8º Ano E.F. - Colégio Objetivo – Anápolis

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COLÉGIO PRIME
Av. Juscelino Kubistchek, s/n, Q13, Lt33e, Jundiaí, Anápolis, Goiás.
Ensino Fundamental
8º Ano
1º Bimestre 2017
Resumo para a Avaliação que será realizado dia 08 de Março.
Anápolis, 18/02/2017
Professora TALITA
REVOLUÇÃO INGLESA (1640-1689)
1ª Revolução Liberal. Serve de referencial teórico para John Locke.
A burguesia não esteve sozinha nessa jornada contra o Estado Absolutista. A revolução contou como participação de
vários setores incomodados com o autoritarismo político e econômico do governo inglês, bem como com os privilégios
que beneficiavam grupos como a alta nobreza e o alto clero. Junto com a burguesia estiveram a GENTRY (nobreza de
tendência capitalista), os YEOMEN (pequenos proprietários rurais), camponeses e trabalhadores urbanos. Contudo a
principal beneficiária será a burguesia.
MOTIVAÇÕES PARA A REVOLUÇÃO INGLESA:
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Intenso absolutismo da Dinastia Stuart (Jaime I e Carlos I).
Nascimento, entre os setores descontentes, dos ideais liberais de combate à tirania.
Perseguições religiosas do Estado anglicano, por vezes aliados dos católicos, aos grupos presbiterianos (baixa
nobreza) e puritanos (burguesia e setores populares).
Desejo de ascensão política e de controle do aparato econômico por parte da burguesia.
Privilégios sociais e políticos dos pares (alta nobreza e alto clero), como isenção de impostos e cargos públicos, em
detrimento do resto da população, extremamente oprimida em termos tributários.
Atritos constantes entre si (absolutista) e parlamento (liberal) por questões diversas.
OBS: A Revolução Inglesa está dividida em quatro fases distintas: A REVOLUÇÃO PURITANA, A REPÚBLICA DE
CROMWELL, o período da RESTAURAÇÃO MONÁRQUICA e a etapa final, consolidadora do poder burguês, a
REVOLUÇÃO GLORIOSA.
REVOLUÇÃO PURITANA OU GUERRA CIVIL (1640-1649)
Momentos iniciais marcados por atritos entre o rei Carlos I e o parlamento (em grande parte burguês e puritano).
Desavenças que acirraram em relação ao aumento de impostos – o monarca resolve dissolver o parlamento. GOTA
D´AGUA.
Forma-se um exército revolucionário em defesa do parlamento. EXPLODE A REVOLUÇÃO.
O EXÉRCITO REAL = CAVALEIROS X EXÉRCITO POPULAR, PURITANO E DEFENSOR DO PARLAMENTO =
CABEÇAS REDONDAS – LIDERADOS POR OLIVER CROMWELL E SEU “NEW MODEL ARMY (...) MERITOCRACIA.
Os “Cabeças Redondas” vencem o exército real, Carlos I é deposto e decapitado. Cromwell, elevado a condição de
herói, assume o poder.
GOVERNO DE CROMWELL OU REPÚBLICA PURITANA (1649-1658)
Cromwell, contrariando os princípios liberais, estabelece uma ditadura pessoal na Inglaterra. Pulso firme e ares de
monarca absoluto cria uma espécie de república.
Principais medidas:
- Repressão violenta aos oposicionistas católicos na Irlanda e presbiteriano na Escócia.
- Se autoproclama “Lorde Protetor da Inglaterra”, cargo máximo na administração inglesa, vitalício e hereditário.
- Desenvolvimento da indústria naval inglesa.
- Promulgação dos ATOS DE NAVEGAÇÃO (1651) – determinação de que os produtos do comércio britânico só
pudessem ser transportados por navios ingleses.
Obs: Cromwell morre em 1658. Pela natureza do cargo criado por ele, assume o comando da Inglaterra seu filho,
Richard. Sem as habilidades política e administrativa do pai, não sobrevive no cargo. É deposto, em 1660, pelos
herdeiros Stuart que contavam com o apoio de certos setores burgueses descontentes com a incompetência do garoto
de Cromwell.
