JC Relations - Jewish

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Jewish-Christian Relations
Insights and Issues in the ongoing Jewish-Christian Dialogue
Fuchs-Kreimer, Nancy | 01.06.2002
Exegese Feminista da Toráh
Nancy Fuchs-Kreimer
Como as feministas pregam a Toráh? Elise Goldstein pediu a cinqüenta-e-quatro rábis femininas que
comentassem sobre uma parsháh diferente, a pequena seção que é lida na sinagoga. Descobri seis
coisas que as rábis feministas fazem. Vou-lhes contar sobre essas, depois de que tirei dito algo
sobre o pregar judaico.
O pregar judaico sempre tentou manter-se bem perto do texto. O texto da Toráh era a nossa árvore
básica da vida. A crença do Judaísmo é que cada palavra, cada sílaba, cada espaço entre a palavra,
cada lugar onde uma história chega mais perto à outra história, cada coisa, tenham algo a ensinar.
É justamente assunto de fazer as perguntas retas ao texto. A única resposta que será inaceitável na
exegese textual judaica é: “Oh, isso não importa! Era simplesmente um erro.” A suposição é a de
ter sentido. E o nome do jogo é descobrir o significado. Desta maneira, a Toráh crescia, mudando
através dos séculos, e os pregadores encontravam-na infinitamente adaptável aos seus tempos e
necessidades.
Mas havia grande diferença entre o modo em que as pessoas pregavam a partir do texto da Toráh
antes do período moderno de hoje, em todo o caso entre os judeus progressivos. Os judeus
ortodoxos ainda pregam no modo em que era pregado desde sempre. Os judeus ortodoxos lêem a
sua opinião de volta para dentro do texto, como se seria isso o que o texto significava. O que
fazemos nos círculos mais liberais, progressivos da exegese judaica é distinguir entre o senso
manifesto do texto e o nosso próprio midrash dele, a nossa interpretação.
Como judeus vivemos numa cultura americana, na qual um monte de árvores estão crescendo. E a
gente pode-se afastar do texto. Os nossos ancestrais não tinham essa opção. Os judeus durante
muitos séculos não tinham escolha. Liam a Toráh, porque esta era o único texto disponível para
eles. Mas não temos de ler as nossas vidas de volta nesse livro particular, o qual muitos de nós
entendem como sendo realmente um documento dum outro tempo e lugar. Alguns de nós
escolheram fazer isso. Naoumi Goldenberg, por exemplo, é cientista, feminista, alguém nascida
judaica. Diz: “Sabes o quê? A Bíblia é tão desesperadamente sexista, é realmente irredimível para
pessoas modernas, para feministas modernas.” Tais feministas deixam a Bíblia para trás.
Muitas de nós fazem uma escolha diferente. Vemo-la como o nosso texto sagrado e a nossa
obrigação para lutar. E como Jacó, que luta com o anjo dizendo: “não ti vou deixar ir até me
abençoares”, dizemos a cada texto na Toráh: “não ti vou deixar ir até me abençoares”. É isso que
as feministas dizem ao texto da Toráh. Uma rábi de nome Amy Elsberg chama o que fazemos de
“Santa Hutspáh” [Santa Insolência]. Sabemos que isso por vezes significa torturando o texto. Mas
sabemos também que isso é grande tradição para os rábis que fizeram isso durante séculos.
Encontravam no texto o que precisavam encontrar, e posso dar-vos muitos exemplos de como o
midrash tradicional no período rabínico justamente lera mal os textos na Toráh. Vou-vos dar um
exemplo específico. Na Toráh, não há crença na vida após a morte. As pessoas morrem, indo aos
seus pais na terra, os seus corpos vão à terra. E os rábis no tempo de Jesus criam fervorosamente
na possibilidade da ressurreição do corpo. Esse conceito era inaudito da Toráh. Interpretavam mal
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as coisas que a Bíblia disse, assim que pudessem encontrar as suas mais acalentadas crenças no
texto.
