teoria do alcance de metas

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Trabalho 2602 - 1/9
TEORIA DO ALCANCE DE METAS: UTILIDADE DO CONCEITO DE
AMBIENTE PARA ACESSIBILIDADE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA AO
SERVIÇO DE SAÚDE
ARAGÃO, Antonia Eliana de Araújo
PAGLIUCA, Lorita Marlena Freitag
Resumo
Introdução: Pessoas com deficiencia física possuem perda ou anormalidade
de uma estrutura, função psicológica, fisiológica ou anatômica, temporária ou
permanente, assim como, as anomalias, defeitos, perdas de membros ou de
órgãos, tecidos ou quaisquer estruturas do corpo1. Por isso, em seu cotidiano,
experienciam dificuldades de acessibilidade. Cabe aos profissionais de saúde
estudar os ambientes físicos. Muitos ambientes continuam inacessíveis. É
importante lembrar que a maioria das pessoas, vive como partes de um grupo,
aprendem maneiras de superar suas necessidades básicas por meio, das
interações, como membros do grupo com o qual convivem. Através de
percepções do ambiente, as pessoas se ocupam de interações múltiplas com
os membros familiares e amigos. Algumas destas interações conduzem a
transações, as quais são definidas como interações propositadas que
conduzem ao alcance de metas1. Objetivo: Criar significado conceitual de
ambiente para as pessoas com deficiência física, segundo a teoria de Alcance
de Metas². Metodologia: Estudo bibliográfico, descritivo, a cerca de artigos
nacionais de enfermagem com abordagem da utilidade da Teoria do Alcance de
Metas. Realizado por meio de busca on-line no banco de dados BDENF, por
meio do descritor “Teoria de Enfermagem”. A busca foi realizada dia dois de
outubro de 2007. O segundo passo foi a leitura dos resumos encontrados, com
vistas a identificar a utilidade da Teoria de King em pessoas com deficiencia
física. Resultados. As buscas on-line apresentaram 295 artigos. Ao refinar com
a palavra “King” surgiram 33 publicações: dose dissertações, e vinte e um
artigos, dos quais, quatro estavam repetidos. Desta forma, totalizaram
dezessete artigos publicados em revistas nacionais de enfermagem a cerca da
teoria de King. O período de publicação encontrado foi de 1999 a 2005, dos
quais três foram publicados em 1999, dois em 2000, um em 2001, quatro em
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Trabalho 2602 - 2/9
2002, dois em 2003, dois em 2004 e três em 2005. Porém, as temáticas
abordadas não contemplam as pessoas com deficiencia física ou outros tipos
de deficiencia. Pois, os artigos encontrados abordaram os temas: como por
exemplo, processo de enfermagem aplicado a cliente com câncer de mama:
estudo de caso embasado no Referencial Teórico de Imogene King; Utilização
da Teoria de King na facilitação de adesão ao tratamento da hipertensão; os
diagnósticos de enfermagem da taxonomia da NANDA em mulheres com filho
prematuro hospitalizado e o sistema conceitual de King. Diante do exposto, os
estudos não contemplaram as pessoas com deficiência física ou outros tipos de
deficiencia. Tais resultados requerem reflexões no meio acadêmico. Pois, os
profissionais de enfermagem tem muito a contribuir com esta parcela da
sociedade, principalmente por meio do processo de ensino-aprendizagem,
como estratégia para transformar as pessoas com deficiencia em sujeitos
ativos do seu processo de viver, e assim, resgatar a cidadania. O enfermeiro
pode contribuir também, para o fortalecimento das pessoas com deficiencia
física, nos enfrentamentos e desafios emergentes,
caracterizados pela
discriminação que muitas vezes começa dentro de casa, por meio medidas
protecionistas4. Dessa maneira, tais reflexões conduzem à necessidade de que
a enfermagem proporcione atenção às famílias, comunidades e sociedade.
Porém, compreendem-se que os esforços profissionais não devem ser individuais.
