor atende às suas necessidades, o
corpo técnico do GESER encontra-se a disposição para auxiliá-lo na sua escolha. O
contato pode ser realizado por meio de nossos contatos, ao final do boletim.
11
Daniel Rascikevicuis do A. Nascimento
Gerente de Agronegócios do
Grupo BB&MAPFRE
Quais são as principais vantagens e
desvantagens do seguro de faturamento
para o produtor em relação ao seguro
agrícola de custeio e produtividade?
R.: As principais vantagens são no caso
de uma eventual oscilação dos preços
das culturas seguradas (soja, milho e
café) e também do dólar para aquelas
culturas que são ofertadas nesta moeda,
além de contar com cobertura para todas
as intempéries climáticas.
A desvantagem é por se tratar de um
seguro novo no mercado os segurados,
ainda não tem todo o conhecimento, isto
dificulta a massificação deste seguro.
Como tem sido a reação dos produtores
rurais perante esta nova opção de
seguro?
R.: Estamos com uma boa receptividade
por parte dos produtores, em especial
pelos riscos cobertos (preços + clima). Os
ajustes constantes no produto a cada
ciclo agrícola a pedido dos próprios
produtores vem aumentando esta
satisfação.
Em termos gerais, quais são os principais
entraves para uma maior adesão ao
seguro de faturamento por parte do
produtor, e como solucionar esses
entraves?
R.: O principal entrave é o desconheci-
mento deste seguro e a solução é investir
em uma maior divulgação para na
sequencia conseguir a massificação deste
seguro.
Atualmente o seguro de faturamento é
ofertado para as culturas da soja, milho
e café. Existem planos para a expansão
da carteira para outras culturas
agrícolas? Quais seriam estas culturas?
R.: Nosso principal plano para os
próximos anos é fortalecer a contratação
das culturas em que operamos, mas não
podemos descartar que novas culturas
possam fazer parte deste seguro. Hoje
não temos esta cultura especifica para
esta expansão.
Como visualiza o mercado de seguro de
faturamento nos próximos 5 anos?
R.:
Crescente.
Em
especial
se
trabalharmos em uma maior divulgação
ao produtor rural, e novas seguradoras
entrarem nesta nova modalidade de
seguro.
Como reagiu o mercado ressegurador
com a criação do seguro de
faturamento?
R.: Muito bem. Hoje contamos com o
apoio
integral
e
irrestrito
dos
ressegurradores para pulverização e
massificação deste seguro.
12
Notícias em Destaque
MAPA define subvenção para seguro
de culturas de inverno
O Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA) fixou na
Segunda feira 25 de novembro de
2013 o percentual de subvenção ao
prêmio do seguro rural para as
culturas de inverno da safra 2014,
válidas em todo o território nacional:
a) 70% para o trigo;
b) 60% para o milho safrinha e demais
culturas de inverno (aveia, canola,
cevada, centeio, triticale).
R$ 230 milhões para o seguro rural
O Congresso Nacional aprovou na
Quinta 21 de novembro de 2013, 12
projetos de lei que autorizam o
governo federal a abrir créditos
suplementares ou especiais que,
somados, atingem R$ 4 bilhões. O
maior valor, de R$ 230 milhões, é
para subsidiar o pagamento de
seguro rural por 31 mil produtores
do país.
Fonte: http://www.sonhoseguro.com.br
Fonte: Revista Apólice
Faesc consegue igualdade para SC no subsídio do seguro agrícola
No mês de agosto, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa
Catarina (FAESC) repudiou veementemente a medida do Governo Federal em
subsidiar apenas 40% do valor do seguro agrícola para os produtores catarinenses,
enquanto os agricultores dos estados vizinhos do Paraná e Rio Grande do Sul
recebiam 60% de subsídio. Ao final do mês de outubro, o presidente da Faesc,
recebeu um comunicação oficial sobre a decisão do Governo de igualar o subsídio:
agora, os produtores rurais catarinenses também terão subsídio de 60%.
Fonte: Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina
13
O II Seminário internacional de Seguro Rural organizado pelo Grupo GESER- Gestão em
Seguros e Riscos (ESALQ/USP) e pela Resseguradora Munich Re, realizado em
Piracicaba nos dias 28 e 29 de outubro de 2013, teve por objetivo discutir estratégias
do setor público e privado para o desenvolvimento do seguro rural com base nas
prioridades dos agentes produtivos. O evento reuniu representantes do setor
produtivo, seguradoras, resseguradoras, além de representações de diversos governos
estaduais e do governo federal.