Um quadro saudável de feministas esta fazendo justamente isso, e o que vou fazer agora é contarvos o que fazem. A estratégia número um é: Nota a presença de mulheres no texto! A estratégia
segunda é: nota a ausência de mulheres no texto! Terceira estratégia é criticar os textos duma
perspectiva feminista, descobrindo reparo interno. “Reparar” é a palavra que estou suando nas
citações, porque a estou relatando à palavra hebraica, tiqún, a qual significa reparar. Os judeus hoje
falam sobre Tiqún `Olám, o reparo do mundo quebrado. Mas tiqún é realmente um fixar, um sarar, e
o que as feministas encontram nos textos da Toráh pode ser algo profundamente sexista do nosso
ponto de vista, mas que o texto tem uma crítica interna sobre aquela mesma suposição. Por vezes
pensamos que essa crítica está na Toráh, porque há o papel de Deus. E isso nos deleita.
Quarta estratégia é criticar os textos a partir duma perspectiva feminista, oferecendo
explicitamente reparo externo. Podes dar um sermão inteiro sobre o que simplesmente não é nada
de bom da nossa perspectiva na Toráh. Quinta estratégia é pôr em foco um assunto de mulher num
texto, algo que ninguém jamais viu antes. E a sexta estratégia é enfatizar o que chamamos os
valores da mulher. Os quais são os valores a mulher? Há tais valores? Há valores feministas?
Notemos a primeira estratégia - a presença das mulheres no texto. Quando começarmos ler a
Toráh, dizemos que ela é patriarcal. Vem dum tempo, quando as mulheres eram o fundo do barril. E
então somos surpreendidas, veja e olha o nosso deleite, um monte de mulheres estão na Toráh. Por
vezes não fazem tanto quanto gostaríamos. Nos círculos feministas judaicas ouvimos todo o tempo
sobre Miriam. Temos agora o tamborim de Míriam, um objeto ritual judaico novo, porque Míriam
segurou o tamborim quando cruzaram o Mar Vermelho. Assim os artistas fazem tamborins
iluminados, e as pessoas os usam no culto. Mas quando olhares na Toráh, Míriam quase não está
mencionada. Elevamo-la, para além de onde está no texto.
Doutro lado, quando leres o Gênesis, há só poucas mulheres aí. E grande parte da pregação
feminista baseia-se no noticiar mulheres. Um exemplo toma notícia duma mulher não-judaica: Agar.
Agar é uma pessoa fenomenalmente importante. E neste pequeno texto da Rábi Michela Shekel,
encontramos porque:
Agar dá nome a Deus. Abraão nunca o fez, nem qualquer um o tinha feito. Através dos
capítulos da Toráh, Abram necessita de sinais para substancializar a sua aliança com Deus.
Agar é um tanto mais suscetível, como comfortável com Deus. Que coragem! Agar chama
Deus de “Êl Roí”, Deus que me vê. Isso é em resposta a Deus chamando a sua criança de
Ishmaêl, o que significa “Deus ouve”. Nomeando Deus, Agar afirma que Deus vê também
como ouve.
Assim, temos aqui a história de Ishmaêl, a quem entendemos na tradição sendo o pai do povo
árabe, o irmão de Isaac, que está sendo banido com a sua mãe, Agar. E esta comentadora nota que
Agar diz: Estou dando-Te um nome, Deus. Tu que me vês. E isso é a única vez na Toráh, até esse
momento, que alguém ousara nomear Deus. E é a única vez na Toráh, totalmente, que mulher
nomeie Deus.
