aula 04 – industrialização

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AULA 4 – INDUSTRIALIZAÇÃO PARTE IIE DINÂMICA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA ( REALIDADE BRASILEIRA)
QUESTÕES. ASSUNTO: INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
RESUMO E DO PENSADOR CELSO FURTADO
Celso Monteiro Furtado nasceu a 26 de julho de 1920 . Nasceu em Pombal, no sertão paraibano, filho de família de proprietários
de terra com família de magistrados. Em 1944, cursa o CPOR, no Rio de Janeiro, conclui o curso de Direito e é convocado para a
Força Expedicionária Brasileira. Com a patente de aspirante a oficial, segue para a Itália, servindo, na Toscana, como oficial de
ligação junto ao Quinto Exército Norte-Americano, e sofre um acidente em missão durante a ofensiva final dos aliados no Norte
da Itália.
Em 1946, ganha o prêmio Franklin Delano Roosevelt, do Instituto Brasil-Estados Unidos, com o ensaio "Trajetória da democracia
na América". Viaja para a França, inscreve-se no curso de doutorado em economia da Universidade de Paris-Sorbonne, e no
Instituto de Ciências Políticas.
Em 1948, é feito doutor em economia pela Universidade de Paris, com a tese "A economia colonial brasileira". De volta ao Brasil,
junta-se ao quadro de economistas da Fundação Getúlio Vargas, trabalhando na revista Conjuntura Econômica.
Em 1949, foi para o Chile trabalhar no CEPAL. Nove anos depois, em 1958, se desligou do CEPAL para ser diretor do BNDES.
Em 1961, como criador e superintendente da SUDENE, encontra-se em Washington com o presidente John Kennedy, cujo
governo decide apoiar um programa de cooperação com o órgão. Semanas depois, reúne-se com o ministro Ernesto Che Guevara,
chefe da delegação cubana à Conferência de Punta del Este, para discutir o programa da Aliança para o Progresso.
Em 1962, é nomeado, no regime parlamentar, o primeiro titular do Ministério do Planejamento, quando elabora o Plano Trienal
apresentado ao país pelo presidente João Goulart. No ano seguinte, deixa o Ministério do Planejamento e retorna à
Superintendência da SUDENE, onde concebe e implanta a política de incentivos fiscais para os investimentos na região Nordeste.
Em 1964, com o golpe militar, teve seus direitos políticos cassados pela ditadura. Passou, então, pelas Universidades de Yale e
Cambridge, nos Estados Unidos. Em 1965, muda-se para a França, a convite da Faculdade de Direito e Ciências Econômicas da
Universidade de Paris, e assume a cátedra de professor de Desenvolvimento Econômico. É o primeiro estrangeiro nomeado para
uma universidade francesa.
Vinte anos depois, em 1985, no primeiro governo civil depois da ditadura militar, torna-se embaixador do Brasil junto à União
Européia, e de 1986 a 1988, foi ministro da Cultura. Demite-se e retorna à vida acadêmica.
Em 1997, é organizado em Paris, pela Maison des Sciences de l'Homme e pela UNESCO, um Congresso Internacional para
debater "A contribuição de Celso Furtado para os estudos do desenvolvimento", reunindo especialistas do Brasil, Estados Unidos,
França, Itália, México, Polônia e Suíça.
No mesmo ano, a Academia de Ciências do Terceiro Mundo, em Trieste (Itália), cria o Prêmio Celso Furtado, outorgado aos
trabalhos de economia política sobre o chamado Terceiro Mundo.
O economista Celso Furtado não se considerava “homem de letras”, mas homem de pensamento. Entretanto, foi eleito para ocupar
a Cadeira 11 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 7 de agosto de 1997, sucedendo a Darcy Ribeiro.
Em 2001, a Fundação Carlos Chagas de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro instituiu o “Prêmio Celso Furtado de
Desenvolvimento”.
Em 2003, tornou-se membro da Academia Brasileira de Ciências, e a Associação de Economistas Latino-Americanos o indicou
para o Prêmio Nobel.
Nos dias de hoje, o pensamento de Celso Furtado está presente ao se elaborar um projeto de Nação, um projeto de
desenvolvimento que supere as desigualdades sociais com o concomitante aumento da riqueza do país.
