PROGRAMA EDUCACIONAL DA ESCOLA DO ASSENTAMENTO SEM-TERRA CHICO MENDES BARONCELI, Márcia C. A.1;LEITE, Adenilza A.S2.; SILVA; Marina M.3.; OLIVEIRA, Dalva F.4 Nota-se uma nítida progressão do Movimento Sem-Terra, seja na questão mobilização, seja em estratégias de luta. Sendo a escola um ambiente propício à divulgação e manutenção de ideologias e percebendo a preocupação do Movimento com a educação baseada na sua filosofia, sentiu-se a necessidade de investigar se a escola do Assentamento Chico Mendes do Município de Presidente Médici segue este mesmo programa de ensino. Com a finalidade de atingir os objetivos propostos recorreu-se ao método hipotético-dedutivo ( LAKATOS & MARCONI, 1991), pois tivemos como ponto de partida para a pesquisa o conhecimento prévio da existência de um programa de ensino preparado pelo MST Nacional. O método de procedimento selecionado foi o monográfico ( YIN, 2005). Enquanto que a técnica de pesquisa se consubstanciou na entrevista “padronizada ou estruturada” ( HAGUETTE, 1997) para referências a infra-estrutura, à equipe escolar, alunos, professores e a “observação não participante” (LAKATOS & MARCONI, 1986: 68) com o intuito de registrar elementos que pareceram importantes durante a pesquisa e que não tinham sido incluídos nos roteiros de entrevistas e observação. No trabalho de pesquisa de campo realizado no assentamento Chico Mendes, foram entrevistados os Professores, uma funcionária, o Diretor e alunos da escola, pais de alunos e dois militantes do MST. Com relação à infra-estrutura legal, a escola é subordinada à Secretaria Municipal de Educação, não havendo um programa elaborado especificamente para aquela escola, tendo em vista a sua localização no assentamento do MST. Unanimemente, os alunos responderam que não conhecem a filosofia do MST e as mães entrevistadas não se dizem militantes, não conhecendo sua filosofia. Os Professores demonstram certo conhecimento da filosofia do Movimento, mas o seu envolvimento não atinge o nível descrito por SAVELLI (2000). Até mesmo as dificuldades que colocam para exercer sua função são problemas que poderiam ser discutidos e articulados na própria comunidade; o que cai novamente na questão levantada no princípio desta discussão.No contato com as crianças foi muito interessante notar que o mundo povoado pelos seus sonhos é muito distante da sua realidade rural e filhos de assentados do MST. As profissões com as quais sonham são aquelas que, de certo modo, gozam de “status” social e apenas uma deseja ser empregada doméstica mas, ao mesmo tempo, quer ter jóias. A posse de bens tipicamente urbanos também é reveladora. Palavras-chave: Movimento Sem-Terra – programa de ensino - assentamento 1 Acadêmica do Curso de Serviço Social do CEULJI/ULBRA . e-mail: [email protected] Acadêmica do Curso de Serviço Social do CEULJI/ULBRA. e-mail: [email protected] 3 Acadêmica do Curso de Serviço Social do CEULJI/ULBRA. E-mail: [email protected] 4 Orientadora Prof. Ms. no Curso de Serviço Social do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná 2