Curso Odontologia na Estratégia da Saúde da

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Curso Odontologia na
Estratégia da Saúde da
Família
CursosOnlineSP.com.br
Carga horária: 55hs
Conteúdo Programático:
Sistema Único de Saúde - SUS
Estratégia Saúde da Família
Organização da Saúde Bucal na Atenção Básica
Monitoramento e Avaliação
Indicadores de Saúde Bucal
Processo de Trabalho em Equipe
Organização da Demanda
Campo da Atenção na Saúde Bucal
Doenças Bucais e seus Fatores
Doenças e Agravos mais Comuns
Cáries Dentárias
Doenças Periodontais
Câncer Bucal
Traumatismos Dentários
Fluorose Dentária
Edentulismo
Má oclusão
Atenção à Saúde Bucal nas Etapas da Vida
Do nascimento até 2 anos
Dos 2 aos 9 anos
Dos 10 aos 19 anos
Dos 20 aos 59 anos
Acima dos 60 anos
Gestante
Portadores de Necessidades Especiais
Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs)
Bibliografia
Sistema Único de Saúde – SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um sistema brasileiro de
saúde pública, considerado como um dos maiores do mundo, a
partir de 1988 tornou-se responsabilidade do Estado pela
Constituição Federal Brasileira.
Esse sistema presta serviços de saúde gratuitos a todos os
cidadãos brasileiros. Fazendo todos os tipos de atendimento
necessários aos enfermos, tais como, atendimento ambulatorial,
exames, cirurgias, transplantes, entre outros.
O Sistema Único de Saúde também dispõe de equipes de
saúde para, junto à população, disponibilizar informações
referentes à vacinação e prevenção de surtos, efetuando
fiscalizações, tais como: vigilância sanitária, fiscalização de
registros de remédios e alimentos.
Atenção Básica
Desde quando surgiu o conceito de Atenção Primária em
Saúde (APS), na Declaração de Alma-Ata (formulada na
Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, em
1978) ele tem sofrido diversas interpretações.
No Brasil, o Ministério da Saúde tem denominado Atenção
Primária como Atenção Básica. Essa definição refere-se a um
grupo de ações relacionadas ao primeiro nível de atenção dos
sistemas de saúde, focadas na:
• Promoção da saúde.
• Prevenção de agravos.
• Diagnóstico.
• Tratamento.
• Reabilitação.
• Manutenção da saúde.
O conceito da Atenção Primária ou Atenção Básica pode ser
melhor explicado a partir da ciência de suas características
próprias: o primeiro contato, a longitudinalidade a integralidade ou
abrangência e a coordenação
- Primeiro Contato: refere-se à acessibilidade e ao uso de
serviços para todo novo problema para quem procura por
atendimento médico.
É a possibilidade do acesso, levando em conta a estrutura
disponível, no sentido da existência de barreiras. Uma forma de
facilitar o primeiro contato é o atendimento existir próximo à
residência do usuário.
- Longitudinalidade : é receber com regularidade o
atendimento e o cuidado da equipe de saúde, logo construir um
ambiente de relação recíproca e humanizada entre a equipe de
saúde, indivíduos e família.
Pode ser entendida como a relação entre o usuário e o
profissional de saúde, e a continuidade enquanto oferta regular dos
serviços.
- Abrangência : se refere às ações planejadas para um
determinado serviço e de que maneira se adequar às necessidades
da população.
Nesse contexto, é preciso esclarecer que as equipes de
saúde devem achar o equilíbrio entre o atendimento clínico
individual e as iniciativas coletivas que objetivam a prevenção.
- Coordenação: está relacionada à possibilidade do serviço
oferecer a continuidade do atendimento, a manutenção do usuário
no sistema ou possibilitar encaminhamento a diferentes níveis de
atendimento quando houver necessidade.
Surgem mais três aspectos a partir desses princípios ordenadores:
• A centralização na família.
• A competência cultural.
• A orientação comunitária.
A centralização na família indica conhecer os integrantes
e os problemas de saúde de um grupo familiar, de forma a e
conhecer a família como um espaço singular.
A competência cultural remete a capacidade de
reconhecer a diversidade de características e necessidades
específicas de diferentes populações, que podem estar afastadas
dos serviços pelas suas distinções culturais como as diferenças
étnicas e raciais, entre outras.
A orientação comunitária relaciona-se a compreensão de que
as necessidades estão ligadas ao contexto social, e que o
reconhecimento dessas necessidades pressupõe o conhecimento
do contexto físico, econômico e cultural.
A Atenção Básica vê o indivíduo levando em conta:
• sua singularidade;
• sua complexidade;
• sua integralidade;
• sua inserção sociocultural.
Levando em conta esses aspectos, a Atenção Básica
procura promover a saúde, prevenindo e tratando doenças; além de
buscar reduzir danos e sofrimentos que possam causar
comprometimento as possibilidades de viver de maneira saudável.
A Atenção Básica tem por fundamentos:
• Disponibilizar serviços de saúde de qualidade a toda população,
sem distinções. E descentralizar o sistema tornando gestor do
sistema o executivo municipal.
• Integrar os serviços de prevenção com o intuito de evitar que se
agravem, utilizando o controle sanitário, viabilizar os
tratamentos, promovendo trabalhos em equipe.
• Promover a união de esforços entre os profissionais de saúde e a
comunidade de modo a desenvolver a continuidade das ações de
saúde.
• Estimular os profissionais da saúde e acompanhá-los em seu
processo de formação.
• Elaborar acompanhamento de resultados, com o intuito de
verificar as metas atingidas.
• Incentivar a população a participar de projetos sociais.
A efetivação da Atenção Básica tem como aspecto
fundamental a promoção de saúde através de uma estratégia
que busca melhorar a qualidade de vida, reduzindo situações
vulneráveis que trazem riscos à saúde, a partir da construção de
políticas públicas saudáveis que levem a população a uma situação
de bem-estar.
Estratégia Saúde da Família
A Estratégia Saúde da Família é um projeto iniciado em 1994
pelo Governo Federal que visa à reorganização da Atenção Básica
no país, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde.
Além dos princípios gerais da Atenção Básica, a Estratégia
Saúde da Família deve:
• Substituir a rede de Atenção Básica tradicional nos locais
onde operam, integrando a comunidade e trabalhando em
conjunto no cadastramento familiar.
• Ter uma postura de liderança em relação às informações na
prevenção de doenças comuns a população, promovendo ações de
inclusão à cidadania.
• Intermediar a união entre a comunidade local e instituições sociais
utilizando como base o diagnóstico situacional e adequado à
família.
De maneira geral a saúde bucal sempre foi tratada de forma
isolada, sem seguir os padrões de organização de outros serviços
de saúde do SUS.
No momento atual, esse quadro é sempre alterado, buscando
integrar a saúde bucal aos serviços de saúde em geral. Em janeiro
de 2004, o Ministério da Saúde elaborou o documento “Diretrizes da
Política Nacional de Saúde Bucal”.
Esta nova organização busca inserir a saúde bucal, como um
de seus programas assistências, ajudando não só aos doentes,
como também promovendo o bem estar da família.
Destacando-se o cuidado como ponto principal na
reestruturação desse modelo, humanizando as relações entre os
programas de saúde e a comunidade, assumindo um papel de
coadjuvante nos serviços.
Atuar em programas pontuais direcionados ao cuidado de
crianças, adolescentes, adultos e idosos, bem como em programas
complementares e específicos, tais como saúde da mulher, saúde
do trabalho, programa de apoio a pessoas com necessidades
especiais, etc.
Organização da Saúde Bucal na Atenção Básica
Na organização das ações e serviços de saúde, o
planejamento permite entender quais são os mais relevantes
problemas e necessidades de uma determinada população.
Possibilita analisar esses problemas, assim como procura
criar propostas com condições de oferecer soluções levando a um
plano de ação.
O sucesso do planejamento está diretamente relacionado ao
comportamento dos profissionais, lideres e representantes da
comunidade.
Não basta entender o “por que” de planejar, é preciso saber
“como” planejar. Isso não é possível de se realizar sozinho, de
forma intuitiva e pouco sistematizada, sem socializar
institucionalmente os projetos elaborados.
O planejamento precisa ser feito em uma linguagem
compreensível a todos, objetivando a parceria em todos os
momentos.
É necessário ressaltar como é importante a utilização da
Epidemiologia no planejamento de atividades de Saúde Bucal. Isso
permite:
• conhecer como se distribuem as principais doenças bucais;
• o monitoramento de riscos;
• a avaliação do impacto das medidas adotadas;
• estimar necessidades de recursos para os programas.
É importante que os agentes de saúde analisem as
necessidades da população para verificar riscos, epidemias e outros
problemas que precisam de atendimentos imediatos.
Porém, esse processo precisa ser acompanhado
utilizando
um sistema de informação que ofereça dados,
produzindo, informações consistentes, que permitam gerar novas
ações.
Estão incluídos no trabalho usual das Equipes Saúde da
Família métodos de reconhecimento do território e da população,
assim como dados a respeito da rotina familiar e social. Essas
informações servem como dados importantíssimos
para
o
planejamento, acompanhamento de ações e à avaliação.
Compõem estes processos:
- analisar o local de atuação, criar mapas da
topografia, condições sociais e situações de risco. Criar e gerenciar
banco de dados, com informações acerca dos pacientes,
identificando potenciais situações
de risco ou vulnerabilidade;
- periodicamente levantar as condições e situações,
visitando a comunidade local, para um acompanhamento mais
próximo e eficaz, repassando informações aos órgãos interligados,
como por exemplo conselhos locais ou municipais, possibilitando a
interação da comunidade.
É necessário que o planejamento seja uma atividade
cotidiana, permanente, capaz de realizar uma releitura da
realidade, garantindo direcionalidade às ações desenvolvidas,
corrigindo rumos, enfrentando imprevistos e caminhando em
direção aos objetivos propostos.
Esta abordagem visa evitar que o planejamento se transforme
em um plano estático, que após ser elaborado não sofre mais
nenhuma atualização ou reorientação.
Parâmetros
Para organizar ações e serviços de saúde é preciso
estabelecer parâmetros que visem promover uma forma de
gerenciamento que busque na efetividade um melhor planejamento,
tornando possível acompanhar e avaliar, e dando às equipes de
saúde uma qualidade distinta em seu processo de trabalho.
É preciso que as secretarias municipais de saúde
estabeleçam parâmetros para acompanhar as ações das equipes
permitindo a avaliação das equipes de saúde bucal e assim, guiar o
método de trabalho.
A extensão da assistência deve ser considerada quando se
definem os parâmetros a partir de objetivos previamente definidos,
tendo como base os recursos disponíveis para o enfrentamento de
problemas.
É importante para facilitar o monitoramento e a avaliação:
• ser estabelecido um número mínimo de procedimentos e
consultas;
• a elaboração de parâmetros e o correto uso dos sistemas
de informação.
Monitoramento e Avaliação
A avaliação tem o objetivo de oferecer suporte ao
processo de tomada de decisão no âmbito do Sistema de
Saúde. Para uma melhor avaliação dos problemas, foram
adotados critérios de averiguação dos serviços a serem
desenvolvidos. Incluindo, para tanto, novas práticas sanitárias
nos serviços de saúde. Compondo então, uma maneira de avaliar a
efetividade das ações de saúde e o nível do serviço de saúde
prestado.
É fundamental utilizar instrumentos de gestão como o
Pacto de Indicadores, o Sistema de Informação da Atenção
Básica (SIAB) e, o Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS
(SIA/SUS) no processo de tomada de decisões.
Os períodos de avaliação feitos pela equipe são de grande
importância para orientar os processos que visam consolidar,
implementar e reformular as práticas.
Sistema de Informação em Saúde é um grupo de métodos de
coleta, processamento e armazenamento de dados, com o objetivo
de produzir e transmitir informações para o processo decisório a
respeito das ações a serem feitas, avaliando seus resultados e as
consequências provocadas na situação de saúde.
SIA/SUS (Sistema de Informação Ambulatorial do SUS )
É um sistema usado em todas as esferas da gestão,
compondo-se em um valioso instrumento de informação a respeito
da rede de serviços e os procedimentos realizados pelas Unidades
de Saúde.
Todos os municípios devem alimentar o SAI/SUS com os
procedimentos em saúde bucal no nível da atenção básica
existentes em sua tabela de procedimentos.
• Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB)
É um sistema de informação da Estratégia Saúde da Família
que permite conhecer as condições da população acompanhada.
Na esfera da Saúde Bucal, deve ser mantido somente pelas
Equipes Saúde Bucal da Estratégia Saúde da Família.
Os lançamentos são os seguintes:
• procedimentos coletivos;
• atividade educativa em grupo;
• visitas domiciliares.
Além destes sistemas de informação, é recomendável
que os municípios criem, de acordo com suas necessidades, outras
ferramentas que permitam uma avaliação mais profunda das
equipes de saúde e que possibilite a discussão dentro dos
parâmetros pré-estabelecidos.
É preciso ter atenção para preencher diariamente de maneira
precisa todos os procedimentos e atividades que foram feitos.
Utilizar diários individuais permite que a equipe de saúde
tenha uma base de dados para avaliar o desempenho de cada
um de seus componentes.
Os mapas de procedimentos não são de uso exclusivo da
coordenação de saúde do município, também devendo ser
utilizados em nível local pelas equipes de saúde na discussão
de estratégias para a resolução dos problemas de saúde da
população, que também participa dessas discussões através dos
conselhos locais de saúde.
• Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de
Saúde (SCNES)
É um sistema de informação de cadastro de:
• estabelecimentos de saúde;
• de profissionais;
• de equipamentos de saúde;
• de Equipes Saúde da Família com ou sem Equipes
Saúde Bucal.
É utilizado pelo Ministério da Saúde para o início e
manutenção do repasse dos incentivos financeiros da Estratégia
Saúde da Família – Portaria nº 750/GM, de 10 de outubro de 2006.
