Jaboticabal ISSN: 1984-5529 v.45, n.2, p.105–114, 2017 http://dx.doi.org/10.15361/1984-5529.2017v45n2p105-114 Elementos meteorológicos sobre características morfológicas e produtivas do milho em diferentes épocas de semeadura Weather elements on morphological and productive characteristics of corn in different sowing times Braulio Otomar CARON1; Douglas Machado de OLIVEIRA2; Elvis Felipe ELLI3; Elder ELOY4; Felipe SCHWERZ5; Velci Queiroz de SOUZA6 1 Engenheiro Agrônomo, Dr., Professor da Universidade Federal de Santa Maria, Campus Frederico Westphalen; [email protected] 2 Autor para correspondência; Acadêmico do curso de Agronomia; da Universidade Federal de Santa Maria, Campus Frederico Westphalen; Departamento de Ciências Agronômicas e Ambientais; Linha Sete de Setembro, s/n, - BR 386 KM 40, CEP 98400-000, Frederico Westphalen/RS. [email protected] 3 Doutorando do Programa de Pós Graduação em Engenharia de Biossistemas da Universidade de São Paulo; [email protected] 4 Engenheiro Florestal, Dr., Professor da Universidade Federal de Santa Maria, Campus Frederico Westphalen; [email protected] 5 Mestrando do Programa de Pós Graduação em Agronomia: Agricultura e Ambiente da Universidade Federal de Santa Maria, Campus Frederico Westphalen; [email protected] 6 Engenheiro Agrônomo, Dr., Professor da Universidade Federal do Pampa, Campus Don Pedrito; [email protected] Recebido em: 29-09-2015; Aceito em: 23-10-2016 Resumo O presente trabalho teve por objetivo avaliar a influência dos elementos meteorológicos sobre as características morfológicas e produtivas do milho em diferentes épocas de semeadura. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos completos casualizados, em esquema fatorial 2x6, com dois híbridos de milho (Dekalb 240 e Dow AgroSciences 2A106), e seis épocas de semeadura (15-09-2013, 30-09, 15-10, 30-10, 16-11 e 03-12-2013), com três repetições. Avaliaram-se a estatura da planta, o diâmetro de espiga, o comprimento de espiga, o número de fileiras por espiga, o número de grãos por fileira, o diâmetro do sabugo, a massa de mil grãos e a produtividade. Foi realizada a análise de variância e o teste de Tukey para os fatores épocas de semeadura e híbridos. Realizaram-se ainda a correlação de Pearson e o procedimento de seleção de variáveis Stepwise de modelagem de regressão. As características morfológicas e produtivas dos híbridos de milho são influenciadas pelos elementos meteorológicos nas diferentes épocas de semeadura. De maneira geral, tanto o híbrido D240 como o 2A106 apresentam melhores resultados em relação às variáveis analisadas, nas semeaduras realizadas em 15-09 e 3009. Semeaduras tardias (16-11 e 03-12) afetam negativamente o desempenho dos caracteres produtivos e morfológicos dos híbridos. Entre os elementos meteorológicos estudados, a temperatura mínima apresenta a maior contribuição para os valores de produtividade. Palavras-chave adicionais: delineamento experimental; variáveis meteorológicas; Zea mays. Abstract This study aimed to evaluate the influence of meteorological parameters on morphological and productive characteristics of corn in different sowing dates. The experimental design was a randomized complete block in a factorial 2x6, with two corn hybrids (Dekalb 240 and Dow AgroSciences 2A106), and six sowing dates (09/15/2013, 30/09, 15/10, 30/10, 16/11 e 03/12, 2013), with three replications. We evaluated the plant height, ear diameter, ear length, number of row per ear, number of kernels per row, diameter of the cob, thousand grain weight and productivity. It performed the analysis of variance and the Tukey test for the factors sowing dates and hybrids. Was held still the Pearson correlation and the stepwise variable selection procedure of regression modeling. Morphological and productive characteristics of corn hybrids are influenced by meteorological elements in different sowing dates. Overall, both the hybrid D240 as 2A106 show better results versus the variables in spreading performed in 15/09 and 30/09. Late sowing (16/11 and 03/12) adversely affect the performance of the productive and morphological characters of hybrids. Among the weather elements studied, the minimum temperature has the highest contribution to the productivity values. Additional keywords: experimental design; meteorological variables; Zea mays. 105 Científica, Jaboticabal, v.45, n.2, p.105-114, 2017 Introdução O milho (Zea mays L.) é o segundo cereal mais importante do mundo, perdendo apenas para o trigo. No Brasil, o milho é cultivado em praticamente todo o território nacional, e na safra de 2014/2015 foram semeados 15.087,1 mil hectares, resultando numa produção estimada de 78.206,2 mil toneladas e produtividade média de 5.184 kg ha-1. No Rio Grande do Sul, o milho é, atualmente, a segunda maior cultura agrícola, em termos de área cultivada, e a terceira em produção de grãos (CONAB, 2015). A cultura do milho apresenta algumas vantagens que justificam sua ampla distribuição, tais como: sua composição e valor nutritivo, alta produção por unidade de trabalho e unidade de área, fonte de nutrição de fácil transporte, além de permitir um período longo de colheita e posterior armazenamento (Pavão & Filho, 2011). No Brasil, o milho apresenta forte dispersão geográfica; com isso, ocorrem