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VII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA
UNAERP CAMPUS GUARUJÁ
A Prevalência e a Origem da Obesidade Infantil.
Washington Luiz Fernandes
Discente do Curso de Graduação em Enfermagem
Unaerp – Universidade de Ribeirão Preto - Campus Guarujá
e-mail: [email protected]
Roberta dos santos Souza
Discente do Curso de Graduação em Enfermagem
Unaerp – Universidade de Ribeirão Preto - Campus Guarujá
e-mail: [email protected]
Renata Corrado Lins
Discente do Curso de Graduação em Enfermagem
Unaerp – Universidade de Ribeirão Preto - Campus Guarujá
e-mail: [email protected]
Gabriel Garbelini Fogaça
Discente do Curso de Graduação em Enfermagem
Unaerp – Universidade de Ribeirão Preto - Campus Guarujá
e-mail: [email protected]
Gabriel Rodrigues de Mendonça
Discente do Curso de Graduação em Enfermagem
Unaerp – Universidade de Ribeirão Preto - Campus Guarujá
e-mail: [email protected]
Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee
Resumo:
A Obesidade infantil esta intrinsecamente associada a diversos fatores. Esse
estudo bibliográfico descreve o histórico no Brasil e no Mundo da obesidade
que tem afetado inúmeras crianças e adolescentes: conceitos, obesidade
infantil no mundo, obesidade infanto-juvenil no Brasil, etiologia, avaliação
de IMC em crianças e adolescentes, Tratamento, Alimentação, atividade
física e Prescrição de exercício físico.
Palavras-chave: Obesidade infantil, Alimentação, Atividade física.
Seção 1 – Curso de Graduação em Enfermagem da Unaerp
–
Meio
Ambiente.
Apresentação: oral.
1. Introdução.
1
Segundo Antony (1997), a obesidade significa um grau elevado de
gordura corporal.
Fisberg (1995) considera que, entre as modificações do nosso corpo, a
obesidade é a mais complexa e de difícil entendimento, havendo a
necessidade de uma abordagem multidisciplinar do problema.
A obesidade é considerada uma síndrome multifatorial na qual a
genética, o metabolismo e o ambiente interagem, assumindo diferentes
quadros clínicos, nas diversas realidades sócio-econômicas. Atualmente, é
considerada uma condição de elevada prevalência, que suscita a atenção do
clínico, do pesquisador, assim como dos que trabalham na área social e
sanitária. (CATANEO, CARVALHO, GALINDO, 2005, p.40).
2. Objetivo Geral
Descrever de um modo geral a prevalência de obesidade infanto-juvenil
que vem se desenvolvendo ao longo dos anos, por inúmeros fatores.
3. Metodologia
Este estudo tipo revisão de literatura baseou-se em livros, artigos
científicos e sites confiáveis de especialistas.
A pesquisa bibliográfica visa, por meio de uma compilação crítica e
retrospectiva de várias obras, demonstrarem o estágio atual da pesquisa em
torno de determinado objeto. Não se trata de um texto original. Antes é um
trabalho comparativo que permite ao autor avançar em relação ao seu tema
e criticar o tratamento dados pelos autores ao assunto pesquisado
(AZEVEDO,2001).
Nessa pesquisa foram utilizados 30 textos, dentre eles foram
consultados livros, artigos e sites de especialistas sendo selecionados,
criteriosamente 13 artigos que mais contribuíram com o tema devido ao seu
modo de explanação e atualidade sobre o assunto. O período de busca foi de
junho a agosto de 2010.
4. Resultados e Discussão:
A reeducação alimentar é um dos processos importantes para corrigir
hábitos alimentares. As crianças têm sido vitimas de muitos alimentos ricos
em gorduras trans, gorduras estas que são consumidas ao longo prazo. E a
conseqüência de uma alimentação irregular provoca danos muitas vezes
irreversíveis, que futuramente acarretará uma série de doenças,
principalmente as cardiovasculares.
a) Indicadores
A obesidade é um grave problema de saúde pública, no Brasil e no
mundo. Segundo dados da OMS, 60% da população nos Estados Unidos
2
estão acima do peso ideal, e desse percentual 35% dos americanos são
considerados obesos.