Indicadores de Saúde Bucal
O Ministério da Saúde através do Pacto de Indicadores da
Atenção Básica definiu para a área de saúde bucal dois indicadores
básicos:
• cobertura de primeira consulta odontológica programática;
•
cobertura
supervisionada
ação
coletiva
de
escovação
dental
Também foram definidos dois indicadores complementares:
• média de procedimentos odontológicos básicos individuais;
• proporção de procedimentos odontológicos especializados
em relação às ações odontológicas individuais.
Estes indicadores servem de ferramenta para monitorar e
avaliar as atuações e serviços de saúde bucal na esfera da atenção
básica no País. A equipe de saúde deve analisar e entender estes
indicadores.
Conforme for preciso, deve-se buscar outros indicadores
buscando melhorar a qualidade dos serviços da atenção básica e
da condição de saúde da população.
Um dos indicadores que devem ser buscados é o que diz
respeito a um determinado número de pessoas que recebem uma
primeira avaliação odontológica, ou primeiro contato com consulta
odontológica.
Também no grupo dos identificadores temos as consultas em
ações coletivas, que tem como foco a educação para uma melhor
saúde bucal.
Além dos anteriores, existe também um indicador que avalia a
média de procedimentos odontológicos realizados por pessoa,
tendo como base os fatores de localização e os socioeconômicos.
Por fim, temos o indicador de procedimentos aplicado às
diversas especialidades odontológicas realizadas pelo Sistema
Único de Saúde (SUS).
Esses indicadores nos dão uma visão geral, e também
específica, dos números e necessidades do programa.
Processo de Trabalho em Equipe
A organização dos serviços de saúde abrange o
atendimento ao usuário nas Unidades Básicas de Saúde e outras
atividades realizadas para a população.
Uma maneira de organizar o trabalho é implantar o
trabalho em equipe, em que os profissionais, de acordo com seus
conhecimentos e com os recursos disponíveis, buscam a melhor
solução que cada problema exige.
Embora formem a equipe de trabalho de uma Unidade Básica
de Saúde, esses profissionais, muitas vezes, não estão prontos e
ou dispostos para atuar de forma integrada. É um grande
desafio
lidar
com
esse ambiente, de possíveis conflitos,
resistências e de disputas.
O programa de Saúde da Família é composto por uma
variedade de profissionais que atendem diversas áreas de
atuação, bem como, um território em determinada comunidade,
que por sua vez é composta por vários grupos familiares, sendo os
últimos o foco do programa.
Construir a interdisciplinaridade é um desafio posto às
Equipes Saúde da Família no processo de trabalho em equipe.
No trabalho em equipe, nenhum integrante do grupo deve sair
da sua área de atuação específica, mas a forma com que se lida
com os problemas é que assume uma nova dimensão. Passam a
ser uma responsabilidade de todos da equipe:
• conhecer
• compreender
• tratar
• controlar.
No passado, as práticas da Saúde Bucal no Setor Saúde
eram realizadas de maneira distante, sendo restringida à
prática do cirurgião dentista com seu equipamento.
Hoje, as ações de Saúde Bucal pelas Equipes da Família
procuram superar esse modelo antiquado de trabalho.
É preciso que exista um grande esforço de todos os
profissionais para que se construa esse novo modo de
operação, que deve resultar num movimento contínuo de
reflexão sobre as práticas de saúde, numa aproximação entre
os diferentes profissionais da equipe e também dessa equipe com a
comunidade.
Se aproximar do usuário cria a oportunidade de se
conhecer, de maneira mais profunda, os problemas que eles
levam consigo. Assim, busca-se estabelecer uma relação de troca,
permitindo que todos possam ensinar e aprender.
As competências do Cirurgião-Dentista trazem muitos
benefícios aos seus pacientes, algumas dessas competências são:
- Fazer um diagnóstico preciso.
- Avaliar e planejar procedimentos odontológicos, com o intuito
de minimizar possíveis epidemias.
- Receber o paciente, orientar e executar tratamento odontológico.
- Conferir resultados dos exames e propor soluções e tratamentos.
- Orientar os pacientes sobre saúde bocal, tais como, higiene
necessária para a prevenção de cárie dental e doenças
periodontais.
- Realizar atendimentos de urgência odontológica, como cirurgias.
- Desenvolver relatórios e laudos técnicos específicos.
- Trabalhar seguindo as normas de segurança, qualidade,
produtividade, higiene e preservação ambiental.
- Desenvolver tarefas necessárias à área de atuação, utilizando-se
de equipamentos e programas de informática.
- Desenvolver tarefas indispensáveis ao exercício da função, tais
como a divulgação à prevenção.
- Vistoriar os equipamentos e insumos necessários para o
atendimento.
O técnico em higiene dental têm, por sua vez, algumas
competências, tais como:
• Manter os equipamentos odontológicos em bom estado de
conservação e realizar manutenções.
• Promover acompanhamento próximo à população para
levantar possíveis problemas e muitas vezes evitá-los, e auxiliar nas
dúvidas.
• Ajudar os companheiros de consultório e agente de saúde
nos programas de prevenção a saúde bucal.
• Verificar a disponibilização de equipamentos e insumos para
os atendimentos.
Por sua vez, o auxiliar de consultório dentário possuem
algumas competências, como podemos verificar a seguir:
• Elaborar campanhas para educação e divulgação de atendimento
a saúde bucal.
•
Efetuar a limpeza e esterilização
utilizados na consulta e cirurgia.
dos
equipamentos
• Fazer reserva e organização de material a ser usado pelo
profissional de saúde.
• Auxiliar o cirurgião com a manipulação dos equipamentos
necessários para a execução da cirurgia.
• Analisar os equipamentos e quando necessário enviá-los à
manutenção dos mesmos, e conservá-lo de forma eficaz para evitar
o excesso de gastos com a substituição.
• Fazer o agendamento de consultas clínicas.
• Interagir com a população de forma a aproximar-se dando auxilio e
analisando possíveis problemas.
Organização da Demanda
É um dos grandes problemas que aflige os serviços de saúde
bucal, principalmente nas atividades assistenciais.
Essa questão deve ser bastante discutida entre usuários e
funcionários, pois todas as pessoas que fazem parte dessa
rede de atendimento tem direito a ela, que se resume em toda a
população.
É necessária uma organização para evitarmos esses
tipos de problemas, pois se bem organizado, o atendimento pode
ser mais eficaz.
Todo o tipo de educação é de grande valia a população, ou
seja, fazendo a educação à saúde, com campanhas preventivas de
doenças, e atendimento clínico, podemos diminuir o agravamento
de estado clínico dos pacientes.
O planejamento integrado das atividades e sua organização é
uma forma importante para o fortalecimento da equipe. Estas
atividades devem estar integradas às demais realizadas na
unidade de saúde, e os profissionais habilitados
para agir de
maneira multiprofissional e interdisciplinar.
Garantir Acesso á Demanda Espontânea. A organização
dos serviços de saúde bucal deve ser feita de modo a atender
casos de urgência e responder às necessidades da população.
É preciso que a equipe de saúde desenvolva modos
apropriados de receber as diferentes formas com que a população
procura os serviços de saúde, respeitando a particularidade do caso
de cada indivíduo.
O acolhimento pode permitir a expansão do acesso aos
serviços de saúde, e para adequar a forma de se trabalhar em
direção a sanar as necessidades da população.
Isso quer dizer que a unidade de saúde deve ter seu acesso
mudado, de modo a romper qualquer obstáculo que dificulte o
acesso dos usuários. Esses obstáculos podem ser o cartaz
definindo o número de consultas disponíveis, fichas e triagem.
Não basta garantir o acesso, é preciso reorganizar e qualificar
os profissionais na recepção. Eles devem apenas oferecer direções
ao usuário no serviço, já que a decisão sobre o seu ingresso na
assistência é da equipe.
A ordem de chegada não deve ser o principal critério
para o atendimento dos casos, mas a sua gravidade ou o
sofrimento do paciente. O que se prioriza é o atendimento a
qualquer urgência.
O acolhimento compõe-se em uma forma de atendimento
que deve ser realizado em todos os lugares e momentos, não
apenas se limitando a identificar a situações de risco ou de
urgências.
Isso é diferente de triagem. Triagem é uma forma de separar
quem poderá e quem não poderá ser atendido, de acordo com que
o serviço tem para oferecer, e não considerando as necessidades
dos usuários.
Na triagem podemos avaliar de forma eficiente os casos de
maior risco, dando prioridade ao seu atendimento.
Essa prioridade dá-se a pessoas que necessitem de
atendimento especial e continuo, para evitar que o caso desses
usuários se agrave ainda mais.
Cabe às equipes, juntamente com a comunidade,
considerando as condições sociais, definir a estratégia e os grupos
que tem prioridade para atenção em saúde bucal programada.
Para determinar que a pessoa ou família faça parte do grupo
de prioridade é necessária uma avaliação de um profissional
de saúde qualificado para analisar os riscos e possíveis agravos.
O uso deste critério não quer dizer que as pessoas que
não se encontram no grupo prioritário não receberão atendimento.
Os protocolos técnicos podem contribuir para a definição de
prioridades.
A definição deste grupo deve levar em conta as necessidades
da população a partir de critérios epidemiológicos das áreas de
atendimento das unidades de saúde, devendo ser debatida com a
população.
Há vários procedimentos a serem realizados para controlar
patologias e evitar possíveis epidemias, como o acompanhamento
do paciente.
O acompanhamento deve acontecer em pacientes que já
finalizaram seus tratamentos, com o intuito de manter o serviço
realizado, e auxiliando-o a criar hábitos saudáveis, evitando novos
problemas.
O atendimento domiciliar do programa Saúde da Família
que é realizado pelo agente de saúde, tem entre seus
principais focos o cadastramento de famílias, com visitas
realizadas mensalmente para a atualização e acompanhamento
dos indivíduos do grupo familiar.
A definição das prioridades e objetivos no que concerne a
atuação dos agentes de saúde, bem como, as visitas familiares tem
como objetivo melhor direcionamento e organização das ações de
assistência social.
Os fatores territoriais como, por exemplo, a localização das
unidades básicas e sua definição permite a realização das visitas
domiciliares e
comunidade.
de
um
atendimento
melhor
direcionado
à
As ações de atendimento multidisciplinar e domiciliar recebe o
nome de Atenção Domiciliar e é realizada por uma equipe no
domicílio a partir de um diagnóstico da situação corrente e de suas
condições e limitações.
As equipes compostas pelos agentes de saúde da família
tem a atribuição de promover ações de prevenção direcionadas à
comunidade, identificando e diagnosticando para poder empregar
efetivamente um melhor diagnóstico e também um melhor
tratamento.
A reabilitação é desenvolvida de maneira a favorecer o
desenvolvimento e adaptação, buscando sempre melhorar a
autonomia e independência do cidadão.
Ainda no que se refere à atenção domiciliar, podemos elencar
outras duas modalidades específicas que são respectivamente
a assistência domiciliar que é uma modalidade de assistência que
compreende o processo das equipes de atendimento domiciliar
constantes deste nível de atenção, de outro lado à internação
domiciliar.
O objetivo da atenção domiciliar é responder as necessidades
da população com perdas funcionais e a elaboração de atividades
referentes à vida diária das pessoas.
A equipe operacional deve executar suas ações sempre
antecipadas por um planejamento estrategicamente construído
levando em consideração o usuário-família, além de, considerar as
atribuições inerentes a cada um dos membros que compõem a
equipe.
Visando o pleno atendimento da assistência domiciliar e
também, assegurando que as necessidades do usuário-família
sejam atendidas exige- se que a equipe crie um sistema que
englobe planejamento de ações que se integre a comunidade e
seja executado de maneira dinâmica, ou seja, acompanhando
as mudanças na medida em que elas ocorrem e adaptando as
ações coordenadas a realidade do usuário.
A participação efetiva no processo de atendimento é uma
recomendação feita às famílias participantes, visando também uma
melhor distribuição das equipes de trabalho.
Para marcar uma visita em domicilio, devemos verificar a
complexidade da necessidade do usuário, pois esse agendamento
deve ser realizado pelo agente de saúde e envolve uma equipe de
atendimento e especialistas.
Em casos mais graves a equipe deve direcionar o usuário a
hospitais e centros odontológicos, pois só neles há equipamentos
para o atendimento.
Campo da Atenção na Saúde Bucal
Quando falamos de saúde bucal, estamos nos referindo a
algo que vai além dos tratamentos dentários, pois a saúde bucal
interfere diretamente na saúde do indivíduo.
As equipes de saúde bucal tem que analisar os problemas
bucais para evitar um problema que possa agravar e tornar algo
mais complexo. Pois se deixar, por exemplo, que um problema
dentário fique muito grave pode se tronar uma infecção.
Portanto, é necessário que as equipes de saúde sejam
devidamente treinadas para avaliar qualquer tipo de risco, de
preferência na prevenção de problemas.
Com a necessidade de um planejamento mais eficaz, buscase que as equipes de saúde bucal e as equipes de saúde da
família façam parcerias, que atuem nos setores que apresentam as
maiores deficiências e que visem ações coletivas para o
desenvolvimento de ambientes saudáveis.
Com essa união próxima a comunidade as equipes de saúde
bucal podem criar ambientes de educação a população,
promovendo palestras que auxiliam na prevenção, com mudanças
de atitudes culturalmente danosas.
O incentivo a sociedade de criar hábitos saudáveis, tais
como: alimentação balanceada e saneamento básico, auxiliam a
criação de cidadãos com menos problemas de saúde.
Toda campanha que vise o desenvolvimento social ajuda o
indivíduo a controlar suas vidas de forma autônoma.
Educação na Saúde Bucal
Quando nos referimos à saúde bucal pensamos em
processos necessários a evitar doenças começando com mudanças
de hábitos.
Maus hábitos são comuns na vida das pessoas, e a equipe de
saúde bucal visa auxiliá-los com campanhas educativas para
ensinar os cidadãos a criar um novo modo de vida.
Os agentes fazem campanhas com a finalidade de ensinar a
devida higienização bucal, tais como, devida escovação e também
o incentivo do uso de fio dental.