grandes variações quanto aos períodos de semeadura entre as regiões (Forsthofer et al., 2006). Frente às variações meteorológicas que ocorrem a cada ano, a produtividade e a produção apresentam grande variabilidade interanual (Berlato et al., 2005). Assim, a caracterização das modificações fenológicas que ocorrem na planta de milho, em épocas contrastantes de semeadura, é importante para definir a adoção de práticas culturais, visando ao melhor aproveitamento das condições ambientais e à maximização da produtividade de grãos em cada época. A época preferencial de semeadura é aquela que faz coincidir com boa disponibilidade de radiação solar, com os dias mais longos do ano, quando não há limitação hídrica, sendo que esta coincidência normalmente ocorre com a semeadura do milho no mês de outubro (Emygdio et al., 2013). Quando esta cultura é semeada em épocas precoces (agosto/setembro) ou em épocas tardias (dezembro/janeiro), está sujeita a condições meteorológicas desfavoráveis, o que pode reduzir a produtividade quando comparada à semeadura realizada em outubro. Este decréscimo pode estar associado aos efeitos que a temperatura do ar e a radiação solar exercem sobre o desenvolvimento das plantas, afetando a formação e a expressão dos componentes de rendimento (Brachtvogel et al., 2009). A manifestação do potencial de rendimento de grãos das culturas depende de fatores genéticos e de condições favoráveis de ambiente (Guimaraes et al., 2008). Em regiões de clima subtropical, como no Rio Grande do Sul, além da posição geográfica, os elementos ambientais exercem influência na época de semeadura. Sendo que as variações dos elementos meteorológicos podem vir a prejudicar o crescimento e o desenvolvimento da planta (Galon et al., 2010). Frente à escassez de informações mais detalhadas que relacionem a variação dos elementos meteorológicos com o comportamento de híbridos de milho em diferentes épocas de semeadura, como ISSN: 1984-5529 também, em virtude das diferenças edafoclimáticas de cada região, este trabalho teve como objetivo avaliar a influência dos elementos meteorológicos sobre características morfológicas e produtivas do milho em diferentes épocas de semeadura. Material e métodos O estudo foi conduzido em área experimental sob coordenadas geográficas 27º23’48’’ S, 53º25’45’’ W e altitude de 490 m. Segundo a classificação climática de Köppen, o clima da região é Cfa. Frederico Westphalen está distante de Iraí aproximadamente 30 km, sendo o município tomado como referência para os dados de classificação climática. Conforme proposta de Maluf (2000), Iraí apresenta clima de tipo subtemperado subúmido, sendo a temperatura média anual de 18,8 °C. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos completos casualizados, em esquema fatorial 2x6, ou seja, dois híbridos de milho (Dekalb 240 e Dow AgroSciences 2A106) e seis épocas de semeadura (15-09, 30-09, 15-10, 30-10, 16-11 e 03-12-2013), com três repetições. Os híbridos Dekalb 240 e Dow AgroSciences 2A106 apresentam ciclo hiperprecoce e superprecoce, respectivamente, e são resistentes ao acamamento, apresentando grãos semidentados e alto nível tecnológico. As parcelas experimentais foram constituídas de cinco linhas, com dois metros de comprimento, espaçadas a 0,45 metros. A semeadura foi realizada manualmente, a três centímetros de profundidade, com densidade populacional final de 74.000 plantas ha-1, ajustada através do desbaste realizado sete dias após a emergência (DAE). O controle de plantas daninhas foi realizado através de uma capina manual aos 20 DAE. O solo da área experimental pertence à unidade de mapeamento de Passo Fundo, classificado como Latossolo Vermelho distrófico típico, textura argilosa, profundo e bem drenado (EMBRAPA, 2006). Este solo apresentava a seguinte composição química: pH em água: 6,0; P (Mehlich): 3,0 mg dm-3; K: 160 mg dm-3; Ca: 6,2 cmolc dm-3; Mg: 3,3 cmolc dm-3; Al: 0,0 cmolc dm-3; CTC: 9,9 cmolc dm-3; saturação por bases: 76% e matéria orgânica: 3,1%. A adubação foi realizada com base na análise de solo, e a recomendação, segundo o manual de adubação e calagem da Comissão de química e fertilidade do solo RS/SC (2004). Para tal utilizou-se uma adubação de base, com 350 kg ha-1 da fórmula 05-2020 (N-P-K). A adubação de cobertura foi dividida em duas doses: a primeira com 90 kg ha-1, quando as plantas apresentavam cinco folhas completamente expandidas, e a segunda com oito folhas expandidas, totalizando 180 kg ha-1 de nitrogênio na forma de ureia, aplicados a lanço. As colheitas foram realizadas nos dias 28-01-2014, 10-02-2014, 27-02-2014, 14-03-14, 31-03-204 e 18-04-2014 para as épocas de semeadura de 15-09- 106 Científica, Jaboticabal, v.45, n.2, p.105-114, 2017 -2013, 30-09-2013, 15-10-2013, 30-10-2013, 16-11-2013 e 03-12-2013, respectivamente. Foram coletadas cinco plantas por repetição e realizadas as seguintes avaliações. A estatura da planta (EP) foi determinada considerando-se a distância do colo da planta até o ápice do pendão na fase reprodutiva, com trena graduada em cm. Para o diâmetro de espiga (DE), utilizou-se um paquímetro digital, realizando-se três medidas, na base, no meio e no ápice da espiga, e os resultados, expressos em mm espiga-1. O comprimento da espiga (CE) foi determinado pela