Os mesmos envolvem complexidade e compromisso do poder público, dos
gestores em geral, dos acadêmicos de enfermagem os quais se propõem a prestar
assistência integral as pessoas independente das condições que estes se
apresentem. Dessa maneira os profissionais deverão despertar para a impotancia
dos cuidados ambientais, desenvolver novo olhar, com vistas a
contemplar as
estruturas físicas dos ambientes de saúde como por exemplo: as rampas,
escadarias, portas cuja largura livre deve ser de 0,80m do tipo vai-e-vem, ter
visor com largura mínima de 0,20m, com a face inferior situada entre 0,40m e
0,90m do piso e face superior no mínimo a 1,50m. Quanto ao piso deve possuir
superfície regular, firme, estável e antiderrapante sob qualquer condição
climática. As áreas de circulação devem ser dimensionadas, assegurando-se
uma faixa de circulação livre de obstáculos. Sempre que houver mudança de
inclinação ou de plano5. As normas estabelecidas pela ABNT preconizam ainda
que os balcões de atendimento devam permitir aproximação frontal pelo menos
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para uma cadeira de rodas. É preciso haver no mínimo 5% dos telefones instalados
pela concessionária, por tipo, ou seja, local e DDD. Assim, sempre que houver um
conjunto de telefones de uso público, pelo menos um dele deve atender a estas
exigências legais. Portanto, trabalhar a acessibilidade das pessoas portadoras
de deficiência física aos serviços de saúde envolve os conceitos de saúde,
ambiente e enfermagem. Desta forma, cada conceito apresenta sua
especificidade. Saúde é conceituada como ajuste contínuo a fatores de
estresses no ambiente interno e externo, aperfeiçoa recursos pessoais para o
alcance de potencial para a vida. Não se encontra um conceito claro de
ambiente, embora este seja considerado como uma estrutura importante na
teoria de KING. Quanto à enfermagem, enfermeira e paciente estabelecem
uma relação de tolerância dos estados de saúde e ajuste das atividades de
vida diária, conforme a necessidade. Torna-se um processo de ação, reação,
interação e transação por meio do qual são fornecidas as informações sobre
suas percepções e as do paciente. Convive com a realidade espacial e
temporal das pessoas (KNG, 1981). Neste sentido, não há delimitação clara do
espaço em que se desenvolve a teoria de King, se no hospital ou na atenção
básica. Considerações Finais: Talvez estudos sobre a teoria de alcance de
meta, a cerca das pessoas com deficiencia ainda não fluíram no meio
acadêmico por falta de sensibilização de muitos profissionais de enfermagem.
Pois, os mesmos ao longo do tempo, se encontram inseridos no modelo
biomédico. Para que despertem, é necessário reflexões acerca da temática e a
utilização de refernciais teóricos, como âncora para o conhecimento. Nesse
sentido, defendem-se a necessidade de estudos utilizando a teoria de King na
área da pessoa com deficiencia física, com vistas, ao direcionamento dessa
teoria para os ambientes de saúde. O estudo não é suficiente para assegurar
tais afirmações. Porém, é possível afirmar a inexistência de investigações
científicas a cerca da aplicabilidade da Teoria de King com foco no espaço,
enquanto ambiente da pessoas com deficiência física.
Descritores: Deficiência física; Acesso ao serviço de saúde
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Referências
1
AMIRALIAN, M. L. T.; PINTO, E. B.; GHIRARDI, M. I. G.; LICHTIG, I.;
MASINI, E. F. S.; PASQUALIN, L. Conceituando deficiência. Rev. Saúde
Pública vol. 34 n.1 São Paulo: p. 97-103 . 2000.
2
KING, I.M. A Theory for Nursing: systems, concepts, process.
Ney york: Wiley, 1981. 181 p.
3
SILVA, A. M. F. da.; HEIDEMANN , I. T. S. BUSS. Devolvendo a
deficiência em busca da cidadania. Rev. Acta paul. Enferm, São
Paulo, V. 15 N. 1, P. 79-89, 2000.
4
COHEN, R. Estratégias para a promoção dos direitos das
pessoas
portadoras
de
deficiência .
Disponível
em:
<http://www.dhnet.org.br/direitos/sos/def/artigo37.htm>. Acesso em:
25 nov. 2006.
5
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050:
Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências e edificações,
espaço,
mobiliário
e
equipamento
urbano.
1985.
Disponível
em:<http://www.aibr.com/det/sadet/acesso.htm>. Acesso em: 12 ago.
2003.