As pessoas são orientadas sobre a necessidade do
autocuidado, recebem informações sobre as principais doenças que
ocorrem na região bucal, e também a forma de evitá-las e tratá-las,
como segue:
• Orientação para uma melhor alimentação e dieta
saudável;
• Cuidados emergenciais após um trauma dentário,
bem como a prevenção ao álcool, fumo e exposição solar, também
são fatores que devem ser informados.
As Ações educativas devem ser sempre planejadas, devem
levar em conta principalmente informações relevantes aos fatores
de risco comum e do ciclo de vida.
As ações educativas são atribuídas aos membros de uma
equipe de saúde bucal, porém todos os profissionais de saúde, tais
como os auxiliares, podem e devem contribuir na condução dos
trabalhos em grupo. De modo a desenvolver ações educativas,
práticas ou teóricas e melhor difundi-las na comunidade.
Os agentes comunitários tem uma função primordial no
programa, que é a divulgação das informações inerentes à saúde
bucal, desse modo eles devem atualizar sua equipe com
informações relevantes, bem como planejamento de boas práticas
de atuação. Sendo indispensável à presença de um cirurgião
dentista, principalmente no tocante ao conteúdo técnico específico.
Como medida organizacional de extrema importância,
devem ser revisadas todas as práticas pedagógicas, de modo
a esclarecer pontos obscuros no decorrer dos trabalhos. As
revisões ou checklist devem ser constantes nos processos
educacionais, principalmente quando da abordagem de temas de
importância elevada, bem como na abordagem para educação de
adultos e jovens.
As ações educacionais precisam levar em conta os fatores
geográficos, sociais e culturais buscando sempre contextualizar
com o meio em que é aplicado. Entre vários fatores a serem
considerados, podemos elencar alguns relevantes:
• Respeito à cultura local, lembrando que mesmo
dentro de um município, podemos ter culturas contrastantes em
diversos aspectos;
• Interação com a linguagem local, mesmo não utilizando a
mesma e nunca repreender um interlocutor, utilizar de linguagem
compreensível;
• Ética pode ser uma palavra com entendimento amplo,
porém é necessária na interação como a comunidade;
• Além da interação é interessante contextualizar com a
comunidade,
se inteirar acerca de suas necessidades e
condições de trabalho, bem como buscar sempre melhorar a
imersão junto à comunidade;
• Promover junto à comunidade um censo de auto
percepção acerca da saúde bucal;
• Adequar os processos de aprendizagem aos diversos
grupos que compõem uma comunidade, como também direcionar
uma linguagem adequada a cada cidadão em educacionais e
socioeconômicos;
• Reflexão, o agente de saúde deve capacitar e promover a
reflexão sobre temas relativos à higiene e saúde.
Outro ponto relevante são as ações coletivas, pois
proporcionam a oportunidade de divulgar informações a um maior
número de pessoas de uma única vez, devendo, porém respeitar os
enfoques do programa no que diz respeito a alguns temas. São
eles:
• Geografia e população. As atividades educacionais
podem ser voltadas para a população como um todo ou para
uma parcela específica. Desse modo, quando direcionada ao todo
deve conter
informações genéricas, inerente a toda a
população, tais como:
tabagismo, alcoolismo, exposição ao
sol, entre outras. Quando direcionada a uma parcela específica
deve-se avaliar a população em questão e direcionar temas e
situações que contextualizem.
• A definição de grupos e áreas de atuação também
devem ser trabalhadas. Deve-se, portanto, estabelecer critérios de
risco, avaliar
as possibilidades de atuação adequando-as aos
recursos disponíveis.
•
Concomitantemente devem ser definidos grupos
operativos distribuídos por unidade de saúde, com a finalidade de
integração e democratização do conhecimento. Nesses grupos são
trabalhados, ainda que minimamente, a causalidade dos
agravos, bem como técnicas de prevenção e educação.
• Entre fatores considerados de extrema importância, está
a inclusão da
família nas atividades educacionais, sendo dever
do agente identificar grupos de risco.
•
Estabelecer critérios de risco ou identificar fatores
determinantes do processo saúde doença.
• Além do atendimento familiar o agente deve realizar o
atendimento de forma
particularizada
para
atender
as
necessidades. Quando julgar necessário, preparar o indivíduo para
uma autonomia no cuidado.
As ações educativas coletivas podem e devem preparar
cada indivíduo para o autocuidado, dando informações relevantes
como é o caso da explicação correta da assepsia dos dentes como
segue:
O jeito certo de limpar os dentes
l' Passo- Escove o lado dos dentes voltado para a bochecha
pressionando suavemente a escova da gengiva até a ponta dos
dentes. Depois escove o lado de dentro dos dentes do mesmo jeito
faça isso em todos os dentes superiores e inferiores, sem esquecer
nenhum. Escove também a parte de trás dos últimos dentes.
2• Passo - Escove a superfície do dente que usamos para mastigar.
O movimento é suave, de vai e vem e deve alcançar todos os
dentes, superiores e inferiores. A escova deve ir até os últimos
entes lá no fundo da boca.
3• Passo – A inda não acabou. Escovar a língua é muito limpo,
tente, pois ela acumula restos. alimentares e bactérias que
provocam mau hálito. Faça movimentos cuidadosos com a escova
"varrendo" a língua da parte interna até a ponta.
4• Passo- Passe o fio ou fita dental entre todos os dentes devagar
para não machucar a gengiva. Depois que o fio passar pelo ponto
mais apertado entre os dentes, leve-o até o espaço existente entre
a gengiva e o dente e pressione-o sobre o dente, puxando a sujeira
até a ponta do dente. Primeiro de um lado, depois do outro.
Conceitos de promoção à saúde
Os conceitos de promoção à saúde englobam o campo
político e utiliza métodos de analise e atuação, para definir as
condições sociais inerentes à qualidade de vida e também a saúde
das pessoas.
Esses métodos são pautados pelas resoluções ocorridas na
primeira conferência da ONU datada do ano de 1986, a partir da
qual, começaram a se difundir os conceitos básicos acerca de
saúde coletiva, bem como firmaram compromissos e metas para
os planos de atendimento a saúde coletiva.
Algumas das definições da mencionada convenção
realizada na cidade de Otawa em 1986 buscam, entre outras
coisas:
• Desenvolver na população, ambiente salutar, ou seja, que o
ambiente proporcione saúde ao cidadão, criando métodos de
identificação das condições elementares de saúde;
• Avaliar os demais setores de saúde,
construir políticas de saúde complementar;
buscando
sempre
• Promover estratégias de saúde comunitária, utilizando meios
de comunicação de massa;
• Estimular no cidadão o desenvolvimento pessoal e social
permitindo aos próprios indivíduos desenvolverem ações de saúde
entre seus pares;
• Reorganizar os serviços de saúde, atribuir metas de atuação e
acima de tudo buscar igualdade no trabalho clínico curativo.
Em termos gerais, a saúde de forma individualizada
ultrapassa as atribuições do setor de saúde. Portanto, o foco das
ações de saúde é a população de forma ampla e genérica,
devendo esta, sempre buscar minimizar as desigualdades sociais.
De maneira geral, deve-se avaliar os fatores ocasionadores
de risco comum, e trabalhar na intenção de obter resultados que
desenvolvam toda a comunidade, identificando e propondo
soluções
para os
agravos
mais comum à determinada
comunidade.
Desse modo, doenças comuns a toda sociedade como, por
exemplo, o diabetes, a cárie dentária e a obesidade tem como
fator comum a alimentação, devendo ser esse o fator de risco a
ser trabalhado.
Existe hoje em dia um novo modelo voltado para as questões
da saúde familiar que tem por base alguns fatores importantes, tais
como:
• A assimilação das pessoas, sobre as questões de saúde e
qualidade de vida;
• A adequação das questões de saúde a várias realidades
sociais econômicas e culturais, promovendo uma melhor
adaptação aos vários grupos que formam a população brasileira;
• Identificação de territórios, pautado não somente por fatores
de localização, como também levando em conta a similaridade
cultural e socioeconômica de uma população alocada em
determinada região.
Sendo assim, a política nacional de saúde estabelece
diretrizes para o planejamento e execução das ações de saúde,
pautado em alguns princípios, como segue:
• Empregar como princípio básico e fundamental a busca da
igualdade social na melhoria da saúde e qualidade de vida;
• Promover a interação dos vários setores sociais e de saúde
com a finalidade de possibilitar a criação e desenvolvimento pleno
das ações de saúde;
• Criar laços com a comunidade, educando e fortalecendo a
interação social, visando conscientizar e obter maior propagação
das informações;
• Utilizar novas técnicas de gestão organizacional, adotando
práticas menos hierárquicas, que possam utilizar como reunião de
esforços, tanto os profissionais de saúde como criação de redes
de cooperação com a sociedade;
• Promover a pesquisa e o desenvolvimento de novas
técnicas
de promoção á saúde, estabelecendo cenários de
aplicação
mapeamento de risco e eficácia das soluções
empregadas;
• Manter informados os profissionais de saúde e usuários do
sistema de saúde, acerca das iniciativas e ações existentes, bem
como exteriorizar essas informações à comunidade.
Ações efetivas ou assistenciais
As ações de assistência à saúde consistem em intervenções,
que podem ser executadas isoladamente, ou seja, a um indivíduo
ou em grupo, tendo como característica o fato de confrontarem os
problemas de saúde que atingem a população de modo geral.
As ações assistenciais devem, então, ser organizadas de
forma abrangente, de modo a atender as necessidades comuns e
individuais, bem como sua demanda.
Doenças Bucais e seus Fatores
Nesta unidade iremos abordar os agravos e doenças bucais,
bem como os fatores que os ocasionam.
Entre os temas principais, iremos abordar a cárie, doenças e
traumas, fatores de risco e também suas consequências à saúde
bucal.
Doenças e Agravos mais Comuns
As doenças mais prevalecentes em determinada comunidade,
são de modo geral, o foco da assistência prestada pelo serviço de
atenção Básica.
Alguns dos agravos são encontrados na comunidade de um
modo geral, devendo ser averiguados suas origens e ao mesmo
tempo traçados planos de ação de combate.
Dentre as doenças prevalecentes na sociedade atual,
podemos citar algumas das quais são mais recorrentes e devem,
portanto, receber mais atenção do serviço de saúde, são elas:
• Cárie;
• Doenças do periodonto;
• Câncer bucal;
• Traumas
Por serem fatos mais recorrentes, devem ser melhor
analisados e seus fatores definidos buscando encontrar soluções
que possam ser aplicadas em grupo. Proporcionando, desse
modo, uma maior difusão dos cuidados da saúde bucal.
É atribuição das equipes de saúde, executar ações
preventivas e reparatórias na comunidade local proporcionando
uma melhora na saúde bucal.
Sendo a higiene bucal fator preponderante para a prevenção
das doenças bucais acima citadas, torna se também atribuição dos
agentes de saúde à divulgação de informações, bem como
palestras e demonstrações dos cuidados que devem ser tonados
com a higiene bucal.
Cáries Dentárias
O que são Cáries Dentárias?
Cáries dentárias são fissuras no dente decorrentes da
aparição de bactérias, a criação de placas e tártaro que combinados
com os ácidos da boca deterioram os dentes.
Os dentes possuem uma camada dura em seu exterior
que é chamada de esmalte, essa camada protege o dente evitando
o contato de alimentos e outros itens em seu interior.
Se o esmalte do dente desaparecer, o dente ficará exposto à
ação das bactérias, causando facilmente a criação das cáries.
A parte do dente abaixo do esmalte é macia, onde contém os
nervos e vasos sanguíneos. Quando a cárie chega a essa
região, o paciente começa a sentir dor.
As cáries acontecem, na maioria das vezes, em crianças e
adultos devido à falta da higiene bucal. Essa má higienização
bucal facilita a proliferação de bactérias.
Geralmente, a cárie em seu processo inicial, não apresenta
sintomas para a pessoa afetada, a não ser nos casos mais graves
quando a região do dente já está mais contaminada pela cárie.
Quando a cárie chega ao nervo do dente, ou em sua raiz, ela
pode ocasionar vários tipos de sintomas, sendo a dor o mais
comum.
Em casos que a pessoa não trata a cárie, o problema pode se
agravar evoluindo a um abscesso no dente, que é uma
doença mais grave e dolorosa.
Quando não tratada, a cárie deixa um buraco no dente,
deixando os nervos, vasos sanguíneos e até mesmo a raiz do dente
expostos a germes e bactérias, podendo assim, infeccionar o dente,
levando-o a doenças mais graves e até mesmo a perda do dente.
Cáries dentárias são comuns a grande parte da população,
mas não é um problema que necessite de tratamento de
emergência, a não ser em casos mais graves, que o paciente
estiver sentindo dor.
Normalmente, é possível a prevenção desta doença através
de bons hábitos de higiene, como é o caso da escovação diária.
Sintomas
Como informamos anteriormente, as cáries dentárias não
apresentam sintomas em seu início.
Os sintomas aparecem quando o grau de prejuízo do dente já
está bem abalado. Nesses casos, a pessoa afetada pode sentir
sensibilidades a alguns tipos de alimentos e dores.
É comum que pessoas que possuem cáries que já afetaram
boa parte do dente sintam sensibilidades ao comerem alimentos
doces, quentes, frios e até ao tomarem líquidos.
O que causa a Cárie Dentária?
Em nossa boca há ácidos e bactérias que auxiliam na
decomposição dos alimentos que agem junto à mastigação. A
principal bactéria que cria a cárie é a Streptococus Mutans.
A má higienização bucal é a principal causa da aparição de
cáries dentárias, pois auxilia na proliferação de bactérias
existentes na boca, possibilitando sua ação.
E quando não é realizada a higienização da boca após a
alimentação, as bactérias, junto com os restos de comida, criam
uma camada que é chamada de placa.
Essas placas bacterianas não removidas
devidamente
através da escovação e do uso do fio dental pode endurecer sobre
o dente, e passa a ser chamado de Tártaro.
O tártaro e a placa bacteriana, junto com as bactérias e ácidos
que contém na boca desgastam o esmalte do dente, deixando-o
suscetível a criação de buracos, que são as cáries.