Segundo afirma Theotonio dos Santos, professor titular da Universidade Federal Fluminense, em artigo homenageando Furtado,
“A marca [deixada] no pensamento social contemporâneo é inestimável. Mas ela será mais importante neste dias quando o povo
brasileiro e de vários países latino-americanos exigem uma política econômica alternativa para a região. E quando os responsáveis
pelo desastre econômico e social em que nos encontramos pretendem manter em prática a “única” [segundo eles] política
econômica possível, a obra de Celso Furtado será sempre uma referência fundamental para romper estes mitos. E sua contribuição
se agigantará ainda mais quando retomemos o caminho do crescimento econômico, da distribuição da renda e da igualdade social,
pois seus estudos sobre o desenvolvimento, o planejamento e as políticas econômicas deverão ser um instrumento fundamental
para orientar a formação de uma nova geração de economistas no Brasil, na América Latina e em todo o mundo”.
No campo teórico, ainda segundo Theotonio dos Santos, “Celso Furtado contribuiu também para o estudo da economia mundial,
do impacto das multinacionais na economia capitalista contemporânea e no processo de globalização, cujos elementos centrais
antecipou em suas obras sobre o tema realizadas no final dos anos 1960. Ele antecipou também os efeitos negativos que o
pensamento único provocaria na situação dos países de desenvolvimento intermediário como o Brasil.”
De acordo com Furtado, os mercados somente geram decisões globalmente coerentes em países com avançado grau de
homogeneidade social. Assim, quanto maior for a heterogeneidade social, maior será a necessidade de uma política nacional de
desenvolvimento que priorize o crescimento e o bem-estar social de toda a população.
Para o Brasil, em 2003, ele propunha algumas medidas fundamentais para uma política econômica:
solucionar os problemas da subnutrição da população de baixa renda, problema similar ao da segurança pública;
concentrar os investimentos no aperfeiçoamento do fator humano para elevar o nível cultural da população e ampliar a oferta de
quadros técnicos;
conciliar o processo de globalização com a criação de emprego, privilegiando o mercado interno na orientação dos investimentos;
e que a capacidade de importar seja utilizada prioritariamente para a aquisição de tecnologias.
A vida intelectual de Celso Furtado está associada ao pensamento econômico do século 20. É considerado, segundo muitos
intelectuais importantes, o economista brasileiro mais conhecido e melhor conceituado em todo o mundo pela qualidade de seus
trabalhos científicos em áreas tão diversas como a História Econômica, a Teoria do Desenvolvimento, a Política Econômica e o
Planejamento.
Celso Furtado está entre os grandes economistas do mundo que estudaram, no pós-guerra, e de forma pioneira, os problemas do
desenvolvimento econômico relacionando-os com problemas históricos.
É o próprio Furtado que diz, em um artigo “Aventuras de um economista brasileiro”, de 1972, publicado na revista International
Social Sciences Journal, de Paris, ao explicar certas idéias-força em seu espírito: “(...) A primeira [idéia], é a de que a
arbitrariedade e a violência tendem a dominar no mundo dos homens. A segunda é a de que a luta contra esse estado de coisas
exige algo mais que simples esquemas racionais. A terceira, é a de que essa luta é como um rio que passa: traz sempre águas
novas, ninguém a ganha propriamente e nenhuma derrota é definitiva. (...) Das influências intelectuais que sobre mim se
exerceram desde o ginásio [continua Furtado], identifico três. Em primeiro lugar, a positivista, com a primazia da razão, a idéia de
que todo conhecimento em sua forma superior se apresenta como conhecimento científico. Meu ateísmo, que cristalizara desde os
13 anos, encontrou aí uma fonte de justificação e um motivo de orgulho. A segunda linha de influência vem de Marx, como
subproduto de meu interesse pela História. Foi lendo a História do socialismo e das lutas sociais, de Max Beer, que me dei conta
pela primeira vez de que a busca de um sentido para a história era uma atividade intelectual perfeitamente válida. A terceira linha
de influência é a da sociologia norte-americana, em particular da teoria antropológica da cultura, com a qual tomei contato pela
primeira vez, aos 17 anos, lendo Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre.”