RESTAURAÇÃO MONARQUICA (1660-1688)
Momento de retrocesso na revolução. Na ânsia de por fim ao governo de Richard a burguesia entregou o país ao
absolutismo dos Stuarts novamente (...) assumem, Carlos II e Jaime II (...) governantes que se destacam pelo
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absolutismo, autoritarismo, repressão, intolerância religiosa e, claro, choque contra o parlamento. (28 anos em que
desaparecem as conquistas puritanas).
REVOLUÇÃO GLORIOSA (1688-1689)
É o instante definitivo da Revolução Inglesa. A BURGUESIA se alia a GUILHERME DE ORANDE, da Holanda, em torno
da deposição de Jaime II, numa revolta com pouco ou nenhum derramamento de sangue. GOLPE BRANCO.
- GUILHERME III (ORANGE) assume se comprometendo a respeitar o BILL OF RIGHTS ( a Declaração de Direitos), um
dispositivo jurídico que assegurava ao PARLAMENTO AUTONOMIA – DECISÃO E SUPERIORIDADE – EM RELAÇÃO
AO REI.
Iluminismo:
O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa, que defendia o uso da razão
(luz) contra o antigo regime (trevas) e pregava maior liberdade econômica e política.
Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e
fraternidade.
O Iluminismo tinha o apoio da burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham interesses comuns.
As críticas do movimento ao Antigo Regime eram em vários aspectos como:
- Mercantilismo.
-Absolutismo monárquico.
- Poder da igreja e as verdades reveladas pela fé.
Com base nos três pontos acima, podemos afirmar que o Iluminismo defendia:
- A liberdade econômica, ou seja, sem a intervenção do estado na economia.
- O Antropocentrismo, ou seja, o avanço da ciência e da razão.
- O predomínio da burguesia e seus ideais.
As idéias liberais do Iluminismo se disseminaram rapidamente pela população. Alguns reis absolutistas, com medo de
perder o governo - ou mesmo a cabeça -, passaram a aceitar algumas idéias iluministas.
Estes reis eram denominados Déspotas Esclarecidos, pois tentavam conciliar o jeito de governar absolutista com as
idéias de progresso iluministas.
Alguns representantes do despotismo esclarecido foram: Frederico II, da Prússia; Catarina II, da Rússia; e Marquês de
Pombal, de Portugal.
Alguns pensadores ficaram famosos e tiveram destaque por suas obras e idéias neste período. São eles:
John Locke
John Locke é Considerado o “pai do Iluminismo”. Sua principal obra foi “Ensaio sobre o entendimento humano”, aonde
Locke defende a razão afirmando que a nossa mente é como uma tábula rasa sem nenhuma idéia.
Defendeu a liberdade dos cidadãos e Condenou o absolutismo.
Voltaire
François Marie Arouet Voltaire destacou-se pelas críticas feitas ao clero católico, à inflexibilidade religiosa e à
prepotência dos poderosos.
Montesquieu
Charles de Secondat Montesquieu em sua obra “O espírito das leis” defendeu a tripartição de poderes: Legislativo,
Executivo e Judiciário.
No entanto, Montesquieu não era a favor de um governo burguês. Sua simpatia política inclinava-se para uma
monarquia moderada.
Rousseau
Jean-Jacques Rousseau é autor da obra “O contrato social”, na qual afirma que o soberano deveria dirigir o Estado
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conforme a vontade do povo. Apenas um Estado com bases democráticas teria condições de oferecer igualdade jurídica
a todos os cidadãos.
Rousseau destacou-se também como defensor da pequena burguesia.
Quesnay
François Quesnay foi o representante oficial da fisiocracia. Os fisiocratas pregavam um capitalismo agrário sem a
interferência do Estado.
Adam Smith
Adam Smith foi o principal representante de um conjunto de idéias denominado liberalismo econômico, o qual é
composto pelo seguinte:
- o Estado é legitimamente poderoso se for rico;
- para enriquecer, o Estado necessita expandir as atividades econômicas capitalistas;
- para expandir as atividades capitalistas, o Estado deve dar liberdade econômica e política para os grupos particulares.
A principal obra de Smith foi “A riqueza das nações”, na qual ele defende que a economia deveria ser conduzida pelo
livre jogo da oferta e da procura.
Iluminismo no Brasil:
O Iluminismo do século XVIII inspirou o pensamento liberal que alimentou os processos de independência nas Américas.