Normalmente as cáries começam com pequenos buracos na
superfície do dente, mais quanto mais tempo esses buracos
ficarem expostos a germes e bactérias.
Sem o tratamento das
mais profundos, podendo
Quando as cáries atingem
profundas, podem chegar
mesmo a raiz do dente.
cáries, elas podem se tornar maiores e
vir a virar doenças mais graves.
muitas partes do dente, ou partes mais
aos nervos, vasos sanguíneos e até
Tratamento
O tratamento da cárie dentária é efetuado por profissionais da
área de odontologia, chamados de dentistas.
O tempo e tipo de tratamento variam de acordo com o
nível da infecção causada pela cárie.
O tratamento da cárie começa com a extração da mesma da
região do dente, com o uso de brocas dentárias. O dentista lixa a
região até retirar todo o conteúdo afetado.
Muitas vezes, quando detectadas no início as cáries
podem ser extraídas de forma simples, bastando apenas retirá-las
com o uso da brocha de lixamento, não necessitando cobri-las com
outras substâncias.
Infelizmente, na maioria dos casos, quando detectadas, as
cáries já estão mais avançadas no processo de deterioração do
dente.
Quando mais profundas, as cáries necessitam ser retiradas,
com o lixamento, mais deixam um grande buraco que necessitam
ser limpos e tampados.
Os dentistas preenchem o dente com uma substância que
impedem a entrada de micro-organismos na polpa do dente (parte
interna do dente), conhecidas também como restauração.
Restauração
O que é restauração?
A restauração é o preenchimento do dente com substâncias
adequadas para a reestruturação do dente, de forma a tampar o
buraco ocasionado pelas cáries evitando uma infecção.
A restauração do dente auxilia na reestruturação do dente,
fazendo-o a voltar para sua forma e função normal.
Quando o dentista faz a restauração ele auxilia também,
na prevenção do surgimento de futuras cáries no local. Pois a
substância usada para fazer a restauração é mais densa que o
dente.
Tipo de restauração
Não há apenas um tipo de restauração ideal, pois cada
pessoa tem um tipo de dente e gengiva. Cada tipo de boca se
adapta melhor a um tipo de material, pois o organismo da pessoa
pode reagir de formas diferentes, causando, por exemplo, rejeições
e alergias.
A restauração pode ser feita com diferentes tipos de materiais,
são eles:
• Ouro
– A restauração em ouro é feita sob medida, e é de
longa duração, podendo durar mais de 20 anos, e tem uma
grande aceitação pelos tecidos gengival. Mas por ser ouro é uma
opção cara.
• Porcelana – A restauração de porcelana são feitas sob medida.
Essa restauração fica com a cor parecida com o dente, e é
resistente a manchas. Seu preço é similar ao ouro.
• Resina composta – A restauração com resina composta também é
semelhante à cor do dente, dando uma aparência natural.
Essa restauração pode ser feita mais rapidamente, pois é
inserida diretamente na cavidade do dente, mas não é considerada
a melhor restauração, pois seu material desgasta com o tempo
e pode manchar na presença de corantes, tendo como duração de
três a dez anos.
• Amálgama (prata) – A restauração com amálgama é feita
com a mistura de várias substâncias, tais como, mercúrio,
prata, cobre, estanho e algumas vezes zinco. Essa restauração
não agrada todos os tipos de pessoas, pois possui uma cor mais
escura, o que a torna mais barata.
Prevenção
Para prevenir o aparecimento de cáries dentárias a pessoa
deve ter bons hábitos de higienização bucal, que são eles:
• Escovar os dentes após as refeições, ao menos duas vezes
ao dia, com o uso de creme dental com flúor.
• Fazer o uso do fio dental entre todos os dentes, ao menos
uma vez ao dia.
• Lavar a boca com água para retirar resíduos da comida, na
ausência da disponibilidade de escovar os dentes depois das
refeições.
• Após as refeições, se não tiver disponibilidade de fazer a
escovação, mastigue chicletes (os famosos sem açúcar) que
contenham xilitol e sorbitol, que são substâncias que substituem o
açúcar.
• Faça visitas periódicas ao dentista para realização de
limpezas e acompanhamento profissional para prevenção de
doenças.
• Use produtos de enxague bucal que contenha flúor.
Ações em Saúde Bucal
Na maioria das vezes, a cárie aparece na população mais
carente que não tem acesso à informação e a itens indispensáveis,
como é o caso do flúor.
Por este motivo, os agentes de saúde devem monitorar as
necessidades junto à população, conscientizando-os e criando
facilidade ao acesso a água fluoretada. Esse monitoramento ajuda
a evitar epidemia de doenças.
O agente de saúde, além de orientar, tem como missão
agendar consultas junto ao dentista sempre que necessário.
Doenças Periodontais
Há vários tipos de doenças bucais, as que atingem a dentição,
e as que podemos encontrar em casos de agravos referentes à
saúde bucal como, por exemplo, as doenças que atingem a
gengiva, o ligamento periodontal e o osso.
Gengivite
A gengivite é uma doença inflamatória que acomete a
gengiva, o principal fator para o desencadeamento da gengivite é
uma higiene oral deficiente ou inexistente.
O acumulo de placa bacteriana decorrente da falte de higiene
provoca a inflamação da gengiva, cuja coloração é alterada para um
vermelho mais escuro e aumenta a sensibilidade, bem como o
sangramento, evidenciam o diagnostico de gengivite.
A gengivite é uma enfermidade muito comum, sendo ela a
doença periodontal mais recorrente. Porém, há um limite para
ser considerada gengivite, quando a inflamação atingem um
tamanho maior que 3 mm ou atinge o osso, esta passa a se chamar
periodontite como veremos adiante.
Prevenção
A prevenção da gengivite reside primordialmente em
fatores de higiene bucal, como a correta escovação dos dentes, fio
dental e também uma redução do consumo de açúcar.
Tratamento
O tratamento da gengivite consiste basicamente em uma
limpeza mecânica realizada pelo dentista, geralmente a placa
bacteriana é removida em até duas semanas.
Periodontite
A periodontite ou doença periodontal consiste no processo
inflamatório iniciado na gengiva, avançando para os tecidos de
suporte de periodontal. Também conhecida como “piorreia” a
periodontite é uma doença que acomete a gengiva, osso e também
os ligamentos que suportam os dentes.
Existem vários fatores responsáveis por essa patologia,
sendo a condição imunológica e a microbiota fatores
preponderantes para a destruição do periodonto.
A periodontite é, hoje em dia, uma das principais causas de
perda da dentição na população adulta e a maior causadora de
perda de dentes na população idosa.
Essa doença acarreta, gradativamente, a degradação da
estrutura responsável pela sustentação dos dentes.
O quadro de periodontite é iniciado após um processo
inflamatório que ataca o ligamento do periodonto, ocasionado
por muitos fatores. A consequência disso é imposta pelo sistema
imunológico do indivíduo que faz uma reabsorção óssea, sendo
este um dos maiores problemas da periodontite.
Outro dos problemas ocasionados pela periodontite é a
mudança na posição dos dentes, podendo ocorrer ainda
sangramentos na gengiva, alteração na coloração dos dentes,
bem como, dores e sensibilidade nos dentes, diferenças ou até
mudanças no paladar, sensibilidade e dores na gengiva e mau
hálito.
Há também os problemas secundários, como a
proliferação de bactérias e até mesmo a destruição óssea, que
podem ocorrer em função dos quadros de periodontite.
Em grande parte dos casos agudos, pode haver projeção dos
dentes para fora e também o aparecimento de pus.
Projeção dos dentes para fora!
Estudos recentes estabeleceram uma relação desta
doença
com doenças renais, artrite, diabetes, osteoporose,
devendo-se então considerar o histórico de doenças pregressas do
paciente como fatores indicadores de grupo de risco.
Entre as doenças associadas à periodontite, podemos
citar ainda infecções pulmonares e úlceras, muito embora estas
últimas apresentem menor número de pesquisas que comprovem
esses fatores relacionais.
Prevenção
Como na maioria das doenças odontológicas, a higiene e
uma programação de visitas periódicas ao dentista são fatores
preponderantes. Porém, fatores como alimentação, fumo,
deficiências nutricionais, fatores emocionais e medicamentos
podem contribuir para o aparecimento do quadro inflamatório.
A correta escovação dos dentes, bem como o uso do fio
dental, principalmente após as refeições e antes de dormir; uma
dieta equilibrada, e evitar o consumo de açúcar são medidas que
devem ser adotadas.
Tratamento
O tratamento da periodontite é realizado através da raspagens
da área doente; técnicas de tratamentos a L.A.S.E.R também
podem ser realizadas, porém em casos mais graves podem ser
necessárias cirurgias periodontais ou até mesmo o uso de
antibióticos.
Câncer Bucal
O que é câncer bucal?
O câncer de boca ocorre frequentemente na região dos lábios, mas
não é um câncer exclusivo dos lábios, pois ocorrem também na
parte interior da boca, na garganta, nas amídalas ou nas glândulas
salivares.
O
câncer
bucal
atinge
qualquer
tipo
de
principalmente homens com idade superior a 40 anos.
pessoas,
Os principais causadores da doença são o excesso do uso de
cigarros e bebidas alcoólicas.
Esse tipo de câncer, tão quanto os demais, podem levar a óbito
caso o paciente não comece o tratamento. Em casos de detecção
precoce, o tratamento pode ser mais fácil e eficaz.
Sintomas
O câncer de boca pode aparecer sem que a pessoa perceba, pois
nem todos os sintomas são de fácil visualização. Mas como já
aconselhamos anteriormente, é de suma importância o
acompanhamento médico periódico, pois o profissional poderá
reconhecer o câncer em seu estágio inicial.
No caso de perceber algum problema na boca o médico e/ou
dentista deverá ser informado para o quanto antes começar o
tratamento.
Os principais sintomas do câncer bucal são feridas nos lábios,
interior da boca e nas gengivas. Essas feridas sangram com
facilidade e não cicatrizam com facilidade.
Outros sintomas que são mais fáceis de ser reconhecidos são:
• Aparição de caroços ou inchaço na região da bochecha;
• Perda da sensibilidade da boca ou parte dela;
• Aparecimento de manchas na região da gengiva, da língua ou
outra parte interna da boca, com coloração branca ou vermelha;
• Sensibilidade na boca que dificulta a mastigação e o processo de
engolir;
• Dores na região bucal;
• Inchaço;
• Mudanças na voz sem motivos aparentes;
• Sensação de que tenha algo em sua garganta
Prevenção
Parar de fumar ou mascar fumo é uma das principais formas
de evitar o câncer bucal, pois esse mau hábito corresponde a 90%
das causas de seu aparecimento.
O causador de muitas doenças é o fumo, tais como,
câncer de pulmão, câncer bucal, doenças cardíacas, entre tantas
outras.
O fumo geralmente remete o indivíduo a vários problemas de
saúde, e os problemas de saúde atrapalham no tratamento de
infecções de ferimentos e/ou cirurgias.
O costume de algumas pessoas em mascar tabaco
aumenta a possibilidade do aparecimento de câncer bucal em 50%.
Eliminando esses maus hábitos as chances da pessoa evitar o
câncer aumenta significativamente.
Tratamento
Com os resultados dos exames em mãos e diagnosticado o
câncer, os especialistas (médicos) irão planejar o tratamento ideal
para cada caso.
Na maioria das vezes, é necessário um tratamento longo e
bastante cansativo para o paciente.
Muitas vezes é preciso a realização de cirurgias para a retirada
do tumor, e um tratamento baseado em radioterapia e
quimioterapia.
Os tratamentos de radioterapia ou quimioterapia deixam o
paciente bastante debilitado, podendo aparecer machucados na
região dos lábios.
Porém, quando detectados e iniciados o tratamento
precocemente, as chances de cura são muito maiores, podendo
em certas ocasiões, não necessitar fazer a cirurgia.
Efeitos colaterais da radioterapia
O tratamento baseado na radioterapia é muito forte ao
nosso organismo o que ocasiona alguns efeitos colaterais durante
seu uso.
Normalmente, durante o uso da radioterapia, o paciente sente
a boca ressecada, irritações nas partes sensíveis da boca, perda de
paladar e até mesmo dificuldade de engolir os alimentos.
A radiação recebida durante o tratamento da radioterapia
pode ocasionar cáries. Logo é indicado que redobre o cuidado com
a higienização.
Divulgação de informações à população
Em qualquer tipo de doenças é necessário o conhecimento
prévio da população, para que possam evitar os riscos e prevenir a
infestação.
Os agentes de saúde devem realizar reuniões de
conscientização sobre o problema, informando a toda a população
sobre o que é a doença, auxiliá-los a evitar, ajudar a diagnosticar e
agendar consultas em casos de suspeitas.
Traumatismos Dentários
Traumatismo dentário pode ocasionar fraturas, mobilidade
e até mesmo perda dentárias. Também podem ocorrer fraturar
externas como no caso de fraturas do maxilar.
Os traumatismos dentários podem ser simples como nos
casos de fraturas que não atingem uma grande parte do dente, tais
como traumas na coroa.
Os traumatismos nos dentes podem comprometer
vitalidade do dente, chamado de necrose da polpa.
a
Levantamentos realizados por profissionais da área bucal
informou que o trauma mais frequente é quando o dente sai da
boca, esse problema é chamado de avulsão dental e o
traumatismo que também ocorre muito devido a quedas.
Causas
O traumatismo dentário pode ser ocasionado por
ferimentos mais graves, acidente ou quedas que tenha abalado à
mandíbula.
Sintomas
O principal sintoma de traumatismo dentário são dores,
principalmente se o trauma tiver afetado a dentina, gengiva ou
mesmo o osso.
Outro sintoma é a perda de fragmentos dentários, ou até
mesmo o dente inteiro. Os dentes afetados por traumatismos
podem perder sua vitalidade (morrer).
Outro sintoma é a sensibilidade na região dos dentes e
gengivas.
