No Mundo da Esclerose Múltipla nº12b

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No mundo da
Esclerose Múltipla
Orgão Oficial do Centro de Investigação e Tratamento de Esclerose Múltipla de Minas Gerais (CIEM-Minas)
ANO IV
No 12
AGOSTO 2009
P RI N C I PA L
O CIEM e os 10
anos do BCTRIMS
O Comitê Brasileiro de Tratamento
e Pesquisa em Esclerose Múltipla
(BCTRIMS) completa agora em
agosto de 2009 seus 10 anos de
fundação. O marco representa uma
grande conquista em vários aspectos para a comunidade científica e
para toda a população de nosso
país.
Inicialmente, o BCTRIMS representa a aglutinação de esforços de
um grande grupo de pesquisadores
na área da esclerose múltipla e das
doenças desmielinizantes, de universidades de todos os recantos do
país, para definir a freqüência e as
características clínicas da esclerose
múltipla em nossa população,
assim como a melhor maneira de
diagnosticá-la e tratá-la.
Logo após sua fundação o
BCTRIMS desempenhou papel
fundamental na edição da Portaria
do Ministério da Saúde que instituiu o programa de distribuição
gratuita de imunomoduladores aos
portadores de esclerose múltipla no
Brasil. O BCTRIMS se orgulha de
ter sido o grande idealizador e
fomentador deste programa.
Anualmente o BCTRIMS tem
promovido
seus
Congressos,
quando são discutidos os grandes
avanços na compreensão dos
mecanismos da doença, de seu
diagnóstico e tratamento. Além
disto, o BCTRIMS promove a
educação continuada para jovens
médicos e outros profissionais de
saúde, para portadores e seus
familiares, assim como difunde
conhecimentos sobre a doença para
a sociedade leiga em geral.
Não menos importante tem sido a
publicação dos “Consensos de
Tratamento da Esclerose Múltipla”,
em que o BCTRIMS formaliza as
condutas terapêuticas que são mais
adequadas às várias situações em
que os portadores se encontram.
Estes “Consensos” tem sido um
Guia de extremo valor prático para
todos os médicos brasileiros.
O CIEM se orgulha de ser um
Centro filiado ao BCTRIMS e um
de seus principais contribuintes em
termos científicos. Nós todos do
CIEM - profissionais, portadores,
cuidadores e familiares – nos associamos a todos os que hoje comemoram os 10 ANOS do BCTRIMS!
Uma vitória de todos os brasileiros
na luta contra a esclerose múltipla!
Marco Aurélio Lana
Diretor
DE
A M I G O
PA RA
O melhor tratamento para a
esclerose múltipla: o amor.
Quando meu esposo recebeu o diagnóstico de
esclerose múltipla fiquei chocada. Ele sempre foi uma
pessoa ativa, alegre. Nosso filho estava com 10 anos na
ocasião do diagnóstico. Ele era operador da bolsa de
valores, um excelente profissional do mercado financeiro e estava no auge de sua carreira. Nossas vidas
estavam prósperas e nossos sonhos sendo realizados.
Tive uma grande surpresa ao ver a sua reação diante do
diagnóstico. Pensei que ficaria revoltado e desistiria
logo. E aconteceu exatamente ao contrário: ele tem me
AMIGO
ensinado a encarar a vida de outra forma, a viver um
dia de cada vez. Passamos a conviver mais, a discutir
as dificuldades financeiras advindas da aposentadoria,
e como ele mesmo diz: “se o problema é grande,
procure dividi-lo e resolver uma parte de cada vez”.
Nosso lema é não esconder nada sobre a doença entre
nós três: eu, ele e nosso filho que hoje está com 18
anos. A sinceridade impera em nossa casa. Descobri
que me casei com um grande homem. Deus tem estado
ao nosso lado e nos colocou nas mãos de grandes
profissionais: toda a equipe do CIEM! Descobrimos
que, como está escrito na Bíblia, em Paulo na carta aos
Coríntios capítulo 13, o “dom supremo do amor” nos
faz superar tudo, até a esclerose múltipla!
Etel Cássia P. Rossi
Esposa do paciente Osvaldo Rossi Júnior
S A U´ D E
D O
P O RTADOR
Fisioterapia no mundo da
esclerose múltipla
A fisioterapia na Esclerose Múltipla tem como
objetivo ajudar em muitos sintomas da doença, tais
como dificuldades de caminhar; rigidez e espasmos
musculares; e também a fraqueza muscular.
* Como pode um fisioterapeuta ajudar?
A fisioterapia é freqüentemente recomendada
quando existe um problema específico ou nos sintomas
em curso que afetam as atividades de vida diária, a
mobilidade e a independência. O fisioterapeuta trabalha com você para avaliar suas dificuldades físicas e
ajudá-lo a melhorar seus movimentos como também
outras funções do corpo. O exercício é uma das principais formas de melhorar a funcionalidade; melhorar a
independencia do paciente; melhorar a sua autoestima; prevenção de complicações devido a doença;
fortalecimento muscular; melhorar a flexibilidade;
prevenção de quedas e melhora do condicionamento
cardiorespiratorio.
O fisioterapeuta também pode sugerir exercícios
especiais para o tratamento e gestão de problemas
específicos, tais como dificuldades de mobilidade,
equilíbrio, postura, fadiga, incontinência urinária e no
condicionamento cardiorespiratório.
A Fisioterapia atua tratando e reabilitando o paciente, visando minimizar a progressão desta patologia e
suas complicações secundárias.