No caso do Brasil, aquelas ideias orientaram todas as conspirações e movimentos voltados para a ruptura do domínio
lusitano sobre a colônia. Assim, a Inconfidência Mineira de 1789, a Conjuração Fluminense de 1794, a Revolta dos
Alfaiates de 1798 na Bahia e a Revolução Pernambucana de 1817 se constituíram nos principais movimentos políticos
influenciados pelos ideais iluministas e que culminaram na Independência proclamada em 1822.
Inconfidência Mineira: A Inconfidência Mineira foi um dos mais importantes movimentos sociais da História do Brasil.
Significou a luta do povo brasileiro pela liberdade, contra a opressão do governo português no período colonial. Ocorreu
em Minas Gerais no ano de 1789, em pleno ciclo do ouro.No final do século XVIII, o Brasil ainda era colônia de Portugal
e sofria com os abusos políticos e com a cobrança de altas taxas e impostos. Além disso, a metrópole havia decretado
uma série de leis que prejudicavam o desenvolvimento industrial e comercial do Brasil. No ano de 1785, por exemplo,
Portugal decretou uma lei que proibia o funcionamento de industrias fabris em território brasileiro.
Conjuração Carioca: A Conjuração Carioca foi uma onda de repressão do governo lusitano aos intelectuais que se
reuniam no Rio de Janeiro, com a intenção de formar uma sociedade literária baseada no Iluminismo, fortemente
difundido após a Revolução Francesa.
A Revolta dos Alfaiates: Surgiu na Bahia, em 1798, um movimento social denominado A Revolta dos Alfaiates
(Conjuração Baiana ou Inconfidência Baiana), que tinha como objetivo o rompimento dos laços coloniais com Portugal.
Os participantes desse levante se inspiraram nos ideais de liberdade vindos da Europa, decorrentes da Revolução
Francesa, e contaram com a participação da elite baiana, marcada na figura do jornalista e médico Cipriano Barata e do
padre Agostinho Gomes, que eram adeptos do pensamento francês e críticos ferrenhos do sistema colonial português
em vigor.A aspiração pelos ideais libertários não veio só da elite: os setores populares também desejavam condições
melhores de vida e o fim do descaso e da situação de extrema miserabilidade que haviam tomado as classes populares
desde que a Coroa transferira a sede do governo colonial para o Rio de Janeiro, em 1763.
Revolução Pernambucana: Valendo-se dos ideais iluministas, em 1817 os líderes maçons Domingos José Martins e
Antônio Cruz e os padres João Ribeiro e Miguelinho foram os principais líderes dessa insurgência. Eles organizaram um
governo provisório que durou 75 dias, com representantes do clero, do comércio, do exército, da justiça e dos engenhos
para ocupar os cargos depois de um grande confronto com o então governador Caetano Pinto de Miranda
Montenegro.Os pernambucanos revoltosos eram a favor do regime republicano e resolveram, a priori, diminuir os altos
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impostos e tributos cobrados pelos lusitanos, abolir os títulos de nobreza e ceder o direito à liberdade de imprensa,
assim como o fez os Estados Unidos.
Revolução Francesa:
Por Me. Cláudio Fernandes
A Revolução Francesa, que ocorreu no ano de 1789, é o evento que, segundo alguns autores, inaugura a
chamada Idade Contemporânea. Os historiadores do século XIX, que fizeram a linha divisória da História, imputaram a
este acontecimento o caráter de marco divisor entre a Idade Moderna e a Contemporânea, por conta da radicalização
política que o caracterizou. Para se entender a Revolução Francesa é necessário conhecer um pouco da situação
econômica e social da França do século XVIII.
Até o século XVIII, a França era um estado em que vigia o modelo do absolutismo monárquico. O então rei
francês, Luís XVI, personificava o Estado, reunindo em sua pessoa os poderes legislativo, executivo e judiciário. Os
franceses então não eram cidadãos de um Estado Democrático Constitucional, como hoje é comum em todo o mundo
ocidental, mas eram súditos do rei. O rei personificava o Estado.