Tratamento
Em casos simples que o trauma afetou apenas a coroa do
dente, o tratamento é apenas uma restauração com o uso de
resinas compostas.
O tratamento ideal em casos de traumatismo dentários
consiste naquele que é efetuado o mais rápido possível, pois o
profissional poderá receitar antibióticos para eliminar germes e
bactérias que possam infeccionar a região.
Caso um traumatismo ocorra o ideal é não tocar na raiz do
dente, por ser uma área sensível, mantenha-o limpo.
A dica que pode facilitar o reimplante do dente é em casos de
adultos, colocá-lo na boca entre os dentes e a gengiva que o
deixará imerso em saliva, quanto em crianças o melhor é colocá-lo
imerso ao leite.
Prevenção
A prevenção consiste no cuidado para evitar pancadas que
possam causar traumas.
Outra forma são os agentes de saúde fazerem o mapeamento
das principais causas e locais onde ocorrem com mais frequência.
Com as informações em mãos, basta fazer palestras de
orientação.
Fluorose Dentária
A fluorose dentária é uma má formação dos dentes causada
pela ingestão em excesso de flúor, formando um esmalte
hipomineralizado.
Essa anomalia deforma a estrutura do esmalte do dente,
causado aumento da porosidade, opacidade, manchas e até
erosões na superfície do esmalte do dente.
As manchas que aparecem no esmalte do dente podem ser
na cor branca, marrom e até mesmo preta. O dente com fluorose
dentária pode apresentar estrias horizontais.
O esmalte do dente, como já vimos anteriormente, serve de
proteção para o dente impedindo o contato de germes e bactérias
com a parte interna do dente.
Um dente com sua camada de proteção prejudicada
podem ser afetados por diversos problemas bucais, causando até
a perda dos dentes.
Um dos principais grupos de pessoas que são afetadas é
formado por pessoas com baixo peso corporal.
Essa doença ocorre com o excesso de flúor no dia-a-dia da
criança que está em fase de formação dos dentes, logo do esmalte.
Podemos encontrar flúor em diversos itens do nosso dia-a-dia,
tais como na água de abastecimento público, no creme dental,
enxaguante bucal, em alguns alimentos e bebidas, entro outros
locais de fácil acesso.
A ingestão de flúor diária ideal é de aproximadamente 0,7
ppm, sendo facilmente atingido no consumo de água vindas de
abastecimentos públicos.
Prevenção
As principais formas de prevenção da fluorose dental é o
controle da quantidade de flúor ingerida por crianças desde o
nascimento, até os 6 anos de idade, pois essa a fase do
desenvolvimento da dentição do indivíduo.
É necessário também que o ministério da saúde controle
melhor a quantidade de flúor disponibilizado no abastecimento de
água pública, pois sua quantidade muda de acordo com a região e
clima.
Outra forma muito útil de evitar a fluorose dentária é o controle
por parte dos responsáveis pelas crianças, sobre o que é
ingerido por ela, controlando então o consumo de alimentos que
possuem flúor.
Tratamento
O tratamento da fluorose dentária consiste em retirar a parte
afetada pela doença, por meio de tratamento profissional, através
do lixamento com o uso de brocas.
Nos casos mais graves, é necessário um desgaste mais
profundo, o que pode prejudicar a estrutura do dente, sendo assim
é necessário o uso de coroas sobre os dentes.
Edentulismo
Edentulismo é a ausência de dentes. Muitas vezes, quando
pensamos na ausência de dentes, lembramos de idosos, mas
isso é um mito, o edentulismo pode ocorrer em qualquer idade.
O edentulismo é uma doença causada pela má higienização
bucal, traumas, e outras doenças bucais, que podem agravar-se à
perda.
Há muitos mitos que atrapalham na prevenção; pesquisas
revelaram que a maioria das pessoas acham que a perda de dente
é um fator comum com o passar dos anos, assim acham que não
adiantará tratá-los.
A falta dos dentes pode levar o paciente a ter sérios
problemas, pois atrapalham no processo de mastigação, fazendo
com que a pessoa engula alimentos mal triturados, ocasionando um
esforço redobrado do estômago, podendo causar doenças como
úlcera gástrica.
Outros problemas que podem ser causados pelo edentulismo
é a dificuldade de falar algumas palavras e afeta estética da
pessoa
atrapalhando sua convivência devido a sua baixa
autoestima.
O alinhamento dentário pode sofrer alteração com o passar do
tempo, pois em casos de perda de dente, os dentes que estiverem
próximos podem vir a ocupar o lugar deixado pela ausência do
outro dente.
Outro problema que pode acontecer, principalmente com
idosos, é o escurecimento do esmalte do dente, normalmente
decorrentes de problemas ocorridos na dentina.
Um mau hábito muito conhecido por toda a população pode
também afetar o estado de conservação do dente, é ele o
ranger dos dentes, chamado também de Bruxismo.
O Bruxismo, por forçar os dentes um contra o outro, pode
levar a diminuir sua estrutura, podendo chegar a romper
restaurações, ou mesmo desgastar o esmalte do dente,
deixando-o exposto a vários tipos de doenças.
Os idosos, com o passar dos anos, normalmente apresentam
outras doenças que podem atrapalhar na higienização bucal,
muitos possuem artrite, artrose, entre outras, e essas doenças não
os deixam fazer a devida assepsia da boca.
Má oclusão
A má oclusão é a falta de simetria entre a maxila e a
mandíbula, dificultando o encaixe correto da arcada dentária,
podendo atrapalhar a evolução da formação óssea da face.
Nos casos de má oclusão, 40% dos afetados possuem a
doenças por causas genéticas.
A má oclusão é um problema estético, podendo ser separado
por tipos, tais como, Classe II, Classe III, Mordida Aberta, Mordida
Cruzada, Mordida Profunda, e Apinhamento.
Nos casos de má oclusão que não são genéticos, são
causados por maus hábitos, tais como, o uso de chupeta,
mamadeira, dedo, entre outros.
Há casos de má oclusão que são influenciados por outras
doenças, como são o caso de rinites, sinusites, traumas e tumores,
etc.
Muitas vezes, a má oclusão ocorre por não ter estímulos
para a formação da árcade dentária, como em casos que a criança
não recebe estímulos para a mastigação, comendo apenas
alimentação pastosa e líquida.
Atenção à Saúde Bucal nas Etapas da Vida
Do nascimento até 2 anos
A etapa do nascimento até os 24 meses é a mais importante
para a formação do bebê.
As equipes de saúde, devem então criar ações de educação
sobre higienização bucal junto aos pais e pessoas que irão
tomar conta das crianças, para que assim, o processo de
crescimento da criança ocorra da melhor forma possível, ajudando
na prevenção de futuros problemas.
É de suma importância o acompanhamento médico nesta fase
da vida do indivíduo. Para isso, os agentes de saúde devem
acompanhar a criança e auxiliar aos pais, e agendar consultas
médicas sempre que necessário.
Muitas vezes, quando começado o surgimento dos dentes, o
bebê passa a ter um excesso de salivação, bem como dores na
gengiva, diarreias, entre outros sintomas que os deixa agitado.
Mesmo que, ainda, sem dente é necessário uma devida
higienização e cuidado, pois nessa fase é que se dá a formação dos
dentes e uma má formação dentária pode ocasionar problemas
futuros.
A ingestão de flúor em excesso na época da formação dos
dentes pode causar fluorose dentária no indivíduo.
Outra situação importante é a amamentação, pois como
sabemos, o leite materno é de essencial importância na formação
óssea da criança, mas não deve ser a única forma de alimentação
após os 6 meses, pois a criança necessita estimular o maxilar para
evitar uma má-oclusão dentária.
Hábitos de estimulação da mandíbula
É de suma importância estimular a mandíbula do bebê,
normalmente ocorre de maneira espontânea através da sucção do
peito da mãe para a amamentação.
Há casos que as mães não conseguem amamentar seus
filhos no peito, por vários problemas, nesses casos o ideal é a
utilização da mamadeira, mas não deve, de maneira alguma, deixar
o bico grande, pois o bebê deve ter o incentivo de fazer a sucção
para estimular a formação mandibular.
Outro item a ser usado para o estimulo da formação da
mandíbula do bebê é o uso de chupetas, mas não deve ser
utilizada como item indispensável, pois o excesso pode ocasionar
problemas na formação da estrutura da mandíbula.
Alimentação Saudável: O item mais importante é o
aleitamento materno, pois possui as vitaminas e cálcio necessários
para a formação do bebê.
O leite materno pode ajudar na prevenção de doenças. Em
casos de a mãe possuir o vírus da AIDS, ele precisa ser substituído
pelo uso da mamadeira; deve ser evitado o uso de adicionais
ao leite, como por exemplo: açucares, achocolatados, entre
outros.
O uso exclusivo do leite na alimentação do bebê deve
acontecer até os 6 meses ou sob orientação médica.
Os agentes de saúde precisam orientar os pais sobre quais
alimentos necessitam ser adicionados a essa alimentação e em
quais períodos devem ocorrer essas mudanças.
Higiene bucal: Como já vimos anteriormente, é de suma
importância à devida limpeza bucal, mesmo que ainda não
possua dentes, para a realização dessa limpeza deve-se usar um
pano ou gaze umedecidos em água filtrada.
Somente quando o bebê já possuir dentes é que se faz
necessário o uso de cremes dentais, pois o uso em idade inferior
pode levar a ingestão do produto.
O uso de substâncias que possuem flúor deve ser
apresentado em pequenas quantidades sobre a supervisão dos
pais, pois o uso em excesso pode levar ao surgimento de fluorose
dental.
Dos 2 aos 9 anos
Todos os períodos da vida são importantes para a
formação do indivíduo, cada etapa com suas importâncias.
Na etapa dos 2 aos 9 anos é importante criar bons hábitos,
para isso, os agentes de saúde devem fazer palestras e visitas
educativas para ajudar na prevenção de doenças bucais.
Sabemos que os hábitos saudáveis e caráter de uma criança,
na maioria das vezes, ocorrem por seguirem os exemplos que veem
em casa, feitos por seus pais e familiares.
Quando o acompanhamento da criança é feito corretamente
pelos agentes de saúde, são avaliados, constantemente, os
possíveis problemas bucais e agendadas as consultas necessárias.
Todo tratamento deve ser iniciados nos primeiros sintomas,
pois se deve evitar possíveis agravamentos.
Quando ocorrem agravamentos que necessitam da
extração do dente, isso pode ocasionar problemas de má oclusão
na criança, comprometendo assim toda a arcada dentária.
Por volta dos cinco anos é que começam a nascer os dentes
incisivos e molares, estes permanentes e que necessitam de
extremo cuidado com a higienização.
Há problemas que são ocasionados por maus hábitos, tal
como o uso excessivo da chupeta, que pode levar a criança a ter
problemas de má oclusão.
A chupeta tem seu lado bom, pois ajuda a criança a aprender
a sugar os alimentos, mas deve ser retirada no máximo até 3 anos.
Há crianças que criam o hábito de projetar a língua entre os
dentes, empurrando-os para frente, podendo também ocasionar
uma má oclusão.
Existem vários hábitos, nessa época da vida que podem
prejudicar a formação da mandíbula da criança, todos podem ser
retirados gradativamente, pelos pais, como o mau hábito de roer
unha.
Os pais que perceberem desde o início o mau hábito poderão,
de forma mais eficaz, retirá-lo sem que a criança sofra com o
procedimento.
Em casos que não for possível, ou que haja traumas na
criança, o aconselhável é buscar orientação de um psicólogo, para
assim não perdurar os problemas e não agravar a situação.
É sempre importante frisar que o principal motivo da criação
dos hábitos de uma criança é pelo exemplo, ou seja, as crianças
costumam imitar o que os pais e responsáveis fazem.
Alimentação Saudável: Cada região possuem cultura e
hábitos diferentes, sendo que o tipo de alimentação difere de um
local para outro.
O importante, nessa fase da vida é incentivar que as crianças
comam alimentos mais saudáveis que estimulem a mastigação.
Como já sabemos os alimentos com açucares pode
favorecer o aparecimento de cáries, então é de suma
importância que os pais e responsáveis controlem sua ingestão,
dando preferência a açucares naturais como as frutas e o leite.
Quando crianças, o principal espelho para bons hábitos
são os familiares, que deve contribuir para a formação e
desenvolvimento da criança.
A alimentação adequada auxilia na prevenção de doenças
através dos nutrientes, vitaminas, entre outros fatores que contém a
comida.
É importante que os pais tentem acrescentar bons
hábitos na alimentação das crianças, principalmente em época préescolar.
A má alimentação pode prejudicar o crescimento da criança, e
seu desenvolvimento mental, atrapalhando o acompanhamento do
aprendizado na escola.
Crianças entre 7 e 10 anos já conseguem fazer suas
próprias escolhas, mas é função dos pais ou responsáveis que
continuem incentivando os bons hábitos alimentares para que o
desenvolvimento
Higiene bucal: como em qualquer fase da vida, a
escovação é fundamental e indispensável, mas para as
crianças é necessário a supervisão de um adulto que possa
auxiliá-lo e corrigi-lo quando o não fazimento de forma correta.
Com o passar dos anos é interessante que os pais incentivem
os filhos a fazerem a assepsia sozinho, pois dessa forma contribui
para que a higienização bucal seja um hábito em suas vidas.
Nesta etapa deve-se cuidar para que a escovação remova
todas as impurezas, mas é necessário cuidado para não exagerar
na quantidade de creme dental, pois as crianças, muitas vezes,
engolem uma quantidade do produto, podendo causar fluorose
dental. É importante ensiná-los quanto ao uso do fio dental.
Dos 10 aos 19 anos
A adolescência é a fase da vida que ocorre a menor
quantidade de procura do sistema de saúde, esse caso só muda
quando o problema de saúde afeta a estética.
Para um contato mais eficaz é necessário que as equipes de
saúde conheçam a linguagem e situações que vivem os
adolescentes para assim, conseguirem encaminhá-lo para
consultas e exames necessários.