No primeiro dia do evento as palestras foram ministradas pelo ex-Ministro da
Agricultura, e atual Presidente da Abramilho, Sr. Alysson Paolinelli e pela Presidente
do American Farm Bureau Federation e consultora, Sra Mary Kay Thatcher. Já no
segundo dia apresentaram-se quatro palestras e dois painéis. Os palestrantes do
evento foram: José Carlos Zukowski (Coordenador Geral de Gestão de Riscos e Seguro
Rural-Ministério do Desenvolvimento Agrário); Francisco Simioni (Diretor do
Departamento de Economia Rural – Secretaria de Agricultura e Abastecimento do
Paraná – DERAL/SEAB); o Prof. Dr. S.A.C. Geraldo Barros (Coordenador científico do
Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - CEPEA), e o chefe do
Departamento Econômico da FAESP, Sr. Cláudio Brisolara. Por outro lado, os panelistas
foram: Francisco Simioni (Diretor do Departamento de Economia Rural – Secretaria de
Agricultura e Abastecimento do Paraná – DERAL/SEAB), Tiago Modesto Carneiro da
Costa (Diretor da Secretaria de Controle Externo da Agricultura e do Meio Ambiente
do Tribunal de Contas da União), Eduardo José Godoi (Gestor do Núcleo Técnico e
Projetos da FAMATO), Elmar Konrad (Diretor da Federação da Agricultura do Estado do
Rio Grande do Sul - FARSUL) e Rosemeire dos Santos (Superintendente Técnica da
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA).
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RESUMO DAS PALESTRAS DE ABERTURA
Sr. Alysson Paolinelli
Na palestra de abertura, o Sr Alysson Paolinelli falou
sobre o Proagro e sua importância como um seguro de
crédito. O ex-Ministro reconheceu a importância do
Proagro como parte da política agrícola do Governo
Federal para os pequenos produtores. Neste contexto, o
ministro enfatizou o papel central que o governo deve
exercer na gestão dos recursos para a administração do
risco agrícola, visto que o Brasil, em comparação a outras
economias, tem o ambiente propício para o
desenvolvimento do seguro rural. Por fim, o ex-Ministro
destacou o papel central do seguro de renda. O exMinistro também mencionou a implantação de um fundo
de catástrofe no Brasil, que auxiliaria na redução das
taxas de prêmio.
Sra Mary Kay Thatcher
A Sra Mary Kay Thatcher falou sobre
a bem sucedida experiência norteamericana na implantação e
massificação do seguro rural. Em sua
apresentação enfatizou o papel do
seguro de renda para os produtores
de milho nos EUA, mais utilizado do
que o seguro de produção. A Sra.
Kay, também enfatizou o papel da
parceria
público-privada
na
construção do seguro agrícola nos
Estados Unidos e na divisão dos riscos, o que garantiu estabilidade para todo o setor do
agronegócio americano. Como sucesso deste programa, tem-se o exemplo da seca
ocorrida em 2012 naquele país, a mais severa nos últimos 50 anos, cujos prejuízos no
campo foram mitigados pelo seguro agrícola.
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RESUMO DAS PALESTRAS DO SEGUNDO DIA DE EVENTO
AVANÇOS TÉCNICOS, PANORAMA E TENDÊNCIAS PARA O SEAF E O GARANTIA SAFRA
José Carlos Zukowski
Na primeira palestra do dia foram abordados os
detalhes técnicos do Proagro Mais, Programa
Garantia Safra e o seguro da agricultura familiar
(SEAF). O programa Garantia-Safra destinado a
agricultores familiares na linha de pobreza com foco
no semi-árido nordestino tem tido vários avanços
em relação à safra 2012, tais como laudos
eletrônicos de verificação de perdas, modelos
agronômico-meteorológico de estimativas de
perdas, pagamento por meio do cartão cidadão,
inclusão de chuva excessiva e pecuária no rol de
eventos cobertos, aumento do valor do benefício e o
aumento no número de adesões. O Sr. Zukowski destacou o papel social importante que o
programa Garantia-Safra desenvolve, pois garante uma renda básica necessária para
sobrevivência do produtor em casos de ocorrência de eventos adversos.
O PROGRAMA DE SUBVENÇÃO AO PRÊMIO DE SR NO
ESTADO DO PR - Francisco Simioni
O Sr. Francisco Simioni abordou em sua apresentação
os avanços ocorridos no programa de subvenção
estadual e a expectativa de operacionalização para o
ano safra 2013/2014 e um horizonte até a safra
2017/2018 no Estado do Paraná. Em sua palestra, o Sr.
Simioni explicou que as características da subvenção
estadual no Paraná. Além disso, explicou como será o
novo fluxo operacional adotado pelo SEAB em relação
ao novo formato de credenciamento das seguradoras,
que visa a partir de 2013, estabelecer convênios de
longo prazo com as seguradoras visando dar mais
celeridade ao processo.