Ainda neste mesmo artigo, Celso Furtado esclarece: “O esforço para compreender o atraso brasileiro levou-me a pensar na
especificidade do subdesenvolvimento. Convenci-me, desde então, de que o subdesenvolvimento é a resultante de um processo de
dependência, e que para compreender esse fenômeno era necessário estudar a estrutura do sistema global: identificar as
invariâncias no quadro de sua história. O desejo de compreender o meu próprio país absorveu a parte principal de minhas energias
intelectuais no quarto de século transcorrido desde que escrevi a minha tese sobre a economia colonial brasileira [em 1948]”.
1.
Sobre o espaço econômico brasileiro, suas características e o processo industrial do Brasil, todas as alternativas abaixo
estão corretas, EXCETO:
a) Dentre os fatores responsáveis pela concentração industrial na região Sudeste, podemos afirmar que a região foi se organizando
como área de atração da população e de capital, tornando-se região concentradora de riquezas. O mercado consumidor que aí se
formou, o desenvolvimento do sistema rodoviário, os recursos naturais favoráveis e a imigração contribuíram para a concentração
industrial nesta região.
b) São Paulo concentra a maior parte da produção industrial do país, cujas raízes encontram-se nas etapas iniciais do processo da
industrialização do Brasil. Mas, nos últimos anos, a participação relativa do Estado começa a diminuir, o que reflete o início do
processo de dispersão industrial espacial, no país.
c) O processo industrial brasileiro se firmou nos anos 70, os anos do “milagre brasileiro”, baseado em um tripé, representado pela
forte participação do capital estatal, pelos grandes conglomerados transnacionais e um mercado consumidor em ascensão.
d) Uma das características do processo industrial atual do Brasil, corresponde à forte dispersão financeira das empresas e à grande
concentração espacial.
e) Uma das influências diretas da inserção do Brasil nos mercados globais é a disseminação no território brasileiro dos pólos
tecnológicos próximos de centros universitários e de pesquisas.
Resposta D – Hoje, embora ainda seja sensível as marcas da concentração na região sudeste , e possível notar um processo de
desconcentração industrial em curso que pode ser observada no mapa abaixo:
2.Julgue os itens
1. Ainda hoje, a produção industrial tem-se firmado cada vez mais na região Sudeste, em relação às demais regiões do
país, em razão da necessidade de complementaridade entre as cadeias produtivas.
2.O setor calçadista, ameaçado pela competição chinesa, reorganizou-se com base nos benefícios da guerra fiscal,
privilegiando a relocalização de plantas industriais nos estados de maior produtividade do Centro-Sul.
3.As indústrias de alta tecnologia localizam-se, preferencialmente, onde existem sistema acadêmico e de pesquisa bem
organizado, serviços urbanos modernos e base industrial.
4.Acompanhando o forte ritmo de crescimento da economia brasileira em 2010 e a elevação dos preços das commodities,
particularmente dos alimentos, no mercado internacional, a inflação medida pelo índice de preços ao consumidor amplo
ultrapassou, naquele ano, o centro da meta prevista pela autoridade monetária.
5.Apesar do impacto da crise financeira internacional deflagrada em 2008, a economia brasileira sofreu pequena retração
em 2009, seguida de forte expansão no ano de 2010, desempenho melhor que o obtido pelas economias de países desenvolvidos
no mesmo período.
6.O Brasil experimenta, a partir de 2005, expansão da renda nacional per capita aliada à gradual melhora do padrão de
distribuição de renda, o que resulta no declínio da pobreza e em maior mobilidade social.
7.O expressivo aumento dos recursos dedicados aos programas de transferência direta de renda permitiu manter elevado o
nível de consumo interno, compensando-se, assim, a perda de renda causada pela queda na geração de empregos formais, o que
foi fundamental para a superação dos impactos da crise financeira internacional no mercado doméstico nos últimos anos.
8.O chamado plano cruzado, instituído em 1986, tinha por objetivo principal combater a inflação que ultrapassara os
200% no ano anterior e contava com várias condições favoráveis ao seu sucesso, como o acúmulo de reservas cambiais
combinado com taxa de câmbio favorável, aprovação recente de uma reforma fiscal e unificação dos orçamentos fiscal e
monetário.