medida da base da espiga do colmo principal até a ponta da espiga, utilizando-se de trena graduada em cm. O número de fileiras por espiga (NFE) foi obtido pela contagem de fileiras. Já o número de grãos por fileira (NGF) foi obtido pela contagem de grãos de cada fileira. O diâmetro do sabugo (DS) foi determinado com paquímetro digital, realizando-se três medidas, na base, no meio e no ápice do sabugo, e os resultados foram expressos em mm sabugo-1. A massa de mil grãos (MMG) foi determinada através da contagem manual de 1.000 grãos e posterior determinação da massa em balança digital de precisão, corrigida a umidade para 13%. Para a determinação da produtividade (PRO), as plantas da área útil de cada parcela foram colhidas manualmente e, posteriormente, trilhadas em máquina estacionária, sendo os grãos obtidos pesados em balança com capacidade de 5 kg, e a umidade, corrigida para 13%. O valor da produtividade obtido em kg parcela-1 foi transformado para kg ha-¹. Os dados diários de radiação solar incidente (MJ m-2), precipitação pluvial (mm dia-1), temperatura do ar mínima, máxima e média (°C), e soma térmica (°C dia-1) foram obtidos junto à Estação Climatológica do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), situado acerca de 200 m do experimento. A determinação da soma térmica diária (STd) foi realizada por Gilmore & Rogers (1958), de acordo com a seguinte expressão: STd = (Tmed – Tb) x 1 dia (1) Em que: Tmed é a temperatura média do ar (ºC) e Tb é a temperatura-base para emissão de nós do milho, assumida como 10 ºC (Lozada & Angelocci, 1999). Os dados foram submetidos à análise estatística, por meio do programa computacional GENES (Cruz, 2013), em que se realizaram análise de variância e o teste de Tukey, para os fatores épocas de semeadura e híbridos. Realizou-se, ainda, a correlação de Pearson entre os elementos meteorológicos e as variáveis da planta, classificada quanto ao grau de dependência proposto por Callegari-Jacques (2003), como: nula (0), fraca (0 – 0,3), regular (0,3 – 0,6), forte (0,6 – 0,9), muito forte (0,9 – 1,0) e plena (1,0). A relação entre a produtividade e os elementos meteorológicos foi analisada pelo procedimento de seleção de variáveis Stepwise, através de modelos de regressão, sendo que se consideraram os elementos ISSN: 1984-5529 meteorológicos como variáveis independentes de entrada, e a produtividade, como variável dependente. Resultados e discussão Na Figura 1, estão descritos os valores médios mensais de radiação solar global, a soma térmica acumulada, a temperatura do ar (máxima, mínima e média) e a precipitação pluvial acumulada, no período de condução do experimento. Para a precipitação pluvial, observou-se que, ao longo do ciclo de todas as épocas estudadas, foram registrados valores iguais ou superiores a 700 mm de chuva; com isso, as necessidades hídricas da cultura, de 400 a 600 mm, foram atendidas (Galon et al., 2010). Em relação à temperatura do ar (máxima, mínima e média) e à soma térmica, observou-se que, de maneira geral, as maiores médias foram obtidas na estação de verão, nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. De acordo com a análise de variância, observou-se diferença significativa para as variáveis EP, CE e NFE, na interação cultivar x época de semeadura (Tabela 1). Em relação à EP, constatou-se que, nas épocas de semeadura realizadas em 30 de setembro e 15 de outubro, os híbridos D240 e 2A106 apresentaram as maiores médias, respectivamente, o que pode ser atribuído ao maior crescimento vegetativo em relação às demais épocas. Nas semeaduras realizadas em 03 de dezembro, observou-se redução dessa variável de 24,04% e 23,05%, para os híbridos D240 e 2A106, respectivamente. Tal fato pode estar relacionado com o encurtamento do ciclo, ocasionando menor crescimento das plantas. Esta redução na estatura das plantas, observada com o atraso na semeadura, corrobora os resultados de alguns autores que trabalharam com estas condições. Pinho et al. (2007), ao trabalhar com diferentes híbridos de sorgo e de milho, verificaram esta mesma variação. Da mesma forma, Ramalho (1999) constatou decréscimo médio diário de 1,0 cm na altura da planta de milho, por dia de atraso na semeadura, a partir de 15 de outubro. Com isso, confirma-se a hipótese de que semeaduras tardias resultam em plantas com menor estatura, quando comparadas àquelas realizadas na época recomendada para a região estudada (setembro-outubro). Em relação ao CE e ao NFE (Tabela 1), observou-se que ambos os híbridos D240 e 2A106 apresentaram os maiores valores nas primeiras épocas de semeadura (15-09 e 30-09). Segundo Bergamaschi & Matzenauer (2014), o CE é determinado ao longo do estágio V5 (cinco folhas completamente desenvolvidas) até V15 (quinze folhas completamente desenvolvidas), e o NFE que está definido em V5, ambas são variáveis afetadas por estresses ambientais, o que se torna variável segundo as condições do meio. 107 Científica, Jaboticabal, v.45, n.2, p.105-114, 2017 ISSN: 1984-5529 Figura 1 - Valores médios mensais de radiação solar global, soma térmica acumulada, temperatura do ar (máxima, mínima e média) e precipitação pluvial acumulada, no período de condução do experimento (15-09-2013 à 18-04-2014), no município de Frederico Westphalen – RS, 2015. Average