Estratégia número dois: Nota a ausência de mulheres no texto! O midrash tradicional diz que um
fogo preto não é sobre o fogo branco na Toráh. E que tanta verdade está no fogo branco como no
fogo preto. O fogo preto são as letras e o fogo branco é o papel branco ao redor delas, o
pergaminho. Rábi Dayle Friedman nota uma história que não contém mulher nenhuma. É uma das
histórias que é dura para pregar, a história da morte dos filhos de Aarão. O sacerdote chefe, Aarão,
tinha dois filhos, Nadab e Abiú, e esses filhos trouxeram fogo estranho a Deus. E Deus não gostou
dele e assim os matou. A história está sendo usada para mostrar que não devamos ter liturgia
criativa. Não sabemos o que isso está fazendo na Toráh. Mas a próxima coisa que acontece é que
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Aarão está muito triste, obviamente, porque perdeu ambos os seus filhos. Assim termina, sendo
estranho porque não obtemos muito.
Logo depois de que os filhos morreram, a próxima coisa que aconteceu no texto é que Deus dá as
instruções referente ao oferecer de pecado para o Yôm Kipur. Rábi Friedman diz: Que linda
justaposição. Teus filhos morrem e a próxima coisa que Deus faz, antes de dar rahamans,
compaixão, Deus está-lhes contando: “e pecastes tanto que no Yôm Kipur tendes de fazer isto, isso
e aquilo”. Assim ela está dizendo: pode ser, se tivéssemos ouvido voz de mulher, teríamos tido
resposta diferente de Deus:
... pode ser, justamente pode ser, se mulheres tivessem contado essa história no lugar de
homens, a voz de Deus teria vindo para consolar Aarão amando, antes de oferecer regras e
instruções. Como escutarmos ao silêncio da história, para as lamentosas vozes de mulheres,
poderemos transformar o nosso sentimento de perda, de doer e sarar, enquanto nada podia
apagar a perda de Nadab e Abiú. As vozes e os modos de mulheres poderiam ter oferecido
consolo aos seus amados sofrentes e talvez, por extensão, a desolados homens e mulheres
através dos tempos.
Friedman criou aquilo ex nihilo [do nada]. Estudou atualmente ciência sobre rituais de lamentar
femininos do Oriente Médio, e sabia que ouve lamentadoras femininas. “Não só isso, mas no Oriente
Médio hoje, entre árabes e judeus, podes ver atualmente coisas que têm idade de 2.000 anos. E vês
o modo em que mulheres são conduzidas no seu lamento, nos seus funerais. Há mulheres especiais
na comunidade, conhecidas como lamentadoras. Lideram as outras mulheres em profundas
expressões visuais e audíveis de pesar.
Em seguida, criticar textos a partir de perspectiva feminista, descobrindo reparação interna: Agora
estamos chegando a ser mais sutis. Esse texto não é um que recobre pessoa alguma. Rabi Rochelle
Robins pregou sobre o Deuteronômio, a porção do texto em que o país de Israel é descrito como
manando leite e mel. Vossas traduções provavelmente dizem fluindo, mas literalmente a palavra é
manando, de onde vemos leite e mel. E olha e vê, o nosso país é bem muito um corpo feminino.
Assim ela diz que uma tradição bíblica que personifica o país e as fronteiras como mulheres a serem
sexualmente desejadas, sendo para serem ocupadas, é um desafio para sensitividades feministas.
O Deuteronômio personifica o país como feminino, sendo o país também entendido como feminino,
criando um cenário nos desejos israelitas masculinizados. Eles, consequentemente, preparam-se a
se moverem dentro ocupando o país e corpo feminino. A atitude ambivalente referente ao desejo
está expressa na linguagem de Deuteronômio 6,3, que insinua a dualidade do desejo e a revulsão
inerente na síntese mental da feminidade. Estamos entrando em matéria pesada aqui. Isso não é
material de escola hebraico.
Rábi Robins argúi que, porque o país que está manando com leite e mel no texto, assim outros
seres que estão manando com leite e mel são vistos nos mesmos modos em que o país está visto.
Essa equação de mulheres e país e a conseqüente objetivação de mulheres criam uma situação
pela qual vimos as mulheres como capazes de serem ou desejadas ou injuriadas.