1
Aluna do Programa de Pó-Graduação da Universidade Federal do Ceará; e-mail:
[email protected]
2
Profa. Dra. Docente do Curso de Enfermagem da UFC. Pesquisadora do CNPQ
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TEORIA DO ALCANCE DE METAS: UTILIDADE DO CONCEITO DE
AMBIENTE PARA ACESSIBILIDADE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA AO
SERVIÇO DE SAÚDE
ARAGÃO, Antonia Eliana de Araújo
PAGLIUCA, Lorita Marlena Freitag
Resumo
Introdução: Pessoas com deficiencia física possuem perda ou anormalidade
de uma estrutura, função psicológica, fisiológica ou anatômica, temporária ou
permanente, assim como, as anomalias, defeitos, perdas de membros ou de
órgãos, tecidos ou quaisquer estruturas do corpo1. Por isso, em seu cotidiano,
experienciam dificuldades de acessibilidade. Cabe aos profissionais de saúde
estudar os ambientes físicos. Muitos ambientes continuam inacessíveis. É
importante lembrar que a maioria das pessoas, vive como partes de um grupo,
aprendem maneiras de superar suas necessidades básicas por meio, das
interações, como membros do grupo com o qual convivem. Através de
percepções do ambiente, as pessoas se ocupam de interações múltiplas com
os membros familiares e amigos. Algumas destas interações conduzem a
transações, as quais são definidas como interações propositadas que
conduzem ao alcance de metas1. Objetivo: Criar significado conceitual de
ambiente para as pessoas com deficiência física, segundo a teoria de Alcance
de Metas². Metodologia: Estudo bibliográfico, descritivo, a cerca de artigos
nacionais de enfermagem com abordagem da utilidade da Teoria do Alcance de
Metas. Realizado por meio de busca on-line no banco de dados BDENF, por
meio do descritor “Teoria de Enfermagem”. A busca foi realizada dia dois de
outubro de 2007. O segundo passo foi a leitura dos resumos encontrados, com
vistas a identificar a utilidade da Teoria de King em pessoas com deficiencia
física. Resultados. As buscas on-line apresentaram 295 artigos. Ao refinar com
a palavra “King” surgiram 33 publicações: dose dissertações, e vinte e um
artigos, dos quais, quatro estavam repetidos. Desta forma, totalizaram
dezessete artigos publicados em revistas nacionais de enfermagem a cerca da
teoria de King. O período de publicação encontrado foi de 1999 a 2005, dos
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quais três foram publicados em 1999, dois em 2000, um em 2001, quatro em
2002, dois em 2003, dois em 2004 e três em 2005. Porém, as temáticas
abordadas não contemplam as pessoas com deficiencia física ou outros tipos
de deficiencia. Pois, os artigos encontrados abordaram os temas: como por
exemplo, processo de enfermagem aplicado a cliente com câncer de mama:
estudo de caso embasado no Referencial Teórico de Imogene King; Utilização
da Teoria de King na facilitação de adesão ao tratamento da hipertensão; os
diagnósticos de enfermagem da taxonomia da NANDA em mulheres com filho
prematuro hospitalizado e o sistema conceitual de King. Diante do exposto, os
estudos não contemplaram as pessoas com deficiência física ou outros tipos de
deficiencia. Tais resultados requerem reflexões no meio acadêmico. Pois, os
profissionais de enfermagem tem muito a contribuir com esta parcela da
sociedade, principalmente por meio do processo de ensino-aprendizagem,
como estratégia para transformar as pessoas com deficiencia em sujeitos
ativos do seu processo de viver, e assim, resgatar a cidadania. O enfermeiro
pode contribuir também, para o fortalecimento das pessoas com deficiencia
física, nos enfrentamentos e desafios emergentes,
caracterizados pela
discriminação que muitas vezes começa dentro de casa, por meio medidas
protecionistas4. Dessa maneira, tais reflexões conduzem à necessidade de que
a enfermagem proporcione atenção às famílias, comunidades e sociedade.
Porém, compreendem-se que os esforços profissionais não devem ser individuais.