monthly values of solar radiation, thermal time, air temperature (maximum, minimum and average) and cumulative rainfall in the experiment driving period (09.15.2013 to 04.18.2014), in the city of Frederico Westphalen - RS, 2015. Tabela 1 - Desdobramento da interação entre híbridos de milho e épocas de semeadura para a estatura de planta (EP, m), comprimento de espiga (CE, cm) e número de fileira por espiga (NFE). Frederico Westphalen RS, 2015. Unfolding of the interaction between corn hybrids and sowing dates for plant height (EP, m), ear length (EC cm) and number of row per ear (NFE). Frederico Westphalen - RS, 2015. Variáveis EP CE NFE Híbridos Época D240 2,09bA 2,33aA 2,28aA 2,13bA 2,29aA 1,77cA 17,32aA 16,40abB 15,79abA 13,21cB 15,07bA 12,47cB 15,84bA 17,93aA 15,07bA 15,67bA 14,84bA 12,08cA 15/set 30/set 15/out 30/out 16/nov 03/dez 15/set 30/set 15/out 30/out 16/nov 03/dez 15/set 30/set 15/out 30/out 16/nov 03/dez 2A106 2,04cA 2,12bcB 2,30aA 2,17bA 2,00cB 1,77dA 18,13abA 18,43aA 17,13abA 16,87abA 16,61bA 16,40bA 15,07aA 14,13abB 14,60abA 14,44abA 13,33bA 13,47abA Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre sí, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade de erro. Means followed by the same letter, lowercase and uppercase in the column on the line, do not differ among themselves, by Tukey test at 5% error probability. 108 Científica, Jaboticabal, v.45, n.2, p.105-114, 2017 Nestes períodos de formação de óvulos e espigas, qualquer estresse ocasionado por elementos meteorológicos reduz seriamente o CE e o NFE na colheita, o que justifica os menores valores encontrados no presente trabalho em semeaduras realizadas em épocas tardias, tendo em vista que as condições meteorológicas nessas épocas não foram favoráveis para o cultivo dos híbridos de milho estudados. Esta mesma tendência foi encontrada para a variável DS (Tabela 2), na qual se observou que os híbridos D240 e 2A106 apresentaram os menores valores de média nas épocas tardias de semeadura. Em relação à MMG (Tabela 2), observou-se que os híbridos D240 e o 2A106 apresentaram os maiores valores quando foram semeados em 15 de setembro, atingindo valores médios de 350,62 g e 342,54 g, respectivamente. Isso pode ser explicado, pois a cultura do milho, quando semeada em setembro, está sujeita a melhores condições meteo- ISSN: 1984-5529 rológicas, durante o crescimento e o desenvolvimento vegetativo, permitindo, assim, que plantas acumulem mais carboidratos entre o pré e o pós-pendoamento, aumentando a massa dos grãos. Nas épocas tardias de semeadura, ambos os híbridos apresentaram menores valores de MMG. Estes resultados são corroborados pelos obtidos por Forsthofer et al. (2006), ao avaliar o desempenho agronômico e econômico de híbridos de milho, em cinco níveis de manejo e três épocas de semeadura. Outro fator que pode estar relacionado à redução dessa variável, em épocas tardias de semeadura, em relação a setembro, é que a maior parte do enchimento de grãos ocorre em meses em que há redução da temperatura do ar e da radiação solar incidente, ocorrendo redução na produção de biomassa devido à menor atividade fotossintética e à translocação de carboidratos das frações vegetativas da planta aos grãos (Alberto et al., 2006). Tabela 2 - Desdobramento das interações entre híbridos de milho e épocas de semeadura para o diâmetro do sabugo (DS, mm), massa de mil grãos (MMG, g) e produtividade (PROD, kg ha-1). Frederico Westphalen - RS, 2015. Split of interactions between corn hybrids and sowing dates to the diameter of the cob (DS mm), weight of a thousand grains (MMG, g) and productivity (PROD, kg ha-1). Frederico Westphalen - RS, 2015. Variáveis DS MMG PROD Híbridos Época D240 24,74abA 25,48aA 25,46abA 24,78abA 24,88aA 24,02bA 350,62aA 272,56bB 323,38cB 323,24dA 228,74dB 274,14dB 12751,84aA 8092,87bA 6915,78cA 6620,81dA 6289,09eA 5916,16fA 15/set 30/set 15/out 30/out 16/nov 03/dez 15/set 30/set 15/out 30/out 16/nov 03/dez 15/set 30/set 15/out 30/out 16/nov 03/dez 2A106 23,93aA 22,46bcB 24,11aA 23,63abA 23,29abB 21,45cB 342,54aB 291,26cA 340,06aA 313,04bB 288,42cA 285,20cA 12635,60aA 7826,10bB 6957,77cA 6556,21dA 6179,05eA 4170,52fB Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre sí, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade de erro. Means followed by the same letter, lowercase and uppercase in the column on the line, do not differ among themselves, by Tukey test at 5% error probability. Em relação à PROD, observou-se que a maior média, tanto para o híbrido D240 como para o 2A106, foi obtida na primeira época de semeadura, sendo que, na medida em que foi atrasada a semeadura, ocorreu decréscimo na produtividade de 36,54; 45,77; 48,08; 50,68 e 53,61% para o híbrido D240 e 38,06; 44,94; 48,11; 51,10 e 66,99% no híbrido 2A106, nas épocas 15-09, 30-09, 15-10, 30-10, 16-11 e 03-122013, respectivamente. Resultados semelhantes foram encontrados por Pinho et al. (2007), os quais verificaram que o atraso na época de semeadura do milho acarretou reduções expressivas na produtividade de grãos. Os resultados de PROD encontrados no presente trabalho podem estar relacionados a vários fatores, como: características genéticas dos híbridos e, principalmente, pelas condições meteorológicas registradas ao longo do ciclo