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RESUMO DAS PALESTRAS DO SEGUNDO DIA DE EVENTO
RENTABILIDADE E RISCO NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO
Prof. Dr. Geraldo S. A. C. Barros
O Prof. Geraldo Barros fez uma revisão do
conceito de agronegócio e da perspectiva
sobre a qual o produtor deve olhar sua
propriedade, indicando que este deve tratála como um projeto, usando indicadores
econômicos. Partindo deste ponto de vista,
foram reavaliados os conceitos de
patrimônio e como este deve ser
operacionalizado, de modo a maximizar o
valor do patrimônio para o produtor.
Foram apresentadas metodologias de cálculo para avaliação das atividades e como estas
impactam o valor do patrimônio, indicando se o agricultor deve permanecer na atividade
ou vender sua propriedade. A seguir foi apresentado um estudo de caso, simulando
diferentes usos para uma propriedade de 2400 ha em Campo Novo do Parecis. Como
conclusão deste estudo obteve-se que, quanto maior a diversificação das atividades,
menor o risco da propriedade mostrar-se não rentável e o produtor ficar inadimplente.
A VISÃO DO SETOR PRODUTIVO PARA AS NOVAS REGRAS DO PROGRAMA DE SEGURO
RURAL (PSR) – Claúdio Brisolara
O Dr. Cláudio Brisolara iniciou sua
apresentação relatando os principais riscos na
agropecuária e a importância do seguro rural
como mecanismo de mitigação desses riscos.
Apresentou também a evolução do PSR,
destacando o aumento do valor segurado, do
número de produtores atendidos e do valor
previsto pelo plano trienal. Em sua palestra, Sr.
Brisolara evidenciou alguns problemas do PSR
como o incumprimento da programação do Plano Trienal por parte do governo e a falta
de estabilidade jurídica. Nesta apresentação destacaram-se estratégias para o
fortalecimento do PSR, por exemplo: formalização da Comissão Consultiva do Comitê
Gestor Interministerial do Seguro Rural, fomentar a criação de programas de subvenção
em Estados e/ou municípios, fomentar novos planos de seguro e inclusão das despesas
com o PSR nas dotações orçamentárias das Operações Oficiais de Crédito.
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RESUMO DOS PAINÉIS REALIZADOS NO SEGUNDO DIA DE EVENTO
O Painel 1 teve por objetivo discutir a política de gestão de risco rural no país, pela
ótica dos diversos órgãos federias e estaduais. Os integrantes da mesa foram: Sr.
Francisco Simioni, Sr. Jose Carlos Zukowski e o Sr. Tiago Modesto. Foi realizada uma
pergunta comum para todos os integrantes da mesa: qual deveria ser o melhor modelo
de política de gestão de risco? As respostas incluíram as seguintes percepções:
melhorar a infraestrutura de gestão de risco, especificamente em radares, estações
meteorológicas; mais apoio do seguro privado; implementação do monitoramento via
análise georeferencial, implementação de um novo modelo (uma evolução para o
seguro de renda. - lei do fundo de catástrofe, etc). Já o Painel 2, conformado pelo Sr.
Alysson Paolinelli, Sr. Eduardo Godoy (FAMATO), Sr. Elmar Konrad (FARSUL) e a Sra.
Rosemeire dos Santos (CNA), teve por objetivo discutir a política de gestão de risco
rural no país, pela ótica dos produtores.
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Como visto nos resumos anteriores, no Brasil ainda existe um longo caminho para
percorrer no melhoramento das políticas voltadas à gestão do risco rural usando a
ferramenta do seguro. Porém, eventos como o II Seminário Internacional de Seguro
Rural são de extrema importância para o Setor, pois dinamizam o diálogo entre os
principais agentes envolvidos neste mercado.
Finalmente, em nome dos organizadores do evento: Grupo GESER e Resseguradora
Munich Re, agradecemos a participação tanto dos palestrantes/panelistas como dos
convidados.
De esquerda para direita: Daniela Márcico (Munich Re); Henrique Cyrineu Tresca (GESER ESALQ/USP);
Gislaine Vieira Duarte (GESER ESALQ/USP); Monique Monah Moreira (GESER ESALQ/USP); Eduardo
Passarelli (GESER ESALQ/USP); Adriano Lenin Cirilo de Carvalho (GESER ESALQ/USP); Lambert Muhr
(Munich Re); Mary Kay Thatcher (American Farm Bureau Federation); Vitor Ozaki (Coordenador GESER
ESALQ/USP); Konrad Mello (Munich Re); Carlos Andrés Oñate (Vice-Coordenador GESER ESALQ/USP);
Jochen Burchard (Munich Re); João Gomes Martines Filho (Docente da ESALQ/USP); Lethicia Magno M.
de Almeida (GESER ESALQ/USP); Vanessa Siqueira Ribeiro (GESER ESALQ/USP); Luiz Guilherme Fagotti
(GESER ESALQ/USP); Daniel Lutzenberger Ruiz (GESER ESALQ/USP); Daniel Lima Miquelluti (GESER
ESALQ/USP).
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