GHVHWHPEURGH 2GpILFLWQRPLQDOPDLVGLIXQGLGRSHOR%DQFR&HQWUDOGR%UDVLOGLIHUHGRVSDGU}HVLQWHUQDFLRQDLV 'HDFRUGRFRPHVWHVSDGU}HVRGpILFLWQRPLQDOGRV~OWLPRVPHVHVWHUPLQDGRVHPMXOKRVHULD GH 1R FRQFHLWR XWLOL]DGR SHOR %UDVLO R GpILFLW QRPLQDO GHVVH PHVPR SHUtRGR DWLQJLX O conceito internacional inclui no resultado nominal, além do resultado primário, a despesa com juros nominais. No Brasil, além da despesa com juros nominais, inclui-se no resultado nominal a variação cambial dos títulos públicos indexados ao câmbio. É no conceito de dívida pública que as valorizações (ou desvalorizações) da moeda devem ser, e normalmente são, incluídas como ajustes patrimoniais. Exemplo disso é a forma que o Brasil usa para ajustar a dívida externa. O Banco Central continua divulgando a dívida pública e a relação dívida líquida do setor público como proporção do PIB sem nenhuma modificação. Também as duas séries de déficit nominal, a que inclui variações cambiais e a que não inclui variações cambiais (conceito harmonizado), têm sido e continuarão sendo divulgadas. O Banco Central considera que o conceito harmonizado, que é internacionalmente aceito, deve ser enfatizado. É importante ressaltar que a dinâmica da dívida não se altera com esta mudança de conceito. No entanto, fica evidente que parte da variação da dívida ocorre por razões temporárias e parte por razões permanentes. O ajuste cambial feito no estoque da dívida, via ajuste patrimonial, protege o conceito de déficit. A desvalorização cambial pode ser revertida, não gerando impacto nos gastos do setor público. Apesar das recentes altas nas taxas de juros, o déficit nominal do setor público, no conceito harmonizado (consistente com padrões mundiais), tem apresentado as menores variações em percentagem do PIB (12 meses) desde a implementação do Plano Real (2,79% do PIB em julho). Considerando-se o resultado acumulado no ano, até julho, o déficit nominal harmonizado reduziu-se em 32,5% comparado com o mesmo período de 2000, o qual já era significantemente menor que em 1999 (-38,7%). Estes resultados corroboram com o argumento de que a trajetória observada no 2FRQWH~GRGHVWHGRFXPHQWRpLQIRUPDWLYR1mRUHVWULQJHDVDo}HVGHSROtWLFDPRQHWiULDHFDPELDOGR%DQFR&HQWUDO GR%UDVLO4XHVW}HVHFRPHQWiULRVSDUDJFLEDFHQ#EFEJRYEU resultado fiscal é temporária e reversível, caso os efeitos que estejam impactando na taxa de câmbio se revertam. O déficit nominal, pelo conceito até então enfatizado pelo Banco Central do Brasil, atingiu 6,21% do PIB em julho de 2001. O aumento do déficit nominal é inteiramente devido aos efeitos recentes da depreciação do Real, bem como aos efeitos do aperto da política monetária. Ambos, a depreciação da moeda e o nível de taxa de juros são respostas apropriadas aos choques que afetaram a economia brasileira recentemente. Essa reação proporcionará um déficit em conta-corrente mais baixo, uma perspectiva inflacionária estável e crescimento sustentável no médio prazo. Ambos, a taxa de juros e a taxa de câmbio são as fontes de estabilidade e não de instabilidade. *UiILFR 5HVXOWDGR1RPLQDO (12 meses em % do PIB) 'pILFLW1RPLQDO 'pILFLW1RPLQDO +DUPRQL]DGR MXO PDL PDU MDQ QRY VHW MXO PDL PDU MDQ QRY VHW MXO PDL PDU MDQ O superávit primário do setor público, calculado pela exclusão dos juros nominais e da variação cambial sobre o resultado nominal, atingiu 4,89% do PIB no acumulado de 2001 até o mês de julho, número 21% superior do que no mesmo período do ano 2000. Em junho o superávit era R$ 8,95 bilhões superior ao acordado com o FMI. Desde o início do acordo, o Brasil tem sistematicamente superado todas as metas de superávit primário acordadas (Tabela 1). O conteúdo deste documento é informativo. Não restringe as ações de política monetária e cambial do Banco Central do Brasil. Questões e comentários para JFLEDFHQ#EFEJRYEU *UiILFR 5HVXOWDGR3ULPiULRYV5HVXOWDGR1RPLQDO+DUPRQL]DGR (12 meses em % do PIB) 'pILFLW1RPLQDO +DUPRQL]DGR 6XSHUiYLW3ULPiULR MXO PDL PDU MDQ QRY VHW MXO PDL PDU MDQ QRY VHW MXO PDL PDU MDQ A dívida líquida do setor público brasileiro é uma das mais abrangentes do mundo, englobando não apenas o governo federal, mas também o Banco Central, todos os estados, municípios e empresas estatais, incluindo Itaipu (empresa bi-nacional). Os esforços do governo em direção à transparência das contas fiscais têm incluído o reconhecimento de dívidas antigas (esqueletos), as quais elevam imediatamente o nível de endividamento líquido total, mas sem representar risco adicional, uma vez que eles já existiam mesmo antes do reconhecimento. Desde 1996, R$ 65,6 bilhões em novas dívidas foram reconhecidas e incorporadas nas estatísticas da dívida líquida do setor público. Em 2001, R$ 12,37 bilhões (1,1% do PIB) foram incorporados, enquanto que as receitas de privatização somaram apenas R$ 0,1 bilhão. Desde 1996, o reconhecimento de esqueletos, líquido de receitas de privatização, atingiu R$6,1 bilhões. O governo brasileiro permanece inteiramente comprometido com uma gestão fiscal responsável. Este comprometimento está refletido nos resultados fiscais dos sete primeiros meses de 2001, apesar dos fatores temporais que imprimiram pressão desfavorável nas contas fiscais. O conteúdo deste documento é informativo. Não restringe as ações de política monetária e cambial do Banco Central do Brasil. Questões e comentários para JFLEDFHQ#EFEJRYEU 7DEHOD 6XSHUiYLWV3ULPiULRV2FRUULGRVYV$FRUGDGRVFRPR)0, Meta Mar-99 Jun-99 Set-99 Dez-99 Mar-00 Jun-00 Set-00 Dez-00 Mar-01 Jun-01 Ocorrido R$ m ilhões Diferença 6.006 9.642 3.636 12.883 15.472 2.589 23.788 30.564 6.776 30.185 31.088 903 7.240 13.580 6.340 16.175 23.714 7.539 29.000 35.277 6.277 36.720 38.160 1.440 10.072 15.014 4.942 21.473 30.417 8.944 O conteúdo deste documento é informativo. Não restringe as ações de política monetária e cambial do Banco Central do Brasil. Questões e comentários para JFLEDFHQ#EFEJRYEU