Na Europa alguns países possuem 25% dos indivíduos obesos em sua
população, na America Latina já existem evidencias de que a prevalência de
obesidade superou a desnutrição. Mas sabe-se que os fatores culturais,
ambientais e genéticos influenciam em sua gênese.
Apesar de os indivíduos com excesso de peso ser rotineiramente
considerados pessoas com distúrbio de comportamento ou de personalidade,
já existem vários estudos que revelam que os fatores genéticos são
predominantes no surgimento da obesidade. Alguns dados sugerem que a
hereditariedade pode estar presente em 50 à 90% dos casos.
Porém, a incidência de obesidade dobrou nos últimos 30 anos, fatores
como um gene ou uma anormalidade bioquímica não pode explicar a
proporção do fenômeno, alterações dos fatores ambientais, justificam a
epidemia. Sendo que a obesidade esta associada com outras doenças como
diabete, hipertensão, dislipidemia, doenças coronarianas, infecções
pulmonares e osteoartrose, que promovem o aumento da mortalidade.
Obesidade Infanto-Juvenil no Mundo
Estudos publicados por Dietz, em 1998, demonstraram que, em
diversos países, de 5% a 10% das crianças em idade escolar são obesas e
que, entre os adolescentes, essa proporção aumenta até situar-se em torno
de 15% a 20%.
Nos Estados Unidos, NHANES sigla para Pesquisa Nacional de Saúde e
Nutrição, levantou dados dos últimos 20 anos com rigorosa metodologia
cientifica a ponto de a OMS adotar seus dados e conclusões como
parâmetros globais. As conclusões foram alarmantes. Nesses últimos 20
anos, o numero de crianças e adolescentes norte-americanos obesos ou com
sobrepeso mais que dobrou.
Em meados dos anos 60, 4% das crianças entre 6 e 11 anos e 6% das
crianças entre 12 e 19 anos estavam acima do peso. Em 1999, 12% das
crianças entre 6 e 11 anos e 145 das crianças entre 12 e 19 anos estavam
acima do peso.
b) Etiologia
Idade: as pessoas podem iniciar sobrepeso e/ou obesidade com qualquer
idade, variando entre os sexos
Influências pré – natais: a ingestão calórica materna durante a gravidez
influência o tamanho, o formato e a composição corpórea do feto.
O tabagismo e a obesidade no período da gestação aumentam o risco de
obesidade da criança.
Amamentação: crianças em aleitamento materno exclusivo pelo
menos 3 meses têm menor risco de apresentar sobrepeso ao atingir a idade
escolar.
Infância: Infância: o desenvolvimento da obesidade infantil depende
da idade em que ela se inicia e do histórico familiar. Tanto para crianças
3
obesas, como para as não – obesas com menos de 10 anos de idade, ter um
dos pais obesos aumenta em 2 vezes o risco de serem obesas na idade
adulta.
Adolescência: o peso na adolescência é um bom predito do peso na
idade adulta.
Mulheres adultas: a maioria desenvolve excesso de peso após a
puberdade, podendo ser desencadeado por uma série fatores:
 Gravidez: os ganhos de peso durante a gestação são eventos
importantes no histórico da obesidade, a gravidez em si pode deixar
um legado elevado de peso.
 Contraceptivos orais: essas medicações podem levar a um ganho de
peso em algumas mulheres, embora os efeitos sejam diminuídos com
as pílulas de baixa dose de estrogênio usadas atualmente
 Menopausa: ganho de peso e mudanças na distribuição de gordura
com freqüência ocorrem após a menopausa. O declínio das secreções
de estrogênio e progesterona altera a biologia da célula adiposa
abdominal aumente, sendo e fator importante de risco cardiovascular.
Homens adultos: a transição de estilo e vida durante a adolescência para
uma vida mais sedentária esta associada ao aumento de peso em muitos
homens.