das épocas estudadas. Em relação à radiação solar e à temperatura do ar, é importante salientar que, em épocas tardias de semeadura, o subperíodo emergência--pendoamento do milho coincide com os meses de temperatura mais 109 Científica, Jaboticabal, v.45, n.2, p.105-114, 2017 alta e maior disponibilidade de radiação solar na estação de crescimento. Isto acelera o crescimento e o desenvolvimento, e estimula a respiração da planta, já que os processos metabólicos são mais ativos. Esses fatores diminuem o potencial de rendimento de grãos nessas épocas, diminuindo assim a produtividade (Brunini et al., 2006). Dessa forma, tendo em vista os efeitos que as condições meteorológicas podem causar no desenvolvimento morfológico e na produtividade das plantas de milho, a adequação da época de semeadura pode incrementar o rendimento de grãos. ISSN: 1984-5529 Esta adequação coincide com a menor probabilidade de ocorrência de fatores intrínsecos, especialmente durante o período mais crítico de desenvolvimento da planta de milho, que ocorre da floração ao início do enchimento de grãos. Através da análise de correlação linear simples (Tabela 3), observou-se que a radiação (RAD), a temperatura do ar máxima, mínima e média (TMÁX, TMÍN e TMÉD), a precipitação pluvial (PREC) e a soma térmica acumulada (STA) apresentaram correlações com as variáveis morfológicas e produtivas dos híbridos em estudo. Tabela 3 - Matriz de correlação linear simples entre estatura da planta (EP), diâmetro de espiga (DE), comprimento de espiga (CE), número de fileira por espiga (NFE), número de grãos por fileira (NGF), diâmetro do sabugo (DS), massa de mil grãos (MMG), produtividade (PRO) e as variáveis meteorológicas, em dois híbridos de milho. Frederico Westphalen - RS, 2015. Simple linear correlation matrix between plant height (EP), ear diameter (DE), ear length (EC), number of row per ear (NFE), number of kernels per row (NGF), diameter of the cob (DS ), thousand grain weight (MMG), productivity (PRO) and the meteorological variables in two corn hybrids. Frederico Westphalen - RS, 2015. Híbrido D240 2A106 Variáveis RAD TMAX TMIN TMED PREC STA RAD TMAX TMIN TMED PREC STA EP 0,07 -0,01 0,07 -0,01 -0,07 -0,11 0,06 -0,44 -0,34 -0,44 -0,06 -0,37 DE 0,02 -0,45 -0,71* -0,46 -0,01 -0,57* -0,11 -0,60* -0,57* -0,60* 0,11 -0,50* CE -0,29 -0,62* -0,46* -0,62* 0,29 -0,50* -0,45 0,06 0,13 0,06 0,45 0,18 NFE 0,44 0,01 -0,27 0,01 -0,44 -0,21 -0,56* -0,89* -0,70* -0,89* -0,56* -0,77* NGF 0,33 -0,05 -0,10 -0,05 -0,33 0,07 0,02 0,12 0,13 0,12 -0,02 0,21 DS -0,49* -0,09 0,33 -0,09 -0,49* 0,18 0,76* 0,71* 0,65* 0,71* -0,77* -0,65* MMG 0,18 -0,08 -0,47* -0,08 -0,18 -0,28 0,50* 0,12 -0,16 0,12 -0,50* -0,07 PROD 0,20 -0,48* -0,65* -0,48* -0,20 -0,59* 0,20 -0,48* -0,64* -0,48* -0,19 -0,59* * Significativo em nível de 5% de probabilidade de erro, pelo teste t de Student. * Significant at the 5% level of probability for the Student t test. Com relação à RAD, observou-se que a mesma apresentou tanto correlação linear negativa como positiva para as variáveis estudadas. As correlações negativas foram observadas no DS (r = -0,49) e NFE (r = -0,56) para os híbridos D240 e 2A106, respectivamente, e as positivas para o DS (r = 0,76) e MMG (r = 0,50) para o híbrido 2A106. Segundo Taiz & Zeiger (2009), o efeito negativo, ocorrido por excesso de radiação solar, pode estar relacionado ao aumento da taxa respiratória da planta, o que resulta em fechamento dos estômatos e diminuição da taxa de fotossíntese. Com os estômatos fechados devido às condições meteorológicas adversas, não ocorre o transporte de fotoassimilados; com isso, algumas características morfológicas, como o DS, não se desenvolvem corretamente, o que justifica os resultados encontrados no presente trabalho. O efeito positivo que a RAD proporcionou ao híbrido 2A106 nas variáveis DS e MMG, pode estar relacionado com o seu ciclo, pois esse híbrido apresenta um ciclo mais prolongado que o D240; desta forma, o mesmo apresenta maior período vegetativo, necessitando de maior quantidade de radiação solar para completar seus estágios de crescimento, desenvolvimento e atingir a maturação. Em relação à TMÁX, TMÍN e TMÉD, observou-se, de modo geral, correlação negativa com a produtividade e as variáveis morfológicas estudadas em ambos os híbridos. A temperatura ideal para o crescimento e o desenvolvimento do milho da emergência à floração está compreendida entre 24 e 30ºC, e temperaturas inferiores a 15,5 ºC e superiores a 32 Cº podem vir a comprometer o desenvolvimento e crescimento do milho (Streck et al., 2009; Galon et al., 2010). As correlações negativas entre a temperatura do ar e as variáveis morfológicas e produtivas podem estar relacionadas às temperaturas a que os híbridos foram submetidos, sendo 31,71 ºC a máxima e 14,44 ºC a mínima. Quando a cultura é submetida a condições meteorológicas inadequadas, fora do recomendado para a cultura, por um período prolongado, ocorrem decréscimo na produtividade e redução da distribuição de fotoassimilados, resultando em diminuição das características morfológicas e até 110 Científica, Jaboticabal, v.45, n.2, p.105-114, 2017 mesmo em perdas na produtividade (Maldaner et al., 2014). Isso acontece porque a planta não apresenta reservas suficientes de fotoassimilados para