9.O acúmulo de saldos positivos na balança comercial brasileira, no início dos anos 40 do século passado, resultante da
situação criada pela Segunda Guerra Mundial, foi essencial para o processo de industrialização brasileiro.
Gabarito:
1. E –
2. C3. C
4. C
5. E
6. C
7. C
8. C
9. E
3.Indique a opção que completa corretamente a lacuna da assertiva a seguir. Entre as principais ocorrências encontradas na
implementação do processo de substituição de importações ocorrido no Brasil está _____________________.
a) aumento da participação da iniciativa privada na geração de infraestrutura básica
b) a elevação da demanda por importações
c) a formação de uma indústria competitiva
d) a redução do grau de concentração de renda
e) a redução da participação do estado na captação e distribuição de poupança
B – Demanda por maquinas e equipamentos, bens de capital. Importações favorecidas pelas instruções 70 e 113 da Sumoc.
4.No período de 1968 a 1973, conhecido como fase do "milagre", a economia brasileira apresentou taxas elevadas de crescimento
real do PIB, mas a tendência de aumento da inflação foi contida. Para tal, um fator importante foi a(o)
a) capacidade ociosa da economia.
b) contenção da demanda via política monetária expansiva.
c) redistribuição da renda para as classes de menor poder aquisitivo.
d) desvalorização cambial da moeda brasileira.
e) crescimento vigoroso das exportações no período.
a)
Capacidade ociosa que permitia uma expansão mais acelerada da economia, mas cabe lembrar a importância do PAEG e
das condições mais favoráveis no mercado de capitais – juros baixos
5. Durante o Estado Novo (1937-1945), foram criadas as bases necessárias para o desenvolvimento industrial brasileiro a partir
dos anos 50. O Estado tornou-se o grande investidor na indústria de base, criando empresas que foram fundamentais para o surto
industrial posterior. Entre essas empresas, destacamos o (a):
a) Eletrobras
b) Banco Central
c) Companhia Siderúrgica Nacional
d) Banco do Brasil
e) Petrobras
Resposta a) - Comentário A criação da Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás) foi proposta em 1954 pelo presidente Getúlio
Vargas. O projeto enfrentou grande oposição e só foi aprovado após sete anos de tramitação no Congresso Nacional. Em 25 de
abril de 1961, o presidente Jânio Quadros assinou a Lei 3.890-A, autorizando a União a constituir a Eletrobrás. A instalação da
empresa ocorreu oficialmente no dia 11 de junho de 1962, em sessão solene do Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica
(CNAEE), no Palácio Laranjeiras, no Rio de Janeiro, com a presença do presidente João Goulart (foto). A Eletrobrás recebeu a
atribuição de promover estudos, projetos de construção e operação de usinas geradoras, linhas de transmissão e subestações
destinadas ao suprimento de energia elétrica do país. A nova empresa passou a contribuir decisivamente para a expansão da oferta
de energia elétrica e o desenvolvimento do país. As reformas institucionais e as privatizações na década de 1990 acarretaram a
perda de algumas funções da estatal e mudanças no perfil da Eletrobrás. Nesse período, a companhia passou a atuar também, por
determinação legal e transitoriamente, na distribuição de energia elétrica, por meio de empresas nos estados de Alagoas, Piauí,
Rondônia, Acre, Roraima e Amazonas. Em 2004, a nova regulamentação do setor excluiu a Eletrobrás do Programa Nacional de
Desestatização (PND). Atualmente, a companhia controla 12 subsidiárias – Eletrobrás Chesf, Eletrobrás Furnas,
EletrobrásEletrosul, Eletrobras Eletronorte, Eletrobras CGTEE, Eletrobras Eletronuclear, Eletrobras Distribuição Acre, Eletrobras
Amazonas Energia, Eletrobrás Distribuição Roraima, Eletrobras Distribuição Rondônia, Eletrobras Distribuição Piauí e Eletrobrás
Distribuição Alagoas –, uma empresa de participações (Eletrobras Eletropar), um centro de pesquisas (Eletrobras Cepel, o maior
do ramo no hemisfério Sul) e ainda detém metade do capital de Itaipu Binacional, em nome do governo brasileiro.