Estilo de vida sedentário: um estilo de vida sedentário reduz o gasto de
energia e promove o ganho de peso. Na atual sociedade onde impera o
sedentarismo - frutos da tecnologia que poupa esforços no local de trabalho
e em casa, reduzindo, assim o gasto de energia – a tendência de ganho de
peso é cada vez maior. De todos os hábitos sedentários, o tempo prolongado
em frente a TV parece ser o maior indicador de risco de obesidade e
diabete.
Dieta: a contribuição da dieta para balanço energético positivo tem sido
amplamente estudada e já está descrito que o excesso de ingestão alimentar
em relação ao gasto de energia leva á obesidade. O aumento da quantidade
de alimentos ricos em gordura na dieta tem sido relatado como fator
importante na gênese da obesidade apesar de não haver consenso entre
alguns autores.
Ganho de peso induzido por medicamentos: É um efeito colateral de
muitos medicamentos entre eles: medicamentos antidepressivos tricíclicos,
antipsicóticos, anticonvulsivantes, antidiabéticos orais secretagogos de
insulina, insulina alguns progestagênios e glicorticosteróides.
Fatores étnicos, socioecômicos e culturais: Estudos demonstram que o
risco para obesidade é maior entre homens e mulheres com menor
escolaridade e condição econômica menos favorecida a última sendo citada
por autores como fator de risco para obesidade independente de etnia e sexo.
Fatores psicológicos: alguns estudos realizados sugerem que vários
fatores psicológicos interferem na manutenção e no ganho de peso; como
baixa auto – estima dificuldade em lidar com eventos adversos no decorrer
da vida e metas de perdas de peso irreais.
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Causas genéticas: Síndrome de Prader-Willi a mais comum sendo
causada por alterações no cromossomo 15 é caracterizado por apetite voraz,
levando ao portador a obesidade importante.
c) Obesidade Infantil.
O prognóstico de obesidade infantil é bastante controverso. Alguns
estudos demonstraram que, aproximadamente 20% das crianças obesas
podem se tornar adultos obesos.
A obesidade infantil tem aumentado dramaticamente em todos os países
industrializados, nos quais a inatividade física parece contribuir da mesma
forma que a ingestão elevada e desbalanceada de alimentos. A obesidade
muitas vezes acarreta dificuldades comportamentais, interferindo assim, no
relacionamento social, familiar e acadêmico.
d) Avaliação da CC pelo IMC em Crianças e Adolescentes.
Goran salienta que desde meados dos anos 90 varios estudos
começaram a mostrar a existência de gordura visceral em crianças e
adolescentes, demonstrando significativa correlação com os fatores de risco,
como a concentração de insulina e de lipídios aumentados.
A padronização do IMC para crianças ainda é convergente e sua
expressão é em percentis e pode ser representada na tabela abaixo:
Percentil
P≤5
P ≥ 6 e ≤ 15
P ≥ 16 e ≤ 84
P ≥ 85 e ≤ 94
P ≥ 95
Fonte: Must, ET all (1991).
Classificação
Desnutrido
Indicativo de Desnutrido
Normal ou Eutrófico
Sobrepeso
Obeso
O comportamento alimentar de uma criança reflete nos processos de
crescimento e desenvolvimento físico e psicossocial. A obesidade infantil e o
sobrepeso são importantes preocupações na saúde pública, como busca de
promover uma maior expectativa de vida do adulto futuro.
Segundo Bee, “No entanto, as crianças com um excesso significativo de
peso correm, com clareza, um risco maior de obesidade adulta, um estado
ligado a uma expectativa de vida mais curta e a um maior risco de doenças
cardíacas, hipertensão, diabete, doenças da vesícula biliar e problemas
respiratórios.”
É necessário salientar que as populações de crianças mais pobres não
têm informações corretas sobre os valores energéticos de um alimento e as
de um maior aquisitivo, apesar de terem essa informação, sofrem com outras
questões (a falta da mãe, as grandes práticas de marketing, a falta de
exercícios físicos, o uso excessivo de vídeo-game, computadores e a falta de
espaço para brincar) que acarretam os erros alimentares.
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O controle da patologia torna o balanço energético negativo, sendo o
exercício físico, as alterações da dieta e bons hábitos alimentares
fundamentais para uma melhoria notável da composição corporal. O manejo
deve englobar mudanças de valores familiares, sendo um processo lento e de
envolvimento de todos os membros da família.