manter o desenvolvimento morfológico e produtivo, assim a cultura fica dependente do suprimento de fotoassimilados decorrente da fotossíntese, a qual também é influenciada pelas condições meteorológicas (Didonet et al., 2001). A localização e a altitude (490 m) pelas quais o experimento foi conduzido, também podem estar relacionadas com os resultados obtidos no trabalho. Montezano et al. (2008), ao trabalharem com ensaios de híbridos de milho em diversos locais, observaram que a produtividade do milho em baixas altitudes (<700 m) é menor em relação a altas altitudes (>700 m), devido à temperatura e à radiação solar apresentarem-se disponíveis em menores quantidades para a planta, afetando diretamente os processos fisiológicos de fotossíntese, crescimento, floração, balanço hídrico, respiração e absorção de nutrientes. Outro fator de grande importância para o adequado crescimento e desenvolvimento do milho é a precipitação pluvial, sendo que o híbrido D240 apresentou correlação negativa regular para DS (r = -0,49), e o híbrido 2A106 teve correlação negativa de regular a forte (r = -0,56, r = -0,50 e r = -0,77) para NFE, MMG e DS, respectivamente. Essas correlações negativas podem ser explicadas, pois ao longo do ciclo de todas as épocas estudadas foram registrados valores iguais ou superiores a 700 mm de precipitação pluvial, sendo que esses valores são superiores às necessidades hídricas da cultura, que é de 400 a 600 mm. Assim, esses altos valores de precipitação pluvial ao longo dos ciclos podem ter interferido nas características morfológicas das plantas de milho, uma vez que o excesso de chuva pode ter ocasionado lixiviação de nutrientes como também falta de oxigênio livre para as plantas (Galon et al., 2010). Gazola et al. (2014) e Moterle et al. (2006) também observaram que o excesso de chuva pode prejudicar a germinação e as fases de desenvolvimento da cultura do milho, visto que impede a penetração do oxigênio e reduz todo o processo metabólico resultante, ocasionando perdas significativas na produtividade. Além disso, a alta sensibilidade da cultura em um período tão curto, associada à grande variabilidade na distribuição de chuvas durante a estação quente, faz do milho uma cultura altamente suscetível ao fator água. Isto se traduz em alto risco ao produtor, mesmo que a tendência da safra seja de chuvas acima da condição climática média, como em anos de El Niño. Em relação a STA (Tabela 3), observou-se correlação negativa no híbrido D240 para as variáveis DE, CE e PROD, enquanto o híbrido 2A106 teve correlação negativa com o DE, NFE, DS e PROD. Tais respostas podem ser atribuídas as características genéticas dos mesmos, como também às diferenças de ciclo que os híbridos apresentam. O híbrido D240, ISSN: 1984-5529 devido a apresentar ciclo hiperprecoce em cada estágio do desenvolvimento e crescimento da planta, precisa acumular menores quantidades de unidades calóricas para poder completar seu ciclo, quando comparado com o híbrido 2A106, que apresenta ciclo superprecoce, necessitando assim de maiores quantidades de STA (Bergamaschi et al., 2007). De maneira geral, pode-se dizer que condições de alta radiação solar, temperaturas do ar desfavoráveis, excesso de precipitação e alta soma térmica acumulada são os fatores abióticos mais comuns que ocorrem nas semeaduras tardias, podendo interagir com as plantas de milho, afetando assim o crescimento e o desenvolvimento da cultura e, consequentemente, a produtividade. As equações de regressão pelo método de Stepwise podem ser observadas na Tabela 4. Para isso, foi selecionada apenas a produtividade como variável dependente, por ser considerada a principal característica produtiva analisada. O método Stepwise resultou em um modelo significativo para os híbridos D240 e 2A106, no qual foram observadas correlações com mais de uma variável meteorológica, bem como, respostas diferenciadas dos elementos meteorológicos sobre os híbridos estudados. A utilização da regressão múltipla exige o emprego de variáveis que estejam correlacionadas com a variável dependente; neste caso, a produtividade de milho com as variáveis meteorológicas. Em relação à influência das variáveis meteorológicas na produtividade, observou-se que a TMÍN foi a que proporcionou maior interferência na produtividade, tanto para o híbrido D240 como para 2A106. Fato semelhante ocorreu na análise de correlação linear simples (Tabela 3), na qual a temperatura mínima apresentou fortes correlações com as características morfológicas e produtivas dos híbridos estudados. De acordo com Caron et al. (2014), a temperatura do ar é um dos principais fatores determinantes da fenologia das plantas, por isto ela exerce papel fundamental na distribuição espaçotemporal das espécies. As condições térmicas influenciam sobre os mais diversos processos vitais das plantas, como a germinação, o desenvolvimento fenológico e o crescimento da planta como um todo (Minuzzi & Lopes, 2015). A influência da temperatura mínima na produtividade pode estar relacionada com a eficiência a que a planta de milho converte a radiação solar em fitomassa. De acordo com Sangoi et al. (2010), quando o milho está exposto a temperaturas mínimas toleradas pela planta, ocorre menor atividade respiratória e maior é o acúmulo de fotoassimilados aos grãos na fase inicial de seu desenvolvimento, resultando assim em maior produtividade. Porém, quando ocorre temperaturas elevadas, superiores a 35 ºC , ocorre queda na produtividade, devido ao curto período de tempo de enchimento de grãos, em virtude da diminuição do ciclo da planta e da diminuição da atividade da enzima redutase, que é responsável pela utilização dos nutrientes provenientes do solo (Costa et al., 2009; Strechk & Alberto, 2006). 