Na adolescência é mais comum acontecerem problemas com
o uso de drogas e álcool, problemas com seus familiares, gravidez
e até mesmo o contato com algumas doenças.
Pelo desejo das adolescentes em serem magras, uma das
principais doenças que acontecem nessa fase da vida é a Bulimia,
essa doença pode ocasionar cáries e outros problemas dentários
devido ao excesso de ácido na boca da paciente.
Outro problema muito comum na adolescência é ocasionado
pelo uso de piercing, pois muitos inflamam podendo ocasionar
doenças infecciosas.
Na região da boca existem milhões de bactérias que podem
causar uma infecção.
Nos casos em que sejam averiguadas suspeitas de quadros
infecciosos ou também outros tipos de doenças, tais como,
doenças respiratórias, obesidade, entre outras, os agentes de
saúde devem agendar consultas com profissionais adequados à
situação do paciente.
Além disso, cabe também ao agente assegurar que
informações inerentes aos riscos causados por tais condutas
sejam devidamente transmitidas, bem como, aquelas referentes
aos traumas dentários.
Os dentes terceiro molares, costumam nascer em pessoas
entre os 17 e 21 anos, e estes necessitam da mesma higienização
que todos os outros dentes, mesmo nascendo em um lugar de difícil
acesso.
Como em qualquer fase da vida, os agentes de saúde são de
extrema importância para auxiliar o indivíduo nas dúvidas e
ajudando-os a criar bons hábitos.
Os dentes na fase adulta são todos permanentes e os
cuidados dos mesmos são muito importantes, pois a aparição de
doenças pode ser ainda mais prejudicial, visto que estes serão
os dentes que acompanhará o indivíduo para o resto de sua vida.
Nessa fase da vida ocorre a maioria das doenças, pois as
devidas higienizações não são realizadas corretamente, muitos
adolescentes não se preocupam com os problemas que isso possa
causar.
Para que todo o devido cuidado seja realizado, é necessário
que a equipe de saúde faça visitas à comunidade e acompanhe os
adolescentes, auxiliando-os a procurar ajuda médica sempre que
necessário.
O acompanhamento precoce tem um excelente resultado,
muitas vezes resolve os problemas e previne a aparição de mais
doenças.
Devemos sempre lembrar que os agentes de saúde,
quando
em
contato com adolescentes , devem ter uma
compreensão de sua realidade, para facilitar o contato com o
mesmo, pois caso não intervenha de forma
correta pode
simplesmente ser ignorado por eles.
Alimentação Saudável: Na adolescência é de suma
importância uma boa alimentação, pois é nessa fase da vida que o
caráter e características do indivíduo são formados.
A alimentação nesta etapa da vida é a que, em muitos casos,
será seguida para a vida adulta.
Uma alimentação saudável e o incentivo a prática de esporte
auxilia na formação do corpo e na prevenção de várias doenças.
A maioria dos adolescentes preferem uma alimentação
rica em carboidratos, mas esse tipo de nutrientes junto com a má
higienização são os principal atrativos para o surgimento de cáries
dentárias.
Nesta fase é importante ressaltar que o consumo de álcool,
fumos, refrigerantes, entre outros tipos de alimentos ingeridos por
adolescentes, pode levar o indivíduo a ter erosões dentárias, o que
poderá levá-los a doenças ainda piores na vida adulta, e até mesmo
a ausência de alguns dentes.
A alimentação ideal é a mesma em todas as fases da vida,
sempre dando preferência a alimentos naturais, tais como, frutas e
verduras.
Higiene bucal: é sempre importante lembrar e incentivar
a boa higiene bucal, informando a forma correta de fazê-lo.
A higienização bucal ocorre quando é feita a devida
escovação em todas as partes da boca, e o uso do fio dental entre
todos os dentes, para retirada de qualquer resíduo deixado pela
alimentação.
É sempre bom ressaltar que uma boa higienização
auxilia na conservação dos dentes, deixando-os mais bonitos e
brancos, desejo da maioria dos adolescentes.
Fumo e álcool na adolescência é mais comum o consumo
dessas substâncias, pois como o indivíduo deseja se sentir dono de
sua própria vida, ele passa a consumir em excesso.
Por esse motivo, o ideal é que os agentes de saúde façam
reuniões de forma agradável para estimular que o adolescente
diminua esse péssimo hábito, mostrando-o seus pontos negativos,
que são as doenças que essa prática pode causar.
Dos 20 aos 59 anos
Nessa fase da vida é de suma importância o
acompanhamento dos agentes de saúde, pois como a população
acredita que os adultos não precisam ser observados, acabam por
não cuidarem de si apropriadamente.
Ocorre principalmente nesta época o maior número de pessoa
com doenças crônicas, que podem afetar a saúde da boca, que é o
caso da AIDS, diabetes, tuberculose, entre outros.
Os agentes de saúde devem observar e incentivar as pessoas
dessa fase a participar efetivamente de seus grupos de
informações. Disponibilizar a eles informações e cuidados
necessários para evitar doenças. Caso as pessoas já as possuam,
deve-se auxiliar no tratamento para não piorar e para quando
estiverem bons, não retornem ao mesmo problema, e é claro,os
agentes devem encaminhar o mais breve possível a um tratamento
com profissionais especializados.
Como na fase adulta ocorre mais incidência de doenças
periodontais, é de extrema importância que o agente de saúde
encaminhe o indivíduo a fazer exames, tais como verificação do
tecido mole, e demais exames para detecção de possíveis doenças
mais graves, como é o caso do câncer de boca.
Os pacientes nessa etapa da vida são os maiores
afetados por doenças periodontais, e é importante o tratamento
precoce para diminuir o risco da perda dos dentes, que é além de
um problema estético, mas um problema com possibilidade de
agravamento rápido.
Fumantes: Como vimos anteriormente, muitos adolescentes
iniciam o mau hábito de fumar ainda novos, e quando chegam à
fase adulta, tem muita dificuldade de parar, pois como já sabemos
torna-se um vício.
Os fumantes, devido ao excesso de ácido incluso no cigarro,
tem um risco maior de perda dos dentes, devido ao acelerado
processo de agravos de doenças.
Por esse motivo é que os agentes de saúde bucal devem
oferecer auxilio na redução do volume de cigarros usados pelo
paciente, e se possível, mostrar os problemas que esse vício pode
causar a sua saúde, e quem sabe ajudá-lo a parar de fumar.
Fatores sistêmicos: A principal função dos agentes de
saúde é auxiliar a população com palestras e informações para
prevenção de doenças e é claro, sempre que for preciso
encaminhá-los ao devido especialista para tratamento.
Câncer Bucal: Os agentes de saúde devem ser
especializados na detecção de problemas e riscos na comunidade,
para sempre ajudá-los a evitar que o problema se agrave ou se
torne epidemia, para isso acompanham a comunidade e fazem o
levantamento dos riscos.
Sempre se deve fazer acompanhamento da comunidade com
palestras ou visitas educativas, e quando houver qualquer
suspeita de doenças, encaminharem o cidadão a um especialista
para fazer os devidos exames, e caso detectado o real problema
tratá-lo.
Alimentação Saudável: Em todas as fases da vida precisamos
ter uma alimentação saudável, pois com ela podemos nos prevenir
de diversas doenças e riscos.
É importante que o agente de saúde conheça a população e
seus hábitos alimentares para que possa auxiliá-los da melhor
forma a mudar hábitos ruins e acrescentar bons itens a essa
alimentação.
Sempre que possível, a equipe de saúde deve ensinar e
informar a comunidade sobre os riscos comuns a ela, para que
seja possível sua prevenção, como o caso de pessoas na fase
adulta onde o alto consumo de sacarose pode causar cáries e
outras doenças dentárias.
Higiene bucal: Os agentes de saúde, em todas as fases da
vida, devem orientar a população sobre a necessidade da devida
escovação dos dentes e do uso do fio dental, pois não há como
prevenir doenças bucais sem o uso destes itens.
Para prevenção e manutenção em casos de pacientes com
periodontite é ainda mais importante à correta higienização bucal,
com a certeza que será eliminada todas as placas bacterianas, e há
casos que o agente de saúde pode recomendar uma escovação
supervisionada e testes que mostrem as placas bacterianas na
boca do paciente.
Em todos os casos que houver suspeita de doenças, deve-se
realizar, por meio do agente de saúde, uma consulta médica com
um especialista no assunto.
Na fase adulta, muitas doenças bucais surgem devido a
outras doenças sistêmicas ou infectocontagiosas, como é o
caso da AIDS, Tuberculose, Diabetes, entre outras.
Diabetes Mellitus
A Diabetes Mellitus é uma doença proveniente da falta de
produção de insulina, proporcionando um excesso de açúcar no
sangue.
Há dois tipos de Diabetes Mellitus, sendo que a Diabetes
TipoI, ocorrem mais em crianças e adolescentes e a Diabetes
Tipo II ocorre principalmente em pessoas com mais de 30 anos.
Sintomas
Os principais sintomas em casos em pessoas que sofrem
com Diabetes é a sonolência, náuseas, em casos de crise a
pessoa pode ter visão embaçada, entre outros.
Tratamento
O tratamento da diabetes tem que ser bem feito, e
acompanhado, pois a pessoa tem que medir frequentemente o
nível de açúcar no sangue.
São necessários dietas especiais e exercícios para que a
pessoa possa sentir-se melhor
Hipertensão Arterial
Hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença que
alcança grande parte da população, principalmente pessoas na fase
adulta, o que vem mudando nos dias de hoje devido à
obesidade e maus hábitos alimentares.
Na maioria dos casos, os motivos da hipertensão são
desconhecidos. Há também hipertensão arterial decorrentes de
outras doenças, que são o caso de hipertensão arterial por
causa de doenças parênquima renal, hipertensão arterial
renovascular, hipertensão arterial por aldosteronismo primário ,
hipertensão arterial , devido á gestação, hipertensão arterial
ocasionada ao uso de medicamentos, hipertensão arterial
causada por feocromocitoma, entre outras.
Sintomas
A hipertensão arterial não apresenta sintomas. Quando a
pessoa sente algum tipo de sintoma, na maioria os casos são
provenientes a outras doenças interligadas, são eles dor de cabeça,
tonturas, cansaço, enjoos, falta de ar e sangramentos nasais.
Tratamento
Para tratar o paciente com hipertensão arterial podem ser
realizados sem o uso de medicamentos, através de hábitos de vida
saudáveis, e em casos que isso não resolve devemos usar
medicamentos.
Tuberculose
A tuberculose é uma doença causada pela bactéria
Mycobacterium tuberculosis, conhecida também como bacilo de
Koch. Muitas pessoas tem medo desta doença por ser
infectocontagiosa.
A tuberculose mais conhecida é a que afeta os pulmões, mas
o que poucos sabem é que pode afetar outros órgãos, tais como, a
pele, os rins, os linfonodos, os ossos, o cérebro, entre outros.
A doença pode ser transmitida pelo ar, pela tosse,
espirro, entre outras ações que possa remeter o contato com
secreções.
Sintomas
Os sintomas mais comuns à tuberculose são febre com
suores e calafrios noturnos, dor no peito, tosse com expectoração e
às vezes com sangue, perda de peso, entre outros.
Tratamento
O tratamento para essa doença normalmente são longos,
sendo que seu tempo mínimo é de seis meses com o uso de
antibióticos.
O problema no tratamento da tuberculose é que as pessoas
não fazem o tratamento corretamente, e por ser um tratamento
de longa duração, interrompem-no antes que seja total sua
recuperação.
Na maioria dos casos, ao começar o tratamento, os sintomas
vão diminuindo, o que faz com que muitos pacientes pararem de
preocupar com sua continuidade.
A transmissão da doença é suspensa após 15 dias do
início do tratamento.
Caso a doença não seja tratada, pode ocasionar a morte do
paciente. Há vacinas que ajuda na prevenção da doença, mas não
é garantia de imunidade.
Hanseníase
A hanseníase, conhecida como lepra, é uma doença causada
pela bactéria Mycobacterium leprae, e afeta a pele e nervos nas
extremidades do corpo.
A hanseníase e contagiosa, e essa transmissão ocorre
através das gotículas de saliva eliminada pelo doente e inalada
pelas pessoas. A outra forma é o contato direto com as feridas.
Tratamento
O tratamento da hanseníase é longo, em media dura de seis a
doze meses.
HIV-AIDS
A AIDS, abreviação de Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida, é uma doença contagiosa, causada pelo vírus HIV.
O vírus HIV mata dos glóbulos brancos, que são o sistema de
defesa do corpo da pessoa afetada, deixando-o desprotegido das
demais doenças.
Essa doença é conhecida como a porta de entrada para
outras doenças oportunistas, mas pode levar até 10 anos para se
manifestar.
A AIDS pode ser transmitida através do contato direto com o
sangue, esperma, secreção vagina e até mesmo leite materno da
pessoa afetada.
Sintomas
Os sintomas são perda de peso, febre alta, diarreias
constantes, crescimento dos gânglios linfáticos e erupções na pele.
Quando a pessoa contaminada pelo vírus HIV já está
com sua imunidade baixa torna-se mais preocupante, pois as
doenças oportunistas podem piorar seu quadro, podendo levá-lo a
morte.
Acima dos 60 anos
Os idosos fazem parte de uma fase que necessita de vários
tipos de cuidados, pois muitas vezes tem várias doenças ao mesmo
tempo, sendo que o agravamento de qualquer uma delas pode leválos a riscos maiores.
Em pacientes com mais de 60 anos, não só o fator do
envelhecimento interfere em sua saúde, mais também o uso de
remédios para um problema pode causar outros, como já vimos
anteriormente, alguns remédios podem causar doenças bucais.
É sempre indicado que idosos façam avaliações clinicas
gerais, com especialistas de todos os ramos, para diagnosticar
todos seus problemas. Pois apenas com o resultado desses
exames os profissionais podem fazer o planejamento de seu
tratamento e prevenção de possíveis riscos.
Muitos idosos possuem problemas bucais que não foram
tratados adequadamente, por isso, o risco de edentulismo é muito
maior principalmente em casos de pessoas com baixo índice
escolar.