Estudos recentes demonstraram que com o tratamento fisioterápico é possível melhorar até 50% da
força dos músculos inspiratórios e expiratórios, que
proporcionará uma melhora da capacidade respiratória
e da capacidade aeróbica, que juntos diminuem os
riscos de complicações como pneumonia, além de
possibilitar uma oferta de oxigênio adequada para toda
a musculatura, incluindo o coração, com consequente
aumento do limiar de fadiga.
Célio Diniz, Danielle Coutinho
e Lívia Edwiges Cirino Talim
No Mundo da Esclerose Múltipla
Agosto 2009
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FIQ U E
P O R
D ENTRO
A música interferindo no cérebro
Quando ouvimos uma música, realizamos uma
tarefa extremamente complexa já que ela engloba diferentes padrões que definem os vários tipos de música
como o samba, o rock, o pagode e a música clássica.
Engloba também emoções e associações com pessoas,
lugares e eventos da vida como a música das cerimônias de casamento, de um determinado filme e aquelas
do tipo “ouça querida (o) eles estão tocando nossa
música!”. Todas essas experiências envolvem uma
série de operações cognitivas e perceptivas que ativam
o nosso sistema nervoso central.
Neurocientistas, músicos e musicoterapeutas vêm
estudando como são representadas no cérebro as
experiências adquiridas com a música e também as
respostas resultantes dessas experiências. Esses estudiosos dizem que o cérebro que faz música é modificado por ela.
Quando ouvimos uma música pela primeira vez e
ela desperta a nossa atenção, várias mudanças ocorrem
no nosso cérebro e uma rede de neurônios é ativada
durante esse aprendizado. A esse processo perceptual
dá-se o nome de codificação de um estímulo. Trata-se
de um fenômeno biológico que mobiliza todos os
nossos sentidos. No caso dos apaixonados a memória
de uma música além de mobilizar o sistema auditivo,
pode também registrar no sistema visual o local, a
roupa, o penteado dos cabelos e provavelmente o
perfume e o toque de mão da pessoa amada na hora de
dançar. De acordo com especialistas é uma área do
nosso cérebro chamada hipocampo, juntamente com
outra parte do cérebro chamada de córtex frontal, as
responsáveis em analisar essas diversas entradas
sensoriais e torna-las parte de nossa memória.
Embora a memorização de uma música comece
perceptualmente ela somente será mantida na nossa
memória se gostarmos dela, o que provavelmente nos
levará a ouvi-la várias vezes. É sabido que os nossos
neurônios trabalham juntos, em rede, organizando-se
em grupos que se especializam em diferentes tipos de
processamento de informação. A conexão entre os
neurônios por sua vez se dá através de neurotransmissores em um ponto chamado sinapse. Quantos mais
sinais um neurônio enviar para outro, a sinapse entre os
dois se tornará mais forte e quanto mais sinais enviados entre eles, mais forte fica a conexão. Portanto com
cada experiência musical podemos ajudar o cérebro a
determinar como ele será organizado. É essa flexibilidade organizacional, que os cientistas chamam de plasticidade, que pode ajudar o cérebro a se reestruturar
caso seja danificado. Esses estudiosos afirmam que
graças à música, podem ser observados hoje fenômenos ligados à plasticidade do cérebro, mudanças
anatômicas e até mesmo diferenças nas conexões dos
neurônios.
Os cientistas não sabem tudo sobre mente e não
sabem tudo sobre os efeitos da música nela, mas já
descobriram muita coisa. Portanto... que tal ouvir
música hoje?
Cybelle Loureiro
Musicoterapeuta do CIEM
No Mundo da Esclerose Múltipla
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AC O N T E C E
N O
CIEM
O que é o CIEM UFMG
O Centro de Investigação em Esclerose Múltipla de
Minas Gerais – CIEM UFMG é uma instituição de
natureza acadêmica que visa promover assistência
médica e multidisciplinar integral aos portadores de
esclerose múltipla, pesquisas científicas e educação
especializada aos profissionais de saúde, portadores da
doença e seus familiares, assim como à população em
geral.
O CIEM UFMG é uma instituição integrada ao
Sistema único de saúde (SUS) e atende gratuitamente
pacientes provenientes de Belo Horizonte e de outras
cidades do Estado de Minas Gerais, sem distinção de
classe econômica ou social.
Devido à sua estrutura administrativa e a sua organização funcional o CIEM UFMG tornou-se, pouco
tempo após sua fundação, modelo de centro de referência em esclerose múltipla em outras regiões do país e
em toda a América Latina.
O CIEM UFMG tem sido reconhecido internacionalmente por sua excelência no tratamento da esclerose múltipla e no desenvolvimento de suas atividades
de pesquisa e ensino. Como Centro de Referência
padrão o CIEM UFMG é filiado ao Comitê Brasileiro
de Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla
(BCTRIMS); Latin American Committee for Treatment and Research in Multiple Sclerosis
(LACTRIMS) e Consortium of Multiple Sclerosis
Centers (CMSC USA).
O CIEM UFMG está registrado no Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) e no Ministério de Saúde, sendo a única instituição credenciada pelo Governo do Estado e pelo Ministério da Saúde para o tratamento da doença no Estado de Minas
Gerais.
CIEM MINAS - UFMG
Hospital das Clínicas da UFMG
Anexo Hospital São Geraldo
Av. Alfredo Balena, 110
3° andar - 30130-090
Belo Horizonte / MG
Tel.: (31) 3409-9994
www.ciem.com.br
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No mundo da
Esclerose Múltipla
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