111 Científica, Jaboticabal, v.45, n.2, p.105-114, 2017 ISSN: 1984-5529 Tabela 4 - Equações de regressão pelo procedimento Stepwise, em que PROD: produtividade (kg ha-1); RAD: radiação solar global (MJ m-2); TMÉD: temperatura média (°C); TMÍN: temperatura mínima (°C); TMÁX: temperatura máxima (°C); PREC: precipitação (mm); STA: soma térmica acumulada (°C dia-1), para os híbridos D240 e 2A106. Frederico Westphalen - RS, 2015. Regression equations by the stepwise procedure where PROD: productivity (kg ha-1); RAD: solar radiation (MJ m-2); TMÉD: average temperature (°C); TMÍN: minimum temperature (°C); TMÁX: maximum temperature (°C); PREC: precipitation (mm); STA: accumulated thermal sum (°C day -1) for the D240 hybrid and 2A106. Frederico Westphalen - RS, 2015. % de Contribuição RAD: 1% TMÍN: 96% D240 PROD = 282125 -26,87 (RAD) -24649 (TMÍN) -19,39 (PREC) + 143,80 (STA) 0,99 PREC: 1% STA: 1% TMÁX: 1% TMÍN: 84% PROD= 188879 +19950 (TMÁX) +13360 (TMÍN) -48129 (TMÉD) -22,81 (PREC)+ 2A106 0,99 TMÉD: 3% +62,01 (STA) PREC: 9% STA: 2% Híbrido Modelo de Regressão R2 R2: Coeficiente de determinação. R2: Coefficient of determination. Galon et al. (2010), trabalhando com milho, observaram que, nas semeaduras mais tardias, apesar de ocorrer maior taxa de crescimento e maior fitomassa acumulada no espigamento, em comparação com as semeaduras mais precoces, as plantas são menos eficientes em transformar a massa acumulada até o espigamento em maior número de grãos. Dessa forma, os plantios precoces e as temperaturas baixas podem trazer resultados positivos à produtividade de milho, desde que não ocorram outras limitações ambientais ou de manejo da cultura. O emprego da análise de regressão múltipla para se entender melhor a influência dos elementos meteorológicos sobre as características morfológicas e produtivas das culturas, vem sendo usado por diversos autores. Anjos & Nery (2005), trabalhando com elementos meteorológicos na produtividade de grãos de soja, trigo e milho, verificaram que a temperatura tem relativa participação no total de rendimentos de grãos, sendo que as análises de regressão múltipla mostram que modelos estatísticos podem ser úteis na produção de grãos, buscando melhores produtividades. Outro trabalho envolvendo a análise de regressão múltipla foi realizado por Mabilana et al. (2012), o qual teve como variáveis independentes os índices meteorológicos, e como variável dependente o rendimento médio de grãos de milho. Segundo os mesmos autores, as variáveis meteorológicas apresentam relação direta com a produtividade, podendo ser usadas para explicar as variações nos rendimentos médios de grãos do milho. Os elementos meteorológicos influenciam de forma diferenciada sobre as características morfológicas e produtivas do milho. Assim, fica evidente a importância de se conhecer os híbridos e a melhor época para realizar a semeadura em cada região, a fim de proporcionar à planta que seu crescimento e desenvolvimento ocorram em épocas nas quais as condições meteorológicas sejam favoráveis. Conclusões As características morfológicas e produtivas dos híbridos de milho são influenciadas pelos elementos meteorológicos nas diferentes épocas de semeadura. De maneira geral, tanto o híbrido D240 como o 2A106 apresentam melhores resultados em relação às variáveis analisadas nas semeaduras realizadas em 15-09 e 30-09. Semeaduras tardias (16-11 e 0312) afetam negativamente o desempenho dos caracteres produtivos e morfológicos dos híbridos. Entre os elementos meteorológicos estudados, a temperatura mínima apresenta a maior contribuição para os valores de produtividade. Referências Alberto CM, Streck NA, Heldwein AB, Buriol GA, Medeiros SLP (2006) Água no solo e rendimento do trigo, soja e milho associados ao El Niño Oscilação Sul. Pesquisa Agropecuária Brasileira 41(7):1.067-1.075. Anjos IB, Nery JT (2005) Variáveis meteorológicas associadas ao rendimento de grãos no estado do Paraná. Acta Scientiarum Agronomy 27(1):133-144. Bergamaschi H, Wheeler TR, Challinor AJ, Comiran F, Heckler BMM (2007) Maize yield and rainfall on different spatial and temporal scales in Southern Brazil. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 42(5):603-613. Bergamaschi H, Matzenauer R (2014) O milho e o clima. Porto Alegre: Emater/RS-Ascar, 84p. Berlato AM, Farenzena H, Fontana CD (2005) Associação entre El Niño Oscilação Sul e a produtividade do milho no Estado do Rio Grande do Sul. Pesquisa Agropecuária Brasileira 40(5):423-432. 