Presente em todo o Brasil, a Eletrobras tem capacidade instalada para a produção de 42.302 MW, incluindo metade da potência da
usina de Itaipu pertencente ao Brasil, e 54.104,94 quilômetros de linhas de transmissão.
6.Indique a opção que completa corretamente as lacunas da assertiva a seguir. A crise de _______________________ modificou
profundamente o processo evolutivo da economia brasileira, dando lugar ao chamado processo de substituição de importações
com o deslocamento do elemento essencial da atividade econômica para ______________________.
a) 1945 / a expansão das importações
b) 1970 / o milagre econômico
c) 1929 / o mercado interno
d) 1945 / o mercado interno
e) 1929 / a expansão das exportações
Resposta C
7.O desenvolvimento industrial brasileiro, que teve início no final do século XIX, ocorreu de forma desigual nas diferentes
regiões do Brasil, pois houve uma concentração da atividade industrial, particularmente, nos Municípios de São Paulo e Rio de
Janeiro. Dentre outras razões, explicam esse fato:
a) a formação de um mercado externo na região Sudeste e a criação de casas de importação por emigrantes estrangeiros.
b) o domínio da cafeicultura no Sudeste, a conseqüente acumulação de capital e a imigração estrangeira que se dirigiu para essa
região.
c) o domínio da mineração em São Paulo e a fundação de casas de exportação que tinham como objetivo abastecer o mercado
brasileiro de produtos nacionais.
d) o desenvolvimento de empresas de extração mineral em São Paulo, que permitiu a acumulação de capital, e o conseqüente
fluxo de emigrantes que para lá se dirigiu.
e) a abolição da escravidão e a concentração da população na região Sudeste, fato que estimulou a criação de casas de importação.
RESPOSTA B
8.A grande guerra de 1914-1918 dará grande impulso à indústria brasileira. No primeiro grande censo posterior à guerra realizado
em 1920, os estabelecimentos industriais arrolados somarão 13.336, com 1.815.156 contos de capital e 275.512 operários. Destes
estabelecimentos, 5.936tinham sido fundados no quinqüênio 1915-1919, o que revela claramente a influência da guerra.
(Caio Prado Jr. História Econômica do Brasil)
Sobre a relação entre o Brasil e a Primeira Guerra Mundial é correto afirmar que:
a) A guerra desenrolada na Europa produziu pobreza e miséria generalizada nos países da América Latina.
b) Os países latino-americanos, o Brasil entre eles, tornaram-se exportadores de armamentos para os países envolvidos no conflito.
c) Durante a Primeira Guerra Mundial, o Brasil conseguiu manter a neutralidade até o final do conflito, obtendo com tal postura
grandes vantagens ao vender manufaturas para os dois blocos em conflito.
d) A guerra levou o Brasil a diminuir as exportações e a aumentar as importações de novos fornecedores, como os Estados Unidos,
o que impediu nossa industrialização.
e) A guerra levou o Brasil a diminuir as importações e a aumentar as exportações, tendo crescido bastante no eixo Rio-São Paulo o
número de estabelecimentos industriais.
RESPOSTA E
9. Sobre o processo de industrialização no Brasil, analise as afirmações a seguir:
I. Até a década de 1930, não se desenvolveu uma política de industrialização, pois as atenções estavam voltadas para o setor
agrário-exportador.
II. Um período importante para o desenvolvimento industrial ocorreu após 1945, com o início da crise da cafeicultura brasileira.
III. Após 1950, o desenvolvimento se fez com grande participação de capitais estrangeiros, iniciando-se a internacionalização da
economia do país.
