1 GÊNESIS (1) SEPTUAGÉSIMA SEXTA PARTE ESTUDO DE DOMINGO DE MANHÃ Levantar-se-ão sete anos de fome, este é o início da explicação de José dos sonhos do rei Faraó. Imagino que ao iniciar a explicação dos sonhos, Faraó ficou atento a cada palavra que ouvia. Este rei egípcio, apesar da idolatria de seu país que grassava naquela época, ele tinha uma noção do Deus Criador dos céus e terra. A Bíblia afirma que esta noção da existência de Deus está no coração e na mente de todo homem. “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis...” (Romanos 1:19-20). José explicou que as sete vacas gordas e as sete espigas cheias e bonitas significam sete anos de fartura sobre a terra. Mas as sete vacas magras e feias com as sete espigas miúdas e queimadas simbolizam sete anos de fome. Nos sete anos de fartura nenhuma nação armazenou víveres; antes, pelo contrário, consumiram tudo produzido neste período. Gênesis 41-30-31. José explicou que os dois sonhos de Faraó têm o mesmo significado. São dois sonhos com elementos diferentes, mas para afirmar o mesmo fato. Os dois sonhos era a maneira de Deus dar ênfase no que ia acontecer no mundo. Gênesis 41:32. Se Faraó tivesse somente um sonho, bem pode ser que ele não se importaria. Mas o fato ser repetido, o rei ficou profundamente impressionado. Ele viu a necessidade de procurar alguém que pudesse revelar o mistério que envolvia os sonhos. José aconselhou o rei egípcio a procurar alguém entendido e sábio para supervisionar o produto da terra durantes os sete anos de fartura. Sabiamente ele disse para pegar a quinta parte da produção no período de fartura, armazená-la sob a responsabilidade do governo do Egito. Assim, não somente os egípcios serão protegidos da fome, mas também as nações da terra poderiam sobreviver. Este conselho agradou a Faraó. Gênesis 41:33-37. Faraó reconheceu o Deus verdadeiro trabalhando em José. Prova incontestável, como já vimos, de que o homem percebe Deus em todas as coisas, mas, principalmente, na vida dos crentes em Jesus. Reconhecendo Deus em José, Faraó o elogiou a sua sábia interpretação diante de seus servos. Gênesis 41:38-39. Os sábios do rei foram incapazes de interpretar os seus sonhos. Todavia, José, com simplicidade e confiança em Deus, deu ao rei a interpretação dos sonhos de maneira precisa e exata. Fico imaginando o rei ouvindo com atenção o jovem hebreu, meditando em cada palavra dita por um servo estrangeiro que fora acusado de imoralidade. Provavelmente Faraó ficou convencido da inocência de José enquanto o examinava, pois possuía perfil de alguém honesto e sincero. Por isso ele creu em José, e sem delongas o designou para ocupar o cargo para ser o primeiroministro do Egito. Imediatamente o rei tirou o anel de da sua mão e pôs na mão de José, e assim oficializando-o como homem de sua total confiança. O jovem hebreu ficou encarregado de prover armazéns para recolher o produto nos primeiros sete anos de fartura. Faraó fez José subir no segundo carro e fê-lo ser reconhecido pelo povo como segundo governador do Egito. O povo ao reconhecer a posição de José se ajoelhava diante dele enquanto o carro percorria o trajeto. Gênesis 41:40-44. Este Faraó era muito diferente do seu descendente de quatrocentos e trinta anos depois. O Faraó que Moisés teve que enfrentar era duro e intransigente, e mesmo com muitos milagres e (1) Estudo baseado no trabalho intitulado “Gênesis”, preparado pelo pastor Antônio Carlos Dias, no dia 21 de abril de 2005. 2 maravilhas, feitos por Deus através de Moisés, ele não creu no Jeová de Israel. Faraó do tempo de José era um homem mais manso e disposto aceitar a explicação de um pobre hebreu. Infelizmente, nem tudo é possível evitar do homem ímpio. Principalmente se tratando de um soberano como Faraó. Ele reconheceu em José o Deus Todo-Poderoso, mas quando elegeu como segundo governador do Egito, Faraó colocou o nome em José do deus egípcio, Zafenate-Paneia, que no idioma egípcio significa salvador do mundo. Também deu a José, para ser esposa, a Azenate, filha do sacerdote de om, “deus sol”. Gênesis 41:45. Outro soberano, querendo fazer com que os quatro jovens hebreus esquecesse o seu Deus, colocou neles os nomes de seus deuses. O imperador Nabucodonosor fez isto quando chamou Daniel de “Beltassasar” (Bel te proteja), o nome de Hananias foi mudado para “Sadraque” (servo do deus sin), a Misael deu o nome de “Mesaque” (a sombra do príncipe) e a Azaria de "Abede-Nego”, que significa servo de nego. Veja Daniel 1:7. José iniciou o comando do Egito quando tinha trinta anos. Nos sete anos de fartura ele ajuntou o mantimento em armazéns das cidades egípcias. Naturalmente havia muitas cidades naquele país. E todas as cidades passaram a ter um rigoroso controle de cereais por parte de José. E a Bíblia diz que nos sete anos de fartura, o trigo, principal alimento da antiguidade, sua produção armazenada era como a areia do mar. Gênesis 41:46-49. Dois filhos nasceram de José e sua esposa Azenate. Parece que José foi bem determinado em não colocar o nome de seus dois filhos de deuses pagãos. Um foi chamado de Manassés, e o outro recebeu o nome de Efraim. Nomes relacionados ao Deus de Israel. Gênesis 41:50-52. Logo após os sete anos de fartura, quando os armazéns estavam abarrotados de alimentos, vieram os sete anos de fome. Creio que a fome é uma das piores maldições que um povo possa ter. Dessa forma, Deus mostrou que é soberano sobre tudo e sobre todos. Ele é quem permitiu que houvesse fartura no Egito, e também foi Deus quem permitiu que houvesse o período de miséria no Egito. Gênesis 41:53-54 E não somente no Egito, mas a escassez de alimento foi sobre toda a terra. A “chiadeira” ou a reclamação por falta de alimento chegou aos ouvidos de Faraó. Ele mandou o povo falar com José e pedir solução para a questão da fome. Gradativamente a fome foi aumentando, e não somente os egípcios vinham comprar alimento de José, mas todos os cantos da terra. Gênesis 41:55-57. Estudo preparado pelo pastor Antônio Carlos Dias Igreja Batista Memorial de Bauru Rua 12 de Outubro, nº 4-3 Domingo, 01 de julho de 2012 (1) Estudo baseado no trabalho intitulado “Gênesis”, preparado pelo pastor Antônio Carlos Dias, no dia 21 de abril de 2005.