A noção de que os israelitas nunca entram no país no fim do Deuteronômio, deixa-nos com uma
mensagem poderosa. Assim Robins a aproxima dizendo: olha onde a Toráh termina! O livro sagrado
que lemos na sinagoga não é Yoshuáh [Josué]. Não lemos Yoshuáh na sinagoga. É só em Yoshuáh, o
livro seguinte, que entram no país e o conquistam. A Toráh atual termina no momento quando
Moisés morre e olham de fora a esse não-conquistado, não-ocupado. E então remontamos ao
Gênesis. Terminamos a ultima palavra de que Moisés morreu, sendo a próxima coisa que lemos: “no
princípio Deus criou o céu e a terra”, lendo-as próximas uma a outra, nunca conquistando o país na
sinagoga.
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Essa rábi quer dizer, pode ser dentro do texto, que fazem a sua própria crítica interna. Em algum
nível podemos afirmar que o livro de Deuteronômio esteja sem vontade de ter-nos entrando no país,
nessas circunstâncias. Até o corpo estiver visto na sua integridade, não estamos dispostos a entrar
nele. A nossa entrada precisa ser uma parceria, uma reunião gentil e mútua.
Laura Geller encontra texto que não tem qualquer reparo nele. Vai a fora para o reparo. O texto é
sobre a nidáh. Nidáh são as leis da menstruação. Conhecemos o texto, e não sei o que fazes com
ele, porque vives numa tradição que não observa essas leis. Os judeus ortodoxos aprendem aqui as
suas de porque têm de separar-se para os dias do círculo menstrual, e então a mulher tem de ir
para ser limpada na miqváh [piscina para banho ritual] e então voltar ao seu marido. Assim, o quê
judeus liberais fazem com isso? O quê judeus feministas fazem com isso? Uma coisa que podemos
fazer é justamente o descurar.
Para o cientista medieval Nachamides, é uma categoria mítica. Está toda sobre sujar, contaminar,
fonte de contágio. Maimônides, doutro lado, um bom sujeito sobre esse assunto particular, diz que é
justamente uma proibição legal, a qual originalmente era intenta para refrear os receios mitológicos
que penetravam na tradição da nossa gente das culturas pagãs que a cercavam.
Laura Geller disse: Porque não recompomos o ritual, mudamos a linguagem, transformamos a
comunidade? Vamos criar um ritual novo que vá celebrar a santidade presente nas nossas vidas
nesse momento importante de transição. Escrevamos uma bênção que diz: “Agradeço-Lhe, Deus,
para me ter feito mulher.” E quando vais à tua mãe dizendo: “Mãe cheguei justamente a ter o meu
primeiro período”, diremos: “vamos dizer a benção”! Essa bênção não existe no Judaísmo
tradicional. Dizem: “Agradço-Lhe, Deus, para não me fazer mulher.” Assim é tirar justamente a
palavra “não”, transformando a bênção, transformando o ritual.
Põe em foco um ponto de mulher: Rábi Eileen Schneider visa as leis da Kashrut. Um monte da Toráh
são leis, e um monte do nosso pregar é história e ler novas histórias. Mas um monte disso está
encontrando sentido em leis. Assim, as leis da Kashrut são as leis de kósher, quais alimentos
poderás comer e o que não poderás comer. Na tradição ortodoxa, estudam leis figurando como as
observar, discutindo os detalhes e as particularidades delas. Mas na nossa comunidade, aquelas leis
não são vividas mais completamente, embora muitas vezes o sejam numa versão mais modificada.
Queremos também encontrar mais sentido nelas. Rábi Schneider diz que está olhando para a
questão de moças jovens e desordens de comer. E diz: “De que tratam as desordens de comer?
Tratam de estranhos assuntos de controle.” E diz que Kashrut, as leis de kósher, são também sobre
controle de alimento. Com desordens de comer, o controle é interno. Há um senso de que e que, se
controlarmos o nosso comer, seremos gente melhor. Com a Kashrut, o controle é externo. E em vez
disso, não temos de falar sobre o fim patológico do espetro, de gente que estão em severos
desordens de comer. Poderíamos estar falando mais geralmente sobre a confusão da nossa cultura
ao redor de comer e alimento.