É importante destacar que uma criança não deve ficar muito tempo
sem se alimentar, porque ela depende do alimento para o seu crescimento e
seu desenvolvimento. Quando há uma falta de nutrientes no organismo, as
funções da criança são prejudicadas, resultando em um avida menos
produtiva. De acordo com Costa e Souza, os alimentos são classificados em
três grupos, conforme as principais funções no organismo.
Segundo Bee, “Deve-se ter uma dieta regular, contendo proporções
adequadas de nutrientes, proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas,
minerais, água e fibras; o total de calorias deve representar 55 a 60% de
hidrato de carbono, 10 a 15% de proteínas, 25 a 30% de lipídeos.”
Para as crianças de até 06 meses de vida, é recomendável o
aleitamento materno exclusivo, em que a mãe deve estabelecer horários não
muito rígidos das mamadas, para que a criança obedeça a um ritmo. Após
essa idade, deve-se iniciar com um só tipo de alimento e substituí-lo por
outros co novas cores e texturas para que a criança conheça novos sabores e
desde cedo tenha bons hábitos alimentares.
Segundo Costa e Souza, “... na alimentação das crianças; inúmeras
são as desvantagens das práticas alimentares com introdução precoce de
outros alimentos...”. Desde o nascimento, através dos hábitos alimentares
incorretos, as crianças podem adquirir deficiência de alguns nutrientes e
excesso de outros, podendo assim acarretar diversas patologias, inclusive a
obesidade. Logo, uma alimentação adequada, irá possibilitar ao organismo a
assimilação de nutrientes necessários à manutenção das funções vitais.
De acordo com Mahan e Stump, os pais devem adequar à alimentação
da criança, evitando refrigerantes e servindo suco natural, não preparar
molho rico em gordura, não oferecer doces entre as refeições, sendo
recomendável oferecer frutas. Os pais devem estar atentos à compra do
supermercado, mostrando e incentivando a compra de verduras, frutas e
legumes, proporcionando também alimentos variados, com todos os
nutrientes necessários, além de acompanharem o peso e a altura da criança
periodicamente, a fim de se observar o desenvolvimento dela.
Muitos pais são negligentes na hora de alimentar seus filhos. O
alimento não deve ser uma recompensa ou troca de atitude. Os pais não
devem usar de “chantagens” ou castigos para que a criança se alimente. Tal
fato pode, assim, ocasionar um distúrbio alimentar. Eles devem ser
sensatos, tendo paciência, tranqüilidade e dando um bom exemplo, para que
a criança produza um comportamento alimentar saudável.
A alimentação de uma criança deve ser associada a muita conversa,
devendo ficar claras as vantagens de uma boa alimentação. Não se deve
brigar ou criticar a criança à mesa, para que ela não desconte suas
frustrações no prato de comida. Enfatizar sempre o positivo, elogiando e
relembrando o que ela pode comer.
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Os pais devem dar prioridade à prevenção da obesidade infantil,
restringindo o consumo de alimentos calóricos, limitando a exposição das
crianças às pesadas práticas de marketing. Assim, estarão resgatando dietas
saudáveis, sendo importante que toda família siga as normas alimentares,
pois a criança tende a seguir o exemplo dos pais. É importante que toda a
família reveja seus hábitos alimentares, para melhorar a qualidade de visa e
para incentivar a criança a desenvolvê-los.
De acordo Mahan e Stump, os pais devem observar o comportamento
do filho em relação à alimentação. Oferecer uma “dieta básica”, ou um
cardápio, com horário, tipos e quantidades dos alimentos desejáveis; não
exigir que a criança “raspe o prato”, deixando-a ter o seu próprio limite; e
esquecerem a filosofia de que “criança gordinha é uma criança sadia”.
Segundo Farrell e Nicoteri, “...em geral a criança pequena tem uma
preferência que se repete por certos tipos de alimentos, recusando outros.”