112 Científica, Jaboticabal, v.45, n.2, p.105-114, 2017 Brachtvogel EL, Pereira FRS, Cruz SCS, Bicudo SJ (2009) Densidades populacionais de milho em arranjos espaciais convencional e equidistante entre plantas. Ciência Rural 39(8):2.334-2.339. Brunini O, Abramides PLG, Brunini APC, Carvalho JP (2006) Caracterizações macroclimáticas, agrometeorológicas e restrições ambientais para o cultivo de milho em regiões tropicais baixas. InfoBibos, 1(3). Disponível em: http://www.infobibos.com/Artigos/2006_3/ambiente milho/index.html> (Acesso em 1o maio 2015). Caron BO, Perrando ER, Schmidt D, Manfron PA, Behling A, Elli EF, Eloy E (2014) Relações fisiológicas em mudas de pata-de-vaca (Bauhimia forficata Link). Revista Brasileira de Plantas Medicinais16(2):196-201. Callegari-Jacques SM (2003) Bioestatística: Princípios e Aplicações. Porto Alegre: Artmed, 255p. Comissão de química e fertilidade do solo (2004) Manual de adubação e calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo – Núcleo Regional Sul, 400p. CONAB (2015) Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos 2014/2015 - Sexto levantamento da safra/março de 2015. Disponível em: <http://www.conab.gov.br> (Acesso em: 02 mar. 2015). Costa LC, Justino F, Oliveira JC, Sediyama GC, Ferreira WPM, Lemos CF (2009) Potential forcing of CO2, technology and climate changes in maize (Zea mays) and bean (Phaseolus vulgaris) yield in southeast Brazil. Environmental Research Letters 4(1):1-10. Cruz CD (2013) GENES – a software package for analysis in experimental statistics and quantitative genetics. Acta Scientiarum Agronomy 35(3):271-276. Didonet AD, Rodrigues O, Mario JL, Ide F, Tissot D (2001) Crescimento e desenvolvimento de milho: acúmulo de massa seca do grão. Pesquisa Agropecuária Brasileira 36(3):447-456. Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (2006) Sistema brasileiro de classificação de solos. Rio de Janeiro, 306p. ISSN: 1984-5529 Galon L, Tironi PS, Rocha AA, Soares RE, Concenço G, Alberto MC (2010) Influência dos fatores abióticos na produtividade da cultura do milho. Revista Tropica: Ciências Agrárias e Biológicas 4(3):18-19. Gazola D, Zucareli C, Camargo MC (2014) Comportamento germinativo de sementes de cultivares de milho sob condições de hipóxia. Científica Jaboticabal 42(3):224-232. Gilmore EC, Rogers JS (1958) Heat units as a method of measuring maturity in corn. Agronomy Journal 50(10):611-615. Guimarães FS, Rezende PM, Castro EM, Carvalho EA, Andrade MJB, Carvalho ER (2008) Cultivares de soja (Glycine max L.) para cultivo de verão na região de Lavras - MG. Ciência e Agrotecnologia 32(5):1.0991.106. Lozada BI, Angelocci LR (1999) Determinação da temperatura-base e de graus-dia para a estimativa do subperíodo da semeadura à floração de um híbrido de milho (Zea mays). Revista Brasileira de Agrometeorologia 7(1):31-36. Mabilana H, Fontana DC, Fonseca EL (2012) Desenvolvimento de modelo agrometeorológico espectral para estimativa de rendimento do milho na Província de Manica-Moçambique. Revista Ceres 59(3):337-349. Maldaner LJ, Horing K, Schneider JF, Frigo JP, Azevedo KD, Grzesiuck AE (2014) Exigência agroclimática da cultura do milho (Zea mays). Revista Brasileira de Energias Renováveis 3(1):13-23. Maluf JRT (2000) Nova classificação climática do Estado do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Agrometeorologia 8(1):141-150. Minuzzi RB, Lopes FZ (2015) Desempenho agronômico do milho em diferentes cenários climáticos no Centro-Oeste do Brasil. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental 19(8):734-740. Moterle LM, Lopes PC, Braccini AL, Scapim CA (2006) Germinação de sementes e crescimento de plântulas de cultivares de milho-pipoca submetidas ao estresse hídrico e salino. Revista Brasileira de Sementes 28(3):169-176. Montezano ZF, Corazza EJ, Muraoka T (2008) Variabilidade de nutrientes em plantas de milho cultivado em talhão manejado homogeneamente. Bragantia 67(1):817-825. Emygdio BM, Rosa APS, Teixeira MCC (2013) Indicações técnicas para o cultivo de milho e de sorgo no Rio Grande do Sul safras 2013/14 e 2014/15. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 124p. Pavão AR, Filho JBSF (2011) Impactos econômicos da introdução do milho Bt11 no Brasil: uma abordagem de equilíbrio geral inter-regional. Revista de Economia e Sociologia Rural 49(1):81-108. Forsthofer EL, Silva PRF, Strieder ML, Rambo TML, Argenta G, Sangoi L, Suhre E, Silva AA (2006) Desempenho agronômico e econômico do milho em diferentes níveis de manejo e épocas de semeadura. Pesquisa Agropecuária Brasileira 41(3):399-407. Pinho RG, Vasconcelos RC, Borges ID, Resende AD (2007) Produtividade e qualidade da silagem de milho e sorgo em função da época de semeadura. Bragantia 66(2):235-246. Ramalho AR (1999) Comportamento de famílias de 113 Científica, Jaboticabal, v.45, n.2, p.105-114, 2017 ISSN: 1984-5529 meios-irmãos em diferentes épocas de semeadura visando à produção de forragem de milho. UFL (Dissertação Mestrado em Genética e Melhoramento de Plantas). Streck NA, Lago I, Samboranha FK, Gabriel LF, Schwantes AP, Schons A (2009) Temperatura-base para aparecimento de folhas e filocrono da variedade de milho BRS Missões. Ciência Rural 39(1):224-227. Sangoi L, Silva PRF, Argenta G Rambo L (2010) Ecofisiologia da cultura do milho para altos rendimentos. Lages: Graphel, 88p. Taiz L, Zeiger E (2009) Fisiologia Vegetal. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 782p. Strechk NA, Alberto CM (2006) Estudo numérico do impacto da mudança climática sobre o rendimento de trigo, soja e milho. Pesquisa Agropecuária Brasileira 41(9):1.351-1.359. 114