IV. Os governantes militares, após 1964, interromperam o processo de internacionalização, principalmente pela abertura política e
democratização do país.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II
b) I e III
c) II e IV
d) I, II e III
e) II, III e IV
RESPOSTA B
10.Duas correntes de pensamento procuraram explicar a industrialização brasileira no início do século XX. Uma enfatiza a
industrialização induzida pelo excedente da renda, nos bons anos de exportações agrícolas (café); e a outra enfatiza
a) a migração no sentido do interior
b) a migração rural-urbana
c) o atraso político do país
d) o atraso cambial induzido pelas políticas de governo
e) os choques adversos que dificultaram as importações
RESPOSTA E
09.(Ufam) Durante o governo Médici, o Brasil assistiu a um vigoroso desenvolvimento que as manifestações ufanistas
patrocinadas pelo governo batizaram de “milagre econômico”. A esse respeito, pode-se afirmar que:
a) O sucesso das cifras econômicas deveu-se à criação do Plano de Metas, idealizado pelo então ministro Antonio Delfim Neto.
b) Enquanto o PIB subia a taxas em torno de 10% ao ano, ocorreu, paradoxalmente, um aumento da concentração de renda e da
pobreza.
c) O “milagre” foi decorrência direta da transformação da economia brasileira, que então abandonava suas bases rurais e passava a
se concentrar na produção urbano industrial.
d) A arrancada econômica foi fruto do abandono da indústria de base e da adoção de uma política de substituição de importações
que tornou o Brasil menos dependente do mercado mundial.
e) Favorecido pela política de recuperação salarial da classe média posta em prática nos anos sessenta, o “milagre” chega ao fim
com o arrocho salarial imposto pelo governo Geisel.
RESPOSTA B
11.A maior parte do capital aplicado na industrialização brasileira, a partir de 1930, teve origem nos lucros obtidos com a
exportação de:
a) soja
b) açúcar
c) café
d) petróleo
e) carvão
RESPOSTA. C
SIMULADO:
1.Indique a opção que completa corretamente as lacunas da assertiva a seguir. O Plano Cruzado definiu regras de conversão de
preços e salários de modo que _______________________.
a) se buscasse o mesmo padrão de distribuição de renda do cruzeiro
b) a taxa de câmbio ficasse flutuante
c) os preços e salários fossem reajustados pela Unidade Referencial de Valor - URV
d) o crescimento dos preços e salários fossem calculados pela Tablita
e) houvesse reajustes salariais somente após um ano
RESPOSTA A
2. Informe se é falso (F) ou verdadeiro (V) o que se afirma sobre o Plano Real. A seguir, indique a opção com a sequência certa.
( ) A fase do congelamento de preços foi acompanhada de medidas de ajustes nos preços relativos.
( ) Um importante elemento do plano foi a desvalorização da taxa de câmbio.
( ) Adotou-se a reforma monetária que correspondia aos efeitos de uma hiperinflação com o convívio de duas moedas.
( ) O ajuste fiscal visava a equacionar o desequilíbrio orçamentário para os próximos anos.
RESPOSTA
FFCC
3.Depois da inplantação do Plano Real, em 1994, a dívida pública brasileira aumentou consideravelmente. Qual opção abaixo é
considerada a mais correta na explicação desse fenômeno?
a) Aumento dos gastos públicos, principalmente com investimentos.
b) Elevação do déficit da Previdência Social.
c) O fim do imposto inflacionário.
d) A emissão de títulos públicos para auxiliar o equilíbrio no Balanço de Pagamentos e os elevados níveis das taxas de juros
SELIC.
e) A queda nas receitas fiscais em razão da diminuição do ritmo de crescimento econômico ao longo da década.
RESPOSTA D
4.Com relação às políticas econômicas implementadas no Brasil, nos anos 90 do século XX, assinale a opção correta.
a) Uma maior ênfase na abertura econômica do comércio internacional brasileiro e no processo de privatização de empresas
estatais, durante o governo Collor, representou significativa mudança em relação às políticas implementadas na década anterior.
b) O diagnóstico da inflação que fundamentou o Plano Real atribuía a inflação corrente à indexação da economia e eximia o
desajuste das contas públicas de qualquer responsabilidade nos aumentos de preços.
c) A política cambial adotada no Brasil, durante a vigência do Plano Real, contribuiu para a manutenção de uma balança
comercial equilibrada entre os anos 1995 e 1998.
d) Condições adversas no cenário internacional e dificuldades internas levaram o governo brasileiro a adotar, em 1999, o sistema
de câmbio flutuante, o que aumentou o valor externo da moeda brasileira.
e) O controle rígido de preços introduzido no início do governo Collor e mantido ao longo dos anos 1991-1994 mostrou-se um
eficiente mecanismo de desaceleração da inflação no Brasil.
RESPOSTA A
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