Para o cuidado com a saúde bucal de idosos é necessário à
interação entre os profissionais que os atende.
O tratamento dentário para pessoas idosas consiste em
amenizar os problemas que eles já o possuem, para ajudá-los a ter
uma boa qualidade de vida.
Muitos idosos já não possuem alguns dentes, nesses
casos o tratamento dos demais e conscientização da prevenção de
outros problemas é o mais importante, e é claro o uso de próteses
dentárias para ajudá-los na mastigação e prevenção de futuras
perdas de dentes.
É importante o acompanhamento dos familiares junto com os
agentes de saúde, para que possam ajudar os idosos no
acompanhamento dos tratamentos e exames.
Os agentes de saúde devem a qualquer sinal de problema
agendar uma consulta com profissional especializado para avaliar o
paciente e trata- lo.
Os idosos que fazem uso de prótese total, devem ter
acompanhamento do serviço bucal, pois mesmo na ausência dos
dentes é necessário tratar toda a região da boca.
Muitas pessoas acreditam que a perda dos dentes é normal à
idade, pois isso é um mito, a perda dos dentes na fase acima dos
60 anos é decorrente de doenças não tratadas.
Em casos de pessoas que sempre tratam e cuidam dos
dentes, é totalmente possível o envelhecimento com os dentes
naturais.
O melhor meio para o cuidado da saúde bucal é por
meio da prevenção e dos bons hábitos.
Os agentes de saúde bucal devem acompanhar de perto os
pacientes com mais de 60 anos, e em casos de não conseguir
informações com o idoso, é interessante que o agente busque
mais informações com os familiares e/ou acompanhantes.
É bom lembrar que idosos que não possuem mais dentes
naturais sofrem com outros problemas que podem atrapalhar sua
qualidade de vida, então o acompanhamento pode ajudá-los a se
sentir melhor.
Muitos idosos sofrem com baixo-autoestima, devido à
ausência de dentes, sofrem também com dificuldade de mastigar,
entre outros, por esses motivos o acompanhamento do profissional
e o uso de próteses pode trazer um conforto maior para esse idoso.
Higiene bucal: A higienização bucal, mesmo na ausência de
dentes é de suma importância, pois pode evitar problemas na
região mole da boca.
No caso dos idosos, deve-se ressaltar a necessidade de
auxiliá-lo na execução dessa limpeza, pois alguns idosos sofrem
com outros problemas que os atrapalham na execução da assepsia
bucal, que é o caso de artrites, artroses, mau de Parkinson, entre
outras.
Alimentação
Saudável:
É
sempre
importante
a
conscientização dos idosos para ter uma boa alimentação, pois
muitos não fazem uso de próteses e passam a se alimentar com
comidas pastosas e muitas vezes sem vitaminas e fibras.
Halitose
A Halitose pode ser definida como o “famoso” mau hálito, é
conhecida pelo odor eliminado pela boca. Essa doença pode ser
causada por vários motivos, tal como a má higienização da boca.
Tratamento
São realizados vários tipos de testes para conhecimento da
causa da Halitose, tais como, análise do estado clínico e bucal,
medição do hálito, testes com a saliva, entre outros,
Xerostomia
A Xerostomia é a doença conhecida também como boca seca,
devido à ausência da quantidade suficiente de saliva para
umedecer a boca.
Essa doença pode ocorrer com qualquer pessoa, por vários
motivos, mas quando persiste, pode atrapalhar em algumas funções
básicas, como mastigar, engolir, falar, entre outros.
A Xerostomia pode levar a outros problemas bucais, como é o
caso das cáries, pois a saliva contém ácidos que auxiliam na
eliminação dos germes, e sem ela pode ocorrer à proliferação dos
mesmos.
Causas
A Xerostomia é causada por problemas nas glândulas
salivares, muitas vezes decorrente do uso de remédios e
causados por outras doenças, como a diabetes, mal de Parkinson,
câncer, problemas no sistema nervoso, entre outros.
Tratamento
O devido tratamento deve ser realizado por médico ou
dentista. As medidas para auxiliar a pessoa com a doença é a
ingestão de grande quantidade de água, evitar o consumo de
álcool e fumo.
Prótese dentária
A perda dos dentes, como já vimos anteriormente, pode
ser causada por várias doenças, como cárie, por traumas, entre
outros.
Com a falta de dentes a arcada dentária pode ter um
grande desequilíbrio, pois os dentes que estão ao lado do espaço
vazio, tendem a se mover, podendo até mesmo chegar a cair.
Para evitar problemas com a arcada dentária, a melhor opção
é o implante de outro dente no local, isso ajudaria na autoestima do
paciente, e também nas funções básicas, como mastigar, falar,
entre outros.
O dente a ser implantados é chamado de prótese
dentária. As próteses dentárias podem ser de vários tipos.
Tipos de Próteses dentárias
As próteses dentárias podem ser removíveis ou fixas. As
removíveis, conhecida como dentaduras, o indivíduo pode retirá-la
sempre que desejar, já as fixas, são cimentadas na raiz do dente ou
em alguma parte ainda existente do dente ou até mesmo
parafusadas.
Os dois tipos de próteses podem ser total ou parcial,
dependendo da necessidade encontrada no paciente.
Gestante
No período de gestação o acompanhamento é muito
importante, pois a pessoa passa por mudanças e necessitam de
cuidados diferentes a cada etapa através do pré-natal.
Os problemas odontológicos que afetam as gestantes são os
mesmos que já possuem antes da gestação, mas é de
extrema necessidade o tratamento, pois nesta fase da vida pode
não só causar agravos como também oferecer risco ao feto.
Da mesma forma que ocorre em todas as fases da vida, na
gestação os agentes de saúde devem estar em contato com todos
os especialistas que tratam a gestante, pois somente esta interação
pode ajudá-la a prevenir problemas.
Há muitos procedimentos
realizados mesmo no período de
uma avaliação do médico que
profissional pode dar preferência
após o nascimento.
odontológicos que podem ser
gestação, mas é sempre bom ter
a atende. Em alguns casos o
à realização do tratamento bucal
Avaliação da gestante
Em todas as etapas da gestação, devem ser realizados
acompanhamentos com especialistas.
Nas primeiras semanas da gestação, é necessário que
sejam evitados todos os tipos de medicação, a não ser para casos
de indicação do especialista que está realizando o pré-natal.
Após a décima segunda semana, os riscos para o feto
são diminuídos, pois sua estrutura já é mais firme, sendo
assim, quando necessários os tratamentos dentários são feitos
nesse período.
Após a vigésima quarta semana, é o período mais
preocupante para realização de tratamentos odontológicos, pois a
gestante pode ter sintomas ocasionados por outros problemas e vir
a não se sentir bem devido ao excesso de tempo que fica sentada.
Os agentes de saúde precisam auxiliar a gestante a
realizar um planejamento para a realização de seu tratamento
para que não haja problemas para sua saúde, nem para a do
bebê.
É importante ressaltar que todos os procedimentos a serem
realizados neste período devem ser informados ao médico que
atende a gestante, pois alguns tratamentos possuem efeitos
colaterais a mãe e ao bebê, como por exemplo a tetraciclina que
pode ocasionar uma pigmentação no dente do bebê.
Em casos de extrema necessidade, quanto á realização de
radiografias, deve-se proteger a paciente e seu bebê com
avental de chumbo.
Na gestação, ocorrem muitas mudanças que contribuir para
muitas doenças, como por exemplo, a cárie dentária.
A partir da sexta semana de gestação são formados os dentes
de leite do bebê e os dentes permanentes são formados após esse
período. Por esses motivos é que os médicos dizem para evitar
consumo de medicamentos e outras coisas sem orientação médica.
Alimentação Saudável: No período de gestação é importante
que a mãe mantenha bons hábitos de alimentação, ingerindo
bastantes vitaminas, nutrientes, cálcio, entre outros que auxiliam na
formação do bebê.
Para o bom desenvolvimento do bebê é importante que
a mãe mantenha-se saudável, pois somente assim ela poderá
gerar um bebê saudável.
As gestantes, muitas vezes, ficam sensíveis a doenças
ocasionadas por estarem criando um bebê. Em muitas mulheres
aparecem doenças como anemia, diabetes e até hipertensão.
Tanto o período de gestação, quanto no período de
amamentação, a mãe divide seus nutrientes com o bebê, sendo
assim ela deve acompanhar corretamente a dieta indicada pelo seu
médico.
Todas as fases da vida consistem em uma alimentação de
preferência natural, com frutas, legumes e verduras, pois esses
tipos de nutrientes contêm vários nutrientes e vitaminas.
Uma boa alimentação consiste em consumo de alimentos
ricos em ácidos fólicos, como é o caso dos vegetais, ovo, farinhas,
milho, fígado, entre outros, e em minerais como o ferro e vitaminas.
Esses também são alimentos ideais a todas as pessoas e
assim que o bebê puder se alimentar de alimentos mastigáveis é
ideal ser acrescido gradativamente a sua alimentação.
Higiene bucal: Uma boa higienização é ideal em todas as
fases da vida, mas na gestação é ainda mais importante, pois
qualquer doença nessa etapa da vida pode se agravar ou causar
danos ao bebê.
Lembre-se que não são todos os medicamentos que
podem ser consumidos pelas gestantes, e deve-se evitar
também, o excesso de consumo de flúor, pois ele pode causar
fluorose no bebê.
Portadores de Necessidades Especiais
Portadores de necessidades especiais são todos aqueles
que possuem qualquer limitação, seja ela temporária ou definitiva.
As limitações podem ser pro problemas mentais, emocionais,
sensoriais, defeitos congênitos, doenças hereditárias, entre outros.
Há muitos tipos de limitações, cabe ao profissional da
saúde reconhecê-las, e encaminhar o paciente, dando-o prioridade,
pois o mesmo não tem condições para aguardar.
Até mesmo durante as consultas, esses pacientes requerem
muitos cuidados. Dependendo do nível de complexidade há a
necessidade de anestesias para que a equipe médica consiga
realizar seus serviços.
Deve-se realizar um cadastramento prévio de todos os
pacientes com limitações para que seja incluso itens e profissionais
adequados a esse problema.
Mesmo que sem o cadastramento prévio, as unidades de
saúde devem estar preparadas para atender todas as pessoas com
limitações.
Quanto às equipes de saúde bucal, devem ter a
disponibilidade de atender pacientes com necessidades especiais,
indiferente do grau de suas limitações , ou seja, devem estar
capacitados a compreender essas necessidades elaborando uma
forma de atendê-los de maneira confortável.
No cadastramento é importante que seja descriminado
todas as informações necessárias para o conhecimento prévio do
indivíduo, e assim elaborar de forma útil a consulta e/ou tratamento.
A família dos portadores de necessidades especiais deve
ser informada sobre todos os cuidados e informações úteis sobre o
problema, de forma a contribuírem com uma melhor qualidade de
vida.
Os pacientes com necessidades especiais devem receber um
auxilio odontológico para a prevenção de doenças, tal como a
aplicação e flúor, pois com sua redução na qualidade de
higienização pode ser necessários para evitar cáries dentárias,
entre outras.
Toda unidade de saúde, mesmo não contendo pacientes
com necessidades especiais cadastradas em seu atendimento,
devem estar aptas para recebê-los.
É de extrema necessidade que as unidades de saúde
contenham um ambiente de fácil acesso, com rampas de acesso,
entre outros itens que possibilite sua utilização por pessoas com
limitações, seja ela visual, motora, entre outras.
Todas as unidades de saúde devem tem profissionais
especializados no tratamento de pessoas com necessidades
especiais, para auxiliá-los com informações ou possíveis ajudas que
necessitarem.
Em casos que não sejam possíveis os atendimentos a
esses pacientes, é importantes que a equipe de saúde ali
localizada saibam informar e encaminhar a pessoa a uma Unidade
de Referência.
As Unidades de Referências possuem profissionais
capacitados e com informações de todas as unidades de saúde,
sendo assim, eles devem avaliar a situação e encaminhar o
paciente ao local apropriado para o seu tratamento e avaliar a
necessidade do mesmo de ser tratado sob o uso de anestesia geral.
Quando necessário o tratamento sob anestesia geral, o
paciente deve ser acompanhado de médicos e de uma equipe
especializada, nesses casos o atendimento bucal é realizado em
conjunto das equipes. É de suma importância que os familiares
sejam informados antes desse tipo de procedimento.
O tratamento para indivíduos com necessidades especiais
deve ser acompanhado de familiares e/ou responsáveis, pois os
mesmo precisam de acompanhamento 24 horas ao dia, e se
esses acompanhantes forem devidamente auxiliados a qualidade
de vida deles aumenta.
Higiene Bucal: Os pacientes com necessidades especiais
podem ter maior dificuldade para a realização da higienização
bucal, pois em alguns casos, o paciente tem movimentos
involuntários como o fechar a boca, ou engasgar, o que torna difícil
a escovação realizada por seus familiares.
Nesses casos, é importante que o responsável seja
auxiliado a procurar uma equipe de saúde bucal com mais
frequência, para serem realizados procedimentos odontológicos
preventivos.
Em todas as pessoas é importante a higienização bucal para
evitar doenças como a cárie, doença periodontal, entre outras.
Em pessoas com necessidades especiais há a dificuldade de
que, na maioria dos casos, o indivíduo não consegue fazer a
assepsia sozinho, necessitando assim, da ajuda de um
responsável.
Sendo assim, o responsável deve diminuir a quantidade de
creme dental na escovação para evitar que seja engolido, fazer uso
de escova dental pequena para não incomodar o paciente e limpar
as gengivas com gazes úmidas.
Outra dica para melhorar a higienização é acrescentar a
alimentação alimentos que auxiliam nessa limpeza, que é o caso
das maças, cenouras cruas, rabanete, etc.
Paralisia Cerebral
A encefalopatia crônica não progressiva é conhecida como
paralisia cerebral, que são problemas em regiões do cérebro
que não são completamente curáveis.
Essa paralisia pode influenciar alguns problemas na
movimentação corporal, devido à carência de oxigênio na região
afetada do cérebro.