De acordo com os levantamentos obtidos, foi possível elaborar as seguintes
ações: ensinar a mastigar devagar, em lugar tranqüilo, sem televisão; não
impor dietas restritas, pois as crianças estão em fase de crescimento e
desenvolvimento, precisando suprir as necessidades vitais; não ceder ao
primeiro “não gosto” de uma criança, deve-se dizer a elas que é pelo menos
para experimentar; não fazer da comida uma recompensa para a
criança;deve-se oferecer frutas com pequenas quantidade de açúcar e folhas
em geral; considerar como alimentos proibidos, sorvetes, açúcar, mel,
bombom, chocolate, doce, refrigerantes,etc,; evitar alimentos gordurosos,
como, manteiga, frituras, carne gordas.
Além disso, o profissional deve orientar os pais no sentido da
utillização de alimentos mais disponíveis e mais baratos, evitando despesas
com produtos industrializados e sempre enquadrando a criança nos seus
padrões culturais.
e) Tratamento.
O tratamento da obesidade pode compreender três formas:
comportamental, farmacológica e cirúrgica. Devemos entender que o
tratamento comportamental é importante e deve acompanhar os outros
métodos terapêuticos.
As dificuldades com o paciente valorizam ainda mais a importância da
orientação das alterações de peso na infância e adolescência. A
suscetibilidade do jovem a mudanças e geralmente maior e, por ele esta em
fase de crescimento, tem a vantagem de poder naturalmente modificar a
relação peso altura. O pediatra tem a responsabilidade de influenciar na
forma como acriança e introduzida na alimentação ,nos conceitos de
alimentação saudável que os pais desenvolvem ,devendo atuar nas consultas
periódicas, na prevenção de eventuais distúrbios alimentares.
O tratamento da criança obesa deve sempre ser individualizado para
as necessidades de cada paciente e da família, mais acima de tudo ser
realista e factível, respeitando limitações, estabelecendo limites sem, no
entanto, privar do prazer ou tampouco criar estigmas procurando estimular
o desenvolvimento pessoal. A abordagem da obesidade infantil tem que
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sempre que possível ser realizada por equipes multidisciplinar. O tratamento
da criança obesa não pode ser isolado da família.
Programas de tratamento de crianças obesas que incluem múltiplos
membros da família têm mais sucesso em longo prazo que programas que
incluem somente a restrição alimentar da criança obesa.
Os principais objetivos são:
Estabilização do peso e se possível a perda
Melhorar a capacidade física
Melhorar as condições psicossociais
Estimular a adesão a hábitos alimentares saudáveis associados a
atividades físicas como rotina da vida.
Entre os tratamentos realizados atualmente durante a infância e
adolescência, o que parece permitir os melhores resultados e o da mudança
comportamental, associado à restrição calórica moderada e ao aumento da
atividade física. Mesmo os melhores programas, no entanto, ainda mantêm
grande porcentagem de recaídas.




Alimentação
Tem como princípios a redução de calorias em relação ao gasto
energético e reestruturação de hábitos alimentares. A perda de peso depende
do déficit calórico, que por sua vez depende do numero total de calorias
ingeridas. Alguns estudos defendem que a utilização de gorduras consome
energia. Não existem dados suficientes em criança a esse respeito.
Na fase inicial, no paciente que não apresentam quadro grave ou comorbidade, a melhor conduta e estabelecer um plano alimentar com
alimentação balanceada.
Redução inicial calórica de 10% em relação à ingestão calórica
habitual adequada. Alguns programas recomendam redução na ingestão
calórica de 500 kcal diária em relação ao requerimento necessário para
manutenção do peso.
Considerando-se resultado satisfatório a estabilizarão do peso dentro
de 3 a 6 meses, nos casos graves com o peso 140%acima do ideal ou com
patologias ocasionadas pela obesidade ,nos quais existe a necessidade de
perda mais rápido ,restrição calórica mais intensa e recomendada ,com a
redução de pelo menos 1000kcal/dia .as dietas mais indicadas são as
formam quantidade elevada de proteínas ,com restrição dos carboidratos
neste caso e sempre importante prover as vitaminas ,os minerais e as frutas
que possa ficar deficitários.essas dietas são muito eficiente em curto prazo
não diferem em resultado das dietas com redução calórica moderada .