Vamos, assim, olhar as leis da Kashrut. Com a Kashrut, temos um controle externo. Estamos
seguindo leis e tradições antigas que nos definem como povo. Com os assuntos de comer, há um
monte de pressão externa das perspectivas sociais. Com a Kashrut, para judeus não tradicionais, há
um aspeto voluntário. Uma decisão para dizer: “Vou deixar que esse aspeto da minha vida seja
ordenado por esse conjunto de regras que estão fora de mim.” Rábi Schneider diz que observar
kósher lembra-lhe todos os tempos de que é judaica. Que pode elevar ao ato de comer. Que pode
escolher as espécies de controles que quer pôr em si mesma. E, paradoxalmente, movemo-nos de
todo o estigma que mensagens constantes da mídia puseram na necessidade simplesmente
biológica. Como mulheres, podemos sentir que estamos controlando a nossa Kashrut com alimento,
não o alimento controlando a nós.
E finalmente, número seis: ‘acentuar os valores femininos’. Há um monte de discussão sobre que
são os valores das mulheres e se há valores das mulheres, onde encontrá-los no texto. Com valores
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de mulheres não queremos dizer que as mulheres nasceram com um gene para esses valores. Mas
antes que a experiência das mulheres tendia fazer que mulheres, através da sua experiência da sua
vida, tendem mais em essas direções. E aqui há um caso clássico de Carol Gilligan, de que as
mulheres não só definem-se num contexto de relacionamento humano, mas também consideram-se
em termos da sua capacidade de cuidar. O relacionamento humano é cuidar. O lugar da mulher no
ciclo da vida humana é de nutridora, guarda, ajudante, a tecelã daquelas redes de relacionamentos,
nas quais, por sua vez, ela se enfia. Mas enquanto as mulheres tomavam assim cuidado dos
homens, os homens tendiam a desvalorizar o cuidar.
Agora um midrash judaico tradicional, com que alguns de vós podem estar familiares. Há a história
de Abraão levar Isaac ao cume do monte. A próxima história diz que Saráh morreu. Assim os rábis,
isto é um antigo midrash judaico, perguntam; “o quê é a conexão? Quando morreu?”
O midrash vem com uma resposta. Dizem: Satã foi à Saráh aparecendo-lhe à guisa de Isaac. É isso
quando Abraão está levando Isaac ao cume da monte. Quando Saráh o viu, disse-lhe: “meu filho, o
quê o teu pai te fez?” E ele respondeu a ela: “O meu pai me levou monte acima e vale abaixo, para
cima ao cume dum certo monte. Construiu um altar, arranjou a lenha, amarrou-me em cima desta,
tomou a faca para me abater, e se Deus não teria dito: ‘Não estende a tua mão!’ eu teria sido logo
abatido.” E ele não terminou a história antes de que ela morreu.
Assim a tradição entende que Saráh morreu por causa de choque e mágoa, não porque o seu filho
morreu, mas sim porque o seu marido estivera disposto a matar ele, se necessário.
Assim, porquê essa parasháh chamada de “vida de Saráh”? Rona Shapira nota que depois da morte
de Saráh, Abraão chega a ser mais de um sujeito real. Pode ser que o finalmente está chegando a
ser, pode ser que finalmente leu Carol Gilligan depois de todos esses anos. E assim Abraão, diz,
agora não está indo ao cume do monte amarrando o seu filho para sacrifícios. Compra um pedaço
de terra, tenta a conseguir o seu filho contratado para ser casado, desposa outra vez ele mesmo,
tem mais crianças e morre. Assim é isso um Abraão novo, um Abraão diferente daquele que
conhecemos, que era olhando para santidade no cume da monte.
Essas são umas poucas provas de alguns dos seis modos diferentes em que o comentário e a
pregação feministas estão procedendo.
Condensado duma palestra proferida no Lutheran Theological Seminary, Philadelphia,
Pennsylvania, EUA.
Tradução: Pedro von Werden SJ
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