A paralisia cerebral na maioria das vezes são lesões
ocasionadas durante a gravidez, ou até mesmo na hora do parto,
podendo se manifestar na infância.
A paralisia é irreversível, mas pode ser melhorada com o
tratamento da musculatura, através de fisioterapias.
Essa doença, normalmente, não afeta o desempenho
mental do paciente, apenas em poucos casos, cujos campos
cerebrais afetados correspondam ao pensamento ou memória.
Muitas vezes, a paralisia cerebral afeta regiões do cérebro
que são responsáveis pela visão, audição e fala, atrapalhando
assim a comunicação do paciente.
Deficiência mental
A deficiência mental ocorre devido a problemas na região do
cérebro que causam dificuldade de aprendizagem, acarretando ao
paciente um baixo nível intelectual.
Essa deficiência é, na maioria das vezes, causada por
complicações na hora do parto e durante a gestação, mas não é
detectada previamente.
Vários pesquisadores dizem que a deficiência mental é
praticamente impossível de ser detectada.
O paciente que possui está anomalia é chamado de
portador de necessidades especiais.
O diagnóstico e início do tratamento precoce pode ajudar o
paciente a ter uma qualidade de vida melhor.
O tratamento consiste no acompanhamento simultâneo de
um médico, um fisioterapeuta, um fonoaudiólogo, um psicólogo, um
pedagogo, entre outros profissionais.
É importante salientar que há diferenças entre Deficiência
Mental e Doença Mental, sendo que o paciente que possui
deficiência mental tem a percepção da realidade de si e do que
o cerca, podendo opinar sobre situações importantes da sua vida.
Enquanto o doente mental não possui tal discernimento.
A deficiência mental, na maioria das vezes, é detectada ainda
na infância, mas ocorrem casos que os familiares só a
percebe quando a criança está iniciando os estudos.
Essa patologia pode ocorrer em vários graus, tais como
leves, moderados e até mesmo graves.
Síndrome de Down
A síndrome de Down é uma doença decorrente de uma
alteração genética, que produz um cromossomo a mais, o par 21,
por esse motivo também é conhecido por trissomia 21.
Essa síndrome causa uma alteração genética que dificulta o
desenvolvimento do paciente, e como já é de conhecimento da
maioria das pessoas, possui características físicas e cognitivas.
Na maioria dos casos de pessoas com síndrome de
Down, o cromossomo a mais está localizado em todas as células
do organismo. Mas a casos que o cromossomo a mais está
localizado em apenas algumas células.
O diagnostico, pode ser feito até mesmo no útero da mãe,
através de análise dos cromossomos.
Pesquisadores ainda não sabem dizer ao certo quais as
causas da síndrome de Down, mas estudos revelam que essa
síndrome ocorre mais em mães com menos de 35 anos, por mais
que a idade de risco seja em mulheres com mais de 35 anos.
Muitos pacientes com síndrome de Down, apresentam outros
problemas, como problemas cardíacos, entre outros, e isso sim
preocupa no tratamento desses pacientes, pois a única
característica da síndrome é o déficit intelectual e a característica
física.
Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs)
Foram realizados levantamentos junto à população que
constatou que a perda dentária ocorre de forma precoce em nosso
país e que 56% dos idosos não possuem mais nenhum dente,
ou seja, são completamente edêntulos.
Com essas informações, percebeu-se a necessidade de criar
Centros de Especialidades Odontológicas junto ao SUS, para
ampliar os cuidados à população, dando a ela o acesso a saúde
bucal.
Esses Centros de Especialidades Odontológicas devem ser
criados em todos os municípios dos estados.
Itens para recebimento de encaminhamento para Centros
de Especialidades Odontológicas
Os atendimentos devem ser encaminhados, dando
preferência a pessoas com necessidades especiais, para isso, ao
encaminhar um paciente a um centro de especialidades, o
profissional da unidade básica de saúde deve informar qual é o
nível de prioridade.
Todo tratamento nos centros de especialidades são realizados
para pacientes que possuem encaminhamentos recebidos por
profissionais de outras unidades de saúde públicos, que são
Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Saúde da Família,
outros Centros de Especialidades ou Hospitais.
O paciente que receber o encaminhamento aos centros de
especializados deve ser tratado previamente pela unidade de saúde
a que ele deu entrada.
As unidades de saúde devem realizar um pré-tratamento para
que o paciente não fique com dor e sejam eliminadas todas as
possíveis infecções.
Em situações de emergência onde o paciente necessite de
cuidados imediatos, esse primeiro atendimento deve ser realizado
pela unidade básica de saúde, e só depois de retirados os focos da
dor é que o mesmo será encaminhado aos centros de
especialidades.
Para fazer o agendamento de
consultas nos centros de
especialidades, o cidadão deve buscar informações junto à unidade
a que foi encaminhado.
Para encaminhar o paciente a um centro de
especialidades o profissional da unidade básica de saúde deve
preencher os formulários e encaminhar os exames quando
existentes.
Ao fim do tratamento odontológico, o paciente receberá a
orientação de junto à unidade de saúde, e assim obter
informações sobre a manutenção e o tratamento realizado.
Cada centro de especialidades odontológicas possuem suas
próprias réguas de administração em relação a atrasos e faltas às
consultas.
Conforme informado à cima, o profissional da unidade
básica de saúde deve preencher um formulário para realizar o
encaminhamento do paciente aos centros de especialidades
odontológicas.
Esses formulários são chamados de
referência e formulários de contra referências.
formulários
de
Em caso que o paciente necessite de mais de uma
especialidade de atendimento, o mesmo deve passar por uma préconsulta para avaliação da prioridade.
Todos os pacientes que possuam outros problemas junto ao
problema odontológico devem solucionar primeiro o problema
clínico, para só assim, começar seu tratamento no centro de
especialidade odontológica.
Os pacientes que não possuírem encaminhamentos com o
devido preenchimento do formulário estão sujeito à avaliação da
possibilidade de atendimento, podendo
assim, ser ou não
atendidos no centro de especialidades.
Encaminhamentos
aos
serviços
especializados
diagnóstico de lesões de boca e câncer bucal
de
Todos os centros de especialidades odontológicas devem
atender pacientes com Estomatologia visando o cuidado para casos
de câncer bucal.
É obrigação dos centros de especialidades odontológicas a
realização de exames em pacientes com suspeitas de câncer bucal,
para diagnostico precoce.
Requisitos Básicos para Encaminhamentos
É de extrema necessidade que os profissionais da rede básica
de saúde encaminhe os indivíduos com qualquer suspeita de
estomatologia com os formulários devidamente preenchidos,
frisando a necessidade de urgência.
Quanto mais rápido for feito os testes na lesão, as
chances se tratamentos são maiores.
Somente com exames detalhados é que se pode
diagnosticar a malignidade do problema e quando mais precoce for
tratado os riscos de agravamento se tornam menores.
Quando diagnosticado a estomatologia deve-se fazer o
acompanhamento do paciente, tanto durante o tratamento quanto
durante a manutenção.
Os sistemas básicos de saúde, não comportam tantos
serviços por causa da quantidade de procura por atendimento para
o diagnóstico de problemas de maior complexidade, sendo assim, o
encaminhamento deve ser realizado.
Mesmo não fazendo normalmente esses tipos de
diagnósticos, não impossibilitam que sejam feitos pela rede de
saúde básica, pois lá também possuem profissionais altamente
qualificados.
Critérios para recebimento de encaminhamento aos centros
de especialidades odontológicas
Para recebimentos de encaminhamentos prioritários aos
centros de especialidades odontológicas, o paciente tem que ter
sinais de lesões na boca ou manchas que possam sugerir câncer.
Sempre lembrando que indivíduos com histórico de
alcoolismo, tabagismo e acima de 40 anos de idade tem propensão
a terem câncer bucal, entre outras doenças interligadas, sendo
assim é dado prioridades a esses pacientes quando os mesmos
possuem quaisquer tipos de manchas, placas esbranquiçadas, etc.
Encaminhamentos aos serviços especializados em endodontia
Nesse grupo de especialidade são realizados diversos
tratamentos tais como:
• Tratamento de Necropulpectomia;
• Tratamento e retratamento Endodônico em dente permanente
unirradicular, birradicular e trirradicular;
•
Tratamento e retratamento endodôntico dente decíduo
unirradicular;
• Tratamento de perfuração radicular;
•
Tratamento e retratamento endodôntico dente decíduo
multirradicular;
• Apicetomia com obturação retrógrada.
Requisitos Básicos para obter o Encaminhamento aos
centros de especialidades
O direcionamento dos pacientes para os Centros de
Especialidades deve ser feito através da rede de saúde básica,
portanto com o formulário de encaminhamento devidamente
preenchido.
Os pacientes que receberam atendimento de urgência devem
passar primeiramente no atendimento em unidades de saúde
básica, para assim realizar a devida analise de sua necessidade e
então, caso detectada a necessidade, receber o encaminhamento.
Todo paciente que for encaminhado aos centros de
especialidades devem ter recebido pela unidade o tratamento
básico, um tratamento prévio para remoção da dor e de infecções,
como também, orientações sobre a higienização bucal.
No encaminhamento deve conter o nível de atendimento,
visto que paciente com a necessidade de realização de canal tem
prioridade quanto a pacientes com a necessidade de
retratamento endodôntico devido ao possível agravo na demora
da realização do procedimento.
Outra prioridade ocorre quanto ao tipo de dente a ser tratado,
como é o caso dos dentes permanentes que devem receber
prioridade quanto aos dentes decíduos.
Na consulta, junto com a unidade de saúde básica, deve ser
avaliado todo o procedimento necessário para informá-lo no
encaminhamento, pois alguns procedimentos necessitam de itens
para sua realização, como é o caso de coroas e próteses dentárias.
A equipe de saúde básica, deve informar no formulário de
encaminhamento qual doença causou a dor no paciente, como
decorrente de endodôntica ou de doença periodontal.
Todo tratamento que é direcionado para os centros de
especialidades é previamente tratado, retirando-se os problemas,
como por exemplo, as cáries, colocado curativos no local a ser
tratado pelos especialistas.
Quem está apto a receber o Tratamento Endodôntico
•
Todas as pessoas que tiverem em mãos o formulário de
encaminhamento devidamente preenchido pelo profissional de
saúde da rede de saúde básica, principalmente pessoas com
agravos em dentes permanentes ou em dentes terceiros molares
para endodontia.
• Pessoas com os problemas dentários previamente tratados, tais
como a remoção de infecções, que tenham sido removidos a
estrutura cariada e com o buraco devidamente desinfetado.
Quem está apto a receber o Retratamento Endodôntico
Toda pessoa que possuir sintomas decorrentes de locais
tratados, principalmente na ocorrência de dor.
Pacientes que não tiverem com sintomas devem ter em mãos
exames de radiografias que comprovem o problema causado
por tratamento inadequado.
Outro grupo que deve receber o encaminhamento de
retrabalho é aquele que possui lesão periapical ou que o problema
esteja aumentando de tamanho.
Problemas
periodontia
tratados pelos serviços especializados em
Os centros de serviços especializados em
periodontia,
tratam principalmente pessoas com as seguintes necessidades:
• Pessoas que necessitem da realização de Cirurgias periodontais
por hemiarcada;
• Pessoas que necessitem de Enxerto gengival;
• Pessoas com Gengivectomia;
• Pessoas com Gengivoplastia por hemiarcada;
• Pessoas
hemiarcada;
que necessitem de raspagem corono-radicular por
• Pessoas que necessitem do Tratamento periodontal em situação e
emergência;
• Pessoas que necessitem de Curetagem subgengival por indivíduo.
Requisitos Básicos para obter o Encaminhamento
Toda pessoa que estiver fazendo o tratamento odontológico
na rede de saúde básica e necessitarem de atendimento
especializado, receberão o encaminhamento a este tratamento.
Para a entrega do encaminhamento, a equipe de saúde
remove as infecções e problema bucais para deixar apta a receber
a devido tratamento.
Os profissionais da saúde são qualificados para o
acompanhamento do paciente com o conhecimento para auxiliar o
mesmo sobre quaisquer dúvidas. Antes de darem este
encaminhamento, confirmam o interesse do paciente para realizar o
tratamento, pois caso a pessoa não queira não seria desperdiçado
produtos a sua espera.
O tratamento de doenças periodontais e sua manutenção,
como todas as outras doenças odontológicas, devem ser
realizados nas Unidades Básicas de Saúde.
Apenas quando necessários tratamentos mais específicos é
que os pacientes deverão ser encaminhados aos serviços
especializados.
Quem está apto a receber
Especializada em Periodontia?
os Procedimentos da Atenção
• Pessoas que precisarem receber tratamento não cirúrgicos
com cavidades acima de 6 mm;
• Os pacientes que precisem de cirurgia periodontal com acesso ou
cirurgias pré-protéticas.
Quem não está apto a receber o Encaminhamento?
Os pacientes com problemas periodontais de até 4mm , não
necessitam ser encaminhados, pois seu tratamento deve ser
realizado nas redes de saúde básicas.
Pessoas com dentes com acentuada mobilidade verticais
ou com severa destruição coronária.
Só é considerado completo o tratamento periodontal quando a
equipe de saúde definir. Isso ocorrerá depois da avaliação
determinada
pelos profissionais que estiverem fazendo o
acompanhamento do tratamento.
Depois do tratamento realizado, o indivíduo deverá fazer
acompanhamento na Unidade Básica de Saúde para
realização manutenções periódicas.
Bibliografia
<http://www.brasilescola.com/doencas/hanseniase.htm
Colgate. Centro de Informações de Saúde Bucal e Dental. O
que são caries? Dental-Health-Basics/Common-Concerns/CavitiesTooth-Decay/article/What- are-Cavities.cvsp
DENTISAÚDE. Saiba como manter uma boa higiene oral.
Disponível em <http://www.dentisaude.com.pt/higiene-oral.php
Câncer. <http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=324
<http://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-boca
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica.
Saúde Bucal. Brasília:
Ministério da Saúde, 2008.
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