Nas crianças e principalmente nos adolescentes que estejam próximos
do estirão puberal, e necessária muita atenção ao ritmo de crescimento e
não e aconselhável que ocorra desaceleração simultaneamente a perda de
peso. Um tratamento bem-sucedido inclui ritmo de crescimento normal, e
nos casos em que haja problemas, a ingestão calórica deve ser reavaliada.
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Nível da atividade física
Alguns aspectos fisiológicos são bastante relevantes quando
comparamos crianças magras com crianças obesas. A capacidade física e o
perfil
metabólico
são
fatores
a
ressaltar.
Quando foi comparada a resposta cardiorrespiratória ao esforço físico na
esteira ergométrica de 20 crianças obesas contra 10 crianças magras,
constatou-se que as crianças com sobrepeso apresentavam capacidades
físicas atenuadas.
Dados do nosso ambulatório confirmam essas respostas e indicam que
crianças e adolescentes obesos apresentam capacidade cardiorrespiratória
inferior à dos não obesos. A falta de atividade física atenua a capacidade
física em pacientes com sobrepeso quando comparados a crianças magras
da mesma idade.
Geralmente os indivíduos obesos atingem cargas menores de
exercícios, além de uma enorme dificuldade em atingir o consumo máximo
de oxigênio.
Efeito do treinamento físico
A dieta isolada propicia, sem dúvida, um balanço energético negativo para o
controle de peso quando comparada ao exercício físico isolado, visto que a
criança pode estar reduzindo sua ingestão calórica em 1.000 kcal (por
exemplo) durante as vinte e quatro horas do dia, mas ficaria muito difícil
essa mesma criança aumentar seu gasto energético com atividade física em
1.000 kcal por dia. Portanto, a curto prazo a restrição calórica favorece a
perda de peso.
Entretanto, indivíduos que realizam dieta por um período prolongado
diminuem o metabolismo de repouso, e há perda de massa magra, podendo
assim “estacionar” seu peso e até mesmo voltar a engordar.
Porém, baseado nas nossas observações e nos dados apresentados na
literatura, alguns aspectos físicos, fisiológicos e psicológicos precisam ser
considerados: a criança obesa apresenta uma baixa capacidade
cardiorrespiratória; muitas vezes menor habilidade motora (menor eficiência
mecânica); problemas osteomusculares e articulares; menor estímulo para
realizar exercícios, além de aspectos metabólicos que comprometem a
realização de exercícios muito intensos (via glicolítica).
Assim, podemos sugerir que crianças obesas realizem atividades leves
e/ou moderadas, as quais propiciam vias metabólicas oxidativas e
conseqüentemente utilização da gordura como predominância de substrato
energético, podendo, com isso, aumentar o tempo de realização das sessões
de exercício.
Portanto, a prática regular de atividade física pode interferir
positivamente no balanço energético, como também prevenir e tratar o
quadro de fatores de risco associados à obesidade.
Prescrição de exercício físico.
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Prescrever exercício físico para criança é sempre mais difícil. O
princípio fundamental para a prática de exercício físico na criança está
diretamente relacionado ao prazer e ao bem-estar.
Não podemos imaginar uma criança praticando exercício três vezes por
semana, uma hora por dia, no cicloergômetro ou mesmo numa esteira
rolante. Pensar em atividade física para crianças e/ou adolescente é pensar
em criatividade.
É saber conduzir e estimular a criança para fazer exercícios através de
movimentos lúdicos, tais como: andar, correr, saltar, pular, subir, descer,
rolar, nadar, etc... Porém, sempre conduzir o esforço com intensidades
realmente
eficientes.
Contudo, antes de iniciar um programa específico para perda de peso numa
criança obesa, deve-se fazer uma avaliação prévia da capacidade funcional
desses pacientes, seja por uma avaliação apenas cardiovascular (teste
ergométrico), seja por uma avaliação da capacidade cardiorrespiratória (teste
ergoespirométrico). Pois, é a partir destes dados que a prescrição passa a ter
uma individualidade e uma segurança maior.