Os mesmos envolvem complexidade e compromisso do poder público, dos
gestores em geral, dos acadêmicos de enfermagem os quais se propõem a prestar
assistência integral as pessoas independente das condições que estes se
apresentem. Dessa maneira os profissionais deverão despertar para a impotancia
dos cuidados ambientais, desenvolver novo olhar, com vistas a
contemplar as
estruturas físicas dos ambientes de saúde como por exemplo: as rampas,
escadarias, portas cuja largura livre deve ser de 0,80m do tipo vai-e-vem, ter
visor com largura mínima de 0,20m, com a face inferior situada entre 0,40m e
0,90m do piso e face superior no mínimo a 1,50m. Quanto ao piso deve possuir
superfície regular, firme, estável e antiderrapante sob qualquer condição
climática. As áreas de circulação devem ser dimensionadas, assegurando-se
uma faixa de circulação livre de obstáculos. Sempre que houver mudança de
inclinação ou de plano5. As normas estabelecidas pela ABNT preconizam ainda
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que os balcões de atendimento devam permitir aproximação frontal pelo menos
para uma cadeira de rodas. É preciso haver no mínimo 5% dos telefones instalados
pela concessionária, por tipo, ou seja, local e DDD. Assim, sempre que houver um
conjunto de telefones de uso público, pelo menos um dele deve atender a estas
exigências legais. Portanto, trabalhar a acessibilidade das pessoas portadoras
de deficiência física aos serviços de saúde envolve os conceitos de saúde,
ambiente e enfermagem. Desta forma, cada conceito apresenta sua
especificidade. Saúde é conceituada como ajuste contínuo a fatores de
estresses no ambiente interno e externo, aperfeiçoa recursos pessoais para o
alcance de potencial para a vida. Não se encontra um conceito claro de
ambiente, embora este seja considerado como uma estrutura importante na
teoria de KING. Quanto à enfermagem, enfermeira e paciente estabelecem
uma relação de tolerância dos estados de saúde e ajuste das atividades de
vida diária, conforme a necessidade. Torna-se um processo de ação, reação,
interação e transação por meio do qual são fornecidas as informações sobre
suas percepções e as do paciente. Convive com a realidade espacial e
temporal das pessoas (KNG, 1981). Neste sentido, não há delimitação clara do
espaço em que se desenvolve a teoria de King, se no hospital ou na atenção
básica. Considerações Finais: Talvez estudos sobre a teoria de alcance de
meta, a cerca das pessoas com deficiencia ainda não fluíram no meio
acadêmico por falta de sensibilização de muitos profissionais de enfermagem.
Pois, os mesmos ao longo do tempo, se encontram inseridos no modelo
biomédico. Para que despertem, é necessário reflexões acerca da temática e a
utilização de refernciais teóricos, como âncora para o conhecimento. Nesse
sentido, defendem-se a necessidade de estudos utilizando a teoria de King na
área da pessoa com deficiencia física, com vistas, ao direcionamento dessa
teoria para os ambientes de saúde. O estudo não é suficiente para assegurar
tais afirmações. Porém, é possível afirmar a inexistência de investigações
científicas a cerca da aplicabilidade da Teoria de King com foco no espaço,
enquanto ambiente da pessoas com deficiência física.
Descritores: Deficiência física; Acesso ao serviço de saúde
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Trabalho 2602 - 8/9
Referências
1
AMIRALIAN, M. L. T.; PINTO, E. B.; GHIRARDI, M. I. G.; LICHTIG, I.;
MASINI, E. F. S.; PASQUALIN, L. Conceituando deficiência. Rev. Saúde
Pública vol. 34 n.1 São Paulo: p. 97-103 . 2000.
2
KING, I.M. A Theory for Nursing: systems, concepts, process.
Ney york: Wiley, 1981. 181 p.
3
SILVA, A. M. F. da.; HEIDEMANN , I. T. S. BUSS. Devolvendo a
deficiência em busca da cidadania. Rev. Acta paul. Enferm, São
Paulo, V. 15 N. 1, P. 79-89, 2000.
4
COHEN, R. Estratégias para a promoção dos direitos das
pessoas
portadoras
de
deficiência .
Disponível
em:
<http://www.dhnet.org.br/direitos/sos/def/artigo37.htm>. Acesso em:
25 nov. 2006.
5
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050:
Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências e edificações,
espaço,
mobiliário
e
equipamento
urbano.
1985.
Disponível
em:<http://www.aibr.com/det/sadet/acesso.htm>. Acesso em: 12 ago.
2003.
1
Aluna do Programa de Pó-Graduação da Universidade Federal do Ceará; e-mail:
[email protected]
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Trabalho 2602 - 9/9
2
Profa. Dra. Docente do Curso de Enfermagem da UFC. Pesquisadora do CNPQ
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