Dr. Marcelo Torrente Silva Cirurgia Pediátrica – Urologia Pediátrica Araras: Rua Doutor Armando Salles de Oliveira, 525 – Ed. Doctor Center, sala 13 CEP 13600-730 - Fone: (19) 3542-6687 Leme: Rua Coronel João Franco Mourão, 647 - Espaço Santa Lydia, sala 12 CEP 13610-180 - Fone: (19) 3555-1621 e 3571-3815 Site: www.drtorrente.site.med.br e-mail: [email protected] Sessão “ Meu Médico Responde... “ 1- O que é Litíase Renal? A litíase urinária, conhecida popularmente como “pedra nos rins”, é uma doença muito comum em nossa população e ocorre por que a urina dos seres humanos contém, naturalmente, diversos elementos que podem se aglomerar e constituir uma pedra (cálcio, ácido úrico, oxalato, fosfato, etc). Estas substâncias são produzidas diariamente pelo metabolismo normal do organismo e eliminadas na urina, onde estão diluídas em água. O excesso de uma delas ou a falta de água para dissolver estas substâncias são as condições que favorecem o surgimento das pedras nos rins. As condições da vida moderna, onde as pessoas vivem em ambientes quentes, transpiram bastante e ingerem pouco líquido são as principais causas da litíase urinária. Há muita especulação sobre a influência da dieta alimentar na formação dos cálculos urinários. Todavia, não existe até o momento a comprovação de que hábitos alimentares normais possam produzir pedra nos rins. Apenas os excessos (de alimentos ricos em cálcio ou ácido úrico, por exemplo) seriam capazes de provocar a formação de cálculos, porém, ainda assim, somente em casos exagerados. 2- Quais são as outras causas de pedra nos rins? Outras causas de pedra nos rins são as doenças que produzem excesso de algum dos elementos formadores de cálculos na urina (exemplo: hipercalciúria – excesso de cálcio na urina). Nestas doenças, há um defeito nos rins e/ou no metabolismo do organismo, que leva à produção e eliminação de uma quantidade maior que o necessário de algum desses elementos. Pode haver também, a falta de uma substância inibidora da formação de cálculos (exemplo: hipocitratúria – falta de citrato na urina). Finalmente, as pedras nos rins podem ser formadas quando existem certas doenças que impedem o fluxo natural de urina no aparelho urinário (obstrução urinária). Nestes casos, a urina fica acumulada em um setor do aparelho urinário, onde surgem condições físico-químicas para a precipitação e cristalização de partículas que dão origem aos cálculos. Mais ainda, pode haver infecção por certos tipos de bactérias que são formadoras de pedra nos rins. 1 Dr. Marcelo Torrente Silva Cirurgia Pediátrica – Urologia Pediátrica Araras: Rua Doutor Armando Salles de Oliveira, 525 – Ed. Doctor Center, sala 13 CEP 13600-730 - Fone: (19) 3542-6687 Leme: Rua Coronel João Franco Mourão, 647 - Espaço Santa Lydia, sala 12 CEP 13610-180 - Fone: (19) 3555-1621 e 3571-3815 Site: www.drtorrente.site.med.br e-mail: [email protected] 3- Quais são os tipos de pedra nos rins? Os cálculos urinários mais comuns são os constituídos de oxalato de cálcio e correspondem a 80% dos casos. Os constituídos de ácido úrico e os de tipo misto também são muito comuns. 4- Quais são as conseqüências que uma pedra pode causar nos rins? Quando uma pedra é formada no rim, ela pode causar diferentes tipos de situação. É possível permanecer no local de origem durante bastante tempo (meses ou anos) sem causar nenhum problema. Pode acontecer de o crescimento da pedra levar a uma obstrução do fluxo urinário, surgindo então uma dor súbita na região lombar (onde se localiza o rim afetado), de forte intensidade, muitas vezes acompanhada de náuseas e vômitos e que leva a pessoa a procurar um pronto socorro. A pedra pode, também, ser expelida naturalmente junto com a urina, sem ser percebida ou sentida. Finalmente, os cálculos urinários podem causar infecções urinárias e serem descobertos apenas pelas manifestações destas infecções. A situação mais comum é aquela onde existe um cálculo renal pequeno, com ou sem dor, eliminável pelas vias naturais, sem infecção. Dores recorrentes, infecções graves, formação de cálculos sucessivos podem ocorrer, mas são situações incomuns. 5- Como se faz o diagnóstico de pedra nos rins? Associado ao histórico do paciente, solicita-se, de início, um exame de urina (urinálise), seguindo a ultra-sonografia e a radiografia com contraste nos rins (urografia excretora). Estes exames têm como objetivo localizar a pedra, determinar como está o fluxo urinário (se houver acúmulo de urina as vias urinárias podem ficar dilatadas (um fenômeno chamado de hidronefrose) e verificar se já existe infecção. 6- Qual o tratamento para litíase renal? Inicialmente, busca-se a causa da formação destas pedras, para atuar, muitas vezes, junto ao metabolismo sistêmico. Existem medidas não-invasivas, como a litotripsia extra-corpórea (fragmentação de cálculos renais por ondas de choque), procedimentos endoscópicos ou cirurgias tradicionais, cuja indicação dependo da idade, tipo de lesão e capacitação do profissional médico envolvido. Porém, as recidivas do quadro podem acontecer e estão intimamente ligadas ao padrão comportamental do paciente, devido sua adesão, ou não, ao tratamento. 2