A freqüência cardíaca (FC) é seguida o mesmo principio de
treinamentos estipulados para adultos. No entanto as crianças obesas
apresentam dificuldade em alcançar o ponto de descompensarão
respiratória.
Um treinamento realizado por três vezes na semana é suficiente para
auxiliar na perda de peso corporal em crianças obesas. Após cinco meses de
intervenção do treinamento físico associado ao controle alimentar, as
crianças obesas perderam em média 9 kg, refletindo uma perda de
aproximadamente 10% do peso corporal total do início do programa.
Conclui-se desta forma que crianças com sobrepeso é realizar o
programa de treinamento físico no mínimo três vezes por semana, variando
sempre o estilo das aulas e preservando o principio da intensidade do
esforço.
A parte integrante do processo de redução e a atividade deve ser
incentivada na medida da aceitação do paciente, a criança que precisa
perder peso tem de aumentar o exercício físico, o aumento da atividade
isoladamente no, entanto, não altera o peso ,mais auxilia na manutenção
das mudanças oferecidas em combinação com as modificações alimentares
.um processo que pode ser muito útil e incentivar a atividade física nos
desempenho das tarefas diárias ,como utilizar escadas ,sempre que possível
fazer as atividade a pé ou com bicicleta .esse tipo de atividade apresenta
maior possibilidade de ser mantido do que atividade estruturais ,com aulas
de ginástica.
Em relação à atividade.
Nas crianças e principalmente nos adolescentes que estejam próximos
do estirão puberal, é necessária muita atenção ao ritmo de crescimento e
não é aconselhável que ocorra a sua desaceleração simultaneamente a perda
de peso. Um tratamento bem sucedido inclui ritmo de crescimento normal, e
nos cargos em que tem problemas, a ingestão calórica deve ser reavaliada.
10
Em relação a atividade física especificas os melhores exercícios são os
aeróbicos.
É importante ressaltarmos que os pais são muito importantes no
desempenho da criança. Devem estabelecer limites quanto suas atividades
diárias.
Nas crianças e principalmente nos adolescentes que estejam próximos
do estirão puberal, é necessária muita atenção ao ritmo de crescimento e
não é aconselhável que ocorra a sua desaceleração simultaneamente a perda
de peso. Um tratamento bem sucedido inclui ritmo de crescimento normal, e
nos cargos em que tem problemas, a ingestão calórica deve ser reavaliada.
Atividade física.
É parte integrante do processo de redução e a atividade deve ser
incentivada na medida da aceitação do paciente, a criança que precisa
perder peso tem de aumentar os exercícios físicos. O aumento da atividade
isoladamente no entanto, não altera o peso, mas o auxilio na manutenção
das mudanças oferecidas em combinação com as modificações alimentares.
Um processo que pode ser muito útil e incentivar a atividade física no
desempenho das tarefas diárias, como utilizar escadas, sempre que possível
fazer as atividades a pé ou com bicicleta. Esse tipo de atividade apresenta
maior possibilidade de ser mantida do que atividade estruturada, com aulas
de ginástica. Em relação a atividade física especificas os melhores exercícios
são os aeróbicos.
É importante ressaltarmos que os pais são muito importantes no
desempenho da criança. Devem estabelecer limites quanto suas atividades
diárias.
5. Considerações Finais:
Este estudo atingiu seu objetivo ao descrever na literatura a prevalência
da obesidade infanto-juvenil e a importância de uma alimentação adequada
para reduzir o índice de obesidade no mundo.
Espera-se que os graduandos da área de saúde dobrem sua atenção ao
se depararem com resultados tão significativos da população mundial, no
que diz respeito ao processo saúde-doença.
Sugere-se que os profissionais se apliquem na luta para reduzir os
índices que preocupam não apenas o setor saúde, mas de toda a população.
6. Referências Bibliográficas:
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Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro, 1997.
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Maturidade Emocional, Auto-conceito, Locus de Controle e
11
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Disponível
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http://www.scielo.br/pdf/prc/v18n1/24815.pdf
Acessado dia 24/06/2010 às 19:25h
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