Dentro da estrutura do Estado Absolutista, havia três diferentes estados nos quais a população se enquadrava: o
primeiro estado era representado pelos bispos do Alto Clero; o segundo estado tinha como representantes a nobreza, ou
a aristocracia francesa – que desempenhava funções militares (nobreza de espada) ou funções jurídicas (nobreza de
toga); o terceiro estado, por sua vez, era representado pela burguesia, que se dividia entre membros do Baixo Clero,
comerciantes, banqueiros, empresários, os sans-cullotes (“sem calções”), trabalhadores urbanos, e os camponeses,
totalizando cerca de 97% da população.
Os membros do terceiro estado (muitos deles influenciados pelo pensamento iluminista e pelos panfletos que
propagavam as ideias de liberdade e igualdade, disseminados entre a população) passaram a ser os mais afetados pela
crise. No fim da década de 1780, a burguesia, os trabalhadores urbanos e os camponeses começaram a exigir uma
resposta do rei e da Corte à crise que os afetava, bem como passaram a reivindicar direitos mais amplos e maior
representação dentro da estrutura política francesa.
Em julho de 1788, houve a convocação dos Estados Gerais, isto é, uma reunião para deliberação sobre
assuntos relacionados à situação política da França. Nessa convocação, o conflito entre os interesses do terceiro estado
e os da nobreza e do Alto Clero, que apoiavam o rei, se acirraram. O rei então estabeleceu a Assembleia dos Estados
Gerais em 5 de maio de 1789, com o objetivo de decidir pelo voto os rumos do país. Entretanto, os votos eram por
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representação de estado. Sendo assim, sempre o resultado seria dois votos contra um, ou seja: primeiro e segundo
estados contra o terceiro. Fato que despertou a indignação de burgueses e trabalhadores.
A burguesia, que liderava o terceiro estado, propôs em 10 de junho uma Assembleia Nacional, isto é, uma
assembleia para se formular uma nova constituição para a França. Essa proposta não obteve resposta por parte do rei,
da nobreza e do Alto Clero. Em 17 de junho, burgueses, trabalhadores e demais membros do terceiro estado se
declararam em reunião para formulação de uma constituição, mesmo sem a resposta do primeiro e do segundo estado.
Ao mesmo tempo, começava um levante popular em Paris e outro entre os camponeses. A Revolução se iniciou.
Em 14 de julho de 1789, a massa de populares tomou a Bastilha, a prisão que era símbolo do Antigo Regime e,
em 4 de agosto, a Assembleia Nacional instituiu uma série de decretos que, dentre outras coisas, cortava os privilégios
da nobreza, como a isenção de impostos e o monopólio sobre terras cultiváveis. A Assembleia institui a Declaração de
Direitos do Homem e do Cidadão, que reivindicava a condição de cidadãos aos franceses e não mais de súditos do rei.
Em setembro de 1791 foi promulgada a nova constituição francesa, assegurando a cidadania para todos e pressionando
o monarca Luís XVI a aceitar os seus critérios. Essa constituição previa ainda a igualdade de todos perante a lei, o voto
censitário, a confiscação das terras eclesiásticas, o fim do dízimo, a constituição civil do clero, detre outros pontos. A
partir deste momento, a França revolucionária esboçou o seu primeiro tipo de novo governo, a Monarquia Constitucional,
que durou de 1791 a 1792.
A ala mais radical da Revolução, os jacobinos (que haviam participado da Assembleia Constituinte, sentando-se
à esquerda do plenário e opondo-se aos girondinos que se posicionavam à direita), defendiam uma ampliação da
perspectiva revolucionária, cuja proposta era não se submeter às decisões da alta burguesia, que se articulava com a
nobreza e o monarca. Os jacobinos queriam radicalizar a pressão contra os nobres e o clero, e instituir uma República
Revolucionária, sem nenhum resquício da Monarquia.
Prevendo a ameaça que vinha dos rumos que a Revolução tomava, o rei Luís XVI articulou um levante
contrarrevolucionário com o apoio das monarquia austríaca e prussiana. Em 1792, a Áustria invadiu a França e essa
declarou guerra àquela. A população parisiense, após saber dos planos do rei, invadiu o palácio real de Tulleries e
prendeu o rei e sua família. O Rei e sua esposa, Maria Antonieta, tiveram suas cabeças decepadas pela guilhotina em
1793 e a Monarquia Constitucional chegou ao seu fim no mesmo ano.
Fontes:
http://www.historiabrasileira.com/
http://www.brasilescola.com
http://www.suapesquisa.com
http://guiadoestudante.abril.com.br
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